Unknown

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boa noite a todos todas e todes que bom estarmos aqui reunidos em mais um círculo de cultura é sempre um prazer enorme fazer parte deste espaço que pulsa diálogo que convida e escuta e a partilha de saberes construídos no cotidiano das nossas práticas nos nossos territórios fernanda oi sim boa noite boa noite companheiras e companheiros colegas da iaeja sim ter é uma alegria estar aqui nessa noite antes vou fazer minha autodescrição teres sou uma mulher mulher educadora popular mãe avó e professora sou de pele clara tenho cabelos longos e escuros lisos e hoje estão eles
estão soltos estou usando um brinco de argola dourada e batom em tom rosado uso uma blusa branca com listas pretas com gola alta estou aqui em minha sala de trabalho e estudo onde há uma estante com alguns livros a sala é de cor lilás com tons claros e atrás de mim tem uma persiana cinza eh também quero dizer para ti e para todos que estão aqui reunidos neste círculo de cultura virtual que esse encontro tem um sabor especial faz parte do processo formativo do pacto nacional pela superação do analfabetismo e qualificação da educação de jovens
e adultos aeja e hoje a roda continua girando em torno de um tema muito potente que nos atravessa de forma eh profunda que é o que é cultura qual a cultura do seu território e como transformá-la em conhecimento sistematizado tere verdade verdade fernanda e é um é um tema eh muito profundo né é um tema que realmente eh nos atravessa né eh é um tema potente e muito necessário né porque falar de cultura nos territórios é falar da resistência da nossa memória da ancestralidade é reconhecer que a educação popular começa ali onde o povo está
como saberes que ele constrói e carrega exatamente ter companheiros e companheiras que nos assistem também as companheiras e companheiros que estão nessa roda aqui nesta sala né e quando esses saberes se transformam em conhecimento sistematizado né ter sem perder o vínculo com a sua origem temos uma pedagogia viva com base na educação popular contextualidade contextualizada e verdadeiramente libertadora mas para fazer hoje né nossa mística nossa dinâmica de abertura eh convidamos a professora liana borges né nossa companheira amiga de longa trajetória e os nossos as nossas sistematizadoras a thísa e a dineia e o sistematizador marcos
que eles irão fazer a leitura de um pequeno texto de frei beto pequeno mas grandioso né que se denomina pedro vi a uva olá boa noite colegas da ija boa noite nanda ter e meus companheiros do coletivo de sistematização que bom tá aqui com vocês com essa tarefa de acolher né os colegas tô vendo aqui no chat a gente já tem quase 2.500 pessoas nesse momento eh compartilhando né ali no canal eh do ifar bom o tema da cultura é um dos temas eh mais importantes eh na obra de paulo freire né ele ele desde
as suas primeiras experiências de alfabetização ele traz o tema da cultura na sua centralidade e o e portanto então o nosso diálogo hoje vai dar conta eh de trazer essa reflexão freiriana para o conceito de cultura e também atualizando esse conceito de cultura como a ter disse junto aos territórios bom como nós estamos num círculo de cultura não por acaso esse é o nome e o círculo de cultura ele para existir né ele precisa do diálogo então mesmo nesse ambiente virtual que é o que a gente eh tem nesse momento para poder reunir o brasil
inteiro eh nós construímos uma dinâmica então eh que chama provavelmente algumas pessoas já conheçam e até já participaram dessa dessa dinâmica que se chama nuvem de palavras né a ter vai colocar ali no chat do canal um link que tem um nome meio estranho que chama mente meter né vocês vão clicar nesse link vai abrir para vocês eh três espaços em branco provavelmente estará escrito em inglês primeira palavra segunda palavra e terceira palavra então as primeiras 50 pessoas que entrarem nesse link porque ele tem um limitador do número de pessoas porque ele é ele é
uma ferramenta eh gratuita vocês vão então ocupar esses três espaços dizendo o que que vocês compreendem por cultura que significado que a cultura representa para vocês então teres já botou o link lá então já colocou já vamos ver eu vou eu vou acompanhando aqui para ver se tá funcionando direitinho porque como é online eu vou recebendo as palavras e vou conseguindo visualizar e a gente vai ter uns dois minutinhos para essa dinâmica para depois a gente dar sequência hum tá ficando bonito várias palavras já entraram aqui por enquanto ainda não trancou então mais pessoas também
podem eh entrar no link e escrever as suas três palavras eu tô visualizando aqui a nuvem e a gente vai reconhecendo né qual é a visão de mundo que vocês que estão participando tem quais são as representações que a cultura vai trazendo eh para vocês essa nuvem de palavras ela vai construindo um um desenho eh destacando bem na centralidade da nuvem aquelas palavras que estão sendo apresentadas de forma recorrente por quem tá entrando na rede e no entorno dessas palavras centrais outras palavras que uma ou duas pessoas colocaram mas que representam a compreensão sobre cultura
então tô vendo aqui depois vou compartilhar com vocês a nuvem para que vocês também tenham esse contato e depois a gente baixa né salva ter essa nuvem fernanda para poder encaminhar né paraas pessoas ali no moodle para compartilhar esse trabalho porque tem muita gente entrando e tem palavras que eu não consigo nem enxergar aqui porque tem tanta gente escrevendo que tem algumas que a a gente não vai conseguir nem fazer a leitura mas vamos ver depois na hora oi liana inclusive a gente coloca pode colocar a nuvem em pdf depois no próprio no próprio link
do evento tá isso isso isso tudo vai ficar com acesso podemos colocar eu posso se vocês quiserem eu posso eh mostrar agora como é que como é que vai entrando as palavras deixa eu tentar compartilhar então porque daí as pessoas podem visualizar né como que tá sendo como que a nuvem tá ficando como eu disse tem algumas que não vai ser possível enxergar mas as palavras mais recorrentes ó tão vendo aí já tá visualizando terinanda deixa eu ver eu compartilhei a tela vocês estão vendo ainda não ainda não não ainda não agora vai agora vai
agora sim agora já entrou olha tem tanta palavra que elas vão aparecer pode aumentar ana pode aumentar um pouquinho deixa eu ver se eu consigo aumentar mais pera aí deixa eu ver se eu consigo aumentar mais deixa eu ver nossa tá linda gente ela chegou no chegou no quase quase quase no limite do zoom chegou quase no limite é que as palavras elas vão eh entrando de forma recorrente né valores conhecimento identidade saberes vivência costumes modos de vida diversidade pertencimento experiências aprendizagens elas vão entrando e vão mudando de lugar conforme elas vão aparecendo a gente
já tem aqui vocês têm um contador ó 2200 eu nem consigo ler 2282 respostas acho que a gente pode eh talvez não sei se vocês querem que pare por aqui a gente pode deixar a nuvem aberta e aí durante a noite ou até depois do do nosso círculo de cultura as pessoas podem continuar preenchendo essa nuvem até ela esgotar aí tem uma hora que vai trancar e não vai entrar mais nada liana quem sabe a gente combina com o pessoal a gente deixa a nuvem aberta até a o final da fala dos convidados porque os
últimos 10 minutos eles vão falar sobre o que tem as palavras que estão na na nuvem tirei tirei isso tirei ali a nuvem então pra gente dar sequência à nossa dinâmica nós temos três companheiros aqui do coletivo de sistematização o marcos que representa o estado de minas gerais a taísa que representa o estado do pará e a edineia que representa o estado do paraná eles vão fazer a leitura de uma carta que o frei beto escreveu em homenagem ao paulo freire um dia depois da sua morte né portanto dia 3 de maio de 1997 tá
com a palavra então nossos companheiros da sistematização olá boa noite a todas as pessoas que estão aqui acompanhando esta importante atividade dos círculos de cultura virtuais e só quero dizer que em nome aqui dos meus colegas sistematizadores que é uma honra participar nesta tarefa tão importante de sistematização mas também neste momento em que nós vamos dar voz às ideias do nosso mestre paulo freire e aí eu começo em nome dos meus colegas então dando as boas-vindas em nome do marcos também e da taísa começo então com a leitura do texto eh com as ideias de
paulo freire não basta ler que eva viu a uva é preciso compreender qual a posição que eva ocupa no seu contexto social quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com este trabalho paulo freire de frei beto para paulo freire escrito de apóstolo à morte pedro viu a uva ensinavam os manuais de alfabetização mas o professor paulo freire com seu método de alfabetizar conscientizando fez adultos e crianças no brasil e na guinébistal na índia e na nicarágua descobrirem que pedro não viu apenas com os olhos viu também com a mente e se perguntou se
a uva é natureza ou cultura pedro viu que a fruta não resulta do trabalho humano é criação é natureza paulo freire ensinou a pedro que semear uva é ação humana na e sobre a natureza é a mão multiferramenta despertando as potencialidades do fruto assim como o próprio ser humano foi semeado pela natureza em anos de evolução do cosmo colher uma uva esmagá-la e transformá-la em vinho é cultura" assinalou paulo freire o trabalho humaniza e ao realizá-lo o homem e a mulher se humanizam trabalho que instaura o nó das relações a vida social graças ao professor
que iniciou sua pedagogia revolucionária com os operários do sesie de pernambuco pedro viu também que a uva é colhida por boias frias que ganham pouco e comercializada por atravessadores que ganham melhor pedro aprendeu com paulo que mesmo sem ainda saber ler ele não é uma pessoa ignorante antes de aprender as letras pedro sabia erguer uma casa tijolo a tijolo o médico o advogado ou dentista com todo o seu estudo não eram capazes de construir como pedro paulo freira ensinou a pedro que não existe ninguém mais culto do que o outro mas existem culturas paralelas distintas
que se completam na vida social pedro viu a uva e paulo freire mostrou-lhe os cachos a parreira a plantação inteira ensinou a pedro que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto do autor e do leitor é dessa relação dialógica entre o texto e o contexto que pedro extrai o pretexto para agir no início e no fim do aprendizado é a praxis de pedro que importa praxis teoria praxis num processo indutivo que torna o educando sujeito histórico pedro viu a uva e não viu a ave que
de cima enxerga a parreira e não vê a uva o que pedro vê é diferente do que vê a ave assim paulo freira ensinou a pedro um princípio fundamental da epistemologia a cabeça pensa onde os pés pisam o mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de ptolomeu ao observar o sistema solar com os pés na terra e a de copérnico ao imaginar-se com os pés no sol agora pedro v pedro v a parreira a todas as relações
todas as relações sociais que fazem o fruto fruto dessa festa festa no cálice divino mas já não vê mas já não vê paulo paulo freire que mergulhou no amor que mergulhou no amor da manhã de 2 de maior 2 de maio de 1997 deixa-nos uma obra inestimável inestimável de comp de competência e coerência e coerência no obrigado pessoal um abraço de minas noite boa noite gente abraço do pará boa noite boa sistematização para todos nós bom evento e que nós consigamos alcançar os nossos objetivos nessa noite obrigada com as palavras do nosso mestre paulo freire
boa noite obrigada gente querida muito mas muito obrigada que lindo que ficou muito obrigada então agora a gente retoma eh bom depois dessa maravilha né eh a gente pode dizer que os círculos de cultura né fernanda eh estão cada dia mais inéditos né muito mais dinâmicos estamos reinventando os círculos de cultura em cada círculo de cultura a gente busca uma reinvenção obrigada liana e aos sistematizadores e sistematizadoras a thaísa a edneia e o marcos por essa parceria constante hoje então temos um convidado internacional sim gente é isso mesmo eh evaristo pedro ele é diretor nacional
da educação de jovens e adultos de angola o evaristo e sua comitiva estão fazendo uma visita ao brasil e a secad eh seja muito bem-vindo evaristo ao nosso círculo de cultura será um prazer lhe ouvir neste momento vamos ver se o evaristo já se encontra por aqui thago evaristo já se encontra ainda não bom então o evaristo já deve tá eh chegando então deve ter se eh se atrasado ou em função de que a gente tinha muita gente na nossa sala né então a gente dá sequência enquanto isso assim que o evaristo eh entrar na
sala a gente dar a palavra para ele vamos então nesse momento apresentar os nossos eh demais convidados né que vão estar dialogando conosco na noite de hoje então para aprofundar essa nossa conversa sobre a cultura e a cultura no seu território temos hoje a alegria de acolher dois convidados com uma trajetória de vida profunda profundamente ligada à educação popular e à transformação social começamos então com o professor paulo sérgio matoso que é mestre em ciências pela usp especialista em políticas públicas e membro ativo da rede de educação cidadã desde 2003 o professor paulo atua como
assistente social e arte educador em diversas frentes com famílias em situação de rua com juventudes com mulheres população lgbtq+ comunidades indígenas e quilombolas é também autor e e co-autor de materiais voltados à formação de educadores e hoje atua no serviço de proteção social à criança e adolescente vítimas de violência em são paulo professor paulo seja muito mas muito bemvindo no nosso círculo de cultura boa noite então eu vou seguir a oi boa noite bem-vindo professor bem-vindo obrigada eu vi eh tere que o evaristo entrou será que não era melhor colocar ele ou eu vou é
agora eu vou apresentar a professora maria aparecida e depois nós convidamos o professor evaristo obrigada paulo então gente querida junto com querido paulo recebemos maria aparecida vieira melo né aqui está ela em tela eh que muito nos honra com sua presença afetuosa simpática comprometida maria aparecida é doutora pela universidade federal da paraíba que tem longa trajetória com a educação popular né ã também professora da universidade federal do rio grande do norte e atua em dois programas de pós-graduação um voltado à formação docente e outro para educação direitos humanos é diretora pedagógica do centro paulo freire
estudos e pesquisa coordena diversas iniciativas em educação integral e eja no nordeste além de participar ativamente da rede nacional de pesquisa em pedagogia e da rede né que é muito interessante brasileira por instituições educativas socialmente justas e e campos aldeias e cidades que educam a rede humânica eu também faço parte e da comissão nacional de educação de jovens e adultos é sem dúvida uma referência nacional quando falamos de educação popular educação e direitos humanos com base freiriana para mim e para nós todas e todos é um prazer enorme apresentar a professora maria aparecida especialmente por
reconhecer que de forma muitas vezes silenciosa e sem que saibamos diretamente estamos em muitos espaços comuns de atuação juntas ao ler teu currículo professor assim como o currículo do professor paulo ficamos encantados com a amplitude de potência da rede que te descemos por meio dos territórios lutas e ações que compartilhamos seja muito bem-vinda professora maria aparecida é uma alegria tê-la conosco neste momento convido a professora tere para fazer a mediação então com o querido evarista que já está conosco sem fonte olha só eu falando bem entusiasmada aqui sem som então boa noite evaristo seja muito
bem-vindo no nosso espaço no nosso círculo de cultura é uma alegria imensa te receber a gente falou agora a pouco um pouquinho antes de você entrar que a gente tava com o convidado internacional né olha só como nós estamos chiques estamos com um convidado internacional então de angola o evaristo está junto com uma comitiva fazendo uma visita né ao mec secad evaristo é eh diretor da educação de jovens e adultos lá no seu país e está fazendo esse diálogo com o brasil não é ivaristo então a gente te deseja seja muito bem-vindo e você tem
uns minutos então para eh cumprimentar o pessoal conversar um pouquinho né eh e também depois continuar aqui assistir e compartilhar e partilhar desse momento dos nossos círculos de do nosso círculo de cultura virtual que hoje a temática é varisto cultura o que é cultura para você e como fazer né qual é a cultura do seu território e como transformar essa cultura em eh em conhecimento sistematizado então com você a palavra bem eh muito obrigado professora maria caifer eh também quero agradecer ao mec eh por proporcionarnos esse momento único eh dentro do programa das várias atividades
que temos na visita que estamos a realizar como foi bem dito chama-me veristo pedro nós estamos aqui eh um grupo de quatro técnicos do ministério da educação de angola eh muito focados para a partilha de experiências no âmbito da eja eh portanto estou eu tenho a uma colega que é do departamento do ensino primário educação de adultos também da eja tem um colega que representa o nosso instituto da de avaliação e desenvolvimento da educação tá mais ligado à questão dos currículos não é que queremos aqui explorar o no brasil eh e trocar experiência no âmbito
do da construção de currículos específicos para eja e também tem uma colega que está eh eh a representar o nosso instituto de formação de quadros portanto aqui eh eh não só a formação de quadros mas também o ensino técnico profissional que são vertentes que nós queremos reforçar na oferta educativa para jovens e adultos que queremos implementar no nível do nosso país e é um momento muito muito importante falar de cultura eu tenho uma frase feita e ela diz que a cultura é a seiva que corre no nosso interior e molda o balançar dos nossos ramos
eu vou repetir a cultura é a seiva que corre no nosso interior e molda o balançar dos nossos ramos aquilo que nós temos como cultura e nós entendemos que é aquilo que nos faz ser então a cultura está relacionada com a visão que queremos implementar para eja a valorização da cultura porquanto nós devemos valorizar os saberes os hábitos os valores as crenças que o nosso aprendente o nosso aluno o nosso estudante eh o nosso educando da eja já traz consigo e se conseguirmos criar um um um um um cenário em que essa cultura que cada
um traz pode ser partilhada de forma sistemática nos nossos grupos não é nas nossas turmas nós conseguimos fazer da eja um espaço em que todos os atuantes saem daí mais enriquecidos mais fortalecidos para nós é também uma iniciativa que estamos aqui a levar com uma boa prática realizar encontros desses então é um prazer muito grande estamos aqui para aprender e estamos aqui também para partilhar aqueles nossos saberes porque o brasil e angola são países irmãos e principalmente do ponto de vista cultural temos muitas semelhanças e eu acredito que vai ser um momento enriquecedor muito obrigado
mais uma vez e estamos juntos nós que agradecemos evaristo eh uma alegria ouvi-lo né uma alegria imensa eh a gente então eh te convida a par a continuar eh neste momento conosco e agora também convidamos pedimos que o thiago retorne os os demais convidados né a maria e o professor paulo professora maria e o professor paulo porque agora a gente também quer escutar os dois os nossos dois convidados né eh que as que as suas falas né que as falas de vocês nos inspirem imensamente a reconhecer as potências no nosso território ou nossos territórios né
os saberes que neles habitam e como transformá-los em ferramentas de emancipação fernanda com você sim sim tiri vamos girar essa roda com abertura com escuta atenta e comprometida com os olhos apaixonados e comprometido com coração voltado para os caminhos que a cultura nos mostra a palavra está com vocês paulo e maria aparecida acho que agora vai o professor paulo depois a maria isso pode ser combinado vamos lá então pode sim com certeza combinado obrigado gente que alegria tá aqui né eu já senti aqui uma energia muito potente né e muito obrigada por me convidarem para
esse momento lindo assim eh antes eu quero fazer então uma audiodescrição eu sou um homem de 53 anos eh com traços indígenas né e pele branca eu venho de pontaporã que é um território indígena né lá no mato grosso do sul e essa palavra ponta porã ela significa ponta bonita né eh em guarani eh eu tenho cabelos compridos e grisalhos eu estou usando uma camiseta cinza e tô com fones de ouvido né ao fundo tem uma parede branca eh com a pintura um pouco desgastada sou educador popular mestre em ciências casado há 25 anos com
outra pessoa do mesmo sexo e pai de dois pets né uma cachorra e uma gatinha acho que a minha imagem ela carrega também as minhas escolhas né meus afetos e também né os caminhos de luta e de aprendizado e eu fico pensando que essa é uma oportunidade né de falar de cultura eh porque eu acho que vem várias questões na cabeça né então a primeira questão é: o que é que a gente faz quando está feliz né o que que a gente faz quando tá triste né que música que você ouve que música que você
eh eh gosta de ouvir sempre assim qual comida você procura como é que você se veste né como é que você fala então eh tudo isso sem exceção nenhuma tudo isso é cultura né e eu acho que é assim que a gente eh começa a entender então um pouco eh que cultura não é só o que está em museu que está em teatro né teatros chiques enfim em livros antigos né cultura é o que a gente vive é o que a gente sente e o que a gente cria todo dia né nós estamos hoje nessa
noite criando cultura né eh eh e mais importante ainda né é o que a gente compartilha então a gente tá aqui compartilhando cultura né eh eu me lembro de uma eu tô na na brasilia zona norte de são paulo né então eu me lembro que uma tarde aqui eh trabalhando com crianças e adolescentes um adolescente de 14 anos ele me mostrou um celular né no celular ele trouxe um bit que ele mesmo produziu no quarto né com fone de ouvido eh um notebook velho que a escola emprestou e tal ele disse né assim vou abrir
aspas isso aqui é o que me faz respirar fecha aspas então aquilo ali não era só um som né era uma resistência eh eh é identidade né eh é expressão aquilo ali é cultura né eh e não sou só eu dizendo isso e aí eu acho que essa noite eu quero trazer um pouco de maril helena chaui paulo freire né marilena é uma das maiores pensadoras brasileiras né e ela vai dizer que a cultura é tudo aquilo que o ser humano cria né para dar sentido ao mundo então pode ser uma ideia pode ser um
gesto pode ser uma dança eh uma comida né uma tradição cultura é a linguagem então atravessando o corpo e se fazendo o mundo eh xi nos ensina que a cultura não é algo só para alguns né né a cultura ela está nas ruas elas ela está nos salões de baile nos terreiros né nas festas de igreja nas batalhas de rima nas feiras né eh de artesanato tá na fala né do jeito que eu falo eh eu eu anuncio cultura né tá no corpo tá na memória né eh e a marilena vai dizer que a cultura
se apresenta de três formas né na cultura erudita que é aquela ensinada nas escolas né nas nas universidades a cultura popular que é aquela que nasce do povo né que ela é espontânea que é coletiva e a cultura de massa que é aquela que é distribuída para um grande público né muitas vezes pelos meios de comunicação mas nenhuma delas é mais ou menos importante do que a outra né o problema é quando dizem que só a cultura erudita tem valor é só aquilo que tá lá fora tem valor né então e aí falando um pouco
de território a gente quer perguntar qual é a cultura do território né qual é a cultura do território da brazilândia por exemplo qual é a cultura do território de ponta porã do lugar de onde eu venho né então quando a gente fala de cultura a gente precisa entender que ela não é um bloco único né ela pulsa ela se reinventa se esconde né ela explode nos lugares mais improváveis né e aqui na brasilia na zona norte de são paulo por exemplo isso se mostra com uma força impressionante a a brasilia ela é um território de
encruzilhadas de memórias e migrações né de fé de arte de lutas de festas né é uma região marcada por eh uma desigualdade histórica né eh mas também por uma criatividade uma resistência eh que se transformam em práticas culturais vivas né então a cultura que se faz como uma identidade comunitária por exemplo cultura aqui na brazilândia é laço né é o que une a vizinhança no mutirão de limpeza na viela num churrasco coletivo né numa roda de capoeira no campo de futebol de terra é o que dá forma ao nós né comunitário diante das ausências do
estado né eh também é são expressões artísticas a a quebrada pulsa arte né tem tem grafite nos muros com narrativas potentes né tem batalhas de rima na praça tem eh os adolescentes colocam para fora o que sentem nessa batalha de rimas né o que vivem o que sonham tem grupos de dança que misturam passinho breaking samba e dança afro tem artistas que cantam a periferia como quem recita poesia com dor com rima com orgulho a cultura aqui no território também tem tradições orais tem tradições religiosas né a oralidade ela é fundamento as histórias passadas de
geração em geração né eh os saberes das religiões de matriz africana os contos do tempo da roça ou do tempo da migração nordestina tudo isso forma uma base cultural invisível mas extremamente presente né o batuque do tambor do candomblé coa junto ao sino da igreja católica e ao louvor evangélico né numa convivência marcada por tensões né mas também por reinvenções a cultura aqui também ela é alimentar né é é no tempero que se revela a mistura de mundos o baião de dois com feijão preto a macarronada de domingo com farofa né o pastel na feira
com caldo de cana cada prato carrega eh memórias né memórias do sertão memórias do interior paulista memórias da ancestralidade negra né o fogão ele vai virar ponto de encontro e a comida vira uma narrativa né a cultura aqui também são festas e são rituais essa festa junina organizada pela comunidade com bandeirinhas feitas à mão a a quadrilha ensaiada na rua o desfile de 7 de setembro das escolas públicas né que ganha contornos de ato político né o saral no quintal da biblioteca comunitária as festas são momentos de afirmação do aqui também tem vida aqui também
tem beleza aqui também tem história né a cultura aqui também ela é digital né a cultura na periferia é digital a juventude da braasilândia também produz cultura digital canais de youtube que falam de moda preta autoestima vivência né que falam da da da população lgbtqn+ na quebrada né podcast que discutem eh políticas né com gíria e meme instagram lotado de poesia de resistência e aí o celular virou palco né virou microfone é o caderno ao mesmo tempo né aqui a cultura então é a cultura como resistência a maior força da cultura da brazilândia ela está
no fato de que ela não é passiva ela resiste é uma cultura que responde a exclusão com criação que transforma abandono em arte né que enfrenta o racismo com poesia que ocupa a rua porque a rua é sua a rua é minha é a pedagogia do cotidiano né que ensina o tempo todo mesmo sem pedir licença é e a cultura da brasilia ela existe em vários outros lugares né é a cultura também da quebrada de ponta porã é a cultura também da quebrada de campo grande é a cultura também da quebrada de minas de são
paulo de do rio então a quebrada eh ela apresenta essa cultura né o território tem essa cultura e como é que a gente transforma tudo isso né eu acho que a as questões que que nos ajudam a pensar sobre essa noite né como é que a gente sistematiza então né esse essa essa esse essa cultura né eh transformar a cultura então eh em saber sistematizado é dar corpo né é dar forma é dar método à aquilo que o povo já sabe é reconhecer é que o conhecimento ele não nasce apenas na universidade né mas também
no batuque do terreiro na conversa desculpa na calçada no corre da feira né no corre da feira de domingo no improviso da rima ou no tempero do almoço de vó e aí eh paulo freire vai dizer que a educação verdadeira é aquela que começa quando a gente parte da realidade concreta das pessoas né eh ele propunha que o saber ele se constrói em diálogo né um diálogo onde ninguém sabe tudo e ninguém ignora tudo né porque todos têm algo a ensinar e aprender e é aí que mora a sistematização da cultura né transformar o vivido
em conteúdo estruturado sem arrancar as suas raízes então reconhecer o saber local como legítimo esse é um primeiro passo né antes de sistematizar a gente precisa reconhecer que ali há conhecimento né isso vai exigir uma escuta atenta eh uma humildade intelectual e abertura afetiva né eh de afeto né preciso entender que a avó que planta as ervas medicinais sabe tanto quanto o pesquisador aqui eh de gênero educação e saúde né de botânica ou só que por outros caminhos a gente vai aprendendo isso né eh também dar forma e visibilidade a este saber eu acho que
esse conhecimento ele precisa ser registrado narrado organizado então isso pode acontecer por vários meios né eh registro então escrever livros fazer podcasts né gravar vídeos fazer exposições com saberes né do local né da do território eh metodologias populares criar formas de ensino que partam da cultura local né como oficinas e outras experiências enfim cartografias culturais né mapear coletivos artistas grupos e saberes do território currículos vivo né levar essas experiências para dentro da escola para dentro da universidade dos projetos sociais produzir eh material pedagógico né transformar esse saber local em livros didáticos apostilas cadernos de atividades
trocar entre pares né as rodas de conversa eh multirões vivências que permitem que os saberes circulem eh gerações eh a gente tá fazendo cultura que a gente tá trocando né entre pares aqui nessa noite sistematizar é não é engessar é sistematizar é valorizar é mostrar que saber que nasce eh e eh na quebrada também é ciência também é pedagogia também é epistemologia a ideia é se está vivo no território precisa ser documentado com cuidado né claro e com respeito cultura ela é como uma colxa de retalhos né cada pedaço tem uma história mas juntos a
gente forma uma narrativa coletiva cultura é como uma receita de família né vai passando de mão em mão adaptando os ingredientes mas guardando o tempero da origem né então eh mapeiee né o que você vê de expressão cultural no seu bairro mapee escreva fotografe grave organize né agrupe por temas então arte alimentação religião linguagens né busque quem está fazendo parecido crie uma rede então fazer essas conexões né dos grupos que tão nesse territ nesse território eh eh compartilhe né eh essas experiências por meio de encontros rodas de conversas redes sociais né a gente tá aí
a rede social é algo que tem eh influenciado diretamente a cultura eh de um povo né então por que não influenciar eh também utilizando esses espaços transformar né tudo isso que a gente vivencia em educação então levar paraa escola projeto social eh paraa roda de amigos pro círculo de cultura né eh articular sempre teoria e prática aqui entra né eu acho que eh uma potência a gente falou já dele nessa noite né eh não tem como não falar eh do pensamento freiriano né a sistematização não é só descrever ela é refletir é olhar paraa cultura
e perguntar o que que isso significa né que valores estão aqui nesse nessa experiência né que histórias de opressão ou de liberdade estão por trás dessa experiência né um por exemplo um grupo que faz rap aqui na na zona norte para denunciar o racismo né você pode gravar isso né a gente pode transcrever as letras analisar as mensagens relacionar com os conceitos como eh sei lá necropolítica eh identidade negra ou a educação antirracista né então se a gente faz isso virou conteúdo acadêmico né sem perder a essência né eh eu acho que a eh o
saber sistematizado ele também pode gerar formas novas de ensinar e aprender né então exemplo ensinar matemática a partir do orçamento de um evento cultural né vou fazer uma eh eh sei lá um saral então vamos como é que a gente né põe no papel o que vai ser gasto nesse saral ensinar a história a partir das vivências dos moradores mais velhos no bairro né usar as letras do funk por exemplo ou do rap local né como ponto de partida paraa leitura crítica da da realidade eh aqui a cultura então se transforma em ferramenta pedagógica né
eh em ferramenta viva crítica contex contextualizada eh a cultura é a nossa forma de existir então quando a gente reconhece isso a gente descobre que o que nos cerca não é falta né é abundância é potência é saber né e quando a gente transforma isso em conhecimento sistematizado a gente se liberta da ideia de que só o que vem de fora é importante né então a sistematização ela só se completa quando volta pra comunidade e circula então isso pode acontecer em escolas públicas com projetos interdisciplinares né em ongs em coletivos né como parte de formações
continuadas em universidades né em disciplinas em em trabalhos de conclusão de curso em espaços culturais por exemplo com oficinas com rodas de conversa né a a sistematização do saber ela também uma forma de devolver dignidade a territórios historicamente silenciados e construir um outro modo de fazer ciência mais efetiva mais enraizada mais popular né construir redes construir repertórios né sistematizar também é coletivizar criar redes entre pesquisadores populares educadores artistas e instituições formais eh construir repertórios digitais né bibliotecas vivas centros de memória é um por exemplo um coletivo cultural pode criar um arquivo digital com biografias de
artistas artistas locais fotos de manifestações culturais mapas dos pontos culturais do bairro tudo com acesso livre para uso em escolas para uso em projetos eh em universidades né sistematizar então o saber da quebrada é como tirar uma fotografia com um zoom aquilo que sempre esteve ali mas parecia pequeno agora aparece em detalhe né brilha ganha nome ganha corpo e vira ferramenta de luta ferramenta de ensino de transformação e é isso que paulo freire chamou de leitura do mundo né a gente não estuda o território como quem olha de cima mas como quem caminha com ele
e xí a marilena shaí vai dizer que a cultura é aquilo que nos faz humanos né então se o que nos faz humanos está aqui na nossa fala no nosso corpo na nossa quebrada bora transformar isso em conhecimento né que liberta a ideia é que a gente volte pro lugar de onde a gente veio né e que a gente olhe diferente pro grafite pro som alto pro jeito de falar de dançar de cozinhar porque ali tem saber ali tem cultura né e cada um de nós a gente eu eu fiquei assustado com o número de
pessoas que estão participando desse desse momento aqui né eh eh são agentes nós somos agentes que vamos organizar tudo isso né então a gente vai valorizar vai transformar tudo isso em educação em resistência porque no fim das contas cultura é isso é a gente viva criando sentido mesmo tudo mesmo quando tudo diz que não é possível eu queria agradecer muito essa troca eu tô aqui eh não sei como é que tá meu tempo mas enfim eu né já tá terminando pessoalanda eh pessoal que tá aqui encontrei tanta gente bonita tô vendo tanta gente aqui que
eu já conheço eh eu acho que eu queria aguardar e ouvir um pouquinho também a maria e a gente trocar mais um pouco muito obrigada isso exato professor nós te agradecemos nossa que que delícia professor que delícia ali ouvi de novo mas uma maravilha o e o professor paulo foi meu professor numa pós-graduação em paulo freire pedagogia libertadora quando teve o a o tema temática de cultura eu falei: "vamos convidar o professor paulo?" e aí fui atrás nossa que bção que maravilha lhe ouvir professor nossa uma uma alegria neste momento então a gente passa a
palavra pra maria então né a maria e ela é eh a nossa companheira de senaeja também trabalha com formação a fernanda já leu o currículo dela maria nós temos eh são 19:55 tá então você tem em torno de uns 15 minutos também para para fazer esse diálogo né porque a gente quer fazer o feedback depois da nossa nuvem de palavras né que as pessoas estão dizendo o que que é cultura para elas né e fazer esse diálogo com vocês tá bom pode ser sim pode sim querida bom gente boa noite eu sou uma mulher 39
anos eh sou branca uso ovos estou usando batom estou usando brinco meus cabelos estão coloridos um pouco dourados e é uma atrás de mim tem uma parede branca né e estou sentada na na mesa estou à mesa de jantar aqui e ao meu lado tem uma cadeira bom é uma satisfação enorme viu paulo dividir esse momento com você eu estou aqui viu terê me perguntando o que é que eu posso dizer a mais diante do que o professor já mencionou com tanta vivacidade e sobretudo simplicidade que a cultura é isso é o que está na
nossa realidade então o professor nos traz aí as conceituações da cultura e aí professor eu vou trazer outros elementos para que a gente possa estar conversando sobre né e aí inicialmente eu quero aqui registrar a teresa fernanda que está aqui conosco né a juliene também a minha satisfação o meu comportamento meu prazer e alegria em estar né com vocês neste dia para dialogar sobre algo que é tão nosso como o professor falou né que nos é tão próprio nossa cultura isso mesmo embora a cultura seja plural em sua diversidade como tão bem mencionou o professor
paulo ela nos é singular em nossa peculiaridade por sermos e por estarmos no mundo e com o mundo somos igualmente produtos e produtores de nossa cultura daí minha gente eu pergunto para vocês né que cultura está produzindo agora é bom saber por isso te peço que registra aí no chat de onde és qual é a sua cultura como você pode sistematizar o conhecimento por meio de sua cultura será que seria cantando dançando aboiando poetizando xachando prevando lendo escrevendo sonhando enfim como é sobre isso que iremos dialogar neste curto intervalo de tempo que temos portanto mantenha-se
aí comigo e permaneça interagindo pelo chat e depois a gente irá retomar a partir de sua participação agora adentrando ao nosso tema invoca o que é cultura qual é a cultura de seu território como transformar a cultura do território em conhecimento sistematizado iremos refletir a partir dos enunciados: cultura território e conhecimento sistematizado deste modo nós bem sabemos que a nossa cultura é plural multifacetada polissêmica e multicultural e sendo assim não iremos tratar das especificidades conceituais da palavra futura mas sim da própria cultura que nos conduz a sermos e a estarmos no mundo e com o
mundo em movimento portanto entendemos cultura como um conjunto de hábitos costumes crenças de um povo o qual é produto e produtor da cultura por isso comungamos do que br afirma cultura seria a soma de crenças conhecimentos linguagens costumes usos sistema de parentesco em suma de tudo que um povo diz faz teme e adora ele endossa a emenda conceitualmente que cultura pode ser a experimentação e reflexão pensamento e sonho paixão e poesia além de uma revisão crítica constante e profunda de todas as nossas certezas teorias e crenças mas ela não pode afastar-se da vida real a
vida vivida que nunca é a dos lugares comuns sem risco de desintegrar portanto é sobre isso que iremos falar da vida real e vivida que faz cultura constantemente por meio de suas práticas sociais e aí eu te pergunto quem é você onde moras o que fazes do que tu gostas como é a tua vida cotidianamente nos conte fale de você fale de sua cultura pois a essência da cultura é o trabalho a arte e a educação e qual deles você faz bem feito ou faz de melhor porque se você quiser saber de mim digo que
trabalho né fernanda gosto de trabalhar a arte não sou muito boa mesmo assim canto danço faço cordel cozinho lavo passo enfim arrumo eu não sei muito bem desenhar né mas me atrevo mesmo assim a desenhar que os meus alunos adoram os meus os meus garrinchos né os meus desenhos e na educação estou sempre atendendo quando me permito a estar assim neste movimento de troca de partilha e de interação por isso é tão bom estar aqui com vocês mas confesso que o meu forte é o trabalho talvez o meu pai né seja culpado disso porque aprendi
a trabalhar comigo gosto de viver ocupada um dia irei mudar este tempo se encarregará de me fazer ir mais devagar bom dito isto adentro as particularidades culturais de cada território isso mesmo gostaria de refletir com vocês a partir de cada região do nosso imenso e maravilhoso brasil o pacto pela superação do analfabetismo e qualificação na educação de jovens e adultos fomentado pelo ministério da educação o qual visa a leitura do mundo e a escrita da própria história logo a mudança social se dá por meio da mudança cultural existente em cada território e aqui estamos com
todos vocês comungando deste mesmo ideário a superação do analfabetismo no brasil mas para tratarmos a nível de brasil vamos dialogar sobre as culturas de cada território brasileiro ou seja de cada região mas antes iremos refletir sobre o enunciado como fora anunciado antes território pois o território é um espaço eminentemente eduformativo tendo em vista que todo e qualquer território seja ele virtual ou não educativo portanto formativo essa é uma condição sinquanonando dos territórios pois estamos aprendendo a todo momento em qualquer lugar e a qualquer hora compreendemos desta forma que a educação é um processo de construção
humana que vai além da ideia de ensino instrução para contextualizar este conceito sobre território formativo exemplifico com este círculo de cultura virtual que já está em sua quarta edição o qual vem fomentando a formação serviço dos professores da eja ofertado pelo mec juntamente com o instituto federal farrotilha ifa e aqui estamos nos formando desta feita território é definido por santos como uma identidade o fato da o fato e o sentimento de pertencer à aquilo que nos pertence o território é a base do trabalho da resistência das trocas materiais e espirituais e da vida sobre os
quais ele foi logo poderíamos fundir território e cultura conceitualmente nesta perspectiva de promover o pertencer àilo que nos pertence em outras palavras tanto o território quanto a cultura nos atravessam nas experiências que nos constituem isso porque o nexo entre território e cultura é as pessoas ou seja a nossa consciência é espacialmente localizada e culturalmente constituída por isso o território é assim construído pelas pessoas e ao mesmo tempo também educa o território além de ser educativo é também formativo ele nos forma e também nos deforma território com seus diversos equipamentos sociais orienta por onde ir e
vir define o que pode e o que não pode ser feito entretanto ao constatar essas limitações homens e mulheres podem criar outros dispositivos equipamentos por ressignificar as relações que estão sendo estabelecidas ali segundo santos as práticas sociais estão situadas num lugar numa comunidade num território que permeia as culturas de homens e mulheres serem e estarem no mundo o que diante de determinadas práticas e pensas limitantes precisamos desconstruir por exemplo a condição da mulher de existir no mundo por que que tem que parar de estudar que se casou por que que tem que parar de estudar
porque engravidou quais são os grilhões que as mulheres precisam quebrar cotidianamente para se afirmarem que merecem ser respeitadas e ouvidas por que que a mulher na sociedade deve estar sempre na sombra dos homens pelo menos para ser respeitada o que nos falta para sermos livres e donas de nós e de nossas vontades já sabemos que o público majoritário da educação de jovens e adultos são as mulheres e por que será o que está por trás do direito à educação violado historicamente para as mulheres por isso precisamos entender bem o território que constitui a nossa cultura
para que possamos superar não somente o analfabetismo mas a desigualdade de gênero nos encaminhando para finalizar a compreensão em torno do território assinalamos que pode ser compreendido como um universo transformador tanto digital quanto além de um espaço físico constituindo-se assim como um lugar onde ocorre a colivalência do saber é form é formado por uma pluralidade de sujeitos com variadas formações experiências que se unem em torno de um objetivo superar a fragmentação de das ideias a imediatez dos conceitos e as limitações sobre a percepção do mundo concreto e do ser humano em sua história é pelo
território eduativo que o processo ininterrupto das diversas formas de conhecimento ocorre por meio de uma via dialógica e construtiva visando romper com uma prática alienada e redutiva que se sustenta pelo superficial das coisas traçando novos caminhos repletos de criticidade e ação transformadora quanta boniteza nesta compreensão sobretudo porque iremos tratar logo mais da sistematização do conhecimento ou seja a polivalência do saber é oriunda da pluralidade dos sujeitos que são atravessados pelas experiências culturais isto é quem de vocês já participou de um círculo de cultura virtual e presencial qual é a diferença existe diferença o que você
sente estando aqui sendo responsável por atuar neste pacto que visa a superação do analfabetismo no território brasileiro qual é o nosso inédito diário e aí eu gostaria gente que vocês fossem me respondendo no chat tá para depois a gente ir conversando sobre tá bom bom posto isso vamos agora né adentrar de forma bem panorâmica e refletir sobre a cultura de cada região do brasil e claro que começo pela minha né não somente porque sou bela mas porque a população no nordeste fez um grande feito um ato de heroísmo muito significativo nas eleições para presidente elegendo
o presidente luís inácio lula da silva e por isso hoje estamos aqui trabalhando a favor da superação do analfabetismo de quase para quase 12 milhões de pessoas analfabetas com 15 anos ou mais conforme os dados do ibge em 2022 pois bem como nós sabemos a cultura da região do nordeste é muito rica de tudo temos um pouco e podemos aproveitar para sistematizar o conhecimento sobretudo nas turmas da educação de jovens e adultos pois conforme a a anunciou o nosso querido e saudoso brandão sobre a produção da cultura popular e ele diz o seguinte: "o que
caracteriza o homem é ser ele o produtor da cultura que o reproduz como ele abarca tudo o que o homem e o trabalho humano realiza ao transformar a natureza e atribuir significados ao que fazem e ao próprio ato de criar de fazer o processo social de criação de cultura é o que atribui ao homem e à mulher a possibilidade de afirmar-se com um ser de consciência assim há uma relação simbiótica entre o ser humano e a cultura uma relação mutualística pois é o ato de criar e fazer que legitimam o ser humano enquanto ser de
consciente ou seja é a cultura que nos diferencia dos outros animais nesta tomada de consciência a qual ocorre através da comunicação a cultura vai produzindo suas manifestações entre os seres conscientes a relação fundamental da cultura é dada na e pela comunicação primeiro entre o homem e a natureza no mundo logo entre os homens no mundo humano a sociedade sendo produto do trabalho humano a cultura é o campo das mediações entre os homens por isso que em nossa região nordeste composta por nove estados pernambuco paraíba alagoas bahia sergipe maranhão rio grande do norte ceará e piauí
são hornadas com particularidades culturais como festas populares danças músicas literatura culinária e artesanat nove estados que constituem a região do nordeste as especificidades culturais que representam a singularidade de cada povo pois as manifestações culturais não são iguais bem como as suas práticas também não logo seria interessante você nos dizer qual é a festa popular que faz a sua cidade mais se movimentar qual é o prato que marca a culinária do seu estado quais são as músicas do momento enfim quais são as expressões culturais que demarcam o seu território sabendo de tudo isso pergunto como aproveitar
tudo isso que a gente faz e vive porque cultura é isso para sistematizar os conhecimentos em sala de aula das turmas de educação de jovens e adultos como estabelecer o diálogo entre a turma para que você professora você professor possa ficar sabendo do horizonte simbólico de seus alunos e alfabetizar com a caneta e o caderno da vida quais são as riquezas culturais que podemos estar trazendo para dentro da sala de aula e assim envolver e engajar os jovens e adultos no processo da produção da cultura da escrita através daqueles três elementos quais são trabalho arte
e educação as festas juninas o forró o frevo maracatu e o bumba meu boi a literatura de cordel a capoeira a culinária nordestina o artesanato é conhecido por seus produtos de couro cerâmica madeira argila e rendas o catolicismo popular o candlumblé e a umbanda a literatura nordestina tem nomes importantes como ariano soascuna graciliano ramos jorge amado e raquel de queiroz a música nordestina inclui artistas como caetano velouso gilberto gil zé ramalho ao seu valência e elba ramalho o que fazer com tudo isso sobretudo porque a cultura nordestina é o resultado da mixigenação entre povos indígenas
africanos e colonizadores europeus em sendo assim a cultura é um mosaico de tradições espas práticas religiosas que refletem a história e a identidade da religião muito rica e diversificada portanto os professores podem trabalhar com a diversidade cultural em sala de aula usando a literatura de cordel com chave para a escrita criativa a música e a poesia para que os estudantes possam se apropriar da palavra escrita ao mesmo tempo que fazer juiz as datas comemorativas para se viver a cultura como as festas juninas que mobilizam os jovens e adultos para dançar cantar cozinhar através das comidas
típicas de milho visitar as feiras fazer oficina de artesanato ou seja a autenticidade da cultura é a essência da vida portanto vamos agora para a região norte os estados são oi oi oi querida maria tu tem dois minutinhos tá pra gente poder oi tá me ouvindo dois minutinhos para encerrar pra gente poder fazer o nosso terceiro momento tá bom ok querida então indo para os finalmentes gostaria de dizer né que a sistematização do conhecimento ela se dá vivenciando a essência da cultura que nos atravessa e sobretudo do território né então eh infelizmente dada a questão
do tempo não foi possível concluir mas cada região do brasil tem a sua cultura né cada território tem a sua cultura que tem o seu conhecimento e que a essência dele é o ser humano e que os seres humanos em relação com os outros nessa partilha pode perfeitamente através do diálogo está sempre refazendo a cultura gratidão terei que lindo maria a gente poderia tá ficar aqui a noite toda ouvindo paulo você né eh mas infelizmente a gente tem o limitador do nosso horário né que os professores também têm eh outras atividades e a gente quase
não tá conseguindo acompanhar o chat de tanta coisa linda estão postando no chat e eu quero só fazer uma eh o pegar uma fala de uma um alguém que colocou aqui deixa eu ver quem foi ã eu acho que gildo o gildo diz assim: "os professores eu adorei os professores paulo e maria passearam e brincaram no tema" olha olha que lindo gente que lindo na verdade tá todo mundo aqui eh dizendo da beleza da fala tanto do paulo quanto da maria né que maravilha e agora nesse momento então pra gente fazer a nosso eh o
nossa finalizar e encaminhar também a nossa sistematização desse momento eu convido então o paulo e a maria paraa gente fazer ir fazendo o diálogo e vou pedir para o thaago colocar pra gente aí na tela a isso olha só gente vejam bem a nossa a nossa nuvem de palavras tá eh 3.580 pessoas responderam certo e a gente tem aqui um levantamento de quantas as eh as as palavras que tiveram maior né mais vezes se repetiram olha só maria e paulo e os demais conhecimento apareceu 318 vezes identidade 183 vezes valores 174 fantasias 155 e tradição
153 entre outras né outras respostas também que foram predominantes foi a questão da história vida crenças diversidades saberes arte vivência respeito sabedoria pertença amor aprendizagem povo ancestralidade aprendizado expressão educação valorização experiência herança liberdade memória práticas empatia resistência origem sociedade e assim por diante então eu deixo esses minutinhos para o professor paulo e a maria fazerem as considerações em relação a à nuvem e também as falas e as contribuições da das pessoas pelo chat são 20:21 a gente tem 10 minutinhos para dar conta de desse momento tá bom vamos lá paulo e maria com vocês professor
paulo ficaado oi olá então fica bom nossa que coisa mais linda né 3.580 pessoas né falando com a gente ou sendo eh trocando né com a gente então acho que isso é pra gente entender que a cultura ela não é um luxo não é um enfeite né a cultura é o que a gente faz para existir a gente tá existindo aqui neste lugar e com dignidade né é o jeito que a gente encontra de transformar dor em arte né ausência em encontro silêncio e voz a gente falou muito sobre território então eh a cultura ela
não tá eh apenas nos eventos organizados mas no cotidiano criativo da quebrada né eh eu acho que a a xui vai nos lembrar que cultura é tudo que o ser humano cria para dar sentido ao mundo e paulo freire nos ensina que todo saber começa no chão da vida real então quando a gente junta os dois a gente entende que a cultura do território não é só expressão né é conhecimento legítimo é pedagogia viva né nosso papel então é ouvir registrar compartilhar né sistematizar eu acho que cultura é o tecido invisível que costura nossas vidas
feita de conhecimento olha aí a primeira palavra aparecendo né que atravessa gerações não apenas nos livros mas nas mãos que cozinham que dançam que curam né e que constróem é também identidade olha a segunda palavra aparecendo porque é na cultura que nós reconhecemos como nos reconhecemos como parte de um grupo de um lugar de uma história né com um jeito próprio de falar de vestir de sonhar então a cultura carrega os valores a gente falou de valores e crenças né apareceu muito a palavra valores né que orientam nossas escolhas e convivências né o que é
que a gente considera justo o que que a gente considera sagrado o que que a gente considera bonito e necessário né ela é atravessada alguém falou pelas fantasias é atravessada pelas fantasias né que a gente cria para entender o o para entender o mundo né nos mitos nos contos nas festas nas artes e ela se afirma ou se firma na tradição né que não é só repetição mas é memória viva aquilo que o tempo não apaga porque continua sendo reinventado no presente cultura portanto é aquilo que nos torna humanos né um jeito coletivo de existir
um jeito de imaginar e dar sentido à vida eu acho que a gente poderia ficar falando muito mais mas eu queria ficar por aqui porque eu quero ouvir mais a maria obrigada professor paulo e então professor o que eu vin a dizer só vou estar sendo repetitiva né porque a essência da cultura é a nossa própria vida né e aí eu gostaria gente de registrar nesses nesses últimos minutos que nos restam que a gente possa escolher a vida né escolher a vida para viver costurar a a nossa vida ornar a nossa existência o nosso cotidiano
com cores com sabores com odores com lembranças boas né onde nós possamos combater a desigualdade social com entusiasmo com alegria com paixão e sobretudo com esperança sim com esperança porque a partir do momento que a gente sonha um mundo melhor nós estamos propensos a lutar por ele e para isso a gente precisa dar vazão a cultura que é o nosso existir no nosso cotidiano e que é importante que a gente possa desconstruir a dimensão da visão eurocêntrica né dominadora que infelizmente eh supervaloriza uma cultura em detrimento de outras né então assim para finalizar digo a
você nós importamos o que nós fazemos importa e o que nós fazemos é a nossa essência é a nossa cultura e que possamos partilhar tudo que a gente é através dos escritos através da nossa arte e através com aquilo que de melhor a gente saiba fazer certo para que nós possamos ter um mundo melhor para se viver gratidão nossa maria e paula eu ficaria aqui um tempão né mas a gente sabe que a gente tem esse limite de tempo mas assim só para dizer pro pessoal que fica gravado quem quer assistir novamente né e a
gente também vai colocar no eventre e eh o material a maria ela produziu um texto da sua fala a gente vai deixar então esse texto à disposição de vocês né maria onde ela não conseguiu fazer toda a fala dela na verdade em função do tempo mas no texto tá posto né maria a questão de todas as regiões então eh vai tá colocado lá também a gente vai colocar um slide e caso o professor paulo tiver tempo e quiser fazer também a gente agradece e coloca lá porque a gente tava olhando aqui no chat professor que
o senhor deu muitas ideias maravilhosas o pessoal gostou muito de das sugestões e ideias então talvez eh fique legal estamos aí ao vivo fazendo um desafio pro senhor professor tá se puder fazer essa gentileza os 6000 7.000 pessoas que estão assistindo nesse momento lhe agradecem muito tá bom tá bom pode deixar para fazer isso tá legal então tá bom gente então né a gente já tá com 20:27 o nosso horário até às às 20:30 então quanta quanta mas quanta força né fernanda eh na fala de cada um eh do professor paulo na fala da maria
né eh nossa gratidão profunda ah agora então a gente agradece imensamente vocês agradece cada um e cada uma que participou deste momento com a gente e a gente reforça né que a cultura do território ela é viva plural e feita de vozes de gestos de saberes e histórias que você os dois né os dois noss os nossos dois convidados falaram isso o tempo todo e cabe a nós a cada um de nós educadores e educadoras escutar mas uma escuta densa como fala falava paulo freire né reconhecer e transformar essa cultura em um conhecimento significativo que
liberta e que fortalece vê obrigada ter nossa a gente se emociona com o chat com as falas aqui né amorosa comprometida ter eh mesmo sabendo que nós estamos no horário do limite tem uma pergunta potente aqui que eu acho que tem tudo a ver com a educação popular integral e integradora a justelete pergunta: "alguém por favor pode me explicar o porquê na hora da apresentação eles descrevem tudo detalhe por detalhe eu achei muito legal e vale a pena a gente responder né verdade então muito boa a sua pergunta agradecemos né ela nos ajuda a refletir
sobre o sentido mesmo formativo das nossas práticas da educação integral e integradora durante as as apresentações nós descrevemos os detalhes como cores imagens gestos né elementos do nosso ambiente por diversos motivos que são políticos e são pedagógicos primeiro né quero dizer que isso também contempla a metodologia que valoriza a escuta a construção coletiva do conhecimento além disso essa descrição detalhada é também um ato de inclusão especialmente para pessoas cegas ou com deficiência visual que não conseguem acessar as imagens né da mesma forma que a maioria das pessoas conseguem então é por meio da auto eh
da audiodescrição espontânea nossa né que ess as pessoas que têm deficiência visual podem ter acesso ao que está sendo apresentado então ao descrever esse detalhe né estamos garantindo o direito à participação plena dessas pessoas na nossa no nosso círculo virtual né círculo de cultura virtual isso é também educação popular é também educação em direitos humanos né portanto isso é uma educação inclusiva transformadora tere eh enfim né teríamos muitas coisas para falar esse chat tem centenas centenas de mensagens né nossa desde expressões culturais como colocada ali coco de roda tambor de criola reis reisado siriri festas
juninas a folia do divino carnaval das águas entre tantos outros tu já disseste né eh das mensagens lindíssimas quanto a ej ed educação popular especialmente a partir das falas de paulo e maria né o entusiasmo tem várias mensagens a carolina fala que esse encontro é potente pro enfrentamento a todo tipo de preconceito é endossado por newton carlos tão conhecido por nós aqui dos encontros que sempre participa muito né enfim né muito obrigada a todas e todos pela presença pela escuta pela participação pela partilha e seguimos em roda seguimos em marcha seguimos esperançando com e naja
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