PARA ENTENDER SARTRE: O SER E O NADA

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Danilo Arnaldo Briskievicz
Apresentamos alguns fundamentos do pensamento existencialista de Jean-Paul Sartre a partir do livro ...
Video Transcript:
oi oi meu nome é Danilo briskievicz e vamos conversar sobre o ser e o nada a maior e mais importante obra filosófica de jean-paul sarte jean-paul Sartre não só viver os dilemas do século 20 mas procurou também engajar a sua Filosofia na política é por isso que politicamente falando ele participou de vários eventos na academia vários eventos políticos em manifestações públicas escrevendo peças de teatro participando de entrevistas polêmicas rejeitando O que foi um ato político o prêmio Nobel de 1964 de literatura Mas acima de tudo que a gente quer discutir aqui hoje quer apresentar são
as noções os fundamentos os pressupostos do livro O sério nada que é na verdade um ensaio sobre a chamada on e fenomenológica ou Se quisermos traduzir em bom português como ser humano se constitui enquanto o ser humano como nós nos tornamos o fundamento de nós o primeiro conceito fundamental para Sartre é que tudo parte Toda a realidade humana parte do cogito cogito significaria de alguma maneira mente cérebro faculdades mentais habilidade de reflexão Então cozzi tu é esse espaço em Que Nós pensamos vemos o mundo articulamos refletimos comparamos classificamos e aí por diante é um diálogo
sem som e em que o indivíduo escuta a si mesmo e se escutasse assim mesmo representa no final das contas que tudo que está fora de mim terá como maneira de ingressar no meu pensamento só vai acontecer isso através do meu corpo através do meu sentidos a nossa mente o nosso cogito é aquele que de alguma maneira vai organizar as percepções sensoriais do próprio mundo e nesse sentido nós temos que existe o Code to well que penso e do outro lado as coisas O Mundo entre o ser pensante o mundo nós temos então aqui o
sujeito que pensa e os objetos que são pensados eu encontro sujeito só sei de mim mesmo e eu posso pensar então através das minhas percepções individuais o objeto as pessoas que estão fora de mim mesmo sendo da mesma condição humana são também objetos objetos pensados por mim através do meu Costa nesse sentido entre as coisas e o pensamento entre o sujeito e os objetos nós temos uma relação que é a própria existência a existência segundos até acontece nesse jogo entre coisas objetos e sujeitos pensantes ele vai dar um nome bem específico para essas dimensões das
realidades humanas quando ele diz do ser humano enquanto ser pensante ele vai chamar de ser para se é tem por suar em francês o que que é o ser-para-si é aquele que não tem como condição prévia de conhecimento do mundo o seu próprio Código Tu cada mente cada cogito cada mentalidade é única nesse caso o sujeito o ser-para-si tem consciência de si mesmo tem consciência que está pensando tudo que está fora do separa se ele vai chamar então de ser em si essa ansua ou seja objetos que estão fora de mim nesse sentido quando nós
podemos por exemplo celular e um smartphone uma televisão um carro uma mesa são seres em si são seis que não conseguem emitir através da linguagem as impressões sobre o mundo interior porque não tem crédito nesse caso a nossa relação com as coisas com os objetos com aquilo que é rei ficado e certa maneira é uma relação e descer para si a consciência pensando o mundo os objetos ou chamado ser em si entre o ser-para-si e o ser-em-si nós temos uma relação em que é possível pensar o mundo em que vivemos a contribuição do livro O
sério nada para a apresentação do corpo como objeto no mundo especialmente o objeto em que o estado vai atuar políticas públicas o meu corpo retificado ele se torna um ser em ser que muitas vezes é Deus vai o site no livro ser e o nada já postula que é o corpo fundamental para a existência do código nesse sentido nós precisamos entender que o corpo tem uma dimensão de apresentação de quem existe daquele que pensa e é fundamental para que eu possa agir no próprio mundo nesse caso aparece uma outra expressão que é o ser para
o outro é tem por outro Ih o ser para outro só pode existir por causa do corpo então corpo é o espaço em que eu me constitu enquanto o código individo mas esse meu constituísse indivíduo é feito ao mesmo tempo com relação aos outros e eu vou de certa maneira imaginar pensar constituir a mim mesmo a partir da relação com os outros e é uma relação interessante porque se nós pegamos o exemplo da vergonha eu estou dentro do meu quarto trancado Mas por que que mesmo assim eu penso os outros é porque existe uma dimensão
ontológica de Constituição do ser para outro dentro da minha própria consciência eu formalizo eu identifico eu percepcionam no eu represento o outro dentro de mim mesmo é por isso que o Sartre explica que o corpo muitas vezes ele se aliena na ação porque eu represento o outro como agressor opressor como alguém que vai tirar minha vida te dar a minha liberdade Mas me causará vergonha e aí por diante a estrutura do Oi para o outro do ser para o outro é constitutiva do próprio ser humano Nós não somos seres totalmente isolados nós de alguma maneira
tornamos os outros presentes através então dono da nossa consciência de mundo os outros estão conosco tempo todo é por isso que no final das contas a responsabilidade sobre o mundo em que vivemos é de todos Ninguém está isento de agir de uma maneira a se tornar uma aberração humana todos nós podemos criar em algum momento um problema para todos os seres humanos porque eu identifico a minha relação com o outro com uma relação de domínio de dominação de controle de violência de coleção E aí por diante e vou dizer que os outros são obrigados a
gente como eu não Ninguém é obrigado a agir como outro a capacidade de interditar o que o outro quer de mim através do pensamento crítico da recolocação da própria consciência de si mesmo no mundo nesse caso as interferências externas não chegam nos afetam mas assumir essas interferências de maneira livre é um exercício de cada um eu não posso justificar que estou fazendo as coisas que sou obrigado por que seria de certa maneira agir de má-fé o grande Dilema do existencialismo é resolver a questão de como o ser-para-si que é consciente de si mesmo percebe os
objetos o chamados ser em si quando eu lido com coisas que não tem consciência me gera uma certa insatisfação uma angústia uma náusea por quê é preciso o tempo todo me reafirmar como ser humano Como projeto eu preciso agir eu preciso fazer coisas eu preciso tomar decisões Aqui nós temos um limite entre o ser-para-si e o ser em si um ser em si os objetos não tomam decisões não tem responsabilidade ético moral por isso que é angústia de viver angústia de existir está na exata proporção de exercitar a liberdade de decidir nesse caso é um
dilema saber se a minha decisão é a melhor decisão ser tomada não por acaso uma das constituições do cogito um dos fundamentos do código ou dessa formação do próprio código é capacidade de se colocar fora de uma determinada situação e através do pensamento crítico ajuizar julgar é feito esse distanciamento é uma das atividades próprias da chamada consciência ou do chamado pensamento ou Se quisermos é uma dimensão do ser para si o ser-para-si é um ser moral é um ser ético por isso é vocês livre e que tomar decisões o que que é então no final
das contas exercitar a própria liberdade para jean-paul Sartre a liberdade ela nunca é um dado prévio ela não quer um dado abstrato a liberdade ela é uma relação a liberdade se dá na relação com o mundo com os objetos e com os outros significa então que a liberdade ela nunca é um dado indeterminável eu uso a minha liberdade ou ser humano usa a sua liberdade o ser aplica a liberdade Bom dia exige tomar uma decisão nesse caso nós temos aqui que a liberdade para Sartre ela nunca é anterior a decisão ela se dá pari-passu ao
mesmo tempo da decisão do sujeito Porque toda decisão está situada tem uma determinada condição para se tornar efetiva nesse caso Todo engajamento humano ele é o engajamento numa determinada situação o que eu faço numa determinada condição sobre determinada condição diante de outras pessoas diante do mundo das coisas é o que nós vamos chamar então de liberdade não existe nada anterior a isso O que existe uma decisão do sujeito pensante diante do mundo que ele Exige uma tomada de atitude tomar atitude decidir É engajar-se nesse nós podemos comparar com textos parecidos em que houve mais ou
menos Liberdade do sujeito menor ou maior capacidade decisão mas não tem jeito nós vamos tomar decisões o tempo todo nós somos seres que somos fadados só os condenados à liberdade por fim nós podemos dizer que cabe a cada ser para si a criar a sua própria identidade no mundo e não existe um modelo de ser humano algo prévio você não manda um projeto em aberto ser protagonista da própria história não é simplesmente copiar modelos anteriores mas questionar esses próprios modelos reformular engajar propostas novas e a modificação do mundo comum se dá na exata proporção de
que nós utilizamos a nossa liberdade o tempo todo ser livre em situação em determinadas condições é um exercício cotidiano essas opções tomadas diante da própria vida que vai acontecendo no final das contas se o ser humano é uma paixão inútil é uma paixão inútil que decide uma paixão inútil que amando decidir se engajam no mundo nesse caso nós temos algo fundamental também no texto de Sacre que é a justificação da existência é uma pergunta interessante o que que justifica a minha existência no mundo os vão dizer eu sou um projeto de vir e O que
justifica a minha vida é trabalhar para a família o que justifique a lutar pela Pátria o que me justifica no mundo é o meu trabalho tudo isso está fora do ser humano a grande justificativa passar para Sartre é quando Nós aprendemos a nos relacionar pelo amor curiosamente O amor é grande e justificativa que nós buscamos o tempo todo nós queremos ser amados ter uma experiência profunda de conexão com os outros através do Amor no final das contas nós podemos dizer que o ser parece que é um ser para outro quando ele encontra o amor quando
ele se relaciona profundamente com alguém de uma relação amorosa é como se ele estivesse em Plenitude consigo mesmo nesse caso nós te e o Ingá jamento que vai acontecer a situações de amor são situações de engajamento profundo quando eu reconheço que o outro assim como eu sofre mas que também precisa de amor O amor é a maior justificativa do ser humano da própria vida para sua própria existência parece absurdo talvez pareça absurdo mas aquilo que nos faz bem de alguma maneira é a nossa felicidade inscreva-se no nosso canal curta compartilha e até a próxima
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