e hoje eu vou voltar a falar de teoria marxista da dependência especificamente eu quero tentar deixar mais claro como que funciona a lógica centro-periferia no capitalismo eu quero que vocês entendam que na sociedade do capital existe uma dupla dependência sua capitalismo totalizante havendo uma região mais desenvolvida uma centralidade e uma periferia uma região menos desenvolvida quero que vocês entendam que na dinâmica do capital e a estruturalmente a necessidade dessa dependência onde o valor produzido pela totalidade da sociedade do capital se concentra na região central nos capitais mais produtivos onde o capital se acumula para entender
isso vamos entender o seguinte no capitalismo as trocas comerciais organizam o sistema portanto podemos dizer que o capitalismo se estabeleceu com base na expansão da dependência das trocas comerciais outro ponto chave é compreender o estabelecimento do capitalismo como um processo histórico duas coisas aí primeiro as trocas comerciais existem muito antes do capitalismo estamos falando de o clima em que as trocas comerciais organizam o conjunto da sociabilidade e segundo como processo histórico o capitalismo não aparece em todos os lugares ao mesmo tempo e na mesma forma portanto precisamos compreender como algumas possibilidades passaram a se organizar
a partir das trocas e porque essas sociedades se tornaram dominantes bom o capitalismo é a mais especializada das sociabilidades originadas a partir da lógica da propriedade privada dos meios de produção e toda a sociedade assim organizada é uma sociedade de classes antagônicas que se sustenta a partir do domínio do uso da força pela classe dominante o que estabelece esse domínio é tão controle sobre os recursos e fez e necessários para a manutenção e reprodução da vida material desse modo a sociedade de classe evoluíram se especializando em manter a sua estrutura e o controle exercido foi
deixando a dependência da força que essa sociabilidade tem cada vez mais mistificada primeiro pela institucionalidade vigente e depois pela ideologia o mercado é uma dessas construções derivadas da sociedade de classe e resistir quando a trocas comerciais essas que dependem da existência do estado para garantir com a sua força a propriedade privada então nesse sentido o mercado neste fica força e é o garantidor da estabilidade relativa e na sociedade de classe o capitalismo como o mais especializado dos sistemas baseados na propriedade privada como a evolução de sistemas é um mais dependente da mistificação do mercado e
é o sistema mais dependente das trocas como vem dizendo é o sistema onde as trocas organizam a estrutura da sociedade o valor em uma sociedade e aquilo que materializa uma utilidade social algo valorado coletivamente e isso se estabelece em função da conjuntura da sociabilidade estabelecida e no capitalismo o valor ele é visto na troca lá ele é normalizado identificado quantificado e transferido no capitalismo a dinâmica das trocas determina a distribuição oi flor essa dinâmica é condicionada pela produção ou seja pela adição de valor novo a sociedade e essa por sua vez é determinada pela estrutura
de classes isso significa que o capital o valor que se valora o valor sob o controle de classe em sua forma material e termina a dinâmica das trocas que por sua vez explica a fatia dada a cada um na sociedade do capital isso significa tu comércio destino o valor e assim como na sociedade onde valor é acumulado pelo capital entre regiões capitalistas distintas o capital também se concentra criando a mesma estrutura desigual e a questão é por que isso acontece se as trocas comerciais organizam o sistema esse de las o ivo lucro o acúmulo de
valor na forma capital na mão da classe dominante as coisas passam a ser produzidas para garantir essa dinâmica se vocês entenderam que eu acabei de dizer mantém o controle de determinado grupo sobre a materialidade necessária à vida o que significa manter esse grupo como classe dominante ou seja a classe dominante controla a produção de mercadorias que são os objetos das trocas que organizam a sociedade nas trocas a competitividade da mercadoria é fundamental a tipicidade da mercadoria é fundamental o valor de uma mercadoria é produto do trabalho que a produziu a magnitude desse valor deriva do
tempo acumulado a sua totalidade para garantir a existência do produto e da valoração dada pelo paradigma social pelo nível de necessidade escassez da mercadoria em relação à média das produtividades de cada setor da economia isso quer dizer que o valor não é objetivo mas é objetivada no trabalho mas não qualquer trabalho trabalho na produção de mercadorias trabalho abstrato ou seja aquele condicionado ao capital a produção de mais valor assim concluímos na sociedade capitalista é o capital o responsável pela produção de mercadorias e se o capital é representado pela materialização do valor devemos compreender que ele
é composto o capital em determinado momento o ciclo aparece na forma dinheiro porém na esfera da produção ele precisa assumir uma outra forma para que possa se reproduzir assim ele se transforma em capital fixo máquinas equipamentos e instalações insumos etc e capital variável ou seja na força de trabalho humano que vai transformar a materialidade a fim de impregnada nela valor torná-la mais valor ada perante a sociedade presente assim fica claro que somente o capital variável a dita valor novo a sociedade capitalista ele amplia o valor existente por outro lado esse valor só se realiza quando
o capitalista troca a mercadoria no mercado e para isso e ele enfrenta a concorrência isso leva a um permanente implemento de inovação e aumento da produtividade ele precisa produzir mais melhor e quanto mais inovador ele for mais vantagem esses ganhos de produtividade se transformam em super lucro ou seja o capitalista ganha da média que forma os preços ele acaba transferindo pra se o valor produzido nos capitais menos produtivos essa lógica faz o capitalista se especializar em todos os sentidos ele aumenta o tempo de trabalho para produzir mais mas também precisa produzir mais no mesmo tempo
educação aumenta a produtividade é mas também demanda tempo e ainda assim sem materialidade é um ganho altamente limitado o que significa dizer que os constantes aumentos de produtividade são ocasionados pela especialização do capital constante que se observa através do aumento da participação na composição orgânica do capital que formada pela soma do capital constante e do capital variável no processo de valoração do valor isso cria a seguinte situação somente o capital variável a dita valor novo a sociedade e quanto mais especializado e mais concentrado o capital menor a participação do capital variável em sua composição orgânica
isso significa que os capitais de maior magnitude são aqueles que agitam menos valor novo na sociedade isso leva o e pergunta se isso é verdade porque o capital continua se concentrando porque acontece uma transferência do valor produzido nos capitais menos produtivos para os capitais mais produtivos ok massa e como isso ocorre pela simples relação existente entre capitais mais produtivos e capitais menos produtivos no mercado o valor se equaliza se normaliza e se estabiliza frente a cesta de produtos oferecidos pela economia de modo que quando aparece na forma preço de produção faz as capitais ficarem com
a maior parte do valor novo a ditado a sociedade eles têm um curso de trabalho humano menor para é um produto que vai ter o mesmo preço de um produto produzido como um custo de trabalho humano maior nos capitais menos produtivos de modo que quanto mais cresce mais o capital se especializa ou seja mais produtivo fica de um lado e ao mesmo tempo mantém sempre menos produtivo outro lado isso quer dizer que na sua dinâmica de expansão e especialização o capital depende da apropriação do valor produzido em sua periferia em sua zona menos produtivo e
mais você estão entendendo ele depende que exista uma zona menos produtiva isso se reflete em concentração de cada vez mais capital em regiões é mais específicas e cada vez mais trabalho não especializado numa zona periférica cada vez maior e cada vez mais pobre só vamos entender uma coisa essa pobreza é relativa a riqueza da centralidade a diferença entre ricos e pobres e cada vez maior havendo cada vez menos ricos e cada vez mais ricos em proporção à totalidade da população e havendo também por outro lado um aumento da massa pobre por isso desde o princípio
as sociedades que se especializaram nas trocas contam com uma dinâmica centro-periferia o sucesso de regiões desenvolvidas depende de sua relação com regiões subdesenvolvidas e tal divisão se deu pela natureza da especialização do trabalho hein e dá uma dessas regiões a centralidade se desenvolveu produzindo mercadorias que levam a rendimentos crescentes ou seja investir em inovação em ganhos crescentes de escala e de escopo criando cadeias produtivas complexos e diversificadas que produzem produtos que criam a própria demanda tais produtos se baseia essencialmente no aumento da participação do capital constante na composição orgânica do capital ou seja na evolução
da tecnologia na mecanização a existência dessas mercadorias criar sinergias entre as diferentes artes que aumentam mais rapidamente a produtividade geram portanto mais lucros e como dependem de conhecimento técnico e acúmulo de capital estabelece em barreiras à entrada e os novos concorrentes formam monopólios enquanto nos capitais menos produtivos a especialização na produção de produtos de rendimentos decrescentes onde os lucros não vem do ganho de especialização ou produtividade e sim do ganho de escala do aumento do tempo de trabalho nesses casos a mão-de-obra não especializada porque os ganhos são sazonais a produtividade derruba o preço produtos não
criam a própria demanda a diversificação da lugar a monocultura e o capital se reproduz e se concentra localmente mais brutalmente isso acontece porque a transferência estrutural do valor deixa essas regiões que produzem esse tipo de mercadorias como um todo e não precisa fazendo como único recurso do capitalista que atua nessas regiões a superexploração da força de trabalho e os ganhos de crescentes impedem o repasse do aumento de produtividade para os salários desses lugares o que condena essas economias ao subdesenvolvimento porque nunca existe massa salarial nunca existe renda e portanto a demanda sempre é muito deprimida
e vejam os capitalistas dessas regiões pobres também lucram com essa dinâmica eles mantêm a sua situação de classe dominante de modo que não é necessário para eles alterar essa situação de subdesenvolvimento e isso minha gente aparece concretamente na prática e com a existência de países especializados na produção de produtos high-tech e de outros que só conseguem exportar para é o de soja os que suportam máquinas de raio-x são ricos e os que suportam soja são pobres estão mas o que faz uns optarem pelo desenvolvimento e outros não bom aí são vários fatores no primeiro momento
as condições geográficas aqueles países que se desenvolveram onde as condições para sobreviver a partir da agricultura são muito difíceis e que tem uma estrutura de classes em suas possibilidade tendem a ter maior desenvolvimento porém o fator mais determinante nessa divisão internacional do trabalho é um fator político a força da dinâmica da luta de classes ao longo do tempo que o motor de transformação da sociedade de classe ou seja como a sociedade capitalista não se formou ao mesmo tempo em todos os lugares a dinâmica da luta de classes na sociedade que foram se especializando na troca
de mercadorias acabou impondo a forma de especialização do capital em cada região já que uma região depende da outra uma vez que o capitalismo só pode ser compreendido bem em sua totalidade vão gente era isso hoje espero que vocês tenham gostado eu vou indicar como referência do que eu disse aqui principalmente o texto de ruy mauro marini dialética da dependência que infelizmente eu não tenho na versão impressa indicar esse aqui ó que é uma reunião de textos que a boitempo publicou com o título de padrão de reprodução do capital vou indicar esse clássico aqui do
teotônio dos santos a dependência e vou finalizar indicando esse aqui como os países ricos ficaram ricos e por que os países pobres continuam pobres do eric rhayner que não é um marxista mas esse texto aqui é um texto bastante fácil de compreender como que países que se especializam em produtos mais a i-tec e digo nomes mais sinérgicas mais complexas e diversificadas são países ricos e como que países que se especializam em agricultura commodities são na verdade países pobres se você gostou do vídeo curte compartilha com os seus amigos se inscreve aqui no canal e clica
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