Você considera que a velhice é algo positivo ou negativo como um todo? Deixe a sua opinião aqui embaixo nos comentários. Aqui vai outra pergunta: você sabe o que é ageismo?
Se sim, comenta também o que você acha que é e continua assistindo o vídeo para entender mais sobre isso. Oi! Eu sou o André, tenho um doutorado em psicologia e hoje, com a ajuda da amiga e psicóloga Bárbara Mello, quero falar com você sobre 2 processos que afetam muito os idosos: o envelhecimento e o ageísmo.
Se você gostou do assunto que a gente vai abordar hoje, não deixa de clicar no joinha aqui embaixo, comente a sua opinião, inscreva-se no canal e siga a gente nas redes sociais, inclusive lá no Tik Tok. Em 2017, o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo beirava 1 bilhão, representando cerca de 13% da população. No Brasil, 15% da população é composta por pessoas acima de 60 anos e a estimativa é de que, em 2050, esse número possa duplicar.
A prolongação da vida humana vem causando várias transformações na sociedade. Isso tem demandado que novas políticas públicas sejam formuladas para garantir que idosos possam exercer sua cidadania plenamente. No Brasil, tivemos a implementação do Estatuto do Idoso com o objetivo de assegurar a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos direitos em diversas esferas, como a da saúde, da alimentação, da cultura, do lazer e do trabalho.
A Organização Mundial da Saúde considera uma pessoa que completa 60 anos como idosa e a partir dessa idade, existe uma maior incidência de alterações importantes no corpo e de maior suscetibilidade a doenças e deficiências. A nível biológico, o envelhecimento é um processo natural da vida no qual há um acúmulo gradual de danos moleculares e celulares, levando a um declínio geral do sistema nervoso e de outros sistemas do corpo. Doenças crônicas e limitações funcionais são mais comuns neste período.
Como consequência, muitos idosos se tornam menos independentes no cotidiano e vivenciam maiores dificuldades para realizar tarefas que antes fariam com facilidade, como cozinhar suas próprias refeições, por exemplo. É natural que ocorra um declínio cognitivo no cérebro das pessoas conforme envelhecem, embora cada pessoa tenha a sua trajetória nesse quesito. Capacidades cognitivas como o raciocínio, a memória e a velocidade do processamento de informações tendem a se reduzir gradualmente.
Já no envelhecimento patológico do cérebro, o declínio cognitivo pode variar de intensidade, sendo que os casos mais graves são característicos de quadros neurodegenerativos como a doença de Alzheimer, a qual já abordamos em outro vídeo. Embora o envelhecimento traga novos desafios para a vida de alguém, isso também é verdade quanto ao início de outras etapas da vida, como na infância ou na fase adulta. Idosos podem reagir à experiência do envelhecimento de várias formas, sendo que muitos não o vivenciam como algo totalmente negativo, enquanto outros, sim.
Um indivíduo com 70 anos e que tenha um bom funcionamento físico e mental pode reagir de uma forma bem diferente de alguém com a mesma idade, mas que tenha muitios problemas de saúde. A maneira como alguém lida com o envelhecimento é influenciada por vários fatores, como o seu ambiente, seus genes, seus hábitos ao longo da vida e sua condição sócioeconômica. Envelhecer também envolve várias mudanças com um grande potencial de afetar a saúde mental, como a aposentadoria, as experiências mais frequentes de luto, a viuvez, a solidão, a maior distância dos filhos e a reorganização financeira, por exemplo.
Tanto é que alguns idosos desenvolvem transtornos depressivos despois de eventos como esses. Quanto à saúde mental, idosos diferem muito de adultos em outras faixas etárias. A principal diferença é que a demência, incluindo a doença de Alzheimer e outros quadros, é bem mais comum entre idosos, sendo mais raro alguém exibí-la antes dos 60 anos.
Já transtornos depressivos, de ansiedade, do controle de impulsos e ligados ao uso de substâncias são menos comuns entre pessoas com idades mais avançadas em comparação com adultos mais jovens. Alguns estudos sugerem que, geralmente, idosos sentem mais emoções positivas, são melhores em regular suas próprias emoções e sentem maior satisfação com a vida do que pessoas mais novas. Apesar disso, a prevenção e o cuidado ligado à saúde mental dos idosos é essencial, sendo que as famílias deles, especialmente daqueles com idades muito avançadas, são de grande importância para garantir que eles recebam um acompanhamento profissional.
O envelhecimento também traz à alguns uma percepção mais clara de que o tempo e as oportunidades que ainda restam são limitadas, e por isso devem ser muito bem aproveitadas. Isso motiva muitas delas a valorizarem mais ainda as experiências positivas que vivenciam e os relacionamentos dos quais podem desfrutar. É bem comum que as pessoas pensem sobre o envelhecimento de uma forma pejorativa e preconceituosa.
O ageísmo é um termo que descreve estereótipos, preconceitos e a discriminação com base na idade de alguém. Ele afeta tanto pessoas com idades mais avançadas quanto aquelas mais novas, mas aqui vamos nos focar apenas nesse primeiro grupo. O ageísmo pode se manifestar de várias formas, sendo algumas mais sutis e outras, nem tanto.
Um exemplo é quando alguém recebe comentários negativos dos outros sobre atos que foram vistos como inapropriados para alguém daquela idade, como usar um determinado tipo de roupa ou certas expressões linguísticas durante uma conversa. Uma crença comum é a de que idosos "já tiveram a sua chance" e que a prioridade para coisas como vagas de emprego deveriam ser direcionadas a pessoas mais jovens. Seguindo essa lógica, é como se idosos não fossem mais capazes ou não devessem mais trabalhar.
Só que muitos idosos permanecem ativos no mundo do trabalho por muito tempo, seja porque preferem ou porque necessitam dessa fonte de renda, e muitos exibem um desempenho comparável ou superior ao de quem é mais novo. Sabemos hoje que pessoas idosas foram e continuam sendo especialmente afetadas pela pandemia da COVID-19, já que elas representam a maior parte dos óbitos e dos casos mais graves da doença. Isso acabou exacerbando ainda mais o estigma ligado à velhice e o ageísmo, sendo que várias pessoas aqui no Brasil relacionaram a velhice com a COVID-19 para legitimar ou minimizar as mortes ligadas à doença.
Pessoas idosas são frequentemente colocadas como frágeis, incapazes, infantis e sem interesse por atividades sexuais. Essas generalizações estimulam uma percepção negativa da velhice e prejudicam pessoas idosas em seus empregos, relacionamentos e no bem estar delas como um todo. Se explorar os conhecimentos da psicologia é algo que te interessa, então não deixa de conferir o meu livro, o "Ser humano: Manual do usuário - As origens, os desejos e o sentido da existência humana".
Você pode comprá-lo no link que está aqui embaixo, na descrição do vídeo. Fica aqui mais uma vez o nosso agradecimento especial a todos os apoiadores do Minutos Psíquicos. Vocês s]ao uma grande motivação para a gente continuar fazendo vídeos, e se você gosta do nosso trabalho, mas ainda não é um apoiador, clique em "SEJA MEMBRO" aqui embaixo para saber quais são os benefícios exclusivos que a gente oferece em troca do seu apoio.
Você também pode fazer uma doação direta para o canal através de um pix e o QR code para fazer isso está aqui na tela. Hoje falamos sobre o evelhecimento e alguns dos principais desafios enfrentandos durante esse processo. Também exploramos os impactos do envelhecimento na saúde mental, o ageísmo e como a pandemia o exacerbou ainda mais.
Se você gostou do vídeo de hoje, não deixa de clicar no joinha aqui embaixo, comenta a sua opinião, inscreva-se no canal e siga a gente nas redes sociais. Um vídeo que é um bom complemento ao de hoje e que você pode assistir agora é o que a gente fez sobre a adolescência.