salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do eslen podcast Estamos aqui hoje para falar sobre transtorno de personalidade que é um tema eh bastante relevante no mundo atual principalmente por algumas confusões que as pessoas têm acerca desse transtorno eu vejo na internet que é muito comum as pessoas se autor rotularem com algum problema de personalidade ou algum transtorno de personalidade quando na verdade este transtorno por ser de personalidade né estes transtornos por ser de personalidade eles são eh bastante complexos e hoje para conversar sobre isso aqui eu tenho comigo o Jean
Leonardi que já tem um episódio aqui sobre psicologia baseada evidências sugiro fortemente que se você for estudante ou profissional da área da Psicologia ou da área da saúde também Assista esse episódio que lá a gente constrói todo um raciocínio do que que é prática baseada evidências na área da saúde especialmente da área na área da Psicologia Jan obrigado Mais uma vez aí pela presença cara é sempre um prazer conversar com você meu Obrigado pelo convite esin vamos lá vamos falar sobre transtorno de personalidade borderline vamos começar do começo é muitas pessoas na internet eu vejo
que elas se auto intitulam borderline é comum e a galera falar ah olha só eu tive uma explosão aqui no meu comportamento eu quebrei alguma coisa eu tive um dia que eu perdi um pouco o controle do meu comportamento então eu sou borderline porque eu li na internet que borderline é isso e borderline é aquilo o que que é é um transtorno de personalidade borderline de fato assim perfeito é assim para eu responder a tua pergunta eu preciso que as pessoas entendam primeiro O que é personalidade depois que elas entendam O que é um transtorno
de personalidade para então a gente falar do transtorno de personalidade borderline que é um dos vários transtornos de personalidade tá então de maneira simples a personalidade é a maneira pela qual cada um de nós I em termos comportamentais emocionais cognitivos só que é uma maneira razoavelmente estável embora exista uma discussão na literatura se a personalidade de fato ela ela se completa ali no final da adolescência no início da vida adulta ou se a gente continua na construção da personalidade até morrer mais ou menos aceito que final da adolescência início da vida adulta de de fato
a gente tá com um padrão que vai ser estável que vai ser repetido de funcionamento né a nossa digamos natureza Então o que a gente faz o que a gente pensa o que a gente sente um transtorno de personalidade e eu tô aqui com a Bíblia da psiquiatria que é o manual diagnóstico estatístico dos transtornos mentais que no momento da gravação desse Episódio tá na edição 10 cm5 texto revisado foi publicado em 2022 tá então no episódio anterior que eu estive aqui com você eslin eu falei bastante sobre o que é o dcm para que
ele serve os seus alcances seus limites vantagens desvantagens problemas mas é ele hoje que define pra gente o que é um transtorno ou não deixa deixa eu só fazer um merch desse Episódio pessoal se você tiver assistindo isso e a gente lançou mais ou menos um mês ATRS traz um episódio sobre psicopatologia você que eventualmente não tenha visto isso ainda ou alguma coisa assim ou não tá muito familiarizado com isso mesmo sendo da área e dentro da psicopatologia a gente estuda o dsm tá E é um episódio bem bacana onde o Jean explicou ali Quais
são as fronteiras do normal e do patológico como é que a gente define uma coisa patológica ou não patológica o as limitações disso como é construído um tratamento em cima disso então fica eh a dica para você assistir este Episódio é que é extremamente relevante para você que é profissional da Saúde Mental tá É isso aí então como que o manual de agnóstico vai entender o que é um transtorno de personalidade ele vai dizer ó é um padrão persistente óbvio né porque a gente tá falando da personalidade Então desse padrão estável de funcionamento que se
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo Então olha só que interessante aqui o que vai definir um transtorno de de personalidade ou não que vai te colocar dentro do patológico ou dentro da normalidade é a tua cultura Então existe uma certa expectativa social de funcionamento e esse padrão ele tem que se manifestar em pelo menos duas áreas então na área da cognição a forma que você pensa como que você interpreta o mundo como você interpreta as pessoas como que você se vê na área da afetividade das emoções então a o quanto que a tua
emoção ela é condizente com aquele contexto que você tá vivendo o quanto que ela oscila né de maneira muito rápida muito instável muito intensa ou não o teu funcionamento interpessoal como você se relaciona com pares com amigos com namorada namorado etc controle de impulsos e etc tá só que esse padrão ele precisa eh abranger aqui várias situações diferentes então por exemplo em em casa no trabalho eh com os amigos etc e esse funcionamento ele de fato precisa te trazer e prejuízos ele precisa te trazer danos eventualmente até te colocar em risco tá então isso é
importante já para responder a tua primeira colocação tua primeira pergunta eslin de que ah eu faço tal comportamento isso tá listado ali como um critério diagnóstico para um transtorno de personalidade quer dizer que eu tenho uma psicopatologia não necessariamente tá Às vezes você tem ali um comportamento um pensamento Uma emoção você faz algumas coisas pensa algumas coisas que podem não ter nenhuma relação com um diagnóstico formal um diagnóstico formal ele só acontece a gente falou bastante disso no episódio anterior quando você tem um agrupamento uma constelação ali de sintomas de características tá então bom entendemos
O que é a personalidade esse nosso funcionamento comportamental emocional cognitivo entendemos que o transtorno de personalidade é quando eu tenho nessas dimensões algumas alterações algumas maneiras de funcionar que desviam de maneira acentuada das normas sociais dos padrões esperados e assim por diante E aí dentro dos transtornos de personalidade nós temos vários o trastorno de personalidade antissocial transtorno de personalidade est triônica transtorno de personalidade obsessiva compulsiva e o transtorno de personalidade borderline que é o o tema de hoje aqui tá Então vamos lá eu vou comentar algumas coisas porque eu tenho sempre o receio da pessoa
leiga que abre o manual ou que vai na internet começa a olhar pros seus sinais pros seus sintomas e começa a achar que bom então eu tenho isso se você foliar o manual diagnóstico estatístico dos transtornos mentais o dsm e você não considerar algumas coisas do tipo prejuízo sofrimento tempo inidade você tem tudo você tem uns 20 diagnósticos aqui pelo menos aqu esse aí só o padrão persistente já tira né padrão persistente pelo menos duas áreas e que tenha prejuízos e Danos Ops não é porque um dia você estava irritado você tá com um copo
na parede arrebentou o copo Ah então você tem personalidade borderline tá E aqui eh quero já deixar um alerta para todo mundo que tá vendo a gente de que em Saúde Mental em psicopatologia não existe um sinal patognomônico o que que essa palavra quer dizer um sinal patognomônico Acho super difícil falar isso o sinal patognomônico é um sinal um sintoma que é se você tem aquilo você certamente tem a doença então por exemplo existem umas umas bolinhas brancas que quem tem Sarampo tem o médico examinou ali viu a bolinha branca na língua batata é sarampo
só dá para ter as bolinhas se tiver Sarampo a gente não tem nenhum sinal sintoma patognomônico em Saúde Mental que que isso quer dizer todo mundo que é borderline se corta não é verdade é ou todo é uma coisa que é uma coisa comumente falada exato ou todo mundo que tem borderline se corta Então se se corta é borderlines é borderlines não não é verdade isso tá então vamos entender eh O que é o transtorno da personalidade de borderline o que caracteriza o que mais demarca o o transtorno da personalidade borderline talvez sejam duas coisas
é uma instabilidade instabilidade eh na autoimagem instabilidade emocional instabilidade nas relações pessoais instabilidade em várias áreas e muito déficit em habilidades de regulação emocional que que é regulação emocional é a capacidade que uma pessoa tem de influenciar quais emoções ela tem quando elas ela as tem eh a intensidade como fazer para essas emoções diminuírem uma vez já ativadas e assim por diante tá agora o termo borderline ele é um termo ruim e eu vou explicar por qu borderline em traduzindo pro português significa limítrofe da onde que veio essa nomenclatura muitas Décadas atrás a nossa compreensão
de psicopatologia ela vinha profundamente influenciada pela psicanálise que basicamente dividia eh vou chamar aqui o sofrimento humano ou a doença mental o nome que a gente quiser dar em neurose psicose e perversão e nessa concepção eh essas características que eu já vou explicar quais são do que viria a ser chamado de borderline é borderline no sentido de limítrofe entre a neurose e a Psicose perfeito certo era alguém que tava ali quase na Psicose que era mais do que neurótico etc só que hoje e essa nomenclatura não faz o menor sentido assim tá formalmente Ela foi
abandonada também né Por muitas pessoas por várias instituições como por exemplo DM né é o DC o você diz a neurose a perversão perfeito não isso foi abandonado só para deixar claro pra galera isso já no dcm desde a década de 80 desde a década de 80 isso a gente comentou um pouco disso no episódio anterior também tá então eh no dfm 5 se tinha a expectativa de que o próprio nome borderline mudasse para corrigir um pouco esse termo eh alguns propuseram que ele chamasse transtorno da desregulação emocional alguma coisa assim mas os adores e
o comitê do dcm chegou à conclusão de que talvez não fosse uma boa porque Puxa você muda o nome aí imagina que você vai fazer um uma tese de doutorado estudando borderline você vai ter que pesquisar com o termo novo com o termo antigo a literatura se perde aí alguém acha que o novo termo não é bom propõe um novo termo e a gente se perde assim então o nome borderline ficou Tá então vamos entender eh a as características e aqui eu quero que quem tá ouvindo a gente entenda uma coisa a gente vai ver
que para você receber um diagnóstico de transtorno da personalidade borderline você precisa atender a cinco sintomas de uma lista de nove com aquelas considerações tá de precisa ter prejuízo dano sofrimento etc tá agora se eu tenho nove nove eh sintomas sinais e sintomas aqui nove características nove critérios diagnósticos e eu preciso preencher cinco olha só que interessante eu posso ter pessoas borderline muito diferentes entre elas porque uma pessoa pode ter o sintoma 1 2 3 4 5 a outra pode ter 1 2 3 4 5 e o 6 a outra pode ter o 3 o
4 5 6 e o s tá algum matemático fez as A análise combinatória parece que são 250 e tantas combinações possíveis de uma pessoa ser borderline então isso já mostra pra gente assim Ah então o borderline se corta não necessariamente Ah o borderline tem caos na vida interpessoal não necessariamente Ah o borderline ele sente um vazio não necessariamente Tá bom então e é uma pessoa que tem e cinco ou mais dessas características Por que cinco e não quatro e não seis algo assim Esses foram critérios razoavelmente arbitrários eu falei muit muito sobre isso no episódio
anterior não vou me repetir aqui mas há uma arbitrariedade quer dizer que se a pessoa tem quatro ela não é se você for ser estrito frente aos critérios diagnósticos ela não preenche todos os critérios mas isso quer dizer que ela não vai se beneficiar de um tratamento ela talvez não precise de uma ajuda profissional não Provavelmente ela vai se beneficiar e vai ser bom para ela tá então vamos lá primeiro critério a pessoa tem esforços desesperados para evitar ab real ou imaginado aqui a gente tem já um pequeno problema es que é o que que
é um esforço eh desesperado né quando eu digo assim nossa mas é um esforço desesperado um esforço exagerado tem uma margem para interpretação tá eh então muitas vezes quando a gente vai pro pro cinema pra literatura pro Teatro essa é uma característica que costumam colocar né na pessoa borderline assim uma pessoa que ela tá sempre desesperada para não perder uma pessoa assim um namorado ou às vezes o terapeuta tá e Mas é uma característica razoavelmente comum de você encontrar tá então ele pode ser um abandono imaginado Em que sentido Eh vamos imaginar que sei lá
eu eu eu te mando uma mensagem no celular falando pô WL aí como é que você tá vou passar um fim de semana em Florianópolis Será que a gente consegue se encontrar e você não me responde tá E aí eh eu acabo entendendo a tua não resposta como você me abandonando a nossa amizade talvez estando em conflito eh Puxa que que será que eu fiz etc e aí eu começo a talvez fazer coisas para evitar esse abandono que muitas vezes ele é imaginado tipo sei lá você tava dormindo porque você tava né você tava alum
problema você tava socorrendo Alguém tava correndo ou você tinha tanta mensagem no celular que você viu ia me responder esqueceu na correria né não nada de fato direcionado a mim só que muitas vezes o que que a pessoa faz eu começo a tentar checar o meu vínculo com você então agora eu começo a te ligar muito eu começo a te mandar mensagem toda hora a ponto de Talvez de fato agora você ficar meio cansado de mim pô o J toda hora me manda mensagem o J toda hora me liga o J toda hora me procura
pô eu não posso um dia ir dormir cede e acordar tarde que ele fica no meu pé achando que aconteceu alguma coisa etc tá então existe esse esse critério bastante subjetivo que dá margem a interpretação eh aqui eu dei um exemplo de um abandono imaginado mas pode ser um abandono real né um um marido que se divorcia às vezes um terapeuta que tira um mês de férias e não vai estar disponível e coisas do tipo tá então isso é uma coisa que a gente pode ver em pessoas borderline como pode não vê Por conta desses
nove critérios aí tá outra coisa um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização então o que que isso quer dizer eh eu começo a me relacionar com uma pessoa pode ser um amigo uma amiga um uma namorada Eh sei lá um colega de trabalho e às vezes então Eh essa pessoa se torna o meu melhor amigo da noite pro dia assim sai com essa pessoa duas vezes convivo com ela 15 dias e Nossa que eu admiro para caramba né então conheço o Wesley Nossa porque o Wesley
é incrível porque o Weslen ele é disciplinado é organizado Wesley é um modelo para mim etc tal e aí sei lá um dia você faz alguma coisa que Eu discordo sei lá você faz um post falando uma coisa política que eu sou da opinião oposta ou eu quis comer uma pizza com você falar ah hoje tô cansado não dá e de repente eu vou para uma desvalorização extrema né então puto Wesley é um chato Wesley é um escroto Wesley é isso né E às vezes até as coisas que eu admirava em Você do tipo ah
ele é disciplinado organizado produtivo vira alvo de crítica Ah é muito Quadradão muito disciplinado tá cara chato é o interruptor ali ou tá ligado ou tá desligado exatamente tipo te idolatro te desvalorizo assim eu quero você na minha vida ou eu te rejeito na minha vida né então Eh isso quer dizer que todo borderline não vai ter relacionamentos estáveis não não quer dizer você tem borderlines Tem amizades duradoras casamentos duradouros relações duradouras mas é um sintoma típico esse caos interpessoal né perda de pessoas coloca a pessoa na vida tira a pessoa da vida eh começa
a namorar um mês depois que é casar de repente não quer mais odeia aquela pessoa então você tem essa alternância de idolatria com exclusão as pessoas se tornando descartáveis al e assim isso pode acontecer por exemplo com um colega de trabalho não preca necessariamente seu relacionamento examente um exemplo colega de trabalho um familiar um relacionamento amoroso eh um amigo de amigo que apareceu na vida às vezes até uma pessoa que ela não conhece tipo uma celebridade que ela acompanha pela internet alguma coisa assim tá então a gente já teve aqui ó o a questão do
abandono e a questão do caus interpessoal agora eu quero que as pessoas comecem a prestar atenção e ficar atentas que esses sinais e sintomas eles se conversam percebe eh então talvez parte de caus interpessoal tem a ver com esses esforços esse medo de abandono essa tentativa de manter a pessoa por perto e aí talvez Putz eu não consigo manter por perto então eu descarto talvez eu sofra menos né começo já até a entrar um pouco na análise da coisa e menos na na sintomatologia aqui tá bom a gente tem também o que é chamado de
perturbação da identidade que é uma uma instabilidade às vezes na autoimagem Então essa autoimagem não só estética do tipo puxa hoje eu me acho lindo é bonito lindo bonito interessante inteligente amanhã eu me acho um lixo [ __ ] eu sou feio sou chato ninguém gosta de mim eu li isso aqui não entendi eu sou burro né então eu tenho essa instabilidade eh na minha alto Imagem Na minha percepção de mim mesmo em várias esferas não só físico assim aham embora físico seja bem comum é bem frequente você encontrar pessoas que TM um diagnóstico de
transtorno da personalidade borderline e que tenha questões por exemplo de eh compulsão alimentar de anorexia nervosa às vezes distorção de imagem né aquela pessoa que se vê como horrível como gorda feia eh e aí tem um transtorno alimentar associado acaba preenchendo critérios paraas duas coisas tá mais um sintoma típico do do paciente do indivíduo que tem a personalidade borderline é impulsividade e essa impulsividade ela tem que ser em pelo menos duas áreas e ela tem que ser autodestrutiva seja direcionada siim direcionada sim então às vezes a gente encontra eh sexo sem proteção então a pessoa
sai à noite sai duas três transa com duas três pessoas diferentes sem proteção sem se preocupar com doença às vezes é comportamento por exemplo de dirigir em altíssima velocidade alcoolizado compras e compulsivas e e e compras que não cabem no orçamento daquela pessoa n uma coisa sei lá compra uma coisa que é cara que talvez não fosse acessível para muita gente mas na tua realidade financeira não traria um um grande Impacto aqui não aqui eu tô falando de uma coisa que de fato traz um impacto significativo é autodestrutivo isso pode atrapalhar a pessoa nos planos
dela de pagar aluguel fazer Supermercado então a gente conhece histórias de pessoas que por exemplo gastaram R 300.000 numa tarde no shopping assim h e que eh Dependendo de quem tiver ouvindo R 300.000 pode ser pouco dinheiro pode ser muito dinheiro mas que no caso dessas pessoas era tipo sei lá 50% do patrimônio perfeito você imagina você gastar 50% do teu patrimônio numa tard em bolsa sapatos roupas de Lu coisas que não tem nada a ver Às vezes com seus valores né é nitidamente uma deixa eu te falar só só fazer um parêntese rapidinho a
gente teve um episódio aqui sobre transtorno de humor bipolar com o Dr Renato Silva quem quiser assistir o episódio tá aqui no no canal eslin podcast basta procurar aí que a gente fez mais ou menos como tá aqui só que só sobre transtorno bipolar e ele comentou lá e a gente vê com frequência na clínica um equívoco de Diagnóstico entre transtorno de personalidade borderline e transtorno de morb bipolar parte por conta principalmente desse critério diagnóstico né que os dois apresentam perfeito perfeito parte e e parte por conta desse critério de agnóstico embora sejam dois transtornos
bem diferentes né um é um transtorno de humor o outro é de personalidade e você sabe que tem um outro uma outra complicação w eu eu inclusive assisti o episódio Renato achei muito muito bom o episódio se você não assistiu Eu recomendo e que o uso da palavra bipolar pelos leios não é o uso que sim sim então essa coisa da instabilidade o LEGO parece mais o o borderline do que o exato então ele fala assim pô um dia você adora o cara um dia se odeia como você é bipolar um dia você gosta de
você um dia você se odeia como você é bipolar Se você pegar o sentido da palavra bipolar talvez de dicionário que você tá em dois polos faz sentido mas do jeito que é usado o termo pelos psiquiatras pelos psicólogos na saúde mental tá errado mas é uma boa lembrança isso eh Então a gente tem também aqui no quinto critério eh ameaça de comportamento suicida o próprio comportamento suicida automutilação né então se cortar se queimar se bater se furar eh já tem de pessoas que batem a cabeça na parede eh enfim vários tipos aí de de
automutilação tá uma coisa que eu acho importante as pessoas saberem para quem tá assistindo a gente tem um mito que circunda o transtorno da personag de borderline de que essas pessoas fazem muito desses comportamentos para chamar atenção tá e eu quero que você entenda que isso não é verdade quer dizer que de vez em quando você vai encontrar alguém que faz para chamar atenção vai certo tudo é possível mas grosso modo esses comportamentos eles têm a ver com uma estratégia ruim mas ainda assim uma estratégia de regulação das emoções né de uma maneira de se
livrar de um sofrimento intenso de uma de um uma angústia horrível seria uma função parecida com a pessoa que come muito e tal exato a função é muito parecida né então geralmente quando uma pessoa tem compulsão alimentar não é 100% dos casos mas muitas vezes a função do desse comportamento é um alívio né tô muito ansioso muito estressado alguma coisa assim eu como geralmente alimentos ricos em açúcar e gordura combinados isso me dá uma relaxada tá quem nunca fez isso é provavelmente todo mundo eh então aqui é importante ficar claro essa ideia de ó não
é porque Ah então você não se corta não é borderline certo alguma coisa nesse sentido Ah eu aceito por favor cafezinho para nós aí igualzinho igualzinho é E aí Eh você tava no cinco eu tava no cinco o que que eu quero dizer disso da questão de chamar atenção tem um pesquisador alemão psiquiatra chamado Martin borros ele fez um estudo que é curioso pensar que o comitê de ética aprovou mas ele conseguiu aprovar foi o seguinte ele pegou um grupo de pessoas sem diagnóstico do transtorno da personalidade borderline e um grupo de pessoas com o
diagnóstico da personalidade borderline ele colocava essas pessoas em máquinas lá de ressonância magnética funcional e tava monitorando a área de controle eh das emoções sistema límbico essas coisas tá você sabe disso muito melhor do que E aí qual que é o experimento dele ele expõe essas pessoas a imagens muito ruins de ser vistas imagens que ativam uma emoção acidente cachorro sendo atropelado pessoa machucada etc para ter ativação ali de Uma emoção né algo como algum mal-estar alguma angústia alguma coisa assim e aí na hora que tem ativação a pessoa tá com os braços eh escondidos
assim delas próprias por algum tipo de divisória E aí ele faz um corte no participante da pesquisa com bistu nova essa essa é nova e aí você sabe que de que ano que esse estudo cara esse ano esse estudo é 2015 fo da década de 60 até 70 Mas você sabe qual foi o argumento dele cara o argumento dele para conseguir a liberação do comitê de ética que imediatamente proibiu vetou e a resposta que fez aprovar foi o seguinte falou ó em escala subjetiva de dor quando você diz pra pessoa de 0 a 10 quanto
que isso tá doendo um corte pequeno com o bisturi é mais ou menos a mesma nota que se dá uma pessoa que tá tirando sangue Ah tá entendi e o argumento dele foi a gente aprova milhares de Pesquisas todos os dias tirando sangue de pessoas porque eu não posso fazer um corte e ele convenceu o comitê de ética e fez a pesquisa tá E aí o que que ele mostrou o paciente que o paciente o participante da pesquisa que não tinha o diagnóstico de borderline quando era cortado as áreas ali ativas eh pela emoção né
que estavam ativadas pela emoção aumentavam Elas ficavam ainda mais eh ativadas obrigado ainda mais intensas ou seja Tá pera aí vamos refazer de novo come era mais ou menos assim ó eu sou uma pessoa sem diagnóstico borderline eu tô vendo uma imagem horrorosa ativou a imagem cerebral ali as emoções tá tá mostrando que tá processando emoções ali eu sou as minhas emoções aumentam é mais ou menos assim pô bicho eu já tô aqui me sentindo mal vendo isso aqui você não me corta cara qual que é o teu problema entendeu já tô me sentindo mal
você não me corta me sinto ainda pior sem diagnóstico a hora que você faz exatamente a mesma coisa com o paciente borderline olha só a emoção diminui na imagem regulação emocional realmente regulação emocional né e ele provou ali num estudo de mecanismo ali né ó parece que esse relato que a gente já ouviu de centenas de milhares de pacientes de que quando eu me corto Eu tenho um alívio ele conseguiu mostrar que neurobiologico é isso estava acontecendo Olha só muito interessante Então PR gala pra galera de casa deixar claro que não é para chamar atenção
né não é para chamar atenção pode ser que vai ter uma situação outra quando você faz uma análise que o paciente vai dizer para você ou você vai detectar vai existir mas a esmagadora a maioria das vezes não né eu vou deixar o a referência depois do estudo você gente deixa aqui embaixo deixar aqui embaixo na descrição tá bom aí a gente tem ail ade afetiva que é aquela reatividade a montanha russa emocional que talvez seja mais uma coisa que leva as pessoas a confundir com o bipolar porque você vai ter aqui ehip algumas horas
de Uma emoção mais intensa mais alegre para algumas horas de Uma emoção mais irritadiça né então uma montanha russa emocional eh muito rápida e muito intensa Às vezes você encontra sentimentos crônicos de vazio e esse é um critério interessante porque cada paciente relata isso de uma maneira diferente né Parece que eu tenho um buraco parece que falta alguma coisa eu não sei explicar É como se eu tivesse desprovido de Uma emoção e etc e e quando a gente for falar de tratamento tem até algumas hipóteses do do do Porquê desse vazio aqui tá e raiva
intensa e inapropriada com dificuldade em controlá-la então tem grandes episódios de raiva assim se tem uma emoção que define borderline é raivo embora a gente tem que tomar bastante cuidado com esses critérios diagnósticos porque os critérios Diagnósticos do DM Eles são de propósito como eu falei no episódio anterior desprovidos de contexto aham então quando a gente fala que a Raiva ela é inapropriada a gente tem que tomar algum cuidado porque que já encontramos por exemplo margem para interpretação às vezes de machismo percebe então ah essa moça aqui eu tô falando moça porque tem muito mais
mulher borderline do que homem estatisticamente falando epidemiologicamente falando Ah ela tem uma raiva intensa borderline etc puxa Mas quais eventos ambientais Será que dispararam aquilo será que ela tá sendo vítima de um machismo de um tipo de abuso de um tipo de uma violência mais Então são sempre critérios que a gente tem que tomar cuidado tá e ideação paranoide transitória associada a estess então o que que é ideação Paranoid e transitória isso basicamente é um senso uma uma sensação uma percepção uma interpretação de que as pessoas querem prejudicá-la de que as pessoas estão de alguma
maneira contra ela tem um estudo que também eu vou te passar referência depois que eles fizeram er o seguinte eles pegaram pacientes com transtorno da personalidade borderline com pessoas com depressão e Pessoas com Transtorno de Ansiedade social puseram essas pessoas para jogar um jogo de computador que não importa o que ela o jogo Era basicamente três pessoas na sala imagina que tá eu você e mais alguém sala é uma tela de computador tá ninguém tá fazendo isso de verdade é um joguinho que as pessoas têm que passar a bola uma paraa outra então eu passo
a bola F para você você passa para mim eu passo para ela ela passa para você você passa de volta e a gente fica trocando só que quanto mais passes você recebe mais pontos você ganha e esses pontos você vai trocar acho que por dinheiro sei lá e aí o que que acontece na verdade esse jogo é uma mentira não tem mais ninguém jogando é você acha que você tá jogando Essa é história que contam pro paciente mas o programa tá lá você tá sozinho na verdade você não sabe disso e os outros dois são
um programa de computador que de propósito começam a fazer você cada vez receber menos bola ficam tocando entre eles ficam tocando entre eles e você cai fora do jogo ali tá que que acontece aqui quando termina o experimento esse joguinho eles vão perguntar pras pessoas que que que que você acha que aconteceu ali que aconteceu Por que que você parou de receber a bola eh e aí as pessoas eu acho que não era depressão acho que era pessoas sem diagnóstico é isso as pessoas sem diagnóstico falavam assim cara sei lá o que aconteceu tipo ou
dava algumas explicações meio [ __ ] Sei lá acho que eu devo ter feito algo errado ali é não sei tipo não entendi muito bem né Então essa pessoa sem diagnóstico falava isso as pessoas com ansiedade social elas tinham a certeza de que elas tinham feito alguma coisa errada não eu com certeza fiz alguma coisa errada eu acho que passei pra pessoa que não já ter passado né Então tinha essa sensação as pessoas com diagnóstico borderline elas tinham uma fala que era algo como elas fizeram isso de propósito para me prejudicar Olha só para eu
não ganhar o dinheiro para eu não ganhar o dinheiro uma coisa meio persecutória assim tá então o que que a gente vai ter o que que é o transtorno da personalidade borderline é basicamente algumas combinações entre esses nove critérios pode ser um o quatro o c e o nove pode ser o dois o três o cinco e o sete e o oito cinco deles você vai encontrar pessoas que tem todos você vai encontrar pessoas que tem cinco seis talvez você vai encontrar uma pessoa que tenha quatro e aí é aquela pessoa que bate na trá
talvez se os critérios fossem um pouco diferentes ela receberia o diagnóstico e aí você vai ter ali às vezes uma duas coisas que talvez você não tenha transtorno nenhum nem de personalidade nem de outras categorias e é só uma característica sua porque o que define um transtorno de personalidade borderline ou qualquer outro é a coocorrência desses vários componentes dessas várias cois acontecendo ao mesmo tempo perfeito em termos de manifestação na sociedade como é que Fun funciona já eh por exemplo por ser um transtorno de personalidade esses sintomas tem que quando quando você citou anteriormente ali
que eles precisam ser prevalente qual que é idade de início então eh a gente tem um um ranço ainda da teoria psicanalítica de que você aos 17 18 anos a sua personalidade está pronta completa e nunca vai mudar assim o que é um pouco questionável assim não só o critério 18 porque não 17 19 ou 20 mas também porque a gente vê pessoas que mudam muitos traços mais tarde isso cara o que mais tem relato na literatura pelo menos na neurociência o cara ter algum tipo de acidente ou qualquer outra modificação cerebral às vezes intoxicação
por alguma droga e muda totalmente o muda totalmente é muda totalmente de vida né talvez a gente pudesse pegar você de exemplo né você era uma pessoa na adolescência completamente diferente de que você é hoje ex Exatamente porque sempre exatamente totalmente difente diametralmente inverso né assim eu que conheço tua história de vida outra pessoa né talvez você hoje eh se se a gente conseguisse trazer do passado o Wesley adolescente e olhar para você falar que esse cara é um imbecil né A hora que você dorme o que você come o que você faz e se
você olhasse F você adolescente você olhar [ __ ] o cara tá perdido coitado P mas o que que se tem hoje aí de é então a gente tem essa discussão mas assim geralmente o que a gente sabe é que ninguém começa a ter isso aqui com 30 anos de idade tá Geralmente essas coisas precisam estar aparecendo ali eh 12 anos de idade 13 anos de idade você já vê tá então você vai ver Às vezes expressões um pouco diferentes então às vezes o que você vai ver de problemas interpessoais Óbvio na na escola vai
ser diferente do que você vai ver no trabalho ali alguns anos depois muda um pouco mas você já vê esse padrão de funcionamento ali já começa na adolescência o que muitas vezes é difícil de você diagnosticar porque o quanto que é a aquela Sei lá irritabilidade aquela instabilidade típica da adolescência que a gente entende que é normal ou é um transtorno né ou a própria instabilidade por exemplo de auto imagem é putz o quanto que é experimentação do Adolescente né põe o brinco tira o brinco põe o pirce tira o pir tira o pirce pinta
o cabelo corta o cabelo raspa o cabelo [ __ ] TD experimentando que é uma coisa normal esperada versus Ops temos aqui de fato um problema assim geralmente você vai um tempo para ó isso aqui tem de fato prejuízo isso aqui de fato traz problema traz sofrimento eh e é um problema para aquela pessoa conviver com aquilo versus não assim tipo é só parte da vida dela e não não traz nenhum problema é acho que vai do Profissional ou da Psicologia ou da Medicina que for tratar né a saúde mental dessa pessoa ter uma boa
capacidade de fazer uma uma entrevista Clínica né exato que inclusive se você é da área da saúde mental estudante profissional da Psicologia principalmente a gente tem esse não só a gente vai falar já já aqui de tratamento mas a gente tem um curso inteiro sobre como tratar transtorno de personalidade borderline eh e também tem curso sobre entrevista Clínica Como fazer uma entrevista Clínica eh de uma forma aprofundada para conseguir chegar em substrato suficiente para um diagnóstico complexo desses como vocês viram que não é fácil Se você quiser saber mais sobre isso o link do viver
de psicologia tá aqui na descrição do vídeo eh para você conhecer ali acessar a página e ter mais informações Deixa eu te perguntar antes da gente tipo tratamento Existe alguma hipótese do Porquê a galera discute do porqu é mais prevalente em mulheres tem alguma ideia existe algo Existem algumas discussões sobre isso eh uma delas tem a ver com a própria constituição orgânica fisiológica biológica do corpo eh da de uma fêmea do da espécie humana e de um macho da espécie humana Então seria uma diferença mesmo ali já constitucional hormonal hormonal sensibilidad funcionamento e assim por
diante Existem algumas hipóteses Ainda não bem comprovadas mas que talvez tenha muito a ver com invalidação emocional então o que que isso quer dizer eh a mar linehan que é a criadora da terapia comportamental dialética uma uma das defensoras E talvez dê para dizer até criadoras desse modelo que é um modelo biossocial que entende o quê que todas essas características de do transtorno da personalidade borderline é um eh eles são produto de duas coisas de uma vulnerabilidade biológica então uma pessoa que eventualmente nasce com uma sensibilidade maior a emoções por exemplo do mesmo jeito que
sei lá eu tenho mais sensibilidade à luz né então Putz qualquer luz solar um pouquinho mais intensa eu já preciso de um óculos você vai ter uma outra pessoa que precisa zero ou sensibilidade à dor ou eh sei lá outras sensibilidades você vai ter aqui uma uma espécie de limar diferente para as emoções então às vezes uma um estímulo que que não afetaria você não afetaria eu afetaria aquela outra pessoa certo então ela já teria isso e essa vulnerabilidade biológica Ela poderia ser inata você poderia nascer com ela ser genético mas também seria possível de
ser adquirida em razão De traumas muito severos né um um estupro uma coisa dessa natureza assim tá e o outro lado que seria puramente ambiental que é o da invalidação emocional o que que é invalidação emocional é basicamente Quando você diz para uma pessoa que ela tá sentindo errado entendi que ela não deveria sentir o que ela está sentindo Então a gente tem vários exemplos disso então imagina que eu tenho uma sei lá uma menina de 10 11 anos tô falando de menina exatamente por causa dessa proporção tá tem uma menina de 10 11 anos
que sei lá tá reclamando da vida dizendo que tá muito chateada e que a vida dela tá ruim etc e um familiar diz algo do tipo Poxa mas você não pode ficar triste é Você estuda na melhor escola da cidade você já foi para Disney Três vezes teus amigos gostam de você não tem porque você está triste então tô dizendo para essa pessoa que ela não devia sentir o que ela tá sentindo ou se a gente pensar eh algo como homem não chora né Por que que você tá engol esse choro senão vou te dar
uma um motivo de verdade para você chorar coisa do tipo Então são formas de dizer pro indivíduo que ó você tá sentindo errado Eh você não pode sentir o que você tá sentindo eh até formas mais severas de negligência e coisas do tipo agora talvez quem esteja assistindo esse episódio do podcast pense assim puxa mas eu já passei por isso e o que a gente sabe é que ou todo mundo ou quase todo ser humano já passou por isso a diferença entre a ideia que etiológica causal dessa invalidação que levaria uma pessoa a ter borderline
de uma pessoa que não é que a invalidação nessas pessoas que vão ter borderline é uma invalidação que ela é estrutural ela é crônica ela é sistemática teu ambiente ele é assim então é todo dia assim e a pessoa ela já é mais suscetível dói mais nela né já dói mais nela né então você aí Olha a Bola de Neve que vira como dói mais em mim eu tenho uma sensibilidade aumentada isso talvez faça eu pedir mais no ambiente eu relatar maiso desconforto tristeza angústia chateação etc só que como eu relato mais eu tenho mais
invalidação e porque eu tenho invalidação eu relato mais então eu viro uma bola de neve horrorosa e aí a ideia da qual que qual que é a diferença de de homem para mulher e eu esqueci duas três vezes mais quro um e assim cara considerando que a gente tem uma uma sociedade globalmente machista é de se esperar que a mulher se sinta com essa invalidade emocional essa invalidação emocional muito mais porque é provável que isso aconteça mais com a mulher do que com h você sabe que a a tese de doutorado da Maral ela uma
das partes da tese dela ela fez o seguinte ela pegava um um relato de uma pessoa que que era um relato de uma pessoa que tinha sofrido tal coisa na vida gostava de viver por causa disso e daquilo era um relato fictício tá que terminava esse relato ali com um suicídio a pessoa tinha tirado a própria vida e parte da tese dela é e perguntar pras pessoas dizendo para uma parcela delas que aquele relato era de um homem e para uma parcela de aquele relato era de uma mulher Olha só para ver se a aceitabilidade
seria diferente né então quase como se um homem que tá sofrendo fosse assim puxa coitado tal e uma mulher sofrendo F Ah uma histérica fresca exagerada né então uma das hipóteses É essa a gente ainda não tem uma confirmação assim sólida disso em termos de evidências a gente tem é difícil acho mas é muito plausível né cara é muito plausível bastante plausível Considerando o impacto da cultura na nossa saúde mental né E isso por exemplo teria a ver com vários desses sintomas que a gente debateu aqui por exemplo o os sentimentos crônicos de vazio quando
eu sou constantemente dito que eu não deveria sentir o que eu tô sentindo que eu tô sentindo errado talvez exista algum mecanismo aqui de supressão das emoções né E aí eu tenho essa supressão das emoções e que em algum momento quando eu consigo me expressar eh ela intensa demais e aí por isso que aparece aqui a reatividade de humor talvez por isso que apareça raiva intensa né então esse ambiente que diz para mim você tá sentindo errado como ele não leva a sério a minha emoção ele também não me ensina alguma maneira de regular né
então por exemplo eh eu tenho um filho pequeno quando ele apresenta um episódio de desregulação emocional e todo o ser humano tem episódios de desregulação emocional eh O que diferencia a desregulação emocional de um ser humano com diagnóstico sem diagnóstico e borderline é a frequência intensidade né Tipo o do borderline ele é pervasivo ele é sistemático mas episódios de desregulação todos temos então eu ensino para ele estratégias Ó você pode fazer isso faz aquilo ó respira quer ficar sozinho quer se distrair um ambiente que não leva a sério a emoção não ensina estratégias de regulação
E aí a pessoa não sabe o que fazer eventualmente ela se corta eventualmente ela se bate percebe então eh essas coisas você vê que elas se conectam mesmo assim faz faz bastante sentido e bom a gente construiu Então essa ideia é do que que é o transtorno de personalidade borderline acho que deu para ficar bastante Claro e qual que é o tratamento cara como é que funciona medicamentoso psicoterapia e dentro da psicoterapia qual que funciona melhor que a outra Qual que é o padrão ouro perfeito então e eu trouxe aqui um um trabalho WL para
te mostrar e que eu tive que encadernar por conta do tamanho mostra PR aquela câmera ali ó e que é uma uma revisão sistemática com meta análise da colaboração cochren chamada eh terapias psicológicas para Pessoas com Transtorno da personalidade borderline que que é uma colaboração cochren e revisão rapidamente S vou falar vou falar só para você ter ideia ó eu imprimi metade dela só com os as partes que eu queria falar porque é um trabalho muito meticuloso tá então deixa eu explicar essas três coisas pra galera aí o que que é uma revisão sistemática Imagina
assim ó imagina que eu fiz um estudo o eu não mas que você tenha na literatura um estudo da terapia x pra borderline que foi feito na Alemanha beleza que descobriu lá que os pacientes melhoram tanto ou pioram tanto reduz o suicídio tanto etc e aí eu tenho um estudo mais ou menos semelhante no Brasil eu tenho um estudo mais ou menos semelhante e na China e assim por diante ou eu tenho 10 nos Estados Unidos cinco na Alemanha dois no Brasil um no Canadá né e sei lá o que mais Qual que é o
problema esses estudos eles variam em método por exemplo qualidade metodológica quão bem feito o estudo é eles variam por exemplo em medidas então um registrou lá sintomas borderline usando um um instrumento uma escala um questionário o outro não usou um outro instrumento um estudo pegou lá no prontuário número de dias que o paciente ficou internado por pós tentativa de suicídio Então você tem muita variação entre os vários estudos tá o que que a revisão sistemática faz e por isso que ela tem esse nome sistemática ela tem um meio muito rigoroso de encontrar todas as pesquisas
que foram feitas sobre aquele assunto eh em qualquer idioma tá E ele passa Então por um escrutínio bem rigoroso bem Severo de qualidade de medidas de métodos de tudo isso tá para você chegar numa conclusão bom juntando aqui todos os estudos que foram feitos sobre isso que conclusão eu posso tirar funciona não funciona funciona quanto não funciona e assim por diante Então isso é a revisão sistemática o que que é a meta-análise a meta-análise é uma espécie de complemento da revisão sistemática que nada mais é do que um procedimento matemático para depois que eu já
fiz todo esse trampo de encontrar os estudos extrair o os resultados etc eu fazia uma combinação matemática ali estatística e falar bom então é isso que eu encontrei tá é esse número que eu cheguei aqui então revisão sistemática metanálise quem é a colaboração cocn tá a colaboração cocn ela é uma organização sem fins lucrativos do mundo inteiro eh presente no mundo inteiro que não aceita verba de laboratório da Indústria Farmacêutica de Criadores de tratamento Então quem cria uma terapia não pode doar nada disso para minimizar conflitos de interesse e a colaboração cochren ela produz as
melhores revisões sistemáticas com metanálise do planeta assim eh infelizmente a gente tem muita revisão sistemática mal feita Então você vai ler achando que vai achar alguma coisa e não vê nada tá então essa aqui é a melhor possível assim tá esse é um estudo publicado em 2020 que é uma atualização da revisão de 2012 Por quê a colaboração cocn tem a ideia de que você tem que trabalhar com a evidência mais atualizada possível porque a ciência né Ela é uma um empreendimento humano de acúmulo de conhecimentoo que se autocorrige que se autor revisa etc então
às vezes o que você descobre 10 anos atrás muda depois de um tempo e a cochren tem uma coisa muito legal que é a seguinte eh imagina que você publicou lá uma revisão sistemática um metanálise na na base de dados da cck lá em 2012 ela tem prazo de validade e que que isso quer dizer quando der um X tempo não sei se são 10 anos 8 anos 5 anos quanto tempo é eles vão te mandar um e-mail falar assim wesl a tua revisão vai vencer você quer atualizar legal quero quero atualizar porque quem publica
são revisões muito citadas Então quem publica é um lugar não é qualquer um que escreve uma revisão cocer tem 1 critérios para est lá dentro só para deixar claro pra galera assim pessoal e quando just para quem não é da área da na área acadêmica quando o Jan cita daí eu faço uma meta-análise normalmente são grupos gigantescos é uma trabalheira tem pessoas especializadas na ciência que só trabalha com revisão os Car não trabalh mais com nada eles só trabalha de tão grande que é essa área né Por exemplo essa aqui tem 1 2 3 4
5 6 acho temão uns 10 autores geralmente assim um que é especialista em borderline um que é especialista em terapias psicológicas um que é estatístico um que manja de ensaio Clínico um que manja de meta análise é um time mesmo assim né E aí então eles eles são convidados a atualizar o trabalho se não atualizar fala ah não eu desencanei eu me aposentei tô tô vivendo aí na na praia tal aí alguém pode assumir aquela revisão e substituir a tua Então essa é a atualização de 2020 não sei se quando tiverem assistindo a gente aí
no futuro em 2040 daí a gente grava mais um para atualizar is grava mais uma tá que mostrou o quê fizeram a comparação entre todas as terapias psicológicas que fizeram eh se dedicaram a pesquisar eficácia pro transtorno da da personalidade borderline então eles eh avaliaram terapia de aceitação e compromisso terapia comportamental dialética terapia baseada em mentalização que é uma terapia psicodinâmica TCC terapia cognitivo comportamental né terapia psicodinâmica eh terapia focado no esquema Entre várias outras coisas aqui tá e uma coisa que essa esse trabalho fez que é muito importante que eles consideraram vários desfechos por
quê Uma coisa que eu quero que o pessoal de que tá assistindo a gente em casa entenda quando alguém diz assim ó terapia cognitiva comportamental é eficaz ou terapia X Y Z eh tem evidências essa é uma pergunta incompleta você para fazer uma pergunta dessa você precisa seguir uma estrutura de pergunta que é o acrônimo picot então o que que é o picot p é do paciente então aqui eu tô falando de eh posso estar falando de um diagnóstico então pessoas que TM um borderline eu poderia est falando de mulheres que sofreram abuso sexual então
não tem homem aqui eh e aí eu vou ter essas características desse paciente então aqui qual que é o p o p aqui é pessoas que TM diagnóstico de borderline Esse é o p do picot Qual que é o i de intervenção terapias psicológicas então ele tá interessado no feito da terapia comportamental dialética da terapia de aceitação e compromisso da terapia psicanalítica de outras terapias tá então p e o i do picot o que que é o c são os cont controles então ele comparou por exemplo eh terapia de aceitação e compromisso versus o quê
outra terapia um remédio um tratamento lá usual daquele hospital e assim por diante Esse é o controle o o do picot diz respeito a outcomes que são os desfechos Por que que os desfechos são importantes Eh vamos pensar aqui no seguinte quando eu falo de um paciente borderline eu poderia falar de pelo menos nove desfechos diferentes quais são aqueles que a gente foi vendo ali Ah eu poderia estar falando na instabilidade da autoimagem isso é um desfecho eu poderia falar de de raiva eu poderia falar de relações interpessoais eu poderia falar de comportamento suicida de
comportamento de automutilação cada um desses é um desfecho diferente Além disso tudo você poderia usar por exemplo um instrumento uma escala que mensura sintomas Gerais de borderline E aí agora não é nenhum desses itens específicos a pontuação numa escala eu poderia olhar por exemplo em lugares que você tem acesso a essa informação número de dias que uma pessoa ficou internada no no na ala psiquiátrica de um hospital eu poderia medir coisas que não estão no diagnóstico por exemplo qualidade de vida qualidade de vida perfeito né qual melhorou qualid porque às vezes é assim ah não
não faz diferença a gente saber por exemplo assim imagina que eu tenho o tratamento a e o tratamento B os dois diminuem igualzinho o comportamento suicida mas em um qualidade de vida não muda nada no outro melhor um monte pô qual que você quer fazer exatamente às vezes até o próprio TR tratamento implica numa qualidade de vida que não sei lá tomar um remédio um medicamento que te dá náusea por exemplo mas passo dormind examente isso exatamente pass dormindo dopado né eu não me corto mais mas eu não vejo amigo eu não trabalho a galera
tem colocado bastante qualidade de vida como desfecho paraar ó eu vou te falar de quantos desfechos a gente tem aqui talvez você me interrompa você vai falar chega tá mas só PR você ter uma ideia aqui eu tenho como desfecho ó é autolesão E aí dois tipos de autolesão contínua e dicotômico o que que é o contínuo o dic contínuo é uma pontuação numa escala vontade de se cortar de z0 a 10 uma coisa do tipo dicotômico é fez não fez você se cortou não se cortou tá perito a mesma coisa para eh comportamento suicida
funcionamento psicossocial que é tipo qualidade de vida tá tipo qu que você tá bem com as tuas relações e tal instabilidade afetiva raiva Sensações Crônicas de vazio impulsividade contínuo de dicotômico problemas interpessoais medo de abandono distúrbio de identidade transtornos associativos aí ó sintomas de depressão efeitos adversos e assim por diante então a gente quer saber tudo isso porque não basta ah diminui quando se corta ou diminui a pontuação numa escala a gente precisa saber dessas coisas tá E aí o que que esta revisão sistemática tinha mostrado em 2012 que se confirmou em 2020 nessa atualização
que o melhor tratamento disponível para eh transtorno da personalidade borderline é a terapia comportamental dialética no inglês é dbt de dialetico behavior therapy e inclusive ela supera eh tratamentos farmacológicos tá É é mais ou menos sabido hoje na literatura que transtornos de personalidade não tendem a a ter grandes melhoras com remédio embora por exemplo uma pessoa que tenha trastorno de personalidade borderline e tenha muita impulsividade uma medicação pode super acho que dependendo do combinado daquele S Exatamente exatamente tá então o que que essa essa revisão vai mostrar pra gente é que quando você olha para
todos esses desfechos e a terapia que tem produzido os melhores resultados é a terapia comportamental onde que ela veio só para entender o histórico mais ou menos a terapia mental dialética posso me alongar ela tem uma uma história muito legal assim ela ela é produto de muita tentativa e erro então o que que acontece a gente tem uma pessoa chamada marcha linehan que na sua adolescência fazia o gabaritada aqui os sinais e sintomas do transtorno da personalidade de borderline é comum isso né cara na parte do bipolar tem muito psiquiatra Bipolar é eu acho que
é meio natural assim né é muito comum por exemplo que quem tem transtorno alimentar vai trabalhar com transtorno alimentar é é razoavelmente comum tem um interesse né tipo eh e às vezes é legal porque a pessoa sabe na pele como é que é né sabe na pele como é que é E aí no ali nos anos 60 comecinho dos anos 60 na adolescência ela é internada numa clínica psiquiátrica E se a gente se lembrar um pouco da história da Saúde Mental O que é ser internado numa clínica psiquiátrica no início dos anos 60 é péssimo
assim né porque a gente tinha poucos fármacos já identificados em uso assim uma coisa ou outra o sistema diagnóstico ainda era bem ruim né a gente tava ali no dcm1 ainda eh e ela vai para esse lugar onde ela fica 2 anos e 2 meses internada Ela Faz terapia quase todo dia freudiano eh tem até uma coisa que ela fala no primeiro livro dela que eu acho que é uma cutucada que ela dá né Essa coisa da terapia frediana tem uma hora lá que você tá lendo o manual dela de terapia e ela diz assim
uma das coisas mais importantes que um terapeuta deve fazer aí você fica ali né Opa eu vou aprender aqui uma das coisas mais importantes que o terapeuta deve fazer ela fala É ficar acordado Pô eu já sabia ass pava ficar acordado ass entendendo paciente né E aí Bom ela faz várias sessões de eletroconvulsoterapia o ect Toma Lá Rem médios que já existiam na época e ela não melhora ela não melhora e ela sai dessa internação porque os pais falam Ah tá ajudando nada PR você ter ideia eslin ela teve que ficar trancada numa num quartinho
pequenininho que eles acolchoar as paredes estofar porque assim qualquer coisa que ela achasse ela usava para fazer aut lesão esquecesse uma tampa de caneta ali uma tampinha de garrafa de água alguma coisa ela fazia para se machucar Então ela basicamente ficava isolada trancada ali para fazer as sessões dela de terapia C remédio e ela sai dessa internação eh então sem ter melhorado com uma promessa que ela faz para ela mesma de que quando eu sair daqui eu vou voltar e eu vou ajudar pessoas na mesma condição que a minha assim eh e aí ela sai
dali acho que com 18 19 anos alguma coisa assim e de alguma forma ela acaba conseguindo se organizar um pouco ela passa por uma experiência que ela considera um divisor de águas e que a gente tem duas versões tem a versão da Marchal linan que você não pode questionar que ela para de falar com você se você questionar e tem a versão de comentadores e e outros assim qual é a versão da Marcha linan March linan é uma pessoa bastante católica ela tava ali numa numa Capela fazendo uma oração alguma coisa assim e ela tem
uma experiência transcendental desculpa Imagina ela tem lá uma experiência transcendental espiritual ela vê umas coisas coloridas e tal e que ela nessa experiência diz pela primeira vez para ela mesma que ela se aceitava como ela era e de que ela ia ter uma vida plena digna que valia a pena ser vivida e que essa é uma experiência que transforma ela a ponto de ela se tornar uma só funcional e fazer faculdade e tal Então essa é a versão dela assim que ela teve de fato uma experiência aí religiosa experiência anômala ali é alguns comentadores que
dizem ó se a gente não quiser ficar com a a a a experiência religiosa com essa explicação vão dizer o quê que talvez o que ela tenha tido tenha sido uma convulsão rebote das várias sessões de eletroconvulsoterapia que ela fez e então tem essa outra versão o que o que importa aqui pra gente é que ela então entra na graduação em psicologia ela faz mestrado e doutorado em psicologia social sempre interessada em dois temas o tema da suicidologia e o tema do feminismo tanto que ela vai ter essas discussões que a gente tava falando aqui
mais cedo puxa Será que essa proporção maior de mulheres não tem a ver com uma cultura machista que invalida muito mais a mulher do que o homem e tal E aí no começo dos anos 70 ali 70 71 ela vai fazer pós dooc num centro de suicidologia nos Estados Unidos e ela vai fazer um outro pdoc numa coisa chamada modificação do comportamento bem na época que a gente tá tendo um boom da análise do comportamento aplicada que demorou um pouco para ter esse nome ainda se usava a expressão modificação do comportamento com o surgimento da
terapia cognitiva do Aron Beck Então ela tá ali num momento que hoje a gente tem muita clareza né Isso é análise do comportamento isso é terapia cognitiva e clássica do arbec isso aqui é terapia do esquema muito na época era uma bagunça assim meio que todo mundo que queria trabalhar com uma terapia científica com começo meio fim objetivos mensurar tava meio todo mundo junto ali meio agrupado né E aí ela aprende Essa maneira meio eclética de fazer terapia a gente já tinha alguns estudos na área da análise do comportamento cada mostrando resultados muito interessantes Especialmente
na área do autismo pessoas que tinham tido lesão cerebral e o Aron Beck já tava ali desenvolvendo coisas bem interessantes na na na terapia da depressão e a a marcha basicamente numa postura um pouco metida e arrogante diz eu vou pegar esse conhecimento e vou resolver o problema das pessoas que têm comportamento suicida e automutilação pessoas como eu né que na época nem se classificavam como borderline porque tinha né eu eu vou contar uma coisa curiosa sobre isso que nem se chamava de borderline eh e aí cara olha só que interessante ela vai eh fazer
essa aplicação dessa terapia e meio comportamental meio cognitiva meio misturado em mulheres exclusivamente mulheres com comportamento suicída e automutilação e vai lá [ __ ] então é isso vou pegar essa tecnologia de intervenção que vem ajudando tanta gente para ajudar essas pessoas aqui e o resultado é catastrofe assim e não funciona não dá certo e é a ponto de paciente tipo assim sair no meio da sessão e deixar ela falando sozinha assim de de desregular na frente dela e e de querer ir no banheiro se cortar assim né Muito Severo assim e ela começa a
tentar entender o que que tava acontecendo ali e e o que ela vai chegar à conclusão assim numas reflexões é de que bom essas terapias especialmente naquela época mais comportamentais e cognitivos tinham muita ênfase em mudança né você tem que mudar como você se comporta você tem que mudar Como que você pensa você tem que mudar como você sente n então a ideia da reestruturação cognitiva da modelagem de novos comportamentos e tal Talvez as pacientes percebessem isso como invalidação né do tipo você tá falando você não sabe como é difícil para mim coisas né do
tipo assim além disso ela tava tentando seguir uma estrutura ura de sessão mais organizada mais protocolar um pouco Na Linha Do que a TCC né a terapia cognitiva comportamental tava trazendo o que que ela via que isso não era viável porque a paciente vinha a cada sessão com uma crise nova então o pessoal da da psicoterapia chama isso de apagar incêndio né você ficava apagando incêndio tipo nessa sessão a paciente não tem onde morar porque ela não paga o aluguel H três meses foi despejada então você tá tentando arrumar um lugar para ela dormir essa
semana planejado nunca podia ser feito exato né então Putz aí na próxima sessão ela tinha conseguido morar com a amiga ela brigou com a amiga a amiga botou ela para fora ela tomou um porre de álcool e teve como alcoólico então agora bom eu preciso manejar aqui o consumo de álcool mas ela também não tem onde morar aí e você não conseguia fazer um uma sequência assim Hum e bom ela tem esses resultados ruins e diz ó eu vou então para outro caminho assim né tá estudando tá estudando tal E aí ela se depara com
o que tá começando a chegar no Ocidente que é o mindfulness que cara na época é hoje tá na moda a gente fala de Mind MF para cá MF para lá tem curso de Mind você abre um livro de terapia tem mais cara na época você falar em mindfulness perto de terapeutas comportamentais era coisa de hiip maconheiro Entendeu você disse que tava chegando no ocidente vindo do oriente vindo do oriente vi especialmente do trabalho da Helen Langer e daquele tish nahan não sei falar direito o nome dele Eh tava chegando estavam trazendo pro ocidente né
vindo do oriente e tal e basicamente o que que ela tava procurando bom eu tentei uma terapia estratégias de intervenção que tem ênfase em mudança produzir mudanças em comportamentos em pensamentos e emoções e foi um desastre né Então deixa eu ir pro outro lado da história vou fazer uma terapia de aceitação ela não queria fazer a terapia de aceitação ali do car Rogers porque de certa forma ela era uma aceitação com com com direcionamento em mudança coisa da autoatualização lá do C Rogers e tal e então não era bem isso que ela queria ela chega
a ver umas Orações em em loop que os caras ficavam 8 horas rezando a mesma coisa que era uma coisa contemplativa mas putz é religioso não posso quero enfiar um negócio religioso em terapia apesar de ela Sera queria separar as coisas e tal e o MF está entrando no ocidente descolado das coisas mais budistas mais religiosas ela fala bom eu vou por aqui então ela pega aquela mesma população mulheres comportamento suicida comportamento de automutilação e vai então agora fazer uma terapia de aceitação pura para essas pessoas e o resultado que ela tem é ainda pior
do que ela tinha tio porque o que que acontecia as pacientes se sentiam ouvidas acolhidas entendidas só que a hora que acabava a sessão de terapia a vida delas lá fora ainda era uma desgraça né ainda era caos era isso aqui era instabilidade emocional caos nos relacionamentos afetivos interpessoais não conseguia se manter num emprego e tinha surtos de raiva Eh toda essa sintomatologia que a gente tá falando nisso o que que ela começa a fazer aqui a gente já tá em mais ou menos ali começo dos anos 80 alguma coisa assim ela começa a tentar
agora ter as duas coisas ao mesmo tempo aceitação e mudança percebe aham E aí vem daqui a ideia de dialética Por que a ideia de dialética lembra das aulas de História né O que é a dialética você tem a tese a antítese e da da da tensão entre essas duas coisas você tem uma nova coisa uma síntese né aqui eu acho que a língua portuguesa atrapalha um pouco porque o que a gente na verdade tem uma tese e uma antitese é que em português antitese vira antítese né Então imagina que você tem a tese a
antitese Então qual é a tese e antitese a tese é eu quero viver quero ser feliz quero realizar meu sonhos Qual é a antitese a minha vida é uma merda eu quero me matar e aí que que ela começou a que essas duas coisas eu não deveria ir pera aí qual que é verdade é essa ou é aquela assim como na ideia da filosofia dialética as duas coisas são verdadeiras ao mesmo tempo e eu preciso chegar numa síntese que contenham eh que conté uma nova coisa é uma novidade não é um meio termo as pessoas
às vezes confundem a ideia da dialética com meio-termo não é um meio termo Ah então eu vou um pouquinho ser feliz exato me matar um pouquinho né então eu vou fumar dois migar por dia é uma coisa nova percebe então o que que seria essa coisa nova é uma vida digna uma vida plena uma Vida que Vale a Pena Ser Vivida e ela começou a sacar essas esse essa ambivalência então por exemplo eh um dos princípios que ela construiu na terapia é o paciente tá fazendo o melhor que ele pode por quê Porque bom dado
a sua constituição orgânica sua genética Sua sensibilidade dá da tua história de vida dá da cultura o contexto que tá inserido eu sou o que eu poderia ser né agora se eu fico nisso percebe que eu morro na praia né Tá se já tô fazendo o melhor que eu posso ser é isso Acabou então é is sofra Se lascou né então mas isso é verdade então o que que ela vai pegar Ó você tá fazendo o melhor que você pode dado tua história tua filogenia tua tua genética tua cultura só que você também precisa mudar
fazer diferente se esforçar mais desenvolver novos repertórios e assim por diante E aí quando ela começa a Balancear essas duas coisas Olha que coisa curiosa cara ela tinha uma secretária que ouviu esse papo Ah o paciente quer e não quer morrer ao mesmo tempo as duas coisas são verdades ainda que Opostas e tal e a secretária dela fala assim tipo filosofia dialética né olha só e ela fala como assim sim a secretária dela isso na universidade de Washington em Seattle a secretária dela era casada com professor de Filosofia hegeliana e marxista na universidade então né
papo de jantar ali marido mulher falava da filosofia dialética tal e olha como importante você ser aberto a outros conhecimentos né cara a outros conhecimentos então muita gente fala assim Ah então a a terapia comportamental dialética Ela estudou essa filosofia e transpôs pra prática Clínica não foi o contrário né ela tava percebendo essas coisas essa pessoa pessa essa secretária falou ó tem a ver aqui com acho que ela chegaria igual nesse mesmo send secretário uma hora nome né talvez talvez n uma hora ela ia cheg lá é E aí ela conta no primeiro livro dela
uma coisa que é muito engraçada que ela fala assim ó primeiro que a hora que ela falou esse nome eu fui estudar filosofia de El Tudo a Ver segundo o que ela diz assim eu precisava de uma marca porque não era terapia comportamental não era a modificação do comportamento não era bem análise comportamento aplicada também não era terapia cognitiva nos moldes B anos com ênfase no pensamento era uma coisa nova mesmo e aí ela vai chamar de terapia comportamental dialética E como é que você chegou nesse porque só pra galera entender dentro do viver de
Psicologia pessoal que eu comentei anteriormente que é a formação completa que a gente tem aí de de psicologia clnica tá se você é estudante ou profissional da Psicologia quiser saber mais o link tá aqui na descrição dentro do vdp a gente tem um curso do Jan de 15 horas sobre terapia comportamental dialética né um curso que você vendia isoladamente por r$ 2000 então agora tá lá dentro da formação é 27 turmas presenciais pelo Brasil Pois é cara como é que você chegou nessa qual que foi a sua história com a dbt cara a minha história
com a dbt você é um cara assim pra galera entender você é um cara de raízes comportamentais bem fortes né provavelmente no meio aí tu chegou na dbt ou teve algum evento bem fortes não o que aconteceu foi assim eh aconteceram acho que meio que alguns caminhos assim a primeira coisa foi para quem já ouviu a minha história a primeira vez que eu vim aqui lá no no episódio sobre psicologia baseada em evidências e eu eh tava já atuando em consultório e nas minha nos meus estudos aí mais formais mesmo especialização ID em congressos tal
eu já tinha estudado muito o modelo brasileiro que é a terapia analítico comportamental que é um modelo Ainda dando seus primeiros passos precisa de evid ências tal tinha estudado sobre terapia de aceitação e compromisso tinha ouvido já muita coisa sobre a fap a psicoterapia analítica profissional e às vezes as pessoas mencionavam a existência da dbt mas nunca ninguém tipo deu um exemplo assim explicou o que era e ficou e ficou sabe na minha lista de coisas a aprender assim on dia eu preciso saber do que que é isso assim porque sempre listam três quatro eu
já aprendi essas três e essa não nesse miolo eu tava ali nesse miolo quero dizer nesse nessa época né foi quando eu tava ali querendo abandonar o consultório porque não achava que eu fazia um trabalho decente em psicologia Clínica foi quando eu me deparei com a prática baseada em evidências em psicologia que revolucionou totalmente o meu entendimento do que é psicologia do que é psicoterapia e etc e aí quando eu lia sobre prática baseada naem evidência em psicologia se dava como exemplo a terapia comportamental dialética Opa agora isso aqui que tava na minha lista de
Terapias a aprender também tá aparecendo aqui como exemplo em prática baseada em evidência e o paciente borderline sempre foi um paciente gostei assim do do do funcionamento de atender Sempre achei sei lá não sei explicar muito bem gostava de atender esse perfil assim e aí bom juntou esses três lugares e aí eu encontrei esse livro eh que na época só existia em inglês agora ele tá traduzido que é o aplicando a terapia comportamental dialética um guia prático da Kelly corner que aqui no Brasil foi traduzido pela Editora sinopses e esse livro Por que que eu
gosto dele porque ele é um livro fino diferente do livro da mar linan que é talvez o triplo disso aqui só que ela basicamente no prefácio disse ó eu reescrevi o livro da Marcha ele é de 2012 esse livro tá fale eu eu revendi eu revendi eu reescrevi o livro da mar Line 200 páginas a menos aí Alguns anos depois né então eu cheguei nessa terapia por esses caminhos assim e aí isso me deu várias coisas importantes assim porque talvez tenha sido a primeira vez que eu vi um modelo de como se atende eh fazendo
prática baseada em evidências porque tem como fazer avaliação tem como fazer a formulação de caso tem como mensurar a a e o que mais me chamou atenção foi a qualidade da descrição dos procedimentos quão replicáveis eles eram tipo ah você tem que validar o paciente tá o que que ISO significa ISO plá plá plá plá você tem que fazer uma análise assim como é que é isso plá plá plá tá tudo aqui entendeu e e e antes de você chegar na na dbt e ter ela Clara assim no seu repertório de atendimento Clínico como é
que era o seu chegava um paciente com borderline você fazia o mexidão assim cara faz uma análise funcional aqui um negócio ali é é é era uma coisa meio uma tentativa de transpor os princípios da pesquisa básica Putz então vou procurar aqui reforçamento mas por exemplo uma das coisas mais importantes que você tem que fazer na terapia comportamental dialética ou né no paciente que tem esse diagnóstico são vários treinos de de repertórios de regulação emocional então tem vários umas 10 técnicas diferentes de regulação emocional só Fi descobrir na dbt entendeu que também não criou nada
assim tinha uma galera já estudando regulação emocional no mundo inteiro que foi incorporando foi foi trazendo assim entendeu que outros livros são ess aí que você tem esse aqui é o então é esse introdutório né que eu eu considero a a melhor Leitura para quem quer descobrir o que é assim é acho que a primeira leitura Esse é um livro que tá publicado no Brasil aqui pela timé também é uma tradução mais recente que é o terapia comportamental dialética na prática Clínica por que eu gosto desse livro porque embora a terapia comportamental dialética ela tenha
sido desenvolvida pro transtorno de personalidade borderline as habilidades as ferramentas as técnicas começaram a ser levadas para alguns outros contextos tá então por exemplo esse livro vai discutir Como que você faz eh dbt em no ambiente de Justiça juvenil por exemplo tem também recentemente eu vi alguns ensaios clínicos para transtorno alimentar e algumas coas isso quer ver ó aqui tem um capítulo disso ó ó pr pra população forense pra comorbidade borderline abuso de substância que é bem comum ó dbt e transtornos alimentares eh para crianças pré-adolescentes cara você acredita se quiser tem criança de 6
7 8 anos com comportamento de autolesão que fale que quer morrer e etc tá então aqui discute um pouco até a parte de farmacologia tal é um livro bem legal e esse livro aqui é o o livro do treino de habilidades em dbt que ele na verdade ele é uma duplinha tá ele tem este livro que é um guia pro terapeuta aprender como se faz e ele tem um livro igualzinho Dea branca que tá escrito que é o manual pro paciente mas ele é bem pro paciente você vai na livraria compra e pronto ele é
uma espécie de coleção de fichas inclusive vem com autorização no livro que você pode xerocar para usar com os pacientes por quê Porque a dbt ela entende eh que um dos maiores talvez na base de todos esses sintomas e sinais e características do borderline tá déficit de repertórios então a pessoa precisa aprender várias técnicas de regulação emocional eh algumas ferramentas de efetividade interpessoal algumas habilidades de aceitação da realidade então aqui ensina como se treinam estas habilidades tá tradicionalmente na história assim e até hoje a existe um modelo que é o modelo que a dbt eh
mais é usada ou deveria ser usada porque é o que tem mais evidências que é o que a gente chama de dbt padrão que você tem a terapia individual e você vai ter uma outra sessão em grupo de treino de habilidades não é terapia de grupo é quase como uma aula assim uma coisa mão na massa você vai fazer ensaios vai praticar as habilidades e tal entendeu eh Se quiser posso até contar um pouco de que habilidades são é não eu acho que o que daria para falar aqui já é assim você estudou bastante tempo
dbt tanto é que deu 27 turmas de dbt presencialmente pelo Brasil né E hoje esse curso tá disponível dentro da formação do viver de Psicologia um curso de 15 horas o profissional que tá assistindo aqui tal o que que ele encontra no curso de forma estruturada assim perfeito ele vai ter aula bem mais alongada sobre a história de desenvolvimento da dbt por que ela surgiu como ela se relaciona com as outras terapias ele vai aprender sobre Como se estrutura essa dbt padrão O que que tem que ter nessa terapia individual que que tem que ter
nesse grupo como ele funciona como se treina essas habilidades quais habilidades são essas tudo passo a passo ele vai aprender a fazer o resto do tratamento que envolve a equipe de terapeutas em em reunião de consultoria é como se dá assistência pro paciente por telefone vai aprender a como que esses princípios da filosofia dialética se traduzem paraa prática Clínica Como que você implementa isso vai ver adaptações da dbt para além da dbt padrão então Putz eu não quero fazer essa dbt com grupo Extra como é que eu adapto essas coisas vai aprender a fazer a
formulação de caso a a dbt usa uma estrutura de alvos de intervenção hierárquica e mais ou menos assim né se você eh tem dinheiro ou para comer ou para assinar o viver de Psicologia Provavelmente você vai usar o dinheiro para comer né você vai assinar o viver de Psicologia depois que você tem um teto para morar Então você tem alguma hierarquia algumas prioridades na dbt você tem essas prioridades comportamentais não dá para você discutir com o paciente se ele vai estudar francês ou alemão quando ele não tem onde morar tá caindo de com alcoólico não
e quer se matar todo dia certo então você vai trabalhar aprender como se lida com herarquia Como que você monitora diariamente se esses comportamentos estão ocorrendo não estão ocorrendo eh vai aprender todas as técnicas né de manejo do caso todas as quase 100 habilidades aqui com exemplos é uma formação né é uma a gente tem no viveiro de Psicologia uma uma formação Ampla em prática baseada em evidência em psicologia clínica mas só isso aqui é uma formação em dbt mesmo e cara quando você tava atendendo lá no passado a galera da dbt os pacientes com
borderline perdão eh sem ter o conhecimento da dbt você comentou que fazia ali né tentava transpor alguns conhecimentos da pesquisa básica pegava alguma coisa das outras terapias ali que você sabia que eventualmente Poderia ajudar mas como você comentou não era uma coisa estruturada e direcionada para aquilo né isso fez parte da su da sua inquietação e quase des existência da psicologia Clínica até que você até que você chegou na prática baseada de evidência e por consequência né aprendeu dbt ali por necessidade e agora assim quando você atende um paciente com esse tipo de ferramenta Imagino
que seja é um Arsenal né como é que você sente a sua parte de segurança Clínica E como é que você se comporta ou a sua expectativa frente a um paciente grave assim que chega Pero como é como é que fica a sua estrutura de esperança para ajudar o paciente assim é muito muito diferente assim a a hoje assim eu faço uma imagem na minha cabeça que lá atrás quando eu não conhecia nada disso não só paciente borderline Tá mas praticamente qualquer paciente assim né A minha sensação é que eu tava como piloto de um
Transatlântico de um navio de um cruzeiro que eu não tinha nem bússola nem o Leme né agora a sensação que eu tenho é que eu tô no navio eu tenho a bússola e tenho o Leme assim quer dizer que eventualmente eu posso bater numa rocha posso assim né Ninguém é perfeito mas você tem cara agora a o conhecimento de saber o que fazer por fazer quando fazer como fazer mas não porque alguém escreveu um livro porque alguém escreveu um livro que descreve um tratamento que foi testado em dezenas de Pesquisas clínicas isso ali inclusive né
apostila mostrando aqui a apostila mostrando é o mais eficaz se você fizer o tratamento da maneira correta com começo bem fim tiver essa boa formação a probabilidade é que você tenha desfechos parecidos com com os que as pesquisas mostraram né perfeito Essa é a grande diferença Então hoje eu tenho uma segurança que assim e eu tô fazendo o que há de melhor se daqui 10 anos mudar legal eu vou ter que estudar e aprender essa novidade mas hoje eu faço o que eu sei que tem de melhor de acordo com a ciência né Como diz
a minha camiseta aqui na ciência gente trust deixa eu te falar uma coisa cara pra gente encerrar um cara me mandou uma pergunta dia na caixinha falou assim pô eu tô no nono nono período de Psicologia oitavo período de psicologia vou começar os estágios Clínico ou comecei não lembro exatamente e cara eu fico muito ansioso wln porque assim eu tive muito pouco disso Na graduação eu eu não tive dbt na graduação não sei se você teve não eu não tive nem o nome tip ó existe um treco aí vai lá dar uma lida descobre o
que é não eu não tive também n nome eu tava no mestrado Já eu não tive nenhum nome e aí eles me mandam muito disso né a gente vem aqui fala e tal e e ele me mandou lembro dessa caixinha que ficou ficou na minha cabeça eu quero saber a sua a sua visão sobre isso eu vou te falar a minha resposta e quero saber a sua falou assim pô fico muito ansioso porque tem muita coisa para estudar e tal e parece que abriu um ouvir vocês parece que abriu um Novo Horizonte no que é
a psicologia para mim falei cara bem-vindo ao mundo ou o mundo acadêmico ou o mundo de profissionais que atendem saúde querem ser excelentes naquela prática Clínica e dar o melhor pro seu paciente o profissional acadêmico Ele sempre vai ficar com essa sensação que tem que estudar um pouco mais porque tu abre um artigo tu lê um artigo aí o artigo cita outro aí tu vai lá naquele outro aí quando vê tu tem 1000 Abas abertas e tem que ler tudo aquilo info e o profissional de excelência clínica que quer buscar excelência Clínica ele tem que
ficar acompanhando não tem muito o que fazer cara imagina você lá no passado se não tivesse estudado isso você estaria até hoje talvez infeliz ou não mais praticando psicologia e não teria todos os benefícios e não teria ajudado tantas pessoas como você ajudou como é que você vê uma pessoa que tá em casa agora vendo tudo isso que você falou aqui no podcast um estudante ou profissional da Psicologia que não teve acesso a isso ou viu por cima ou Nunca ouviu o termo dbt e que que você diz para essa pessoa cara assim então se
a pessoa tá vendo e Ficou desesperada ansiosa ou preocupada para mim isso é uma ótima notícia porque ela tá preocupada ansiosa angustiada é sinal de que ela se importa teve um grau de consciência né um grau de consciência senão que ela e mais que isso que ela se importa porque eu poderia dizer assim ó eh acho que tem o cara que ele nem sabe que isso existe talvez nunca vai saber e vai achar que tá fazendo alguma coisa boa e não tá talvez tem o cara que fala tá tem uma outra coisa aí ah não
não vou estudar vou ficar aqui na minha zona de conforto vou fazer mais do mesmo e tem o cara que vai olhar e falar assim cara eu preciso aprender esse negócio porque tipo é isso que eu tenho que oferecer paraos meus pacientes agora eu tô desesperado para aprender isso logo eu preciso correr atrás etc Então para mim o cara que fica inquieto angustiado desesperado preocupado é o melhor dos mundos é o cara que ele vem e fala assim eu preciso fazer o melhor eu preciso fazer o que meu paciente merece eu preciso cuidar dele com
que a ciência tem mostrado que é o melhor caminho então o o a angústia aqui é uma ótima notícia é um sinal de que você se importa é um sinal de que você de fato quer ser alguém que tá lá merecendo o dinheiro que você ganha para trabalhar e não só fazendo Sei lá o qu e e cara que bom que tem esse lugar para buscar conhecimento né meu Que bom que tem essa revisão da cochren Que bom que tem esses protocolos Ah você pensa ó o curso de dbt que eu tive as 27 turmas
presenciais que foi gravado pro pro viver de Psicologia esse curso eu fiz depois de ter lido todos os livros que existiam sobre dbt eh depois de ter feito uma formação internacional com com o braço direito da March Line rbt eh que só o preço desse curso dá para assinar Acho que uns 8 anos Sei lá o viveiro de Psicologia eh e que tá mastigado né É exatamente is tá mastigado já tá ali tudo que você precisa saber porque quanto dessas informações às vezes não tão Clara às vezes não às vezes se repetem às vezes Putz
já mudou atualizou por exemplo o livro da Marti linan Ele ainda não foi o primeiro livro dela que esse aqui da da Kelly corner é um uma espécie de resumão né o livro dela foi publicado em 93 mas ele terminou de ser escrita ali em 87 88 ela só terminou de escrever o livro fez algumas pesquisas ali em ensaios clínicos e aí publicou o livro e puxa é um livro que tá quanto tempo desatualizado décadas né então [ __ ] a já mudou É imagino Já mudou várias vezes né 93 2013 e 2 é não
não tinha publicado o dsm4 ainda tava para sair o d smm4 então examente é é mudou muita coisa é então assim pessoal se você quiser for estudante ou profissional da área da Psicologia o viv de Psicologia está aqui abaixo tá se você quiser conhecer o Mateus vai deixar o link aqui na descrição para você entender um pouco mais eh se você quiser me acompanhar o meu Instagram eslin pdan nogar tô sempre postando alguma coisa lá sobre neurociência comportamento e Psicologia o Jean o Instagram dele é @jan Leonard @jan Leonard e você também pode seguir o
viverde psicologia que a gente tem lá no Instagram onde a gente posta com bastante frequência as atualizações O que que a gente tem aí de bom no universo Clínica Ok Jan obrigado pela presença cara mais um podcast aí vamos fazer vários se você tá assistindo aqui comenta aqui abaixo se você quer mais um podcast nesse modelo aqui que a gente fez do Jan explicando detalhadamente o que que é um transtorno talvez a gente possa fazer depressão um dia imagina que bacana seria dchar ali certeza e obrigado pela presença aí Car Obrigado você pelo convite uma
honra est aqui de novo com você galera se inscrevam aí no canal compartilhe esse episódio aí no seu grupo da turma de psicologia compartilhe com os seus colegas de profissão pra gente conseguir fazer com que esse conteúdo alcance mais gente aí no universo da Psicologia Brasileira de forma a a levar mais ciência pra nossa profissão e cada vez mais torná-la aí mais valorizada fechou Nos vemos no próximo episódio e até lá