13ª Aula - Uso da Cannabis sativa L. como aliada da Psicologia - Dr. Anderson Matos

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► Para enviar a presença dessa aula acesse: https://forms.gle/vrg6biFj26sW1nmV9 ► Para acessar o c...
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[Música] [Aplausos] [Música] Olá pessoal sejam bem-vindos a mais uma aula da nossa 11ª edição do curso sobre uso terapêutico da canavis Sativa sou a Gabi da Ines estô aqui para apresentar mais uma das nossas aulas hoje a gente vai falar sobre psicologia eh sobre os transtornos eh e outras coisas relativas a esse assunto tá um pouco mais amplo até queria trazer essa discussão para vocês mas eu falo já já depois que eu apresentar o nossa a nossa aula de hoje né que vai ser com o professor psicólogo Dr Anderson Matos Ele é professor na Universidade
Federal de Minas Gerais eh é uma das pessoas aí que milita Tá bastante tempo dentro desse movimento que traz várias discussões eh importantes então é um prazer receber o Dr Anderson eh mais uma vez ele até tá propondo um tema novo que nessa aula vocês vão ver no finalzinho que a gente vai com certeza acatar e trazer aí pra próxima edição então se você fez essa na próxima edição você volta para ver essa essa discussão que ele propõe não vou dar spoiler não adianta mas no finalzinho da aula ele fala e com certeza na próxima
edição a gente vai convidá-lo para fazer uma discussão sobre esse assunto que é muito importante então Eh voltando né Eh espero que vocês gostem do conteúdo aproveito para falar sobre essa questão dos temas quando a gente escreve a grade a gente tá propondo um tema amplo E aí os os professores os palestrantes eles acabam aprofundando e num determinado ponto então às vezes a divergência de de de título acontece por causa disso né a gente tá tentando compensar com outros conteúdos eh e a gente vai arrumar isso aí Fiquem tranquilos tá bom eh espero que vocês
gostem da aula de hoje vou relembrar que esse final de semana tem marcha em São Paulo que é muito importante nosso engajamento nesse em outros cenários aí se se manifestar nas redes com relação aos projetos e aos trâmites legislativos regulatórios seja na Instância que for Municipal Estadual Federal eh que seja só judiciário como as coisas que são eh votadas nos Supremos eh no Supremo e no no Superior Tribunal de Justiça né então trago aqui essa reflexão de novo vou bater bastante nessa tecla e na tecla para você ajudar para vocês ajudarem a gente a engajar
melhor o nosso conteúdo a compartilhar nas redes isso de verdade é muito importante pra gente tá bom a gente se vê na terça-feira então com uma aula do Dr thago na terça-feira para falar sobre dor era uma aula que na grade estava proposta mais cedo mas a gente teve um problema técnico e ela vem na na terça-feira que vem com certeza uma aula inédita e essa também inédita todas as aulas dessa edição do curso espero que vocês gostem da aula de hoje tem um ótimo final de semana e a gente se vê na terça-feira Olá
pessoal então estamos aqui mais uma vez no 11º curso sobre o uso terapêutico da cannabis sativa L promovida pela Unifesp como um curso de extensão eh so a organização do MOV RC movimento de regulamentação da cannabis eh é uma alegria certamente estar aqui com vocês muito nos honra essa oportunidade porque a gente entende que consegue dar uma contribuição para esse importante debate que anima a sociedade brasileira não é isso então Eu sou Anderson Matos eh sou psicólogo eu eu estou falando aqui de Minas Gerais sou Conselheiro do Conselho Regional de Psicologia eh onde coordena a
comissão de orientação em psicologia em tratamentos com cannabis terapêutica eh sou também gerente de processos da Associação Brasileira de pacientes de cannabis medicinal a ama-me e nessa ocasião a gente vai falar um pouco vou ficar dentro do meu campo de pertinência né que é a psicologia nós vamos tentar descorrer um pouquinho sobre os efeitos os aspectos psicoativos sob efeito de maconha tá bom eu vou naturalmente fazer um percurso aqui eh com recorte histórico tá vou ficar eh dentro desse recorte da psicologia e principalmente da de desses efeitos psicoativos dos aspectos eh eh da atuação da
cannabis no psiquismo né falar um pouquinho dessa das funções psíquicas que se alteram e E para isso a gente faz um recorde histórico Tá bom então podemos comear Vamos lá eh primeiro eu vou comear com CL Bernard que vai nos dizer que o experimentador que não sabe o que ele procura não compreende aquilo que ele encontra eh introduzo com cloue Bernard pra gente poder pensar um pouco sobre essas alterações psíquicas né que a gente pode observar sobre o efeito de maconha e aqui eu destacaria que eu vou fazer um recorte que vai pegar principalmente eh
eh a impressão de de médicos ou de estudiosos que que que tinha um campo de pertencimento ao esse campo PSI né psiquiatras Principalmente eh depois disso final um leve recorte na sociologia eh mas eu vou me ater a isso as as alterações psíquicas não vou entrar na história lá de Sheng nung não vou pegar os outros autores do oriente do ocidente vou pegar um recorte mais mais contemporâneo tá na nossa perspectiva aqui seria a de distinguir sobre a perspectiva da fenomenologia psiquiátrica as funções psíquicas que se alteram ao uso da da maconha eu sei que
o nosso Público aqui é variado né Tem gente de diversos Campos de saber Tem gente com formação superior tem gente que não tem formação superior mas eu ainda assim eu vou tentar fazer uma discussão que seja palatável e compreensível a qualquer nível de eh de graduação acadêmica tá eh Então vamos lá eh né para tanto né fenomenologia psiquiátrica exatamente descrever esses fenômenos né qual é o fenômeno que eu observo quando se está so efeito da cannabis vou tentar localizar os efeitos diretos longamente descritos e conhecidos que é a interação com a planta apresenta e tentaremos
também aqui orientar sobre como proceder um suporte adequado ao paciente ou cuidador em uso do fitoterápico muito bem para me fazer isso eu vou contar a história Tá eu vou contar a história ainda no século XIX e vou fazer um recorte aqui da literatura nem é nem é da da literatura psiquiátrica ou da Psicologia não é da literatura mesmo do romance brasileiro tá então a cena se passa fazer esse recorte pra gente entender o que que se sabia de maconha até o século X por exemplo o que que alguns grupos sociais brasileiros sabiam sobre esse
assunto então aqui passa em Cachoeira do Tum em 3 de junho de 1871 o senhor diz É uma pena que eu tenha deixado os charutos lá na quinta um charutinho virei calhar você não tem um por acaso não senhor Eu não fumo mas certamente alguém por aqui tem um olha ali eles estão fumando umas cigarrilhas mas aquilo não é fumo tabaco Major é uma espécie de fumo é fumo da Angola chamado também de liamba né então interlocutor é um subordinato que tá com conversando com o major verdade nunca ouvi falar Posso experimentar bem Responde o
interlocutor eles fumam para sentir coisas o major pergunta sentir coisas como assim você quer dizer que eles fumam isso e sentem coisas você acredita nisso acha possível a pessoa fumar uma cigarrilha e sentir coisas não tenho certeza responde de qualquer forma é muito diferente do de fumo tabaco vá consiga me um cabo Quero experimentar pois não Major Patrício Macário deu uma tragada na cigarrilha de palha que Zé popol trouxe não gostou do Sabor a princípio mas depois de um gole de licor achou que a combinação era boa sentou-se num tamborete indicou outro para Zé Popó
encostou-se numa árvore esticou as pernas deu outra tragada bebeu mais um gole sentiu-se infinitamente bem muito leve quase sem peso toda a paisagem adquirindo um novo Encanto Cabo José Hipólito devo agradecer-lhe estava numa noite excepcionalmente paulic e agora você me proporciona um extraordinário bem-estar formidável este licor ável este fumo essa história esse recorte essa vinheta está em João Baldo Ribeiro em vivo povo brasileiro e se o militar um homem branco no século eh x não sabia bem que que era aquilo como é que funcionava aquilo né achando Improvável até que pudesse oferecer efeitos psicoativos provavelmente
se dava eh a sua própria ignorância sobre o assunto né e o recorte cultural e racial que a maconha tinha Brasil mas ainda que ele não soubesse outras pessoas antes dele sabiam né homens brancos inclusive que eu vou pegar um clássico eh para falar um pouco disso né De novo Lembrando que eu vou fazer um recorte aqui sobre sintomas psicoativos tá já em Garcia da horta o primeiro relato em língua portuguesa Garcia da horta a serviço da coroa portuguesa em Goa eh conhece né vai para conhecer os as plantas Os Vegetais disponíveis no velho mundo
eh e encontra né o bang né o colóquio oitavo é colóquio do bang que é exatamente uma mistura uma bebida que eh contém maconha né contém eh biomassa de maconha misturada a outras a outras outros elementos mas o elemento principal né os outros elementos ele diz ali né Eh ó Cadê aqui oi ele vai ALC nave Oi cadê ó o eu não tô achando aqui o ponto do que que tá misturado no buang mas é é uma mistura que contém principalmente eh cannabis contém maconha tá bom tinha leite tinha maçã tinha nos moscada achei aqui
Bom e quando o o Garcia da horta vai falar sobre esse o que que ele encontrou naquela planta ele fala de várias plantas ele vai dizer ele vai dizer o seguinte eh e o que nisso se conta Lembrando que isso aqui é um português do século X né por isso a grafia está assim eu eu repeti literalmente e o que nisso se conta pela que foi inventado é que os grandes capitães antiguamente acostumava embebedar com esse Bang para se esquecerem de seus trabalhos trabalhos e não cuidarem e poderem dormir o que essas pessoas as vigílias
as atormentavam Garcia da horta coloque o dos simples e drogas da Índia 1563 é um relato né que tá trazendo aqui alguma coisa relativa a a essas sensações ou alterações psíquicas né no texto ele vai dizer ainda que quem gostava de usar esse Bang eram os moros e que eles o faziam principalmente para ficarem levados sem um cuidado né ficarem prazenteira de si para rir um riso parvo para não sentir os trabalhos para poderem dormir como eu disse há pouco né para abrir o apetite para ficar com chocar Erias chocar no contexto da escrita como
foi feita a gente entende que seriam efeitos eh afrodisíacos encontrados na maconha ele no texto ele vai falar que que algumas mulheres quando iam encontrar algum homem tomavam est banga para ficar com choriaster tá destacando aqui a ação e afrodisíaca que você pode encontrar na maconha né no buang na cannabis eh fala que usavam também para viajar né para se entregar esses momentos de prazer para ficar um fora de si para sair da caixinha não é isso para tolerar o desconforto os infortúnios muito bem depois de Garcia da horta eh que era século X né
eu pulo aqui novamente pro século XIX eh que certamente esse nome é bastante importante pra gente entender talvez a raiz do do do da preocupação digamos assim de de da relação do momento que se estabelece alguma relação para os parâmetros ocidentais para ciência ocidental sobre a relação entre maconha e esquizofrenia ou maconha e psicoses eh temos aqui as essa obra inaugural né mot JAC Josef mourot conhecido popularmente como mot de Tours em virtude de estar na cidade de TS né Faz essa obra que eu costumo Eu costumo me referir a essa experiência do morror de
T como que se ele tivesse tentado produzir uma Psicose experimental Como di é que eu quero chegar com isso eh era comum na época os médicos fazerem experiências com substâncias para poder entender o mecanismo daquelas substâncias ou eventualmente o mecanismo de algum transtorno específico e esse raciocínio se aplica aqui a m de TS eh ele queria entender eh as psicoses a esquizofrenia né Eh fazendo um uma experiência como no caso o da amesc né é o rachis mas numa bebida também que era chamada da amesc que toma com seus amigos no no Hotel pimodan Paris
e o objetivo daquela experiência para murot me parece era esse de compreender o funcionamento de uma Psicose entender o funcionamento de um transtorno mental eh grave Severo que é a esquizofrenia né então vamos lá eu disz que que é um que é um modelo de época isso durou muito tempo ainda né fez experiências com a cocaína isso em 1 século XIX né também século XIX aí 1884 85 86 FL também fez suas experiências Mas vamos voltar aonde nos interessa aqui mas que que morrou dis sobre essa experiência ele tinha visto no rachis eu tinha visto
no rachis ou melhor na sua ação sobre as faculdades Morais um meio poderoso e único de exploração em questões de Patologia mental eu me convencera de que por ela se poderia iniciar nos mistérios da alienação voltar a fonte oculta dessas desordens tão numerosas tão variadas tão estranhas que costumávamos designar pelo nome coletivo de loucura né então el está tentando entender a partir de uma experiência o modelo de funcionamento da loucura hé Opa isso e ele continua seu argumento de uma vez por todas e logo que começamos queria fazer essa observação cuja Justiça ninguém contestará a
experiência pessoal aqui é o critério da verdade eu nego a qualquer um o direito de falar sobre os efeitos do haxixe Se ele não falar em seu próprio nome e se não tivesse sido capaz de apreciá-lo pelo uso suficientemente repetido que interessante né assim a ideia que que murot tá trazendo não é eh de que os psiquiatras falavam da loucura sem ter nenhuma vivência interna da Loucura dos processos de adoecimento mental né eles falavam daquilo como objeto ao Qual ao qual eles manteriam esse afastamento que a ciência exige eh e morrou nessa ocasião tá dizendo
que para falar de rxx eh eh seria interessante essa experimentação né inclusive ele diz que repetidas vezes até que ele tivesse em condição de apreciar de maneira adequada o que que aquela substância apresentava Ahã né hoje não não é usual que eu essa experiência né do médico experimentar o medicamento não até onde eu saiba mas certamente isso aqui era muito comum e e até mesmo dentro de uma lógica de da da própria redução de danos que começa com a história de usuários né que que que dão suporte para outros usuários que estão tendo problema a
ideia até interessante né você pensar que a pessoa conhece um pouco mais profundamente a experiência para poder entender sobre ela teorizar sobre ela e Mou não estava sozinho né tinha lá como eu disse essa turma que era o clube dos rachins um grupo seleto de pintores escritores artistas plásticos né bodel De La croix teop gutier Honor de B vctor hug bodeler enfim São não são quaisquer pessoas que estavam com morrou nessa experiência mas eu já falei disso em outras aulas vi de nos cursos anteriores no no 10º no 9º no oitavo eu tive o prazer
de participar de outros então eu acho que eu já abordei isso lá atrás não vou voltar profundamente nisso aqui agora e dentro dessa linha que eu tô desenvolvendo aqui né do dos efeitos psíquicos dos das considerações dos psiquiatras Nós chegamos Inexoravelmente a esse senhor aqui a quem eu sempre eu sempre eh alguns minutos da minha atenção não diria rendo homenagem porque ele objetivamente falando do meu ponto de vista ele prestou um grande desserviço a pauta da maconha é um eugenista é um higienista né também se procurar mais a fundo aí você vai ver essa história
dessa personagem José Rodriges da Costa Dória que de uma certa maneira através do seu conhecimento a gente poderia pensar que que faz funcionar o momento em que o racismo encontra com a pseudociência né bebendo nessa fonte do eugenismo e do higienismo fortemente presentes na cultura psiquiátrica brasileira do final do 19 começo do 20 eh é a hora que a gente vai ver eh isso mesmo né que eu disse assim um um um racismo uma perspectiva racista um viés racista que tenta encontrar argumentos científicos ou pseudocientíficos para fazer manter seu status quo e seu mecanismo de
controle social bem Dória nessa obra que é um clássico também eu estou trazendo só clássicos aqui até agora vai vai tratar a maconha no Brasil como se aquilo fosse a vingança do Oprimido a vingança dos povos negros trazidos na conção de escravos né pro Brasil de pessoas escravizadas e ele faz uma analogia com com o ópio na China né tentando sustentar que aquilo era como se fosse o veneno inoculado do Oprimido no no Vingador né no opressor perdão né ele fazia um recorte da maconha nesses termos tá ele foi isso foi essa isso repercutiu muito
essa essa fala do dó eu diria que isso aqui é a semente do proibicionismo brasileiro eu diria que Dória é o personagem que eu gosto de me referir assim a ele ele cria o maconhista tupiniquin ele cria um tipo psiquiátrico pro uso de maconha no Brasil faz isso em função das experiências de Infância né nasceu eh a data de nascimento aqui em 1857 então né havia um regime escravidão fortemente acontecendo a pleno vapor no Brasil né então enquanto criança viu viu pessoas negras fumando maconha se torna adulto se torna psiquiatra se torna político importante E
vai reverberar fora do Brasil as suas impressões suas nefastas impressões sobre o assunto eu sempre digo também que Dória não leu o que ele escreveu Porque quando a gente pega esse texto e o examina pormenorizadamente você vai ver que ele vai falar coisas bastante bastante interessantes eu diria do ponto de vista do aspecto clínico sobre o efeito que o paciente contra sobre o uso de cannabis a maior parte daquilo que ele diz me parece ter ter aplicação terapêutica eh maior parte daquilo que ele diz me parece que eh seria útil ou seria aproveitável um em
vários transtornos mentais em vários quadros psiquiátricos em vários momentos né de vida de paciente eh mas ele como eu disse parece que não leu o que eu escreveu Porque ele ele afaga com uma mão e bate com a outra vamos lá vamos vamos no texto do dó vamos desar o dó para vocês entenderem o que eu tô dizendo ele diz por exemplo assim ó diz que a maconha os tornas mais os torna mais espertos de inteligência mais pronta e fecunda para encontrar a ideia e achar a consonância aí vírgula entra o viés é fumada nos
quartéis nas prisões onde penetra as escondidas é fumada em agrupamentos ocasionais ou em reuniões apropriadas e nos bordéis ele continua um estado de bem-estar de satisfação de felicidade de alegria ruidosa são os efeitos nervosos predominantes agora parece que tá tudo bem E esse estado agradável De euforia que leva a maior parte dos habituados a procurar a planta a cujo uso se entregam com mais ou menos a ferro bom se se se a pessoa tá encontrando bem-estar satisfação felicidade e alegria como efeito predominante eu entendo mesmo que ele Voltaria a usar E aí isso vai acontecer
várias vezes nesse texto Olha que interessantes as ideias se tornam mais claras e passam com rapidez diante do Espírito os embriagados de maconha por favor né falam demasiadamente dão estrepitosas gargalhadas agitam-se pulam caminham mostram-se amáveis com expansões fraternais vem objetos fantásticos ou de acordo com as ideias predominantes no indivíduo ou com as sugestões do momento dizem que nem a na embriaguez da maconha mostra o instinto do indivíduo como se atribui ao vinho em vino Veritas né para quem não conhece essa frase no vinho a verdade isso é um clássico né Eh e é interessante essa
observação aqui porque perdão Ele tá dizendo exatamente que não vai surgir nada que não havia né antes com a maconha não vai não vai surgir não vai fazer vir nada que já não estivesse lá né interessante a observação a esse estado segue-se um sono calmo visitado por sonhos deliciosos ótimo sono calmo sonhos deliciosos fumam em grupo para se sentirem mais alegres dispostos ao trabalho e menos penosamente sentirem o frio e as agruras da vida do mar tocados pelo efeito da maconha tornam-se alegres conversadores íntimos de amáveis na palestra uns contam histórias Tais fazem versos outros
T alucinações agradáveis ouvem sons melodiosos como o Canto da Sereia entidade muito em voga entre eles hã conta um caso Clínico rápido aqui ó um desses cabô robusto de 43 anos de idade fumando a erva há mais de 20 anos sem apresentar perturbação da saúde enfermou que usava quando se sentir triste com falta de Tite e pouca disposição para o trabalho principalmente à noite quando ia à pescaria ficando satisfeito disposto e podendo comer copiosamente dizem que faz cessar as cimbras que experimentam ao entrar na água à noite o recorte Dória Sergipano tá para quem não
conhece a biografia dele Dória Sergipano e e ele recolhe eh faz um recorte sobre esse uso da maconha principalmente no Nordeste e norte do Brasil eh naquilo que e os e aqueles que seguiram as suas impressões na publicação que eu mostrei lá que é o maconha coletan de trabalhos brasileiros onde se encontra o artigo que eu estou citando aqui eh existe principalmente ess essa essa esse relato de que é do Norte daquilo que algum momento eles chamam das franjas incultas da sociedade é coisa de pescador de soldado de sapateiro de de prático enfim eh disso
tudo que o dó trouxe aqui eu vou fazer um breve recorte disso que eu tô chamando de fenomenologia psiquiátrica eu vou observar o fenômeno a partir daquilo que eu consigo descrever né de tudo aquilo que ele falou aqui eu vejo nessas pessoas que ele tava relatando o uso uma ligeira taqu psiquia taqu psiquismo é quando acelera-se o psiquismo Né o pensamento acelera atividade eh psicomotora acelera né Eh o o sujeito tem a impressão que ele tá desenvolto que ele tá solto né que tá um pouquinho acelerado tá ele vai falar né entre as coisas que
ele diz ali a gente pode eh destacar a ocorrência de uma elação que que é elação um transbordamento na sensação de bem-estar uma satisfação que não cabe no eu elação uma alegria que derrama que sai né da do invólucro do corpo conseguiria pensar isso aquelas pessoas estavam amistosas né amáveis à palestra amáveis na fala estavam apresentavam ludicidade Brin se agitavam em suas danças né apresentavam desinibição apresentavam sociabilidade apresentavam ao final um efeito sedativo que contus um sono relaxante uau parece uma festa boa não é eh vai dizer ainda que aquilo que ele disse né o
relato dos pacientes do pescador o relato do usuário né aquilo na verdade funcionava como um lenitivo para condições adversas de trabalho dos pescadores né trabalhar de dentro da água num barco pode não ser nada agradável ou confortável não é isso o caso Clínico ainda né usada contra a tristeza O desânimo ausência de apetite e contra cimbras que interessante Dória mas eh você viu isso tudo que que você achou né Eh Dória abriu um caminho o caminho do proibicionismo no Brasil ele tem a contribuição dele é é é incisiva e marcou gerações todos os capítulos daquela
publicação lá da maconha coletan de trabalhos brasileiros vão nessa mesma linha de Dória e um dos outros autores que escreve lá é Francisco de Assis eclesias que fala sobre o clube de diamb istas no Vale do Mearim no estado do Maranhão Essa foto é um clássico na verdade é uma fotografia de uma roda de fumo né e na e ali esse esse o o Francisco de Assis Iglesias eh eh relata que ocorriam ditos chistosos gargalhada e versos toscos com termos africanos saem por entre as baforadas da diamba né Tava assistindo uma roda de fumo aí
ele continua observando na roda de fumo se diz od diamba saraba quando eu fumo od diamba fico com a cabeça tonta e come as pernas Zamba e o couro pergunta fica Zamba manô e ele responde desou desou responde junto com o couro quando chama a atenção do médico como acompanhado ao visto da diamba estão atrelados os termos e os hábitos africanos e quando o psiquiatra pergunta alguém que quer dizer diou que era aquilo que o couro respondia eh a resposta que ele recebe é sutaque de gente doida então eu tô mostrando para vocês aqui como
é que se transformou remédio em veneno so a perspectiva da psiquiatria sobre a perspectiva do discurso médico sobre a ég da psiquiatria a construção de um de um quadro clínico a construção de um tipo psiquiátrico né Eu falei que ele era eugenista e higienista e aqui vem esses elementos né tá preocupado com a tara com a degeneração mental Olha você ver continuaa nos degenerados e tarados nos descuidados o hábito elce e com o hábito o embotamento do sistema nervoso que reclama cada que reclama novos e cada vez mais fortes estímulos e consequentemente maior dose do
veneno Olha aí parecendo veneno sujeito às dores físicas e ainda as penas Morais o homem se esforça por escapar a sua existência real e procura em um mundo imaginário a felicidade fictícia seus insaciáveis desejos Uau ele escreve bem eu sepre digo isso aqui muito interessante um recorte que dá para entender que dá para entender o aspecto clínico que tá em questão assim esse paciente está está tratando alguma coisa é muito interessante que isso aqui em 1915 Freud eh 29 1929 né 14 anos depois quando fala de drogas no mal estado da civilização fala que as
uma das coisas que ele fala né que as pessoas usam drogas para tratar o mal-estar e obviamente isso do ponto de vista médico parece óbvio né pensando bem parece parece luminoso quando você localiza isso mas é do ponto de vista do recorte médico é é isso né mal-estar requer alguma droga para tratamento mas antes do Freud falar isso tá Dória falando isso aqui ó a dor física é muitas vezes a causa do vício as nevralgias dentárias as dores reumáticas as gastral as cólicas uterinas em Estados dismenorreia determinam muitas vezes o emprego da planta pelos seus
efeitos narcóticos e analgésicos e obtido o resultado benéfico não hesitam os pacientes em voltar a erva em o segundo caso ou como preventivo e daí se gera com facilidade o hábito e o vício de fumar maconha Claro Doutor se o paciente encontrou esse resultado aqui ao consumir essa substância por que ele não voltaria a usar né Eh assim se D construção do Mal sobre a perspectiva de Dória isso como eu disse já né marca profundamente a psiquiatria brasileira o pensamento da psiquiatria brasileira até hoje né e o dó apesar de tão infeliz escrevia muito bem
como eu disse sustentou fortemente suas impressões fica Essa pérola aqui pra gente fechar o pensamento Deó que é estético mas infelizmente enado mas umaa conção olha aqui ó os pesares são outra causa frequente do vício para esquecer embora transitoriamente incômodos Morais suavizar a dureza de uma vida tribul e passar momentos alegres distraídos esperançosos acalentados na fantasia alacre que os embala no espaço como as como as esperais volantes do fumo traiçoeiro os abandonados da sorte se entregam ao domínio da erva se não é um forte o naufrágio é irremediável Principalmente a dor moral está associada a
tara orgânica uau a gente pode discordar dele de ponta a ponta mas ele escreve bem não é e isso é o momento da passagem né como eu disse né da criação de um tipo psiquiátrico que logo logo vai ser transformado num tipo criminal não é com essa com essa apropriação que esse discurso esse tipo de discurso médico fez dessa tema e assim a gente vê o surgimento de um c de um tipo psiquiátrico imediatamente após um tipo um tipo criminal né Eh tendo feito esse pequeno périplo aqui né como psicólogo que a gente pode pensar
algumas coisas assim os efeitos psicoativos onde é que vai dar isso sim sub efeito de maconha é possível encontrar alterações das Sensações e percepções numa espécie de desancoragem como assim desancoragem ã ao usar cannabis e daqui para frente eh eu vou eu vou trazer um relato de um uso uma pesquisa feita na década 70 pelo pelo Becker eh usei aqui nessa bibliografia com a gente e que fala de usuário de maconha outsiders na verdade fala de estudos da sociologia do desvio Tem uma parte em especial só sobre maconha eh então aqui a abordagem que eu
vou fazer daqui a pouco eh vai nos dar condição de eh de pensar Eh que que é né Essa essa alteração psíquica né que que acontece que desancoragem é essa Em que em que eh aspectos do psiquismo se desancar eu posso começar a adiantar aqui né desanca Sai da caixinha fica diferente sobre efeito de maconha pensamento fica diferente humor altera né influencia pensamento humor senso percepção orientação espaço temporal memória etc daqui para frente né quando eu for entrar no caso especificamente de usuários de maconha eu gostaria que a gente pudesse pensar aquele esse recorde que
eu vou fazer ainda aqui fechado em cima de alguém que está usando maconha tentando usar e aprender a usar maconha também esse raciocínio me parece pode ser aplicado a pacientes em uso de produtos de cannabis óleos ou extratos ou vaporizando ou fumana enfim algo do que vai ser dito sobre uma pesquisa com pessoas tentando aprender usar maconha entender os efeitos da maconha e gostar desses efeitos se desdobra pode ser aplicado em pacientes em uso de produtos de canabis tá bom pensamento nós todos sabemos o que é naquilo que organiza o nosso fluxo de contínuo de
de ideias e de organização de tarefas etc humor a base do nosso Estado afetivo Sens percepção nossa capacidade de perceber o universo que nos cerca pelos órgãos do sentido né sobretudo os sete buracos da nossa cabeça né então senso percepção implica em ver ouvir sentir o paladar sentir o cheiro sentir na pele né né alguma alguma sensação eh e em não é isso ver ouvir sentir o gosto sentir o cheiro ah sentir Sensações periféricas na pele orientação tempo eh espaço temporal é esse essa sensação fixa e contínua que a gente tem do tempo né o
tempo a gente aprende Inclusive a calcular o tempo não é verdade e o espaço também é uma outra relação que a gente tem sempre de maneira muito fixa muito orgânica e presa eh a essa realidade concreta material que a gente vive memória capacidade de Recordar coisas e assim por diante vamos mais isso vou entrar então com outsiders estudos da sociologia do desv com o Dr Howard Becker e tem como eu disse uma parte do livro que vai estudando o sociologia do desvio um livro da déc 70 ele vai tratar uma parte do estudo dessa forma
sobre alguém que deseja se tornar um usuário de maconha vamos entrar aqui um debate interessante bom ele vai falar assim alguém que resolve fumar maconha a teoria começa com a pessoa que chegou ao ponto de se dispor a experimentar Maconha Ela sabe que outros usam maconha para ter um barato mas ela não sabe o que isso significa de maneira concreta alguém que nunca usou ignora completamente Quais são esses efeitos né onde é que quais são essas funções que se alteram E como que elas se alteram e Que efeitos poderia se esperar no caso de alguém
que resolveu usar né que não con não conhece ainda el essa pessoa está curiosa em relação às experiências né que que vai oferecer aquilo mas ela está ignorante do que ela pode ser e eventualmente temerosa do que aquela experiência possa ser mais do que a pessoa espera né ela pode eventualmente ter o receio de perder o controle de algum uma situação os passos delineados a seguir se a pessoa passar por todos eles e mantiver as atitudes n desenvolvidas a deixarão desejosa e apta a usar a droga por prazer quando oportunidade se apresentar Bom enfim nessa
breve introdução aqui alguém que quer fumar maconha e que acha né que vai encontrar Sensações diletantes prazerosas agradáveis no seu uso né ele vai encontrar prazer a usar a maconha eh mas para tal ele precisa de passar por algumas etapas né existe um processo na verdade para sujeito conseguir ã identificar aprender a ingerir a substância eh eh a ingesta da substância aprender identificar o que está acontecendo como ele nos guia aqui e fortuitamente aprender a gostar daquelas Sensações aprendendo na técnica é a primeira parte do capítulo ele fala assim ninguém que entrevistei continua us a
maconha Por Prazer sem aprender uma técnica que fornecesse uma dosagem suficiente para os efeitos da droga se manifestassem como ele tá falando que uso fumado né Para que alguém conseguisse derivar alguma sensação qualquer que fosse do de maconha primeira ele teria que aprender a ingerir aquilo achar o ponto né ele ele teria ele por vir na latório fumando né ele tem que achar o o ponto ele tem que achar a forma como ele entrega essa fumaça né no pulmão somente quando isso era aprendido tornava-se possível a emergência de uma concepção da droga como um objeto
que podia ser usado por prazer sem tal concepção o uso da maconha era considerado sem sentido e não prosseguia Então objetivamente a primeira coisa que seria alguém que usa maconha usa fumo um cigarro de maconha alguém que V usar algum produto derivado da maconha como medicina eh eh a forma de entrega a via de entrega eh ela interfere né nesse resultado no caso e vou ficar preso esse exemplo de uma via fumada né se a pessoa não sabe como fumar aquilo senora não sabe como ingerir aquela fumaça ela provavelmente não vai conseguir sentir absolutamente nada
e quando pacientes é aqui vão acontecer o contrário disso também vai ser discutido aqui nessa aula tá quando o paciente não consegue encontrar e nenhuma nenhum espéci de prazer né nenhum nenhuma sensação que possa achar interessante no uso da maconha ele normalmente ele não continua a usar certo então para achar que que a gente pode achar na maconha que quem tá fumando maconha busca é o barato O barato eu não resisti a brincadeirinha infantil aqui provavelmente fruto de um sistema endocanabinoide bem calibrado eu não resisti a piadinha aqui o barato é o marido da barata
né lá COC carate aqu passa que passa Hermano barato é a sensação né Eh psíquica barato são os efeitos psicoativos do que se trata né Que conversa é essa ter um barato de acordo com Becker consiste em dois elementos a presença de sintomas causados pelo uso da maconha Ok e o reconhecimento desses sintomas e a sua vinculação pelo usuário com o uso da droga Então primeiro tem que eh haver a presença desses sintomas né E essa pessoa reconhecer esses sintomas estabelecer que tem uma relação com a droga e isso é não basta que os efeitos
estejam presentes por si só eles não fornecem automaticamente a experiência de estar no barato que que eu quero dizer com isso deixa eu ver se tem mais alguma volto aqui que principalmente pré iniciantes aqueles que nos ouvem aqui que nos assistem e que são usuários provavelmente vão se lembrar eh dessas da primeira experiência normalmente as pessoas não esquecem essa primeira experiência e não é incomum que a primeira experiência não Produza nada né não não derive nenhum efeito importante a pessoa não percebe tá acontecendo nada muitas vezes fruto da ansiedade muitas vezes fruto da expectativa muitas
vezes fruto disso que o Becker tá tentando nos dizer aqui assim por absoluto desconhe daquele tema ele pode empregar um nível de de expectativa tal ali que não consiga inclusive identificar o que tá acontecendo não é incomum que que a pessoa fume a primeira vez não aconteça nada a segunda vez não aconteça nada terceira vez enfim e que eventualmente Quando acontecem as primeiras experiências que a pessoa pode não identificar isso ela pode não perceber ela pode de repente ficar mais tagarela ela pode de repente ficar um pouco mais acelerada ela pode ficar achar uma graça
infinita de coisas que podem parecer banais e não necessariamente ter aquela graça toda que ela tá encontrando ali eh e os outros perceberem isso pode fazer comentários altamente filosóficos sobre um tema banal assim eh e Pode não estar percebendo isso embora outras pessoas que sabem que ele tá so efeito possam perceber vamos mais o noviço né O Novato aí então ansioso por ter essa sensação para ter o barato aprende com os outros usuários alguns referentes concretos do termo barato e aplica essas noções à sua própria experiência interessante né aqui eu vejo pistas da redução de
danos no sentido de que aqui já falei vou repetir aqueles que eh começaram redução de danos eram exatamente pessoas que faziam um uso em algum momento disfuncional e depois conseguiram atingir um uso funcional substâncias que ajudam outras pessoas que estão em uso a dimensionar essa experiência no sentido ético político dessa prática tá então aqui a experiência de alguém contribuindo para ajudar eh a outrem tá os novos conceitos tornam possível para ele localizar esses sintomas dentre as suas próprias Sensações e indicar para si mesmo algo diferente em sua experiência que associa com o uso na droga
eh em todos os casos Nos quais o uso prosseguiu o usuário havia adquirido os conceitos necessários com que expressar para si mesmo o fato de que experimentava novas Sensações causadas pela droga né alguém que esteja disposto a experiência e prossegue nela vai adquirindo a capacidade de identificar né aquilo que ele tá sentindo de identificar essas alterações eh no seu psiquismo Isso é para que continua é necessário não apenas a perceber seus efeitos mas também aprender a perceber esses efeitos quando eles ocorrem dessa maneira a maconha adquirir sentido para o usuário como um objeto que ele
pode lançar a mão por prazer Olha que interessante pareceu uma pérola aqui pareceu ouro nesse garimpo Lembrando que eu sou de Minas eh a maconha adquire sentido para usuário como um objeto que ele pode lançar a mão por prazer pessoas que fazem uso terapêutico medicinal adulto diletante de maconha eh Eu sempre tive a impressão eh de que de que estavam se automedicando de uma certa maneira que estavam tratando alguma coisa embora às vezes sem um diagnóstico né às vezes tratando uma ansiedades às vezes tratando uma dificuldade social às vezes tratando insônia às vezes Tratando as
dores né eh e e é isso assim em algum momento ele vai acabar adquirindo um certo arcabouo eh teórico daquilo que tá acontecendo teórico e emocional teórico e de capacidade de leitura daquelas Sensações E se ele as encontra ele continua né um breve um breve recorte aqui vamos pensar assim um paciente que não tá absolutamente fora dessa conversa aqui alguém que um idoso com Alzheimer que vai vai se utilizar maconha com ele óleo estrato gumes Qualquer que seja o produto né no idoso por exemplo que não passou por essa conversa aqui não tá preocupado se
vai ter barato você não vai ter barato aliás Talvez ele nem preocupe com isso ainda mais fo um Alzheimer né ah mas o filho talvez vai preocupar mas meu pai vai ficar no barato o que que vai acontecer com ele vai dar um barato nele né o que que vai que que vai derivar dessa experiência eh essa observação aqui essa última parece ura porque se essa experiência produzir prazer ela vai adiante um idoso com os R que não pensou em nada disso que a gente tá discutindo Será que ele vai encontrar prazer Será que ele
vai encontrar bem-estar Será que ele vai encontrar alguma mudança no comportamento que ele Talvez não consiga identificar com com né nitidamente mas o filho percebe Às vezes a mudança de comportamento Então nesse encontro né com essa frase que ela vai adquirir sentido quando ele como um objeto que pode lançar mão de prazer me parece faz sentido para um uso adulto e faz sentido também para um paciente que não está fumando maconha que não tá procurando maconha para sentir o barato ó com a crescente experiência o usuário desenvolve maior percepção dos efeitos da droga ele continua
aprendendo a ter um barato né um processo que vai cumulativo de entendimento né das Sensações das emoções das percepções né ela examina atentamente as sucessivas experiências procurando novos efeitos certificando que os antigos continuam presentes né então e e não quer dizer que porque bateu de uma determinada maneira de uma vez vai bater daquela mesma maneira na próxima né existe uma variação importante aqui da dos efeitos alcançados tem a ver com a dose tem a ver com a qualidade do produto né qualidade da planta a Cepa da planta tem a ver com se é um óleo
se é um extrato as concentrações que né que de entrega desses produtos tudo isso muda muito eh de produto para produto de planta para planta né então com o tempo ele vai eh vivenciando algumas experiências e dando a ela eh agregando sentido aquelas experi certificando que elas continuam presentes né A partir disso desenvolve-se um conjunto estável de categorias de experimentação dos efeitos das drogas cuja presença permite ao usuário ter um barato com facilidade tá dizendo o seguinte depois que aprende ele consegue alcançar essa experiência com tendo um controle sobre o que que ele tá usando
sabendo que que ele tá usando com uma relativa facilidade medida que adqu um conjunto de categorias os usurios TN C né conhecedores como especialistas em vinhos finos são capazes de especificar onde uma planta particular foi cultivada que época do ano que ela foi colhida né Embora geralmente não seja possível saber se essas atribuições são corretas É verdade que elas distingam entre lotes de maconha não somente a potência mas também eh com relação aos tipos de sintomas produzidos T dizendo aqui que alguém que passa a usar maconha com irregularidade consegue identificar eh detalhes esses né até
da origem em alguns casos a pessoa consegue saber que Cepa que aquela consegue identificar os terpenos que estão ali presentes ela consegue eh eh tem uma uma uma interação ampliada de quais são as Sensações que ela encontra identificar essas sensações remetendo isso inclusive ao próprio conhecimento do processo da produção dela em si né referente a Cepa que ele tá usando por exemplo então ele vai o Becker vai falar de aprendendo a gostar dos efeitos né que ser é mais um passo necessário pro usuário que já aprendeu a ter um barato continuar a usar a maconha
ele deve aprender a gostar dos efeitos que ele acaba de aprender a experimentar aqui é bastante interessante que vai aparecer daqui paraa frente né as Sensações produzidas pela maconha não são automática ou necessariamente agradáveis lá atrás eu usei a palavra desancoragem né Eh e não foi à toa o gosto por tal experiência é socialmente adquirido de gênero não diferente do gosto adquirido por Ostras ou por dry martini né É como se a pessoa aprendesse a gostar daquilo aprender a a usar uma determinada coisa né Tem gente que tem dificuldade com comida japonesa não é isso
usuário sente-se tonto sedento seu couro cabeludo formiga Ele não tem certeza de outra maneira tem um barato ainda que seja uma experiência bastante real você será uma experiência desagradável que ele preferiria evitar então o Becker tá trazendo aqui exatamente que aquilo que que eu toquei há pouco lá atrás se o sujeito não aprende a gostar do efeito que ele encontra ele eh provavelmente vai evitar essa experiência né e em usuários iniciantes de novo pensando que a gente pode tá falando de alguém que tá fumando maconha ou alguém tá sendo medicado com algum derivado de maconha
tá os efeitos da droga quando percebidos pela primeira vez podem ser fisicamente desagradáveis Ou pelo menos ambíguos Como assim aí um relato né que ele colheu na pesquisa O Becker comecei a sentir o efeito e não sabia o que estava acontecendo sacou que era aquilo eu fiquei muito enjoado andei pela sala fiquei andando pela sala tentando me livrar de início Aquilo me deixou apenas assustado sabe eu não estava acostumado com aquele tipo de sensação além disso a interpretação ingênua que o noviço dá para o que está acontecendo pode confundi-lo e amendrontar ainda mais em particular
se ele conclui como muitos fazem que ele está ficando louco ó Chegamos aqui num momento importante dessa conversa assim né o grande medo das pessoas em relação à cannabis à maconha principalmente os que vieram depois de Rodrigues dó né no caso brasileiro tem a ver com isso né com o risco dos efeitos psicoativos com a porta de entrada D psicoses como como Dóia contribuiu para ajudar a pensar né Eh como eh uma uma droga que o sujeito vai fazer uma viagem não vai voltar mais eu já ouvi esses casos a pessoa fuma isso e não
volta nunca mais né Vamos tentar mexer um pouco nisso né o relato do pesquisado lá é o seguinte ache que eu tava ficando louco sabe tudo que as pessoas me faziam só me avoro Ava eu não conseguia manter uma conversa minha cabeça divagava e eu ficava pensando sem parar eu não sei coisas estranhas lá atrás quando eu falei da fenomenologia psiquiátrica das funções psíquicas eu falei que o pensamento né altera sim altera no sentido de eh um pensamento que fica um pouco desorganizado um pensamento que pode ficar acelerado um pensamento que pode pular de um
tema para outro de uma maneira que não ocorre enquanto o sujeito está e sóbrio né o pensamento o próprio pensamento ele tem uma arquitetura é como se mexesse um pouquinho eh não na arquitetura desse pensamento mas eventualmente no conteúdo desse pensamento dando a ele mais leveza mais rapidez menos encadeamento né ah eu tinha Sensações muito Claras mas não gostava delas quer dizer eu tinha uma porção de reações mas eram sobretudo reações de medo eu não gostava daquilo não tinha impressão de relaxar com aquilo você sabe se você não consegue relaxar com uma coisa você não
consegue gostar dela acho que não sim ele tem razão e aqui se aplica a a qualquer caso né de que alguém que tem uma uma experiência com maconha com produto de cannabis que derive dela principalmente Sensações desagradáveis ele não vai conseguir gostar disso não é se ele não consegue relaxar com aquilo que tá acontecendo ele não vai conseguir se sentir bem a perda dessas referências que tão como eu já disse habitualmente ancoradas no espaço no tempo pensamento na Sens percepção uma alteração nesses elementos pode produzir Sensações extremamente angustiantes para alguém que eh não está preparado
para encontrar com essas sensações em nenhum caso o uso Continua sem a redefinição dos efeitos como agradáveis Então meus caros minhas caras alguém que pretenda usar a maconha ou alguém que precise ser medicado com a maconha se ocorre algum efeito que esse paciente não consegue entender o que é se ele prostra se ele desorienta no espaço no tempo se ele começa a ficar com pensamento muito desorganizado se ele tem ataque de ansiedade se ele tem um ataque de pânico se ele tem uma síndrome de despersonalização eu tô carregando na tinta aqui subindo cada vez mais
os degraus aqui no sentido do das coisas ficarem mais difíceis tá pro paciente pra vivência interna do paciente eh né uma desagregação do Eu por exemplo é uma coisa que alguém preparado para uma experiência psicodélica consegue passar por ela eh se não completamente sem medo pelo menos com algum nível de segurança qualquer experiência alguém não habituado não orientado não ciente de que isso poderia ser para passar pelo caminho da experiência talvez encontrasse nisso um momento de extrema angústia bastante desagradável e certamente alguma coisa que esse paciente gostaria de evitar em outras ocasiões essa né transformar
ess aqueles efeitos em efeitos agradáveis essa redefinição ocorre tipicamente em interação com os usuários mais entes que de diversas maneiras ensinam o noviço a encontrar prazer nessa experiência a princípio tão assustadora podem tranquilizá-lo quanto ao caráter temporário das Sensações desagradáveis e minimizar sua gravidade chamando atenção ao mesmo tempo para os aspectos mais prazerosos aqui alguém que orienta bem faz toda a diferença né aqui alguém que conheça a experiência em si né O que que aonde ela pode ser levada uma psicóloga que que tem a noção desses primeiro das funções psíquicas memória atenção senso percepção linguagem
afeto o corpo humano né retalhado em funções um psicólogo uma psicóloga Que conheça bem isso e que conheça sobre as alterações psíquicas da maconha podem certamente agregar um bom suporte nesses casos OK aí o de novo na entrevista ainda do Becker vai dizer alguém que ficou muito chapado né ficou muito no barato bom às vezes ele entra num grande barato eles entram no grande barato a pessoa comum não está preparada para isso e é um pouco amedrontador para ele às vezes isso é eles já ficaram de porre né já tomam um pileque entram num barato
mais forte que qualquer coisa que já consumiram antes e não sabem o que está acontecendo com eles por pensam que o barato vai continuar aumentando aumentando até que eles percam a cabeça ou comecem a agir de maneira esquisita essas coisas pérola de novo Pérola continuam a pensar que o barato vai aumentando aumentando certamente pro paciente essa essa ã momento esse momento temporário onde ele não consegue controlar as coisas como ele normalmente está acostumado a fazer onde não consegue controlar momentaneamente seu pensamento onde ele não consegue controlar momentaneamente alguma agitação onde ele não consegue reagir a
uma prostração Eh que que ocorreu né prostrou e e relaxou muito e mal consegue se movimentar eh Certamente eles ficam bastante receoso né Quanto mais quanto mais e quanto mais exuberantes forem as experiências psíquicas que o paciente sente principalmente para os casos que o uso terapêutico medicinal Talvez isso dê a ele eh uma perspectiva de alguma coisa que não produz relaxamento não produz prazer e o assusta você tem meio que tranquilizar eles explicar que não estão realmente ficando loucos nem nada né que vão ficar bem Você Tem que convencer a não ter medo ficar falando
com eles tranquilizando dizendo que tá tudo bem aqui eu acho que qualquer pessoa bem orientada um cuidador alguém que tá próximo né um um usuário mais experiente que tá perto de alguém iniciante eh ele poderia facilmente eh fazer essa esse acolhimento né ele pode acolher e conduzir aquela situação ali o paciente tá extremamente suscetível às interações do ambiente e obviamente conseguir produzir um ambiente mais acolhedor mais tranquilo um ambiente de relaxamento um ambiente de fruição daquelas Sensações H me parece que seria De grande valia E aí continua O Becker né e contar a sua própria
história você sabe a mesma coisa aconteceu comigo você vai passar a gostar disso depois de um tempo continuar falando desse jeito logo a gente consegue fazer eles deixarem de ficar apavorados além disso eles veem a gente fazendo isso e nada de horrível está acontecendo com a gente e isso lhes dá mais confiança bem O Becker trouxe essa contribuição que eu acho legal aproximou um campo assim né aproximei aqui de um campo e já tô caminhando as minhas conclusões já tem já tem um tempo que eu tô falando aqui eh proxima do campo que é algum
nível de desorganização psíquica possível provável eh com alguém que faça uso de maconha eh não pode não tem não precisa se transformar numa experiência desastrosa eh que possa ser traumática pro sujeito e inclusive fazer com que ele desistisse de um tratamento por exemplo em função disso porque ele foi mal orientado eh ele abrir mão de um tratamento que pode oferecer bastante qualidade de vida para ele para recortar um finalzinho aqui eu vou vou entrar com o Patrick Alan realmente eu t tô caminhando para conclusão Tá mas e Vou tocar nesse aspecto eh um pouco mais
mas não vou eu vou tocar mas não vou entrar em profundidade só para despertar a mesma curiosidade de repente numa outra aula num outro momento a gente avança nisso mais eh sobre essa história de Psicose e maconha né com esquizofrenia o que que que que dá para pensar disso eu tentei recortar um pouquinho as funções psíquicas mas o grande medo no final é o medo da loucura que que dá para esboçar aqui assim né Quais são as experiências também uma publicação dac 70 isso aqui ó alucin soci feno culturel EDM deag ele vai falar aqui
não é psicólogo tá aqui é antropologia e faz comentários bastante vai falar assim eh a experiência não traz nenhuma transformação da personalidade real do sujeito Ok De acordo e permanecerá ele mesmo pelas contribuições do seu subconsciente e pelas possibilidades de reunir os elementos de seu conhecimento em novas combinações ele seria transformado em um múltiplo do que é na realidade mais sensível ou mais estúpido né Ele tá dizendo que eh alguma coisa da estrutura da personalidade não vai mudar lá o que estará lá o que estava lá continua permanece lá o que sai é daquele sujeito
mesmo né inclusive será uma pessoa interessante e Brota isso com mais intensidade ser é uma pessoa com com limitações isso também vai brotar com mais intensidade a situação atual de um sujeito durante um experimento ela mesma montagem de um certo número de dados que contribuirão para Su ação pessoal sobre os elementos do ambiente V continuar porque aqui é um raciocínio precisa ser desenvolvido suas motivações fazem parte de si mesmo e de seu ambiente cultural nesse livro Como o nome Ele tá dizendo né assim e ele trata de peot né trata de alucinógenos maconha não não
gosto de imaginar maconha como uma alucinógena né ainda que o o da amesc e o bang o bang até que o Garcia dort não falou não mas o dal amesc do morot de T até tinha mesmo né presença de alucinações Mas enfim eh é que ele faz um recorte do peot que certamente é um alucinógeno né um cacto alucinógeno aí esse rocino tá construído aqui tá considerando eh no universo mais ampliado tá então às vezes com uso de de haxixe cannabis também com uso de peot tá eh bom continuo a sua personalidade cultural e social
que poderíamos chamar de personalidade superficial ou teatral se disfarar e se dissolverá muito rapidamente estivesse aqui diminuindo a ação da da instância que vigia né Eh eh um pouco do Jung Talvez né Essa essa Persona que as pessoas usam na na vida social eventualmente o uso da maconha ou ou o uso de peiote para ficar preso à maconha né onde eu cabe essa dissertação aqui eh vai né mexer nessa nessas nessa personalidade superficial ou teatral né Eu acho Talvez uma provocação quase junguiana mesmo assim né mexe nessas personas né Eh se ele interpreta todo mundo
como comédia na vida cotidiana seu jogo se torna caricatural e desajeitado até o momento em que ele mesmo será possuído por seu segundo personagem se tornará mais real do que em sua vida cotidiana parece uma experiência forte aqui né um outro eu que sur eu já até ouvi paciente que fez relato de de canabis de flor de maconha falar que que teve uma conversação com um segundo eu né de inclusive de de perceber ver essa quase uma ilusão não vou dizer uma Alucinação porque mas uma ilusão né de dessa conversa consigo mesmo um outro eu
que se desdobra Mas eu continuo achando que isso é incomum com maconha Ok como vimos acima sua cultura intelectual sua hierarquia social não existem mais e seu conhecimento permanece adquirido ele no entanto pede o seu verniz social sua verdadeira inconsciente personalidade seu equilíbrio mental muito perturbado pelo abandono dos modos usuais de percepção e lógica ajudará sua mente a se apegar à sua verdadeira personalidade e é ela quem vai reagir a decoração as pessoas presentes é essa personalidade aqu ele caminha para tocar alguma coisa da Psicose tá é o ponto que interessava né a discussão final
aqui o final da discussão é essa personalidade que desencadeará caso esteja predisposta a transtornos psicóticos uma cadeia de ações reações catastróficas com um ambiente levando a situações de pânico de ansiedade ou paranoia que é o sentimento de perseguição né de esquizofrenia e desdobramento da personalidade e aí ele comenta né o Patric alã nem sempre muito grave se essa última situação o ajuda a desconectar sua própria pessoa personalidades levando a um melhor equilíbrio mental por outro lado também pode causar reações de suscetibilidade violência etc vamos mais um pouquinho né tá dizendo aqui que alguns casos né
havendo uma predisposição poderia sim ocorrer alguns sintomas psicóticos né ataques de ansiedade quadro agudo de pânico de paranoia né desdobramento do eu né o evaneo da membrana do eu enfim ah e ele diz felizmente na opinião Geral de cientistas e não cientistas não há reações psicóticas a ação da cannabis em pessoas estáveis né isso aqui do ponto de vista um pensamento freido lacaniano lacaniano particularmente de uma estrutura psíquica né é improvável que uma estrutura psíquica neurótica tenha sintomas psicóticos tipo alucinações e delí né salvo sobre efeito de algumas substâncias Mas eu continuo psiquiatras ou psicanalistas
podem replicar que não há ninguém que não tenha uma pequena neurose própria n ou que de fato Ou que o fato de tentar uma experiência com cannabis é prova de Psicose é sempre possível responder que aqui de novo dentro dessa lógica Freud la canana uma pequena neurose própria se pensando em estruturas psíquicas a saber neuroses psicoses ou perversão as essas estruturas normalmente não ciam de lugar não é enfim a porcentagem de psicoses naqueles que experimentaram cannabis provavelmente não é maior do que em uma população normal a ação Su é perigosa se o sujeito não se
conhece da presença de seus problemas e pede o controle a Psicose provavelmente teria começado mais cedo ou mais tarde e poderia ter colocado outros problemas de repressão nesse meio tempo e finalizando a existência de uma relação causal entre o uso de substâncias de transtorno Psicótico duradouro permanece duvidosa por exemplo se uso de drogas fosse responsável pela precipitação de esquizofrenia seria esperado que houvesse um grande aumento nos casos de pessoas com esse diagnóstico uma vez que o consumo se tornou mais comum nos últimos 30 anos porém recentes e detalhadas revisões epidemiológicas demonstram que este não é
o caso bom eh pensar que possam a bibliografia que eu usei pensar que possam eh ocorrer sintomas psicóticos so buos de cannabis eh é uma observação que encontra fundamento ah dizer que dizer que que alguém se tornará Psicótico por causa da cannabis já é uma outra afirmação que mais difícil de de entender do ponto de vista da própria razoabilidade dessa informação né Eh a expectativa a minha expectativa que hoje era de percorrer um pouco com vocês primeiro nessas pessoas que falaram doses efeitos psicoativos né de alguma maneira desde Garcia da horta Bod tus eh né
uma uma uma primeiro momento destacando algumas Sensações ali elementos da percepção da sensação num segundo momento tentando entender isso sobre um viés científico e depois os desdobramentos que aconteceram no nosso caso né com o desserviço que a psiquiatria brasileira com Rodrigues Dória e e e seguidores fez e faz ao tratamento dessa questão eh por fim encaminhar ali rapidamente com uma experiência de uma pesquisa antropológica mostrando né Qual o que que é dessas Sensações dessas percepções que alteram um pouquinho de Como que altera eh e no final pincelar aí essa história da desse grande medo né
da da da maconha do grande medo da do grande medo que existe da loucura da esquizofrenia desses sintomas eh que acometem eh alguém que possa estar so efeito de cannabis assim eu concluo aqui a nossa a nossa fala eh num outro momento eventualmente a gente pode voltar a tratar da mas de uma maneira mais mais próxima da dessas relações né de Psicose esquizofrenia e maconha e E aí a gente entrar com um pouco mais de profundidade nesse ponto quero agradecer a mucan a Unifesp e a vocês que estão aqui nos assistindo fazendo mais uma vez
uma homenagem ao padre Ticão lembrando né que que começou essa história toda com ele né que ele tem um valor inestimável aqui na no fato de estarmos aqui hoje fazendo esse curso a crise havia me dito né que já é o sexto ano que tá acontecendo e é uma alegria para todos nós que que estamos aqui dando essas aulas eu tenho certeza que é uma alegria também para quem assiste porque quando a gente vê isso aqui a gente tá falando de de uma realidade necessária de uma discussão que precisa ser feita eu vou mas então
é isso muito obrigado até a próxima de repente na próxima a gente trabalha um pouco essa ideia aí dessa relação de eh maconha esquizofrenia maconha Psicose não é isso um grande abraço e até mais ver pessoal
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