bom pessoal hoje a gente vai falar de um tema que ele é fundamental eh pro pra gente alavancar pra gente tornar esse modelo de agricultura que tem nas árvores o seu Pilar Central um modelo relevante no mundo não é e em novembro de 2025 nós vamos ter a cop que é essa conferência organizada Pelas Nações Unidas a cop3 que vai ser é sobre mudanças climáticas que os países no mundo inteiro discute né qual o caminho que nós vamos seguir para reduzir o nosso impacto no planeta e é a primeira vez que essa conferência ela vai acontecer na Amazônia a última foi em Dubai então eu eu me baseei essa apresentação principalmente num trabalho produzido pela sbpc esse povos tradicionais e biodiversidade no Brasil nãoé então vocês Digitam isso povos tradicionais e biodiversidade no Brasil sbpc sociedade brasileira pro Progresso da ciência e lá já tem muitos sessões publicadas desse trabalho né Tem mais de 15 sessões Muitas delas já publicadas mostrando a riqueza que existe na Amazônia não só na Amazônia brasileira mas toda a Amazônia englobando outros países peru Colômbia Venezuela Bolívia a riqueza dessa dessa Floresta maravilhosa que que nós temos boa parte dela dentro do nosso país então eu coloquei aqui alguns dados só para vocês terem uma ideia ó 1 hectare de Floresta Amazônica tem mais espécies de árvore que toda a Europa tem mais de 300 espécies de árvores em 1 hectare mais do que toda a Europa e esse trabalho diz o seguinte até eu gostaria de saber assim o que os pesquisadores levaram em consideração né Qual foi o critério eles dizem assim 390 bilhões de árvores tem a Amazônia 16. 000 espécies eu fiz uma conta rápida Eu não sou muito bom em matemática mas eu fiz uma conta rápida se a gente tem 4. 100.
000 km qu se a gente divide 390 bilhões de árvore por 4 milhões de qum qu né Isso dá quase 10. 000 árvores por km qu 1 km qu tem 100 hectares se a gente divide 10. 000 árvores por 1 km qu por por 100 haar a a gente dá em torno de 995 árvores 100 árvores por hectare 100 árvores por hectare é uma plantação de nos pecã 9 por9 né 10 por 10 então assim eh E se a gente pensa só nas árvores adultas 10 por 10 é um espaço muito grande dá para jogar bola nesse espaço um campo de futebol então tem as árvores adultas as mais jovens as jovens jovenzinhas até chegar nas nos filhotes nos filhos nos bebezinhos e no banco de semente Mas se a gente pegar só os indivíduos que já germinaram não são 390 bilhões de árvores são 39 trilhões de árvores né tem muitos mais árvores Porque eu vou apresentar uma foto aqui da plantação de Cacau do ernes tem mais de 3.
000 árvores são 10000 cacaueiros e ele disse que os as melhores parcelas são aquelas que T 1. 00 2000 até 2500 árvores além das 10000 árvores do cacau então se você soma 2000 mais 10000 ou 2500 chega em 3600 árvores num plantil feito pelo Ernest e é muito semelhante à floresta então acredito que esse número se considerou só árvores muito grandes né para dizer que são 390 bilhões de árvores em 4 milhões de qum Quad 16. 000 espécies isso e o que é interessante esse trabalho é um trabalho arqueológico gigantesco né e e eles mostram que existem aglomerados de árvores na Amazônia que eles deram o nome de Hiper dominantes dessas 16.
000 espécies 227 espécies 1,4 de todas as espécies que ocorrem representa 50% das Árvores Então a gente tem uma uma quantidade muito grande de árvores de 227 espécies que os pesquisadores denominaram hiper dominantes e eles mostram nesse trabalho nesse estudo arqueológico de sítios indígenas Sambaquis né 85 espécies com populações domesticadas manejadas com dispersão e concentração que foi influenciada pelos seres humanos no passado não é então o que é interessante esse trabalho mostra também que quando os portugueses chegaram aqui existe essa estimativa que eles planejavam 122 espécies nativas de plantas domesticadas e 55 espécies domesticadas trazidas de outra perte das Américas Então são 177 espécies que eles plantavam e manejava e cuidavam além de utilizar mais de 3. 000 espécies dá para imaginar isso Esses povos que viviam na Amazônia antes de chegar os colonizadores os nós temos os espanhóis os portugueses os holandeses franceses esses indígenas manejavam 3. 000 espécies eles eles tinham usavam né 3.
000 espécies e manejavam 177 espécies é uma Coisa inacreditável e essa a gente tem essa foto no trabalho banana pacová cará roxo batata doce mamão macaxeira mandioca mingal de banana a maior parte dessas plantas por milhar milares de anos elas comp compõe até hoje a dieta das populações tradicionais e urbanas aí dos neotrópicos quando a gente fala macacheira e mandioca é a mesma espécie o que você tem é que a mandioca é a mandioca brava que tem alta quantidade de ácido hídrico Então você tem que fermentar e a macaxeira é e ela é um pouco amarga se cozinhar e comer né então tem que passar por esse processo de torra fermentação torra e a macacheira é o aipim a mandioca doce vamos dizer aquela que a gente come cozida né E tem uma utilidade infinita a gente diz no nosso livro que da Mandioca se aproveita tudo até a sombra da Mandioca para criar as nossas árvores né E nesse trabalho a gente tem aqui ó os sítios nesse mapa só tem os sítios que eles mapearam nos últimos 500 anos antes da colonização ou seja de 1000 a 1500 dos anos antes da colonização a gente vê que tá concentrado na Calha dos rios esses triângulos vermelhos todos concentrados aqui próximo aos rios Rio Amazonas Solimões Rio Negro e Tapajós tudo concentrado Xingu né concentrado na Calha dos rios e a gente vê aqui o o levantamento Arqueológico das espécies hiper dominantes isso Pega Amazônia não só o Brasil o mapa Brasil aqui pega todos os outros países Bolívia peru Colômbia não é Venezuela Suriname gueno francesa todos esses países aqui ó ó estão incluídos nessa linha vermelha aqui a Amazônia e esses pontos vermelhos foi onde eles fizeram esses levantamentos e o que é mais interessante ó eles encontraram os indícios por pólen Por fitólitos que são determinadas estruturas né que se conservam na como fósseis então ó euterpe precatória que é o açaí de de sem ser de toeira euterpe olera a saí de terceira eh a a a o patauá no carpus bataua que é o patauá depois tem Bacaba e por aqui tem uma infinidade astrocar murumuru que é o murumuru a Seringueira cupuaçu Cacau camirim caimito a mapati a piquiarana Inajá a Inga enfim são 20 espécies e quando el tem a linha contínua significa que se encontrou isso e às vezes como é intermitente ela se encontrava não no tempo inteiro mas desde 11. 000 anos desde 11. 000 anos se encontrou os indícios dessas plantas que os indígenas manejavam e provavelmente também plantavam porque olha bem isso se você tem a gralha azul que planta Pinhão a Cutia que planta Castanha a arara que planta seringueiro o gavião planta pupunha lá na Bahia na fazenda do Ernest todos os animais plantam aquilo que eles aquilo que eles gostam de comer o ser humano com a inteligência que tem ele também não iria plantar então é tá Óbvio isso né E esse trabalho Arqueológico mostra as evidências fortíssimas que os ser humanos plantavam manejavam e como isso funciona essa é a ideia oxiss sóis são latossolos né são pobres baixa disponibilidade de nutrientes é a característica dos oxiss Sis outro nome de latossolo e o que é interessante eles então habitavam um lugar incrementam enriqueciam esse lugar e com o tempo eles mudavam e aquele lugar ficava rico em frutas Então olha aqui as frutas agora que aparecem depois que eles abandonam aquele lugar e assim eles iam provocando essa hiper dominância das espécies e o que é mais interessante isso tem tem que tá a gente tem que tá acordado para isso eles não faziam isso em monocultivo Eles faziam isso em consórcios Ou seja já faziam agrofloresta e muitas vezes o Ernest fala Eu Não inventei nada eu tô fazendo o que os nossos ancestrais fizeram e simplesmente incrementando isso colocando agora nessa era a visão do Ernest a inteligência a juntando o que os ancestrais fizeram ele tá aprimorando melhorando aquilo por meio da poda anual por meio da plantil em alta densidade mas foi um aprimoramento nãoé isso é interessante ele fala Eu Não inventei nada eu fiz o que nossos ancestrais faziam mas tem agora vamos dizer o sabor pessoal do Ernest o que ele eh entende e incrementou isso né E aí a gente tem o formação da Terra Preta Terra Preta de índio e nesse trabalho vocês vão ver eles mostrando como esses indígenas vivem hoje e esses indícios que gerou a terra preta né E esse mapa eu acho que ele fala por si o nosso país foi inteiro Floresta o vermelho é o desmatamento verde mais escuro unade des conservação verde mais claro terras indas e o cinza são áreas eh privadas ou áreas da União aí que não é nem unidade de conservação nem Terra indígena Então o que é interessante assim a catinga já foi floresta é floresta mas mais da metade tá comprometida e 56% já foi destruído Cerrado mais de 50% muito mais que 50% já foi destruído a Mata Atlântica 90% já foi destruída as matas de araucar já foram destruídas Pantanal já foi destruído a o que sobrou basicamente sobrou a Amazônia que uso nós vamos dar paraa Amazônia então na COP 30 é fundamental de que maneira nós queremos usar utilizar essa grande diversidade alimentar que existe na Amazônia né então a gente tem aqui no sul Os faxinais que são terras coletivas é muito existem só resquícios hoje né terras coletivas que se extraía madeira criava animais se plantava parece que existe ainda um um pouco no Paraná não é e e e a gente vê a diversidade então a gente vê Caju goiaba Umbu no nordeste mangaba piqui no serrado Baru Araticum então uma diversidade gigantesca de alimentos Isso é só um um pincelado né que nós temos e quando a gente olha essa imagem a gente até acha que é Amazônia não é assim uma floresta mas não é quando a gente vê outra estação do ano nesse mesmo lugar na estação chuvosa na estação se isso é Catinga e a catinga é Floresta né se extraiu muita madeira da Catinga para fazer estradas de ferro para fazer as construções das cidades Aroeira Braúna Gonçalo Ipê foram milhões e milhões de toras que foram de árvores que foram derrubadas para se construir estrada de ferro e até hoje segue esse processo de destruição Então acho que a cop não é só discutir que uso nós dá pra Amazônia mas que uso nós queremos nós temos que recuperar as florestas do nosso país né do serrado da Mata Atlântica da Catinga porque boa parte disso que foi destruído não virou agricultura se tudo isso tivesse virado agricultura a gente se tornaria a maior potência do mundo muito na frente nós já somos uma potência muito grande de produção de alimento mas a gente estaria muito mais avançado mas boa parte disso que foi destruído tá degradado tá com pastos abandonos ados e não se produz nada em boa parte das florestas que foram destruídas porque só fazer a conta das terras que se produz soja milho frutas daquilo que foi destruído existe um gape aí gigantesco que não entra nessa conta da agricultura e aqui tá o Adão meu amigo agrofloresteira em agrofloresta agrônomo da imater do Ceará na cidade dele piqu Carneiro com essa suma uma gigantesca então você vê que a amazônia não existe um limite político pra Amazônia o limite da Amazônia é ambiental onde se tinha condições de crescer e tinha banco de semente as árvores cresciam Então você tem lá na Serra do Baturité por exemplo é uma Amazônia não é um clima chuvoso é então onde tem condições a Amazônia se manifesta ou a Mata Atlântica se manifesta nós temos um parque em Goiás que é as matas ciliares da da do serrado muito parce Mata Atlântica tem espécies da Mata Atlântica então onde se tem condições se manifesta as espécies que tem potencial que tem a ecofisiologia para crescer naquele lugar esse trabalho eu encontrei do Ministério da Saúde alimentos regionais quando a gente pensa na Amazônia isso aí você pode baixar lá alimentos regionais brasileiros no Ministério da Saúde você digita esse título E baixa na internet região Amazônica tem 46 tipos os mais comuns né E quando a gente vê frutas hortaliças leguminosas tubérculos raízes cereais farinhas ervas e quando a gente vai ver os outras regiões do nosso país são mais de 161 tipos então mais são mais de 200 tipos de alimentos regionais que a gente tem no nosso país mas por que que o ministério da saúde tá publicando alimentos regionais isso não tinha que ser o Ministério da Agricultura não porque e tá correto na nossa visão porque o Ministério da Saúde Olha a alimentação a agricultura como um instrumento de saúde pública e se você vê esse trabalho da Dr dafner mil que ela foi se formou como médica em Harvard ela diz o seguinte 95% das doenças podem ser curadas com alimentação Então tá o site dela aí tem vários filmes lá você pode assistir colocar legenda em português super interessante ela visitou muitas fazendas visitou muitos lugares no mundo ela publicou um outro livro você entra lá na na Amazon com dafner Miller tem outros livros publicados por ela que ela mostrando que existe uma relação muito forte entre produzir um alimento saudável e ter pessoas saudáveis sem veneno sem agrotóxicos com Solo Rico em microvida você tem pessoas saudáveis fortes que vivem muitos anos e esse trabalho que eu encontrei um livro que também tá na amazon.
com lá a fonte da loga vida e saúde entre os runza runza um povo que os ingleses acharam quando chegaram na Índia como se fosse um Xangrilá e as pessoas viviam mais de 100 anos com saúde o título do livro é a roda da Saúde nãoé eles descobriram o que esses esse inglês que visitou esse Xangri lá esse povo que estava ali no pé dos himalaias que eles construíram canais muito longos e a água vinha do degelo do Himalaia que devido o atrito do gelo na rocha né solubiliza os centes e eles irrigavam suas plantações bebiam essa água que é como se fosse hoje uma medicina ortomolecular com dezenas e dezenas de micronutrientes então eles tinham todos os nutrientes o alimento era tinha uma densidade nutricional alta e eles não tinham médico na na comunidade só quando quebravam um braço se cortava mas doença no livro diz que tem pessoas que viveram até 140 anos então a agricultura é um instrumento de saúde pública porque pessoas que se alimentam que não comem alimentos Ultra processados com com aditivos Às vezes você pega um alimento no supermercado é um compêndio de química tem 10 eu já vi alimentos que tem 10 12 tipos de aditivos químicos que você não sabe o que é aquilo então nós temos que comer o mais possível que for alimentos naturais que não foram pulverizados com veneno com agrotox e que não sejam transgênicos é só olhar o trabalho do professor seraline lá da França que já faz vários anos que Ele publicou os ratos alimentados com milho transgênico desenvolveram o câncer eh Não coma transgênico cuscuz Não coma feijão transgênico milho transgênico trigo transgênico nada transgênico porque não existem garantias e já tá provado pelo trabalho do professor seralini que o milho por exemplo é cancerígeno e Então essa questão do Povo runza isso é a o que tá acontecendo com os alimentos nós temos que ter alimentos com densidade nutricional porque nos estudos que estão sendo mostrados Nós perdemos densidade nutricional ou seja tem poucos nutrientes nos alimentos nos últimos 60 anos teve a perda do Sabor e da densidade nutricional então nós perdemos minerais essenciais compostos nutracêutico seja licopeno antocianina ou seja não é só a vitamina mas são compostos que eles trazem saúdes nas legumes no na carne dos animais que nós comemos então se você come uma maçã hoje você tem que comer três em relação à maçã de 1940 Mas isso não é culpa só não podemos dizer assim ah não é o mercado o agricultor a indústria porque um agricultor que produz um alimento com alta densidade isso pode ter um custo maior vamos dizer Mas será que as pessoas estão interessadas em pagar mais caro para ter um alimento com maior densidade nutricional então isso tem que ser uma coisa governo mercado indústria agricultores tem que ser um processo da gente estabelecer uma nova cultura para mudar isso porque não adianta ter aparência de milho sabor de milho cara de milho e não ter densidade nutricional é muito fácil você saber idade nutricional você compra um refratômetro Baixa lá da internet que é tabela de refratômetro de Bricks tabela de Bricks pros alimentos um professor nos Estados Unidos fez isso há muitos anos então Bricks 4 é muito pobre cada alimento varia e Bricks acima de 12 nenhuma planta pega a doença quando Ten o Bricks acima de 12 é muito fácil isso a gente saber se o nosso alimento é rico tem densidade nutricional uma uma das maneiras é medir o Bricks Quais foi as causas Quais foram as causas pra perda dessa densidade nutricional né aplicação caótica de nutrientes minerais e também só colocando nitrogênio fósforo de potássio Aí a gente faz o alimento crescer mas ele não teve valor Como dizia a minha mãe por fora Bela viola por dentro pão borolo bolorento é isso Você come um pêssego no mercado parece que você mordeu Uma batata só tem nitrogênio o pêssego ficou grande mas não tem sabor não tem moléculas complexas não tem nutrientes não tem compostos nutraceuticos enfim é cara de alimento Mas você chupa uma laranja do mercado não tem sabor agora você vai no agricultor colhe uma laranja que ele não usa veneno ele cria lá um modelo familiar Ou em consórcio a laranja é muito mais saborosa a mesma variedade né então isso também uso de variedades de alto rendimento Ou seja a gente fez o alimento produzir mais mas é muitas vezes aumentou só o amido aumentou os nutrientes os micronutrientes agricultura química que torna as plantas disfuncionais sem microvida porque mata o microbioma que protege a planta o microbioma que vai com a raiz pra próxima geração os fungicidas inseticidas matam esse microbioma os alimentos geneticamente modificados Não coma isso isso é não faz bem pra saúde nãoé O esgotamento e degradação do solo tudo isso gerou a perda da densidade nutricional dos alimentos então a gente tem aqui ó a perda de nutrientes Esse é um trabalho publicado na Índia né que eu eu eu mostrei ele aqui esse trabalho aqui de baixo ó an alarming decline in the Nutrition Quality of Foods Então você digita esse título pode ver o trabalho inteiro na internet e os pesquisadores mostram isso a redução ó em banana você tem aqui 25% menos cálcio 55% menos ferro 57% menos vitamina A 9% menos vitamina C E por aí vai de todas ó esse as frutas e aqui Os Vegetais então salsinha 32% menos cálcio aqui por exemplo eh onion 100% menos vitamina A então por aí vai nãoé a diminuição e não é só isso a gente tem uma mudança dos hábitos a vida é fluxo né A vida é impermanente então você tem aqui na Índia por exemplo nessa região de rajastan se eu não me engano eles comiam diversos tipos de milho milheto né diversos tipo de milheto sorgo milho é Barley não sei se é cevada aí trigo o trigo aumentou 5500 e todos os outros cereais - 98 -92 72 todos diminuíram e aí mostra e essa mudança no hábito alimentar que influenciou muitas vezes negativamente também porque tinha uma diversidade maior e eles reduziram estreitaram a segurança alimentar estreitaram a base de alimentos que isso que dava saúde porque tinha o alimento antigamente densidade nutricional e diversidade então quando a gente eh come vegetais e se você não come carne a gente tem que buscar um leque maior de vegetais para buscar os nutrientes em vários vegetais porque muitas vezes na carne tá concentrado e já tá provado né que comer muita carne todos os dias três refeições isso não faz bem pra saúde de forma geral e esse trabalho do professor Paulo Cavalcante já falecido do mseu Emílio gue eu comprei isso na década de 90 ele fez esse trabalho em 72 79 estudando de 72 a 79 estudando as frutas comestíveis da Amazônia ele listou 176 espécies nativas e aclimatadas ou que seja de outras regiões mas que crescem bem na Amazônia no clima tropical então é impressionante compra esse livro tá na estante virtual é muito barato r$ 1 compra esse livro eu coloquei do a até o c só uma que entrou do d aqui o dão Mas ó abo abajeru açaí acaju a chauá gri agac agag por aí vai pessoal só de Araçá aqui ó Araçá boi Araçá do campo Araçá deanta Araçá Lima Araçá Mirinha Araçá Peira uma infinidade gigantesca de frutas nós não podemos perder isso quando a gente faz um desmatamento gigantesco muitas espécies a gente já perdeu no serrado na Mata Atlântica e estamos perdendo na Amazônia e Isso é uma riqueza gigantesca que nós não podemos perder então vou só vai dar o exemplo de algumas a Castanha a castanha é a vaca dos amazonenses você compra uma desnatadeira a castanha fresca você faz leite de Castanha aí você tira o creme de leite da castanha o leite desnatado você pode fazer iogurte com isso tem uma infinidade de coisas que se dá para fazer e a castanha tem selênio não é a castanha tem selênio que é o que o selênio previne o envelhecimento existe até eh ideia hipóteses né indícios de que o selênio ele ele elimina o mercúrio não deixa a pessoa se intoxicar com o mercúrio porque naturalmente tem rios que tem uma alta quantidade de mercúrio na Amazônia e as populações não tem sintomas de doença por Mercúrio porque se alimentam de muita Castanha então tem o açaí o cacau a pupunha são alimentos riquíssimos só isso aqui uma vez que Ernest me disse 500 Kg de pupunha caloric equivale a 250 kg de milho e a pupunha ela é riquíssima o fruto não tô falando nem do Palmito o fruto riquíssimo em vitamina A ele tem um monte de qualidade só digitar na internet qualidades medicinais e a gente chega naquilo que Hipócrates disse faça do seu alimento o seu remédio faça do seu remédio o seu alimento o pai da Medicina então é óbvio que agricultura é muito mais importante que outras atividades não é então a gente precisa criar um modelo que as árvores é o Pilar central e a diversidade faz com que a gente tenha uma limitação muito mais saudável Então esse exemplo do Professor Carlos Nobre que tá estudando tem um projeto na Amazônia né ele diz assim a cooperativa mista lá de tome Açu Cooperativa Agrícola mista tome Açu que é no Pará que é formada por descendentes de japoneses chegaram muitos anos atrás comercializa mais de 120 produtos a partir de 64 64 espécie da Amazônia e eles vendem isso pro Brasil e no exterior e diz assim um hectare de sistema agroflorestal rende em média 000 por ano 1 hectare R 5400 isso é cinco vezes mais o rendimento da soja 10 vezes mais o rendimento do Gado essa foto aí é de um agricultor lá da da canta de Tom Açu produzindo baunilha onde a gente produzia eh aquela pimenta né ele produzindo aqui a baunilha antes ele produzia pimenta do reino se você ver quanto custa 1 kg de fava de baunilha você entra no Mercado Livre lá R 5000 1 kg de fava de baunilha BBom né um clima ideal para se fazer isso em sistema agroflorestal então existem muitas possibilidades como aqui por exemplo eu tô no cerrado esse é o nosso Baru na fotinho menor é o nosso Baru tem um Baru na Amazônia que lá não chama Baru chama kumaru mas o gên é Dex completamente diferente o fruto é igual mas o sabor é o sabor de uma baunilha exportado no pro Brasil exporta o Brasil exporta isso como fav tonca você rala essa semente ela tem um perfume maravilhoso um só pode consumir pouco né porque é muito forte perfume restaurante cinco estrelas no mundo inteiro use isso aqui fav tonca outra coisa que você pode plantar para exportar fav tonca Mas isso não vamos plantar um monocultivo de fav tonca de kumaru né monoc cultivo de barul não nós plantamos isso em diversidade em consórcios para produzir Terra Preta Como os indígenas no passado produziram Terra Preta na Amazônia isso aqui Leite árvore que dá leite então tem o Amapá doce o Amapá amargo árvore que dá leite esse trabalho nós fizemos com esse agricultor esse meliponicultor seu Joãozinho lá em belterra quando eu trabalhei na Amazônia em 2003 2004 2005 de 2002 a 2005 fizemos um trabalho com com o Seu Joãozinho Ele tinha 15 espécies de abelha sem ferrão cada Mel tinha um sabor era como se fosse um licor da Amazônia tinha o mel por exemplo da abelha marmelada tinha que cortar com a faca por isso que chama abelha marmelada ele chegou a ter 1500 colônias Hoje ele diz que tem menos de 200 porque a soja chegou em belterra acabou com as flores e o agrotóxico Matou as abelhas então abelha canudo que era a principal abelha dele que produzia 7 8 l por ano hoje dá em média 5 kg Então isso é uma tragédia assim é uma tragédia que não tem tamanho a destruição da diversidade O que poderia ser uma chave para nós de riqueza muito grande não é Então isto é outra coisa pessoal também que nós não podemos fazer um modelo como esse isso é que nós queremos pra Amazônia Cacau a pleno sol não olha a terra descoberta com irrigação isso é plástico irrigação é plástico que vem do petróleo petróleo é finito não nós temos que fazer um sistema com árvores o cacau é uma planta que gosta de sombra ah não mas selecionamos essa que tá bom mas a pleno sol com irrigação E aí ele vai ter vassoura de bruxa monola monil todas as doenças que dão no Cacau e nós vamos ter que usar os ins fungicidas e vamos ter que trazer insumo de Fora para colocar nessa terra descoberta não é saída não é saída isso as pessoas T que voltar pr pra zona rural nós temos que construir sistemas complexos ou a gente vai esperar o colapso chegar de vez e aí nós vamos ter hordas de pessoas desesperadas não nós temos que ir pra zona rural e construir sistemas complexos como esse do Ernest fazenda do Ernest na Bahia isso é um sistema complexo que produz 120 toneladas de matéria Verde por ano por hectare e depois da poda isso aqui tem mais de 3. 000 árvores por hectare contando as adultas Então olha isso é uma riqueza produz 70 a 100 arrobas por hectare a média na Bahia 18 a 22 arras Ernest produz de 70 100 arras Então isso é viável é possível existe tecnologia e ela é originária do Brasil Ernest vive no Brasil há 50 anos 40 anos então é possível fazer isso nós temos tudo na mão a gente só precisa fazer e mostrar que é esse desenvolvimento que nós queremos paraa Amazônia olha a produtividade do cacau do Ernest super produtivo Olha o solo coberto Não precisa trazer insumo não dá doenças existem aí centenas de pássaros que fem o controle que eles se alimentam dos insetos então não tem como impossível um inso um inseto se tornar praga é impossível porque tem uma infinidade enorme de passarinhos e olha os fungos esse do meio aqui ó surgiu numa agrofloresta de uma amiga lá no Rio Grande do Sul é um fungo da Austrália talvez veio com os eucaliptos no passado e se estabeleceu no Brasil todos os outros são da fazenda do Ernest todos esses fungos que aparecem aqui na imagem São da Fazenda de Ernest G Fazenda óleos d'água Ernest aumentou na floresta osil que era três para um fungo e bactéria onde hern se faz o manejo é 16 para um isso é disruptivo isso é de explodir a mente assim não existe ninguém que consiga chegar em 16 para um a relação em massa de fungo bactéria tem uma infinidade enorme de fungo Então agrofloresta é isso um modelo que tem árvores o modelo que nós queremos propagar que a agricultura sintrópica é viável é possível a gente só tem que fazer agora a gente pega por exemplo a questão do Açaí no Pará não é olha isso de 2011 a 2020 o açaí aumentou 15. 000% Então o que acontece agora vamos plantar só açaí porque tem preço Tem mercado internacional E aí isso impacta fortemente a Amazônia porque nós estamos derrubando sumauma jatobá para ter só a saí e quando a gente vê esse trabalho da Embrapa isso é maravilhoso esse trabalho aqui eles estão dizendo o seguinte ó quando eu tenho área com muita Floresta eu coloco caixa de abelha eu aumento duas vezes a taxa de visita das abelhas silvestres né quatro vezes na colheita e lucro se eu tiro as caixas de abelha não tem influência nenhuma porque eu tenho Floresta então é uma redundância eu colocar caixas de abelha onde eu tenho floresta e açaí as caixas de abelha se tornam redundantes Porque a floresta já cumpre esse papel a floresta já sabia que produz mais açaí então se eu tenho açaí monocultura e não tenho Floresta eu tô produzindo quatro vezes menos aí eu tenho que colocar caixa de abelha mas é muito mais fácil você ficar manejando caixa de abelha é muito mais fácil ter floresta e outra coisa quando você coloca a caixa de abelhas com caixa de abelhas você tem redução de 60% na abundância de abelhas silvestres e de 50% na riqueza de espécie porque você colocou mais abelhas né aquela que você quer que polinize o açaí e a ela agora el vão pegar a comida e não vai ter para aquelas silvestres Então você tá impondo ali uma pressão nos naturais Então qual que a melhor saída ter Floresta plantação de açaí e não se preocupar em colocar caixa de abelha você vai ter uma grande produção a sair com Floresta na Esse é um outro exemplo que tá destruindo todas as florestas tropicais no mundo o cultivo de dend né então isso eu tirei aqui do economista que acrescente demanda por óleo de palma é desmatamento gigantesco de florestas e na Amazônia também incluindo tá aí o trabalho diz ó você tem uma degradação e a perda de algum dos ecossistemas mais importantes do mundo incluindo a floresta amazônica Então isso é agora o mais absurdo pessoal a gente tem a destruição né das florestas tropicais como aqui tem os orog tangos Isso é do World Life da wwf e o que é mais impressionante em Sumatra essas plantações de dend aqui ó isso aqui ó em Sumatra tá aumentando muito o número de ratos que vem se alimentar dos frutos porque é doce adocicado né a poupa do fruto isso trouxe muitas cobras mu serpentes tá tendo muitos casos de acidentes com com serpentes aí que que os as pessoas que plantam esse modelo estão matando as cobras para tirar a pele então a gente piora ainda o o É como se os economistas dissessem era rentabilização dos subprodutos secundários ou seja tudo gira só na economia e a gente destrói o ecossistema e se se dissesse por exemplo Ah que os ratos tem preço aí a gente ia caçar os ratos agora também para tirar a pele deles ou fazer o que fosse para isso gerar mais dinheiro mas é possível se viver com florestas e ter uma vida digna uma vida com fartura uma vida com saúde né É só a gente entender como as florestas funcionam esse trabalho feito pela Natura Ernest trabalhou no começo em 2006 se eu não me engano nesse trabalho que o plantação a plantação de dendê na Amazônia é 9 por e nesse trabalho eles consorciar Dendê tiraram uma linha de dendê e fizeram florestas biodiversas né um trabalho da Natura também parece que envolveu a Embrapa E aí o dend que produzia 138 kg por planta passou a produzir 180 então não foi uma redução de 1/3 e ainda se produziu açaí nessas filas de árvore aqui Cacau cajam Mirim gliricídia então a gente melhorou aquela monocultura e ainda tá em larga escala então é possível melhorar porque o monocultivo ele é deletério pra natureza então aqui a gente tem a monocultura de de DND a agrofloresta e a floresta então não podemos esperar por tecnologias que não existem porque todo mundo diz muitas vezes pessoas falam né Não a tecnologia vai resolver o problema Ué mas se não existe isso não é uma atitude Prudente a gente esperar ainda por uma tecnologia né Eu acho que fundamental isso é o professor Carlos táo acrescentei Mais Um item aqui Professor Carlos táo que trabalha com decrescimento econômico que não tem como a gente só é um país finito então não tem como crescer crescer crescer a economia o país é o mundo é finito é um planeta terra finito Então precisamos avaliar cada ação ou tecnologia no seguinte aspecto essa tecnologia que nós estamos usando para produzir alimento desde o seu nascimento Obrigatoriamente faz a vida prosperar até o estabelecimento completo e regenerativo do agroecosistema Ou seja a gente não destrói a vida a gente potencializa a vida e aquilo pode se regenerar e produzir Terra Preta se a resposta é sim então a gente usa essa tecnologia Qual a condição social de quem aplica a tecnologia se ela atende apenas 5% da população não é viável nós temos que atender 100% da população Porque se ela atende só uma elite uma classe dominante isso não é uma tecnologia que a gente pode aplicar no mundo inteiro a natureza ecológico energtica dess tecnologia o uso contemporâneo dessa tecnologia impede o acesso à mesma pelas gerações futuras a questão de o que a gente tá fazendo hoje os nossos sucessores né eles vão poder também fazer eles vão ter acesso a uma floresta biodiversa riquíssima todos os alimentos densidade nutricional se a resposta é sim podemos usar essa tecnologia a condição política da tecnologia ela requer sistemas hierarquizados e piramidais de poder que cancela o debate público Cancela a democracia direta e autogestão a tecnologia ela tem que ser Libertadora ela não pode ser uma tecnologia que Castra a criatividade que limita que Estreita a vida das pessoas Então esse é o modelo de tecnologia a tecnologia Libertadora e que as pessoas entendendo como o planeta funciona entendendo como as florestas funcionam elas aplicam essa tecnologia melhoram de vida produzem Terra Preta produzem inf florestas biodiversas e estratificadas se alimentam bem e tem um produto com alta densidade nutricional a tecnologia em si ela não é boa per si ou seja por si criamos uma tecnologia é boa não nós temos que olhar esses aspectos aqui listados três deles foram listados pelo Professor Carlos taibo e o primeiro eu coloquei que a tecnologia ela tem que ser boa desde sua implantação manutenção e ela aplicada regenera as flor florestas e aqui a gente chega pessoal no modelo propagado por Ernest ele diz assim hoje como funciona o mundo a economia demanda a economia diz como tem que ser a tecnologia o ecossistema a relações sociais e isso que nós temos que mudar um sistema menos suicida não é mais a a economia que demanda que diz tem que dizer o tamanho do trator não é o ecossistema que tem que dizer a tecnologia máquinas leves para não compactar o solo para não compactar diz como que tem que ser as econômic entreas pessoas diz como tem que ser as relações sociais ou seja conversam entre si e aprimorando isso nós temos o modelo bió proposto por hernest que a agricultura tá no centro desse pentagrama porque a atividade mais importante que existe e o ecossistema diz as leis são dadas os processos e os princípios as coisas são assim o que nós fazemos com ela não podemos ultrapassar essa linha nós temos que respeitar o planeta e é dali para baixo da Lei natural para baixo Então como tem que ser a filosofia como tem que ser a tecnologia a economia conversa entre si e atividade prática agricultura no centro desse pentagrama como a atividade mais importante e os valores dessa sociedade e a gente chega numa proposta que ela tá englobada pelos 15 princípios propostos por Ernest tá lá no site agend gate.