O trabalho não precisa ser uma tortura | Roger Koeppl | TEDxSaoPaulo

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TEDx Talks
Roger Koeppl acredita que todos podemos ser mais felizes no nosso trabalho com as licões aprendidas ...
Video Transcript:
a origem da palavra trabalho remete ao latim que vem da palavra tripalium grid três para um de madeira e na antiguidade tripalium significava literalmente tortura era um instrumento de tortura essa é a origem do que nós fazemos um trabalho tortura bem o conceito evoluiu na qualidade média ele foi aprimorado para o conceito de exercer uma atividade fim então você gastar algum esforço você ter 11 é alguma atividade laboral mas geralmente com restrição de liberdade então eram os escravos eram os artesãos camponeses que tinham que trabalhar para sustentar os patrícios e à sociedade em geral o
conceito de trabalho passou por mais uma revolução no renascimento em que tornou se mais próximo daquilo que a gente conhece hoje então esse trabalho importante esse trabalho que a gente pode ser no bc por meio dele é um conceito e do século 14 que veio se desenvolvendo até hoje e essa nova idéia de que o trabalho deve ser uma coisa que a gente goste de fazer o que a gente tem que ser feliz fazendo é tão recente quanto a minha geração se nós dos 20 aos 30 anos perguntarmos para os nossos avós se eles eram
felizes trabalhando provavelmente a gente vai ganhar alguns olhares atravessados do tipo que tem a ver em fim todos nós temos uma relação direta com o trabalho desde quando a gente nasce que já eram geralmente nasce pelas mãos de uma parteira de um médico então a gente se relaciona com o trabalho direto e indiretamente desde que a gente nasce isso é uma coisa intrínseca à vida humana e se é verdade que a gente pode estar neste momento se relacionando com o trabalho de três maneiras distintas a gente pode estar feliz no nosso trabalho a gente pode
estar infeliz com o nosso trabalho de novo o que importa porque trabalho e felicidade são duas coisas diferentes bem nesse caso como estão distribuídas as pessoas engajadas as pessoas dizem cajados do trabalho do mundo né segundo uma pesquisa é da gala feita em mais de 142 países 87% das pessoas no mundo não estão engajados no seu trabalho nove em cada dez pessoas no mundo não estão engajados no seu trabalho e dessas 24% estão literalmente sabotando as empresas em que trabalham elas estão remando contra as empresas entre elas trabalho então um grupo de 10 você vai
pegar aquele um que é a pessoa motivada aquelas duas só querem estragar o negócio e oeste no meio do caminho que vai nos rascunhos churrasco de outro na américa latina não é muito melhor somente 21% das pessoas que trabalham estão ativamente engajadas naquilo que fazem o cenário consegue piorar ainda mais o setor bancário de 93 e 2005 253 pessoas se suicidaram com temas relacionados ao trabalho somente no brasil 253 pessoas tiraram a própria vida com o tema relacionado ao trabalho isso vai desde carga excessiva de trabalho a ociosidade a cobrança de metas que são inatingíveis
relações sociais muito superficiais as chefs muito autoritários esses são todos os temas levantados na pesquisa da fgv que levaram as pessoas a se suicidarem 93 e 2005 no setor bancário mas é verdade não consigo entender o que leva uma pessoa seja motivada porque eu tenho uma relação com o trabalho desde muito jovem né minha mãe sempre foi muito trabalhador e meu pai e todos que me cercavam então o trabalho pra mim sempre foi uma coisa muito importante e eu não conseguia entender como raios uma pessoa fica motivada eu tinha aquela famosa regra de ouro né
não está feliz vaza sai do trabalho que você tá se não faz sentido pra você procure outro lugar eu falava isso em tudo quanto é lugar onde eu ia falar essa questão de vai procurar a felicidade vai procurar o que satisfaz falava isso no ensino técnico falava isso na escola falavam em casa falavam eu trabalhava este problema as pessoas não sabiam elas continuavam reclamando da vida continuavam infelizes nos mesmos lugares em que ela enfim estavam reclamando isso e consumir muito eu me incomodava com isso porque o mundo corporativo com todo seu glamour com jatinho particular
com a capa da revista com o milionário se ou antes dos trinta aquilo pra mim tem um significado tão grande eu ia ser esse cara na minha cabeça era uma questão de tempo pra você e eu adorava o mundo corporativo achava aquilo glamour eu construísse amor e aspas pelo mundo corporativo pela minha carreira eu comecei muito novinho vim com 12 anos vendendo perito na escola era muito bom porque o feto era baixo a procura é grande mas é muito cedo se empreende aprende o mercado regulado não pode competir com cantina e aí você sabe disso
e vai pro outro ramo falar exatamente isso deu certo vou pra automotivo começa a lavar carros nos 14 anos e era apaixonado por carros eu tenho uma enfim adoro gravar carros e tudo mais e eu com 16 anos realizou um sonho dos maiores sonhos da minha vida era ter um carinho na carteira de trabalho eu consegui meu primeiro emprego formal aos 16 anos entrei numa metalúrgica sou daqui da zona norte de são paulo e pra mim trabalhar de novo é uma coisa muito legal e tudo mais e eu com 17 anos entrei na escola técnica
e no mundo das multinacionais em trabalho a empresa suíça e já com 19 anos eu estava mais do que realizado estava trabalhando em uma montadora de automóveis que meu nome inteiro e roger friis verba o que eu gostava de carros eu tinha trabalhado volks wagen enfim encontrar uma empresa que prestava serviço para volkswagen falei poxa questão de tempo vou trabalhar por aí tudo mais tudo ia muito bem eu tava muito jovem com uma carreira já consolidada eu estava com meus 20 para 21 anos como supervisor de engenharia de uma fábrica de motores da fiat em
betim e ganhava bem tinha um carro novo viajava para o exterior saltaram de paraquedas mas também tudo muito legal até que aconteceu um evento que no rio de janeiro como todo início de ano existem as enchentes nem os desmoronamentos só que nesse ano foi mais grave em 2011 916 pessoas morreram e mais de 35 mil ficaram desalojadas e eu não tinha feito nenhum tipo de trabalho voluntário muito enfim sistematicamente na minha vida e minha namorada vez a reportagem do g1 dizendo que belo horizonte estava morando lá na época estava recebendo doações para mandar pro rio
de janeiro vamos lá né levar uma cesta básica pronto eu só vendo gente vai seguir bem na vida fomos lá é e aí a gente foi levar os mantimentos que a gente prometeu e aquela operação da cruz vermelha está uma bagunça eu trabalhava organizando o processo de produção puxa vida tá bagunçado organismo processos vamos organizar essa trabalho da cruz vermelha ea gente passou que era para ser uma simples ida e volta passei todo final de semana junto com minha namorada ajudando a organizar aquela operação da cruz vermelha e foi incrível foi uma operação muito intensa
de mão na massa de pegar coisa do chão arrumar fazer bancadas layouts e tudo mais o que aconteceu na sexta feira eu fazia parte dos 13% na segunda feira era o mais desmotivado funcionário que a fiat já tinha visto eu detestava naquele momento trabalhar com automóveis eu achava que estava prejudicando mundo cada grama de co2 que emite achava que era minha culpa eu falei ferro agora preciso salvar o mundo tudo que era a causa enfim me encantava me sensibiliza vá causa dos idosos crianças a questão do racismo igualdade de gênero eqüidade de gênero tudo isso
me deixava muito paranóico só que aí surge uma lei política nacional de resíduos sólidos no finalzinho de 2010 que falava sobre logística reversa repuxando descrever seu negócio que eu sei fazer trabalhava com logística organização de processos vamos estudar um pouquinho mais sobre essa linha e não demorou muito para eu cair no assunto catadores de materiais recicláveis e quem é esse cara nunca ouvi falar vamos descobrir quem são esses catadores em descobrir que o lixo é um problema que tem um aspecto econômico muito grave são 10 bilhões de reais desperdiçados todos os anos na ferramenta de
resíduos um problema social de um milhão de pessoas que trabalham em condições bem peculiares em arriscadas de trabalho é nessa causa da catação de materiais recicláveis e uma questão ambiental o óbvio né pela quantidade de recursos naturais que são demandadas ilegal tem uma causa bem completinho aí né pra trabalhar só que tem uma coisa que me motiva mais do que a causa propriamente dita os primeiros catadores que eu conversei na rua carroceiros né existe uma motivação que era diferente diferente do que a gente imagina que as pessoas geralmente são tristes coitadinhos e tudo mais mas
vários deles mostravam uma felicidade que estava fazendo que eu não ver no mundo corporativo pra mim era o correto esse cara tem alguma coisa que tem alguma coisa diferente no trabalho dessa pessoa que faz ela ser motivada e isso me incentivou e pesquisando cada vez mais percebi então que muitos desses catadores são organizados sob a forma de cooperativas outra coisa que eu não conhecia não sabia o que era resolvi estudar um pouquinho mais e fui entender que a cooperativa foi um dos movimentos de resposta à revolução industrial assim como o comunismo e do sindicalismo cooperativismo
surgiu como uma resposta enfim o anseio de alguns trabalhadores de se auto organizar em pré venda em escala vender melhor na frente às grandes corporações e indústrias eo cooperativismo que foi em 1844 foi feito o primeiro modelo que deu certo pelos pioneiros de rochdale na inglaterra é um movimento que por mais que no brasil a gente não conhecia muito um dom de pessoas no mundo está diretamente relacionado a uma cooperativa e membro de uma cooperativa um em cada sete pessoas somente as 300 maiores cooperativas do mundo geram 2 trilhões de dólares em receitas ea organização
internacional do trabalho diz que é um dos mais resilientes modelos de negócio época de crise foi legal cooperativa ilegal os catadores são legais a questão do lixo é legal a cooperativa então em uma empresa uma sociedade em que as pessoas vêm antes do capital então o interesse na empresa com fins lucrativos m3 com fins de pessoas baseada em valores valores cooperativos e quando eu li isso pela primeira vez e não é o valor de uma cooperativa é o valor da doutrina cooperativa eu percebi que um monte de problemas com o mundo corporativo mas eu não
conhecia auto-ajuda responsabilidade democracia igualdade equidade solidariedade eram coisas que eu não via no mundo corporativo e de repente se tornou como eu vivi sem isso durante toda a minha carreira de repente se tornou tudo tão obrigatório eu preciso trabalhar nesse modelo é preciso fazer isso aqui dá certo e aí foi uma questão de combinação de peças já tinha causa do lixo dos resíduos dos catadores a questão ambiental tinha experiência no mundo corporativo da eficiência do método mundo corporativo não é de todo ruim tem muitas coisas boas pela que eu aprendi e esse modelo de negócio
que no brasil ele vai meio mal né será que ele não consegue colocar tudo isso junto no pacote foi aí que surgiu a idéia de empreender é o green programa cooperativa que presta diferentes serviços na cadeia de resíduos desde o diagnóstico conscientização coleta seletiva e triagem de resíduos e logística reversa que é o que iniciou toda a história então a gente já tem um caso de sucesso o modelo já estudado para ser replicado é fora da nossa unidade e o que achei que ia ficar triste né porque agora está na base da pirâmide agora a
gente estava sofrendo e tudo mais tive que virar catador e para montar isso chamei várias pessoas que eram muito próximos de mim amigas e um monte de gente entrou nesse bolo tinha catador tinha amigo tinha gente tinha faculdade a gente que a faculdade a dona de casa a gente fundou a cooperativa já começou a trabalhar com condomínios empresariais em são paulo clubes esportivos multinacionais que começou bem pequeno em que iria começar com uma organização gigantesca neco mil metros quadrados 90 catadores começamos em 70 metros quadrados sete catadores e foi crescendo nessas condições a gente já
tinha uma produtividade que era três vezes maior do que as cooperativas que já estavam instrumentalizadas com todos equipamentos ea gente entendeu que isso era o resgate da essência do cooperativismo nosso modelo de negócio bem a gente cresceu o gol com já foi para um outro lugar que a gente novamente construiu a sede da cooperativa e eu me tornei então por que eu chamo de cooperativistas essa minha outra profissão além de catador que a gente percebeu que com isso a gente tinha feito com várias pessoas olhando estudando o modelo que a gente desenhou a gente resolver
um outro problema além da questão do lixo assim como a revolução industrial em 2011 tiveram as ocupações ocupações de wall street o paço enfim no mundo inteiro vários jovens estavam ocupando praças e foi a ocasião de visitar um fórum de economia solidária em que eu estive nessa ocupação de wall street e ouvir de novo várias pessoas insatisfeitas com o modelo capitalista em que nós estávamos ficando ambas negócio tão bom né pra todo mundo capitalismo e ao mesmo tempo ninguém gosta todo mundo quer falar que é 99% 99% e assim como naquela época sindicalismo comunismo e
cooperativismo saíram como respostas vem o filósofo australiano diz não é bem por aí hoje em dia as pessoas entendem trabalho como algo muito maior do que o dinheiro elas acham que aliás podem se sentirem preenchidas né sendo uma das maiores razões satisfação no trabalho não é o dinheiro é autonomia e aí as pessoas não querem mais trabalhar em grandes empresas principalmente os jovens eles querem abrir future startups fazer bolo de casamento - trabalhei em grandes empresas porque nossa senhora trabalhando em grande empresa alguma coisa errada com você não tem propósito que a gente percebeu que
nem todas as profissões encaixam nesse novo anseio nem todo mundo consegue abrir uma startup de será montado bilhões sendo montada avião embraer fez isso mas hoje é grande só monta aviões porque é grande e como é que a gente consegue encaixar tudo isso a gente acha que com as pessoas que têm autonomia quatro coisas que a gente pode fazer para resolver esse dilema que parece um impasse a primeira coisa é reconhecer as pessoas pela função social que elas comprem que é muito além do simples parabéns bom trabalho porque você abriu a porta para mim que
conhecer verdadeiramente as pessoas não tomando como certos modelos de sucesso então o artista se o presidente são pessoas que deram certo a partir do momento em que você diz que essas pessoas deram certo por definição todas as outras deram errado e como você quer um modelo em que 100% das pessoas estão engajadas sendo que 13% deu certo e 87% errado não dá pra conseguir motivação assim a partir do momento que a gente reconhecer o trabalho do catador do porteiro da copeira da enfermeira do professor do gari das profissões mais essenciais à vida humana e por
mais que bill gates tenha dito que elas serão substituídas acho que vai demorar um pouco eu acho que aí a gente vai conseguir ter uma sociedade com menos suicídios e com mais motivação a outra questão é valorizar a participação de todos que estão ao seu lado sejam seus subordinados colaterais ou superiores onde você está trabalhando todos nós somos seres pensantes todos nós temos a capacidade de raciocinar de gerar idéias de emoções e enfim raciocínio para algum fim vamos aproveitar isso vamos desperdiçar e do outro lado se um funcionário não desperdice nenhum uma oportunidade de participação
da caixinha de sugestões amb deposite idéia é um bate papo com o chefe é um email você pode mandar alguém não desperdice a sua capacidade de participação e por último inspire se no modelo cooperativo ele está comprovadamente funcionando no mundo inteiro e vários negócios podem e dessa fonte para melhorar as relações que tem com seus empregados e funcionários nem meu convite que nós tenhamos uma vida com cada vez menos trabalho tripalium torturante e cada vez com mais trabalho cooperativo isso só depende de nós obrigado
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