uma pequena mendiga salvou um Milionário de um acidente de carro quando o milionário perguntou para a menina o que ela queria como Retribuição a resposta da menina fez o milionário chorar desesperadamente deixe o like para continuar acompanhando os próximos vídeos e não esqueça de se inscrever no canal para receber mais histórias incríveis como essa as manhãs de Mariana começavam cedo quase ao mesmo tempo que o sol despontava entre os prédios da cidade grande a menina de apenas 8 anos fazia do pequeno espaço em frente a uma padaria sua área de trabalho sentada no chão frio
com uma latinha enferrujada ao lado ela observava os passos apressados de quem entrava e saía do estabelecimento Sempre esperando por um gesto de bondade que quase nunca vinha seus olhos grandes que deveriam brilhar com a inocência de uma criança estavam cheios de cansaço e um vazio que parecia mais pesado do que ela podia carregar os rostos passavam em uma espécie de desfile monótono homens engravatados olhando para o celular mulheres equilibrando bolsas e copos de café jovens com fones de ouvido mergulhados em suas próprias vidas ninguém parava ninguém olhava Mariana já estava acostumada com isso o
tempo parecia arrastar-se naquele pequeno canto da calçada até que de repente algo quebrou a rotina Eduardo dirigia em alta velocidade por aquela mesma rua ele estava atrasado para uma reunião com investidores importantes o tipo de compromisso que para ele era Vital no banco de trás de seu carro importado repousavam documentos pastas organizadas e um relógio de luxo que ele havia tirado do pulso para não se distrair com o tic-tac Eduardo era o retrato de alguém que tinha tudo sucesso dinheiro respeito mas no fundo sua vida não era tão Impecável quanto parecia mesmo cercado por vivia
sufocado por compromissos e metas inalcançáveis sempre com a sensação de que apesar de tudo algo faltava no cruzamento onde Mariana estava a situação comum da manhã tornou-se caótica em segundos um caminhão desgovernado apareceu no horizonte descendo a rua em alta velocidade a buzina ecoava desesperadamente enquanto o motorista gesticulava na tentativa de alertar os outros Eduardo distraído ao volante não percebeu perigo imediato ele avançava pelo cruzamento alheio ao caos que se aproximava Mariana no entanto viu tudo o coração da menina disparou Ela não pensou duas vezes gritou com toda a força que seus pulmões permitiram cuidado
Eduardo ouviu o grito agudo e instintivamente pisou no freio o carro derrapou os pneus cantaram e o veículo parou a centímetros de ser atingido pelo caminhão a cena foi tão rápida e intensa que o silêncio que que veio depois parecia surreal o caminhão passou batendo contra um poste mais adiante mas o impacto principal havia sido evitado Eduardo permaneceu no carro por alguns segundos tentando entender o que havia acabado de acontecer Seu Coração batia acelerado quando finalmente abriu a porta seus olhos foram direto para Mariana que estava parada no meio da calçada ainda ofegante Eduardo não
sabia o que dizer ele viu a menina franzina com as roupas rasg e o rosto sujo mas com um olhar firme e decidido que parecia Muito Mais maduro do que sua idade aproximou-se dela ainda sem acreditar que aquela Pequena Garota havia salvado sua vida Foi Você Quem gritou ele perguntou quase sem voz Mariana apenas assentiu tímida mas sem desviar o olhar Eduardo se abaixou para ficar na altura dela sentindo um misto de gratidão e vergonha gratidão por estar vivo e vergonha por nunca ter notado como ela que claramente vivia à margem da sociedade ele sabia
que se não fosse por aquele grito talvez não estivesse ali naquele momento você está bem Eduardo continuou tentando quebrar o silêncio desconfortável tô Mariana respondeu com a voz quase sumida mas ainda firme por um momento Eduardo esqueceu da reunião do relógio do carro tudo parecia insignificante perto do que havia acabado de acontecer ele colocou a mão no bolso tirou um maço de notas e ofereceu à menina aqui pega isso é o mínimo que eu posso fazer Mariana olhou para o dinheiro mas não estendeu a mão Eduardo ficou surpreso ele estava acostumado a resolver problemas com
dinheiro mas a reação dela o desarmou não quero isso ela disse balançando a cabeça então o que você quer me diz eu faço qualquer coisa Mariana respirou fundo como se estivesse prestes a dizer algo que h tempo guardava dentro de si olhou diretamente nos olhos de Eduardo e com a voz firme respondeu quero que o senhor encontre a minha mãe aquela resposta pegou Eduardo completamente de surpresa ele esperava algo simples algo material não sabia o que fazer com aquele pedido por um momento ficou mudo encarando a pequena garota que sem perceber acabava de virar sua
vida de cabeça para baixo o que começara como um dia comum para ambos tornava-se o de algo muito maior do que Eduardo podia imaginar Eduardo ficou paralisado por alguns segundos a resposta de Mariana ecoava em sua mente como se o mundo ao redor tivesse ficado em silêncio eu só quero que o senhor encontre a minha mãe era uma frase tão simples mas carregada de um peso que ele não sabia como carregar ele havia imaginado tudo menos isso pensara que ela pediria comida roupas novas ou até mesmo um lugar para dormir algo que ele poderia resolver
com um telefonema um cheque uma transação bancária mas aquele pedido era diferente era pessoal era profundo Eduardo respirou fundo tentando organizar seus pensamentos Mariana continuava olhando para ele com uma expressão que era ao mesmo tempo esperançosa e desafiadora como se soubesse que sua resposta o colocava contra a parede ele não podia simplesmente virar as costas e seguir seu caminho não depois do que havia acabado de acontecer sua mãe Eduardo perguntou finalmente Quebrando o Silêncio você sabe onde ela está Mariana Balançou a cabeça negativa não faz muito tempo que eu não vejo ela só sei que
ela não queria me deixar aqui ela disse que voltaria mas nunca voltou Eduardo sentiu um aperto no peito a dor na voz da menina era Evidente mesmo que ela tentasse esconder ele se agachou para ficar na mesma altura que ela tentando entender mais Quantos anos você tinha quando a viu pela última vez ele perguntou tentando ser gentil um cinco eu acho Mariana respondeu encolhendo os ombros eu não lembro direito só lembro que ela me abraçou e disse que ia resolver as coisas depois me deixou num lugar com um monte de crianças e foi embora Eduardo
ficou ainda mais incomodado não sabia o que era pior o fato de uma criança tão pequena ter sido abandonada ou a sensação de que havia muito mais naquela história do que ela estava contando Ele olhou ao redor como se buscasse uma solução mágica para o que acabara de ouvir e você tem alguma ideia de onde ela pode estar insistiu Tentando ganhar tempo Mariana pegou uma pequena sacola que carregava e tirou de dentro uma foto amassada era uma imagem de uma mulher jovem com cabelos longos e um sorriso suave apesar do desgaste da foto Eduardo podia
ver claramente o olhar determinado da mulher ele pegou a foto com cuidado sentindo um peso enorme em suas mãos ela se chama Clara Mariana disse como se o nome fosse a chave para tudo é a única coisa que eu tenho dela Eduardo observou a foto por alguns segundos antes de devolvê-la à menina ele sabia que não poderia simplesmente ignorar aquele pedido mas ao mesmo tempo não fazia ideia de como começar Olha Mariana ele começou escolhendo as palavras com cuidado eu vou fazer o que puder para te ajudar mas encontrar alguém assim pode levar tempo entende
eu espero Mariana respondeu sem hesitar eu espero o tempo que for o olhar de determinação da menina mexeu com Eduardo ele não sabia o que era mas algo dentro de si dizia que ele não podia falhar com ela tudo bem ele disse finalmente vamos começar ele pegou o celular e ligou para sua assistente Ana pedindo que ela viesse até o local onde ele estava Ana era conhecida por por sua eficiência e por resolver problemas rapidamente mas ele sabia que essa tarefa seria um desafio até mesmo para ela quando Ana chegou foi recebida por uma cena
que ela não esperava Eduardo geralmente Impecável e sério estava sentado na calçada ao lado de uma menina que claramente vivia nas ruas ele se levantou ao vê-la e explicou a situação enquanto Mariana observava tudo em silêncio você quer que eu encontre a mãe dela Ana perguntou depois de ouvir a história sim Ana quero que você comece agora mesmo use todos os recursos que precisar Ana olhou para Mariana e depois para Eduardo ela sabia que seu chefe não era o tipo de pessoa que se envolvia em situações emocionais então aquilo a Pegou de surpresa mas como
sempre ela aceitou o desafio certo vamos começar com o básico Ana tirou um tablet da bolsa e começou a fazer anotações Mariana você lembra de onde era esse lugar com crianças era grande e tinha umas camas eu acho que era um abrigo Mariana respondeu com a voz baixa e você se lembra do nome algum detalhe que possa ajudar Mariana pensou por um momento antes de balançar a cabeça não só lembro que tinha uma mulher que me dava comida Ana suspirou Mas continuou anotando ela sabia que seria uma busca complicada mas também sabia que Eduardo não
aceitaria desculpas enquanto isso Eduardo olhava para a foto de Clara novamente algo naquela imagem o incomodava como se ele já tivesse visto aquele rosto antes mas ele não conseguia lembrar de onde ele decidiu guardar a foto no bolso prometendo a si mesmo que não descansaria até encontrar respostas Eles colocaram Mariana no carro e Eduardo pediu a Ana que a levasse a um restaurante próximo ela precisa comer alguma coisa antes de começarmos ele disse Mariana pela primeira vez parecia relaxada ela olhou para Eduardo e disse com um sorriso tímido Obrigada moço Meu nome é Eduardo Ele
respondeu sorrindo de volta e você não precisa agradecer enquanto o carro se afastava Eduardo ficou parado na calçada sentindo o peso daquela nova missão ele sabia que sua vida nunca mais seria a mesma e embora não entendesse completamente porquê ele estava disposto a seguir até o fim Eduardo estacionou em frente a um pequeno restaurante de e acolhedor o tipo de lugar que el não costuma frequentar mas que par adequado para ocasião Mariana olou para estabelecimento Umo de curiosidade e hita como não certeza seia entrar perv no olar da menina eoo AB para vamos vocêis comer
alguma coisa antes de começarmos a conversar disse Eduardo tentando suar acolhedor o ambiente interno tinha um cheiro reconfortante de comida caseira mesas simples estavam espalhadas pelo salão e o som de conversas baixas se misturava ao barulho de pratos sendo arrumados Eduardo escolheu uma mesa no canto longe do movimento principal para garantir privacidade Mariana sentou-se com cuidado como se estivesse pisando em território desconhecido Eduardo chamou a garçonete e pediu algo que fosse simples e nutritivo sem se importar com o c pode trazer o prato do dia para ela e um café para mim por favor pediu
entregando o cardápio de volta Mariana ficou em silêncio observando cada movimento ao seu redor era evidente que aquele tipo de ambiente era uma novidade para ela quando a comida chegou ela começou a comer devagar mas com uma fome que Eduardo percebeu ser constante em sua vida ele esperou pacientemente permitindo que ela se sentisse à vontade antes de começar a perguntar quando o prato estava quase vazio ele iniciou a conversa então Mariana quero entender melhor o que aconteceu Você lembra de algo que possa nos ajudar a encontrar sua mãe pode ser qualquer coisa mesmo que pareça
pequeno ou sem importância pode ser útil Mariana colocou o garfo no prato pensativa parecia estar buscando em sua memória fragmentos de um passado que claramente não era fácil de acessar Eu lembro que a gente morava em um lugar pequeno mas não sei onde era minha mãe mãe sempre dizia que ia ser só nós duas que não precisava de mais ninguém ela trabalhava muito saía cedo e voltava tarde mas sempre me abraçava antes de dormir um dia ela disse que tinha algo para resolver e que precisava me deixar em um lugar seguro eu fiquei num abrigo
mas achei que ia ser só por uns dias a voz de Mariana começou a falhar e ela desviou o olhar para a mesa Eduardo sentiu um nó na garganta mas Manteve o Tom calmo para não assustá-la e depois disso você nunca mais viu Ela perguntou com cuidado não fiquei esperando primeiro por dias depois semanas mas ela nunca voltou uma das mulheres do Abrigo disse que talvez ela tivesse ido embora para sempre eu não acreditei ela não faria isso comigo Eduardo assentiu absorvendo aquelas palavras como peças soltas de um quebra-cabeça complexo ele sabia que precisava de
mais informações mas não queria pressionar Mariana decidiu que era hora de envolver Ana na conversa Mariana vou pedir ajuda a Ana ela é minha assistente e é muito boa em encontrar informações a gente vai fazer o possível para encontrar sua mãe mas eu preciso que você confie na gente pode ser a menina hesitou por um momento mas finalmente assentiu Eduardo pegou o telefone e ligou para a Ana pedindo que ela se encontrasse com eles no restaurante enquanto esperavam ele tentou mudar o tom da conversa perguntando coisas leves sobre Mariana como o que ela gostava de
fazer ou se tinha amigos aos poucos ela foi relaxando mas Eduardo notou que sempre havia uma sombra de tristeza em suas respostas um peso difícil de ignorar quando Ana chegou trazia consigo seu habitual ar de praticidade ela cumprimentou Eduardo com um aceno e olhou para Mariana com curiosidade mas sem julgamento Então me conta o que estamos procurando disse sentando-se à mesa e abrindo o seu tablet Eduardo recapitula enquanto Mariana ouvia em silêncio quando ele terminou Ana começou a fazer perguntas diretas à menina tentando extrair informações que pudessem ser úteis você lembra o nome do Abrigo
onde ficou perguntou Ana digitando em seu tablet enquanto falava não só lembro que tinha muitas camas e uma mulher chamada Joana que cuidava da gente e você sabe se era perto de onde você mor antes algum lugar familiar acho que era longe a gente pegou um ônibus e Demorou muito para chegar Ana fez anotações rápidas balançando a cabeça de leve Eduardo observava a interação com atenção admirando a maneira como Ana conseguia lidar com Mariana sem intimidá-la após alguns minutos de conversa Ana concluiu vamos começar procurando por abrigos que estavam em funcionamento há 3 anos e
tinham alguém chamado Joana na equipe vai ser fácil mas é um ponto de partida Eduardo sentiu um misto de alívio e ansiedade ele sabia que a busca seria complicada mas pelo menos tinham dado o primeiro passo obrigado Ana quero que você coloque isso como prioridade máxima use todos os recursos necessários Claro Eduardo Mas saiba que essas coisas podem levar tempo só Não crie expectativas altas demais respondeu Ana em um tom profissional mas com uma pitada de sinade depois que Ana saiu para começar as investigações Eduardo voltou sua atenção para Mariana ele sabia que ela estava
esperando resultados imediatos mas também sabia que a realidade não seria tão simples Mariana vamos fazer o possível para encontrar sua mãe mas pode demorar um pouco enquanto isso você vai ficar comigo tudo bem os olhos de Mariana se arregalaram como se ela não acreditasse no que estava ouvindo com você ela contou desconfiada sim não faz sentido você ficar sozinha nas ruas enquanto a gente procura por ela vou arranjar um lugar para você ficar confortável e segura Mariana pensou por um momento antes de responder tá bom mas eu não quero ser um problema Eduardo sorriu tocado
pela maturidade dela você não é um problema Mariana é uma promessa que eu vou cumprir enquanto ele saíam do restaurante Eduardo sentiu uma mudança em si mesmo algo na determinação daquela a menina o fazia querer ser alguém melhor alguém que ele mal reconhecia em meio à sua vida cheia de responsabilidade superficiais e pela primeira vez em muito tempo ele se sentiu parte de algo verdadeiramente importante Ana Voltou ao escritório de Eduardo dois dias depois com notícias importantes havia conseguido localizar o abrigo mencionado por Mariana ela entrou na sala com passos rápidos como sempre fazia segurando
uma pasta cheia de anotações Eduardo estava no telefone mas interrompeu a ligação assim que viu o rosto sério da assistente Mariana estava sentada em uma poltrona próxima brincando com um copo de suco sem perceber o impacto que aquela visita traria encontramos o abrigo anunciou Ana colocando a pasta sobre a mesa de Eduardo fica na periferia da cidade já entrei em contato com os responsáveis e eles disseram que se lembram de uma menina chamada Mari para a frente visivelmente interessado e o que eles disseram eles sabem algo sobre a mãe dela perguntou enquanto Mariana levantava o
olhar atenta à conversa Ana respirou fundo Como se quisesse escolher bem as palavras antes de continuar eles lembram de uma mulher que deixou Mariana lá há alguns anos mas não sabem muitos detalhes só disseram que ela parecia desesperada e que não explicou muito apenas deixou a menina e foi embora Mariana que havia hava permanecido em silêncio até então colocou o copo de lado e perguntou com uma voz hesitante Eles falaram alguma coisa sobre a minha mãe algum nome alguma coisa Ana olhou para ela com empatia disseram que ela se chamava Clara mas acredito que você
já sabia disso não tinham mais informações só que parecia estar passando por alguma dificuldade Eduardo franziu a testa absorvendo as informações havia algo naquela história que o incomodava pro profundamente como uma sensação estranha de familiaridade ele não conseguia colocar o dedo no que era mas parecia que aquelas peças estavam conectadas a algo em seu próprio passado vamos até o abrigo disse Eduardo decidindo na hora quero falar com essas pessoas pessoalmente Mariana abriu um sorriso tímido uma mistura de esperança e ansiedade Eduardo olhou para Ana que imediatamente entendeu o recado e Começou a organizar a visita
no caminho para o abr o silci no carro era preenchido apenas pelo som do motor Mariana olhava pela janela enquanto Eduardo tentava organizar seus pensamentos Ele olhou para a menina no banco de trás percebendo o quanto ela parecia vulnerável e ao mesmo tempo resiliente está tudo bem ele perguntou Quebrando o Silêncio estou nervosa admitiu Mariana sem tirar os olhos da janela e se eles não souberem de nada Eduardo tentou tranquilizá-la mesmo que não saibam de tudo cada detalhe é importante vamos descobrir mais cedo ou mais tarde eu prometo chegaram ao abrigo no final da tarde
o prédio era simples com paredes desgastadas e um pequeno Jardim na entrada uma mulher de meia idade com um sorriso caloroso os recebeu na porta vocês devem ser Eduardo e Mariana disse a mulher apertando a mão de ambos meu nome é Joana fui uma das responsáveis pelo abrigo na época Mariana ava com atenção tentando encontrar alguma lembrança em seu rosto Joana parecia genuinamente emocionada ao vê-la Você cresceu bastante menina ainda me lembro de quando chegou aqui disse Joana conduzindo-os para dentro eles se sentaram em uma sala simples com móveis antigos mas bem cuidados Joana começou
a contar o que lembrava sua mãe era uma mulher forte mas estava enfrentando algo muito difícil ela chegou aqui numa noite dizendo que precisava deixar você em um lugar seguro não quis entrar em detalhes mas parecia ter medo de alguma coisa Eduardo interrompeu intrigado medo Ela mencionou alguma coisa ou alguém algum motivo específico Joana Balançou a cabeça não só disse que precisava resolver algo urgente foi tudo muito rápido ela ficou alguns minutos beijou Mariana na testa e foi embora Mariana ouvia tudo com atenção segurando as mãos para conter o nervosismo e depois disso ela voltou
tentou entrar em contato perguntou Eduardo não nunca mais tivemos notícias dela respondeu Joana com um tom triste Mariana ficou aqui por algumas semanas mas depois fugiu não sabemos o que aconteceu depois Eduardo sentiu um peso no peito ao ouvir isso Ele olhou para Mariana que parecia estar lutando para segurar as lágrimas Mariana você lembra de alguma coisa que sua mãe disse naquela noite algo que possa ajudar perguntou Eduardo com a voz Gentil Mariana fechou os olhos por um momento tentando se lembrar só lembro que ela disse que me amava e que ia voltar ela prometeu
que ia voltar a sala ficou em silêncio Eduardo olhou para Joana que parecia tão desolada quanto eles Você tem algum registro alguma ficha de quando ela esteve aqui perguntou Eduardo determinado a seguir qualquer pista Joana se levantou e saiu da sala voltando alguns minutos depois com uma pasta antiga aqui está o registro da entrada dela não tem muita coisa mas é o que temos Eduardo abriu a pasta e começou a examinar os documentos havia pouca informação mas um detalhe chamou sua atenção o endereço que Clara havia fornecido na época ele o anotou rapidamente e agradeceu
a Joana antes de sair de volta ao carro Eduardo sentiu que estavam mais perto de alguma resposta Ele olhou para Mariana que estava visivelmente mais esperançosa vamos a esse endereço amanhã disse ele tentando transmitir confiança Pode ser que encontremos algo lá Mariana assentiu segurando a foto da mãe como se fosse um tesouro Eduardo por sua vez sentia que aquela busca estava se tornando mais importante do que ele poderia imaginar havia algo nessa história que parecia muito maior do que apenas encontrar Clara e ele estava determinado a descobrir o que era Ana estava sentada à sua
mesa cercada por papéis arquivos digitais e uma xícara de café que já esfriara há horas ela havia mergulhado profundamente nas investigações sobre Clara determinada a seguir cada pista por menor que fosse a cada documento revisado a sensação de que havia algo estranho nessa história Só aumentava a rotina de Ana era intensa mas este caso era diferente havia um peso emocional que não podia ignorar ainda mais depo de ver o impacto que Mariana tinha causado em Eduardo quando encontrou um arquivo que a fez parar por um instante o coração disparou era um registro de trabalho doméstico
de anos atrás em uma das propriedades antigas de Eduardo Clara a mãe de Mariana estava listada como empregada naquela época Ana esfregou os olhos e releu o documento várias vezes para se certificar a coincidência era grande demais para ser ignorada ela imprimiu o regro e levou imediatamente para Eduardo ao chegar ao escritório encontrou Eduardo com Mariana em uma reunião informal discutindo os planos para visitar o endereço que haviam conseguido no abrigo Eduardo parecia mais envolvido do que nunca e Mariana ainda tímida estava começando a se abrir mais com ele Eduardo acho que temos algo importante
Ana interrompeu entrando na sala com a pasta nas mãos Eduardo olhou para ela intrigado enquanto Mariana a observa em silêncio o que foi perguntou Eduardo indicando que Ana se sentasse Ana colocou os papéis sobre a mesa e a explicar durante investig Eni alg nos regos de trabal de uma de suas propriedades antigas Clara a mãe de Mariana TR como empregada doméstica lguns anos ISO foi antes de ela desaparecer e antes de deixar Mariana no abrigo Eduardo arregalou os olhos surpreso ele pegou os papéis e os examinou cuidadosamente isso isso não faz sentido eu não me
lembro de uma clara trabalhando para mim disse ele enquanto Mariana o observava atentamente tentando entender o que aquilo significava Pode ser que ela tenha trabalhado em uma das casas que você não visitava com frequência ou talvez ela tenha saído antes de você notar sugeriu Ana tentando trazer clareza à situação Eduardo ficou em silêncio por alguns momentos perdido em pensamentos ele sabia que tinha dezenas de funcionários em suas várias propriedades e que era impossível Lembrar de todos mas algo naquela descoberta o incomodava profundamente Mariana você sabia que sua mãe trabalhou para mim perguntou Eduardo virando-se para
a menina ela Balançou a cabeça não Ela nunca falou sobre isso só dizia que trabalhava muito para cuidar de mim Ana continuou a questão é por que ela nunca mencionou isso e mais importante por ela deixou Mariana Em um abrigo em vez de procurar ajuda em um lugar onde tinha conexões mesmo que fossem de trabalho a sala ficou em silêncio enquanto todos processavam aquelas perguntas Mariana parecia confusa Eduardo intrigado e Ana focada em encontrar respostas Ana veja se consegue localizar alguém que trabalhou naquela mesma época talvez eles possam nos dar mais informações sobre Clara e
o que aconteceu com ela pediu Eduardo voltando a se concentrar Ana assentiu e saiu da sala para continuar as investigações Eduardo olhou para Mariana que estava claramente tentando entender o que tudo aquilo significava isso pode nos ajudar a encontrar sua mãe disse ele com um tom tranquilizador vamos descobrir o que aconteceu eu prometo Mariana assentiu mas havia algo em seu olhar que mostrava que ela estava começando a perceber que essa busca era mais complic do que parecia naquela noite Eduardo não conseguiu dormir a revelação de Ana trouxe à tona memórias vagas de seus anos anteriores
quando sua carreira estava em plena ascensão e ele mal tinha tempo para prestar atenção nas pessoas ao seu redor ele começou a se perguntar se de alguma forma poderia ter ignorado sinais importantes que agora poderiam explicar o desaparecimento de Clara no dia seguinte Ana retornou com novas informações ela havia localizado Júlio um antigo caseiro que trabalhava na mesma propriedade onde Clara esteve empregada Eduardo não perdeu tempo e marcou um encontro com Júlio imediatamente ao chegarem à casa modesta do ex-cirurgião como posso ajudar perguntou Júlio enquanto os conduzia para sua sal de estar Eduardo explicou a
situação mostrando a foto de clara que Mariana carregava Você se lembra dela trabalhou na mesma época que você Júlio pegou a foto e examinou com cuidado Ah sim me lembro dela Clara era uma boa pessoa mas tinha algo que não batia ela parecia sempre preocupada como se estivesse com medo de alguma coisa nunca falava muito sobre a vida pessoal Eduardo trocou um olhar com Ana intrigado medo de quê você sabe se havia algo ou alguém que a preocupava perguntou Eduardo nunca disse diretamente mas Eu suspeitava que tinha a ver com um homem que vinha visitá-la
de vez em quando ele não trabalhava lá mas aparecia nas noites em que você não estava na casa Clara nunca falou sobre ele mas eu via os dois discutindo Às vezes a revelação fez Eduardo se recostar na cadeira absorvendo o que acabara de ouvir Mariana observava em silêncio tentando processar tudo esse homem Você sabe quem ele era insistiu Eduardo Júlio Balançou a cabeça não sei o nome mas ele tinha um jeito estranho parecia ser alguém importante pelo jeito que falava mas não era uma boa pessoa sempre deixava Clara nervosa Ana tomou nota de tudo enquanto
Eduardo sentia que as peças começavam a se encaixar mas ainda faltava muito para compreender o quadro completo Júlio Você se lembra de mais alguma coisa que possa nos ajudar qualquer detalhe perguntou Ana tentando extrair o máximo possível só lembro que pouco antes de ela sair do emprego Clara ficou ainda mais quieta depois um dia ela simplesmente foi embora e não voltou mais nunca disse para onde ia Eduardo agradeceu Júlio pela ajuda mas saiu da casa com mais perguntas do que respostas ele sabia que a chave para encontrar Clara estava naquele homem misterioso mas não fazia
ideia de por onde começar a procurá-lo no caminho de volta Eduardo olhou para Mariana que segurava a foto da mãe com mais força do que nunca vamos encontrá-la Mariana prometo que não vamos desistir disse ele com firmeza a menina assentiu mas o silêncio dela dizia mais do que qualquer palavra ela estava esperando há anos por respostas e agora sentia que finalmente estavam mais perto mas a jornada parecia cada vez mais difícil Eduardo por sua vez sabia que estava apenas começando a enfrentar os Fantasmas de seu próprio passado no silêncio do carro enquanto voltavam do encontro
com Júlio Eduardo começou a remexer em memórias que há muito tempo haviam sido enterradas era estranho como Certos detalhes que antes pareciam insignificantes agora ganhavam um peso diferente ele fechou os olhos por um instante tentando visualizar o rosto de Clara Júlio havia confirmado que ela trabalhara em uma de suas propriedades mas Eduardo só conseguia lembrar vagamente de uma funcionária discreta sempre na dela algo não encaixava e a conexão entre Mariana e Clara parecia cada vez mais impossível de ignorar Eduardo Mariana quebrou o silêncio olhando para ele com Curiosidade você acha que minha mãe gostava de
trabalhar para você a pergunta pegou Eduardo de surpresa ele hesitou antes de responder buscando as palavras certas não sei Mariana eu tinha muitos funcionários na época acho que ela era muito reservada porque para ser honesto eu mal me lembro dela mas isso não significa que ela não era boa no que fazia Mariana pareceu satisfeita com a resposta mas Eduardo sentiu que devia mais a ela Ele olhou para Ana que estava sentada no banco da frente concentrada no tablet Ana precisamos relembrar tudo o que aconteceu naqueles anos quero falar com qualquer pessoa que tenha trabalhado comigo
naquela época alguém deve saber mais sobre Ana assentiu anotando o pedido enquanto Eduardo se perdia em seus próprios pensamentos ele não gostava de admitir mas aquela história estava começando a mexer com ele de um jeito inesperado não era só sobre encontrar clara ou ajudar Mariana era como se ao fazer isso ele estivesse confrontando partes de si mesmo que sempre preferiu ignorar nos dias seguintes Eduardo começou a contatar antigos colegas empregados e até mesmo amigos que frequ suas propriedades ele visitou escritórios fez ligações e pediu favores algo que raramente fazia a busca por informações sobre Clara
parecia cada vez mais complicada mas ele estava determinado durante uma dessas visitas encontrou Luiz um ex-administrador de uma das propriedades Luiz o recebeu com um sorriso surpreso Eduardo há quanto tempo não esperava uma visita sua o que o traz aqui Luiz preciso da sua ajuda estou tentando encontrar informações sobre uma antiga funcionária Clara Ela trabalhou na propriedade do interior há alguns anos você se lra dela Luiz pensou por um momento coçando a cabeça como se tentasse puar algo do fundo da memória Clara Sim eu me lro era uma Moa discreta trabalhadora mas tinha algo diferente
nela sempre parecia preocupada como se carregasse um peso que ninguém mais via Eduardo assentiu incentivando-o a continuar Você sabe se ela tinha algum problema enquanto trabalhava lá algum motivo para ter saído tão de repente não sei os detalhes Mas lembro que houve rumores sobre ela diziam que ela estava Envolvida com alguém importante alguém que não queria que isso fosse descoberto Eu nunca dei muita atenção a fofocas mas agora que você mencionou faz sentido ela desapareceu sem aviso e ninguém nunca mais ouviu falar dela as palavras de luí na mente de Eduardo enquanto ele deixava o
escritório era a segunda vez que alguém mencionava um homem misterioso ligado a Clara Quem seria ele e por que ela nunca havia contado a ninguém sobre isso enquanto isso Mariana estava começando a se acostumar com a presença constante de Eduardo ela o acompanhava em algumas visitas sempre observando com curiosidade o modo como ele lidava com as pessoas apesar de tudo ela mantinha seu jeito direto e despretencioso algo que Eduardo começava a apreciar mais do que imaginava você era assim antes perguntou Mariana certa vez enquanto estavam no carro assim como Eduardo respondeu confuso esse jeito mais
Gentil parece que você está mudando a sinceridade dela o Pegou de surpresa ele riu mas era uma risada nervosa Talvez eu esteja ou talvez você esteja me vendo de um jeito diferente Mariana deu de ombros mas sorriu havia algo reconfortante naquela troca algo que fazia Eduardo se sentir menos pesado em meio àquela busca foi em uma dessas visitas que ele encontrou uma peça importante do quebra-cabeça uma antiga governanta dona Laura que trabalhou em várias de suas propriedades revelou algo que o deixou perplexo Clara era uma ótima funcionária Eduardo Mas lembro que ela tinha medo de
alguém nunca disse o nome mas mencionou que não queria que soubesse onde ela trabalhava acho que ela estava tentando proteger algo ou alguém Eduardo sentiu o estômago revirar Ele olhou para Mariana que estava sentada ao lado segurando a foto da mãe com cuidado aquela Revelação confirmou algo que ele já começava a suspeitar Clara estava fugindo de alguém e Aquilo tinha ligação direta com o motivo de ela ter desaparecido tá esse homem Você sabe quem ele era perguntou Eduardo tentando esconder o tom de urgência em sua voz Dona Laura Balançou a cabeça não sei ela nunca
falou sobre Ele diretamente Mas lembro que um dia vi um carro estranho estacionado perto da casa Clara parecia muito nervosa depois disso foi logo antes de ela ir embora Eduardo agradeceu a informação e saiu sentindo o peso da situação aumentar havia algo muito maior em jogo algo que ele ainda não conseguia entender completamente de volta ao carro Eduardo olhou para Mariana e sorrir Estamos chegando lá mais algumas peças e tudo vai fazer sentido Mariana assentiu mas não disse nada ela parecia estar processando tudo o que ouvira tentando juntar as peças em sua própria mente Eduardo
por outro lado sentia que estava cada vez mais próximo de uma verdade que não sabia se estava pronto para enfrentar Eduardo estacionou o carro em frente à casa simples de Júlio uma construção antiga que refletia o tempo e a dedicação de quem cuidava dela o ex casase abriu a porta antes mesmo de Eduardo descer do carro como se já Esperasse por ele o rosto de Júlio mostrava curiosidade e uma leve apreensão mas ele o recebeu com um aperto de mão firme é bom te ver Eduardo faz muitos anos hein o que te traz aqui perguntou
Júlio enquanto convidava Eduardo e Ana para entrarem Mariana ficou mais próxima de Eduardo ainda segurando a foto da mãe Júlio estou em busca de informações sobre uma antiga funcionária Clara você deve se lembrar dela começou Eduardo indo direto ao ponto Júlio coçou o queixo pensativo antes de responder Clara Sim claro que me lembro era uma boa pessoa mas tinha algo diferente nela naquela época sempre parecia carregada de preocupação Eduardo se acomodou em uma cadeira de madeira no canto da sala observando cada reação de Júlio o que você lembra sobre ela algo que possa nos ajudar
insistiu Eduardo mantendo o Tom firme mas amigável Júlio suspirou como quem estava prestes a reviver memórias difíceis lembro que ela foi demitida de repente sem aviso Foi estranho porque Clara nunca dava problema ela fazia o trabalho dela e não se metia com ninguém mas nos últimos meses antes de sair algo parecia estar acontecendo recebia visitas frequentes de um homem sempre no final da t quando você não estava por perto Eduardo trocou um olhar com Ana que imediatamente começou a fazer anotações em seu tablet você sabe quem era esse homem perguntou Ana enquanto Júlio balançava a
cabeça não mas ele tinha um jeito estranho parecia alguém importante mas não era uma presença boa sabe eles conversavam do lado de fora sempre longe dos outros às vezes discutiam e Clara ficava visivelmente abalada depois que ele ia embora Eduardo sentiu o estômago revirar as peças do quebra-cabeça pareciam cada vez mais conectadas mas ainda havia muito que não fazia sentido e o motivo da demissão alguém explicou por ela foi dispensada Eduardo insistiu Júlio fez uma pausa escolhendo as palavras com cuidado oficialmente disseram que ela não estava dando conta do trabalho mas eu não acredito nisso
Clara era eficiente parecia mais uma desculpa para encobrir outra coisa Mariana que a até então estava em silêncio finalmente se pronunciou você acha que ela foi embora por causa desse homem ele podia estar ameaçando ela o olhar de Júlio suavizou ao encarar a menina ele suspirou antes de responder não sei menina mas não duvido Clara sempre parecia estar escondendo algo talvez ela estivesse tentando proteger alguém ou até a si mesma Eduardo sentiu um nó na garganta as palavras de Júlio pareciam sugerir que Clara estava em uma situação muito mais complicada do que ele havia imaginado
ele agradeceu a Júlio pela ajuda e se levantou para sair Júlio se lembrar de mais alguma coisa por favor entre em contato isso é muito importante para nós Júlio assentiu prometendo ajudar no que pudesse Eduardo Mariana e Ana voltaram para o carro em silêncio cada um imerso em seus próprios pensamentos no caminho de volta Eduardo não conseguia deixar de pensar nas últimas palavras de talvez ela estivesse tentando proteger alguém Aquilo ecoava em sua mente como uma verdade que ele ainda não podia alcançar Mariana sentada no banco de trás parecia estar refletindo sobre tudo que ouvira
você acha que esse homem era alguém perigoso perguntou Mariana Quebrando o Silêncio Eduardo olhou para ela pelo retrovisor e tentou responder com sinceridade não sabemos ainda mas vamos descobrir o que importa é que estamos mais perto de o que aconteceu Ana que estava no banco do passageiro interrompeu precisamos encontrar uma maneira de identificar esse homem talvez alguém mais que trabalhou naquela época se lembre dele vou investigar os registros e ver se conseguimos algum nome ou descrição Eduardo assentiu sentindo-se Grato pela eficiência de Ana ele sabia que essa busca era como encontrar uma agulha no palheiro
mas não podia desistir não agora de volta ao escritório Ana mergulhou no arquivos novamente enquanto Eduardo e Mariana conversavam a menina parecia mais confortável ao seu lado e Eduardo notou que apesar de sua maturidade ela ainda era uma criança que precisava de apoio Eduardo você acha que minha mãe estava tentando me proteger perguntou Mariana com os olhos cheios de expectativa Acho que sim Mariana Acho que tudo o que ela fez foi pensando no seu bem-estar Só Precisamos descobrir de quem ou do que ela estava fugindo Mariana assentiu parecendo encontrar algum conforto nas palavras dele Eduardo
por outro lado sentia-se cada vez mais inquieto ele sabia que estava se aproximando de algo grande algo que poderia mudar tudo o que ele achava que sabia sobre Clara e talvez sobre si mesmo naquela noite enquanto revisava mentalmente tudo o que haviam descoberto até ali Eduardo se lembrou de algo que Júlio havia mencionado o carro estranho estacionado perto da casa ele pegou o telefone e ligou para Júlio perguntando se ele se lembrava de algum detalhe sobre o veículo era um sedan preto novo para a época tinha placas da capital foi o máximo que consegui observar
respondeu Júlio após pensar por alguns segundos Eduardo agradeceu e desligou embora fosse uma pista vaga era algo a mais para seguir ele decidiu que no dia seguinte iriam aprofundar as buscas por esse homem misterioso o quebra-cabeça estava longe de ser ouvido mas aos poucos as peças começavam a se encaixar Eduardo estava sentado à mesa do escritório cercado por papéis anotações e o peso das Revelações recentes a descrição do carro fornecida por Júlio ainda ecoava em sua mente como uma peça Vital que parecia sempre escorregar de suas mãos ele não sabia exatamente onde isso o levaria
mas estava determinado a seguir cada pista não importava o quão insignificante pudesse parecer enquanto revisava os detalhes com Ana Seu telefone tocou ele pegou o aparelho distraído sem olhar o nome na tela Eduardo falando atendeu em tom apressado Eduardo Há quanto tempo a voz do outro lado da linha era inconfundível um tom familiar que o fez congelar por um instante Ricardo Eduardo perguntou surpreso ele não falava com o ex-sócio havia anos desde que uma divergência sobre investimentos os afast de vez sim Fiquei sabendo que você está procurando por alguém parece uma história interessante Achei que
poderia ajudar Ricardo respondeu sua voz carregando um entusiasmo que soava fora de lugar Eduardo franziu o senho era estranho que Ricardo soubesse sobre isso já que ele havia mantido a busca por Clara em um círculo bastante restrito algo não parecia certo como você soube disso Eduardo perguntou tentando manter a voz neutra a você sabe como essas coisas são informações circulam e bem acontece que eu conheci Clara Ricardo disse como se fosse a coisa mais casual do mundo Eduardo sentiu uma tensão imediata a ideia de Ricardo estar envolvido com clara de alguma forma era desconcertante conheceu
quando como Eduardo perguntou agora mais Alerta vamos conversar pessoalmente acho que posso esclarecer algumas coisas para você me encont entre no café da Esquina do seu escritório amanhã de manhã será bom te ver Eduardo antes que ele pudesse responder Ricardo desligou Eduardo ficou parado encarando o telefone por alguns segundos a ideia de Ricardo estar envolvido o incomodava mais do que ele gostaria de admitir ele sabia que Ricardo era habilidoso em manipular situações para seu próprio benefício e seu retorno repentino o deixava desconfiado no dia seguinte Eduardo foi ao encontro e embora estivesse relutante o café
estava tranquilo com poucas pessoas e Ricardo já estava sentado em uma mesa próxima à janela ele se levantou para cumprimentar Eduardo com um sorriso que parecia mais forçado do que Genuíno Eduardo sempre tão pontual Ricardo disse estendendo a mão Eduardo apertou a mão dele mas não conseguiu disfarçar atenção vamos direto ao ponto Ricardo como você conhecia Clara Ricardo se recostou na cadeira como se esse apreciando a oportunidade de finalmente falar Clara era interessante nos encontramos algumas vezes nada muito sério mas eu sabia que ela trabalhava para você na verdade foi assim que a conheci Eduardo
cruzou os braços observando cada movimento de Ricardo ele conhecia bem o ex-sócio e sabia que quando Ricardo falava com essa calma geralmente tinha segundas intenções Por que você está tão interessado em me ajudar agora Eduardo perguntou Sem Rodeios Ricardo sorriu mas havia algo no olhar dele que Eduardo não gostou porque eu sei que você precisa de respostas e talvez eu tenha algumas Clara era uma mulher complicada mas também estava envolvida em algo que eu acho que você deveria saber Eduardo não respondeu imediatamente esperando que Ricardo continuasse ela estava sendo pressionada por alguém não sei os
detalhes Mas lembro que Ela mencionou estar tentando proteger alguém eu não sabia quem era na época mas agora com essa história de Mariana Acho que tudo faz sentido a menção a Mariana fez Eduardo estreitar os olhos você sabia de Mariana ele perguntou tentando não demonstrar o quanto isso o incomodava apenas recentemente ouvi dizer que ela está morando com você enquanto você procura Clara é admirável Eduardo Mas você sabe que essa história não vai ser tão simples quanto parece Eduardo sentiu a raiva crescendo Ricardo estava claramente brincando com ele tentando se posicionar como alguém essencial na
busca por Clara mas Eduardo Sabia que não podia confiar nele o que você realmente quer Ricardo Eduardo perguntou sua voz mais fria Ricardo sorriu novamente mas dessa vez havia um tom de desafio quero o mesmo que você respostas mas talvez o que eu saiba não seja tão fácil de aceitar por isso sugiro que sigamos com cautela Afinal nem sempre as verdades que buscamos são as que queremos ouvir Eduardo se levantou sinalizando que a conversa havia terminado se tiver algo útil para me dizer fale agora caso contrário não perca meu tempo Ricardo Manteve o sorriso mas
não disse mais nada Eduardo saiu do café sentindo que a ameaça não era apenas Clara mas estava cada vez mais próxima de volta ao escritório Eduardo compartilhou o encontro com Ana que imediatamente começou a investigar Ricardo e sua conexão com Clara isso não me surpreende Eduardo Ricardo sempre teve uma maneira peculiar de se inserir em situações delicadas vou ver o que consigo descobrir sobre o envolvimento dele com Clara disse Ana já abrindo o laptop enquanto isso Eduardo sentia a pressão aumentando Mariana sentada ao lado parecia preocupada mas tentou não demonstrar Esse homem é perigoso Ela
perguntou em voz baixa Eduardo olhou para ela querendo garantir que tudo ficaria bem mas não tinha certeza se poderia fazer essa promessa não sei Mariana mas não vou deixar que nada te machuque vamos descobrir a verdade juntos Mariana assentiu segurando a foto de clara com mais força Eduardo sabia que a busca estava se tornando cada vez mais complicada Mas agora ele estava determinado a proteger Mariana a Qualquer Custo mesmo que isso significasse enfrentar fantasmas do passado que ele preferia Esquecer Eduardo esta escritório perdido em pensamentos sobre o encontro com Ricardo e as implicações que aquilo
trazia Mariana estava no canto da sala foliando distraidamente alguns papéis enquanto Ana digitava freneticamente no teclado mergulhada em suas investigações o clima era de tensão e expectativa como se algo grande estivesse prestes a acontecer mas ninguém sabia exatamente o quê foi quando o telefone de Ana tocou ela atendeu rapidamente trocando algumas palavras com alguém do outro lado da linha Depois de alguns minutos desligou e olhou para Eduardo com uma expressão que misturava surpresa e urgência Eduardo o abrigo acabou de entrar em contato parece que encontraram algo que pode ser importante disse Ana enquanto pegava sua
bolsa e já se preparava para sair o que exatamente Eduardo perguntou levantando-se eles disseram que havia uma caixa antiga que pertencia à Clara estava dada no porão e foi encontrada durante uma reorganização disseram que Mariana talvez quisesse ver o que tinha lá dentro Mariana arregalou os olhos um misto de esperança e medo em sua expressão é da minha mãe o que tem na caixa Ela perguntou a voz carregada de expectativa não sei mas vamos descobrir Eduardo respondeu pegando o casaco Ana Venha conosco quero entender isso pessoalmente o trio saiu rapidamente e o caminho até o
abrigo foi preenchido por um silêncio tenso Mariana segurava a foto da mãe com força como se aquilo fosse um amuleto Eduardo dirigia com a mente acelerada tentando não criar expectativas sobre o que poderia encontrar ele sabia que qualquer informação nova poderia trazer tanto respostas quanto mais perguntas quando chegaram ao abrigo foram recebidos por Joana a responsável ela parecia animada por finalmente ter algo concreto para compartilhar a caixa estava no porão entre outras coisas antig parece que ninguém tinha mexido nela há anos Mas achei que vocês gostariam de ver disse Joana conduzindo-os até uma sala nos
fundos a caixa estava sobre uma mesa era pequena de madeira escura e parecia desgastada pelo tempo Mariana foi a primeira a se aproximar ela abriu com cuidado como se temesse danificar o que estava dentro Eduardo e Ana observavam em silêncio dentro da caixa havia cartas algumas fotos antigas e pequenos objetos pessoais Mariana começou a tirar tudo com cuidado examinando cada item Eduardo se aproximou para ajudar mas foi Mariana quem parou de repente segurando uma foto com as mãos trêmulas Eduardo é você Ela perguntou mostrando a foto Eduardo pegou a imagem e ficou imóvel era ele
muitos anos mais jovem ao lado de Clara os dois estavam sorrindo em um cenário que ele reconheceu como uma de suas antigas propriedades a imagem parecia casual mas o fato de estar na caixa de Clara era no mínimo intrigante Ana se aproximou olhando por cima do ombro de Eduardo Isso muda tudo Você se lembra de tirar essa foto Eduardo perguntou ela com a voz baixa Eduardo Balançou a cabeça lentamente não me lembro de ter tirado essa foto mas é inegável que sou eu o que isso está fazendo aqui ele respondeu ainda Processando o Mariana observava
a troca com olhos arregalados Isso significa que você conhecia minha mãe perguntou ela sua voz carregada de emoção Eduardo respirou fundo antes de responder parece que sim Mariana mas não faço ideia do que isso significa eu não me lembrava dela assim tão próxima Joana que havia ficado em silêncio até então comentou Talvez as cartas tenham Alguma pista elas estão endereçadas mas não as abrimos a seriao que vocês deveriam fazer Eduardo pegou a pilha de cartas que estavam amarradas com um pedaço de barbante ele desamarrou e começou a ler a primeira enquanto Mariana e Ana esperavam
em silêncio as palavras eram carregadas de emoção e revelavam muito mais do que Eduardo estava preparado para enfrentar Eduardo não sei se você algum dia vai ler isso mas preciso escrever trabalhar para você foi uma das melhores e mais difíceis da minha vida eu nunca quis que as coisas ficassem tão complicadas Mas o que aconteceu está fora do meu controle sei que você tem suas prioridades sua vida perfeita mas eu eu não sei como continuar Mariana é minha prioridade agora e tudo o que faço é por ela Talvez um dia você entenda Clara Eduardo terminou
de ler e sentiu como se o chão tivesse sumido debaixo de seus pés Ele olhou para Mariana que o observava com olhos cheios de perguntas e depois para Ana que parecia tão perplexa quanto ele isso isso significa que Mariana pode ser minha filha Eduardo perguntou quase sem fôlego Ana colocou a mão no ombro dele tentando acalmá-lo não sabemos ainda mas é uma possibilidade precisamos investigar mais Eduardo essa caixa pode ter outras respostas Mariana olhou para ele confusa e emocionada você acha que é possível que você é meu Pai Eduardo ajoelhou-se na frente dela colocando as
mãos em seus ombros eu não sei Mariana Mas se for verdade não muda o que estamos fazendo vamos continuar procurando sua mãe e Se isso for real nós vamos enfrentar juntos tá bom Mariana assentiu segurando as lágrimas Eduardo se levantou e pegou outra carta esperando que ela esclarecesse mais Mas em vez disso encontrou uma série de referências a um homem chamado Ricardo o que trouxe uma onda de desconfiança Ana precisamos verificar essa ligação com Ricardo ele sabia mais do que deixou transparecer não pode ser coincidência ele ter aparecido agora disse Eduardo entregando a carta para
Ana Ana leu rapidamente franzindo o rosto Você tem razão Ricardo está no meio disso de alguma forma e precisamos entender o papel dele enquanto eles discutiam Mariana continuava explorando a caixa encontrando pequenos objetos que pareciam carregar memórias um broche antigo chamou sua atenção e ela segurou com cuidado como se fosse um pedaço de sua mãe que finalmente havia encontrado Eduardo olhou para ela e sentiu uma mistura de emoções que não sabia como descrever se Clara estava escondendo algo tão grande ele precisava saber porquê e mais importante precisava entender como tudo aquilo conectava as peças do
quebra-cabeça que começavam a se formar Mariana ficou sentada no sofá do escritório de Eduardo com a pequena caixa de madeira ao lado os objetos e as cartas que haviam sido revelados no abrigo ainda ocupavam sua mente mas agora havia outra questão que a atormentava a possibilidade de Eduardo ser seu pai mudava tudo enquanto ele e Ana discutiam ao telefone tentando organizar os próximos passos Mariana olhava para a foto de sua mãe ao lado de Eduardo perdida em pensamentos e se sua mãe nunca a quisesse de volta a pergunta surgiu como um golpe e Mariana sentiu
o peito apertar durante anos ela havia alimentado a esperança de que Clara estivesse longe por um motivo Nobre TZ algo fora de seu controle Mas e se na verdade sua mãe tivesse decidido que era melhor seguir sem ela essa dúvida a fez sentir pequena e vulnerável algo que Ela raramente demonstrava Eduardo desligou o telefone e percebeu O silêncio carregado na sala Ele olhou para Mari que parecia presa em uma batalha interna e se aproximou Mariana você está bem ele perguntou sentando-se ao lado dela ela demorou a responder ainda encarando a foto mas se ela não
me quiser de volta Eduardo e se ela já tiver outra vida e eu for só um peso que ela deixou para trás as palavras de Mariana foram como um soco para Eduardo ele respirou fundo tentando encontrar a resposta certa mas percebeu que não havia uma solução simples para o medo que ela estava enfrentando Mariana eu não acredito que sua mãe tenha te deixado por escolha pelo que sabemos tudo o que ela fez foi para tentar te proteger ela te amava disso eu tenho certeza mas como você sabe Mariana insistiu a voz embargada você nem lembra
dela direito e eu eu nem sei quem ela realmente é Eduardo ficou em silêncio por um momento sentindo o peso da Verdade nas palavras de Mariana ele não lembrava de clara como deveria e isso o incomodava profundamente era como se ele tivesse deixado um pedaço importante de sua vida passar despercebido e agora estava lidando com as consequências Você tem razão Mariana eu não lembro tanto quanto deveria e isso me faz questionar muitas coisas mas uma coisa eu sei você é especial e qualquer pessoa que te conheça de verdade jamais te deixaria para trás sem motivo
eu estou aqui por você independentemente do que cobrirmos Mariana o olhou tentando encontrar segurança em suas palavras ela queria Acreditar nele mas o medo era difícil de afastar enquanto os dois conversavam Ana voltou para a sala com um semblante sério segurando uma pasta recebi um relatório preliminar sobre o envolvimento de Ricardo disse Ana quebrando o momento parece que ele tinha negócios com Clara antes mesmo de ela começar a trabalhar para você isso pode ser uma peça importante no que estamos tentando entender Eduardo franziu o rosto tentando processar a informação negócios que tipo de negócios ele
perguntou Ainda não sabemos exatamente mas Ricardo tinha um padrão de se aproveitar de pessoas em situações vulneráveis talvez Clara tenha caído nessa rede e quando percebeu tentou sair isso pode explicar por ela estava sendo pressionada respondeu Ana enquanto abria a pasta para mostrar alguns documentos mar observava a conversa em silêncio sentindo-se ainda mais confusa ela não conseguia imaginar sua mãe envolvida em algo perigoso mas as evidências estavam ali desenhando um quadro que ela não queria enxergar o que isso significa para minha mãe ela perguntou finalmente Quebrando o Silêncio Eduardo e Ana trocaram um olhar antes
de Eduardo responder significa que talvez ela estivesse em uma situação complicada algo que a Forçou a tomar decisões difíceis mas isso não muda o fato de que ela se importava com você Mariana tudo o que ela fez foi para tentar te proteger Mariana abaixou a cabeça segurando o broche que havia encontrado na caixa Eduardo se aproximou novamente colocando uma mão em seu ombro eu sei que é difícil mas estamos mais perto da Verdade e seja qual for essa verdade nós vamos enfrentar juntos Mariana assentiu mas a dúvida ainda pairava em sua mente Eduardo por sua
vez sentia um peso crescente em sua consciência as cartas as fotos tudo parecia apontar para uma conexão que ele havia ignorado durante anos ele começou a se perguntar Quantas escolhas erradas ele havia feito quantas vezes Tinha priorizado sua carreira e seus próprios interesses às custas das pessoas ao seu redor mais tarde naquela noite enquanto Mariana dormia em um quarto que ele havia preparado para ela Eduardo se sentou em sua sala de estar sozinho ele olhava para uma das cartas de Clara relendo as palavras carrear um signicado maiso Clara havia tentado alcançar algo talz até ele
mas ele não estava lá para ouvir como eu pude deixar isso passar ele murmurou para si mesmo sentindo uma onda de arrependimento no entanto Eduardo Sabia que não podia mudar o passado tudo o que podia fazer agora era garantir que Mariana não carregasse as mesmas dúvidas e dores que ele carrea elci que faria deudo para mesmo que isso significasse enfrentar seus próprios erros na manhã seguinte Eduardo acordou determinado ele encontrou Mariana na cozinha mexendo distraidamente no café da manhã que Ana havia preparado ela parecia mais calma mas ainda carregava a mesma inquietação no olhar Mariana
hoje vamos dar mais um passo não importa o que descobrirmos você tem a mim e a Ana nós não vamos deixar você enfrentar isso sozinha mar sorriu mente um gesto pequeno mas significativo Eduardo sabia que as dúvidas dela não desapareceriam tão cedo mas estava disposto a ser o apoio que ela precisava enquanto eles se preparavam para o próximo dia de buscas Eduardo sentiu uma nova determinação crescer dentro de si ele não podia mudar o passado mas podia moldar o futuro e faria isso por Mariana por Clara e talvez até por si mesmo a manhã começou
com um misto de ansiedade e esperança no escritório de Eduardo Ana após Dias incansáveis de pesquisa finalmente tinha uma notícia concreta ela entrou na sala com passos firmes segurando um tablet e uma pasta com documentos Eduardo estava sentado à mesa revisando algumas das cartas de Clara enquanto Mariana em silêncio brincava com o broche que havia encontrado na caixa Eduardo acho que encontramos Clara anunciou Ana com a voz cheia de determinação Eduardo levantou os olhos e imediamente largando a carta Mariana também ficou Alerta sentando-se na beira da poltrona onde perguntou Eduardo com uma urgência que ele
não conseguiu esconder Ela está vivendo em uma cidade pequena a cerca de 2 horas daqui está trabalhando como cuidadora em um asilo A informação é confiável respondeu Ana mostrando no tablet os registros que confirmavam a localização de Clara Mariana olhou para Eduardo com uma mistura de esperança e vamos encontrá-la Ela perguntou a voz hesitante Eduardo se aproximou dela segurando suas mãos Sim vamos hoje mesmo mas quero que saiba Mariana que qualquer coisa que descobrirmos lá eu estarei com você isso não vai mudar Mariana assentiu tentando conter as emoções que pareciam estar transbordando Ana já estava
organizando os detalhes da viagem e em menos de uma hora eles estavam na estrada o caminho foi silencioso Mariana olhava pela janela enquanto Eduardo tentava controlar seus próprios pensamentos ele sabia que estava prestes a enfrentar uma verdade que poderia mudar sua vida para sempre mas ainda não sabia se estava pronto para isso quando chegaram à cidade o GPS os guiou por ruas estreitas e calmas até o asilo o prédio era simples com um jardim bem cuidado na entrada Eduardo estacionou o carro e todos desceram em silêncio Mariana segurava a foto da mãe com força enquanto
Ana caminhava ao lado deles pronta para intervir Se necessário uma recepcionista os atendeu e após Eduardo explicar o motivo da visita foi buscar Clara a espera parecia interminável Mariana mexia as mãos nervosamente enquanto Eduardo tentava esconder sua inquietação quando Clara finalmente apareceu na porta o mundo pareceu parar ela estava diferente seus cabelos estavam mais curtos e o cansaço dos anos era visível em seu rosto mas era inegavelmente ela os olhos de Mariana se encheram de Lágrimas ao reconhecer a mãe enquanto Clara congelava ao ver a menina o olhar dela foi de surpresa para Eduardo e
então para Mariana como se estivesse tentando processar o que estava acontecendo Mariana Clara finalmente disse a voz falhando é você Mariana correu em direção a ela jogando-se em seus braços Clara assegurou com força como se tivesse medo de que a menina desaparecesse novamente eu senti tanto a sua falta mãe disse Mariana entre lágrimas Eduardo ficou parado observando a cena mas o olhar de Clara logo se voltou para ele havia um misto de alívio e tensão em seus olhos Eduardo começou Clara mas não conseguiu continuar Clara precisamos conversar há muita coisa que eu preciso entender disse
ele com firmeza mas sem agressividade Clara sentiu e pediu que eles a seguissem até uma sala mais privada lá todos se sentaram e o silêncio Inicial foi quebrado por Eduardo Mariana é sua filha e agora sabemos que ela pode ser minha também preciso que você me diga a verdade Clara Por que você a deixou e por que nunca me contou Clara abaixou a cabeça respirando fundo antes de começar Eduardo eu nunca quis que isso acontecesse assim quando trabalhava para você tudo parecia tão complicado Eu sabia que estava grávida mas você você tinha sua vida seus
planos eu achava que contar só complicaria as coisas você nunca pensou que eu tinha o direito de saber Eduardo perguntou a voz mais pesada pensei claro que pensei Clara respondeu a emoção transbordando mas eu tinha medo medo de como você reagiria e quando Mariana nasceu minha prioridade era protegê-la eu estava sendo pressionada Eduardo havia pessoas que não queriam que isso viesse à tona pessoas que me ameaçaram Ana que havia ficado em silêncio até então interveio Ricardo estava envolvido nisso não estava descobrimos algumas conexões entre vocês Clara assentiu As Lágrimas escorrendo pelo rosto sim Ricardo sabia
Ele tentou usar isso contra mim ele me disse que se eu não ficasse em silêncio ele destruiria a vida de Eduardo e de Mariana eu não sabia o que então fiz o que achei que era o melhor me afastei coloquei Mariana no abrigo porque sabia que ela estaria segura lá enquanto eu tentava resolver tudo Eduardo passou as mãos pelo rosto sentindo o peso de tudo o que Clara estava dizendo ele se levantou e começou a andar pela sala tentando processar você não podia confiar em mim ele perguntou finalmente se virando para ela eu poderia ter
ajudado poderia ter protegido vocês duas talvez pudesse mas eu não sabia disso naquela época tudo o que eu via era uma barreira entre nós eu achava que você nunca me aceitaria que nunca aceitaria Mariana e agora agora eu só posso pedir desculpas Eduardo olhou para Mariana que estava sentada ao lado de Clara segurando sua mão ele percebeu que apesar de tudo Clara havia feito o que achava certo para proteger a filha mas a dor de ter perdido tantos anos com Mariana era difícil de ignorar eu preciso de tempo para digerir tudo isso Clara Mas uma
coisa é certa não vou deixar Mariana sozinha não importa o que tenha acontecido eu estou aqui agora disse Eduardo olhando diretamente para a filha Mariana sorriu ainda com os olhos marejados e se levantou para abraçá-lo Obrigada Eduardo ou Pai ela disse hesitando Eduardo sorriu sentindo uma emoção que há muito tempo não experimentava pai eu gosto disso respondeu abraçando-a com força o momento foi interrompido por Ana que pigarreou precisamos garantir que Ricardo não seja mais uma ameaça isso ainda não acabou Eduardo assentiu sabendo que o próximo passo seria enfrentar aquele que havia colocado Clara em uma
situação tão desesperadora mas por enquanto ele se permitiu sentir o alívio de finalmente conhecer a verdade e segurar sua filha nos braços Eduardo sentia a atenção aumentar a cada passo após a revelação de Clara sua mente estava repleta de pensamentos sobre o que precisava ser feito ele sabia que para proteger Mariana e garantir que Clara pudesse ter paz precisaria lidar com Ricardo o ex-sócio havia se infiltrado na situação de maneira calculada e Eduardo tinha a nítida sensação de que Ricardo sabia muito mais do que estava deixando transparecer Ana sempre eficiente e precisa e estava no
telefone coletando informações e montando um plano Eduardo a observava com gratidão sem ela ele provavelmente estaria perdido em meio às reviravoltas daquela história Mariana por outro lado estava sentada ao lado de Clara segurando sua mão como se temesse que a mãe desaparecesse novamente a cena partiu o coração de Eduardo mas também lhe deu a determinação necessária para encarar Ricardo Eduardo disse Ana desligando o telefone e se aproximando recebi informações importantes Ricardo tem um histórico de chantagens e manipulações financeiras ele já esteve envolvido em situações parecidas mas sempre conseguiu sair impune por falta de provas concretas
Eduardo assentiu sentindo a raiva crescer ele sabia que Ricardo era oportunista Mas envolver-se na vida de clara e Mariana o tornava ainda mais perigoso Então precisamos ser cuidadosos quero ter certeza de que ele não terá nem uma vantagem dessa vez disse Eduardo com firmeza Ana concordou já tenho algumas ideias vamos pressioná-lo no momento certo mas antes precisamos entender exatamente o que ele sabe e quais são suas intenções mais tarde naquele dia Ricardo fez a primeira jogada Eduardo recebeu um e-mail curto e direto marcando uma reunião em um restaurante de luxo que Ricardo costumava frequentar o
tom da mensagem era quase provocativo mas Eduardo sabia que precisava ir ele contou a Ana que imediatamente começou a preparar estratégias você não pode ir despreparado vamos usar isso a nosso favor disse ela enquanto revisava arquivos no computador o que você sugere perguntou Eduardo inclinando-se para ver o que ela estava fazendo vamos gravar a conversa se Ricardo tentar qualquer coisa teremos provas e vou ficar por perto caso precisemos intervir rapidamente no dia seguinte Eduardo chegou ao restaurante tentando manter a calma o lugar estava cheio mas ele localizou Ricardo facilmente sentado em uma mesa no canto
com um sorriso confiante no rosto Eduardo respirou fundo antes de se aproximar Ricardo disse Eduardo enquanto se sentava o que você quer Ricardo deu uma risada curta e gesticulou para o garçom pedindo dois cafés sempre tão direto Eduardo eu admiro isso mas vamos deixar as coisas Claras eu sei sobre Mariana e sei sobre Clara e acredito que você faria qualquer coisa para manter a sua reputação intacta certo Eduardo estreitou os olhos sentindo a provocação nas palavras de Ricardo minha reputação não está em jogo aqui Ricardo o que está é a segurança de clara e Mariana
então se você tem algo para dizer diga logo Ricardo recostou-se na cadeira claramente se divertindo com a situação bem Eduardo Vamos ser Francos você tem muito a perder sua posição seus negócios sua imagem pública Imagine o que aconteceria se certas verdades viessem à tona Eduardo Manteve a compostura mas por dentro estava fervendo e o que exatamente você acha que sabe ele perguntou forçando um tom calmo Eu sei que você é o pai de Mariana e sei que você ignorou Clara quando ela mais precisava isso não seria uma boa Manchete não acha Ricardo respondeu inclinando-se para
a frente com um sorriso que Eduardo queria apagar dali nesse momento Eduardo percebeu que Ricardo estava tentando usar a situação para estori Mas ele também sabia que Ana estava ali gravando cada palavra ele decidiu jogar o jogo e o que você quer em troca do seu silêncio perguntou Eduardo dando o que Ricardo queria ó nada exagerado apenas uma fatia de seus negócios algo para me manter confortável enquanto cuido de outras oportunidades digamos uma quantia que não faria falta para você mas que me seria muito útil Eduardo sorriu de leve sentindo o controle voltar à suas
mãos e se eu disser não ele perguntou testando a reação de Ricardo Ricardo riu novamente mas dessa vez com menos confiança então eu torno tudo público e você sabe que mesmo que consiga limpar seu nome depois o estrago já estará feito Eduardo ou para a frente olhando diretamente nos olhos de Ricardo você acha que pode me ameaçar e sair em pune lembre-se Ricardo você já cruzou a linha antes e dessa vez não vai ser diferente nesse momento Ana entrou discretamente no restaurante caminhando em direção à mesa Ricardo a olhou com surpresa mas tentou disfarçar Ana
que surpresa você sempre foi a mais leal disse ele com sarcasmo e Continuo sendo só que minha lealdade é para quem merece respondeu Ana colocando um pequeno gravador sobre a mesa Ricardo tudo o que você disse foi gravado se tentar Qualquer coisa nós temos o suficiente para te destruir Ricardo empalideceu por um momento mas rapidamente tentou recuperar a compostura isso é baixo mesmo para você Ana ele murmurou baixo é o que você tentou fazer ela rebateu agora ou você desaparece da vida de Eduardo Clara e Mariana ou entregamos isso às autoridades Ricardo olhou para Eduardo
que permanecia firme ele sabia que havia perdido após alguns momentos tensos ele se levantou jogando um olhar frio para os dois isso ainda não acabou Ele disse antes de sair Eduardo suspirou sentindo o peso da tensão começar a diminuir obrigado Ana não sei o que faria sem você apenas faço o meu trabalho Eduardo agora vamos focar no que realmente importa cuidar de clara e Mariana respondeu ela com um leve sorriso Eduardo sabia que ainda havia muito a fazer mas pelo menos uma ameaça havia sido afastada ele estava mais determinado do que nunca a proteger sua
família e garantir que nada os separasse novamente o silêncio na sala de estar era quase palpável Eduardo estava sentado em uma poltrona próxima à janela enquanto Clara ocupava o sofá à frente Dele Mariana sem saber onde se posicionar havia escolhido um canto discreto onde pudesse observar sem se envolver diretamente o peso das Revelações recentes parecia encher o ambiente tornando cada respiração um esforço consciente Eduardo respirou fundo tentando encontrar as palavras certas Ele olhou para a Clara cuja expressão era uma mistura de nervosismo e espectativa Sabia que aquela conversa era inevitável e que precisava começar de
algum lugar Clara ele começou a voz baixa mas carregada de sinceridade antes de tudo quero te pedir desculpas desculpas por ter falhado como pessoa eu não fazia ideia de tudo o que você estava passando Mas isso não é desculpa para a forma como eu lidava com as coisas naquela época Clara o encarou surpresa pela vulnerabilidade em sua voz ela abriu a boca para responder mas Eduardo continu eu estava tão focado em mim mesmo minha carreira nos meus próprios objetivos que negligenciei as pessoas ao meu redor você era uma delas e eu me arrependo profundamente se
eu esse prestado mais atenção talvez nada disso esse acontecido Clara abaixou a cabeça absorvendo cada palavra sua mente revisitou os anos de dúvida e medo os momentos em que pensou em contar tudo a Eduardo mas recuou quando ela finalmente levantou o olhar havia lágrimas nos olhos Eduardo eu eu nunca quis te culpar por nada disso eu tomei as decisões que achei certas mesmo que fossem dolorosas Mas para ser honesta eu não tive coragem de te contar eu olhava para você e via alguém tão distante tão inalcançável achei que se eu falasse você me rejeitaria ou
pior rejeitaria Mariana Mariana ouvindo o próprio nome mexeu-se no canto da sala ela queria participar da conversa mas sentia que ainda não era o momento Clara e Eduardo continuavam as palavras fluindo como se estivessem desenterrando anos de mágoas enterradas eu nunca rejeitaria minha filha Clara nem você disse Eduardo inclinando-se para a frente sua voz firme mas eu entendo porque você pensou assim eu era tão obsecado Pelo sucesso que provavelmente não teria lidado com isso da melhor maneira você estava certa em me temer Clara deu um sorriso triste enxugando as lágrimas Talvez Mas isso não torna
minhas decisões menos erradas abandonar Mariana foi a coisa mais difícil que já fiz mas eu realmente acreditava que estava protegendo ela não havia um dia em que eu não pensasse em como ela estava se estava segura se me odiava por tê-la deixado nesse momento Mariana não conseguiu mais ficar quieta ela se levantou e caminhou lentamente até os dois parando entre eles Clara olhou para a filha com um misto de medo e esperança enquanto Eduardo observava tentando entender como ajudá-la eu nunca te odiei mãe disse Mariana sua voz trêmula mas decidida mas por muito tempo eu
fiquei confusa Eu pensei que você tinha me deixado porque não me queria mais agora sei que não foi isso mas ainda dói Clara estendeu a mão segurando a de Mariana com cuidado eu sinto muito minha menina eu sinto tanto eu só queria que você estivesse Segura que tivesse a chance de ser feliz eu pensei que estava fazendo o certo mas vejo agora que talvez eu só tenha te machucado mais Mariana olhou para Eduardo como se buscasse confirmação você acha que ela fez o certo perguntou ela direta Eduardo hesitou por um momento mas respondeu com honestidade
não acho que exista um certo ou errado absoluto Mariana o que eu sei é que sua mãe tomou decisões baseadas no amor que sentia por você que apesar de tudo ela nunca deixou de te amar Isso é o que importa Mariana parecia absorver aquelas palavras como se estivesse tentando processá-las Então ela apertou a mão de clara com força e pela primeira vez deu um sorriso Genuíno eu te perdoo mãe mas agora quero que você fique não quero mais que a gente se perca Clara a puxou para um abraço apertado as lágrimas escorrendo livremente Eduardo observava
a cena sentindo uma ura de alívio e arrependimento ele sabia que ainda havia muito a ser feito mas aquele momento era um passo na direção certa quando Clara e Mariana se separaram Eduardo limpou a garganta atraindo a atenção delas eu também quero pedir algo Clara quero que a gente trabalhe para reconstruir isso não apenas por Mariana mas por nós também nós dois cometemos erros mas ainda temos a chance de consertar as coisas Clara assentiu emocion nada eu quero isso também Eduardo quero que Mariana tenha a família que sempre mereceu Mariana agora entre os dois sentiu
um peso sair de seus ombros pela primeira vez em anos ela sentiu que não estava sozinha que tinha uma família e embora o caminho à frente fosse incerto ela sabia que juntos poderiam enfrentar qualquer coisa enquanto o sol começava a se pôr a sala foi preenchida por uma sensação de Calma que parecia ter estado ausente por muito tempo era o começo de algo novo um Recomeço construído sobre verdades difíceis mas necessárias e finalmente Todos estavam prontos para seguir em frente juntos os dias que se seguiram à conversa entre Eduardo e Clara trouxeram um alívio silencioso
mas também um novo tipo de desafio a verdade havia sido revelada mas agora vinha o trabalho árduo de reconstruir as relações e criar uma base sólida para Mariana ardo decidiu que era hora de reorganizar suas prioridades durante anos ele havia deixado o trabalho consumir sua vida mas agora tudo Parecia ter um peso diferente uma manhã ele chamou Clara e Mariana para uma conversa no jardim da casa a luz do sol atravessava as árvores lançando sombras suaves sobre o gramado Mariana ainda segurando o broche que encontrara na caixa sentou-se ao lado da mãe no banco de
madeira enquanto Eduardo se posicionava em frente a elas claramente nervoso Tenho pensado muito nos últimos dias começou Eduardo olhando diretamente para as duas sobre tudo o que aconteceu e sobre o que ainda está por vir não posso mudar o passado mas quero garantir que o futuro seja diferente quero estar presente para você Mariana e Clara quero que reconstru a confiança que perdemos Clara o observava com atenção procurando sinais de sinceridade Mariana por outro lado parecia absorver cada palavra Como se quisesse garantir que ele realmente falava sério o que você quer dizer com isso Eduardo perguntou
Clara ainda cautelosa quero começar de novo quero que sejamos uma família mesmo que ainda não saibamos exatamente como fazer isso não vai ser fácil mas estou disposto a tentar não quero mais perder tempo longe de vocês Mariana sorriu um sorriso pequeno mas cheio de esperança você aa que podemos ser uma família de verdade mesmo depois de tudo perguntou ela olhando alternadamente para Eduardo e Clara Clara colocou uma mão no Ombro da filha e respondeu antes de Eduardo Eu acredito que sim Mariana mas vai levar tempo precisamos aprender a confiar uns nos outros de novo a
nos entender o mais importante é que todos estamos dispostos a tentar Eduardo assentiu sentindo uma onda de alívio é isso quero estar aqui para você Mariana e para você também Clara vou ajustar minha vida meu trabalho tudo o que for necessário porque vocês são a prioridade agora Clara olhou para ele surpresa durante anos ela o Vira como alguém obsecado pelo sucesso incapaz de olhar além de seus próprios interesses mas naquele momento ele parecia Genuíno isso significa muito para mim Eduardo mas quero que você saiba que não espero Perfeição só quero que seja sincero disse Clara
com um sorriso leve Mariana ainda segurando o broche se levantou e caminhou até Eduardo ela o abraçou pela primeira vez sem hesitação algo que o Pegou de surpresa mas também encheu seu coração de Alega eu quero isso também pai quero que a gente seja uma família de verdade disse Mariana a voz abafada pelo abraço os dias seguintes foram preenchidos com pequenos Passos em direção a esse novo começ Eduardo come aegar mais responsabilidades em seus negócios algo que nunca havia feito antes para ter maiso com clara e Mariana ele organizava jantares casa plane passeios simples como
piques eit parques eonar Mariana de maneir natural Clara por sua vez ainda esta aprendend confiar navão de Eduardo ela via o esforço genu e reconhecia que era difícil para alguém tão acostumado ao controle abrir espaço para a incerteza apesar disso ela também sabia que os sentimentos antigos estavam ressurgindo algo que a deixava tanto esperançosa quanto assustada Mariana parecia se adaptar melhor do que os dois adultos ela se sentia acolhida algo que nunca havia experimentado antes para ela até os momentos simples como uma noite de jogos de tabuleiro ou uma conversa no sofá tinha um significado
especial cada dia era uma prova de que ela não estava sozinha que havia pessoas que se importavam profundamente com ela um momento marcante ocorreu em um jantar tranquilo Eduardo havia preparado uma refeição simples algo que ele raramente fazia enquanto todos comiam Mariana começou a falar sobre a escola eu sei que não estou na escola agora mas sempre quis estudar acho que seria legal aprender as coisas que todo mundo sabe disse ela com uma timidez que raramente demonstrava Eduardo e Clara se entreolharam foi a primeira a responder nós vamos resolver isso Mariana você tem todo o
direito de estudar de aprender de ter um futuro brilhante Eduardo assentiu acrescentando concordo e quero te ajudar com isso vamos encontrar uma escola onde você se sinta bem e se precisar de qualquer coisa eu estarei aqui o sorriso de Mariana iluminou o ambiente e Eduardo percebeu que estava no caminho certo cada pequeno gesto cada palavra de apoio parecia construir algo sólido entre eles mas o verdadeiro teste veio quando Clara começou a abrir mais sobre seu passado explicando a Eduardo os detalhes das dificuldades que enfrentou enquanto cuidava de Mariana sozinha Eduardo ouviu com atenção sentindo uma
mistura de arrependimento e admiração ele finalmente entendia a força de Clara a resiliência que a havia mantido firme mesmo nas piores circunstâncias eu não sabia como continuar Eduardo Mas mesmo quando Parecia Impossível Mariana era minha motivação tudo o que fiz foi por ela disse Clara enquanto Eduardo segurava sua mão com firmeza e você foi incrível Clara não sei se teria conseguido fazer o que você fez só quero que saiba que daqui para frente não precisa fazer isso sozinha estamos juntos agora respondeu ele com uma sinceridade que tocou Clara profundamente aquele momento marcou o início de
uma nova fase não era perfeito e Eduardo sabia que ainda havia muito a ser trabalhado mas o esforço conjunto estava criando algo que antes parecia impossível uma família Mariana pela primeira vez sentiu que pertencia a um lugar que tinha pessoas ao seu lado que jamais a deixariam ao final de um dia cheio de risos e conversas no Jardim Clara olhou para Eduardo e disse algo que ele não esperava eu nunca pensei que chegaríamos aqui Eduardo Mas estou feliz que chegamos talvez não seja tarde demais para começarmos de novo Eduardo sorriu segurando a mão dela nunca
é tarde Clara desde que estejamos juntos e assim Sob a Luz suave do entardecer eles selaram um novo começo não perfeito mas real construído sobre arrependimentos aprendizados E acima de tudo amor