Café Filosófico | Bullying e CyberBullying: Qual o papel da escola?| Thais Bozza | 17/03/2024

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Para tratar do Bullying, o primeiro passo é compreendê-lo. Ao contrário do que alguns adultos podem ...
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[Música] [Música] k a percepção no mundo contemporâneo é a de que nunca estivemos tão tecnológicos acelerados e para alguns tão evoluídos ao mesmo tempo temos um mundo congelado em antigos conflitos guerras e crises humanitárias as consequências do afogamento digital e do esfarelamento das certezas tem provocado uma epidemia na saúde mental principalmente em crianas e jens como as histórias fortalecem a mente infantil e juvenil numa era de incertezas tema desta série do Café [Música] Filosófico muito se tem ouvido falar sobre Bullying mas o que é isso exatamente Se quisermos tratar desse problema o primeiro passo é
compreendê-lo qualquer tipo de provocação briga ou conflito pode ser considerado bullying Quais são os limites entre uma simples brincadeira e uma situação de violência ao contrário do que alguns adultos podem pensar o bullying é um grave problema que traz consequências Profundas para as crianças e adolescentes quando a gente ouve falar assim por exemplo Professor fez bullying com o aluno o aluno faz bullying com o Professor ai o meu pai tá fazendo bullying comigo então a gente já começa partindo de uma uma característica que não corresponde a esse tipo de violência o bullying é uma violência
e é uma violência que acontece entre pares então quando eu digo entre pares eu tô dizendo que as pessoas envolvidas nessa situação estão no mesmo nível hierárquico de autoridade alunos de uma escola por exemplo não importa se um tem 11 e o outro tem no porque não é uma questão de idade mas é de eles eles estão ali em pé de igualdade eles são alunos de uma escola quando a gente tem uma violência né que é cometida por uma autoridade ou essa autoridade é alvo desse tipo de violência a gente vai chamar de assédio moral
mas não é bullying então o bullying é uma violência que acontece entre pares porém ela é velada aos olhos da autoridade então é difícil o professor identificar uma situação de bullying é difícil os pais identificarem uma situação de bullying mas os colegas da escola a turma os alunos que convivem com aquela criança com aquele adolescente sabem do que tá acontecendo o que que faz com que a gente então identifique o bullying é a repetição então é a frequência eh a intensidade a frequência a repetição das situações de violência de desrespeito de provocação que vão né
mostrando pra gente ali que essa relação ela tá em pé de desigualdade nós temos três eh personagens vamos vamos colocar assim numa situação de bullying o autor de bullying o alvo e o espectador então eu vou falar um pouquinho desses três personagens o autor de bullying é aquele que intencionalmente humilha rebaixa o colega o par eh ele não faz por brincadeira ele sabe exatamente identificar no grupo de pares Quem é aquele alvo né que que eu vou atacar né quem será o Meu Alvo dentro desse grupo de pares Então existe uma intencionalidade o uma intencionalidade
que e não coloca a educação os educadores num num lugar de que ah então a gente vai precisar punir esse sujeito porque ele é um sujeito do mal ele é cruel então do ponto de vista da Psicologia moral e a gente vai falar um pouco mais sobre isso ele é uma pessoa que faz isso porque é dessa forma que ele se sente valor no grupo de pares ele prisa rebaixar alguém para ele se sentir valor no grupo de pares então é uma criança um adolescente que a gente vai precisar ajudar também além do alvo de
bullying o alvo de bullying ele é um sujeito frágil do ponto de vista emocional psicológico então ele se vê como um sujeito inferior por ele ter uma característica que muitas vezes o diferencia dos outros ele se sente inferior por isso então eu vou dar um exemplo eu uso óculos e o Felipe também usa óculos eh numa situação de bullying Pode ser que o autor fale assim pro Felipe olha Felipe seu quatro olhos não gosto de você seu quatro olhos ele não liga porque para ele aos próprios olhos dele não é um problema os a óculos
isso não faz com que ele se sinta menos porque ele usa óculos ou diferente porque ele usa óculos se essa mesma pessoa faz o mesmo comentário para mim e isso é um problema é uma questão para mim é aí que eu me torno alvo de bullying porque aos meus olhos eu sou um sujeito inferior aos outros porque eu tenho essa característica é por isso que as Pesquisas mostram que é como se ele concordasse com aquela agressão e a gente também tem o público que na maioria das vezes eh são os alunos da escola né numa
situação de bullying então o grupo de pares é aquele que vai endossar a agressão é aquele que vai concordar com essa imagem rebaixada que o o autor tá dando pro alvo é aquele que não vai participar vai ser um espectador passivo mas ele não vai também defender o alvo ele não vai em busca eh de de ações para impedir que aquela violência aconteça por quê Porque ele também tem medo né de se tornar o próprio o próximo alvo Então a gente tem ali um papel do espectador que sustenta o bullying que sustenta esse autor nesse
lugar de poder que ele conquista no grupo que é bem importante então quando a gente for pensar na intervenção as situações de bullying a gente vai precisar atuar com esses três personagens autor alvo e espectador todos precisam de ajuda no sentido de refletir sobre os seus comportamentos as suas ações para que essa violência possa ser superada né combatida então se a gente for olhar então primeiro pro autor de bullying do ponto de vista da Psicologia moral ele carece do que os estudos chamam de sensibilidade moral o que que é isso ele tem uma dificuldade uma
incapacidade de reconhecer o outro como um sujeito digno de respeito então ele é um jeito pouco sensível a dor ao sofrimento do outro ele também tem uma escala de valores invertida o que que é isso para ele se sentir valor ele pratica violência então a violência a popularidade o status eh são valores que são importantes para esse sujeito o que nós precisamos eh saber é que quando a gente vai intervir com o autor de bullying isso muitas vezes leva tempo eh a gente vai precisar olhar para esse Sujeito como um sujeito que faz isso porque
é menos empático é insensível mas que tem representações de si que estão atreladas a valores não Morais então muitas vezes reverter essa escala de valores fazer com que ele se veja como valor no grupo não porque ele é o violento Dent porque ele humilha alguém mas porque ele é o o aluno que tem mais facilidade de repente em alguma disciplina tem mais facilidade algum Esporte pode ser reconhecido né como um sujeito de valor por ter essa característica Então essa hierarquia de valores invertida é um dos focos principais que a gente precisa pensar e ter em
mente quando a gente vai então lidar com o autor de bullying ele também é um sujeito do ponto de vista da Psicologia moral que carece de que eh é um sujeito desengajar né O que que é isso então ele utiliza justificativas argumentos para não se sentir culpado ou responsabilizado pelos atos que ele faz então quando a gente vai conversar com o autor de bullying e perguntar por que ele faz isso geralmente ele dá respostas do tipo eh eh ah todo mundo faz Mas foi ele que começou ele que provoca então ele atribui a outro sujeito
à responsabilidade pela sua ação Isso é uma das formas de desengajamento moral no caso do alvo como eu falei para vocês ele tem uma imagem desvalorizada de si então ele se submete justamente porque ele concorda com as com essa imagem que os outros têm dele e a gente também tem um alvo que é o provocador que é o mais difícil inclusive da escola eh intervir da escola identificar porque muitas vezes ele participa da agressão mas ele não deixa de ser a vítima como que ele participa então quando ele recebe uma ofensa ele devolve a ofensa
ou ele tem uma atitude mais impulsiva ele bate ele xinga E aí o adulto que tá de fora olha para essas esse sujeito fala assim você que você que xingou ele né então você que tá desrespeitando você que tá cometendo ali algum tipo de violência então quando a gente vai atuar com esses sujeitos a gente vai precisar ter em mente que a gente precisa fortalecer a identidade a autoimagem desses sujeitos eh E no caso do alvo provocador a gente vai precisar trabalhar também com ele algumas mudanças de comportamento para que ele possa enfrentar as situações
reagir à situações de bullying de uma forma diferente no caso dos espectadores é difícil a gente identificar uma situação em que eles conseguem se indignar com a violência Quando a Gente Tá muito exposto a uma situação de violência a gente acaba naturalizando aquilo né a gente acaba achando que aquilo é normal que faz parte das relações quer dizer todo dia as pessoas se tratam assim na minha escola dessa forma desrespeitosa né então é como se isso fosse aceitável então o que que a gente vai precisar fazer com o espectador a gente vai precisar trabalhar no
sentido de eh mostrar que ele precisa se indignar diante de situações de violência e a gente vai precisar também formar esses espectadores para atuarem eh contra a manutenção do bullying o que inclusive vai vai favorecer o protagonismo desses alunos nesse sentido o espectador ele tem um papel importante e a gente vai precisar atuar com esses sujeitos que assistem as agressões para que eles possam também mudar a forma de de agir o comportamento né enfim a forma como eles enfrentam e compreendem a situação diferenciar bullying de brincadeira diferenciar essa palavra brincadeira né Eh quem trabalha em
escola ouve muito isso ah mas é brincadeira a gente fez tal coisa na escola porque é brincadeira então diferenciar o bullying o Cyber bullying de uma brincadeira é algo bem importante que a gente vai precisar refletir com esses espectadores agora temos um agravante essa forma de violência ela vai pra internet no próximo bloco quem é alvo de bullying às vezes não consegu nem sair de casa não consegue voltar pra escola né Só de imaginar que as pessoas na rua tão falando tão rindo [Música] dela quando o bullying acontece na sala de aula nos pátios da
escola na Turma do Bairro no clube quando acontece física e presencialmente ele já é um problema que traz grande sofrimento e que pode marcar para sempre a vida dos envolvidos um problema que se agrava ainda mais quando extrapola o mundo físico e se espalha pelo mundo virtual como entender e lidar com o bullying na era da Internet das redes sociais e da nossa constante presença online quando essa violência vai pra internet ela é potencializada justamente porque a internet tem ferramentas instrumentos que eh contribuem para essa viralização de um conteúdo para esse compartilhamento para essa exposição
do alvo Então se a gente for comparar o bullying com o Cyber bullying o bullying ele é restrito aquela escola às vezes aquela turma de alunos né então Eh quando a gente conhece as pesquisas e vai eh refletir né com os alvos Quais são os sentimentos que eles têm diante dessa situação de violência na escola eles dizem assim pra gente bom eu sofro na escola eu sei que a escola vai acabar um dia mas quando eu vou para casa eu tenho um Porto Seguro Eu tenho um espaço ali que eu sei que eu não vou
sofrer nenhum tipo de violência no caso do Cyber bullying esse Porto Seguro não existe porque é o tempo todo uma vez que fazem um meme ou uma figurinha de WhatsApp que me coloca ali numa situação de Exposição de Humilhação o próprio fato de eu imaginar que essa figurinha está circulando em outros grupos de WhatsApp já faz com que o alvo de Cyber bullying Sinta Essa violência de forma repetida então ele não tem sossego nem que ele feche todas as redes sociais Não entre em contato com nada ali com nenhuma rede social isso não faz com
que ele se sinta menos exposto porque ele sabe que aquele conteúdo está circulando que as pessoas estão falando dele que as pessoas estão rindo dele existem casos em que os alunos em grupos de WhatsApp né A maioria inclusive dos alunos convivem nesses grupos de WhatsApp e muitas vezes acontece uma situação ali que o grupo se volta contra uma pessoa contra aquele alvo então há um julgamento há um movimento ali daquele grupo de atingir aquele alvo específico que é o que a gente chama de linchamento virtual ou alunos que eh pegam algum tipo de conteúdo privado
segredo imagem íntima de outro aluno às vezes essa relação tem um conflito entra em desequilíbrio eu deixo de ser amiga da da minha melhor amiga e essa minha ex-melhor amiga compartilha um segredo algo que é muito pessoal outra situação os alunos fazem grupos de WhatsApp e deixam alguém de fora excluem e faz com que ela com que aquela pessoa saiba que ela tá excluída ou vamos pro Instagram e criam eh algum tipo de perfil falso né anônimo enfim que eles não se identificam e usam esse perfil para expor alguns alunos para fazer montagens dos alunos
expõe ali alguma coisa do alvo para esse alvo se sentir mal só que ele não sabe quem é então isso é uma característica do Cyber bullying que inclusive potencializa esse sofrimento eu sei que é uma pessoa que eu convivo eu sei que é uma pessoa da minha sala eu sei que é uma pessoa que muitas vezes tá aqui do meu lado né todo dia na escola mas eu não sei quem é eu não sei contra quem eu tenho que enfrentar e aí tem essa potência do grupo né de alunos que eles curtem a foto eles
comentam essa essa postagem esse post Então os espectadores vão atuando também nas redes sociais para fazer com que esse sujeito se sinta ainda Menor Os alvos de bullying sofrem sentimentos de insegurança solidão tristeza infelicidade desamparo ansiedade irritabilidade depressão ideação suicida alguns cometem suicídio estresse pós-traumático medo baixa autoestima raiva e frustração somatizações distúrbios do sono os alimentares fobias problemas de desempenho acadêmico etc Além disso essas consequências costumam ser duradouras em Médio e em longo prazo os Cyber agressores são mais propensos a mostrar desengajamento moral falta de empatia baixa estabilidade emocional dificuldade em seguir regras comportamento delinquente
problemas com comportamento agressivo tendência de tecnologias absentismo escolar ingestão decool e drogas sentimentos de solidão emocional menos otimismo e menos felicidade a gente percebe que tem né causa um impacto né na SA mental no bem-estar emocion dessas crianas desses adolescentes a gente tem casos mais graves né em que quem é alvo de bullying às vezes não consegue nem sair de casa não consegue voltar pra escola né Só de imaginar que as pessoas na rua tão falando tão rindo dela a gente tem casos mais sérios né que as pessoas cometem eh suicidio então tiram a própria
vida por não aguentarem essa pressão é um tipo de violência que deixa marcas pra vida na vida das pessoas o tempo todo né Não só agora que eu fui alvo de uma figurinha que fizeram mas como o conteúdo ele permanece na internet pode ser que daqui a dois anos essa figurinha volte a circular de forma eh eh mais intensa e aí eu alvo de bullying Então vou reviver todo esse sofrimento né esse sentimento de que tá todo mundo rindo de mim porque a gente não tem como tirar o conteúdo da internet não tem como a
gente lá e apagar de todos os celulares que já compartilharam já tem aquela imagem sempre tem alguém que salva né um vídeo uma postagem E aí reposta aí a rede social vai lá e tira aí reposta de novo que é a questão da Cyber empatia o que que acontece na internet a gente tem um distanciamento físico das pessoas certo a gente tá olhando a pessoa através daquela tela ali de computador do celular e esse distanciamento físico ele potencializa o distanciamento emocional então é diferente quando eu tô aqui eu tenho um conflito com você e eu
começo a falar algumas coisas eu tenho acesso a sua expressão facial eu sei o que você tá sentindo ou eu consigo imaginar que você tá ficando brava que você tá ficando vermelha nervosa você não tá gostando daquilo que eu falei então esse contato com o sentimento do outro que muitas vezes eu tenho nos nos ambientes presenciais não existem na internet ou são reduzidos então é diferente eu ter um conflito com você no WhatsApp que eu não sei o que você vai sentir quando eu gravar um áudio ali desrespeitoso eu não sei se você vai ficar
brava eu não sei se você vai ficar triste eu não sei se você vai chorar então essa dificuldade da gente ter acesso ao sentimento a expressão né facial a a a demonstrações né de de como a gente tá se sentindo ali no rosto mesmo no corpo né Eh faz com que a gente se distancie das pessoas na internet então é por isso que muitas vezes e as pessoas praticam atos violentos na internet que não fariam se tivesse frente a frente com a pessoa no próximo bloco é como se a rede social WhatsApp fosse uma extensão
do pátio da escola em que eles estão ali interagindo brincando às vezes aparece um conflito às vezes aparece uma situação de violência [Música] o bullying e o Cyber bullying se fazem tão presentes na vida contemporânea que diversos filmes e séries passaram a abordar esse assunto tão delicado e preocupante vamos lá vamos lá todo mundo entrando todos sentados a Leonardo namorado novo deixa ó tá que tá te fazendo bem o rapaz tá ficando macho aí gordo pros teus peitinhos Esse lugar é meu toma não acha que tá passando do limite o escola pode fazer em relação
a esse problema seria papel da escola também se preocupar com o que acontece na internet às vezes quando a gente conversa né porque a gente conversa muito com os educadores a gente tem como resposta mais uma coisa que a gente vai precisar fazer né ai mas aconteceu fora da escola aconteceu no grupo de WhatsApp que que eu tenho a ver com isso eu vou dar uma resposta para vocês então e aí a gente vai conversar em cima da resposta a escola ela é um espaço de de convivência como qualquer convivência né que a gente tem
na nossa vida há desafios há por exemplo conflitos as situações de violência também podem acontecer como em qualquer outro tipo de convivência E se a gente tá falando de uma violência entre pares é na escola que essa violência ela é intensificada Ela é intensa é todo dia por muitas horas que eu convivo ali com aquele público com aquelas pessoas então a gente pode ter bullying entre irmãos que também tão ali no mesmo nível hierárquico de autoridade a gente pode ter bullying entre primos entre pessoas que moram no mesmo condomínio mas é na escola que a
frequência e a incidência do bullying ela é muito maior porque ali a gente tem muita relação entre pares muitas personalidades identidades convivendo ali naquele espaço e aí quando a gente pensa né que tem escolas que não tem nenhuma estrutura física adequada para receber aqueles alunos né como é que a gente desenvolve tudo isso então a primeira coisa que eu queria dizer para vocês é que realmente não ter uma estrutura física eh adequada pra gente estudar pra gente aprender pra gente conviver isso impacta no clima escolar Mas isso não impede que a gente olhe para outras
dimensões que fazem parte desse clima como como algo que é importante né que a gente cuide das relações que a gente Cuide da forma como as regras são trabalhadas o tipo de sanção que a gente vai eh eh ter né quando a gente tem um conflito ou quando a gente tem um problema de convivência a forma como os professores se relacionam com os alunos então existem outras dimensões que pertencem ao clima né escolar essa percepção do clima escolar que vão contribuir para um clima escolar Mais Positivo ao mesmo tempo os nossos alunos convivem na internet
que é o que a gente chama de Cyber convivência é como se a a rede social WhatsApp fosse uma extensão do pátio da escola em que eles estão ali interagindo brincando às vezes aparece um conflito às vezes aparece uma situação de violência então o que que a gente defende que a escola precisa planejar a convivência uma vez que ali é um espaço em que essas situações elas vão acontecer mesmo a gente tendo propostas de prevenção elas vão acontecer mas a gente precisa entender que a convivência ela é tão importante quanto a matemática o português né
as línguas a geografia A História porque é na escola que a gente vai ter oportunidade de aprender a conviver com o outro muitas vezes aquele outro que é muito diferente é fácil a gente conviver com quem né a gente tem uma boa relação né o outro respeita a gente o tempo todo é fácil a gente conviver com quem a gente gosta com quem a gente tem uma relação de afinidade mas na escola muitas vezes tem relações que não são né dessa forma então a gente defende que a convivência ela precisa ser planejada como a gente
planeja todos os outros conteúdos ali da escola só que como a gente vai planejar essa convivência né Não pode ser de uma maneira ada então a gente defende que a convivência ela precisa ser Trabalhada na escola eh em três vias né três dimensões a dimensão curricular então é importante que as escolas e as instituições de ensino tenham um espaço no currículo para que as crianças e os adolescentes possam refletir sobre a convivência possam realizar atividades que estão ali eh que tem como objetivo o desenvolvimento de valores morais de competências socioemocionais É nesse espaço que muitas
vezes os alunos vão poder vivenciar assembleias de classe para discutir problemas coletivos e buscar soluções para esses problemas é muitas vezes nesse espaço que os alunos vão trabalhar o bullying então eles vão começar lendo uma história sobre Bullying Assistindo um vídeo sobre bullying e partindo desse conteúdo eles vão poder então interagir com esse tema pensar na Perspectiva dos personagens que atuam ali numa situação de bullying então é nesse espaço que eles vão ter a oportunidade de refletir sobre a convivência um espaço de em que a convivência ela é objeto de conhecimento só que se a
gente for parar para pensar muitas escolas tem esse espaço existem inclusive materiais que trabalham essas questões de uma forma muito positiva né bons materiais mas só ter esse espaço não garante que a gente tenha uma convivência mais ética na escola porque a convivência ela é responsabilidade de todos que estão ali naquele ambiente não é só com os alunos que a gente vai precisar estudar formas mais assertivas da gente se comunicar com as pessoas porque os adultos ali se comunicam eles também estão ali se relacionando não é suficiente a gente ter um bom material que vai
trabalhar Cyber empatia ou a importância da empatia nas nossas relações se a gente não tem um ambiente que é empático porque dentro dessa perspectiva que a gente tá trazendo aqui os valores morais as competências socioemocionais elas precisam ser vivenciadas eu preciso de um ambiente justo para eu construir o valor da Justiça nas relações eu preciso de um ambiente em que a empatia a escuta ativa esteja presente nas relações também não tem como a gente formar esse sujeito mais ético se a gente não tem eh uma gestão que que seja mais participativa uma gestão democrática se
a gente não tem espaços de diálogo na escola que as pessoas podem conversar dialogar sobre o que tá acontecendo exemplos né mediação de conflitos é um espaço dialógico é um espaço que a gente pode exercitar o diálogo a escuta a busca de resolução né de conflitos de forma assertiva mas como é que a gente desenvolve esse humano que vai saber conversar que vai saber lidar com o outro que vai saber usar uma comunicação mais eh construtiva né não violenta se a gente não tem do ponto de vista institucional esses espaços de diálogo um bom trabalho
com a convivência na escola ele pressupõe ações planejadas que são de intervenção Então o que eu faço quando tenho uma situação de bullying na minha escola ou o que eu faço quando tenho uma situação de violência na internet que vai ecoar nas relações presenciais dentro da escola quando a gente vai pensar que os nossos jovens né crianças Elas têm contatos com conteúdos muitas vezes sem filtro na internet e que isso muitas vezes vai impactar no comportamento delas inclusive no comportamento que elas têm na escola quando a gente vai pensar no no tipo de cabelo na
roupa que as crianças usam os adolescentes na dancinha do tiktok a gente tem ali adultos e crianças também que estão influenciando o comport entos e influenciando na construção da autoimagem dessas pessoas dessas crianças das nossas crianças dos nossos filhos e alunos outra coisa que tá relacionada à questão da imagem uma falta de da gente conseguir diferenciar O que é público que eu compartilho com todo mundo na internet e o que é íntimo a questão da popularidade né dessa busca por uma imagem perfeita que não existe uma vida perfeita que a gente vê nas redes sociais
que não existe o o quanto as publicidades influenciam no nosso nas coisas que a gente consome a gente tem hoje né adolescentes fazendo cirurgia plástica para ficar mais parecidas com a imagem que elas têm quando elas usam filtro editam as fotos e aí eu queria pedir esse espaço para contar um pouco do programa de prevenção que eu desenvolvi no meu doutorado pensando na convivência na internet as nossas propostas envolviam reflexão debate eh troca de perspectiva né então diálogos eh rodas de conversa em que a gente pode trocar pontos de vista trabalhos em grupo eh produção
de conteúdo os alunos organizavam campanhas eventos na escola desenvolveram pesquisas com os próprios alunos das outras turmas então o o a gente né tinha como pressuposto o protagonismo desses estudantes e a gente também estudou com eles e refletiu sobre o uso positivo das redes porque a gente não tá querendo aqui colocar a internet nesse lugar só de né de de riscos e prejuízos existe um lado positivo claro né a gente Inclusive só sobreviveu na pandemia porque a gente conseguiu manter eh minimamente a convivência ali com as pessoas nesse ambiente mas eh eh a gente precisa
pensar em como usar essa ferramenta de uma forma positiva de uma forma potente né nas relações para promover valores para promover relações que são mais éticas e a boa notícia é que a gente conseguiu avaliar identificar transformações importantes nos alunos que participaram dessa pesquisa então por exemplo alunos que se eh viam como autores de Cyber bullying no final da pesquisa quando a gente compare esses dados esses alunos deixam de se ver como sujeitos Cyber agressores eles relatam que foi muito legal estudar discurso de ódio foi muito legal estudar preconceito porque às vezes eu tava sendo
preconceituoso e eu não tinha noção disso eh foi muito legal estudar o Cyber bullying né porque isso acontece de uma forma muito frequente na nossa vida e a gente acha que é brincadeira a gente não mede as consequências quando a gente compartilha um meme de de alguém O que que a gente quer dizer com isso que é possível né a gente formar essas pessoas que são mais éticas na vida real Na vida virtual desde que a gente coloque um esforço né desde que a gente planeje essa convivência de que a gente coloque o nosso olhar
enquanto educador enquanto famílias eh que a gente foque o nosso olhar para essas questões no próximo bloco quando a gente ouve né uma pessoa que passou pela escola e que minimiza essa forma de violência provavelmente ele foi um espectador é preciso admitir que o bullying existe e é um problema grave e que é função de todos adultos família e escola ficarem atentos para quando essa violência Acontece ao mesmo tempo trabalhar na prevenção e no combate ao bullying não é uma tarefa fácil mas precisamos falar sobre ele e agir Contra isso quando há uma situação difícil
que muitas vezes vai para as redes sociais quais são as melhores intervenções né aquelas que a gente deve fazer a curto médio longo prazo para que eh isso não acabe se tornando algo ainda mais danoso pra comunidade como um todo mas principalmente para as crianças e pros adolescentes envolvidos a primeira coisa é a gente olhar para esses problemas complexos como eh problemas que vão exigir intervenções também complexas é até ingênuo a gente pensar que uma situação de Cyber bullying uma situação que foi pra internet que gerou ali um um impacto na convivência a gente vai
resolver com uma conversa porque a gente não vai resolver com uma conversa a gente vai precisar muitas vezes de um plano de ação que tenham ações ali imediatas porque como a gente conversou aqui hoje tudo que vai pra rede social viraliza é compartilhado de uma forma muito rápida Então se a gente tem um aluno de uma escola exposto na rede social a gente vai ter que agir rápido para aquele conteúdo não viralizar Então a primeira ação né de de de tentativa de contenção desse conteúdo é importante mas não é só isso né também é ingênuo
a gente pensar que saiu da rede social isso não vai ter sequência às vezes sai na imprensa né Às vezes o conteúdo já viralizou então a gente vai ter que lidar às vezes os pais já estão lá na porta da escola né exigindo algum tipo de solução de punição a gente pode começar por exemplo pensando que a gente vai ter que conversar com esses alunos ouvi-los Por que que vocês fizeram isso né Qual foi o contexto que isso aconteceu onde vocês viram isso vocês sabem a consequência disso então ouvi ouvir ouvir e comunicar os familiares
desses estudantes às vezes é preciso que a escola Organize uma nota para para soltar né na imprensa pra escola se posicionar dependendo da situação Às vezes a escola vai precisar atender os outros pais que estão preocupados com aquela questão Então vai precisar organizar rodas de conversas com esses familiares para contar Quais são as ações que a escola tem feito né Tem tomado às vezes vai precisar conversar com aquele grupo de alunos uma roda de conversa para refletir sobre a situação de fazer um desafio perigoso de fazer isso dentro da escola de postar na internet então
são várias ações que são articuladas a gente vai precisar conversar com os professores para que eles saibam o que aconteceu para que eles fiquem de olho nas relações e nas situações que podem acontecer depois que essa posição foi pra internet às vezes é o próprio funcionário aquele funcionário que tá no no no pátio né cuidando do intervalo dos alunos que consegue identificar ali uma situação e e conter né então percebeu que tem uma rodinha de alunos eles estão tendo algum tipo de comportamento que não é esperado ou que é diferente ele pode e deve intervir
Então essa comunidade educativa ela precisa ser ela precisa a gente precisa de toda a comunidade educativa quando a gente tem uma uma gestão de crise quando a gente tem uma crise na escola e não é fácil a gente lidar com uma crise mas a gente tem quando a gente faz uma intervenção adequada a gente fortalece a comunidade como fazer formações potentes para uma transformação nessa mudança de convivência para uma convivência ética e para formar indivíduos éticos na sociedade com apoio da escola né dentro da escola só o conhecimento pode transformar né uma realidade a gente
só consegue lidar com o problema a gente só consegue eh solucionar um problema se a gente conhece aquele problema então formar esse educador né esses educadores da escola que envolve equipe gestora professores funcionários é uma forma né da gente melhorar a qualidade do clima escolar então quando a gente forma o gestor o professor para as questões que envolvem a convivência eh a gente mostra que por exemplo numa situação de bullying a gente não vai fazer como a gente faz numa mediação de conflitos Então esse educador já sabe disso tem uma suspeita de um caso de
bullying a gente jamais vai colocar autor e alvo frente a frente para dialogar para tentar restaurar a porque essa não é uma relação de conflito que entrou num desequilíbrio pontual ela é uma relação desigual essa intervenção ela é realizada separadamente porque o bullying ele é um problema grupal o grupo tem exerce um poder ali então quando a gente separa os indivíduos e a gente atua individualmente com o autor fora desse grupo que ele é poderoso que ele tem esse status né de popular e tudo mais a gente eh consegue eh individualizar esse sujeito então numa
situação de bullying que a gente tem esse poder do grupo a gente vai trabalhar separadamente No método de preocupação compartilhada com o autor com o alvo com o autor no sentido de eh reparação das ações que eles têm no sentido de desenvolver a sensibilidade moral no sentido de pensar em formas de se ver como um sujeito de valor atrelada a a atrelado a questões dos valores morais no caso do alvo a gente vai fortalecer esse sujeito para que ele aprenda a enfrentar as situações de uma forma assertiva de que ele inclusive eh eh precisa se
defender dessas situações de violência que ele não pode permitir que ISO aconteça então é um trabalho muito mais no sentido de fortalecer e de expressar sentimentos e a a gente vai precisar trabalhar com os espectadores também aqueles que são mais próximos da situação de violência de forma individual aqueles que às vezes estão participando das agressões então a gente também separa esse sujeito do grupo e vai atuar com eles individualmente mas também com o grupo de espectadores que muitas vezes é uma turma toda e não é que a gente vai expor a situação para essa turma
toda e falar olha o rauzinho sofreu Cyber bullying na internet net a gente vai falar com o coletivo sobre o tema sobre a situação pra gente não colocar uma pessoa que já tá exposta numa situação que ela vai ficar ainda mais exposta que muitas vezes ela vai ser julgada que muitas vezes vão falar o que as pessoas pensam dela então com esse coletivo com a turma a gente trabalha o tema a situação sentimentos de personagem sentimentos de alguém que faz parte de um vídeo que a gente assistiu e não das pessoas envolvidas diretamente na situação
uma outra questão que a Cristine traz que é bem importante é a formação dos próprios alunos porque a convivência ela não pode ser responsabilidade Só dos adultos da escola os adultos da escola precisam sustentar essas questões né de de convivência enfim todas essas intervenções que a gente trouxe aqui mas os alunos eles podem e devem ser formados para atuarem nas situações de conflitos de outros problemas de convivência na identificação de questões mais sérias como Bullying como Cyber Bullying como automutilação uso de drogas eh assédio sexual então os os a equipe de ajuda é um grupo
de alunos que é eleito pelos próprios pares partindo de um critério de confiança e eles são form para identificar no grupo de pares essas situações que envolvem problemas de convivência e eles então levam as questões mais graves para serem tratadas por adultos eles não vão lidar com as situações de automutilação enfim porque isso é muito sério né pra gente pensar num adolescente lidando com isso mas ele vai também eh ter ações de promoção dessa convivência né então fazer com que o ambiente da escola seja um ambiente respeitoso que tenha ali ações positivas que os valores
estejam presentes Então essa é uma das grandes um um dos grandes trabalhos e uma das grandes potências das equipes de ajuda que é uma forma de protagonismo que a gente tem trabalhado aqui no Brasil o Arnaldo Barreto Ele é professor e ele percebe um Claro sinal de vulnerabilidade emocional dos jovens pelos anos e a pergunta que ele faz é se o Bull não é a grosso modo efeito desse tipo de vulnerabilidade emocional do ponto de vista da Psicologia moral né que é essa perspectiva que a gente tá tratando aqui não é uma questão de vulnerabilidade
é uma questão de autoimagem de representações de si da forma como ele se vê e da forma como os outros o vem então o problema do bullying tá justamente nisso tá em jogo a construção de quem eu sou diante dos outros pares que são também tão importantes na Constituição da nossa identidade quanto os adultos então é como se o alvo de bullying ele tivesse uma imagem desvalorizada diante desse outro e aos próprios olhos então quando a gente ouve assim é ai o bullying é dessa geração é mimimi porque essa geração é muito sensível né Eles
não conseguem lidar com os problemas e tudo mais a gente tem duas inferências para fazer quando a gente ouve esse tipo de de fala o bullying sempre existiu desde que o homem é homem a partir do momento que eu tenho interação entre pares pode acontecer o bullying né então a gente tem estudos Claro e e pesquisas que são realizadas a partir da década de 70 mas o bullying sempre existiu e quando a gente ouve né é uma pessoa que passou pela escola e que minimiza essa forma de violência provavelmente ele foi um espectador como a
gente viu na pesquisa Ah é uma coisa que acontece acontece com frequência na minha época todo mundo se zoava né ninguém foi prejudicado por isso então o espectador como ele tá em contato exposto com essa forma de violência o tempo todo ele vira um adulto que acaba olhando para essa situação de com olhar de quem Ah é normal isso é normal faz parte das relações eu te chamar de um apelido você me chamar de um apelido e como a gente viu agora o bullying ele é muito mais complexo do que um apelido ele é muito
mais complexo do que uma provocação Então eu acho que que quando a gente vai olhar para essa forma de violência a gente precisa olhar com com a gravidade né que que esse fenômeno traz quando a gente conhece todas essas características eu queria direcionar na minha fala agora PR pras famílias e nós enquanto pais mães responsáveis nós precisamos conhecer os riscos que os nossos filhos estão sujeitos nesse espaço existe uma falsa ideia dos adultos de que como as crianças e os adolescentes cresceram nessa era digital eles têm as habilidades necessárias para conviver nesse ambiente de forma
respeitosa e segura e isso não é verdade eles têm muitas vezes habilidades tecnológicas técnicas mas habilidades que inclusive só são desenvolvidas quando eles forem maiores ou quando eles crescerem eles ainda não têm então nós precisamos olhar pra internet com a seriedade com a gravidade e com a atenção que esse ambiente exige existem situações ali que muitas vezes a gente nem nós adultos conseguimos lidar imagina uma criança de 8 9 anos então é importante que as famílias né e educadores de forma geral tenham consciência desses riscos e atuem para educar os filhos para que eles saibam
se proteger desses riscos é claro que quanto menor a criança maior a supervisão parental eu não posso permitir que a minha filha de 3 4 anos assista qualquer o que ela quer ali na internet eu preciso saber o conteúdo que ela acessa eu preciso saber que tipo de desenho ela vai assistir que tipo de jogo né que ela vai ter acesso mas conforme eles vão crescendo os nossos filhos têm condições de refletir sobre essas temáticas então é importante a gente ter um espaço de diálogo incorporar a educação eh eh dos nossos filhos incorporar essas temáticas
na educação dos nossos filhos a gente ensina os nossos filhos a não conversarem com pessoas estranhas nas ruas a gente precisa também fazer isso né quando a gente pensa nas relações virtuais inscreva-se no canal do Café Filosófico CPFL no YouTube e siga nossas redes sociais para mais reflexões Às vezes a ação da escola não é suficiente Porque como a gente viu as consequências delas são muitas e muitas vezes pesadas e muitas vezes duram muito tempo então às vezes uma ajuda espe ela é [Música] fundamental
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