Aula 1. História do Tempo Presente. Parte 3.

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Rodrigo Perez
Video Transcript:
e lá gente são as terceira parte da primeira aula no começo eu até tava querendo gravar um único vídeo por aula mas talvez tenha sido até bom faço do tablet não suportar a gente vai gravando partes né por parte da parte de meia hora então você jogou para mim porque é mais pensativo ministrar uma aula sem público na presencial e talvez para vocês também ouvir né ouviu uma parte agora outra daqui a pouco eu chique menos estafante voltamos de onde eu parei meu povo que foi quando eu começar a discutir o debate sobre o atualismo
proposto pelos meus queridos colegas valdeir araújo e mateus pereira que esse livrinho aqui atualismo como a ideia de fim do século 21 gente na play eu vou divulgar essa primeira aula numa playlist lá no meu canal do youtube então quando vocês forem assistir os inscritos vão receber o link certinho primeiro e aqueles que não que não tiver inscritos vão lá na minha playlist que vai tá lá história do tempo presente aula um vai voltar todos os vídeos dessa primeira aula gravados por mim e um videozinho também do da aldeia araújo meu colega professor lá da
top da federal de ouro preto onde ele vai apresentar um pouco o argumento dele a tese dele a tese deles né dele e do matheus pereira no livro atualismo ok então vocês também as estão lá o videozinho do valderi que a curtição cinco minutos ou sete minutos só e também como o material extra da nossa aula de hoje bom o matheus o matheus pereira valdeir araújo eles aprofundam esse debate sobre o presente amplo sobre o bloqueio do futuro que caracteriza todos os autores que vão discutir o regime de historicidade contemporâneo presentes tem esses tempos do
presente amplo e aí se você quiser falar com o histórico no bombas ou não a cultura histórica contemporânea ou seja essa essas contemporâneas que eu sei que suas coletivas e socialmente distribuídas no tempo marcados marcadas e como nós já mostramos aqui pela implosão das fronteiras muito delimitadas típicas da temporalidades turista entre passado e presente por fronteiras mais porosas e e pela ideia de futuro como catástrofe não mas como progresso pela ideia do passado como o o objeto de um constante e atualização e não macho como o atraso a ser superado e pela ideia do presidente
como os amplos espaços de múltiplas presenças e não mais como um curto momento do furto temporal a ser superado numa marcha avisando o futuro percebe que a dizer é dessa transição da cultura histórica moderna para a cultura histórica contemporânea nós temos de uma mudança estrutural na prospecção de tempo tanto em relação ao passado ao presente e ao futuro na cultura histórica moderna o passado era o atraso o obscurantismo a ser superado pelo fluxo processual progressista e como é que tudo histórica contemporânea o passado é o objeto de constante rave rave ficar são o passado é
constantemente rave ficado represente ficado em diversas chaves possíveis com trauma e como parâmetro identitário como saudosismo e na cultura histórica moderna o presente é um espaço curto a ser superado pelo fluxo cronológico progressista e na cultura histórica contemporânea o presente é um amplos pasto alargado de múltiplas presenças na cultura histórica moderna o futuro é o progresso é objeto de desejo na cultura histórica contemporânea na conta a história que é o moderno futuro é o progresso objeto de desejo na cultura histórica contemporânea o futuro é a catástrofe aquilo que cria um sentimento coletivo de insegurança e
incertezas percebe que a dizer é tão nós temos uma mudança total e o livro do valderi do mateus ajudam a a digital a dimensão faz contemporânea disso e aí pó tá até deles é que o conceito atualismo do inglês ao tuíte é o conceito síntese da cultura histórica contemporânea vejam só na página 29 do livro deles os autores comentam uma uma tentação uma passagem uma fala da jornalista global eliana cantanhede onde ela usa o conceito atualização precisem o seguinte o uso da palavra atualização na frase da jornalista pode expressar uma mudança sutil e subterrânea da
experiência um substantivo deslocamento nas formas modernas de significado tempo histórico quais as mudanças temporais que possibilitaram a passagem com sobreposição substituição sinonímia da palavra modernização para a atualização levando-se em conta a já conhecida as críticas a conceituação de categorias como presentismo na sua hartog ou do presente anti-rugas procuramos refletir sobre esse deslocamento na experiência do tempo por meio da categoria atletismo o meu logismo e língua inglesa que traduzimos em português como atualismo o livro que segue e é uma tentativa de reunir o marcelo de fragmento de reflexão em torno dessa categoria de modo que ao
final possamos compreender melhor nosso tempo e as formas históricas das atualizações ainda pouco estudadas porto qual é o morte a questão a tese o argumento levantado pelo valdei e pelo mateus compras e o hartog estiveram muito preocupados com a construção dessa cultura histórica contemporânea só que o contemporâneo deles de um deixe de hartog é a segunda metade do século 20 e aí o ar tório vai falar em regime de historicidade presentismo oi e o google vai falar numa chronotopia de um presente tanto em e o mateus e o val dele estão preocupados com essa cultura
histórica contemporânea no nosso século 21 eles vão sugerir a tese de que o conceito atualismo é o conceito síntese dessa cultura histórica contemporânea e aí na página 44 ele é um sistema ativo ou melhor essa tese dizendo o que é a nossa reflexão a palavra atualismo ajuda a entender a persistência de determinados níveis de aceleração dispersão e dissociação temporal apesar da crise o fechamento do futuro o chamamos as formas específicas de conectar o passado o chamamos as formas específicas de conectar passado presente futuro de temporalização do tempo nessa direção a emergência da palavra atualização como
conceito de relevância político-social pode ser tomada como um fenômeno revelador de novas formas de temporalização se vista como uma metáfora de certas situações experiências contemporâneas a palavra pode nos ser útil na compreensão de transformações dos morros da vida pode ser ainda tomada como um sintoma de como o tempo tempora lisa no mundo atual e como a sensação de aceleração e multiplicação de ocorrências pode ser desconectada da decisão da utopia e de uma de uma noção totalizante e orientadora de progresso e o que esteja temporalização do tempo e as formas repito coletivamente compartilhadas e socialmente distribuídas
de conexão passado presente e futuro o que os autores estão falando é que a dimensão contemporânea hoje século 21 dessa conexão podem ser resumidas por um conceito que sintetiza a nossa experiência político-social por um conceito síntese que o conceitualismo pra sustentar ted e aí quem quem folheou o pdf já percebeu isso pra sustentar a tese os autores vão fazem um monte de gráficos um pesquisas quantitativas mostrando na hemeroteca digital do da da biblioteca nacional lá do rio de janeiro no google e outras plataformas eles vão mostrando como que é esse conceito atualismo update update como
que ele vai ser no cada vez mais acionado na contemporaneidade o quê o referendária referendária perdão a hipótese deles de que se trata de que se trata de um conceito síntese das nossas atuais formas de temporalização do tempo ou seja o atogue ogum deixe e o matheus pereira evaldo araújo 14 autores dos três textos aponto uma dissolução por um estreitamento e da chronotopia moderna do regime de historicidade futurista que parte do princípio de que a história é um processo em constante movimento e orientado para o futuro tido como progresso tu estás autores identificam com o
esgotamento dessa chronotopia ali em meados do século 20 a partir de uma frustração geral do mundo ocidental deflagrada pelas experiências traumáticas do pop século 20 em relação às promessas dos ministros e a partir disso o arthur óbvio vai falar em presente viu e o google sempre presenteando oi e o valdeir o mateu e o mateus em um atualismo há diferenças entre essas formulações conceituais mas o que mais nos interessa para nós é como que elas nos ajudam a pensar essa atmosfera epistêmica dentro da qual se fortalece um projeto historiográfico de uma história do tempo presente
porque as três categorias presentismo presente amplo e atualismo formuladas pelos três autores mostram para nós um presente inchado e como experiência e marcado pela constante represente ficar são quer dizer é um presente que represente fica que atualiza elemento de passado que o primeiro o que faz com que uma figura como um zumbi dos palmares princesa isabel luiz gama andré rebouças dragão do mais isso só para ficar nas polêmicas brasileiras relativas a abolição da escravidão fazem com que essas figuras estejam constantemente represente ficados ou atualizados a luz das disputas e políticos sociais contemporâneas certo aqui a
gente supera a primeira parte da aula daqui essa parte mais teórica a gente tenta entender e qual é a atmosfera chrono típica dentro do qual ganha força o projeto cenográfico de uma história do tempo presente agora a gente começa a parte 2 da aula o presente como objeto da interrogação historiador a hora o nascimento do campo da história do tempo presente ea que a gente eu tô muito próximo aqui do texto dos textos do função do ácido dela que o ar tá lá no nosso dropbox em 1978 gente nós temos a fundação na frança ducha
tudo histórico do tempo presente no ambiente político marcada marcado pela sobrevivência dos traumas da segunda guerra mundial pelo caso específico francês são muito pautados pela experiência do regime de vestir de ouvido falar que foi ali o período durante a segunda guerra mundial onde parte do território francês foi ocupado pelo exército nazista que que praticou todo todo tipo de crimes contra a comunidade e com a colaboração de parte da sociedade francesa oi e aí isso é uma questão aberta uma cicatriz aberta na história recente francesa e muito nesta atmosfera de debate envolvendo reparação histórica restituição justiça
histórica que nós temos o fortalecimento dessa nesse campo da história do tempo presente e aí alguns autores se notabilizaram nos esforços teóricos de sistematização de programa historiográfico que remam talvez estejam mais notável deles jean-françois suflê de cuiabá tecnologia bastante interessante história imediata do editor os anos 70 80 o caderno de história imediata o que é um debate que me interessa muito né veio é muito envolvido com prática de história imediata tô é com um livro forno sobre isso livro capítulos da crise democrática brasileira é formado por texto venho escrevendo e publicando na empresa desde 2017
onde ele vem aqui fazer uma piar a crônica da crise brasileira e o horizonte de expectativas também os horizontes de expectativas que foram se a se alargando e se fechando na medida que a crise evoluiria tá tudo mais ou menos uma piado nesse livro que dá um para ela um filho tem uns prefácio de muito bacanas é ali sendo frente não adianta ainda porque eu prefácio feito isso é só é feito com tá entregue mas tem uma galera muito boa fazendo esse faço ver projeto que tá me animando o mundo que devo nós ainda nesse
ano de 2020 todos ficaram sabendo né é tem o pierre elaborar que fala em uma história do muito contemporâneo e essas percebo é como aqui a questão de demarcação do presente e é importante para aí que esses autores tô vendo aqui esse debate não me parece ser essa questão baixo fundamental quando começa e quando acaba o tempo presente é muito difícil precisar isso por isso que eu prefiro tomar havia bem bem geminiana e pensar o presente como tudo aquilo que afeta o presente tudo como tudo aquilo que se faz presença quer dizer o presente como
tudo aquilo que afeta comportamento bom então se os debates sobre a abolição da escravidão no brasil as práticas quilombolas no período colonial afeta o comportamento no tempo presente e elas são presença elas são questão relevante para uma história do tempo presente ainda que cronologicamente ainda que na cronologia fria pertencem ao século 17 ao século 19 quer dizer se uma certa se uma certa concepção antigo testamentária de dignidade cristã é represente ficar da é atualizada por um determinado projeto político autoritário mas trata-se de uma questão presente ainda que cronologicamente vendo aqui na cronologia fria pertença a
idade média ele quer dizer me parece ser uma discussão menor essa de tentar entender ali quando começa e quando quando acaba o passado quando começa o tempo presente até porque como eu tô tentando mostrar nessa aula as bordas das fronteiras estão esfumaçadas são porosas que é o que caracteriza essa nossa chronotopia contemporânea o processo habilitar é argumenta que a demanda social por identidade aquilo que o próprio de lidar chama de uma busca ansiosa por identidade é uma outra característica da história do tempo presente e a gente vai tentar explorar isto melhor na próxima aula né
na aula 2 do curso e onde eu vou tentar analisar com vocês dos projetos identitários muito fortes nessa nesse mundo marcado pela presença né que é o projeto identitário da vítima do evento traumático e o projeto identitário dos grupos subalternizados pela experiência colonial pela experiência da colonização moderna europeia a gente vai trabalhar com duas fontes primárias né o livro é isto um homem de primo leve e o e o livro que é lugar de fala de isabella ribeiro dois projetos identitários distintos não são iguais mas que são marcados por essa mesma atmosfera de presença bom
e que tenta o fundamentar sua autoridade identitária numa dupla presença do corpo do corpo que marcado por determinado experiência de violência e por isso do corpo autorizado a falar sobre ela a gente vai é isso que vamos trabalhar na próxima aula essas essa demanda identitária cara a história do tempo presente vamos fazer isso a parte do auxílio teórico do mesmo vê-lo ponte do livro a fenomenologia da percepção rola massa do bacana mas o que que agrada muito né provoca pruridos irritações quando a gente tenta problematiza ar-10 a discussões nem quando a gente tenta estabelecer uma
relação com esses projetos hereditários que marcam a contemporaneidade esse essa chronotopia de presença de uma forma que esteja a fase crítica não quiser falar mal de problematização crítica e não apenas de curto e reto eu gosto eu gosto tô bem ansioso já tô trabalhando né nessa aula acho que vai ser bem bacana temos a renda como autores muito importante nesses primeiros esforços de criação do campo da história do tempo presente o jean pierre rua ou a rima robô andré mandou já que juliar pierre morrar que fala uma égua história quer dizer que essa história do
tempo presente ela estaria sempre marcada por um cuidado deve stenico muito próximo né já que é uma história mas historiografia tem cliente escuta o françoa dócil e o joão lá kotor lá cortou na culto hey dj jean lá quanto que foi trabalhou com eu estou na imprensa francesa então que ele tem uma uma fronteira também muito fluida muito pouco precisa que separa o historiador do tempo presente de um certo jornalismo pela recepção não é algo não é nenhum demérito está próximo dos jornalistas é oi e aí o fran sua goste na página 12 diz o
seguinte vejam solo e este presente como fonte de significado era o objeto da exploração histórica em resposta a isto a licitações e indignações do momento em um meio alarmado indignado com o uso da tortura pelo exército francês em nome dos ideais republicanos em plena guerra da argélia o marrom insiste nesse discurso maior do presente propondo uma equação que o expressavam para o historiador a história resulta de uma equação do passado sobre o presente e não de uma restituição do passado mas infelizmente uma pequena parte levi tável do presente tal como a escola positivista de metódica
dita positivista concebe a para ele dos positivistas e aquilo do cita o marrom a história algo do passado objectivamente registrado mas ainda infelizmente uma intervenção em rede tável do presente do historiador ou seja com uma ro deixar muito claro aqui e como que essa esse projeto de uma história do tempo presente se distancia do procedimento stores está típico que fundou as fotografias disciplinar e no procedimento stores tático e o historiador interroga o passado a partir do presente tô qual é o lugar do presidente nesta equação historiográfica o presente ou blocos no lugar de onde parte
a objetificação história dória o que deve tomar todos os cuidados metodológicos para controlar ou até eliminar como rezava uma crença positivista umas ortodoxas o fantasma do anacronismo quer dizer o método histórico então teria na equação estou desista a finalidade de anular o lugar de onde o historiador falava que é o presente o futuro do passado estudado então na equação os turistas o presente um problema o presente a possibilidade do anacronismo que deveria ser resolvida por um método rigoroso de pesquisa e arquivos a história do tempo presente é claro que isso não faz mais o menor
sentido o presente não é o lugar a ser e não é a fonte de um problema a ser dirimido pelo método o presente já foi para condição de se pego da é a própria condição de compreensão das permanências é a própria condição de visualização dos efeitos da invasão do presente pelo passado tem tem uma diferença que não é pequena não é pequena e ainda no texto do frança dócil e até então temos de vidro com a ideia de um futuro certo de uma incerteza do presente e da opacidade do passado lá no regime moderno futurista
mas palavras do blog o futuro é certo o presente é incerto que esse momento que passamos por ele e o passado é o opaco a ser superado e é isto que está mudando diante de nossos olhos disso frança gosta a uma presença marcante do passado no espaço público que não é nova mas que ganhou intensidade na atualidade nós atravessamos uma grave crise de historicidade em função da crise da noção futuro no seu futuro que põe a questão a postura clássica do historiador como intermediário entre o passado e o dever essa mudança da nossa relação com
o futuro a crise de todas as cá todos os dias e assim o colapso das tecnologias tem o efeito de modificar nossa relação com o passado abrindo ou sob o presente exposto em uma forma de presentismo e esta situação é marcada pelo desaparecimento gradual de toda chrono sofia que dá um sentido imanente à festa do tempo a busca por sentido deslocou a atenção para a ação no momento de sua realização e isto colocou foco sobre o presente como detector de sentido relacionando-a com a memória a comemoração o patrimônio ea arte licitação acho que resume bem
o que nós já estamos estamos falando né como que esse redimensionamento do presente a parte do colapso da chronotopia modernista e contra no historicismo uma de suas manifestações não é a única esse é o espaço de experiência dentro do qual se constitui a possibilidade de uma história do tempo presente é é é eu vou encerrar esse vídeo e abra o outro espero que o último tá bom gente abraço já volto já não saiu daí já
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