não vamos falar sobre a acumulação primitiva [Música] antes de entrar no tema propriamente como situar o hospital tenha mais claramente explicitamente na obra do max a no capítulo 24 do livro 1 do capital é considerado muitas vezes como um capítulo histórico do max como alguns outros capítulos do capital eu tenho uma leitura um pouco diferente eu considero que todo o livro do capital e tem uma marca de historicidade muito forte mesmo quando aparentemente está falando de abstrações muito abstrato a historicidade é muito concreta nos seus textos de marx mas isso então acumulação primitiva que está
nesse nesta sessão é final do livro 1 começa com uma crítica à própria noção de acumulação primitiva e tanto é assim que o nome do capítulo é assim chamada acumulação primitiva e não simplesmente acumulação primitiva quem é que o max planck de câmbio que aquele toque de campo a economia política clássica tem como base histórica para o início do capitalismo 1 o que o max chama de uma espécie de relato edílico de um lado aqueles que economizarão que não fizeram que não gastaram foram pra festa e ficaram ricos de outro aqueles que gastaram tudo tudo
o que fizeram foi dissipado e que portanto ficaram sem nada e e os que acumularam fizeram segunda economia política uma acumulação primitiva e aí por isso podem empregar os outros e por isso eles é que dão os empregos aos outros o max crítica radicalmente essa interpretação diz que essa interpretação indica não há é essa acumulação primitiva absolutamente não existe se há alguma coisa que poderia ser chamada de acumulação primitiva promax mas já depois de feita a crítica então é bem importante que quando a gente usa essa categoria lembra que é uma categoria sob crítica se
há alguma coisa que a gente possa chamar de acumulação primitiva é um processo histórico e social extremamente complexo extremamente violento que consiste em várias situações das quais duas são fundamentais a primeira é o roubo da igreja é um rouba o saque rompido as terras da igreja é o saque colonial é a devastação da áfrica é a escravizá são dos africanos som é toda parte pela qual enriquecem alguns setores da sociedade no caso da sociedade inglesa e é de outro ladrão crm dessa categoria é a expropriação dos trabalhadores diretos ea expropriação principalmente do povo do campo
que significa expropriação significa que os trabalhadores que conseguiram garantir sua subsistência através de plantar na terra acolher fiatc para esses trabalhadores que tinham acesso à terra para produzir os bens necessários para sua vida foram sendo expulsos das suas terras de maneira sistemática desde o século 14 15 até o uso e contínuos processo contínuo foram sendo expulsos da externa e sem conseguir produzir sua própria existência ficavam sem condições de existir porque o acesso à terra estava sempre bloqueado e só tinha um pouco tanto sua força de trabalho para viver a acumulação primitiva ou assim chamada acumulação
primitiva porque ela de fato não só não repetitiva como ela não é é não acontece segundo tempo é fundamentalmente e agora o conceito seja compensar a categoria de maneira mais clara ela é por um lado a expropriação do trabalhador direto e o caso do trabalhador do campo é o mais emblemático mas não é único e por outro lado a conversar um dos meios de vida daqueles trabalhadores em capital o que é conversão dos meios de vida em capital o que até então era o trabalho direto do camponês da camponesa o de uma pessoa que faz
uma manufatura é é uma bordadeira uma costureira aquele trabalho estava diretamente ligada à produção da vida daqueles seres sociais e portanto que eles tinham de propriedade seja apa a a foice a um tea o fuso aquela propriedade daquelas coisas estava diretamente ligada ao trabalho deles era uma extensão da actividade humana no trabalho daqueles trabalhadores ora quando eles são os procurados dessas condições eles são por um lado expulsos da possibilidade continua a produzir daquela maneira seja porque expulso da terra seja por outras modalidades de expulsão de trabalhadores de suas atividades são os proprietários e por isso
a pena de propriedade há ideias propria da retirada de propriedade por outro lado esses meios o tear a enxada a terra apa vão se converter em maneiras de subordinar o trabalhador ao novo proprietário dois meios de produção que agora usando os meios de produção que ele utilizava subordina o trabalho a um capital portanto a produção não exatamente para a vida do trabalhador mas a produção é para a produção de carvão para valorização do valor portanto a produção de bens maior com 11 na produção mercantil maior mas não está mais voltada para a vida do trabalhador
e sim para a valorização do valor fundamentalmente é essa a categoria é os exemplos que o marx da da violência inclusive nesse capítulo que o max vai insistir sobre a violência como parteira da história dando como é o capitalismo nasce pingando sangue roubo e ilari mas por todos os lados e portanto é essa marca de nascença jamais desaparece vamos a alguns debates em torno é nessa dessa categoria é uma categoria que volta e meia é utilizada como se fosse meramente história uma acumulação primitiva é alguma coisa que está antes da existência do capitalismo e que
depois da existência do castelo não seria mais acumulação primitiva existem muitos autores que trabalham dessa maneira poucos marxistas mas sólidos fazem as análise mas muitos que usam marx de vez em quando voltam com essa suposição de que a acumulação primitiva tenha sido algo que tivesse na origem como eu já falei antes no próprio max critica essa suposição e além disso ao longo do capital inteiro e de diversos outros textos o max vai mostrando é como a expansão do capitalismo envolve aprofundamento dessas expropriações não só das próprias ações também da conversão dos meios de vida em
capital são todos aqueles que de alguma maneira entendem junto com marcos que esse tema é mais complexo do que um momento que ficou pra trás procuram analisar segundo o período em que vivem que tipo de processo está em curso talvez a autora mais conhecida que trabalho sobre isso e rosa luxemburgo a rosa tem uma leitura brilhante você também tem dificuldades com as dificuldades da época dela rosa luxemburgo está escrevendo é o livro de a acumulação de capital no início do século 20 mas o meu nome é um período que o levem capa e escrever do
imperialismo e no início do século 20 ali na década de 10 final da década de 10 a maior parte do mundo ainda era camponesa do mundo é talvez alguns países não tivessem maioria camponesa mas a maior parte do mundo em dera camponesa eu vivia diretamente do campo então a rosa está olhando mundo desse ângulo e ela vai fazer uma interpretação sobre a reprodução do capital que a meu juízo não é 100% correta a interpretação dela mas que traz uma questão que é uma questão ricky se ela diz o seguinte o capitalismo para se expandir não
não não é suficiente a massa de trabalhadores ea massa da população que existe na sociedade capitalista para garantir a expansão do capitalismo portanto o capitalismo se expande e o capitalismo é um modo de produção expansivo de reprodução ampliada para ele se expande ele precisa de uma fronteira externa e precisa de algo fora dele que ele vá fagocita colonizar devastar e incorporar então essa é uma interpretação é brilhante porque ela percebe é ela não está tratando das expropriações efe que uma coisa não é o tema dela está tratando da acumulação do capital de serra mas ela
toca uma questão que é uma questão importantíssima e essa questão não tem razão senão que o capitalismo precisa de alguma coisa fora dele mas aqui o capitalismo vai para se expandir precisa permanentemente produzirá mais trabalhadores expropriar os trabalhadores que estejam é no campo e depois em outras condições e é ao mesmo tempo converter esses meios de vida em capital talvez tenha ficado tenha se tornado mais urgente mais grave agora no final do século 20 quando é alguns autores se dão conta que a expansão do capitalismo está trazendo algumas alterações significativos então talvez um motor mais
importante seja um hacker david rabe que vai falar do capitalismo por espoliação ele é recebo vista nessa interpretação ele considera que o capitalismo precisa produzir algo de fora dele pra poder se apropriar mas ele coloca acumulação primitiva como antes eu fiz uma interpretação que é bastante diferente da do rap embora respeito muito a ver e acompanhei muitos dos seus argumentos a discussão fundamental e que a meu juízo não ao lado de fora o lado de dentro a questão não está aí é a questão está que as condições de expansão do capitalismo são as mesmas condições
do avanço das próprias são e da conversão dos meios de vida em capital ou em outras palavras a expansão do capital exige que eles panda a base social sobre a qual se acerta o que eu chamo relação capital por max uma relação capital que é o encontro entre força de trabalho precisando vender sua força de trabalho de qualquer maneira e à riqueza o trabalho morto acumulado ainda que essas riquezas que ela pode ser fruto é já de acumulações precedentes nerd ciclo de acumulação do capital presidente ou de roubo de rapina de saque da violência etc
exatamente como antes e eu acho que estou sendo bastante fiel marx quando eu coloco isso é óbvio nós já estamos diante do capitalismo em escala internacional mas ele não pára de expropriar por conta disso marcos inclusive existe que descumpria também capitalista ea verdade conforme vai se expandindo a centralização em acumulação de capital também os capitalistas menores vão sendo expropriadas em alguns casos é vão-se reconvertendo e força de trabalho em outros casos vão virar gerentes dos novos proprietários continuam com cabeça de capitalista mas mudam de lugar social então portanto é a questão a meu juízo fundamental
é que nós temos ao longo do século 20 e aceleradamente nos últimos 50 anos uma massiva expropriação do povo do campo no mundo isso significa um aumento da classe trabalhadora no sentido marciano é em escala que nós desconhece serra essa massa de trabalhadores existentes no mundo hoje precisa vender sua força de trabalho a qualquer custo a existência dela a baixa o custo abaixo o valor da força de trabalho no mundo inteiro com diferença de um país para o outro mas a gente não vai ter tempo de entrar nesses detalhes e essas próprias são do povo
do campo continua mas não é só de progressão do posto campo a gente está assistindo também nós assistimos é principalmente no final do século 20 e aceleradamente no início do século 21 é o roubo de direitos ao roubo de terras públicas ao roubo dos recursos públicos direcionados para determinados grupos ao mesmo tempo em que esse estoque nos direitos dos trabalhadores que de alguma maneira um impedimento a esse avanço do capital sobre o trabalho o que disponibiliza a força de trabalho recoloque essa força de trabalho em condições precárias é eu vi no avião agora conversando com
uma pessoa do meu lado estava entusiasmado de trabalhar como vendedor numa empresa que tem 700 mil vendedores encontrado 700 mil vendedores sem nenhum direito espalhados no país e teve quando a gente imagina alguma coisa comum ver que mobiliza no brasil alguma coisa em torno eu acho que hoje em torno de mais de 1 milhão de trabalhadores cadastrados no ver e outras se eu peguei dois exemplos que são exemplo mais dramático mas a gente vai pegar vôo natura é isso tem uma quantidade e telemarketing uma parte do telemarketing com a sequência das terceirizações reduções de direito
e significa uma classe trabalhadora que ainda que esteja com contrato de trabalho não tem porque não tem mais direito stop aço que subordinado ao capital sem contar com essa parcela enorme sem direitos e as formas de conversão dos meios de vida em capital também atacado estão a cada dia mais drásticas bárbaras violentas imagem do seu nascimento como por exemplo o controle sobre as biotecnologias o controle sobre é as águas o controle sobre a reprodução das plantas que são os transgênicos e atualmente o uso muito generalizado dos agrotóxicos a gente tem hoje uma sequência de transformação
do que era meio de vida é em capital de maneira muito bárbara inclusive através do microcrédito espalhado pelo mundo inteiro onde talvez o que fez de pior tenha feito na índia mas faz também no brasil e fiéis e essas coisas são por exemplo um dos exemplos mas ele não é exatamente o microcrédito é o crédito direcionado pra concluir a acumulação do capital é a recriação das condições de expansão do capitalismo e de maneira ampliada portanto ele precisa repor sempre a sua base social isso é massa sebáceas e massas de trabalhadores precisando vender sua força de
trabalho ainda que eles possam matar centenas e milhares de trabalhadores vão fazer a menor diferença eles precisam produzir mais e mais na nossa do mundo e dois para se apropriar das condições de subordinação a valorizar o capital portanto é como quase todos os capítulos do capital o capítulo 24 é o capítulo maravilhosas toda a sessão sobre a colonização que está na última parte do livro do capital vale a pena ser lido por que não resolve o nosso problema mas permite a gente compreender o mundo contemporâneo e enfrentá-lo é na escala que hoje se coloca [Risadas]