Clara Steves estava parada diante do espelho do quarto do hotel seu vestido de noiva cintilando Sob a Luz suave do abajur os fios de renda no véu pendiam delicadamente por seus ombros enquanto ela ajustava mais uma vez a posição da peça o relógio na parede marcava 11:30 em 30 minutos ela se tornaria a senora Artur Montenegro Esposa de um dos empresários mais poderosos de São Paulo o momento que sempre havia sonhado estava prestes a se concretizar ou era o que acreditava o silêncio da suíte foi rompido pelo toque do telefone ao lado Clara sentiu o
coração disparar enquanto pegava o aparelho com dedos trêmulos uma mistura de ansiedade e alegria preenchia seu peito Alô sua voz suou baixa mas calorosa do outro lado uma pausa estranha a respiração pesada atravessava a linha Então veio a voz dele fria cortante como uma lâmina de gelo Clara eu não vou ela ficou paralisada sentiu como se o chão abaixo de seus pés tivesse desaparecido o quê sussurrou incrédula sua mente recusava-se a entender Artur suspirou acabou eu não consigo mais tenho que focar na empresa algum dia você vai entender o clique seco na linha cortou as
últimas esperanças de de Clara o telefone caiu de sua mão e bateu no chão ecoando pela sala tudo que ela enxergava no espelho agora era o reflexo de uma Muler arrasada uma noiva abandonada minutos antes do altar um futuro que evaporava diante de seus olhos a suí de Luo com seus móveis extravagantes e flores exóticas Parecia subitamente um mausoléu Clara arrancou o véu da cabeça com raiva e o jogou ao chão as promessas que um dia haviam sido sussurradas por Artur as viagens a vida a dois a família desmanchava-se como a renda amassada aos seus
pés as notícias do cancelamento abrupto da cerimônia se espalharam como fogo em Mato Seco nos dias seguintes Clara foi devorada pela curiosidade pública jornais sensacionalistas e blogs de fofoca a transformaram na noiva abandonada vítima de um escândalo que virou Manchete as câmeras a perseguiam enquanto ela deixava o apartamento de luxo que um dia compartilhara com Arthur seus olhos ainda vermelhos pelas lágrimas não derramadas sem apoio sem dinheiro e sem lugar para onde ir Clara empacotou suas poucas coisas e desapareceu ela alugou um pequeno apartamento na periferia de São Paulo um contraste gritante com o mundo
opulento que havia deixado para trás sozinha e despedaçada Passou manas tentando juntar os cacos de sua vida então uma manhã Tudo Mudou Clara estava sentada no banheiro minúsculo de seu novo lar segurando com as duas mãos trêmulas um pequeno teste de gravidez o silêncio ao seu redor era quase ensurdecedor enquanto ela observava sem acreditar duas linhas vermelhas surgirem lentamente não pode ser murmurou com a voz embargada seu coração afundou e logo depois ressurgiu com outra emoção Pânico ela tentou respirar fundo Mas a sensação de sufocamento aumentava a cada segundo Arthur nunca poderia saber ele a
havia abandonado sem hesitar sem ao menos olhar para trás porque ela permitiria que ele voltasse agora ele não merecia à medida que os meses passaram o corpo de Clara se transformava cada consulta médica revelava um não era apenas um bebê Eram quatro quatro coraçõezinhos batendo em sincronia dentro dela quando o médico confirmou que eram quatro gêmeos Clara quase caiu da cadeira quatro como vou conseguir ela murmurou incrédula acariciando o ventre crescente enquanto as lágrimas corriam pelo rosto mas de alguma forma ela encontrou força onde pensava não ter maisara trabalhou em dois empregos dia e noite
para construir uma vida para seus filhos as dificuldades eram constantes mas a alegria que seus meninos traziam era inigualável cada gargalhada cada palavra balbu e cada pequeno passo era um lembrete do Amor Incondicional que a movia ela batizou os pequenos de Lucas Rafael té e Gabriel seus filhos eram sua luz seu propósito mesmo assim cada vez que alguém comentava como os meninos se pareciam com Arthur os olhos azuis brilhantes o cabelo Dourado um nó se formava no estômago de Clara ele estava presente em cada sorriso cada traço dos filhos mas isso não mudava nada Artur
Montenegro nunca seria parte das suas vidas Clara estava determinada por 3 anos ela criou as crianças sozinha trabalhava numa pequena agência de marketing durante o dia e à noite fazia freelances como designer gráfica a rotina era esmagadora mas ela se recusava a desistir o tempo passou e os meninos cresceram saudáveis e cheios de vida Clara se orgulhava de cada conquista deles sabendo que tinha feito a escolha certa ao seguir em frente sem Artur Então tudo mudou novamente em uma tarde ens solarada Clara levou os meninos ao parque para brincar eles Riam nos balanços enquanto ela
observava com um leve sorriso nos lábios Mas então um arrepio percorreu sua espinha algo ou alguém estava observando ao virar-se seu coração parou Artur Montenegro estava parado a poucos metros de distância vestido impecavelmente em um terno sob medida seus olhos estavam fixos nos meninos a expressão em seu rosto era algo entre surpresa e arrependimento Clara ele murmurou dando um passo à frente o mundo pareceu se estreitar ao redor dela sem pensar Clara se colocou na frente dos filhos como uma leoa protegendo seus filhotes não sua voz tremeu Mas ela não se moveu Artur desviou o
olhar para os meninos mais uma vez sua expressão se tornando pálida são meus perguntou quase sem fôlego não a men que Clara pudesse detê-la Mas ele já sabia a semelhança era inconfundível e ou pela primeira vez em muito tempo Clara viu algo no olhar de Artur que jamais esperaria determinação nos dias seguintes ao reencontro no parque Clara viveu como se estivesse constantemente à beira de um abismo sua mente estava em turbilhão os pensamentos enredados em medo e raiva cada sorriso ou risada de seus filhos era uma lembrança de que Artur Montenegro poderia tentar levá-los embora
ela tentava se convencer de que ele não teria coragem que aquele encontro havia sido um acaso mas algo na expressão dele não a deixava em paz ele não os deixaria ir duas semanas depois o que Clara mais temia se tornou realidade estava um dia quente e abafado e ela acabara de chegar do trabalho quando a campainha do apartamento tocou ao abrir a porta seu estômago se revirou T estava ali mas desta vez ele não estava sozinho ao lado dele segurando uma pasta preta com firmeza estava um advogado podemos entrar perguntou Artur com uma Calma inquietante
o coração de Clara afundou ela não precisou ler o conteúdo dos papéis que ele lhe estendeu a palavra Custódia brilhou diante de seus olhos como um alerta vermelho você não pode estar falando sério sussurrou a incredulidade quebrando sua voz Artur Manteve o olhar firme estou eu cometi um erro Clara mas quero fazer parte da vida dos meus filhos e eles têm o direito de conhecer o pai ele fez uma pausa como se escolhendo cuidadosamente as palavras eu mereço uma chance Clara sentiu uma onda de pânico subir por sua garganta as lembranças dos dias difíceis que
enfrentou sozinha inundaram sua mente ele não sabia o que era acordar durante a madrugada para cuidar de quatro bebês ao mesmo tempo não estava lá quando o dinheiro acabou e ela teve que escolher entre pagar a luz ou a comida ele não tinha o direito de simplesmente voltar e exigir um lugar na vida dos filhos você não tem esse direito as palavras saíram como uma lâmina você nos abandonou Arthur Balançou a cabeça lentamente mas sem recuar eu não sabia Clara nunca soube deles porque você não me deu essa chance a raiva queimar ava no peito
dela mas havia uma sombra de dúvida rondando sua mente e se ele realmente não tivesse sabido e se de alguma forma ele fosse sincero em querer se redimir Mas isso não importava ele tinha feito a escolha de deixá-la sozinha uma vez Agora não cabia a ele decidir se tinha direito aos meninos não vamos fugir da Verdade Arthur deu um passo à frente mantendo a calma eles são meus filhos Clara e agora vou lutar por eles eu também Clara apertou os papéis nas mãos os dedos trêmulos você não vai nos tirar isso de mim Arthur não
recuou ele estava preparado para a guerra a audiência Inicial ocorreu duas semanas depois em uma sala fria e austera do fórum Clara sentou-se à mesa ao lado de seu advogado sentindo o peso do mundo em seus ombros Artur como sempre estava Impecável ao seu lado lado uma figura que fez o sangue de Clara gelar Beatriz Beatriz era a noiva de Artur a mulher perfeita aos olhos da alta sociedade alta elegante de traços finos e expressão calculada ela se sentou ao lado de Artur com um sorriso tranquilo como se já soubesse que a vitória era dela
o advogado de Arthur abriu o processo com agressividade pintando clara como uma mãe sobrecarregada e inadequada a senora esteve vive com recursos escassos e em condições modestas ela não tem apoio familiar e luta para manter quatro crianças pequenas já o senr Montenegro pode oferecer estabilidade segurança e conforto cada palavra era uma punhalada para Clara eles expuseram suas dificuldades financeiras sua exaustão visível e o pequeno apartamento onde vivia cada sacrifício que ela havia feito foi distorcido e transformado em uma acusação de negligência está claro que o ambiente atual não é o melhor para essas crianças concluiu
o advogado de Arthur com uma expressão de falsa compaixão o Senor Montenegro pode proporcionar a eles uma vida muito melhor Clara sentiu as lágrimas se formarem mas não as deixou cair ela não se dobraria quando chegou sua vez de falar levantou-se e encontrou força na única verdade que importava seus filhos eram seu mundo eu criei essas crianças sozinha desde o primeiro dia sua voz era firme mas carregada de emoção tudo que eles são tudo que eles têm veio do meu amor e do meu esforço ela se virou para o juiz mantendo o olhar firme eu
não sou perfeita senhor juiz mas eu nunca abandonei meus filhos e nunca vou deixar que alguém os Tire de mim Artur desviou o olhar pela primeira vez Clara viu a culpa em seus olhos mas Beatriz não recuou ela apertou o braço de Art a Clara um olhar carregado de desprezo silencioso o juiz ficou em silêncio por um momento analisando ambas as partes em seguida inclinou-se para a frente as mãos cruzadas sobre a mesa os filhos precisam de ambos os pais sua voz era firme mas também precisam de estabilidade senorita Steves o tribunal recomenda que vocês
trabalhem juntos para um acordo de Custódia compartilhada Clara apertou as mãos no colo Custódia compartilhada ela sabia que isso era o melhor que conseguiria naquele momento olhou para Artur e encontrou algo inesperado Súplica silenciosa Sai sim senhor juiz sua voz saiu baixa mas firme estou disposta a fazer isso Artur soltou um suspiro de alívio mas Beatriz não disfarçou A Fúria em seus olhos ela se inclinou para Artur e sussurrou algo mas ele Balançou a cabeça em silêncio pela primeira vez Clara percebeu que havia uma rachadura na aliança entre os dois nos meses seguintes a vida
de Clara se transformou em uma corda bamba Artur passou a buscar os meninos nos fins de semana tentando desesperadamente construir uma relação com eles levava-os ao zoológico a parques e a jogos de futebol tentando recuperar o tempo perdido mas havia algo tenso e desconfortável em cada vis os meninos por mais curiosos que estivessem sobre o pai ainda eram pequenos demais para entender a complexidade da situação Às vezes o chamavam de tio e isso parecia partir o coração de Artur toda vez que acontecia E então havia Beatriz que tornava tudo ainda mais difícil ela os tratava
como se já fossem parte de sua vida perfeita mas os meninos a rejeitavam instintivamente procurando a mãe sempre que não iaem uma noite enquanto Artur deixava as crianças de volta no apartamento de Clara ele a encarou na porta estou tentando Clara sua voz estava baixa quase um sussurro eles precisam de mim Clara cruzou os braços mantendo a guarda alta então prove sua voz era fria e tire Beatriz dessa história Ela só está confundindo os meninos Artur fechou os olhos por um momento eu não posso Beatriz é minha noiva ela vai ser parte da vida deles
Clara o encarou sentindo o estômago revirar então escolha sua voz era firme um ultimato silencioso entre seus filhos e ela Artur ficou em silêncio dividido entre dois mundos que não podiam coexistir e Clara soube naquele momento que essa batalha estava longe de terminar as semanas que seguiram o acordo de Custódia foram um pesadelo silencioso para Clara cada visita dos meninos com Artur era uma nova batalha interna eles voltavam cheios de histórias falavam das brincadeiras no zoológico dos parques de diversão e dos presentes caros mas havia algo mais Beatriz o nome dela parecia sempre pairar nas
conversas deixando Clara tensa como uma corda prestes a romper a Beatriz disse que vai ser nossa segunda mamãe como Lucas uma noite inocente enquanto alinhava seus carrinhos de brinquedo Clara sentiu um nó na garganta ela nunca deixaria isso acontecer então numa sexta-feira chuvosa Clara estava correndo contra o tempo para arrumar os meninos para mais uma visita com Arthur botas de chuva espalhadas mochilas abertas e jaquetas pelo chão estava Exausta mas determinada a manter tudo sob controle e então a campainha tocou a abrir a porta seu coração deu um salto lá estava Beatriz em um Impecável
casaco Branco segurando um guarda-chuva elegante Onde está Artur perguntou Clara estreitando os olhos já sentindo que algo estava errado Beatriz sorriu com a frieza de uma lâmina Ele não vai vir hoje me pedi para buscar as crianas a no arável corpo inteiro ficar rígido não respondeu ela a voz baixa e firme você não vai levar meus filhos os olhos de Beatriz brilharam com algo perigoso não estou pedindo permissão retrucou empurrando a porta com o ombro e dando um passo para dentro sem ser convidada Lucas Rafael t e Gabriel que estavam brincando na sala pararam de
repente os olhares assustados voltando-se para Beatriz eles instintivamente se encolheram buscando Refúgio atrás das pernas de Clara Lucas Segurou o braço do irmão mais novo e se escondeu só deixando os olhos curiosos aparecerem por detrás da mãe Saia da minha casa Clara ergueu o queixo bloqueando a passagem com o corpo Beatriz se aproximou sua expressão mudando de uma frieza controlada para pura arrogância você realmente acha que pode mantê-los longe de mim para sempre ela o ódio queimando em seus olhos eu vou ser a esposa de Artur e esses meninos serão parte da minha vida quer
você goste ou não Clara sentiu a raiva subir como uma Maré violenta ela não cederia eles são meus filhos você não tem direito sobre eles Beatriz riu um som afiado e Cruel Ah mas temos todo o direito Artur é o pai e quando nos casarmos eu vou ser bom acho que po de me chamar de madrasta Clara Manteve a calma por fora mas por dentro seu sangue fervia Nunca será a mãe deles murmurou cada palavra carregada de veneno Beatriz inclinou a cabeça como se Clara fosse uma peça que ela já havia descartado eu não preciso
ser disse ela com um sorriso gélido só preciso estar lá e garanto que você vai perder essa guerra Então Beatriz se virou lentamente e saiu batendo a porta atrás de si Clara ficou imóvel por um momento tentando controlar a respiração acelerada sentia o coração bater tão forte que parecia prestes a explodir quando finalmente se virou encontrou Lucas com os olhos marejados mãe aquela moça é má eu não quero ir com ela Clara se ajoelhou ao lado dos filhos envolvendo-os em seus braços está tudo bem meus amores a mamãe está aqui ninguém vai tirar vocês de
mim mas enquanto os abraçava um pensamento aterrorizante tomou conta de sua mente Beatriz não ia parar por ali ela era Implacável e não descansaria até conseguir o que queria naquela noite Clara quase não dormiu sentia o corpo exausto mas a mente não parava a presença de Beatriz e o controle que ela exercia sobre Artur eram mais ameaçadores do que qualquer batalha legal Clara sabia que Artur estava dividido e essa indecisão era uma bomba relógio e então no fim de semana seguinte a bomba explodiu quando Clara levou os meninos para encontrarem Arthur ele apareceu sozinho algo
na sua expressão indicava que ele sabia que havia cruzado uma linha precisamos conversar Clara disse ele com a voz baixa Ela cruzou os braços mantendo a guarda alta sobre o quê Artur suspirou passando as mãos pelo cabelo cuidadosamente penteado Beatriz quer Custódia Total ela entrou com o pedido hoje por um momento Clara achou que não havia escutado direito mas a expressão de Artur confirmou tudo ele permitira que a noiva tomasse a iniciativa de tirar seus filhos você não pode estar falando sério murmurou ela incrédula você realmente deixou isso acontecer Artur desviou o olhar incapaz de
encará-la Ela acha que é para eles ela só quer estabilidade a raiva explodiu dentro de clara como um vulcão estabilidade essa mulher nem é mãe deles Clara apontou um dedo acusador para Artur você disse que queria ser parte da vida deles mas está deixando ela tomar o controle Artur tentou argumentar mas suas palavras pareciam vazias como se ele não acreditasse nelas nem por um segundo eu só não quero perder mais ninguém ele murmurou olhando para o chão Clara sentiu a última gota de paciência escorrer por entre seus dedos então escolha Arthur sua voz era baixa
e cheia de uma Fúria contida Escolha entre ela e nossos filhos Artur levantou a cabeça lentamente e por um momento parecia o jovem por quem Clara um dia se apaixonara vulnerável dividido mas ainda assim fraco eu não posso escolher murmurou a voz falhando eu vou fazer funcionar Clara riu um som amargo e desesperado Não Artur você não vai porque você já escolheu e não foram eles ela virou as costas para ele puxando os meninos para longe enquanto se afastava ouviu a voz dele suave e quebrada por favor a guerra havia começado e Clara estava mais
determinada do que nunca a proteger seus filhos a Quaker host o vento frio da manhã soprava em rajadas impiedosas enquanto Clara caminhava apressada para o tribunal com seus quatro filhos Lucas Rafael t e agitados inquietos com um ambiente sério e barulhento Clara segurava as mãos deles com firmeza sentindo o peso de cada passo como se carregasse o mundo nas costas do outro lado do Corredor ela avistou Arthur ele estava ali mas com Beatriz ao seu lado imponente e confiante como sempre vestindo um casaco longo e elegante quando seus olhares se encontraram Clara sentiu um arrepio
de Fúria e impotência Beatriz abriu um leve sorriso aquele tipo de sorriso que dizia claramente eu já ganhei Clara se virou para os meninos e se abaixou na altura deles vai ficar tudo bem meus amores a mamãe está aqui com vocês ela os abraçou apertado como se aquele gesto pudesse protegê-los de tudo o que estava por vir Lucas o mais velho Segurou o rosto da mãe com as mãozinhas pequenas e disse baixinho a gente confia em você mamãe essas palavras tão simples e puras foram o suficiente para alimentar a determinação de clara ela não deixaria
ninguém tirar seus filhos não agora não nunca a audiência foi brutal desde o início Beatriz havia contratado um dos advogados mais caros de São Paulo que iniciou o ataque com a ferocidade de um Predador ele não poupou detalhes cada dificuldade que Clara enfrentara foi exposta com frieza como se suas lutas fossem sinais de fraqueza e incompetência a senora Steves vive com uma renda limitada E cria quatro crianças sozinha sem apoio familiar o advogado lançou um olhar calculado em direção ao juiz enquanto o Senor Montenegro e sua futura esposa podem oferecer um ambiente estável saudável e
confortável para esses meninos Clara apertou as mãos embaixo da mesa tentando conter a raiva Beatriz não era mãe nunca seria mas não parou por aí o advogado insinuou que Clara isolava Os Filhos do Pai por vingança prejudicando o relacionamento deles com Artur está claro que a senora Steves Tem dificuldades emocionais para lidar com o retorno do senhor Montenegro E isso está afetando negativamente os filhos Clara respirou fundo cada palavra era como uma faca que tentava cortá-la por dentro então foi a vez do advogado de Clara ele se levantou e sua voz foi firme sem hesitação
a senhora Esteves criou essas crianças com amor dedicação e sacrifício ela nunca pediu nada ao Senhor Montenegro não exigiu pensão não pediu ajuda mesmo assim seus filhos cresceram saudáveis e felizes so seus cuidados o amor dela não tem preço e é por isso que estamos aqui hoje enquanto o advogado falava Clara observava Artur ele mantinha os olhos baixos incapaz de encarar a verdade que pairava no ar ele havia falhado e agora tentava reparar o irreparável Beatriz por outro lado clara como uma predadora seu rosto impassível mas seus olhos fervendo de raiva quando a juíza uma
mulher austera de meia idade inclinou-se para a frente e falou sua voz foi carregada de seriedade essas crianças merecem Ter ambos os pais em suas vidas Mas a questão aqui é Clara quem está colocando as crianças em primeiro lugar Artur levantou a cabeça nesse momento a juíza então lançou uma pergunta direta Senor Montenegro o Senor apoia o pedido de Custódia Total feito por sua noiva o silêncio na sala foi esmagador Clara prendeu a respiração sentindo o peso da resposta que estava prestes a vir Artur olhou para Beatriz e naquele segundo Clara soube que ele estava
à beira de um abismo não a palavra escapou dos lábios de Artur quase como um sussurro não apoio a expressão de Beatriz mudou instantaneamente seu rosto contorcendo-se em pura Fúria você não pode estar falando sério ela exclamou sua voz baixa mas cheia de veneno Artur se virou para ela sua expressão finalmente resoluta isso é sobre meus filhos ele respirou fundo Isso não é um jogo Beatriz a juíza assentiu lentamente e voltou seu olhar para Clara senhora Esteves o tribunal considera que a senhora é uma mãe dedicada no entanto sugiro que ambos trabalhem juntos para um
acordo de Custódia mais equilibrado clara soltou um suspiro profundo ainda não era uma vitória completa mas era um passo adiante quando a audiência terminou Clara observou Beatriz sair Furiosa do tribunal o salto dos Sapatos batendo ruidosamente pelo chão de mármore Artur foi atrás dela mas a tensão entre os dois era Clara Clara sabia Beatriz não aceitaria essa derrota e sua intuição estava certa no estacionamento antes de entrar no carro Beatriz se virou para Clara uma última vez seus olhos estavam tomados de ódio puro você vai se arrepender de terme enfrentado sibilou Eu prometo que vou
destruir você Clara Clara a encarou sem piscar a voz firme como aço pode tentar mas você nunca vai tirar meus filhos de mim Artur apenas olhou para para o chão derrotado e naquele momento Clara soube que ele perdera Beatriz para sempre nos meses seguintes Artur fez o que pôde para reconstruir sua relação com os filhos as visitas de fim de semana se tornaram mais frequentes e ele começou a realmente se esforçar levava os meninos a parques e jogos de futebol e aos poucos conquistou a confiança deles mas a cicatriz deixada por anos de abandono ainda
estava lá para Clara Artur nunca seria mais do que um visitante ocasional ele fazia parte da vida dos filhos sim mas não da família que ela havia construído Clara por sua vez seguiu em frente abriu sua própria agência de Marketing e com muito trabalho construiu um futuro sólido para ela e seus filhos não precisava de Artur e com o tempo percebeu que nunca havia precisado ela era suficiente certa noite enquanto Clara colocava os meninos na cama Lucas olhou para ela com os olhos cheios de curiosidade Mamãe o papai vai voltar a morar com a gente
Clara sorriu suavemente afastando uma mecha de cabelo da testa do filho não meu amor mas ele sempre será seu pai Lucas pensou por um momento e então sorriu satisfeito com aosta tudo bem a gente tem você Clara sentiu seu coração de amor e orgulho sempre meu amor sempre terão a mim enquanto apagava a luz e saía do quarto Clara sentiu uma paz que não experimentava há anos a batalha havia terminado e o apesar das cicatrizes ela e seus filhos finalmente eram livres a paz que Clara tanto lutou para conquistar era frágil como vidro fino embora
o tribunal tivesse decidido por um acordo de Custódia parcial os impactos emocionais da Itália ainda pairavam sobre a família Arthur agora era uma presença constante mas limitada ele buscava os meninos para os fins de semana e aos poucos suas tentativas genuínas de se conectar começaram a dar frutos mesmo assim as feridas do abandono não cicatrizam facilmente Clara observava de longe enquanto Artur tentava encontrar seu espaço nos primeiros meses os meninos o chamavam de tio mas depois Lucas foi o primeiro a dizer pai esse momento embora importante era carregado de melancolia para Clara aquele homem que
ela havia amado e odiado com a mesma intensidade estava voltando mas tarde demais Artur parecia querer compensar os anos perdidos mas Clara não conseguia apagar o ressentimento que queimava silenciosamente em seu coração será que ele estava ali pelos filhos ou apenas para aliviar sua própria culpa Clara estava sentada na sala revisando alguns documentos da agência de marketing que havia construído com esforço a empresa começava a crescer ganhando novos clientes e consolidando sua reputação Mas apesar das Vitórias profissionais algo a incomodava havia uma ausência constante uma sensação de incompletude desde que Arthur reaparecera Clara evitava qualquer
envolvimento romântico não queria expor seus filhos a mais desilusões e no fundo tinha medo de confiar em alguém novamente e se o próximo homem também desaparecesse naquela noite ela colocou os meninos para dormir e foi para a cozinha preparar um chá O Silêncio do apartamento era opressor mas ao mesmo tempo familiar a solidão apesar de dolorosa era um espaço que Clara conhecia bem De repente o som de uma notificação no celular ecou pela sala era uma mensagem de Artur podemos conversar precisamos encontrar uma maneira melhor de fazer isso funcionar Clara franziu a testa mas respirou
fundo precisava ser madura pelos meninos venha amanhã à tarde respondeu sem muita cerimônia no dia seguinte Artur chegou pontualmente às 15 usava uma jaqueta leve e parecia mais descontraído do que de costume Clara abriu a porta e fez um sinal para que ele entrasse os meninos estavam no quarto brincando entre si Obrigado por me receber Artur falou com a voz baixa quase tímida Clara cruzou os braços e se Manteve em pé como se quisesse deixar claro que aquela conversa seria breve o que você quer Arthur perguntou ela direta Arthur suspirou e passou a mão pelos
cabelos um hábito que Clara lembrava bem dos velhos tempos eu quero fazer isso direito quero estar presente para os meninos e não apenas como um visitante Clara o encarou com frieza você acha que pode simplesmente entrar e resolver tudo agora depois de 3 anos acha que vai ser pai com algumas visitas aos finais de semana Artur Balançou a cabeça parecendo derrotado eu sei que estraguei tudo Clara e sei que você não tem motivo algum para confiar em mim ele fez uma pausa procurando as palavras certas mas eu que fazer parte da vida deles e da
sua também a última frase saiu como um sussurro carregada de uma vulnerabilidade que Clara não esperava ela sentiu o peito apertar durante anos havia imaginado esse momento Artur pedindo uma nova chance mas agora que ele estava ali tudo parecia errado você teve sua chance Artur ela o interrompeu a voz firme Mas trêmula e você foi embora Artur baixou a cabeça derrotado ele sabia que Clara estava certa eu não espero que você me perdoe ele murmurou só quero que os meninos tenham um pai de verdade Clara o observou por um longo momento parte dela queria Acreditar
nele queria que ele tivesse mudado mas outra parte aquela que carregava as lembranças mais dolorosas se recusava a abrir espaço para ele se você quiser ser pai Então seja clara finalmente disse mas não para mim só para eles Artur assentiu lentamente não era a resposta que ele esperava mas talvez fosse a única que merecia nos meses que seguiram Artur continuou tentando ele aparecia para cada visita fazia questão de participar dos eventos da Escola e se interessava verdadeiramente pela vida dos filhos aos poucos o muro invisível entre ele e os meninos começou a desmoronar Lucas e
Rafael passaram a esperar ansiosos pelas visitas do pai T inicialmente tímido começou a se abrir e até Gabriel O mais pequeno e desconfiado sorria para Artur de vez em quando Clara por sua vez assistia de longe era estranho ver os filhos desenvolverem laços com um homem que ela jurara nunca mais deixar entrar em sua vida e ao mesmo tempo era impossível não se emocionar ao vê-los felizes CTA noite depois de deixar os meninos na casa de Clara Artur ficou na porta por um momento como se quisesse dizer algo Clara eu estou tentando ele disse suavemente
Será que algum dia você vai conseguir acreditar em mim de novo Clara Segurou o batente da porta seus dedos apertando com força ela sabia que essa pergunta não era apenas sobre os filhos ele queria saber se havia Alguma esperança para eles dois ela respirou fundo e olhou nos olhos dele eu não sei Artur respondeu honestamente mas estou disposta a tentar pelo menos por eles Arthur sorriu um sorriso sincero e aliviado isso é tudo que eu precisava ouvir apesar da melhora na relação entre Arthur e os filhos Beatriz continuava a ser uma presença inquietante mesmo afastada
Clara sentia sua sombra rondando como se Beatriz ainda estivesse esperando o momento certo para atacar ela sabia que Beatriz não aceitaria ser descartada tão facilmente Clara se preparava para o pior mantendo a guarda alta seu instinto dizia que a luta ainda não havia terminado uma noite quando Clara estava fechando a agência recebeu uma mensagem anônima era uma foto de Beatriz sentada em um café com um advogado algo estava sendo tramado e Clara precisava estar pronta ela sabia que a paz recé est ada era temporária Beatriz voltaria e desta vez não mediria esforços para vencer a
tempestade que Clara havia pressentido finalmente começou a se formar Beatriz não havia desaparecido apenas estava a espreita esperando o momento certo para desferir o golpe a foto anônima da ex-noiva de Artur reunida com um advogado era apenas a ponta do iceberg cerca de duas semanas depois enquanto Clara se preparava para buscar os meninos na escola uma intimação judicial foi entregue em sua porta ao abrir o envelope o coração dela afundou Beatriz havia iniciado um novo processo para Custódia completa desta vez os argumentos eram ainda mais ferozes alienação parental e ambiente emocionalmente instável Beatriz afirmava que
Clara estava deliberadamente manipulando os filhos com Artur e que seu lar não oferecia a estabilidade necessária isso não pode estar acontecendo murmurou Clara sentindo um frio na espinha ela sabia que Beatriz havia passado dos limites não era apenas uma disputa de Custódia era uma tentativa Descarada de controlar e destruir tudo o que Clara havia construído com os filhos naquela noite Clara recebeu uma ligação Inesperada de Arthur a voz dele estava grave quase desesperada Clara eu juro que não tenho nada a ver com isso ele começou quase implorando eu não sabia que ela estava planejando isso
e você deixou Clara cuspiu com raiva Como pode permitir que essa mulher use os seus filhos como armas eu já terminei com ela Artur admitiu em um tom cansado mas isso não significa nada para Beatriz ela não aceita que perdeu e ela quer machucar você por isso a linha ficou silêncio por alguns segundos antes de clara quebrá-lo com uma risada amarga Então você destruiu nossa vida por nada e agora me deixa sozinha para lutar novamente Arthur tentou falar mas Clara encerrou a ligação antes que ele pudesse continuar se Beatriz queria guerra ela teria as semanas
seguintes foram um turbilhão o tribunal virou um campo de guerra mais brutal do que a primeira audiência o advogado de Beatriz entrou com todas as armas possíveis eles apresentaram relatórios psicológicos falsos depoimentos distorcidos e até tentaram pintar clara como instável e incapaz de cuidar dos filhos sozinha a senora Steves não Coopera com o pai das crianças limitando seu acesso e colocando sua própria mágoa pessoal acima do bem-estar dos filhos declarou o advogado de Beatriz com frieza Clara Estava à beira do colapso mas não desistiria seus filhos eram tudo para ela e ninguém especialmente Beatriz os
arrancaria de seus braços o advogado de Clara foi firme e conseguiu reunir provas de que Beatriz estava interferindo deliberadamente na relação entre Artur e os filhos mas o momento mais decisivo veio quando Lucas o mais velho foi chamado para conversar com um psicólogo indicado pelo tribunal a sinceridade infantil se tornaria a maior arma de Lucas com apenas 6 anos sentou-se na frente do juiz e do avaliador pequeno mas firme você gosta de passar tempo com seu pai perguntou o avaliador com uma voz calma Sim eu gosto respondeu Lucas mas não gosto daquela mulher o avaliador
levantou uma sobrancelha Por que você não gosta dela Lucas apertou as mãos no colo e respondeu com a simplicidade de uma criança porque ela fala cois Fei sobre a minha mãe diz que a gente tem que morar com ela e que mamãe é má mas minha mãe não é Má Ela é Nossa heroína a juíza que havia assistido à conversa de longe inclinou-se para a frente e trocou um olhar Firme com o advogado de Beatriz a verdade havia emergido de onde ninguém esperava das palavras de uma criança nos dias seguintes aquela audiência crucial a posição
de Beatriz ficou insustentável o tribunal rapidamente percebeu sua as intenções manipuladoras quando a juíza anunciou que o pedido de Custódia Total seria negado E que qualquer tentativa adicional de interferência seria considerada uma violação grave o rosto de Beatriz se contorceu em pura raiva ela saiu da sala do tribunal sem dizer uma palavra mas todos sabiam que sua guerra estava perdida Arthur por sua vez fez o que Clara jamais esperava aceitou um acordo para Custódia limitada ele admitiu que não podia simplesmente entrar na vida dos filhos e recomeçar como se nada tivesse acontecido concordou em manter
visitas supervisionadas até que as crianças estivessem prontas para vê-lo com mais frequência quando a audiência terminou Arthur se aproximou de Clara no corredor do tribunal eu sinto muito por tudo ele disse com sinceridade nos olhos Clara assentiu lentamente eu sei mas agora não é sobre nós Artur é sobre eles e pela primeira vez Ele pareceu entender de verdade nos meses que se seguiram a vida de Clara voltou lentamente ao equilíbrio Artur foi ganhando a confiança dos filhos dia após dia mas agora de forma mais humilde ele não tentava mais forçar uma conexão ele deixava as
coisas acontecerem naturalmente Beatriz por sua vez desapareceu de vez e Clara finalmente Pode respirar sem o peso daquela sombra constante Clara seguiu em frente não apenas por seus filhos mas também por si mesma sua agência de Marketing prosperava e ela começou a se abrir para a possibilidade de encontrar alguém novo não havia mais medo uma noite enquanto colocava os meninos na cama T segurou sua mão e perguntou mãe o papai vai ficar para sempre agora Clara sorriu e se inclinou para beijar a testa dele ele sempre será seu pai meu amor e você sempre terá
a mim enquanto saía do quarto e apagava as luzes Clara sentiu uma paz nova a verdadeira batalha havia terminado ela e seus filhos estavam finalmente Livres o sol se punha no horizonte quando Clara e os meninos voltaram para casa depois de um longo dia no parque Lucas Rafael té e Gabriel estavam exaustos mas sorridentes suas bochechas rosadas pelo ar fresco aquele fim de tarde era apenas mais um momento comum na rotina deles mas para Clara era uma conquista imensa a paz que tanto buscara finalmente parecia uma realidade Arthur continuava presente mas agora com humildade e
sem exigências ele aparecia para cada momento importante desde apresentações na escola até aniversários as Crianças o aceitavam em doses pequenas e Clara sabia que ele ainda tinha muito a provar mas pela primeira vez em anos ela sentia que não precisava mais carregar o peso de tudo sozinha a agência de marketing de Clara crescia a Passos largos o trabalho intenso começava a dar frutos e a empresa havia conquistado um grande contrato que a colocava em posição de destaque no mercado pela primeira vez Clara se permitiu sonhar além da Sobrevivência ela não estava apenas Mantendo as contas
pagas estava prosperando com essa estabilidade financeira veio uma sensação que Clara não experimentava há muito tempo a liberdade de escolher seu próprio caminho o trauma e a exaustão ainda deixavam marcas mas cada dia era uma chance de recomeçar e Clara sabia que estava mais forte do que nunca certa noite enquanto tomava um vinho sozinha na varanda se permitiu pensar em amar novamente pela primeira vez não sentia medo do futuro sabia que se o amor viesse seria bem-vindo Mas não seria uma necessidade ela estava completa com seus filhos e com a vida que havia construído Artur
por sua vez parecia finalmente entender qual era seu lugar a relação com Beatriz havia acabado de vez um capítulo tóxico que ele sabia que nunca poderia recuperar ele havia deixado de lado as expectativas de que tudo Voltaria a ser como antes com clara e focava agora em ser o melhor pai que podia para os meninos com o tempo os filhos começaram a confiar nele de verdade eles esperavam ansiosamente pelos fins de semana com Artur não pelo luxo mas pelas pequenas coisas partidas de futebol no parque histórias contadas à noite e risadas compartilhadas aos poucos Artur
estava aprendendo que ser pai não é sobre fazer grandes promessas mas sobre estar presente em cada momento um dia ao deixar os meninos de volta na casa de Clara ele a encarou com uma expressão tranquila e honesta Obrigado Clara ele disse por nunca ter desistido deles e de alguma forma nem de mim Clara apenas sorriu não era uma vitória ruidosa mas era uma paz silenciosa que ambos sabiam que tinham conquistado juntos meses se passaram e a rotina de Clara seguia tranquila um dia ao levar os meninos a uma festa de amigos ela conheceu alguém novo
Mateus um arquiteto com um sorriso Genuíno e paciência infinita surgiu em sua vida de maneira Inesperada ele não tentou preencher o vazio deixado por Artur ele apenas esteve presente oferecendo companhia e compreensão sem exigências Os meninos gostaram dele imediatamente e Clara percebeu com o tempo que poderia abrir espaço para esse novo amor Mateus não queria substituir ninguém ele apenas queria fazer parte daquela história uma histria que Clara e os filos haviam escrito com tanta fora em uma manhã ensolarada Clara levou os meninos a um campeonato de futebol Lucas corria pelo campo liderando o time enquanto
os irmãos torciam com entusiasmo da arquibancada Artur estava lá também sentado ao lado dela e de Mateus era uma cena que Clara jamais imaginou que poderia acontecer todos juntos compartilhando um momento de alegria e normalidade enquanto assistia ao jogo Clara sentiu-se leve pela primeira vez em anos as batalhas estavam no passado não havia mais necessidade de lutar ela tinha seus filhos um novo amor e acima de tudo a certeza de que era suficiente por si mesma Mateus segurou sua mão discretamente e Artur um olhar cúmplice para ela como se finalmente tivessem encontrado um equilíbrio que
funcionava para todos não era uma família convencional mas era uma família à sua maneira e isso bastava quando o apito final suou e o time de Lucas venceu os meninos correram em direção à Clara rindo e comemorando ela os abraçou com força sentindo o calor de cada um deles naquele momento tudo estava exatamente como deveria estar eles tinham perdido lutado e se reconstruído e agora estavam prontos para viver plenamente naquela noite Clara colocou cada um dos meninos na cama beijando suas testas enquanto eles adormeciam quando chegou ao quarto de Lucas ele se virou sonolento e
sussurrou mamãe eu sabia que você ia conseguir Clara sorriu acariciando seus cabelos macios sim meu amor ela murmurou conseguimos juntos enquanto saía do quarto e fechava a porta suavemente Clara sentiu uma paz profunda e definitiva a verdadeir vitri nunca foi sobre Artur Beatriz ou tribunais a Vitória esta ali na risada de seus filhos No Calor de Seus Abraços e na vida que ela havia criado com tanto amor e resiliência finalmente Clara estava livre fim h