[Música] Começa mais uma conversa paralela, o seu podcast da Brasil Paralelo. Boa noite, meu querido! Que saudade de você! A saudade é toda sua, brincadeira! Absurdo Brasil, a gente já começa sendo humilhado nesse programa. Você está vendo, Lara? Bem, que hoje eu estou de azul. Pois é, tem alguma, meninos vestem azul, você sabe, né? É mesmo, meninas vestem o quê? Vestem rosa. Mas você... Ah, aí você vai ter que deixar isso para nossa convidada responder. Há quanto tempo nós queríamos trazer essa convidada aqui? Mais de um ano querendo trazê-la para cá, mas ela é
uma pessoa difícil, de difícil acesso. Mas é uma pessoa maravilhosa! Estamos todos encantados, já desde a hora que ela chegou. Estamos aqui com ninguém menos que Aline Borges, que é doutora em educação, consultora científica, autora e produtora de conteúdo para o YouTube, para o Instagram, para o Substack, para o X, mas ela não monetiza em nenhuma dessas plataformas porque o assunto sobre o qual ela fala é muito delicado. Já já falaremos sobre que assunto é esse. E ela recebe patrocínio pelo Patreon. Eu nem sabia da existência desse lugar, mas é um lugar que você pode
usar para auxiliá-la. E vamos falar sobre que tema que é delicadíssimo: com Aline Borges, falaremos sobre esse assunto da ideologia de gênero, ideologia de gênero e todos os seus desdobramentos, que são muitos, né? Artur, sabe que eu estava aqui... Aline, ah, primeiro, bem-vinda, né? Que bom recebê-la! Que está de rosa, que está de rosa, excluindo... ah, não, que você é um gênero neutro. Que bom recebê-la, Aline! Muito bom mesmo! Já faz muito tempo que a gente queria receber você aqui, e já faz um século que nós mesmos acompanhamos o seu conteúdo e cada vez mais
encantados com a sua coragem, com a sua disposição, com o seu tempo empreendido para um assunto que é tão importante, a respeito do qual as pessoas falam de maneira muito superficial, né? Ah, muito obrigada! A melhor coisa que você pode ouvir de alguém, quando você tem algo a dizer e você acha que aquele algo é importante, é você ter pessoas que querem ouvir. É, não, e certamente quem nos está ouvindo aqui acha muito importante. Muito obrigada, Aline! Eu estava fuçando lá no seu YouTube e vi vídeos sobre ideologia de gênero, que é o nosso assunto
aqui hoje, mas eu vi que antes você falava de outros assuntos, falava de produtividade. Aliás, eu estou curiosíssima para assistir a esses vídeos! E eu queria primeiro perguntar: o que levou você a querer estudar essa questão da ideologia de gênero? Porque você não faz parte do movimento queer, você não é transgênero... você não... por que você se interessou por estudar isso tão a fundo e com rigor metodológico tão grande como você leva hoje? Um belo dia, dirigindo, indo para o trabalho, eu gostava de assistir, na verdade, eu gosto ainda de assistir ao programa de uma
apresentadora, uma jornalista muito séria chamada Julia Hartley-Brew, e ela recebe pessoas no seu ao vivo. É um programa de rádio e ela recebe ah, pessoas e tem conversas interessantes ao vivo. E, em uma dessas conversas, eles estavam discutindo sobre a distribuição de absorventes em banheiros masculinos, né? Era uma era uma era uma discussão um pouco mais ampla, mas acabou culminando para esse ponto. E a menina a qual ela estava entrevistando se referiu a mulheres como "pessoas que menstruam". E naquele momento eu recebi... foi um choque, porque eu não sou uma pessoa que assiste TV. A
predominante na Inglaterra, onde eu moro, é a BBC, e lá você tem que pagar uma licença para assistir. Eu simplesmente me recuso a pagar uma licença para a BBC, que é uma emissora que não está a favor desses do povo. Então, eu estava completamente a par, completamente por fora de toda essa discussão e, de repente, ela, a apresentadora, disse: "Eu não vou permitir que você chame mulheres de pessoas que menstruam no meu programa, porque eu não vou permitir essa porcaria". Ela usou essa expressão: "essa porcaria da BBC no meu show". E eu, dirigindo, pensei: "O
que está acontecendo na BBC que eu não estou sabendo?" Porque eu não assisto TV! Alguma coisa está acontecendo. E isso se prolongou, a conversa foi bem disputada, foi bem acalorada, e ela não cedeu nesse pequeno desvio linguístico. Ela não aceitou isso. Toda vez que a menina mencionava "pessoas que menstruam", ela dizia "mulheres, mulheres e meninos, mulheres e meninos menstruam". E ela insistiu nisso até o final. E eu estava dirigindo, indo para o trabalho, e quando cheguei no trabalho, desesperada, fui para o Google para tentar entender o que estava acontecendo! E lá se abriu uma caixa
de Pandora, e eu entendi que, na verdade, toda essa discussão já acontecia desde 2010. E que ano foi isso? Isso foi há dois anos, há dois anos atrás. Caramba, há anos toda essa discussão já estava acontecendo e avançadíssima na Inglaterra, porque o pico do problema foi em 2010. Então, mais de uma década... E é interessante como o avanço da agenda aconteceu de uma forma muito silenciosa, sem que a opinião pública tivesse participação, né? Nem poder de decisão e de participação, e nem ciência de tantas leis que estavam sendo passadas às expensas dos direitos de outros
grupos, como mulheres e crianças. E quanto mais eu estudava, mais assustada eu ficava, porque eu dizia: "Eu não sabia dessa lei, eu não sabia que isso funcionava assim, agora eu não sabia que tinha já homem competindo contra mulher, eu não sabia que um homem, ao se autodeclarar mulher, ele tem acesso a um vestiário, por exemplo, como aconteceu no Canadá. Um homem disse que era uma mulher e entrou num vestiário cheio de meninas numa aula de natação que tinha acabado de acontecer." As meninas nuas trocando de roupa, né? Eu não sabia que nada disso estava acontecendo,
e eu me considero uma pessoa razoavelmente informada. Eu leio todos os dias, como vocês imaginam, então eu fiquei muito assustada com como tudo isso avançou, e eu não sabia nada a respeito. Quanto mais eu estudava, mais assustada eu ficava. Comecei a ler, e tudo nasceu daí. Isso tudo na Inglaterra, né? O país onde você mora atualmente já está pujante com essa ideologia P. Avançadíssimo, avançadíssimo. Depois eu quero tratar até como é que isso está desenrolando em outros países e tal, mas eu queria dar dois passos para trás, situar todo mundo na mesma página e a
gente começar aqui do básico, para quem está chegando agora e já ouviu falar uma coisa ou outra, porque fica mais na questão da superfície. Ah, agora tem homem querendo entrar no banheiro feminino, ou tem homens disputando com mulheres os spots, ou tem desenho animado com personagem não binário e linguagem neutra. Vamos jogar tudo isso para trás ainda e começar do básico: o que é, então, essa ideologia de gênero? A ideologia de gênero é um sistema de crenças e valores que visa erradicar o conceito do sexo biológico. É uma ideologia que acredita, muito baseada no construtivismo
social—que eu particularmente tenho chamado de construtivismo radical—porque é evidente que uma parte das nossas ações, da forma como nós nos comportamos e falamos, tem uma influência moldada socialmente, né? É inegável isso. Mas o construtivismo social radical enxerga qualquer experiência humana como apenas construída socialmente. E aí já emerge o conflito. Então, a ideologia de gênero meio que brota desse caldeirão construtivista, e dali se começa a discutir quais são os papéis dos homens e das mulheres, né? É uma performance. É só um papel que a gente exerce. Se um homem nascer homem, mas for tratado como mulher,
ele vira uma mulher, né? Quais são os limites do que é biológico e do que foi imposto socialmente? Então, a ideologia de gênero acredita que houve uma imposição de grupos que eles consideram grupos opressores. E aí eles criam, porque como toda seita é preciso ter os seus símbolos, é preciso ter a sua própria linguagem. Então, eles desenvolveram o seu próprio dialeto, e com isso emergem palavras como “cisheteronormatividade.” Na cabeça deles, o sexo biológico precisa ser colocado como segundo plano, porque ele não é um marcador tão importante que determina quem são os seres humanos. No lugar
disso, eles pretendem inserir gênero, que é um conceito extremamente impreciso, porque gênero pode significar um sinônimo de sexo para alguns, e para outros, pode significar identidade de gênero. Então, a ministra das mulheres, inclusive, usa de forma intercambiável o tempo inteiro. É um golpe linguístico! Isso foi um golpe que eles deram, porque quando eles usam o termo "gênero," a gente nunca sabe do que eles estão falando. E quando a gente confronta essas ideias, eles dizem: “não foi você que entendeu errado,” né? Que é, inclusive, uma ideia—uma filosofia que eles herdaram de uma das raízes filosóficas que
é o pós-estruturalismo. Deixa eu amarrar tudo isso agora. Então, o sistema de crenças considera que o gênero é fruto de construção social e, por isso, eu estou me referindo a sexo aqui. E daí eles dizem: se sexo não é tão importante e gênero sim, é o que determina a forma como eu me comporto, como eu me visto, então eu posso ser o que eu quiser. Então, não há um determinismo biológico. Eu não nasço alguma coisa; eu viro alguma coisa, né? E o que eles dizem é que uma mulher se torna uma mulher porque ela foi
moldada para ser uma mulher. Ela não teve escolha—tem um pouco de raiz feminista nisso também. Ela não teve escolha. Ela se tornou uma mulher ao longo do caminho. Então, se aquela mulher se tornou uma mulher por forças externas, por forças sociais, então qualquer um pode se tornar mulher, basta querer. E daí vem a autodenominação, a autodeclaração. O “ouquismo,” que é, na verdade, um grande guarda-chuva no qual o transgenerismo é apenas um dos seus elementos, visa separar os grupos sociais em grupos identitários. Então, você tem o grupo das mulheres, você tem o grupo das crianças, você
tem o grupo dos transgêneros, você tem o grupo das pessoas negras. É igual ao Marxismo da luta de classes, né? É puramente Marxismo, porque todos descendem da mesma raiz filosófica, que é a teoria crítica, que nada mais é do que Marxismo cultural, Marxismo ocidental, que também é conhecido como escola de Frankfurt. Pesquisadores dissidentes da Alemanha fundaram, estabeleceram, foram recebidos em uma universidade nos Estados Unidos e lá lançaram a teoria crítica. Com isso, eles visaram entender por que o Marxismo não foi capaz de crescer, de se tornar tão bem-sucedido e de prever certos problemas, porque todas
as assunções do Marxismo clássico caíram por terra; nenhuma se concretizou. Então, eles começaram uma nova escola e, dali, substituiram toda aquela discussão de propriedade, de poder econômico, e substituiram por cultura. Por isso se chama Marxismo cultural ou Marxismo ocidental, porque ele cresceu no Ocidente, nos Estados Unidos. Um outro nome também é escola de Frankfurt, porque eles vieram de lá. Então, o ouquismo e o transgenerismo vêm dessas duas raízes, que são a teoria crítica e o Marxismo. Isso é a divisão da sociedade em grupos. Antes, eram proletariado e burguesia, e esses dois grupos econômicos foram substituídos
por grupos identitários. Mas aí você cria um problema: se todo mundo é oprimido, se você tem os negros, se você tem as mulheres... feminismo. O negro, teoria crítica racial, né? Supremacia Branca, privilégio Branco, toda essa discussão, e alguns acumulam, alguns algumas em si. Alguns são TRANS, negros e pobres, e eles deram um nome bonito para isso, né? Deram um nome bonito para isso que é interseccionalidade, né? Foi preciso começar a determinar então quem tem prioridade na fila da opressão, quem tem menos e mais privilégios, porque quem tem? Se todo mundo é oprimido, e quem todo
mundo é oprimido por quem? Pelo homem branco! É o homem branco que oprime todo mundo. Então, todas as escolas de... eu chamo dos "Cavaleiros do Apocalipse woke", todos os Cavaleiros do Apocalipse, teoria crítica racial e suas ideias de supremacia Branca, privilégio Branco, reparação histórica, etc. Estudos de decolonialidade, né, que têm total influência nessa abertura de bordas, invasão de imigração, por exemplo, muçulmana na Europa, multiculturalismo, totalmente envolvidos com isso, né? Então, você tem todas essas pequenas correntes que, na verdade, convergem para o mesmo problema. E se você ob... tudo é um grande Marxismo: decolonialidade, colonizados versus
colonizadores, feminismo, mulheres contra homens, teoria crítica racial, brancos contra negros, transgenerismo... Todo mundo que é hétero contra todo mundo que é não hétero. Não se considera nem homo, não hétero. Eles chamam a nossa sociedade de uma sociedade cis-heteronormativa, que são os homens que produziram a ciência. Foram os homens que instituíram o método científico. Foram homens brancos, situados na cadeia de poder lá no topo, que determinaram como a ciência deve ser feita, que verdades são importantes e que verdades, na verdade, são verdade. E daí eles começam a beber de outra fonte: o pós-estruturalismo, que tem toda
uma discussão de linguagem, toda essa articulação, essa maleabilidade linguística. Eles herdam muito do pós-estruturalismo. No pós-estruturalismo, a linguagem cria realidade. A linguagem não existe para descrever algo que existe; a linguagem cria realidade. Então, se eu digo que eu sou um homem, eu sou um homem, ponto final. Aliás, é tema desse seu livro, né? Corrupção da linguagem. A gente discute muito isso. A gente articula como eu e Patrícia nós articulamos como a instituição, o "o queísmo", ele se infiltrou na nossa sociedade através de quatro formas de corrupção, e uma delas é a corrupção linguística. Quando você
começa a ceder a essa corrupção, é quando você começa a criar problemas, porque você está oficializando e legitimando o que eles falam como uma verdade ou apenas mais uma ideia. Vou mostrar aqui pra câmera: corrupção da linguagem, corrupção do caráter da Nini Borges com a Pat Silva, né, que esteve com a gente aqui, esteve um dos podcasts mais legais que a gente já fez até hoje, ela e a Jaque. É legal como o ativismo woke está destruindo... Sensacional! O livro é ótimo, inclusive! A Nini, e toda vez que a gente ouve falar dessa pauta identitária
trans, é sempre com uma linguagem muito amorosa, é aceitação, é tudo pelo amor, e todas as formas de amor são válidas. E é uma tentativa de abraçar; é uma coisa bem unicórnio, cor-de-rosa, aquela coisa colorida, né? Só que, na verdade, os desdobramentos disso são muito sérios e eles impactam não só a vida dessas pessoas, mas a minha vida, a sua vida, a vida do Arturo, a vida de todo mundo, de maneira geral. Eu gostaria que nós falássemos um pouco sobre alguns desses desdobramentos. Quando a gente troca sexo, que é algo absolutamente objetivo e constatável, por
essa nuvem difusa que ninguém sabe explicar direito que é gênero, quais são os desdobramentos? Por exemplo, você mencionou a questão dos espaços públicos; o que mais que a gente poderia falar? Ou ainda falar um pouco sobre os espaços públicos? Que a conversa gira em torno do amor, porque é a distração perfeita. Uhum, é boazinha, né? É uma distração perfeita, porque enquanto a gente continua, enquanto os grupos se sentem na obrigação... E isso tudo é muito importante, porque essas pessoas foram doutrinadas dentro desse sistema que considera que existem opressores e oprimidos, e isso aprofunda dois tipos
de mentalidade, né? Ou você é oprimido ou você é o opressor. Você não tem um meio termo nesse sistema, né? E as pessoas que são consideradas opressoras tendem a imprimir ou aprofundar esse sentimento de culpa, né? “Eu preciso fazer alguma coisa para consertar isso.” Não tem pessoa mais insuportável, por exemplo, do que o grupo que faz ativismo de classe média de forma muito condescendente, que acha que entende o que, por exemplo, os grupos minoritários precisam, porque eles não têm apenas o privilégio econômico de viver uma vida confortável; como também querem ter o privilégio moral de
ser melhor do que um monte de globais que a gente conhece, né? Um monte não é maravilhoso. Então, é a distração perfeita, porque a conversa gira em torno do amor. As pessoas se sentem felicíssimas de participar disso, porque dessa forma elas sinalizam virtude, de que elas são moralmente superiores, que elas pensam no próximo antes de pensar em si próprias. E isso cria essa névoa enquanto o problema está lá embaixo acontecendo, que é: homens usando espaços privados das mulheres apenas por causa da autodeclaração. E é muito importante a gente falar. A gente conversa muito sobre segurança,
porque, obviamente, a mulher está numa situação de vulnerabilidade física diante de um homem, mas a questão da privacidade também é muito importante, né? É muito importante uma mulher estar entre mulheres quando sai de uma cabine segurando um absorvente. Existem questões muito privadas que são do universo da mulher, que, muitas das vezes, nós não gostamos de fazer na frente de um homem ou com seus filhos pequenos. Exatamente. Quando você tem um corpo masculino naquela... Muitas vezes, porque há uma discussão muito sobre passável, né? Mas e se a pessoa for passável? Passável é muito subjetivo, né? Se
a gente começa a organizar a vida social em torno do que é passável, como é na prática, como isso funciona? Porque as pessoas são muito sonhadoras, né? E elas não pensam na prática como isso funciona. A gente vai ter o fiscal do passável na porta do banheiro, de todos os banheiros? Passável seria um homem que tivesse uma cara mais de mulher, assim, exatamente mais feminilizada, que teve um pouco mais de sucesso. Mas se o critério é autodeclaração, eu posso ter barba, posso ter o saco para fora e falar que sou uma mulher e entrar. Exatamente!
Exatamente! Tá todo mundo vendo que é um homem. Tem nem dúvida! Nesse sentido, eu sempre digo: pessoas gostam de dizer... Esse é um argumento muito interessante, que é uma falácia lógica, que é a falácia lógica do escocês de verdade. Mas pessoas trans de verdade não fazem isso. Primeiro, quem disse? Fonte: vozes da sua cabeça mágica, Mundo Encantado de Bob. Quem? Quem foi que disse isso? Segundo, a percepção de que todas as pessoas trans são, na verdade, um grupo coletivo vitimista, que todas as pessoas são igualmente vítimas... Desculpe, mas também não me compro isso. Eu analiso
e julgo as pessoas baseadas nas suas ações individualmente. É assim que nós deveríamos fazer. E terceiro: que diferença faz se a pessoa fez ou não fez transição? Se ela tem ou não tem disforia, se qualquer pessoa que se autodeclare como tal o é? Que diferença faz? Então todo mundo passa a ser trans de verdade, não precisa nem ser, né? Inclusive, todo mundo passa a ser trans, que é um dos problemas que a gente cria, né? A gente começa a ter... pode ser um pedófilo, simplesmente. Claro que pode! Claro que pode! E esse movimento está deixando
uma brecha enorme, né? Um buraco enorme por onde estão passando toda a nata da sociedade, né? Tá passando por essa brecha. Isso já tá acontecendo nos vestiários, nos banheiros públicos, por exemplo. E como está! E como abrigos! E a impressão que dá é que muitas vezes essas pessoas saem de casa com a intenção de arranjar problema, de filmar o rosto das pessoas, né? E elas se sentem muito protegidas pelo Superior Tribunal Federal, que equiparou transfobia a crime, né, sem nenhuma tipificação. Então percebam, é a linguagem de novo, porque direito é isso: direito é linguagem. Quanto
mais impreciso, mais medo as pessoas têm de se pronunciar, de se defender. As pessoas não sabem que elas têm direito, sim, de declarar o sexo biológico de alguém, mas o medo faz com que as pessoas aceitem certas circunstâncias, né? E se coloquem, inclusive, em situação de falta de privacidade ou de risco, porque elas têm muito medo de ser processadas. Nesse caso, eu já quero entrar em outros desdobramentos, mas ainda nesse caso, por exemplo, dos vestiários, dos banheiros públicos... Eu sou um pai, eu sou um pai de menina. Minha filha vai fazer 4 anos. Eu entro,
claro, em banheiros ali familiares e tal, etc. Mas tem situações onde, sei lá, eu vou estar com a minha filha e entrou, por exemplo, ou por exemplo, a mãe dela vai estar com a Joana num banheiro feminino, né? Porque eu entro em outros tipos de banheiro ali, mas, por exemplo, a mãe dela vai estar com a Joana num banheiro feminino. Entrou um homem, por exemplo. O que que ela pode fazer? O que que as mães que estão nos ouvindo, que forem entrar com suas filhas em banheiros femininos... Porque eu não tô nem falando do caso
dos adultos, né? Mas de criança. Às vezes, uma criança vê uma situação, uma criança sai determinada, sai correndo ali, tá dentro do banheiro e um adulto vê uma criança nua. Uma criança ali com... ou a criança vê o adulto nu também, pode acontecer. É possível, já hoje em dia. O que que a gente pode falar? Antes de tudo, garanta sua própria segurança, né? Porque você está numa situação de vulnerabilidade física e, se você falar qualquer coisa que desagrade a pessoa, você não sabe como a pessoa vai reagir, né? Já existem muitos casos no exterior de
mulheres que foram espancadas no banheiro. Teve o caso de uma mulher que foi... que teve os seus órgãos digestivos de lá de dentro do corpo dela. Porque ela simplesmente declarou que era um abrigo para vítimas de estupro, para mulheres do sexo feminino, e o homem achou que... porque ele achou que era um direito dele, porque ele se declara como mulher, e ele fez isso com a pessoa, né? Isso aconteceu na Inglaterra. Então, garanta a sua segurança! Você não sabe da reação da outra pessoa. Se possível, se tiver um homem do lado de fora, peça ajuda.
Ah, as pessoas não fazem ideia do quão... ah, todos estão juntos pensando a mesma coisa, mas sem coragem de dizer. Se você sair do banheiro, eu tenho certeza que você vai encontrar um homem ali perto do bebedouro que possa te dar uma assistência, né? Mas na presença de uma criança, remova a criança, né? Eu acho que você não tem muito o que fazer nesse sentido. Se você tá com uma criança numa situação de risco, remova a criança e depois explique que aquilo é errado. Uhum. Explique para ela que ela não era obrigada a trocar de
roupa na frente de uma pessoa do sexo oposto, né? Que ela não era obrigada a fazer xixi na... que eduque a criança a entender quais são os seus direitos, né? E remova a criança da situação de risco. Eu não estou, de forma alguma, sugerindo que toda pessoa que se declara trans é violenta ou sai de casa com o desejo de... Cometer violência, o que eu estou dizendo é que as pessoas violentas não têm uma placa na testa dizendo "violenta", né? E na impossibilidade de você identificar quem são essas pessoas, aja com cautela. E ali ela
tem um pênis e ela tem mais força física que você, então ela tem muito mais armas que você, inclusive não é como uma outra mulher violenta, por exemplo. Qualquer coisa assim, né? CL Nini e as decorrências disso... Desdobramentos nos esportes. Cafezinho, cafezinho! Pausa pro cafezinho que é uma delícia, esse cafezinho sem açúcar de casa. O açúcar sem açúcar. ISS! A pessoa coletou os grãos. Vamos honrar nos esportes! É impressionante porque nós tivemos agora essas últimas Olimpíadas e vejam como é uma questão de alerta. Como estávamos todos adormecidos! Estávamos todos adormecidos, a agenda avançando e nós
não sabíamos nada disso. Vejam só as articulações e o Manic Elif, que eu cobri extensivamente no Instagram e no YouTube, ganhou no box feminino, não é? Em uma das modalidades. E ficou todo mundo muito surpreso, muito horrorizado com isso. Mas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, um outro homem também ganhou medalhas, mais de uma, inclusive no esporte feminino, corrida, e ninguém soube, ninguém pensou, ninguém ficou assustado com isso. Por quê? Porque o nosso nível de alerta estava baixíssimo naquela época. Uhum! Era 2016. Cast Semenia é um homem intersexo. É um homem! Nós já sabemos disso
porque ele tenta até hoje competir contra mulheres e ele submeteu um processo pro tribunal esportivo. E quando você faz isso, o processo se torna público. Então nós temos acesso a todos os detalhes desse processo, e lá consta que ele é um homem intersexo. Você nasce com uma genitália ambígua, mas você é um homem! Você desenvolve testículos internos, você tem níveis de testosterona semelhantes aos dos homens porque você é um homem, né? Muitas pessoas pensam "mas é uma mulher com nível alto de testosterona". Não! Os níveis de testosterona não se sobrepõem entre homens e mulheres. Mesmo
as mulheres que têm níveis altíssimos, por causa de quaisquer síndromes que sejam, nunca chega nem aos pés do nível de testosterona dos homens. Não tem os receptores, é tudo completamente diferente! Ele é um homem, né? Sem dúvida, um homem! Teve filho depois, como a mulher. Não tem a ver, não ficou muito bem comprovado se ele é o pai biológico. A esposa dele, de fato, fez uma publicação sugerindo isso e depois ela deletou o post. Que babá, né? Então nós não temos confirmação disso, mas isso já aconteceu há alguns anos, né? E nós não estávamos alertas.
Nós não estávamos atentos a esse problema. Agora, com toda essa conscientização, vejam só, tem um livro muito interessante que é o "The Remarkable"... Ah! Fala! Eu vou lembrar do nome que fala sobre o quão extraordinário foi o avanço dos direitos trans. E uma das estratégias foi conduzir políticas públicas, moldar políticas públicas sem a participação da democracia direta, porque quando isso acontece e as pessoas começam a ficar conscientes desse problema, elas tendem a lutar contra isso. Então, eles sabem que isso é uma reforma social que não inclui a todos nós e que nós não aprovamos. Eles
sabem disso, né? Então essa agenda avançou muito sem a nossa participação, a ponto de nas Olimpíadas anteriores isso já ter acontecido e a gente nem sabia. Então, Iman Elif não foi o primeiro caso, isso vem acontecendo há 20 anos e os países sabem disso. Enviam esses homens para ganhar medalha. Tudo isso acontece porque as Olimpíadas não fazem mais testagem de sexo, o que é bizarro! O que é bizarro! O COI está totalmente articulado com o transgenerismo, né? E a tentativa é de inserir, através do intersexo. O intersexo foi apenas mais um grupo que foi cooptado
pelo transgenerismo, inserido na sigla que eu chamo de "máfia do alfabeto LGBT". Que virou uma senha forte, virou uma senha segura, não é? E foi inserido ali para transferir um pouco de legitimidade científica, porque intersexo é uma condição genética, é uma anomalia genética, é real. Se você fizer testes, você sabe. É perfeitamente possível você fazer testes genéticos, você fazer uma ultrassom, e você sabe exatamente. O intersexo é uma pessoa que é de um sexo, mas que possui características sexuais secundárias ambíguas. Tem um filme até, tá concorrendo ao Oscar, "O Conclave", que tem uma situação intersexo
ali também, né? Que tenta inserir em qualquer lugar, né? Para continuar gerando conversa, para ter pelo menos um pingo de cientificismo. Mas esse caso da Imane, eu acho que gerou um reboliço nas redes sociais porque teve uma luta contra uma italiana, que a Imane deu um soco no nariz dela e quebrou o nariz da italiana. E ela, chorando, assim, falou: "Cara, eu nunca tomei um soco tão forte na minha vida!" E aí gerou uma repercussão, todo mundo querendo abafar ali. Você viu a mídia querendo abafar. "Ah, não, não se trata de um homem!" Na verdade,
nem podia falar que era trans... E depois, meses depois dela ter ganado a medalha de ouro, revelou-se, então, que de fato era homem. Foi isso! Lembremos que o KI obrigou a italiana, Angela, a pedir desculpas. Sim, né? E outras atletas já vem há anos tendo que fazer a mesma coisa, porque as pessoas fazem muito essa crueldade de pensar: "Por que as mulheres, então, não param de competir?" Ora, bolas! Vocês querem que as mulheres saiam dos seus próprios espaços, então, né? Não, não, não! Não se trata simplesmente de abandonar a própria carreira, porque essas mulheres são
pressionadas a fazer certas coisas. Do contrário, elas perdem patrocínio, elas perdem a carreira que elas tanto têm. Mulher no esporte masculino não tem, né? Então, mas é... Tão curioso como a intersexualidade ou transgenerismo é, só para cá, não é? Não é? E o COI tem usado o intersexo como a ponte de abertura, portanto, é a porta de abertura. Então, eles estão começando a introduzir essa questão da anomalia porque é ambíguo. Então, a gente não testa o sexo, então não tem como saber se a pessoa diz que é. E aí você já começa a ver a
autodeclaração aparecendo, né? Se você tem um documento que diga que você é do sexo oposto, está resolvido, você é do sexo oposto, né? Em muitos países, isso é a coisa mais fácil de conseguir. Nossa, desdobramento disso na educação sexual nas escolas... Ninguém se preocupa mais com a educação sexual dos filhos dos outros do que a comunidade LGBT! Piu, piu, piu! Ninguém mais. É interessante porque educação sexual é fundamental, desde que seja apropriado para a idade, né? Então, você já consegue introduzir questões de educação social porque nós somos um corpo sexuado; nós nascemos com sexo. Então,
é importante que essa conversa vá ao longo dos anos na medida em que a criança cresce, sendo introduzida, até porque as crianças precisam. Nós não sabemos o que se passa na casa das crianças, e muito, muito abuso acontece nos lares, né? Então, é importante que a criança aprenda como se defender e aprenda o que é certo e o que é errado, para que ela possa, inclusive, saber como denunciar com as suas próprias palavras, né? Então, educação sexual é importante. A linguagem tem que ser adaptada, obviamente, e tem que ser apropriada para a idade. Porém, o
que nós temos visto é que, através dessa porta – e é sempre isso, é sempre uma pequena porta –, por isso que eu sempre digo: sem concessão, sem ceder nem um único passo, sem chegar um pouquinho para o lado para alguém passar. Porque quanto mais a gente cede, mais a porta escancara. Hoje, educação sexual tem sido usada como uma ponte, uma porta lateral, uma porta dos fundos pela qual a ideologia de gênero está passando. Uma mãe me mandou uma foto da sua filha sentada na sala de aula e, no quadro, estava escrito "se gênero não
binário". Tudo isso, a criança aparentava ter 7 anos. Deus! Então, isso já acontece. Recentemente, eu publiquei um vídeo no qual um homem trans identificado ameaçava crianças no microfone. Depois, ele disse que não foi, foi apenas um ato educativo, mas ele ameaçava as crianças, dizendo que ele deveria ser reconhecido como uma mulher, porque ele se sente uma mulher, inclusive dizendo que os pais poderiam ser presos e citou o Superior Tribunal Federal, com crianças de 8 anos, todas paradas na fila. E você é um...? Eu vi esse vídeo também! E quem não valida isso é criminoso, está
cometendo um crime. As crianças, assustadas, assim: "Meu Deus, o pai de vocês pode ser preso!" Não é? Então, o que a gente está vendo é que toda a conversa sobre educação sexual, que é importantíssima, está sendo ligeiramente colocada para os lados, para acomodar ideias que são, na verdade, anticientíficas e entram em conflito direto com o currículo de Ciências. Porque a professora de Ciências entra na sala de aula e explica que existem dois sexos, e ela vai discutir a biologia do corpo humano e toda a... que mulheres menstruam, homens não, toda a biologia, né? Tudo aquilo
que nos faz humanos e todos os nossos marcadores biológicos. E aquele professor sai, entra outro e ensina uma coisa completamente diferente. O que você faz com a cabeça da criança é uma crise de sugestibilidade, né? O queísmo faz muito isso, ele sugere ideias que não estavam ali em primeiro plano. Coisas com as quais a criança não teria contato e sequer seria capaz de pensar ou de articular, né? O que nós vemos muitas vezes são pais, ou cuidadores, ou professores articulando a voz da criança numa linguagem que você vê que é uma linguagem de adulto. Joga
no colo da criança; a criança repete porque criança absorve muito, né, do seu ambiente. E depois, quando a criança fala em voz alta, os adultos dizem: "Viram? Viram? Viram a criança trans! Ela realmente acha que nasceu no corpo errado!" Mas a articulação foi, tudo, uma crise, na verdade, de sugestão. É interessante que no direito, eles têm muito cuidado quando usam, por exemplo, crianças como testemunhas, porque há muito problema de sugestão no modo como você faz a pergunta, né? Há um problema de memória também, se ela de fato lembra dos eventos da forma como de fato
aconteceram, se envolve trauma ou não. Então, assim, já é sabido disso, né? E eles usam essa estratégia da sugestão o tempo inteiro, articulando uma voz externa como se fosse uma voz interna da própria criança. É muito cruel mesmo, não é? E essa questão da sugestão, eu me lembro assim, uns 10 anos atrás, não se ouvia falar em criança trans, mas é como se não existisse. Há bem pouco tempo atrás, eu... é igual o cachorro vegano. Assim, que hoje em dia tem cachorro vegano, também tem animal vegano. Eu me lembro, por exemplo, da minha mãe: minha
mãe ela brincava na rua com os meninos, ela era a única mulher, ela se vestia igual aos meninos, soltava a pipa, jogava a bola, brincava de carrinho. Ela não deixou de ser feminina. Teve um irmão normal, assim, foi uma fase ali. Nunca passou pela: "Ah, eu acho que eu sou um menino". Mas essa questão da sugestão, né? Eu queria que você contasse um pouquinho como é que funciona isso e essa explosão de casos que a gente, até bem pouco tempo atrás – coisa de 5, 10 anos atrás – ninguém ouvia falar a respeito desse assunto.
Por que esse assunto explodiu, não é? Engraçado, o progressismo se autodeclara progressista, mas utiliza todos os estereótipos vazios e obsoletos de gênero, né? A gente estava brincando com as cores, né? Então, ele se apoia em todos esses estereótipos. Se uma menina gosta de brincar de carrinho, se você observar todas as mães que hoje possuem uma conta no Instagram para exibir os seus filhos como uma medalhinha, né? Uma estrelinha de ouro. Você pode observar que todas elas, a primeira história começa com "ele adorava brincar de...", "ela adorava brincar de carrinho", "ele adorava azul". Pô, mas isso
não é estereótipo? Obcecado por unicórnio, só gostava de brincar com as meninas, né? Na sessão de roupas, só gostava de roupas do sexo oposto, né? Aí você começa a observar que tudo emerge da cabeça da mãe, que tem essas preconcepções, essas ideias já prontas e essas expectativas do que uma menina e um menino podem e devem fazer. Tudo nasce na cabeça dos pais, e a história tem mostrado que, mais, na cabeça das mães. Então, é um movimento que se autodeclara progressista, mas é interessante porque eles são extremamente obsoletos, uhum. De onde vem tudo isso, né?
Veio de uma necessidade de usar as crianças como um sacrifício ideológico. A transexualidade, há muitos anos, até outro dia era considerada um transtorno, uhum, né? Um transtorno, segundo Ray Blanch, que é um dos maiores pesquisadores da área, fruto de um impulso sexual mal direcionado, muito associado a traumas na primeira infância. Inclusive, um exemplo que eu acho que elucida bem isso: uma menina que tenha sido violentada sexualmente ou que tenha experimentado abandono, negligência, ela tende a querer se afastar daquela identidade para se afastar do trauma. Então, ela acha que, de repente, se tornando menino ou usando
roupas masculinas, ou não tendo mais, por exemplo, um órgão sexual feminino, que ela não estará mais exposta àquele trauma ou que a pessoa que cometeu o crime, o abuso, não vai querer mais abusar dela. Então, ela se dissocia por isso. Traumas criam dissociação, que é 100% a discussão do meu novo livro. Eu converso muito sobre isso, sobre traumas e como nós, como sociedade, estamos induzindo traumas de propósito. Qual é o nome do seu novo livro? Não posso falar. Meu Deus do céu, não posso falar! Mas a conversa, se a gente observar todo esse problema que
estamos vivendo, o modo como as pessoas são tão seduzidas por ideias tão simplistas... Por que as pessoas estão sendo seduzidas por ideias? Porque não é uma questão só de inteligência. Eu convivi por anos nas universidades com pessoas extremamente inteligentes, extremamente articuladas nos seus campos de conhecimento, que hoje falam "todes" no e-mail institucional. Então, não é só uma questão de inteligência, tem um fator extra aí. O que está acontecendo? Por que todo mundo foi tão facilmente cooptado e por que se sentiram tão seduzidos por ideias tão esdrúxulas, dissociadas da realidade? Esdrúxulas, né? Tão dissociadas da realidade.
E, se você observar, há muito de dissociação no transgenerismo e no queísmo de uma forma geral. Então, a criança trans, ela não existia. Porque trans, a transexualidade não era uma identidade; a transexualidade era um transtorno, não muito bem-sucedido em termos de tratamento, mas era um transtorno. O perfil clínico clássico do transsexual era um homem por volta dos seus 40 anos que ia a uma clínica de gênero e dizia: "Olha, vivi a minha vida inteira dessa forma, eu estou desconfortável". Muitos homens, inclusive supermasculinos, de profissões tipicamente masculinas, como pessoas que trabalham no trânsito ou na construção
civil, sabe? Pedreiros, militares, né? E essas pessoas diziam: "Olha, eu quero viver como mulher agora", e começavam a tomar hormônios. Esse era o perfil clássico. Crianças nunca fizeram parte do perfil clínico de pessoas trans. Só que o golpe foi aí. Eles precisavam se distanciar de transexualidade porque estava associada a transtorno e não à toa. Também a palavra "sexo". A palavra "sexo" está na palavra "transexualidade". A conversa era um transtorno que era produto de um impulso sexual mal direcionado, muito possivelmente causado por traumas. Essa relação de causalidade é dificílima de provar, mas há uma alta correlação
de traumas e desenvolvimento de parafilias, por exemplo. Uhum. Parafilias são transtornos sexuais, são transtornos sexuais, né? Dos quais a gente provavelmente vai conversar um pouco mais para frente. Eles precisavam migrar e tornar esse nome um pouco mais palatável e um pouco mais pop também, né? E começaram a introduzir transgenerismo, que tem a palavra "gênero", que é ambígua, é solta, e tirar a conotação de patologia totalmente. Eles precisavam se distanciar dessa ideia patológica e desenvolver a ideia de uma identidade. Só que você cria agora um problema: se eu não tenho um problema médico e eu sou,
na verdade, uma identidade, então eu nasci assim. Bem, se eu já nasci assim, significa que eu tenho um cérebro trans. Então, estou no corpo errado com o cérebro do sexo oposto. Significa também, então, que eu já fui uma criança trans, porque todo adulto uma vez já foi criança. E assim, a criança é introduzida como um sacrifício ideológico. Mas foi muito importante se distanciar da ideia do impulso sexual mal direcionado, porque se a gente fala que tem a ver com sexo, a gente não pode inserir as crianças no tabuleiro de análise. Quando eles começaram a se
distanciar disso e introduzir esse nome mais simpático, super legal, né? Foi aí que as crianças começaram a ser usadas como sacrifício ideológico. E quem alguém pensou isso, né? Porque todas essas engenharias sociais partem da cabeça de alguém, que fala: "Não! Eu vou transformar a sociedade assim" e traça um plano para isso. Quem que são os pais desse movimento? São alguns pais, né? Nós podemos separar dois grupos, né? Nós temos... Oi, como todo culto, você tem o miolo do culto, que é a zona de poder extremo. É dali de onde se radia o dinheiro e os
principais conceitos. Eu, Maria, diria que o círculo do meio é o círculo acadêmico, que é por onde eles têm multiplicado essas ideias e, obviamente, recrutado pessoas, uhum, né? E você tem o círculo de fora, que são os militantes de internet que citam frases soltas, que leem o livro, por exemplo, de Butler. Judith Butler é uma das madrastas da teoria queer, por exemplo, que dizem que entendem, mas não entendem nada, porque eu sou uma leitora assídua, faço isso; é a minha profissão. Eu faço consultoria científica, então assim, eu sei ler, eu não tenho dificuldade para ler
e eu não entendo muita coisa que ela fala, né? Então, quando as pessoas dizem, eles nem querem ser entendidos, né? Não, mas é uma estratégia, né? Mas isso é tática, né? Isso é tática porque isso permite que eles digam coisas que não podem ser ditas. É, por exemplo, Judith Butler defende um incesto. Né? Toda hora, incesto? Toda hora, gente, vocês falam inem sexto? Que interessante! Cariocas falam incesto? Ah, é interessante! É que ela fala outra palavra, eu estou assim tentando reconhecer a palavra. Pior que eu sou carioca, mas eu acho que eu falo emcesto. Você
fala também, carioca, às vezes de fachada? Eu nunca tinha nem ouvido incesto, na verdade. Ou será que eu sou errada? É possível também, não? Nem sei. Ah, dá uma olhada, mas quando eles começaram a financiar... porque isso, você tem essa cebola. O culto é uma cebola. Do lado de fora você tem todos esses ativistas que ficam por aí falando essas frases soltas. Esses ativistas são predominantemente de esquerda. Sei que muitas pessoas não gostam que a gente diga isso, mas esse ativismo, a gente fala muito isso no livro. O ativismo woke é um ativismo de esquerda.
Eu não conheço um direitista que seja ativista do movimento trans. Eles gostam de dizer que é um movimento neoliberal porque, no miolo do culto, os adoradores, obviamente, são os bilionários. Mas os bilionários financiam, eles vão para onde eles querem, né? Então, o capitalismo se organiza em torno dos interesses. Então, você vê que já estão jogando para a direita agora, depois que o Trump ganhou. Aquela coisa do filho feio não tem pai, né? Então, não pegou mal esse ativismo woke na América em alguma coisa. Então, estão jogando para outro lado. Isso é por isso que eu
tenho acompanhado com cautela, sem levantar muitas esperanças. Eu tenho acompanhado com cautela porque a gente não sabe que vai virar. Aham, né? Por enquanto, eu estou gostando das ordens executivas do novo presidente dos Estados Unidos. Eu estou apreciando tudo que ele tem feito, mas com cautela. Porque é isso, o capitalismo é isso, né? Os bilionários, eles vão onde os interesses estão convergindo, né? Onde está a zona de conforto deles, né? Por isso que nós vimos tantos bilionários. A Amazon, Nissan, tantas empresas; a Disney, Facebook, Meta, todos eles, do nada, mudando seus princípios que eram tão
importantes nas suas políticas e abandonando em favor de uma, no mínimo, curiosidade, né? No mínimo curioso. Mas então, peraí, quando a gente fala desses pais, então nós estamos falando dessa feição dos bilionários, a Judith Butler não entra aí. Ela entra como uma mãe, é, intelectual, digamos assim, filosófica. Quem mais são esses pais? Foucault poderia colocar. Com certeza, é um desses pais. Tem os pioneiros dos textos queer, né? Que é quando o transgenerismo, quando o trans, o transgender, vem sofrendo uma metamorfose filosófica, né? Ele começou como um movimento que se queria biológico, né? Então, no início,
a gente tinha muita conversa sobre disforia, né? Eu sou um homem preso no corpo de uma mulher. Não, eu sou uma mulher presa, predominam, né? Eu sou um homem, uma mulher presa no corpo de um homem, mas isso porque eu tenho disforia. Eu sofro de disforia. Então, tinha esse marcador médico que eles faziam muita questão de frisar. Quando o queer convergiu, criou esse bloco único, eles abandonaram qualquer conexão com biologia, com qualquer nível de realidade. Eles abandonaram completamente a realidade porque a queer visa a dissolução dos valores morais. A dissolução, questionam. Não é o que
nasceu? O que já passou, já virou muita coisa, mas pode ser também, né? Tem muitas interpretações. Ele nasceu como um termo pejorativo para gay, que foi reapropriado pelos próprios gays. Ah, você vai me chamar de queer? Então, bom, sou queer mesmo, né? Então, nasceu como uma revolução linguística de se apossar. Então, se apropriar de volta disso, mas já sofreu uma mutação. O queer não tem nada a ver com ser gay; mais que queer significa resistência aos regimes do normal. David Hoy é um dos pioneiros dos textos queer, e ele fala isso abertamente. É uma identidade
política, não é uma identidade sexual. Cuir significa tudo o que é considerado normal. Só é normal porque o homem branco cis hétero do topo da hierarquia social determinou que é normal. E tudo passa por uma grande construção social. O que significa, então, que a gente tem que desconstruir absolutamente tudo. Tudo o quê? Tudo! E os valores morais são os primeiros a serem desconstruídos. Nós acreditamos que pedofilia é crime. Quem disse? Mas em sociedades onde uma criança... em sociedades onde isso não é crime, por exemplo, ou onde essa palavra não existe, isso não é crime, né?
Butler vai falar, por exemplo, não tem problema, ah, por exemplo, em séculos passados, o relacionamento entre irmãos, né? Era até idílico, né? Ela menciona isso em alguns dos textos, né? Ela faz essa, ela evoca esse cenário romântico. Por que que... Vocês estão considerando relacionamento entre irmãos errado por quê? Porque o homem branco determinou que isso é errado, e eles vão começar a desconstruir todos os valores morais. A família passa por essa desconstrução, e é por isso que nós vemos hoje tantos homens que querem ser mulheres, que querem, por exemplo, ser mães. E aí que eu
falo que todas as pautas convergem. Porque, por exemplo, a barriga de aluguel cai como uma luva para isso, porque agora eles podem simplesmente comprar um bebê que é um produto, né? Usam a mulher como um commodity, produzem um ser humano e levam para casa, e se tornam mãe daquela criança. Sabe, isso quando não é o homem trans que engravida. O homem, a mulher reclama que ela tem disforia, que ela se sente desconfortável no próprio corpo. Tá certo, vai lá e faz a transição, toma testosterona, ferra com a sua saúde. No início, tem um êxtase, porque
a testosterona tem esse efeito positivo no bem-estar, né? Então, há distribuição corporal. A menina perde aquelas gordurinhas aqui e ali, se ela malha, ela fica um pouquinho musculosa, os pelos começam a nascer, os traços feminizantes começam a ser perdidos; ela começa a ficar um pouco mais masculina, o nariz cresce, o maxilar... Opa, agora que ela tá toda masculina, vai engravidar, que é a coisa mais feminina que pode acontecer. Coisa mais animal do que engravidar? Quem passou por um parto sabe muito bem disso: não tem nada mais animal do que botar um filho no mundo. Não
tem nada de romântico no processo; é lindíssimo, tudo muito lindo, filosoficamente, mas o ato em si é muito animal, não é muito? Ora, então, por que isso? Porque tudo faz parte do grande esquema de rebeldia, de provar que eu posso sim nascer mulher, virar homem, ser pai. Tudo faz parte desse grande processo de desconstrução que é, na verdade, o que significa cuir. Esse movimento cuir está dentro desse guarda-chuva da ideologia de gênero ou é o contrário? Só para entender, ele veio como uma luva para conduzir o transgenerismo para esse mar aberto que pode ser tudo.
Ele está debaixo também; eu diria que ele era um movimento à parte que convergiu. Hoje, eu tenho, nos meus vídeos, falado sobre transgenerismo. Não uso mais a palavra transgenerismo sozinha; tenho usado o transgenerismo cuir, porque na minha opinião sofreu uma nova onda filosófica. Se antes havia ainda uma tentativa de... e não à toa, eles se agarraram ao intersexo, né? Para poder adquirir um pouco do aspecto científico do intersexo, que inclusive está na sigla; foi uma tentativa disso. Mas agora eles não ligam mais para isso, porque agora eles fizeram parceria com o cuir e estão gradativamente,
inclusive, abandonando o grupo original do movimento, que é o LGBT. Eles não querem saber desse grupo mais; eles exploraram esse grupo ao máximo, inclusive os recursos financeiros que foram obtidos lá nos anos 70 e 80, nas primeiras marchas, nas primeiras lutas. Usaram esse recurso já disponível, portas abertas; agora que já fizeram, não precisam mais deles. Lembra que era GLS? A pauta deles já tá muito... eles já estão falando de zoofilia, como colocar como uma... gente, não à toa, não existe preferência. Só não existe. Eu acho que é um surto psicótico enorme quando, por exemplo, uma
pessoa me xinga de homofóbica, porque fala: "você não tá raciocinando muito bem!" Não tem movimento mais homofóbico do que o transgenerismo cuir, porque hoje, por exemplo, eu sou um homem que me declaro mulher, mas não basta eu me declarar mulher; eu quero ser uma mulher lésbica, porque a gente pode conversar sobre isso. A autoginefilia tem tudo a ver com isso; é um fetiche sexual, né? Só que, olha o problema que você cria: eu sou um homem que me considero mulher ou alego ser mulher, porque às vezes eu nem me considero; eu só digo que sou.
Eu não sei o que passa na cabeça da pessoa. E essa mulher que ele cria, que é lésbica, e ele acha que as mulheres lésbicas devem sentir atração por ele, e se não sentem, são chamadas de genital. Hoje, a perseguição com a comunidade gay, lésbica e bissexual é enorme. Tem que aceitar de tudo; você tem que aceitar, porque eles querem controlar até um aspecto estético. Mas mais do que isso, eles querem controlar até mesmo um dos elementos mais animais do ser humano, que é o quê? Atração sexual. Você não escolhe por quem você tem atração,
e eles querem controlar até isso. Então, uma mulher lésbica hoje tem que aceitar um homem com seus apêndices, né? E o mesmo tem acontecido com homens gays, por exemplo. Então, assim, não tem movimento mais homofóbico do que eles. Uma última pergunta, ainda só dentro dessa pauta, porque no seu livro você comenta a respeito, claro, dessa questão da linguagem, né? Dessa corrupção que é feita em cima da linguagem. E eu queria falar um pouco... Pô, isso a gente já viu que isso agora, no Ocidente, caiu como uma bomba. Isso já acontece há décadas, né? Mas como
é que é visto isso lá no Oriente? Só para a gente entender, as pessoas falam sobre isso? Porque eu, de fato, não tenho ouvido falar em, sei lá, criança trans na China, na Rússia. Muito pelo contrário, lá eles estimulam a virilidade, né? Se você observar, muito dessa agenda avançou através do TikTok, né? E o TikTok é uma empresa chinesa. Mais do que isso, avançou muito durante a pandemia, quando eles resolveram fechar as escolas, embora as crianças não fossem um grupo de risco, e manter as crianças dentro de casa. Muitas crianças que dependiam da refeição das
escolas, muitas crianças que eram abusadas por seus cuidadores... Casa, elas foram mantidas em casa por muito tempo, e elas foram para o TikTok; foi através do TikTok, predominantemente, que toda essa geração mais nova começou a fazer essas perguntas estranhas sobre ter nascido no corpo errado. Observem que todo o empurrão veio de lá, mas eles mesmos não adotam essas ideias. A Rússia condena. Eu estive na Rússia há alguns anos e posso garantir para você: não tem nenhum homossexual na rua, porque essas pessoas apanham. É o outro extremo; você não tem direito a muita coisa se você
é um gay, por exemplo, na Rússia, né? É o outro extremo, que é o poder autoritário de um governo que decide interferir na vida privada dos seus cidadãos. Você tem o outro extremo disso: Yuri Bezmenov, que é um ex-agente da KGB. Ele trabalhou baseado na Índia e, pela Índia, ele fugiu, gastando o resto da sua vida tentando alertar o Ocidente sobre o que eles estavam querendo fazer com o Ocidente. A quem eu me refiro? Ao eixo de lá mesmo, né? E ao oriental, seria Rússia e China. Basicamente, esses dois são os principais. O que Yuri
Bezmenov diz é que a subversão ideológica e a subversão comunista vêm e eles têm isso muito planejado em quatro estágios. É muito interessante; procurem pelo vídeo de Yuri Bezmenov no YouTube, ele explica muito bem esses quatro estágios. Não vou me alongar, porque senão a gente vira uma conversa só sobre isso. Mas em um dos vídeos, ele fala uma coisa tão interessante: e isso, gente, observe, anos 80, toda essa conversa não existia, mas ele já falava isso, né? Porque vejam, eles aprenderam isso, isso foi articulado, foi muito bem costurado. Isso é um modelo de negócio. Ele
fala: "Você quer desviar as crianças? Você quer promover uma subversão ideológica? Comece pela escola". Mas mais do que isso, usando o tempo de aula para o que seria para aprender sobre ler e escrever, e começa a discutir sobre sexualidade. É super interessante, porque ele está falando disso há 40 anos. Cantando a pedra, ok? Então, assim, isso já estava nos planos. E é interessante que eu fico com a impressão de que as pessoas que começaram a empurrar essa agenda — e por essas pessoas me refiro ao núcleo que financia essas pessoas, têm nomes, é a família
Pritka dos Estados Unidos, que financia pesadamente políticos, que mantém políticos reféns para aprovar as leis que os favorecem. Inclusive, o ex-presidente Obama foi pesadamente financiado por eles e tem uma parceria muito, ah, muito ligada, muito estreita com o governo Biden, a ponto de Kamala ter considerado um dos membros da família Pritka como candidato a vice-presidência na chapa com ela, né? Nós temos Martin Rbat, que é um homem transsexual; ele é casado, super bem-sucedido, dono de muitas empresas, muito, muito bem-sucedido e muito bem reconhecido como um homem muito inteligente. Ele, inclusive, foi considerado um dos maiores
CEOs das últimas décadas. É um homem extremamente inteligente, bem articulado, que tem inclusive uma empresa farmacêutica. Uhum, não à toa, né? Mas é muito mais. Você tem John Striker, que é o herdeiro da empresa Striker, que é nada mais nada menos do que uma empresa multimilionária que trabalha com suprimentos hospitalares. Ora, ora, né? Qual o interesse dessas pessoas nessa agenda? A gente pode... tem vários interesses; a gente não precisa... isso não é a teoria da conspiração. A gente não precisa que cinco ou seis homens se reúnam num porão escuro para fazer conspiração. Quando os interesses
convergem, isso acontece naturalmente. O que a gente vê, por exemplo: Prka, que era um homem militar condecorado, herdeiro riquíssimo, bilionário, um dos homens mais ricos do planeta. Ele fez a transição muito recentemente; é uma coisa, inclusive, até um pouco patética de olhar. Quando você olha e fala: "Por favor, me diga que você não sai de casa assim, me diga que você não sai assim", porque todo mundo vê que é um homem vestido com uma saia. É uma coisa tão bizarra para os olhos, né? Que os olhos ficam até nervosos de assistir um negócio desse. Ele
saiu financiando tudo que pôde com o dinheiro dele. Então, não existe uma única universidade nos Estados Unidos que não foi tocada pelo dinheiro da família Pritka. Eles ajudaram a abrir clínicas de identidade de gênero, financiar departamentos de gênero, e ainda ajudaram a financiar a criação de revistas científicas que são importantíssimas para legitimar essa nova verdade. Como, de fato, uma verdade na qual nós podemos acreditar, porque ela é ciência. Porque não existe nada mais ocidental do que a ciência, né? O Ocidente se constituiu a partir da ciência, a partir do teste, do erro, do método da
experiência. E foi assim que nós organizamos a vida social, a partir da ciência. Então, eles sabiam disso. Então, eles falaram: "Se a gente quer ser levados a sério, precisamos fazer ciência sobre isso". Uma ciência falsa, mas precisamos. Eu chamo de "transcência", né? Se identifica como ciência, apresenta como ciência, mas não tem nada de ciência. Começar pelo próprio conceito de gênero, né? Como é que toda uma ciência se constrói em cima de um conceito que não existe? Que ninguém consegue delimitar o que é gênero. Existe uma variável fluida; ela depende de quem fala, depende de quem
ouve. Ela significa tudo e significa nada ao mesmo tempo. Não existe nenhuma comprovação empírica disso, não existe nenhum estudo sério. É apenas uma verborragia científica, são apenas elucubrações que recebem um certo lustre científico: palavras bonitas, expressões idiomáticas, frases longas, né? E aí eles apelam muito para figuras. De linguagem que, assim, eles conseguem se distanciar do real, do fato e criar uma coisa mais de denotação. Então, assim, eh eh, eles criaram todo um mundo paralelo científico e nada disso seria possível se não fosse com dinheiro. Por exemplo, nos Estados Unidos, da família Prit, e a gente
tem Martin Verbat, que é outro homem, como eu mencionei, um homem casado com filho, super bem-sucedido, que também fez transição mais avançada na vida. Só que o caso de R é um pouco mais avançado ainda, porque ele não apenas tem uma questão do lucro, mas da filosofia também. Ele é um transhumanista assumido, ele tem uma instituição chamada Terzen, onde eles já fazem pesquisas, por exemplo, de embriões com humanos e animais, né? Eles já trabalham totalmente nessa linha transhumanista. Então, não é só uma questão financeira para essas pessoas, né? A gente tem George Soros, que financia
não apenas o transgenerismo, como toda a pauta W, né? Inclusive, a dissolução das bordas das fronteiras dos países, a dissolução da identidade nacional através dessa imigração em massa, né? Então, a gente está vendo vários interesses de vários lados convergindo para o mesmo lugar, né? Essa e as pautas estão também conectadas quando a gente começa a ver quais são as indústrias que essas pessoas estão financiando. Eles estão, as mesmas pessoas que hoje financiam para que crianças tenham o direito de acesso a drogas experimentais, porque é isso que essas drogas são: experimentais. Ninguém sabe a longo prazo
que efeitos isso vai ter, né? Ninguém sabe a curto prazo; já sabemos de um monte de desgraceira, mas a longo prazo a gente não sabe. Essas mesmas pessoas financiam a indústria da barriga de aluguel, por exemplo, financiam a indústria da reprodução assistida, congelamento de óvulos, transplantes de órgãos, tudo isso. Tudo que você possa imaginar que possa gerar lucro convergem para uma grande indústria, né? E são todos eles por trás. Então, não é só uma questão de lucro; tem uma coisa de filosofia também. Eles acreditam nessa reforma social que eles forçaram com o dinheiro, com a
influência, com toda a articulação que eles têm nos bastidores. Eles estão empurrando a agenda para a frente, fazendo uma reforma social sem a nossa aprovação e sem a nossa participação, sem perguntar se a gente queria mesmo isso. É uma volta contra a estrutura da realidade, parece, né? Um negócio meio demoníaco, parece. E ao mesmo tempo, você vê que a esquerda justamente fica falando tanto em ciência. Ah, porque vocês não defendem a ciência? A ciência e a ciência. Mas como é que eles utilizam, então, desse aparato científico? Porque isso sai em revistas científicas, né? Isso sai,
existem estudos aí, ou estudos com muitas aspas, que são feitos. Quando a gente pensa em ciência, existem filtros técnicos, sei lá, uma revisão por pares, por exemplo. Como é que eles conseguem, então, falsificar tudo isso? Eles compram os cientistas, é tudo deles. Eles lançam primeiro, às vezes, um artigo científico, daqui a pouco tá nos livros, na literatura, na academia. Porque a gente sabe que começa primeiro na academia, depois que vai pro debate público. Esse é o movimento. Começa, então, na academia, lá, eles pagando esses cientistas para chegar no debate público. Para Dona Maria discutindo com
a filha ali se ela é trans, cis, etc. É isso; eles começam a financiar, eles abrem prime, eles abrem um departamento, né? Eles acham algumas pessoas que estejam interessadas ou alinhadas com aquilo, eles começam a produzir. E esses, ah, Camil Pagler, que é uma feminista, inclusive, ela fala, ela fala, ela discute muito isso sobre como esses departamentos se instituíram de forma isolada e como eles não conversam com outros departamentos também. Uhm. E ali, eles começaram a debater dentro da sua própria bolha, começaram a reforçar, validar. Ai, obrigada, agora começaram a reforçar as suas ideias como
verdades científicas. E aí é muito, eu acho que, inclusive, foi no Unitopia que Peter fala sobre isso. Em algum momento, ele fala que as universidades viraram uma grande lavagem de ideias, né? Então, as pessoas, os pesquisadores, os estudantes entram com as suas próprias ideias, suas próprias concepções já prontas daquilo que eles acreditam que é certo. Muitas vezes, simplesmente resultado do seu próprio estilo de vida, aquilo que eles gostam ou não gostam. Eles entram, eles colocam um lustre científico naquilo, começam a falar bonito, escrever bonito, nada com nada, e aquilo sai lavado como uma ideia científica,
né? Uma grande, é uma analogia ali que ele faz da lavagem de dinheiro. Então entra um sentimento e sai uma ideia, e eles conseguem alguém que financie uma revista, e eles mesmos viram chefes daquela revista. Eles mesmos são os responsáveis por aprovar ou reprovar, viram o tal do revisado por pares. Eles são as pessoas que revisam aquela publicação, recebem financiamento, se constituem como uma revista científica e recebem o carimbo de uma verdade. E foi assim que eles construíram esse mundo paralelo. E aí, toda vez que eles precisam reforçar, validar, eles falam "os estudos revelam", "estudos
citam". Raramente, quando você analisa esses estudos, você consegue ver algum rigor. Inclusive, quando eu comecei a pesquisar, eu não sei se eu já comentei isso em algum lugar, mas, todavia, quando eu comecei a pesquisar isso, eu falei: "Você quer saber? Eu vou começar por tudo que aprova o transgenerismo. Eu vou começar por todos os estudos que dizem que a criança deve ser afirmada desde cedo ou que as pessoas devam receber hormônio. Vou começar pela pior parte porque, se esses estudos forem bons, isso muda completamente minha abordagem daqui pra frente. Eu não tenho mais o que
dizer." E quanto mais eu lia, mais horrorizada eu ficava. Porque os estudos não tinham metodologia nenhuma. Então, é toda uma articulação. É impressionante como eles conseguiram a adesão financeira por aí. A revista Cresc vai lá. E diz estudos revelam que afirmar crianças... Também, quem vai ler isso aí? Um estudo revela que afirmar crianças é o melhor para elas, porque elas não mudam de ideia. Estudos revelam que, se eles não dão detalhes do estudo, a mesma credibilidade do desleitor não é? E aí a gente começa a puxar o fio até chegar no estudo. Quando a gente
chega no estudo, vê que é um estudo com 30 crianças que foram acompanhadas por 5 meses. E você vê que a amostra era insuficiente, que não foi selecionada de forma randomizada. Você vê que o estudo longitudinal de 5 meses não dá tempo de ninguém se arrepender, né? Esse estudo, por exemplo, da revista cresceu 5 anos, e o índice de desistência nos bons estudos tem mostrado que é entre 8 e 9 anos que a pessoa começa a se arrepender. Essa euforia passa e a ficha começa a cair de que ela não vai virar do sexo oposto
jamais, nunca, não importa o que ela faça. Não importa que procedimentos estéticos ela faça, não importa que apêndices ela cole no seu próprio corpo ou que ela arranque, ela não vai mudar de sexo. E a realidade cai como um meteoro na cabeça, e a depressão vem pesado, porque ela percebe que ela desgraçou uma etapa importantíssima da sua vida e foi em vão, porque não é possível mudar de sexo, né? É por isso que eu tenho dito que validar é a pior coisa que você pode fazer para um ser humano. A melhor coisa que você pode
fazer é dar um abraço e falar a verdade para ela, porque você salva a criança, a pessoa, de uma grande desgraça. Eu queria muito aproveitar... Não sei se você queria jogar a conversa para um outro lado, mas acho que é um bom momento para a gente tratar da história do John Money, para explicar para o pessoal de casa, porque é uma história que é famosa para quem conhece, mas eu acredito que muitas pessoas que estão nos assistindo nunca nem ouviram falar de John Money. Não sabem o que essa história significa. Eu acho que vamos falar
disso e depois eu queria voltar para a pauta dos bilionários. Mas acho que faz muito sentido falar de John Money mesmo. É verdade, você pode contar um pouquinho sobre o que foi esse caso, esse experimento do John Money? Se a gente observar quais são as raízes filosóficas, digamos assim, ou de onde essas ideias estão germinando, e a gente der uns passos para trás, começamos a identificar um monte de coisas macabras. A gente começa a ver que toda essa ideia que hoje se considera científica surgiu lá de um monte de sexólogos com inclinações pedófilas muito sérias,
com interesse na sexualidade infantil de uma forma muito pervertida. E John Money foi um deles; ele não foi o único. Volkmar Gresh foi outro pedófilo que não tinha problema nenhum com pedofilia; ele não achava que pedofilia era um problema. Esse não foi um único caso, foram muitos casos, mas John Money, em especial, era um homem muito bem articulado, ele era chefe do Hopkins, então ele tinha muito prestígio. Ele estava nos jornais, estava por todos os lados, no hospital nos Estados Unidos, e ele tinha muito prestígio. Mas ele era um cara agressivo que não aceitava nada
diferente do que ele falava. Há relatos de pessoas que trabalharam com ele dizendo que foram perseguidas porque queriam publicar artigos que desmentissem as coisas que ele estava publicando. Mas ele perseguia essas pessoas, ele ameaçava essas pessoas. Então, ele foi um homem de caráter muito duvidoso. John Money recebeu uma família, a família Rer, na qual a criança... er, dois irmãos. O menino sofreu uma mutilação genital e ele teve a brilhante ideia de dizer para os pais que foi besteira, que foi por ocasião da circuncisão que ele foi mutilado. Foi uma cirurgia, eram gêmeos, né? Eram gêmeos,
dois meninos. Um nasceu sem o órgão. Não, não teve um órgão. A cirurgia foi mal feita, e ele ficou deformado, gerou uma mutilação. O menininho, pequenininho, e eles levaram para John Money, que estava à época no topo da carreira. Então, imagina o desespero dos pais. Você tem um menino, né? Uma parte muito importante do corpo dessa criança acabou de ser mutilada, e você acha o melhor médico do país para levar, né? O médico mais famoso. Então, eles acharam: "Finalmente, estou nas mãos de alguém que é confiável e que vai dar uma solução para o problema
da nossa família". E ele diz: "Besteira, isso a gente resolve. Não precisa de um pênis novo. Cria como menina, não vai ter problema nenhum". Ele nem vai saber se você criar como menina e na ausência de um pênis, você vai ver que não vai ter problema nenhum, porque, afinal de contas, é uma construção social, né? Besteira, besteira! Então, você já começa a ver essas ideias borbulhando lá de trás. É claro que elas não têm o nome que têm hoje. Isso foi na década de 70, muito tempo, de 50 a 70. Foi o topo de John
Money e o pico da sua carreira, digamos assim. E ele morreu sem se desculpar, mesmo depois de ter sido desmentido. Ele morreu com apoio institucional, né? O hospital, a universidade nunca deu as costas para ele, mesmo depois do experimento dele ter sido desastroso. Não a ponto de o menino ter se matado. Não só ele... Vou contar a história só para a galera, mas não apenas isso, como ele considerou... Experimento bem-sucedido. Ele publicou no jornal dizendo que tinha sido super bem-sucedido. O menino foi criado como uma menina, porque determinaram que bastava esses estereótipos típicos de uma
menina: coloca um vestidinho, coloca um lacinho, trata como menina, dá um nome de menina, fala para sentar com a perninha fechada, brinca com brinquedinho de menina. Ele vai pensar que ela é menina, e essa criança cresceu sendo enganada de que era do sexo oposto. No livro do Cola Pinto, que ele conta essa história em detalhes, ele fala que é tão interessante que o menino que teve o órgão mutilado queria fazer xixi em pé. Olha que interessante! Porque já estava no código genético dele como menino fazer em pé, e era super difícil ensiná-lo que ele tinha
que sentar para fazer xixi, porque ele era uma menina. Ele queria fazer em pé, mesmo que não tivesse a genitália de um menino. Não é interessante como ele era um menino? Ele sempre foi um menino. Na medida em que ele cresceu, ele cresceu com muitos problemas emocionais, com essa desconexão com o próprio corpo, com a própria identidade, se sentindo esquisito. E quando ele atingiu uma certa idade, ele decidiu voltar a ser menino, e aí foi revelada toda a verdade para ele: "Na verdade, você sempre foi menino". E ele, obviamente, se sentiu traído, enganado. Contando essa
história agora para vocês, eu fico sempre dividida. Quando eu penso nessa história, eu sempre fico dividida se sinto compaixão dos pais ou se sinto raiva. Eu não sei o que eu sinto, é um misto de emoções. Porque essa parte é feia, toda a história é feia, mas essa parte é terrível. Ele levava os dois meninos para brincar e fazia observações numa sala. Ele ficava do lado de fora, fazendo anotações enquanto os meninos brincavam. E dava comandos para os meninos, como "toquem nas suas partes íntimas", "se beijem agora", "se masturba o seu irmão agora". E os
pais acompanhando, os pais não sabiam. Então, esses meninos cresceram extremamente traumatizados. O menino cresceu como uma menina, mas sempre com aquela sensação de dissociação: "Esse corpo não me pertence. Não sou eu, tenho alguma coisa errada comigo." A ponto de terem crescido, terem tentado, pelo menos, viver suas vidas de uma forma um pouco mais funcional. David, que foi o menino que teve o problema do órgão mutilado, ele chegou a casar, viveu como um homem por um tempo, chegou a casar, mas a depressão era tanta que cometeu suicídio. O irmão também. E o irmão cresceu normal, assim,
enquanto menino. O irmão cresceu normal, mas, por parte do experimento, ele trazia o irmão. Imagino, como cientista, olhando para trás, que tenha sido uma espécie de controle de grupo, né? Porque não tem controle de grupo melhor do que gêmeo, né? Porque você consegue controlar algumas variáveis e comparar. Então, quando você tem casos de gêmeos, é muito bom por causa disso. Então, eu imagino que ele tenha usado o gêmeo como um grupo controle, digamos assim. Mas ele dava instruções horrorosas para essas crianças, né? E era um pedófilo, ele era um pedófilo que ficava atrás de um
vidro assistindo dois irmãos, dois meninos, se masturbarem, né? E eu acho importante dizer uma coisa aqui: a gente não faz ideia da nossa bolha saudável, aqui de conversas saudáveis. A gente não faz ideia do submundo das culturas sexuais que existem por aí. Existe gente com fetiche de castrar a si próprio e aos outros, tá? Existem blogs, existem fóruns que você precisa se cadastrar, complicadíssimo, no que discutem apenas isso: homens que se sentem erotizados com o pensamento de serem castrados ou de castrar outros, né? Então, não podemos ignorar o fato de que existem pessoas que se
vestem de bebês, usam fraldas. O submundo dessas culturas é de uma perversão, e eu digo para vocês: e é por isso que eu falo que é o meu novo livro. Traumas na primeira infância estão altamente correlacionados ao desenvolvimento de parafilias sexuais. Por exemplo, a parafilia da castração. Quando uma criança é submetida a experiências de castração ou a uma simples ameaça, "Eu vou arrancar o seu pintinho, eu vou arrancar o seu pintinho se você não fizer isso." Quando a criança é ameaçada o tempo inteiro, isso cria um trauma nela, né? Muitas crianças são ameaçadas disso, e
elas passam a odiar o seu próprio órgão, e querem castrar aquele órgão. Crianças que veem, por exemplo, animais sendo castrados; há muita violência contra animais por aí, né? Há muita família desestruturada pelo mundão afora. Crianças que, por exemplo, isso são variáveis. Tem um estudo, eu posso perfeitamente passar todas as evidências para vocês. Tem um estudo que mostra que existem algumas variáveis correlacionadas ao desenvolvimento dessa parafilia, e uma delas é presenciar a castração de um animal, né? Ou ser ameaçada de ser castrada. Não podemos negligenciar a possibilidade de que muitos médicos que hoje trabalham nessa indústria
sejam apenas fetichistas de castração. Inclusive a WPATH, que é a maior instituição que determina as diretrizes que eles chamam de "as melhores diretrizes de cuidados" de pessoas não conformistas de gênero, eles decidiram que eunuco, por exemplo, é uma identidade de gênero agora. Eunuco, que é um castrado! Sim, a última guia de atendimento deles já determina que eunuco é uma identidade válida. Portanto, para que aquele homem se sinta completo nessa identidade, os médicos devem castrá-lo. Não, gente, isso é uma coisa tão absurda! Para que eu me sinta completa, você precisa arrancar meus dois braços, minhas duas
pernas? Eu sou uma mutilação! Meu Deus do céu! A ideologia de gênero é tão interessante porque... Ela diz o seguinte: "Você pode ser o que você quiser, o céu é o limite. A realidade não determina nada. Esqueça o determinismo biológico. Você pode ser o que você quiser, menos você mesmo! Você mesmo é muito pouco, né? Menos você mesmo! Pode ser uma samamba. Tem até gente que se identifica como animal lá no Brasil; não sei se você já viu o caso dos thians. Você já viu os stans que se identificam como um lobo, sei lá. Mas
é impressionante que não vão morar na floresta, né? Continuam morando na praia, não faz sentido. Assistem a um pôr do sol com um cavaquinho na areia e sem terra. É um grito de socorro, não é? É um grito de socorro! Tinha que ter um incêndio sobre essa questão das questões sexuais e desejos sexuais. Você mencionou a autoginefilia; eu queria voltar um pouco nesse assunto. Podemos entrar nisso agora? Podemos! Não esquece de voltar para os bilionários, hein? Você menciona essa questão. O que é essa autoginefilia? Me parece que o criador do movimento trans tinha alguma coisa
relacionada a isso. Olha, ele... praticamente todo mundo que se declara trans hoje, eu vou dizer para vocês: por Ray Blanchard, nos anos 80 e 90, ele conduziu uma série de estudos. Ah, ele é uma pessoa muito compassiva; ele claramente tem o interesse, o desejo... Ele está vivo ainda, muito ativo, inclusive no Twitter. Ele tem o desejo de entender essa população; ele é fascinado por essa população, e é fascinante mesmo, né? Quando você conversa com as pessoas, é interessante a forma como elas argumentam aquilo como uma verdade mesmo. Ele criou uma tipologia que hoje é conhecida
como a tipologia de transsexualidade, que é a tipologia de Blanchard (sobrenome dele), na qual ele identificou que as pessoas que procuravam clínicas de gênero apresentavam dois perfis: ou elas eram homens afeminados – isso é muito importante, gente! – transexualismo é coisa de homem, é uma parafilia que acomete homens. Isso não acomete mulheres! Mulheres nunca foram o perfil clássico de transexuais. As mulheres começaram a ser inseridas nisso quando virou transgênero e aí pegaram as meninas com toda sorte de comorbidade mental e começaram a tentar explicar os sintomas que elas sentiam, que eram perfeitamente explicáveis através dos
problemas que elas possuem, e começaram a dizer que não, é porque elas nasceram no corpo errado. Não existe mini homem trans! Oh, eu vou criar um problema com isso, mas não existe homem trans! Isso não existe, não existe nenhuma mulher que se considere homem. Essas meninas têm um sintoma que se sobrepõe àquilo que elas consideram nascer no corpo errado. Por exemplo, uma menina autista pode ter uma desconexão muito profunda com o seu próprio corpo e uma experiência muito desagradável, sobretudo na puberdade, quando menstrua. Por exemplo, quando os seios se desenvolvem, o processo de pensamento de
uma menina autista não é igual ao de uma pessoa não autista. Então, ela começa a se achar esquisita naquele corpo. Você pode perfeitamente sentar com essa menina e falar: "Veja, a razão pela qual você se sente assim é porque você é autista", né? Ter essa conversa franca, mas não; essas meninas foram cooptadas pelas comunidades online a acreditar que elas se sentem assim porque, na verdade, elas são um menino por dentro. Isso acontece com várias outras questões médicas, e isso é comprovado por dados de diferentes países. Quase 70% da população que se identifica como trans e
que procura clínicas de gênero são pessoas com comorbidades médicas. Uma menina, por exemplo, com anorexia odeia o seu próprio corpo, odeia suas curvas. Quando ela começa a tomar testosterona, aquela gordurinha que ela tanto odeia some, e aquele corpo começa a ficar um pouco mais enxuto, e ela começa a ficar um pouco mais feliz diante do espelho. "Ah, então era isso! Então, o meu problema era porque eu estava no corpo errado! Agora que eu sou menino!" Mas a realidade bate em um determinado momento, e ela começa a perceber por quê. Porque a narrativa do "nasceu no
corpo errado" foi favorecida e preteriu, na verdade, o diagnóstico correto, que era um transtorno alimentar, né? Que deveria ter sido tratado lá no início. Voltando para a autoginefilia, Blanchard designou essa tipologia como tendo dois tipos: os homens. Homens, transexualidade é coisa de homem, é uma parafilia que acomete aos homens, um transtorno que acomete os homens. O primeiro grupo é de homens afeminados, incrivelmente afeminados, que demonstravam já essa característica desde a primeira infância, desde muito cedo. Esses homens são homossexuais e possuem uma orientação homossexual. Essa é a tipologia que ele construiu, que particularmente é a mais...
é um estudo que possui pequenos defeitos aqui e ali, mas é algo que você consegue acreditar. Você lê e fala: "Esse estudo foi conduzido de uma forma honesta". Uhum! Não existe apenas um estudo; é uma sequência de mais de 10 estudos que um complementa o outro. A amostragem é grande, é interessante demais porque eles analisam de várias perspectivas, né? Eles fazem conversas, eles observam, eles colocam senso piniano... Então, eles fazem... Mas faz um certo sentido. Faz sentido, faz muito sentido! Quando você lê, faz muito sentido, principalmente quando você começa a colocar ao lado da realidade
do mundo real. Quando as coisas que a gente observa são explicações que se encaixam perfeitamente. De um lado, são os homossexuais afeminados; desde a primeira infância você já começa a observar esses traços. Do outro lado, existem os homens que não são homossexuais – ele até chama de não homossexuais na tipologia. Esses homens possuem orientação sexual heterossexual, e eles não são afeminados; pelo contrário, são muito masculinos e não apresentam esse perfil na primeira infância. Eles vão apresentar esse interesse de transicionar já mais tarde na vida, muitos depois, inclusive. Casado, ter filho, ter construído carreira etc. Observem
um determinado estudo do final dos anos 90, que mostra que 80%... você pensaria: qual é a distribuição? Quantos desses, então, são homossexuais? Que 87% mostrou o estudo. Esse estudo está desatualizado; eu diria que esse número é maior hoje. 87% eram não homossexuais, eram homens heterossexuais que queriam se vestir, viver como mulheres. É daí que vem a autoginefilia. Por quê? O homem heterossexual possui autoginefilia. A autoginefilia é um fetiche sexual, uma parafilia na qual o homem se excita com a imagem de si mesmo vestido de mulher. Muitos homens casados esperam a esposa sair para trabalhar para
colocar a lingerie da própria esposa e conduzir atos sexuais em frente ao espelho. Muitas mulheres têm uma página no Twitter que é dedicada apenas a viúvas desses homens, e elas falam: "Eu cheguei em casa e peguei meu marido usando a minha lingerie e se masturbando na sala, meu salto alto, minha maquiagem." Muitos desses homens copiam suas esposas; inclusive eles se tornam uma réplica das suas esposas. Esse homem está apaixonado por essa mulher que ele criou no espelho. Ele se sente erotizado. O desejo, a motivação desse homem para ser uma mulher é uma motivação erótica, que
passa pelo desejo sexual, e as estatísticas mostram que 87% fazem parte desse grupo. Mas ele fantasia; ele mesmo se veste, ele se deseja. É uma coisa meio narcisista. Não à toa, há alguns estudos. Eu não colocaria as minhas duas mãos no fogo por isso, porque gostaria de ver um pouco mais, mas há alguns estudos mostrando que há uma certa prevalência de transtorno narcisístico dentro dessa população. A autoginefilia e o transtorno narcisístico são altamente correlacionados. Somado a tudo isso, gente, a gente tem uma outra coisa correndo por fora, que é a ascensão da pornografia online e
a subversão cada vez mais violenta desse conteúdo, que vem carregado de misoginia e de muita violência contra a mulher. E na medida em que a pessoa que assiste a esses vídeos não se sente mais tão estimulada por um determinado conteúdo, ela tende a descer um pouco mais o degrau e assistir a vídeos cada vez mais extremos. Assim, ela acaba parando nos piores tipos de vídeo. Uma modalidade que é considerada hardcore é chamada de "Cis porn" (pornografia cis). Nesse contexto, o homem é literalmente forçado — embora seja consentido, mas esse é o termo — a se
vestir como mulher, e por se vestir, sempre sexualizado, com lingerie, salto alto, maquiagem, e a fazer tarefas consideradas, veja aí o estereótipo de novo, típicas de mulheres, como espanar, lavar louça, fazer coisas que eles consideram tipicamente de mulheres. A excitação sexual vem daí, de se tornar essa mulher. Ou seja, esse é o problema da cabeça dessas pessoas: o que eles entendem como ser mulher nada mais é do que um estereótipo tosco e barato do que é uma mulher. Bingo! Mais do que isso, a mulher é um objeto sexual a ser conquistado. Tudo que eles veem
— inclusive o ganhador de um prêmio de literatura, um crítico — ele falou abertamente isso. O nome dele é Andrew; agora ele usa o nome Andrea. Ele fala abertamente: "A minha motivação para passar a viver como mulher foi o meu vício em pornografia cis, porque eu estava com a minha namorada na cama, e antes de dormir, eu tinha que esperá-la dormir para ir para o banheiro, porque eu não aguentava; eu tinha que assistir àqueles vídeos sem parar, sem parar, sem parar." Caramba! E muitos meninos estão caindo nessa. Muitos meninos estão entendendo que a mulher é
isso: a mulher é um ser a ser conquistado ou a ser humilhado. E a excitação sexual dessas pessoas advém disso, dessa humilhação, desse tapa na cara, sabe? De ser humilhado. Você é uma mulherzinha cis; vem daí. Inclusive, "cis" é um termo pejorativo que eles usam em inglês para homens gays afeminados, né? Existem muitos termos; prefiro não falar aqui, mas existem alguns termos em português que eles usam, são semelhantes. Imagino que todo mundo esteja pensando a mesma coisa, se isso vem exatamente disso, de transformar essa pessoa numa mulherzinha, sabe? Indefesa, a ser conquistada. Mas qual a
diferença, por exemplo, entre o cara que se sente atraído sexualmente pela própria imagem dele vestido de mulher e as drags? Por exemplo, tem até hoje assim... Qual a diferença desse movimento drag? As drag queens, que são homens que se vestem de mulheres, é uma coisa performática. Para essa questão... Qual que é o nome? Autoginefilia, por exemplo. Ah, a pessoa que faz drag queen não passa de um travestismo. Travestismo não passa... Não estou diminuindo, é uma coisa séria também, mas o travestismo é quando uma pessoa se veste com roupas consideradas do sexo oposto. No caso, "drag
queen" não passa de um show, uma performance exagerada do que é ser mulher. Não à toa, todas as personagens têm seios fartos, cabelo exuberante, maquiagem excessiva, né? Porque essa visão estereotipada e exagerada de uma mulher que fala alto, gargalha alto, senta de perna aberta. Etc. né? É tudo misoginia. Por isso que, quando as pessoas falam para mim: "Ah, mas drag não tem problema", claro que tem! Tudo emerge de um mesmo lugar, ódio contra as mulheres. Tem muito ódio contra as mulheres e muita inveja. Não se percebe isso num primeiro momento, não se fala sobre isso,
mas está ali. A cultura drag veio de dois elementos: veio dessa personificação exagerada do que é ser mulher, dessa mulher exagerada, exuberante, e do mundo gay. Então, há muitas piadas de duplo sentido, há muita brincadeira sexual ali. Shows, e por isso que são completamente inapropriadas para crianças, porque se você remove esses elementos, deixou de ser drag queen. A pessoa virou um Patti Patatá. Uhum. E o que tem mais? A vida é presença de drag queens em ambientes com crianças, né? Claro que tem, inclusive nas próprias paradas gay. Claro que tem, e isso é o que
é uma tentativa de amaciar o olhar das crianças, né? Porque se você leva uma criança a uma parada LGBT e vê vários homens de sunguinha, correntes e máscaras, a criança começa a olhar aquilo e fala: "me parece que é normal. Então, minha mãe me trouxe aqui, deve ser normal isso", né? Isso traz desdobramentos muito sérios quando essa criança está num espaço privado, né? Quando se... e espero que isso não aconteça... se chegar o momento dela ter que diferenciar se aquilo é correto ou não, uhum, né? Se alguém quiser abusar dessa criança. Novamente, não estou dizendo
que a comunidade LGBT é formada por pessoas pervertidas, mas as pessoas pervertidas estão dentro dessa comunidade, assim como estão dentro de vários outros espaços também, outras esferas públicas. Mas tudo não passa de uma forma de normalizar—uma palavra já batida—mas eu tenho gostado de usar a expressão "amaciamento do olhar", né? Porque é aquele, é o sapinho na água gelada que você vai aquecendo um pouquinho e a água vai ficando morninha e, de repente, ele cozinha e não consegue sair da água e nem percebeu. A gente fez, inclusive, uma conversa paralela com as duas Vitórias, né? A
Vitória Re, sobre abuso sexual infantil, e Vitória Maciel é sobre abuso sexual infantil, que também deu que falar. Várias dicas, se você ainda não assistiu, tá lá no nosso canal. Vale muito a pena assistir. Essa conversa foi seriíssima e excelente, inclusive. Uhum. Quer falar dos financiadores? Quero. Ainda dentro dos financiadores bilionários, tem umas coisas muito estranhas lá. Por exemplo, você falou que eles... mais do que um mero interesse financeiro, há, por trás dos laboratórios, dos financiamentos das barrigas de aluguel, inclusive do tráfico de mulheres. Eu imagino que haja uma parte obscura aí também, mas existe
uma grande infiltração em ONGs, em entidades políticas; uma infiltração no Conanda, que é... até me esqueci o que significa Conanda... de auxílio à criança e adolescente. Auxílio, sim. Conselho Nacional para Criança e Adolescente. Existe um braço de transgenerismo lá dentro. Inclusive, esses bilionários se valem dos seus poderes para entrar nesses órgãos públicos, nessas iniciativas públicas. E sim, você acha que isso realmente tem sido importante para essa institucionalização às claras? Digamos, eu tenho dito que o alismo não é um movimento das massas, que de uma necessidade da população. Ah, e sim um movimento empurrado de cima
para baixo, né? Você vê claramente que não tem nada de orgânico no alismo, né? Nenhuma minoria, nenhum grupo social teve tanto sucesso em um curto espaço de tempo, como, por exemplo, o transgenerismo teve. E isso só é possível com muito dinheiro e muita plataforma, né? E aí a gente começa a se perguntar: esses bilionários se importam tanto com os pronomes e com as idades fabricadas das pessoas? Se importam tanto. Desde quando o milionário se importa tanto assim, né? De como a pessoa se sente por dentro? Desde quando os sentimentos das pessoas importam pra sociedade, né?
Ninguém se importa com ninguém, a verdade é essa. Então, por que que essa pauta virou tão central a ponto de os bilionários dedicarem uma parcela dos seus recursos para isso? Uma pergunta que um comentário que muitas pessoas fazem é: essas pessoas já são tão ricas, não faz sentido que elas estejam financiando? Eu brinquei falando isso. Eu até disse: eu não quero te ofender de forma alguma, mas você está pensando com a cabeça de um mero pobre. O pobre pensa que dinheiro compra telefone, que dinheiro compra roupa, compra casa. Dinheiro compra sistemas, tá? Depois de um
determinado momento, quando você já tem o telefone que você quer, todas as casas que você quiser, todos os iates que você quiser, todas as viagens, você já fez todos os países, você já visitou, já comeu nos melhores restaurantes do mundo, já fez tudo que você queria, todas as perversões que você quiser realizar... e agora, o que você faz com seu dinheiro? Dinheiro compra ideias, dinheiro compra políticos, dinheiro compra sistemas, dinheiro compra uma reforma social. E foi isso que eles fizeram. Quando você tenta fazer uma reforma social, existem processos democráticos que você tem que seguir. Então,
você passa pelo Congresso, você é aprovado nas duas casas, você tem toda uma discussão em torno daquilo, né? Você tem a participação, se for democracia direta, vamos todos às urnas votar a respeito desse tema. Mas eles entenderam que isso atrasa a agenda, então eles construíram... A gente tem que ver que esses homens não são homens simplesmente microempresários. São homens importantíssimos, no topo dentro das suas indústrias. São homens ricos que conseguem marcar um encontro com presidentes de países, né? São pessoas com poder de articulação por trás dos bastidores políticos inimaginável. Vejamos o que aconteceu, por exemplo,
com a missa, com o serviço religioso no qual Donald Trump, o vice-presidente e os seus familiares estavam. No qual eles conseguiram colocar uma bispa em uma posição privilegiadíssima para falar coisas que ela não deveria ter falado. Coisas extremamente Woke. Quem teria o poder de fazer isso? Essas pessoas, né? Então, assim, esses homens podres de ricos, com uma articulação poderina incrível... Eles já entenderam, porque eles têm um modelo de negócio. O WMO é uma indústria, um modelo de negócio muito bem sucedido. Eles já entenderam que não adianta passar pelas leis, passar pelo Congresso, então eles fazem
como? Pelas beiradas, pegam um atalho. Que atalho é esse? Através das ONGs. Né? Então, hoje o que você tem, por exemplo, tem... Inúmeras ONGs de tudo que é tipo de movimento social que você possa imaginar, que eu tenho chamado mais de indústria social do que movimento social, são pequenas indústrias, e o governo tem direcionado recursos para essas ONGs. Então, assim, nós estamos mantendo essas ONGs; uma parte do dinheiro vem, na verdade, do orçamento público, porque os próprios ministérios são criados para isso, para repassar dinheiro. O Ministério das Mulheres, o Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania vive passando. Se você entrar no site do Ministério das Mulheres, você vai ver a quantidade de passagens para membros, por exemplo, da ANTRA, que eles pagam. O Ministério das Mulheres deveria estar pagando passagem para membros de uma associação só. Só comenta conosco o que é a ANTRA. Acha importante para quem não sabe? A ANTRA é uma associação de travestis e transexuais. Eu não me recordo o nome completo, mas é uma associação que advoga pela existência e pelo direito de pessoas se identificarem como do outro sexo, inclusive alterando a estrutura social, né? Então, eles advogam
que se você determina, se você acredita que é do sexo oposto, você tem direito, inclusive, a obter um certificado dizendo isso, um documento oficial. Essas instituições estão enraizadas nos órgãos governamentais. Essa é uma parte do dinheiro, mas não é a parte toda. A outra parte vem através das fundações, e cada um desses bilionários tem a sua fundação. Se você entrar nos sites, você começa a ligar os pontos. Por exemplo, a AR Foundation o tempo inteiro financia essas pesquisas dúbias, esquisitas, que sempre concluem que crianças trans, por exemplo, devem ser afirmadas, porque elas não mudam de
ideia, né? Prit é uma das pessoas que, por exemplo, fundou vários hospitais, várias clínicas e estudos de gênero dentro das universidades. Então, é muito dinheiro que vai. Se você observar, o R. Blat o tempo inteiro doando dinheiro também. Então, o que eles fazem é criar suas fundações e pagar de filantropos, e então Gates, Open Society, essas coisas todas. O John Striker tem a sua fundação, você tem Roster Blat, que tem essa fundação. Não vou me recordar o nome agora, é um nome meio asiático, Prit, que cada um desses bilionários criou a sua fundação, e o
dinheiro vaza através dessas fundações, porque eles criam seus prêmios: prêmio de pesquisador do ano, prêmio de inovação do ano, né? E eles injetam dinheiro através dessas fundações, né? E pagam, sinalizando virtude, né? Que também é muito importante para eles. Ah, sim, as causas corretas, né? É um verniz lindo do amor, né? Eles estão do lado certo da história, né? Essas frases, eu queria que você falasse para nós, só para fechar esse grande bloco sobre transhumanismo. Você trouxe aqui rapidamente que é essa coisa híbrida de seres humanos com animais, que é um negócio meio bizarro. Que
pauta é essa transhumanista? E ela está dentro da teoria queer também, uma quimera, assim, né? Que história é essa de quimera? Transhumanismo é uma onda filosófica que acredita no melhoramento, no aprimoramento dos seres humanos através da conexão com a tecnologia. Então, eles dizem que quando acontece a fusão entre um ser humano e a tecnologia, ele atinge o que um dos pesquisadores, por exemplo, do Google, chama de singularidade, quando você se torna uma coisa só. Agora, quantos problemas filosóficos você cria com isso, né? Muitos problemas filosóficos são esses. Esses homens têm, obviamente, interesse de prolongar a
vida humana ou mesmo acabar com a morte, né? Então tem uma coisa de favorecimento próprio também; eles estão muito preocupados com a sua própria existência. Muitos deles, ah, obviamente, estão interessados na abertura de novos mercados, né? Porque isso abre um mercado enorme, que a gente pode destrinchar um pouco aqui, mas se a gente observar, não é muito palatável isso: eu vou virar um robô? Então eu vou virar um ciborgue? O que te faz humano? Vamos testar um pouco. Eu aqui, um ser humano, eu tenho uma cápsulazinha de metal no meu coração que faz com que
meu coração continue bombeando. Eu ainda sou humano. Próxima pergunta: eu perdi uma perna, eu tenho uma perna biônica, eu ainda sou humano? Eu perdi as duas pernas e os dois braços, eu ainda sou humano? Até que ponto eu deixo de ser humano e passo a ser alguma coisa que eles chamam de não humano ou pós-humano? São duas expressões que eles usam. Bem, eles acreditam no uso da tecnologia para melhorar o ser humano cognitivamente, para estender o seu tempo de vida, mas isso gera problemas e aprofunda desigualdades, obviamente. Por exemplo, eu e você vamos competir numa
entrevista de emprego. Você tem um chip que te permite memorizar ou compreender ou articular ideias de uma forma um pouco mais rápida do que eu; você claramente já tem uma vantagem. Ah, se eu estiver competindo com você nos esportes, outras pessoas já poderão ter essa vantagem. Quem vai ter acesso a essa tecnologia? Pobres terão acesso a essa tecnologia? Muito provavelmente, não. Então, você está criando um quadro de problemas filosóficos muito sérios. Até onde o que é um ser humano? O que faz um ser humano? Até onde a gente pode chamar alguém de humano? Ou até
onde e quando a pessoa passa a ser considerada não humana? Você cria problemas de desigualdade muito sérios em termos de competição. Porque, olha, gente, eu sei que parece coisa de ficção, mas isso é absolutamente real. No Vale do Silício, isso acontece. Isso já acontece. Existem pesquisadores, por exemplo, que já usam chips, por exemplo, para abrir os seus carros. Eles já sentem, por exemplo, um certo calor quando chegam perto de determinados espaços. Então, assim, eles já... estão alterando a sua sensibilidade e a sua percepção de várias formas. Conta do banco com a mão? Assim sim, essas
coisas já totalmente acontecem. É porque a conversa gira em torno de amor. Lembra? Tá todo mundo distraído aqui brigando por causa desse amor, enquanto isso, eles correm por fora, avançando com essa agenda que não tem nada de humana. Essa agenda? Esses são apenas alguns desdobramentos. Só que tudo isso é muito difícil de digerir, especialmente para as pessoas religiosas que têm essa concepção de que a vida veio de Deus, que Deus criou o ser humano, né? Então, você começa a criar conflitos morais muito sérios, também filosóficos. E, de uma forma geral, se você conversar e usar
uma linguagem clara e compreensível com as pessoas, é muito provável que elas rejeitem essas ideias. Uhum, como vamos fazer então para avançar para esse próximo estágio? Vamos introduzir conceitos mais palatáveis. Vamos começar dissolvendo os elementos principais que constituem, que fazem o ser humano. Qual é o marcador mais importante do ser humano? Seu sexo, né? Nós nascemos homem ou nascemos mulher. E por que isso é tão importante para a manutenção da espécie? Porque apenas um homem e uma mulher são capazes de gerar uma nova vida, né? Nós temos essa escrita genética no nosso corpo. Muitas mulheres
podem escolher não ter filhos, muitos homens podem escolher não ser pais, mas isso está escrito no nosso código genético: procriar. O nosso corpo foi criado com essa intenção, cada pequeno detalhe da largura do quadril, cada pequeno detalhe do modo como o nosso organismo foi desenhado, a estrutura óssea, foi pensando na manutenção da espécie, né? E o que eles querem eliminar é a ideia de que nós somos uma espécie dicotômica, dividida, binária entre dois sexos: homem e mulher. Porque dessa forma, você cria uma névoa e você acaba com a reprodução humana. Você acaba com a reprodução
humana porque, se o homem pode ser mulher, a mulher pode ser homem. Se toma remédio, fica estéril. Se as crianças tomam bloqueadores de puberdade, depois hormônios sexuais cruzados, ficam estéreis. Se você começa a criar um monte de problemas que dificultam. E olha, eu digo mais: a pauta globalista, que isso tudo é uma pauta dos bilionários globalistas, ela é muito completa. Por exemplo, o movimento de aceitação do corpo foi completamente “wado”, foi tomado. Então, o que eles fazem? Eles empurram muita obesidade como uma identidade política, a ponto das pessoas dizerem que têm orgulho disso, que é
uma identidade. Virou uma identidade, se distanciaram da conversa patológica, né? De um problema metabólico, um problema metabólico que se aproximaram novamente da ideia de identidade. Só que um dos problemas da obesidade é um problema de esterilidade. Pessoas obesas têm mais dificuldade de ter filhos, vivem menos também, vivem menos, né? Então, pra política de... Ah, que delícia! É só para deixar claro para quem está ouvindo: avança a agenda de redução populacional, é isso que você está falando. Exatamente, eu ia dizer isso agora. Pra política de depopulação, de redução da população, isso é uma delícia. Não apenas
morrem mais cedo, como não procriam! Isso vale não apenas para as mulheres obesas, pros homens também, né? Então, você começa a criar um monte de problemas na reprodução humana. É isso que eles querem. Eles querem erradicar o que nos faz humanos a partir do marcador do sexo biológico, porque assim nós não somos mais capazes de reproduzir. E assim, eles podem tomar controle da reprodução humana. Estou aqui pensando que o maior inimigo de quem quer o controle da população, a redução da população, é o islâmico que tem 300 filhos. Eu não entendo essa parte da novela.
Como que eles aceitam também esse multiculturalismo? Essa é a parte da novela que eu não entendo. É o capítulo em que eu falei “caramba, eu preciso assistir de novo”. Eu não entendo uma peça aqui. Já assisti "From the River to the Sea". Se você vai entender um pouco dessa treta toda lá no Oriente Médio! Eu queria aproveitar essa questão da aceitação dos marcadores biológicos e tal para falar um pouquinho de disforia e jogar um pouco pra essa pauta infantil que a gente abordou já no início do programa. Mas queria voltar um pouco, porque muito se
falava... você comentou aqui no programa que antigamente se tratava tudo como uma disforia. E aí isso foi migrando. Hoje, nem se fala tanto mais nisso. Eu queria entender, se há de fato existe então disforia: existem crianças que podem ser consideradas trans ou que nasceram de fato no corpo errado, ainda que seja uma parcela ínfima dessa grande massa que se diz trans. E como é que ela é diagnosticada nas crianças e adolescentes? A pergunta é: existe criança trans no sentido de que é inato? Essa criança simplesmente nasceu trans? Não, não existe nenhuma evidência de que é
possível ter nascido no corpo errado. Ser trans é fruto de experiências sociais. E é tão interessante porque eles adoram dizer que tudo é construtivismo social, apenas quando convém. Porque nessa parte, eles adoram dizer que é inato! Não é interessante como do nada eles abandonam o construtivismo para se apegar a uma certa ideia de que você nasceu daquela forma? Então, a criança trans se torna trans por muitas razões. Como eu disse, comorbidades médicas. Muitas vezes, ela nasce numa família à qual os pais estão politicamente engajados nessa pauta. É muito frequente você ver um pai que é
não binário, uma mãe que é gênero fluido, já tem uma exposição a essa ideologia. Com certeza, cria o menino sem nenhuma identidade. A sugestão está toda posta ali na mesa, né? E as ideias são empurradas e a criança só faz repetir, porque ela não tem... ela não tem nenhuma capacidade. De entender as implicações daquela decisão, né? Obviamente, não há consentimento informado ali, né? Disforia existe, disforia bem. Disforia está no diagnóstico, no DSM, que é um diagnóstico de saúde mental que muitos psiquiatras no mundo inteiro usam como um guia para pautar a sua prática médica. O
problema é que disforia há muita; não há um consenso sobre o seu diagnóstico, não há um consenso sobre quais fatores devem ser utilizados na hora de fazer uma avaliação. Então, há muito da subjetividade daquele que entrevista a criança, que acanha a criança. Infelizmente, esse setor foi hackeado, que é isso que eles fazem: eles hackeiam as instituições, eles hackeiam as profissões, né? E a mãe ou o pai vai desesperado para conversar com um psicólogo que está politicamente engajado naquilo já, né? Então, é muito difícil quando você ouve do psicólogo tudo aquilo que o psicólogo gostaria que
fosse verdade, né? Então, não há um diagnóstico ali; esse diagnóstico é extremamente subjetivo. Se você for a um profissional, se for a outro, se for a outro, cada um vai dizer uma coisa. E isso gerou uma super... um aumento no índice de crianças consideradas disfóricas, justamente por causa disso, porque todo mundo está sendo diagnosticado com isso. E, às vezes, aquele desconforto que a criança está sentindo é apenas fruto do processo natural de crescimento, de descoberta, de experimentação; não tem nada de disforia. Passou a ser disforia quando o nome disforia foi dado. Quem passou por isso
foi o Elon Musk, inclusive, que é um dos motivos pelos quais ele se engajou politicamente. Ele tem... eu não sei se agora é trans, mas eu não lembro se é uma filha que quer ser um menino ou um menino que quer ser uma menina. Era um menino. Ele diz que ouviu do psicólogo, com todas as palavras: "o seu filho vai se matar se ele não fizer essa transição." E aí ele permitiu, porque ele era favorável a essa questão na época. Aí, quando ele viu o resultado, ele falou: "meu Deus, eu caí numa cilada", né? É
tanto que ele compra o Twitter também por conta disso, assim... exatamente porque era onde aquilo se espalhava com mais força, né? Houve um estudo realizado na Suécia, no qual eles lançaram essa verdade de que as crianças se matariam caso não fossem afirmadas, e essa frase apareceu em todos os manuais das clínicas de gênero lá na Suécia. E, um belo dia, eles começaram a ver que, ao longo de alguns anos, a Suécia foi um dos primeiros países a ter clínicas de identidade, clínicas que tratam essa questão. E eles começaram a ver que não condizia, né? Aquela
frase não condizia à realidade, à experiência clínica deles; eles falam de onde vem essa citação. E foram puxando o fio. Tá, nesse manual puxaram o outro, tá, nesse manual, até que chegaram na raiz da citação, que foi um grupo ativista que citou um trecho de um estudo já deturpado; ou seja, não tinha nenhuma evidência empírica, não tinha embasamento nenhum. Meu Deus! E essa frase virou a frase chave, a chave mestra de todos os psicólogos e psiquiatras que queriam que crianças fizessem afirmação. "Olha, o seu filho pode se matar," né? O que cria um problema lógico
muito grande, porque se eles dizem que crianças trans sempre existiram e, antes, as crianças não eram afirmadas, cadê os índices de suicídio ao longo da história em massa, inclusive? São esses pequenos problemas lógicos que a gente tem que continuar perguntando e pressionando para fazer eles passarem vergonha. Mas o contrário existe, não é? Por exemplo, a gente citou o caso do John Money, dessa questão psicológica na cabeça das crianças que passaram por essa transição, né? Existem relatos, inúmeros relatos, do Diom... é um só, mas imagino que existam vários de crianças em depressão que se arrependeram. Sim!
Eles já que "podem se matar antes", mas acabam se matando depois. Pois é. Aí, eles dizem que foi por causa da transfobia, porque é uma outra coisa que eles fazem, né? Eles jogam a culpa... eles deturpam muito a relação de causa e efeito. Então, eles dizem que as pessoas sofrem por causa da transfobia, mas eles não têm evidência nenhuma por causa disso, não. Às vezes, a pessoa se matou porque ela tinha uma transtorno alimentar que não foi tratado, a favor de uma narrativa de que ela nasceu no corpo errado, e a menina entra nesse espiral
de sofrimento ao longo dos anos e, em determinado momento, ela se mata. Nada a ver com transfobia! Mas é engraçado o quanto é fácil, hoje em dia, pô... você pega uma criança, ela não pode se tatuar sozinha, fazer uma tatuagem; ela não pode dirigir, não pode tomar bebida alcoólica, não pode votar, mas se ela quiser virar uma... se ela é um menino e quer virar uma menina, ela pode tomar hormônio. Eu acho isso uma coisa tão louca também! E os pais não podem... não tem um negócio que os pais, se forem contra... em alguns lugares,
sim. Vamos ver com essa nova jornada do Donald Trump... eu quero, inclusive, puxar isso do Donald Trump. Eu só quero, só pra gente fechar esse assunto da questão infantil: o que uma mãe e um pai podem fazer diante de um filho que chega para ele e fala: "ô mamãe, eu sou do sexo oposto"? Muitas coisas! Uma delas não é levar a um psicólogo que se apresente como não binário. Para começo de conversa, existem muitas razões pelas quais essa criança pode se sentir assim. Primeiro, procure um psicólogo confiável; essa criança certamente precisa de acompanhamento psicológico, um
psiquiatra para identificar se não... Existe alguma comorbidade ali, fazendo com que ela se sinta assim. É muita, muito frequente, por exemplo, bipolaridade, né? Há muitos problemas, ah, transtornos de todo tipo que você possa imaginar. Então, é importante que se identifique a causa desse desconforto. Mas não só isso: muitas das vezes a criança apenas está crescendo. Alguns estudos já têm, pelo menos quatro ou cinco estudos, que mostram que as crianças resolvem esse problema de disforia sem nenhuma intervenção. Você não precisa transicionar, não precisa fazer transição social. Para quem não sabe, transição social é quando a criança
não toma drogas, mas ela faz uma transição de aparência. Então, a menina que quer ser menino corta o cabelo curto, novamente brincando com todos os estereótipos, passa a usar roupas masculinas, adota um nome masculino, pronomes masculinos, etc. Uhum, os estudos mostram que, se essas crianças não tivessem nenhuma intervenção, muito provavelmente elas se alinhariam com o seu próprio sexo, porque faz parte do processo de descoberta. Isso acontece em mais de 90% dos casos em muitos estudos. Então, é importante deixar a criança experimentar aquela fase enquanto tem o acompanhamento psicológico, né? E é muito importante fazer o
diagnóstico, porque, de repente, há uma comorbidade ali que a criança e a família não sabem ainda. Mas é importante também, esse último ponto: remova a criança do foco do contágio social. Uhum, há um contágio social muito sério que acontece online, acontece nas escolas. Há um caso no Reino Unido de uma escola onde, do nada, todas as meninas da sala se tornaram trans ou não-binários, etc., e isso foi um contágio social, né? Porque é muito importante, nessa etapa da vida, a noção de pertencimento, né? De fazer parte de uma tribo, né? De fazer parte de um
grupo. Então, é muito importante que você tenha as ideias alinhadas do seu grupo, que você tenha o que conversar, que você tenha com quem se identificar. Então, é muito comum que o contágio social tenha sido importantíssimo, sobretudo para as meninas, enquanto, da parte dos meninos, teve muita influência da pornografia restrita, que é altamente correlacionada com o desenvolvimento de parafilias. Consumir muita pornografia, se masturbar excessivamente, tudo isso tem a ver com o desenvolvimento de parafilias, inclusive transexualidade, autoginefilia. E, da parte das meninas, as meninas historicamente são mais suscetíveis ao contágio social. Ah, não sei se você
se lembra do caso do Tumblr, quando houve uma época na qual a anorexia era incrivelmente celebrada na plataforma e as vítimas eram predominantemente meninas. Acometia meninos também, mas predominantemente meninas. Então, as meninas já são mais suscetíveis a esse contágio, né? Por várias razões de ordem biológica e de ordem social também. Então, se você tem uma criança e sabe que a escola é o foco, provavelmente vai ser muito difícil você fazer o tratamento, conversar com o psiquiatra, mas permitir que a criança continue frequentando aquele ambiente, né? Porque você vai ter a conversa de manhã e de
tarde. É muito importante a opinião do nosso amigo quando a gente tem 13 anos. Não tem uma questão também de chocar mais para os adolescentes, assim? A própria sociedade, os pais, aquele o sistema, porque antigamente a pessoa que se dizia gay, por exemplo, era um choque social ali. Só que, hoje em dia, assim, passa batido. Tipo, ninguém se importa. E aí, quando a pessoa se diz, ali, eu estou supondo, tá? Eu não tenho essa resposta, mas a pessoa chega e diz: "Não sou não-binário, gender fluid." Não sei o que isso virou uma coisa. Ah, todo
mundo, ah, ninguém nem sabe o que é isso. É uma forma também de você querer transgredir ou não. Você vê assim? É o que eu tenho falado. Eu tenho discutido isso muito no novo livro, porque essas ideologias se conectam. Eu chamo de ideologia das emoções. Eu estou até antecipando para vocês isso. Eu chamo de ideologia das emoções porque elas se conectam aos circuitos emocionais das pessoas, nos seus pontos mais fracos, e os adolescentes são alvos para isso, porque é um período no qual você gostaria muito de ser aceito, percebido como bom, reconhecido. E aí, a
gente tem uma dinâmica familiar na qual nem sempre essa criança, esse adolescente, está recebendo a atenção adequada, e ela passa a ser criada pelas plataformas sociais, pelos seus principais influenciadores, e trata como verdade essas coisas que essas pessoas dizem, né? E tem o desejo também, da idade, de chocar, de ser radical, de desafiar, de mostrar: essas são as normas. Essas são as minhas. Eu vou fazer o que eu quero, né? Então, assim, eu tenho dito que problemas complexos requerem explicações complexas, né? A gente não pode vir aqui e dizer: "Isso é culpa do feminismo", "Isso
é culpa disso." Há um conglomerado de problemas que acabaram, ah, se combinando, convergindo e deu nesse desastre que a gente vive hoje. Maravilha! Vamos falar do Trump um pouco? Vamos, eu quero falar do Trump. Bom, eu vou começar falando pelo Mark Zuckerberg, mas que tem tudo a ver com o Trump. Então, vamos lá, até porque aconteceu antes, né? Aconteceu, exato. A Nini é muito científica, muito estudiosa, muito desconfiada mesmo, e eu acho que você está certíssima. E aí veio toda aquela declaração do Mark Zuckerberg, que iria ser contra a censura. Agora, afinal de contas, quem
checa os checadores? Que aí até agora, na Meta, na empresa dele, foram retirados, no gesto tanto quanto simbólico, os absorventes dos banheiros masculinos. Ele diz que agora está faltando mais homem ali no controle. O que você está achando desse discurso todo, Nini? E assim, se tivesse sido a Kamala, você acha que esse discurso estaria desse jeito? Qual que é o interesse? Muitos... Ele dormiu e acordou novo, né? Eu não sei se vocês perceberam, mas até o... Cabelinho de anjo voltou. Isso é simbologia pura. Percebam, é o jitsu também! É, percebam, ele adotou de novo o
cabelinho cacheadinho lourinho para dar aquele símbolo confiável, angelical, do Bem, do lado certo. Não é? Mas se a gente fizer uma análise, uma projeção do que teria sido a camala, por exemplo, a gente sabe que teria sido completamente o contrário. Porque eu vim acompanhando a história do Zbag desde o ano passado; em agosto, ele já começou. Ele publicou uma página, uma carta aberta, na qual ele admitia ter participado, ter atuado num conluio com a CIA, o FBI e membros do alto gabinete do governo Biden. E ele disse que foi muito pressionado para censurar ideias e
pessoas, inclusive cientistas das melhores universidades dos Estados Unidos, durante a pandemia, em toda a discussão da vacina, os efeitos colaterais. Quaisquer pessoas que publicavam falando que "olha, a minha família teve um efeito colateral muito severo, muito grave aqui", eram censuradas, checadas e consideradas fake news. Eu tenho uma série de checagens, por exemplo, na minha página do Instagram; checam até meme, se eles consideram que aquele meme não é verídico, né? Eu tenho um monte de "B" de fake news. Não, mas se o meme for "el", não é meme. Aí, não é o auge. E nessa carta,
ele admite muita coisa; ele admite que suprimiu informações sobre a discussão do laptop do Hunter Biden, que é um dos filhos do Joe Biden, que é um cara totalmente pervertido, bizarro, totalmente pervertido, uma pessoa suja que se favoreceu muito da posição do pai para fazer muito dinheiro e, na velocidade da luz, gastou esse dinheiro com prostitutas, festas e tudo que você possa imaginar. Ah, temos também o problema da filha de Joe Biden, Ashley Biden, que houve uma censura muito grande em torno do diário dela. O diário pessoal dela vazou e ela faz tratamento por compulsão
sexual. E, nesse diário, ela menciona que o pai a molestava, né? Que ela era obrigada a tomar banho com ele, que muitas vezes ela foi tomar banho tarde da noite com medo dele entrar no banheiro; ele simplesmente entrava. E ela disse que se recorda de se sentir erotizada no momento em que não deveria se sentir, e que isso criou um impulso sexual mal conduzido, mal direcionado, que levou a uma compulsão sexual, razão pela qual ela se trata e razão pela qual ela escrevia o diário, né? Uma pessoa achou o diário e essa pessoa foi perseguida
nos Estados Unidos, né? E eles suprimiram toda essa conversa, né? E, então, ele admite algumas coisas ali sobre esse conluio. Até ali, ele faz uma... olha, parte da culpa é minha, porque eu cedia a essa pressão, não deveria ter feito isso. E até então, ele se posiciona no sentido mais de "eu peço desculpas por ter feito isso, né, analisando os fatos hoje, vendo os estudos, por exemplo, sobre as vacinas, ou conhecendo o que eu sei, né, agora, eu provavelmente não teria tomado essa decisão há alguns anos." Isso é o que ele disse. O problema todo
que muita gente não sabe é que, certamente, eles já tinham as projeções de quem ia ganhar, né? Isso já era ele sinalizando: "olha, Trump, eu meio que vou ficar do seu lado", né? Porque esse pessoal, obviamente, eles não jogam para perder, né? E aí, Trump ganhou; em uma das falas, ele deixou bem claro: "se eu souber que Marx o Queb interferiu nas eleições anteriores e se eu souber que Marx o Quebek tem atuado censurando as pessoas, ele vai pra cadeia. Mas ele não vai para qualquer cadeia, não, ele vai para prisão perpétua; ele vai pro
resto da vida dele." Isso dá medo, ok? Isso dá medo, isso faz você abandonar todas as suas políticas de diversidade, equidade e inclusão, os absorventes nos banheiros masculinos e toda a sua parafernália woke do nada, né? Ele deixou bem claro isso numa entrevista ao Joe Rogan. Tanto ele disse que vai trabalhar também junto com o governo Trump; ah, claro que ele vai, né? Todos vão agora, né? Virou uma grande Criança Esperança bilionário, todos de mãos dadas, cantando, né? Mas isso já era ele tentando limpar a barra dele, porque ele sabe que ele tem, obviamente, dedo
sujo nisso tudo. Quando o Trump ganhou, é isso; vamos ter que lidar com esse presidente. Ele já fez algumas ameaças, já deixou bem claras suas intenções. O que a gente vai fazer? Aí, ele começou a tentar remodelar sua imagem pública. O cabelinho cacheadinho de anjo voltou. Ele foi no Joe Rogan, deu uma entrevista lá, se fez de vítima do sistema. Ele diz que foi pressionado pelo governo Biden, que membros do gabinete ligavam para os escritórios da empresa, aos gritos, mandando censurar usuários e censurar ideias. A gente não duvida que isso possa ter acontecido; não duvido
nem um pouco. Mas não é tão interessante porque é um checkmate complicado, porque veja: se eu digo que participei disso, eu criei um problema para mim, né? Porque tô admitindo culpa publicamente; se eu digo que eu cedi, que porcaria de si eu sou, eu que não tenho controle nem do meu próprio negócio? Isso passa uma mensagem, causa uma insegurança financeira na empresa, digamos assim, e na percepção de que ele é um homem capaz de estar à frente daquela empresa, entende? Enfraquece a imagem dele como empresário; um homem que cede a medos e xingamentos pelo telefone,
né? Passa uma mensagem. Ele ficou numa situação ruim. Bem, ele está tentando remodelar a imagem dele e eu não acredito nem um pouco nele. É isso, eu não acredito nem nele, nem no "be". Eu não acredito. Em nenhum deles, não acredito. Em nenhum deles, porque nem no Musk. Ah, o meu! Eu tenho um problema com Elon Musk. Eu vou dizer para vocês: eu não sou do fã-clube. Sim, eu não sou do fã-clube. Eu tenho na minha casa um carro Tesla, já estamos no segundo carro. Adoro os carros dele! Inclusive, foi a tecnologia que veio lá
da Tesla que me salvou uma vez de um acidente. O carro tomou a direção, dirigiu sozinho, estacionou. Era uma chuva fortíssima; eu tive problema para controlar o carro. O carro completamente parou, não quis me obedecer, e ele se dirigiu, parou, estacionou, ligou o que tinha que ligar e ainda colocou na tela: "Ó, tá aqui o telefone para você ligar e pedir assistência". Então, assim, eu adoro tecnologia. Ah, sou casada com um homem extremamente tecnológico, que me empurra: "Você precisa começar a ler livro digital, você precisa começar a usar um relógio que te dê mais informações
disso, daquilo". Então, ele tá sempre me empurrando, e eu acho que, por conta do meu casamento, também aprendi a apreciar um pouco mais tecnologia, porque eu sou meio old school, sabe? Ah, então ele que me empurra, meio nessa frente. Eu gosto de tecnologia. Eu gosto do fato de que ele é um inovador. Eu acho incrível, num mundo onde ninguém cria nada mais, onde todo mundo copia, onde todo mundo inventa de fazer o mesmo filme pela milésima vez, só colocando personagens agora negros ou trans. No mundo onde ninguém cria, onde tudo se copia, eu aprecio toda
essa inovação, esse trabalho intelectual que ele tem feito. Tem sido muito importante. Eu acredito que ele seja o homem mais inovador que temos no planeta hoje, mas ele é transhumanista, não é? É ou não é? Ele é transhumanista. Até outro dia, ele já tava querendo vender um robô. Vai vender já, né? Por 25.000, né? Um robô que vai estar dentro da sua casa, regando a sua planta, colocando a comida na mesa. No comercial, o robô cuida de uma criança. Inclusive, pô, pra isso virar aquele filme do Will Smith, "Eu, Robô", é um pulo! Ah, mas
é um pulo! Eu sou cismada, eu sou cismada. Então, assim, eu tenho uma relação dupla com ele. Eu adoro tecnologia, eu gosto que ele é um homem inovador. Eu aprecio muito o que ele fez com o Twitter, porque ele perdeu dinheiro ali, né? Ele falou e foi o que propiciou, imagina, a eleição do Trump, liberdade de expressão. O lugar mais livre hoje para conversar sobre tudo. Quando eu quero publicar alguma coisa que é cabeluda demais, eu vou pro Twitter, né? Porque é lá que eu consigo discutir as coisas mais pesadas. Porque as outras plataformas, o
YouTube remove a minha monetização toda hora, o Instagram nunca me permitiu monetizar, remove meu conteúdo. Mesmo quando eu coloco dados, eles deletam slides. Várias pessoas falam: "Estou conseguindo ver o slide cinco", mas não é culpa minha; o Instagram que deletou. Então, assim, há uma censura muito grande. Então, eu aprecio muito o que ele fez com o Twitter, né? O X agora, né? Eu aprecio muito que ele tenha comprado, tenha perdido dinheiro e ele falou: "Nunca foi sobre lucro isso daqui. Sempre foi sobre eu querer tornar o mundo, abrir esse mercado de ideias para ele ser
mais livre". Mas, ao mesmo tempo, também me preocupa aquela proximidade de todos esses bilionários no mesmo palanque com presidente, formando um conglomerado estranho. Ontem, o que diz muito sobre esses homens, né? Porque eles pularam nessa piscina do nada e depois despularam do nada. São confiáveis? Não, não acho que sejam. Então, assim, eu estou apreciando muito as ordens executivas, tenho gostado de cada uma delas. Então vamos falar um pouquinho disso: eu tenho apreciado muito a determinação de que agora o governo dos Estados Unidos só reconhece dois gêneros e ele usa gênero como sinônimo de sexo. Então,
é masculino e feminino. E o documento é tão bem redigido, é lindo de ver, porque toca exatamente na definição do sexo biológico, que é a produção dos gametas. Ele deixa muito claro a produção dos gametas masculinos e a produção dos gametas femininos: óvulos e espermatozoides é o que define o sexo, né? Então, se você produz espermatozoides, você é um homem, inevitável. Você pode mudar a sua aparência, né? E o alismo é isso, né? Um movimento de aparência. Acha que, só mudando a aparência, você se torna algo. Ele diz: "Não, não, não; você é o que
você é de acordo com os gametas que você produz". E isso é aplicável por toda a espécie humana, altamente documentado, nos mamíferos, na verdade. Então, eu gosto disso. Inclusive, ele foi tão bem assessorado na escrita desse documento que ele não fala sobre cromossomos, porque a gente fala muito sobre XX, XY, mas nem todas as mulheres são XX. Há problemas genéticos que fazem com que uma mulher nasça com anomalias genéticas. Então, até nisso, ele foi bem assessorado, hum, né? Então, é um documento muito bem redigido, muito, muito. Mas isso não é uma formalidade, né? Isso vai
ter um impacto significativo na vida dos americanos. Nossa, isso atinge todas as estruturas, né? Porque você começa novamente a reorganizar os espaços públicos, né? Você começa a dizer: "Olha, esse não é o seu espaço, não é seu direito entrar aqui, não é seu direito competir nesse esporte, não é seu direito acessar esse abrigo, não é seu direito trocar de roupa no vestiário da academia feminina." Então isso tem uma repercussão e atinge a vida das pessoas de uma forma muito impactante. É uma correção justa, mas eu gosto de dizer que é uma reconciliação com a verdade.
Aham. Chama de senso comum, eu estou recuperando agora que, na verdade, seria mais bom senso do que senso comum, né? Numa tradição melhor para nós aqui, recuperação do bom senso, gente, de adesão à realidade como real. Exatamente, Artur! Eu acho que, para nós, nos encaminharmos aí para o final, sim, eu acho que seria interessante, Nini, se você trouxesse para nós. Porque que acontece: eu tenho certeza de que há várias pessoas que estão interessadas nesse assunto, mas muitas delas... A Nine é do mundo científico, né? Ela trabalha com ciência e ela lê muitos artigos científicos. Ela
cita, ela traz esse embasamento, mas às vezes a pessoa do mundo normal aqui, que trabalha em outras searas, sabe? Eu sou professora de português, o Artur trabalha aqui na roteirização da BP. A pessoa não vai parar para ler estudos científicos, mas há vários materiais muito bem feitos que trazem essa questão de uma perspectiva sóbria. Um deles, por exemplo, é seu livro e o seu próximo livro que vai sair também. Há um documentário, por exemplo, que me impactou demais, que foi o "Poo Woman" do Mat Wal. O Arthur adora o outro, o finlandês... Como é que
é o nome? Tem um que é norueguês, "Doent" que é "Lavagem Cerebral" em português, que está no YouTube. É só digitar "Lavagem Cerebral legendado". São sete episódios e o primeiro é sobre essa questão do paradoxo da igualdade dos gêneros, né? Paradoxo. Aham! Que você sugeriria de referências, documentários, livros que sejam mais palpáveis para a maioria das pessoas? É muito difícil o cidadão comum simplesmente abrir um artigo científico e conseguir identificar o que é válido, o que é mentiroso, o que é... Porque você joga uma série de palavras bonitas, bem articuladas, e você engana muita gente.
Inclusive, pessoas altamente letradas caem, né, nessa armadilha. Eu acho que, mais do que sugerir, eu poderia dar só alguns elementos que fazem toda a diferença. Quando você pega um artigo, que é algo que eu trabalho muito no meu clube de estudos... Eu tenho um clube de estudos no YouTube no qual eu discuto ciência. A gente faz uma live por semana e a gente discute muito ciência. E eu tento ajudar as pessoas a identificar essas armadilhas. Tá vendo? Por que que esse estudo não presta? Esse estudo não presta porque essas são as falhas, né? Esse é
o trabalho que a gente faz lá no clube de estudos. Se você pega um estudo e esse estudo não tem pelo menos 100 indivíduos sendo analisados, não considera um estudo sério. Se é um estudo que se diz longitudinal, ou seja, acompanhou as pessoas por um tempo para ver se houve uma mudança, se elas mudaram de ideia, se elas desistiram. Se você tem um estudo longitudinal que não tem 10 anos, por exemplo, para acompanhar se a pessoa desistiu ou não, não vale a pena. Porque com 5 anos não deu tempo de ver isso ainda. Se aquela
amostra foi selecionada de um grupo de Facebook aleatório, não foi randomizado, ou seja, selecionado de forma aleatória, provavelmente não é um estudo muito sério. Então, tem algumas... e tudo isso você identifica já no resumo de um trabalho. Então, se você é um pai ou uma mãe que não é uma pessoa do campo científico, mas que está à procura de entender, se você se deparar com esses pequenos problemas, você já sabe que aquele estudo não é muito confiável, né? Eu acho que já é um primeiro passo. A gente tem muita corrupção acadêmica hoje e eu não
saberia como orientar as pessoas onde elas podem procurar ajuda nesse sentido. Eu acho que, assim, confie no seu... confie no seu... confie na sua intuição, aham! Veja quem são as pessoas mais confiáveis na internet e articule com elas. Peça que elas esclareçam ou te ajudem a interpretar os dados. Colhe nas pessoas que parecem mais confiáveis na internet, porque a gente tem uma variação de escolarização muito grande, né? Então, por exemplo, nos meus canais, eu lido com pessoas muito escolarizadas, com pessoas que têm doutorados em outros ramos e eu lido com avós que estão um pouco
assustadas, mas que não completaram nem o Ensino Fundamental e que querem entender um pouco mais, né? Então, para essas pessoas, eu diria: use o seu bom senso. Você, como avó, você sabe! E olhe para a realidade. Meu Deus, a realidade está aí! Você sabe, você sabe. Ouça as pessoas falando, porque isso é uma... se reconcilie com a verdade e com o óbvio, porque ela existe. Faz com que a gente é uma demanda de que a gente renuncie ao óbvio, tá? É como se você tivesse aqui na minha frente, Lar, eu tô vendo que você é
uma mulher. Eu tô vendo. Você pode estar com roupa masculina, você pode estar com um pelo saindo aqui e ali por causa do uso de testosterona, mas, inclusive, os seres humanos são muito bons de identificar o que é um homem e uma mulher. Nós somos muito bons. Nós nascemos com essa habilidade, inclusive! E aí, você diz que se identifica como um homem e eu sou obrigada a renunciar àquilo que está diante dos meus olhos, que é uma verdade tão óbvia, né? É isso que o transgenerismo faz com a gente. Ele exige que a gente renuncie
ao óbvio. O meu filho, de 3 anos, ontem estava brincando dizendo: "homem, mulher, homem, mulher, homem, mulher". E eu até brinquei com a minha sogra: "Vocês estão vendo? Com 3 anos ele já é capaz de distinguir!" Não precisou de nada avançado, ele já sabe, porque a gente nasce com essa grande habilidade de reconhecer rapidamente, né? Então, é uma renúncia do óbvio, né? Da verdade do que está diante dos olhos. Olhos, uma curiosidade: Nini, você mora em Londres, né? Lá na Inglaterra, teve o caso, por exemplo, da JK Rowling, né? Que, inclusive, até hoje é muito
atacada nas redes sociais, chamada de transfóbica. A JK R, para quem não sabe, é a autora da série de livros do Harry Potter, né? Escritora best-seller, famosa mundialmente. Só que sempre foi de esquerda; ela se considera, inclusive, feminista, mas é atacada pelo próprio movimento, ali, trans, nessa parte mais W trans, lá, que também briga com as feministas. É uma loucura também isso! É porque, nesse caso da Im Kelif, por exemplo, ela se posicionou contra. Ela se posiciona a favor das mulheres no esporte, por exemplo, e ela é ameaçada de morte, inclusive. Como é que tá
isso lá na Inglaterra? Porque a gente ouve falar isso aqui, mas a gente não sabe como é que tá. Tudo começou com um tweet que ela postou por causa de uma mulher que hoje é diretora de uma associação chamada Sex Matters. Ah, essa mulher foi demitida; ela foi discriminada por causa da sua crítica de gênero, né? E a JK postou um tweet falando: "Veja, se relacione com quem você quiser, se identifique com o que você quiser, seja quem você quiser, mas não force isso sobre as outras pessoas. Ou não tente destruir os direitos dos outros
grupos apenas para se sentir validado nessa sua crença pessoal". O stop foi isso. A vida dela se tornou um verdadeiro inferno do dia para a noite. E aí o problema se aprofundou um pouco mais quando um homem, que, novamente, é um autoginêfilo, um homem casado, com filho, que mais tarde na vida resolveu viver como mulher, um jornalista, ele resolveu viver como mulher. E assim, você olha para ele e vê claramente que é um homem, porque se você faz a transição muito tarde, você não consegue feminilização. Esse homem achou um absurdo que o abrigo dela só
aceitava mulheres. Então isso tornou uma guerra pública, brigam até hoje. A JK Rowling é hilária! Ela é engraçada, de rolar de rir! É um talento inacreditável dela para escrever, todo mundo já conhece. Mas o toque, o sarcasmo, no ponto, ela... Os posts dela são incríveis, são divertidíssimos. E ela está sempre confrontando esse homem porque ele quer ser aceito, reconhecido como mulher, e ele acha um absurdo da parte dela não permitir que, por exemplo, homens participem de esportes femininos. Então, assim, ela é atacada até hoje, a mídia vilifica certos ramos da mídia, né? Vilifica, como The
Guardian, por exemplo, vilifica o tempo inteiro. Mas ela segue muito firme e eu acho que ela é uma voz importantíssima. Ah, porque ela poderia estar tomando champanhe na sala de casa; ela não precisa disso, não! Olha, ela não precisa disso! Já divulgaram o endereço da casa dela na rua, ah, numa online, né? E foi uma coisa muito séria; já ameaçaram ela de morte. Ameaçam o tempo inteiro, ameaçam a filha dela. Isso é uma das coisas que a turma do amor faz muito, né? Ameaça de morte. Eu sou ameaçada de morte, agressão e estupro o tempo
inteiro, né? É interessante, mas é uma morte do bem, claro que é, pela causa certa. Pela causa certa, a gente pode ser intolerante, né? Que é um paradoxo do Karl Popper, que foi o tutor de George Szel, inclusive. Ele fala muito sobre isso: é preciso ser intolerante com os intolerantes para criar tolerância. Olha que surto! É o tal do surto: "Você merecia ser estuprada para eu... Para você entender como eu me sinto". Aquela é justificável, se for pela causa que eles consideram certa; é justificável todo mal. E é interessante que, mesmo os xingamentos, são extremamente
sexualizados. É por isso que eu bato na tecla que transexualidade é um impulso sexual mal direcionado, e eu dou as mãos para o pesquisador Bray Blanchard, porque eu também acredito nisso. Mesmo os xingamentos deles são super sexualizados. Então, quando eles escolhem xingar, eles escolhem os xingamentos mais degradantes, com conotação sexual. É interessantíssimo! Por exemplo, eles falam muito de estuprar: "Eu espero que uma mulher trans te estupre na rua". É interessante que nessa hora a pessoa não tem disforia com o seu próprio órgão; nessa hora, usa o seu próprio órgão como um mecanismo, um instrumento de
poder para causar medo e pavor na outra pessoa, né? E tudo isso porque alguém pensa diferente, sim! Ou porque a pessoa não aceita ela ser daquele jeito que ela inventou? A invasão... Eu acho que, se eu pudesse, um minuto aqui para falar para vocês, a minha posição com o transgenerismo é que, inclusive, eu tenho muitas pessoas que se declaram trans me seguindo e falando: "Eu sigo às escondidas, eu dou like de coração porque eu não posso me manifestar aqui, porque senão a comunidade descobre que eu estou te seguindo e eu estou ferrada, né? Eu estou
ferrado. Não posso fazer nada aqui". Eu não tenho absolutamente nada contra a pessoa levantar um belo dia e dizer que é do sexo oposto, se vestir como quiser. Eu daria a mão para a pessoa e diria: "Vamos conversar e tentar acertar esse caminho, se é um conselho que a pessoa me pedisse". Do contrário, eu não interferiria. Também acho que é um direito. Nós não temos o direito de interferir; eu acho que é uma coisa que nós, como conservadores, falhamos algumas vezes. Nós interferimos muito no direito individual do outro; eu acho que não é um direito
nosso. Expos individuais. Então, eu acho que a pessoa tem o direito de se identificar e ser quem ela quiser. Eu não tenho problema nenhum; se expresse no mundo como você achar que é melhor para você. Viva! Sua vida, como você achar que é melhor; porém, os limites da sua existência existem nos limites do meu. Por isso é que nós não podemos andar nus na rua, porque, quando eu saio nu na rua, eu estou obrigando as pessoas que estão ao redor a participar daquele ato comigo, né? Então, eu estou invadindo o direito do outro de não
ver um corpo nu no meio da rua. Mas eu posso ficar nu dentro de casa; não tem problema. Dentro da sua casa, você pode. Então, a lei é organizada no sentido de que, sim, você tem os seus direitos individuais, mas eles não podem esbarrar ou invadir os direitos dos outros. Então, o meu problema com o transgenerismo foi quando ele começou a invadir os direitos dos outros e obrigar, né, as pessoas a serem aquilo que não querem. Um terceiro banheiro? Querem invadir o banheiro das mulheres? Querem competir nos esportes das mulheres? Eu sou a favor que
a pessoa viva a sua vida como bem entender, mas eu sou terminantemente contra. Deixo isso muito expresso: elas têm o direito de mudar o documento, porque, quando você muda sua documentação, você oficialmente passa a ser reconhecido como do sexo oposto. Logo, você tem acesso às estruturas legais do sexo oposto. Porque você não pode reconhecer uma pessoa do sexo oposto pela metade? Eu não posso simplesmente dizer "Ok, eu vou te tratar como mulher aqui, mas no meu banheiro você não entra". Não! Ou você vai fundo nesse rio, ou você vai pra margem, né? Você não tem
como fazer isso pela metade. Então, eu acho que as pessoas têm o direito de viver as suas vidas, mas elas não têm direito de forçar a sua crença, porque é isso: forçar a sua linguagem. Claro que não exigir a dissolução do vocabulário que define outros grupos, por exemplo, o grupo das mulheres. Então, o problema passou quando esse movimento virou essa grande identidade política vitimista e passou a invadir os direitos de outros grupos. Esse é o meu problema com o transgenerismo: meu problema é a falta de liberdade para discutir as coisas, as ameaças, né, a imposição
dessas crenças. E é interessante, eu sempre digo isso: é interessante como se gênero é uma construção social e nós não devemos impor a nossa construção social tradicional sobre essas pessoas, logo, é uma via de mão dupla. Então, elas também não têm direito de empurrar as concepções progressistas de gênero sobre nós, sobre a nossa família. Se você se identifica como algo, isso é um problema seu. Se você exige que eu te identifique como algo, isso é um problema meu, exatamente, né? Você está exigindo que eu participe desse jogo e eu não vou participar. Então, o meu
problema com o transgenerismo é esse, e, obviamente, tudo que envolve criança. Exato! Tudo que envolve criança: escola, clínicas... tudo que envolve criança! Deixem as crianças de fora, vão cuidar de suas vidas e deixem as crianças para serem cuidadas pelos seus pais e criadas de acordo com os princípios daquela família. Elas não são nenhum reflexo da mente de vocês. Percebam que já tem a conversa de "as nossas crianças". Sim, já é uma articulação nesse sentido. Eu queria... Acho que nome da BP, né? Porque a gente tentou, já tentou há muito tempo, já trazer você aqui e,
graças a Deus, a gente conseguiu. Acredito que esse dia chegou; estou muito feliz da gente ter feito esse papo. Um papo que estendeu mais do que o tempo do Conversa Paralela. O pessoal que já costuma acompanhar o Conversa Paralela viu que essa conversa foi bem maior do que a habitual, mas que a gente precisava de fato falar sobre esse assunto. Queria muito te agradecer a tua presença aqui, diretamente de Londres, vindo pra falar aqui com a gente. E aí eu queria que você falasse um pouquinho só pro pessoal de casa como é que eles se
encontram nas redes sociais, o que você tem de iniciativa. Você já falou aí do livro, não vai falar de spoiler do nome do livro, achei que ela ia falar, mas tem data, pelo menos? Provavelmente depois do Carnaval. Ah, legal, né? Eu vou encontrar meu editor daqui a pouco e ele vai me dar algumas broncas, eu sei. Então, vamos agilizar esse livro. E onde é que as pessoas te encontram? Um recado final, a tua câmera é essa aqui, caso você queira falar com o pessoal. Vocês me encontram no Instagram, meu nome, minha conta é Nini Borg.
Vocês me encontram também no YouTube, Nini Borg, tudo junto, não tem pontinho. Vocês me encontram também no Twitter, no Substack; eu tenho, eu publico artigos semanais. Então, você pode ser um assinante ou pagante e, dessa forma, você apoia o meu trabalho. Tenho tentado formas diferentes de monetizar, e essa tem sido uma forma interessante. Então, eu publico artigos, discussões sobre o alismo, política e cultura de uma forma geral. Você pode me seguir. Eu já falei Twitter... Na agora, X, não é? Sim! Ah, você pode também me apoiar no Patreon. Muitas pessoas têm encontrado essa plataforma como
uma forma de ajudar o meu trabalho. Isso permite que eu continue falando de forma livre, que é isso: quanto menos você depende, você mais livre você é pra conseguir conversar e tocar em certos temas espinhosos. Então, eu tenho recebido muito apoio lá também. Se você quiser e puder me apoiar, você também pode me encontrar no Patreon, N Borges. E você pode também ajudar a Nini e o Brasil Paralelo e o Conversa Paralela compartilhando, exatamente. Lara, olha! Sim, arranjo essa confusão. Trento de pensação, exatamente! Você gostou desse episódio? Então compartilha, espalha isso pra todo mundo! Você
acabou de assistir. Curta, comente... 2 horas e 30! De programa exato! E aí, você, caraca! Descobriu um universo que eu não fazia ideia de que existia. Tem gente que já tá ligado, já conhece a Nini, que veio aqui para assistir, para aprender mais. Espalha! Manda pra família, manda pra tio, pra tia, pra avó, pai, mãe, para todo mundo assistir isso aí. Então, é o mínimo. Muito obrigada, minha filhota! Que bom receber você. Obri! Gente, fui tratada que nem princesa aqui hoje. Ah, é o mínimo, né? Obrigada, boa noite, meu querido! Até a próxima, beijo para
você e até o próximo programa. [Música] Bo, i.