3 RELATOS SOBRENATURAIS DE POLICIAIS - História de terror

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Terror Sobrenatural
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[Música] [Música] madrugada na delegacia tem um jeito peculiar de se arrastar o silêncio pesado quebrado apenas pelo tic-tac preguiçoso do relógio e pelo zumbido das lâmpadas fluorescentes torna tudo mais opressor eu estava acostumado a esse ritmo depois de 7 anos como escrivão a rotina se tornara previsível pelo menos era o que eu pensava naquela noite algo parecia diferente pouco depois das 2as da manhã ouvi passos ecoando pelo corredor vazio levantei a cabeça do monitor esperando ver um colega ou algum bêbado de costume mas o que entrou foi uma mulher alta magra os cabelos escuros presos
em um coque desleixado e um casaco longo demais para a temperatura daquela madrugada quente seus olhos escuros varreram o ambiente antes de se fixarem em mim havia algo nela que me fez engolir em seco seu semblante parecia deslocado como se pertencesse a outro tempo outro lugar sentei-me mais ereto ajeitei meus óculos e tentei suar profissional Boa noite ela não respondeu apenas sentou-se lentamente à minha frente pousando as mãos pálidas sobre a mesa de madeira marcada por anos de uso seu cheiro me atingiu um leve aroma de mofo como se suas roupas tivessem sido guardadas por
tempo demais abri a ficha de depoimento e comecei a digitar o som das teclas ressoando de forma desconfortável no ambiente silencioso nome completo perguntei mantendo os olhos na tela houve uma pausa longa senti o ar ao meu redor ficando mais frio um arrepio subindo pelo meu corpo Carolina Andrade sua voz era baixa quase um coxixo digitei o nome mecanicamente mas aquela sensação incômoda não passava a delegacia sempre teve problemas com o ar-condicionado mas aquele frio parecia diferente mais profundo de canto de olho olhei para a câmera de segurança no canto da sala a luz vermelha
piscava em intervalos regulares e por um instante STI a necessidade de verificar o monitor de vigilância ao meu lado o que vi fez meu estômago revirar a tela mostrava apenas a mim sentado sozinho digitando a cadeira à minha frente estava vazia meu coração acelerou e senti um suor frio escorrer pela nuca olhei de novo para a mulher ela estava ali eu podia vê-la sentir sua presença e ainda assim respirei fundo tentando me recompor devia ser um um erro na câmera uma falha no sistema essas coisas aconteciam o tempo todo certo minhas mãos tremiam levemente enquanto
continuei digitando evitando olhar para o monitor mas a sensação de que algo estava errado não ia embora o frio ao redor parecia se intensificar como se algo invisível estivesse drenando o calor da sala digitei o nome dela no banco de dados da polícia tentando me concentrar na rotina na lógica em qualquer coisa que me ancor asse à realidade alguns segundos depois os resultados apareceram Carolina Andrade desaparecida há 2 anos corpo nunca encontrado o estômago se revirou e meus olhos se fixaram na data do último registro policial 14 de Março olhei para o relógio na parede
eram exatamente 2:15 da manhã tentei afastar os pensamentos irracionais era uma coincidência só ser mas o olhar dela continuava fixo em mim um misto de expectativa E algo mais tristeza Talvez o zumbido das lâmpadas ficou mais forte e uma leve vibração percorreu a mesa a tela do computador piscou mostrando por um breve momento uma imagem distorcida Antes de voltar ao normal minhas mãos começaram a suar uma sensação de peso no peito me impedia de respirar direito no banco de dados A última pessoa que relatou ter visto Carolina Andrade foi um policial que alegou ter ouvido
Passos em sua casa durante a madrugada mas não encontrou ninguém dois dias depois Ele pediu transferência a mulher permaneceu imóvel seus olhos fixos em mim como se Esperasse alguma coisa O cheiro de mofo se intensificou e um som abafado de gotejamento ecoou pelo corredor engoli em seco tentando disfarçar o nervosismo então senti algo gelado tocou minha mão suave quase imperceptível mas inegavelmente real a mulher não se moveu mas sua voz ecoou dentro da minha mente clara como um sussurro preciso que termine meu depoimento a sensação gelada em minha mão desapareceu tão rápido quanto veio mas
o impacto permaneceu meu coração martelava no peito e uma parte de mim queria levantar daquela cadeira e sair dali o rápido possível mas não fiz isso mantive os olhos fixos na tela tentando me agarrar à rotina à lógica continuei preenchendo os campos do depoimento digitando automaticamente as perguntas padrão nome data endereço cada tecla pressionada parecia ecoar de forma estranha pela sala como se estivesse preenchendo o vazio ao redor qual o motivo do depoimento murmurei sem tirar os olhos do teclado O silêncio que se seguiu foi sufocante o som de respiração vindo do outro lado da
mesa parecia entrecortado como se houvesse algo errado algo antinatural de repente a resposta surgiu fria fui morta minhas mãos pararam e o cursor piscando no monitor parecia zombar da minha hesitação por um momento pensei que tinha ouvido errado mas eu sabia que não senti um arrepio na nuca e contra minha própria vontade levantei os olhos Carolina continuava ali imóvel com o rosto pálido e os olhos escuros e Fundos fixos em mim a luz da sala piscou uma duas vezes Olhei novamente para a tela de segurança continuava mostrando apenas a mim Minhas Mãos estavam Frias e
suadas verifiquei novamente os registros no sistema policial na esperança de encontrar algo qualquer coisa que explicasse aquilo o caso de Carolina Andrade era um arquivo incompleto cheio de lacunas relatos inconsistentes datas conflitantes evidências desaparecidas o último boletim indicava que ela havia sido Vista pela última vez em uma estrada Deserta próxima ao rio da cidade a leitura foi interrompida por um leve sussurro algo que não deveria estar ali ele está aqui meus olhos se arregalaram e olhei de imediato para o corredor escuro O clima ficou pesado e de repente tive a sensação desconfortável de que não
estávamos sozinhos um som abafado veio do Corredor como se algo Estivesse se arrastando lentamente pelo chão prendi a respiração tentando escutar melhor mas o silêncio logo retornou pesado e absoluto a mulher à minha frente continuava imóvel mas algo em seu olhar havia mudado não era mais apenas tristeza ou cansaço havia um alerta ali como se estivesse esperando por algo que eu ainda não conseguia entender minhas mãos estavam trêmulas ao pegar o rádio comunicador sobre a mesa Apertei o botão ouvindo apenas o chiado estático do outro lado Central alguém na escuta nenhuma resposta a sensação de
que havia alguém parado no corredor atrás de mim se intensificou o instinto Ava para que eu não olhasse para que ficasse onde estava mas a curiosidade era maior virei lentamente à cabeça com o coração acelerado e encarei o corredor mal iluminado nada apenas o mesmo vazio escuro de sempre mas eu sabia que havia algo ali engoli em seco e voltei para a tela o documento do depoimento estava preenchido até a metade e algo me impulsionava a terminar Era como se uma força invisível estivesse pressionando minha mente Me forçando a continuar preciso que termine a voz
de Carolina soou fraca distante voltei meus olhos para ela e algo me fez congelar seu rosto parecia diferente a pele mais pálida os traços mais borrados como uma fotografia desbotando com o tempo o frio aumentou cortante como se estivéssemos no meio do inverno olhei para o registro de ocorrência aberta na tela e então notei algo que antes havia ignorado havia um nome um nome que eu conhecia Marcos Souza investigador responsável meu peito apertou eu conhecia esse nome muito bem Marcos tinha sido meu parceiro anos atrás antes de pedir afastamento abrupto nunca explicou os motivos apenas
desapareceu da força policial e mudou de cidade as pontas começaram a se ligar na minha mente formando uma imagem inquietante a tela piscou e senti algo frio na minha nuca era como uma respiração algo que não pertencia a este mundo lentamente movi o cursor para a sessão de detalhes adicionais no relatório quando as luzes piscaram novamente e um som metálico ecoou pelo corredor alguém ou algo estava lá e eu ainda não sabia se conseguiria sair daquela sala para descobrir meu Coração batia tão forte que eu podia ouvi-lo nos ouvidos o nome na tela parecia brilhar
mais do que o restante do texto Marcos Souza ele tinha sido meu parceiro por quase 5 anos um cara meticuloso mas depois daquele caso estranho que envolvia Carolina Andrade ele nunca mais foi o mesmo lembro-me das últimas semanas antes de ele sair da Corporação parecia paranoico sempre olhando por cima do ombro murmurando coisas sobre estar sendo seguido uma noite depois de uma longa Patrulha ele me contou que algo o incomodava sobre o caso de Carolina ele dizia que as datas não faziam sentido que alguém ou alguma coisa não queria que ele descobrisse a verdade dei
uma rápida olhada para a mulher sentada à minha frente a pele dela parecia ainda mais pálida quase translúcida e o olhar perdido em algum lugar que eu não conseguia alcançar tentei manter a calma fundo e forcei meus dedos a continuar digitando a ficha de ocorrência de Carolina mencionava uma última testemunha antes de seu desaparecimento definitivo um homem de meia idade morador da zona rural que afirmava ter visto Carolina à beira da estrada pedindo carona comecei a digitar esse detalhe mas então senti um calafrio ainda mais forte o teclado parecia mais duro so meus dedos Como
se algo invisível estivesse Resistindo foi quando ouvi o ruído baixo de uma respiração pesada vindo do corredor de repente todas as luzes da delegacia piscaram violentamente e um barulho seco ecoou da recepção parecia uma porta batendo Mas eu sabia que estava sozinho no plantão levantei os olhos lentamente para a tela da câmera de segurança mais uma vez e dessa vez vi algo uma sombra escura parada no corredor imóvel não tinha forma definida apenas uma presença desforme que parecia estar olhando diretamente para mim o pânico cresceu em meu peito mas eu sabia que não podia simplesmente
sair correndo tentei racionalizar ignorar o arrepio em minha espinha e finalizei o preenchimento do depoimento quando finalmente digitei a última palavra senti um leve toque no meu braço gélido levantei a cabeça e Carolina estava sorrindo um sorriso triste de alívio Então ela sussurrou obrigada e sumiu assim sem som sem movimento apenas desapareceu diante dos meus olhos Fiquei parado ali por vários minutos sem saber se respirava ou corria a cadeira à minha frente estava vazia e o frio que dominava o ambiente começou a dissipar lentamente como se nunca tivesse existido tentei processar o que acabara Deon
mas tudo Parecia um borrão minhas mãos suavam e meus olhos não saíam da tela do computador a ficha de Carolina Andrade estava completa cada Campo devidamente preenchido com datas e detalhes que eu sabia que não tinha Como inventar o relógio marcava 2:40 respirei fundo e me levantei da cadeira caminhando divagar até o corredor o silêncio voltou a dominar a delegacia Mas a sensação de ser ainda pairava no ar voltei para a sala e encarei a tela decidi puxar os registros antigos novamente Foi então que notei algo que fez meu sangue gelar a data que eu
tinha digitado como última aparição de Carolina não era de 2 anos atrás era de hoje meus olhos correram pelo arquivo e lá estava 14 de Março 2:15 da manhã exatamente o horário em que ela apareceu na delegacia me afastei do computador tentando manter a lógica mas tudo aquilo era demais Peguei o telefone e liguei para Marcos Souza ele atendeu após o terceiro toque a voz rouca de quem não dorme direito há muito tempo alô Marcos sou eu preciso te perguntar uma coisa Carolina Andrade você investigou esse caso não foi do outro lado da linha ouvi
um suspiro pesado seguido de um silêncio inquietante quando ele finalmente falou sua voz soava cansada como se estivesse carregando um peso há muito tempo nunca Consegui fechar esse caso ele hesitou ela ela simplesmente sumiu não havia pistas concretas nada fazia sentido foi como se fosse Impossível chegar até ela engoli em seco Marcos eu acho que ela esteve aqui hoje outro silêncio mais longo dessa vez ouvi um barulho abafado como se ele estivesse mexendo em papéis ou conferido algo e então sua voz voltou mais grave e urgente Sai daí se ela voltou significa que ele também
está por perto desliguei o telefone sentindo um arrepio percorrer minha espinha ele quem pensei mas no fundo eu já sabia que não queria a resposta o telefone ficou mudo e meu peito apertou quando Olhei novamente para a tela do computador a ficha de Carolina havia sumido como se Nunca tivesse existido tudo o que restava era o relatório que eu mesmo havia impresso minutos antes peguei a folha com dedos trêmulos e observei os dados registrados no rodapé uma anotação que eu não lembrava de ter escrito Ele ainda está aqui dobrei o papel e guardei no bolso
Peguei minhas coisas e assim que meu turno acabou saio mais rápido que pude naquela noite fiz algo que nunca tinha feito antes não relatei o ocorrido voltei para casa tomei um banho quente e tentei dormir mas todas as vezes que fechava os olhos só conseguia pensar em uma coisa no dia seguinte voltei à Delegacia decidido a descobrir o que estava acontecendo perguntei a alguns colegas sobre o caso sobre Carolina Andrade todos me olharam com expressões vazias como se eu estivesse falando de alguém que nunca existiu Então fui até o Arquivo Morto procurei por qualquer menção
ao nome dela nada nem uma ocorrência nem uma pista mas quando estava saindo senti um arrepio familiar na nuca virei lentamente e vi preso em um canto da parede um antigo boletim amarelado quase invisível entre outros papéis puxei com cuidado era um aviso de desaparecimento a foto mostrava uma mulher de cabelos escuros um olhar perdido era ela e no final do papel em letras pequenas e quase ilegíveis uma anotação que me fez sentir o estômago embrulhar caso encerrado suspeito nunca localizado deixei o papel cair no chão e naquele dia fiz algo que nunca pensei que
faria pedi transferência para outra cidade Nunca mais toquei no nome Carolina Andrade nunca mais trabalhei no turno da madrugada e acima de tudo nunca mais olhei para as câmeras de segurança da delegacia a madrugada na BR 116 no interior do Rio Grande do Sul era sempre um misto de tédio e tensão eu e o sargento Almeida estávamos em nossa Ronda habitual dirigindo pela rodovia quase Deserta O Silêncio do rádio e o som ritmado dos pneus no asfalto eram quase hipnotizantes mais uma noite tranquila murmurou Almeida bocejando e ajeitando no banco a gente deveria agradecer por
isso concordei mantendo os olhos fixos na estrada trabalhar na polícia rodoviária nos ensinava a não baixar a guarda principalmente depois de tantos casos estranhos ao longo dos anos foi então que o rádio chiou Quebrando o Silêncio atenção unidade veículo suspeito identificado no quilômetro 243 da R16 suspeita de placa clonada Fiat un no preto placa final 8723 me endireitei no banco imediatamente ligando o giroflex Almeida franziu o senho pegando o rádio unidade 051 na escuta visualizamos o veículo iniciando abordagem o Uno preto seguia na faixa da direita mantendo uma velocidade constante algo não tá certo sussurrei
apertando o volante assim que nos aproximamos o motorista acelerou de repente ganhando velocidade de uma forma que aquele carro não deveria ser capaz de alcançar Tá tentando fugir gritou Almeida já pegando o rádio Central veículo em fuga no quilômetro 245 sentido sul pisei fundo no acelerador mantendo os olhos fixos no Uno A Perseguição durou vários minutos a rodovia deserta permitindo que ambos os veículos ganhassem Velocidade sem obstáculos o painel da viatura marcava velocidade acima dos 140 km/h e ainda assim ele continuava à frente foi então que aconteceu sem curvas sem saídas laterais sem nada além
de um trecho reto de estrada o Uno simplesmente desapareceu freei bruscamente fazendo a viatura deslizar alguns metros até parar Almeida olhou para mim a boca entreaberta sem conseguir dizer uma palavra você viu isso perguntei ainda sem acreditar no que acabara de acontecer ele demorou a responder os olhos varrendo a estrada vazia à nossa frente vi e não faço ideia de como explicar descemos da viatura com lanternas em mãos varrendo os arredores da rodovia o ar frio da madrugada soprava contra nossos rostos e o silêncio da estrada agora parecia muito mais pesado do que antes ele
não poderia simplesmente sumir murmurei tentando manter a calma Almeida não respondeu de imediato caminhou alguns metros adiante iluminando o asfalto não havia marcas de pneus Nada que indicasse uma freada brusca ou uma saída improvisada para o acostamento peguei o rádio novamente Central o veículo desapareceu não h dele na Via O Silêncio do outro lado durou um pouco mais do que o esperado então a resposta veio carregada de descrença repita unidade 051 o carro sumiu não há saídas próximas nenhum desvio simplesmente sumiu Almeida olhou para mim balançando a cabeça ele nunca foi um homem de acreditar
em coisas além da lógica mas até ele parecia estar lutando contra a falta de explicação decidi acessar o banco de dados da polícia pelo tablet digitando a placa clonada do Uno os segundos se arrastaram enquanto a busca era feita quando o resultado apareceu senti um calafrio percorrer minha espinha veículo registrado como encontrado abandonado no qum 243 da br16 data 15 de agosto de 2007 olhei para Almeida que analisava os dados comigo isso deve ser um erro ele murmurou Fiquei em silêncio por um instante lembrei-me do relato de um veterano da Corporação anos atrás sobre um
caso parecido na mesma região um veículo suspeito perseguido por quilômetros e de repente nada eu achava que era exagero lenda de policial antigo mas agora Almeida E se a gente estiver atrás de algo que não deveria estar aqui ele me lançou um olhar duro mas o brilho de dúvida nos olhos dele era Evidente guardei o tablet e voltei para a viatura precisávamos reportar isso direito mas eu sabia que ninguém acreditaria olhei pelo retrovisor e por um momento tive a sensação de que havia algo parado no Acostamento à distância uma silhueta escura imóvel piscamos os faróis
mas não havia nada ali vamos sair daqui disse Almeida afivelado o cinto rapidamente a estrada à nossa frente parecia mais longa do que nunca e enquanto aceleramos uma sensação incômoda crescia dentro de mim a estrada continuava Deserta quando voltamos para a viatura Almeida sempre calado quando algo o incomodava não disse uma palavra apenas olhou pelo retrovisor repetidas vezes como se Esperasse ver aquele Uno preto reaparecendo em algum ponto distante da rodovia seguimos lentamente pela rodovia os faróis cortando a escuridão densa da madrugada o rádio da viatura chiou uma estática breve que fez Almeida se sobressaltar
isso aqui tá estranho demais Henrique murmurou olhando pela janela eu sabia o que ele queria dizer o ar dentro da viatura estava diferente mais pesado era como se a própria Rodovia estivesse nos observando nos cercando de uma forma invisível rodamos por alguns quilômetros sem falar nada até que de repente Almeida quebrou o silêncio lembra do Souza assenti O inspetor Souza se aposentou anos atrás antes de eu entrar para a PRF um veterano da estrada cheio de histórias que sempre achei exageradas Almeida olhou para mim de soslaio antes de continuar ele contou uma vez que viu
um carro sumir nessa mesma rodovia não era um Uno era um caminhão carga roubada Ele perseguiu por quilômetros e do nada o bicho sumiu assim como esse Fiquei em silêncio sabe o que ele fez Depois Almeida perguntou olhando para mim com um olhar carregado de algo entre medo e Respeito neguei com a cabeça nunca mais dirigiu à noite aquelas histórias sempre pareciam coisa de policial velho mas agora agora elas pareciam fazer sentido demais seguimos viagem até a base cada um preso em seus próprios pensamentos tentando encontrar uma explicação que jamais viria chegamos à base pouco
antes do amanhecer eu Estacionei a viatura e ficamos alguns segundos dentro do carro sem de sair Almeida suspirou passando as mãos no rosto cara ninguém vai acreditar na gente eu sabia que ele estava certo quem I acreditar que um carro desapareceu no meio de uma reta que o rádio chava do nada que o ar ficava tão pesado que era difícil respirar entramos na sala de registros e preenchemos o relatório de ocorrência Almeida Manteve as coisas simples veículo não localizado busca sem sucesso eu o observei escrever sentindo que estava errado mas sabendo que não havia outra
opção depois de assinarmos entregamos ao Comandante que apenas leu rapidamente Balançou a cabeça e disse vocês fizeram o que podiam Tem coisa que não tem explicação aio olhou para mim como se perguntasse se ele sabia mais do que estava dizendo mas o comandante não disse mais nada apenas arquivou o documento em uma gaveta quando saímos da delegacia o sol já despontava no horizonte mas a sensação de frio ainda não tinha me deixado Almeida acendeu um cigarro deu uma tragada longa e olhou para a estrada que se estendia ao longe eu vou esquecer isso disse como
se estivesse tentando se convencer olhei para a rodovia eu não sei se consigo Almeida deu de ombros e jogou o cigarro no chão Nunca mais falamos sobre aquela noite mas às vezes quando estou na estrada sinto uma presença ao meu redor o rádio chia a temperatura cai e eu aperto as mãos no volante com força tentando ignorar o calafrio e toda vez que passo pelo quilômetro 243 olho pelo retrovisor só para ter certeza de que não está me seguindo era uma noite qualquer na nossa rotina de Patrulha em Curitiba eu e o sargento Freitas já
havíamos perdido a conta de quantas vezes percorremos aquelas ruas sempre as mesmas Avenidas os mesmos pontos de abordagem as mesmas conversas pelo rádio trabalho monótono mas necessário a novidade daquela noite foi a viatura nova pelo menos era nova para nós uma SUV branca recém incorporada à Frota esperando por nós no pátio do batalhão Finalmente um carro que não vai deixar a gente na mão comentou Freitas batendo a mão no capô ele era um sujeito pragmático do tipo que não se impressionava fácil 40 e poucos anos cara fechada já tinha visto de tudo se um carro
era bom Estava bom e pronto eu por outro lado sempre fui mais desconfiado talvez por por ser mais novo na Corporação ou talvez porque nunca acreditei muito em Coincidências Passei a mão pela lataria sentindo o metal frio sob os dedos algo naquela viatura me incomodava mas engoli o desconforto apenas um carro me convenci entramos e ajustamos os bancos o interior Tinha o cheiro típico de Couro Velho misturado com desinfetante barato liguei o motor e senti a vibração controlada mas quando tentei testar o rádio ele chiou de um jeito estranho Central aqui é a unidade 019
teste de comunicação na escuta o chiado Aumentou e por um segundo uma voz baixa cortou a estática ajuda olhei para a Freitas ouviu isso ele girou o botão de frequência a expressão impassível interferência vai ver é da Torre Freitas não era de se abalar com coisas pequenas para ele tudo tinha uma explicação simples e direta resolvi não insistir seguimos patrulhando mas a cada esquina eu senti uma presença incômoda na viatura o espelho retrovisor refletia apenas a estrada vazia atrás de nós mas não conseguia evitar a sensação de que havia algo mais ali algo que não
deveria estar patrulhar à noite é como entrar em um mundo diferente as ruas vazias os poucos carros passando apressados as luzes intermitentes dos postes eu já estava acostumado mas naquela viatura tudo parecia estranho Freitas dirigia calado os olhos fixos na estrada enquanto eu mexia no tablet registrando ocorrências de rotina a viatura rodava macia sem nenhum problema mecânico aparente tudo deveria estar tranquilo mas o desconforto só aumentava foi quando paramos em uma rua Deserta perto de um posto de gasolina fechado que aconteceu O Clique da trava da porta traseira ecoou alto na cabine Freitas olhou para
mim de relance o que foi isso tentei abrir a porta mas estava travada Apertei o botão no painel para destravar mas ele não respondia travou sozinha murmurei sentindo um arrepio subir pela espinha Freitas bufou tentando manter a compostura deve ser falha elétrica essas viaturas vivem dando problema eu não estava convencido mas segui o fluxo anotei mentalmente para informar a equipe de manutenção depois seguimos patrulhando e a sensação de que havia algo no banco de trás não me deixava virei-me rapidamente sem pensar mas só vi o banco vazio e a lanterna que balançava levemente com os
solavancos da estrada quando paramos em um semáforo Freitas ajeitou o espelho retrovisor e ficou olhando fixamente por alguns segundos tá vendo alguma coisa perguntei ele não respondeu de imediato piscou algumas vezes como se quisesse ter certeza do que estava vendo acho que vi um vulto no banco de trás ele disse sem olhar para mim senti um calafrio Olhei novamente para trás nada fingimos que nada aconteceu e seguimos em silêncio até o fim do turno mas antes de ir embora decidi consultar o histórico da viatura no sistema interno precisava entender porque ela me causava tanto desconforto
digitei o código de identificação e esperei os dados carregarem quando a ficha apareceu Senti meu coração acelerar aquela viatura havia pertencido a uma unidade que sofreu uma emboscada meses atrás na Pr 418 todos os policiais envolvidos morreram no local larguei o tablet na mesa e Fechei os olhos por um momento tentando assimilar a informação Freitas apareceu na porta já pronto para ir embora algum problema hesitei antes de responder nada que a gente já não saiba Saímos da sala sem comentar mais nada mas sabia que ambos estávamos pensando a mesma coisa a viatura não estava vazia
naquela noite e talvez nunca estivesse o silêncio dentro da viatura era quase insuportável eu podia ouvir cada respiração minha e de Freitas cada pequeno ruído do motor os pneus deslizavam pelo Asfalto molhado enquanto patrulham as ruas pouco iluminadas da zona sul de Curitiba depois do incidente com a porta Nenhum de Nós mencionou o assunto mas eu sabia que Freitas estava sentindo o mesmo que eu seu olhar estava diferente ele dirigia mais tenso com os ombros rígidos e seus olhos iam ao retrovisor com mais frequência do que o normal a cidade parecia vazia mas dentro do
carro eu tinha a sensação oposta paramos em um ponto cego de uma avenida para uma rápida vistoria de rotina enquanto Freitas descia para checar uma caminhonete estacionada de forma suspeita eu permaneci na viatura segurando o rádio Foi então que senti um peso como se algo ou alguém estivesse no banco de trás Eu não olhei não conseguia apenas apertei o rádio com tentei focar nos faróis distantes que se moviam lentamente pela via a sensação de presença era tão intensa que eu quase podia ouvir uma respiração atrás de mim minutos depois Freitas voltou abrindo a porta do
motorista de repente tá tudo certo disse ele jogando um suspiro cansado assenti sem conseguir dizer nada quando ele ligou o motor novamente ouvi um ruído estranho vindo da parte traseira do carro um leve estalido como se alguém tivesse mexido na maçaneta por dentro Freitas também ouviu Ele olhou para mim com uma expressão fechada e acelerou a viatura sem dizer nada Nenhum de Nós quis comentar seguimos em silêncio a noite parecia não ter fim cada esquina dobrada cada farol vermelho parecia nos arrastar mais fundo em uma sensação de inquietação crescente a viatura era sólida real mas
ao mesmo tempo parecia uma cápsula isolada de tudo o que existia lá fora no fim do turno Paramos no acostamento para respirar um pouco antes de voltar para a base Freitas apagou o motor e recostou-se no banco massageando as têmporas eu não sei o que tá acontecendo com esse carro ele disse a voz baixa sem olhar para mim eu não respondi de imediato Apenas fiquei olhando para o para-brisa onde a fina camada de neblina criava formas indistintas Sob a Luz dos postes a gente tá cansado murmurei mais para mim mesmo do que para ele Freitas
soltou um riso seco é pode ser ficamos ali por um tempo apenas ouvindo o silêncio até que sem aviso a viatura deu um solavanco leve como se alguém tivesse se mexido no banco traseiro meu sangue gelou Freitas ficou imóvel as as mãos segurando o volante com força Nenhum de Nós olhou para trás eu podia sentir não era imaginação a viatura estava cheia fiquei encarando a escuridão lá fora e juro que vi um vulto passar devagar diante dos Faróis apagados não era uma pessoa ou pelo menos não parecia ser Freitas ligou o motor de novo e
sem dizer uma palavra Voltamos para a base estacionamos no pátio saindo do carro rapidamente como olat uma útima ve antes de entr os Faris AZ fraca da garagem aão de ver mover dentro uma sombra como algém sent ali observando na manã seguinte reem nova viatur SUV branca foi para outro Batalhão Freitas nunca mais tocou no assunto eu também não h
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