o Olá pessoal meu nome é Rafael Silva eu sou doutoranda no programa de pós-graduação em letras da Universidade Federal de Minas Gerais e do continuidade aqui aos cursos do apoio pedagógico em 1º semestre 2007 e um eu vou oferecer além dos cursos de introdução aos estudos literários É voltado para as teorias da literatura um de mitologia clássica e um outro de literatura clássica do Período Clássico são da literatura grega esse curso de literatura comparada na verdade esse curso é uma espécie de Continuação daquele sobre a introdução aos estudos literários resolver algumas questões básicas sobre literatura
é A Ascensão do conceito de literatura na modernidade na passagem do século 18 para 19 a ideia de Formação dentro desse conceito dentro desse contexto e questões afins a ao Advento se comparado enquanto uma disciplina que tem raízes nacionais têm raízes historicistas e que se desenvolve pouco a pouco a partir do desenvolvimento de novos paradigmas dentro do campo da teoria da literatura principalmente do formalismo a gente pode pensar também do Marxismo quiserem da teoria crítica da dos aportes depósito realismo e de que forma essas transformações no campo disciplinar da teoria da literatura reverberam no campo
da literatura comparada tendo portanto uma série de impactos na forma como a comparação entre diferentes obras literárias entre diferentes autores entre diferentes eventualmente períodos literários é possível fazer dentro do campo ou seja a uma série de transformações que acontecem e aquilo que é considerado o que muda a perspectiva de uma determinada abordagem de literatura comparada não é mais de outra perspectiva ou não é mais privilegiado como sendo o elemento principal de outra perspectiva e a proposta deste curso é oferecer um Panorama das possibilidades de comparatismo literário nessa primeira exposição de hoje eu vou para o
uma espécie de abordagem panorâmica sobre a ideia de Formação dentro do campo da teu e literário no que isso diz respeito aos a gente pode pensar desdobramentos do campo da literatura comparada e na próxima exposição a gente já se volta para uma abordagem especificamente dedicada à disciplina de literatura comparada a partir do chamado comparatismo francês ou da chamada escola francesa conter a Sérvia por exemplo mas de outros é o wanting Aguiar são nomes importantes lavo comparatistas franceses na sequência a gente aborda os textos do género e por assim dizer inaugura uma forma de literatura comparada
lá nos Estados Unidos mas que muito rapidamente se difundiu por todo o mundo e que têm impactos importantes para forma como comparativo é feito no que diz respeito aos seus objetivos a seus métodos Inclusive a seus princípios bom e na sequência a gente passa a ler uma série de outros trabalhos que ajudam a repensar a área forma cada vez mais radical pensando comparatismo para além das fronteiras nacionais para além das fronteiras temporais buscando justamente métodos para pensar a literatura a luz do seu contexto histórico ou a luz de questões tipológicas estruturais ou a luz de
questões biográficas e por aí vai são muitas as possibilidades abertas ao comparatismo hoje dentro da compreensão do que é o sistema literário dentro do jogo se instaura no âmbito deste sistema literário e esse curso vai se propor o digamos como Panorama e essa disciplina abordando textos considerados fundamentais autores considerados fundamentais e obviamente essas escolhas paz tem de opções minhas pautadas e manuais mais ou menos conhecidos mais ou menos empregados Eu tenho um diálogo muito direto com os trabalhos do professor na via oral uso ele tem um livro que é parte da sua tese de 2019
chamado o evento comparatista em que ele vai por assim dizer remontar o debate em torno da literatura comparada a partir dos trabalhos por exemplo da Estiva Dedé disciplina é a morte de uma disciplina a forma como ela ali e coerções do ver o próprio velho respondendo ao comparatismo francês Enfim vocês vão ver Olá boa parte das minhas exposições aqui Bom e cua a abordagem proposta pelo professor natural uso em diferentes trabalhos seus e vamos principalmente no evento comparatismo e a primeira parte da sua tese é mas eu me apoio ainda por exemplo nos manuais até
né Carvalhal que eu estudei mais de dez anos atrás ou outros manuais escapa agora não é o título do manual da Sônia eventualmente eu vou dar uma olhada e enfim e compra vocês esses materiais infelizmente não todos estão disponíveis em PDF e é por isso que eu não vou adotá-lo tá os materiais que eu adoro são aqueles que são de mais fácil acesso para que Justamente a leitura seja possível para todo mundo essa leitura não é obrigatória para que o curso possa ser seguido eu vou Ah tá aqui um expediente disposição tão Claro quanto possível
então na medida do possível é bom que todos Leiam sempre o material disponibilizado massa caso isso não seja possível acredito que a exposição basta para introduzir alguns e sistemas e o esquema é de funcionamento desse curso é basicamente o mesmo dos Meus outros cursos são vídeos disponibilizados aqui no YouTube e o organismo essa lista dentro de um cronograma básico normalmente com 10 ou 12 vídeos e a forma de auferir a participação no curso é por meio de um comentário tendo mínimo 8 10 linhas demonstrando ter assistido ao vídeo ter refletido sobre as questões propostas ele
é não precisa ser nada muito rebuscado nem nada muito original mas demonstrando interesse engajado minimamente com a exposição a fim de que a presença por assim dizer nesse curso possa ser auferida e Quem participar de pelo menos 75 por cento dos vídeos ou seja de no mínimo 8 dos 10 vídeos se forem 12 no mínimo nove dos 12 vídeos é pode requisitar Um certificado de participação e o preenchimento de um formulário ao fim do semestre ou seja depois de ser participadas pelo menos 75 por cento da carga horária do curso é necessário preencher um formulário
requisitando e certificado de participação sendo que os mestres da UFMG primeiro semestre de 2000 e 21 começa agora não é em junho excede mais ou menos até outubro então vocês têm aí cerca de quatro meses a partir de hoje para acompanhar o curso para os comentários e chegar o final para pedir o certificado tudo bem quaisquer dúvidas vocês podem entrar em contato comigo pelo e-mail GT Silva aponta o Rafa@gmail.com é mais informações sobre os cursos o apoio pedagógico basta procurar um site busca pelas palavras-chave apoio pedagógico Faculdade de Letras UFMG lá vocês vão encontrar informações
sobre o projeto vão encontrar os cronogramas de todos os cursos que nós temos oferecido assim como alguns dos materiais disponibilizados os materiais que eu disponibilizo se encontra numa pasta do Google Drive eu coloco o endereço para acesso esses materiais Uma Mente na descrição dos vídeos e no meu cronograma vocês encontram lá no site do apoio pedagógico e creio que essas são as informações básicas necessárias para quem queira começar o curso como eu disse essa é a nossa primeira exposição vai ser dedicada a pensar sobre a Literatura enquanto uma instituição moderna no que diz respeito especificamente
ao seu trato com a formação a ideia de Formação eu explorei e essa noção numa palestra que eu ministrei há poucos dias não é uma comunicação na mesa redonda e eu vou aproveitar essa oportunidade de hoje para aprofundar algumas das questões que eu não pude tratar lá eu até Vou colocar aqui em cima o link para essa palestra quem tem interesse é eu fiz uma comunicação ou Professor Otávio Moraes e o professor Thales também fizeram suas comunicações e depois nós tivemos uma mesa redonda na um debate que participou também a professora Heloísa Penna junto com
o público estava presente e não discutimos muitas questões importantes sobre a noção de formação no currículo de letras sobretudo das disciplinas literatura da Faculdade de Letras da UFMG essas discussões eu acredito que elas sejam do interesse de cursos e letras de outras universidades Brasil afora que está mundo afora Porque de fato são questões prementes nos dias de hoje o e infelizmente uma certa vulgata gostaria de se livrar da ideia de formação como se fosse simplesmente um forte do passado que eu vou tratar disso aqui hoje e a meu ver Há muitas vezes nesse movimento a
gente perde oportunidade ou oportunidades de trabalhar com ações importantes na sala de aula e trabalhar questões importantes com estudantes e com o público de modo geral e poderiam nos ajudar a posicionar os estudos literários de forma mais engajada com presente forma inclusive mais participativa No que diz respeito aos anseios da sociedade no presente o preto isso eu começo aqui a minha exposição e vocês vejam que eu vou me orientar pelo nós somos teoria da literatura Como eu disse quem tiver interesse em se introduzir as questões mais básicas da teoria da literatura Como por exemplo o
que é literatura para que serve literatura quais são os gêneros literários e por aí vai inclusive com documentos da história da teoria da literatura poética de Aristóteles e sua teoria da narrativa eu aconselho e siga primeiro o curso sobre introdução aos estudos literários no colocar o link aqui em cima para o primeiro vídeo nesse curso e lá pessoas conseguem ter as informações básicas sobre como participar dele é todo o cronograma e tudo porque aqui embora o familiar por essa noção Vitória da literatura é eu já por assim dizer parto do pressuposto de que determinado com
e são mais ou menos conhecidos do público e vou tentar dirigir a discussão no sentido de introduzir alguns desses tópicos No que diz respeito à literatura comparada propriamente dito e a teoria da literatura É uma disciplina dentro do curso universitário vi letra bastante recente ainda que tenha raízes antes a bem da verdade o esforço de teorizar sobre a criação poética é tão antigo quanto os mais antigos poemas que a humanidade já produziu a gente poderia citar aqui por exemplo a teogonia ou trabalhos e dias de hesíodo a elida e observe Homero dentro das Produções poéticas
dos povos helénicos a gente poderia pensar ainda por exemplo na torar dos hebreus ou nos verbos nos induz a gente poderia pensar na epopeia de gilgamesh tal como legado dentro de uma matriz mitológica comum dos povos sumérios assírios babilônicos não é entre muitas outras possibilidades em todas essas obras é possível encontrar momentos de reflexão meta poética em que de alguma e o Poeta o narrador ali presente os reflexos sobre Qual a relação entre a linguagem humana e a realidade a linguagem humana EA condição humana EA divindade entre o ser humano eo animal e por aí
vai questões importantes sobre o que a palavra poética é capaz de produzir e essas reflexões de ordem meta poética podem ser concebidas como sendo da ordem de uma poética implica Oi para o que nos interessa mais diretamente esses esforços de reflexão eventualmente encontram manifestação no pé da ordem de uma poética explícita ou seja obras em que a poesia é tematizado enquanto um objeto enquanto objeto deste a gente poderia dizer enquanto o Cruzeiro e um gênero discursivo distinto daquele que a análise isso a gente encontra em trechos importantes da República de Platão e sobretudo da poética
de Aristóteles em diálogo com essa tradição ainda uma série de reflexões do período helenístico do período imperial Romano como por exemplo a chamada arte poética de Horácio ou o tratado sobre o Sublime atribuído ao longe no ou Axel de longino em todas essas obras são importantes se encontram lá na antiguidade séculos antes de Cristo alguns do período de Cristo né do início da era comum e é curioso então que eu diga que a disciplina de teoria da literatura é muito recente já que suas raízes são tão antigas Mas porque é que eu digo isso meu
lugar porque o esforço teórico dedicada a compreensão EA descrição da literatura como fenômeno da expressão humana parece não ser anterior ao início do século 20 a partir das propostas de autores como romania coulson Viktor shklovsky e Boris handebol ou seja os formalistas russos e pretendem encontrar pela primeira vez a noção de literariedade Ou seja a definição do que torna literário um texto literário essa é uma abordagem importante que se pretende científica e em segundo lugar porque o próprio curso universitário de letras é bastante recente tornando possível a partir do surgimento das concepções modernas de Literatura
e linguística do século 19 É nesse momento que por assim dizer a gente começa a refletir sobre Literatura e linguagem numa chave moderno Logo mais eu vou explicar o que eu quero dizer com isso no terceiro e último lugar porque a própria fundação da Universidade como instituição moderna não é tão antiga assim Apesar de sua origem medieval a universidade que ali à pesquisa ao ensino é fruto do século 18 e principalmente do 19 com a fundação da Universidade de Berlim em 1810 todos os fatos nomes e datas que Eu mencionei até aqui são importantes para
uma boa compreensão da problemática que eu gostaria de apresentar nessa cineral é sobre a disciplina de teoria da literatura e de que forma essa disciplina tem desdobramentos sobre a disciplina correlata de literatura comparada e eu espero que esses prolegômenos então possam ajudar a orientar o restante da exposição que sai o restante do nosso curso um pequeno dividir minha alimentação da seguinte maneira primeiro lugar indicarei de que modo a ideia de Formação incorpora princípios meios e fins próprios ao contexto de instituição da Universidade moderna precisa pensar na passagem do século 18 para 19 e de que
forma esse contexto influencia a própria concepção da Universidade a universidade então que é o contexto em que surge o curso de letras e dentro do curso de letras a disciplina de teoria da literatura e literatura comparada em segundo lugar eu analisar essas transformações contextuais porque passa a Universidade ao longo do século 20 levando em conta principalmente os efeitos essas transformações sobre o curso de letras e Mais especificamente sobre a disciplina de teoria da literatura em terceiro lugar procurei algumas reflexões pessoais sobre a importância de se reconsiderar a noção de Formação a partir da nova realidade
da Universidade contemporânea é uma coleção de espaço eu não remontar Ei aos aportes oferecidos pela antiguidade a vários dos debates modernos e contemporâneos embora nada impeça que esse tipo de diálogo seja desdobrável a partir do que será proposto inclusive Esse é um plano antigo meu oferecer um curso intitulado as raízes antigas da teoria da literatura ou em um fruto parecido com esse em que eu tentar ia ou Tentarei indicar e a partir da leitura de textos importantes da tradição clássica De que modo vários conceitos vários sites modernos e contemporâneos já estão presentes nas obras de
Platão Aristóteles Horácio longino e tantos outros Mas enfim não é o que eu vou fazer aqui hoje Fica para uma próxima oportunidade a primeira parte da minha apresentação intitulada a noção de formação na universidade moderna é como eu disse antes a universidade ela surge no contexto medieval e a universidade medieval é um lugar de ensino a depender do contexto debate de ideias acontecem com maior ou menor Liberdade nesse mesmo espaço e normalmente as inclusive depende da distância se encontra a Universidade de Roma do Poder papal é soque o tempo de incorporação do material desses debates
no próprio ensino dos manuais empregados para ensinar as classes de juristas teólogos médicos e outros profissionais universitários desse período é muito lento Muito lento por que vive a noção de que a tradição exige um certo tempo Para incorporar aquilo que de fato importa aquilo que de fato tem algo a acrescentar por exemplo todo de bate lá na Escolástica a forma como São Tomás de Aquino sinta de alguma forma reivindicar um legado aristotélico para leitura de digamos de todo sistema Cristão é emblemático disso essas transformações não acontecem da noite para o dia e levam às vezes
décadas às vezes século e por sua vez também dá há séculos para serem ri batidas o construído os espaços dedicados especialmente à pesquisa Nesse contexto são as academias que surgem durante o Renascimento e florescem durante o século 16 17 e 18 embora sempre Num clima de animosidade com os universitários terão representantes autorizados e mais tradicionais o conhecimento na Europa desse período que pode pensar nas academias de Florença nas academias de génova e a partir de um contato de intelectuais do norte da Europa um esse ambiente acadêmico acadêmico no sentido então de academias surgem outras aí
no norte da Europa na França na região do que são fáceis baixos eventualmente lá de principados alemães Inglaterra etc não é apenas por volta do século 18 com tudo que universidades alemãs E aí Alemanha sempre com entre aspas que Alemanha propriamente dita só se torna de fato um estado-nação no final do século 19 mas universidades é digamos de regiões de cultura e língua alemã criadas há pouco tempo como age a criar em 1694 e adquirir criado em 1734 desenvolvem empregam os seminários um como modelo capaz de unir esse camente ensino e pesquisa por meio da
rápida incorporação desse conhecimento construído em pesquisas feitas com a participação dos próprios estudantes ao material a ser ensinado as próximas gerações esse modelo foi aprimorado e expandido para servir a concepção integral da própria Universidade moderna tal como proposta por Villa scamboo a fundação da Universidade de Berlim em 1810 o contexto histórico em que essas transformações acontecem desde ele digamos meados do século 17 mesmo pouco antes até o final do século 18 não pode ser perdido de vista cumprindo destacar aqui principalmente a ascensão da burguesia e suas lutas pela formação e consolidação dos estados nacionais como
principais representantes de seus interesses socioeconômicos e sempre que nós falamos de modernidade E aí entendendo o conceito de forma Ampla mas fazendo referência sobretudo a passagem do século 18 para 19 é preciso ter em vista essa preocupação com o estado-nação que está na mente não apenas por exemplo dos revolucionários franceses lá na França da reação E então em países de língua e cultura alemã na Inglaterra um países ibéricos na cidade saldo italianos porque esse é de fato um conceito fundamental para o surgimento de inúmeras instituições modernas nos moldes com que ela surge como aparatos de
estado frequentemente com o objetivo de seguir por assim dizer a coletividade E isso não é diferente no caso das Universidades nem no caso da literatura a gente vai ver isso logo mais literatura com l maiúsculo entendido enquanto disciplina Universitário não a literatura enquanto simplesmente uma obra literária isso obviamente tem afinidades com o conceito de Vênus a disciplina mas é preciso ter Claro que não se trata é da mesma coelho não é a literatura que a gente marca com letra minúscula e a literatura que a gente massa com letra maiúscula por convenção todo caso as discussões
em voga nessa época acerca do melhor modelo para o ensino aniversário só interessantíssimos contando com contribuições de autores como Khan pista querem além da que implementa o próprio rumo em seu diálogo com free Augusto Flores e os irmãos estejam esses nomes são todos importantes para tentar situar de que forma esse debate Desenrola eu não vou entrar aqui nesse detalhes mas o rumo Ele tá em diálogo com o nome importantíssimo da história dos clássicos Euclides Augusto for conhecido pelos prolegomena a do neon né de 1795 e inaugura por assim dizer em bases sérias a questão América
tal como de batida no século 19 e que tem também importante livro sobre o estudo científico da antiguidade publicada em 1807 O Celo mudar todos esses anos a apresentação da Ciência da antiguidade e os irmãos leu que tem digamos obras importantes refletindo sobre lugar dos gregos o lugar da cultura antiga a luz de preocupações do presente sobretudo do presente em que esses alemães se identificavam Então como falante de língua alemã como participantes dessa cultura é se encontrava naquele contexto por causa a coleção relativa ao estabelecimento de uma instituição de conhecimento de caráter Nacional foi compreendida
nesses momentos a partir das dificuldades colocadas pela antinomia Kantiana entre natureza um razão natureza aí fazendo as vezes da Nação inclusive em termos técnicos nas aquilo que é da Ordem do povo e o estado e enquanto a manifestação racional dessa organização da sociedade e é porque isso aparece como um antinomia forma muito simples porque o excesso do elemento é natural por assim dizer Nina as possibilidades do desenvolvimento do elemento racional e vice-versa excesso de razão Nina os elementos naturais tenta organização de um povo de uma sociedade e isso fica muito Claro na análise que pode
ser feita da Revolução Francesa em que enfim a depender da análise excessos em um desses polos leva à destruição do outro ou vice-versa a resolução desse problema foi sugerida pelo menos na forma como seguida pelo rumo por ninguém menos que chila é através da mediação oferecida pela educação estética entendida como cultura histórica e trouxe essas digamos solução uma articulação entre a ideia de nação étnica e estado racional ligando a filosofia especulativa com a própria razão da história e É nesse sentido que o idealismo alemão conseguiu um feito notável de articular uma análise do conhecimento com
sua aplicação prática Fazenda da cultura histórica a ponte por meio da qual se tornava possível passar da natureza a nação para a razão o estado por meio de um constante processo de revisão hermenêutica da tradição vai ficar claro que eu quero dizer com essa passagem Talvez um pouco escura logo na sequência quando a gente lê um trecho do Billings no livro Universidade ruim vejam lá o subiu incide o processo de revisão hermenêutica pode ser chamado de culto o que tem uma dupla articulação por um lado cultura dá nome a uma identidade é a unidade de
todos os conhecimentos que são objetos de estudo é objeto de vista de chá tudo científico-filosófico por outro lado cultura dá nome a um processo de desenvolvimento de cultivação do caráter bidon na universidade moderna os dois Galhos esse processo então pesquisa e ensino sendo que a particularidade dos idealistas foi a insistir que a especificidade da Universidade viria do fato dela ser um lugar entre os dois são inseparáveis a escola prática o ensino sem pesquisa Academia Prática pesquisa sem ensino e a universidade é o centro do sistema educacional porque a onde o ensino EA pesquisa são combinados
de modo que nas palavras de shellen as provedoras de ciência também devam ser instituições de cultura geral a Universidade de Cultura instituída por rombo lhe tira sua legitimidade da cultura que dá nome a síntese de ensino e pesquisa processo e produto Story razão teologia e crítica estudo histórico e experiência estética a instituição e o individual então a revelação da ideia de cultura e o desenvolvimento do indivíduo são uma coisa só objeto e processo une-se organicamente e o lugar em que se unem é a universidade então dá ao povo uma ideia de estado-nação pelo qual viver
e dar ao estado-nação um povo capaz de viver por essa ideia e vejam que é assentada nesses dois princípios que a universidade moderna assistindo pesquisa e ensino pesquisa na medida em que novos materiais precisam ser analisados a fim de serem convertidos em conhecimento ensino para que esse conhecimento possa formar as novas gerações dedicadas ao trabalho no estado-nação para a formação do estado-nação sempre progride porque apoiado em pesquisas cada vez mais avançados esse projeto de Universidade que vinga na universidade de Berlim em 1810 depois se espalha um lá fora a partir desse modelo de sucesso é
o que vive em larga medida até hoje obviamente nos dias de hoje a gente tem influência de outros modelos de Universidade como a diversidade estadunidense em que virgem a ideia de excelência que é uma ideia um pouco digamos mais vaga e até vazia do que a ideia de Cultura porque ela lida com a ideia da qualidade na execução de um trabalho ela é portanto voltada para o mercado de trabalho no sentido de oferecer determinadas competências técnicas muitas vezes abdicando da ideia de uma formação do indivíduo que sabe do cidadão E isso tem implicações se fazem
sentir cada vez mais nos dias de hoje com todos esses indicativos de produtividade a necessidade de provar com números aquilo que você faz enfim e realmente uma lógica da produtividade e Embora tenha começado lá nessa Universidade de Cultura proposta na Alemanha do início do século 19 na berlinda do ministério 19 é só encontra a sua manifestação mais plena por assim dizer a partir da década de 1950 chegando por exemplo no Brasil de hoje de forma extremamente Clara e violenta qualquer pessoa que tenha que lidar com as exigências de produtividade de um órgão de fomento morre
de pesquisa sabe que algumas dessas exigências eventualmente se torna estapafúrdios No que diz respeito por exemplo avaliação de periódicos avaliação da qualidade de um trabalho por meio de citação enfim assim trabalho são específicos são muito bem feio mas só um pouquinho aqui no citado Por que então diários específicas do conhecimento e portanto não tem o que com base nesses tipos de avaliação não tem impacto é é é lamentável que decisões orçamentárias decisões inclusive no que diz respeito a postos de trabalho sejam enviados às vezes por esse tipo de pressupostos em todo caso o período a
que se refere o Bios na situação que nós acabamos de ver se refere é o do século 19 passagem do 18 para 19 e é um período que testemunhou uma mudança radical no estudo das línguas e suas literaturas colocado em posição um modelo preceptivo das gramáticas retóricos e poéticas antigos ou seja um modelo que oferece preceitos e que era responsável por transmitir um copo de conhecimento recolhido no passado cuja legitimidade estava sentada na autoridade dos autores clássicos Surgiu uma nova forma de estudo analítico das línguas antigas e modernas bem como de suas obras literárias nessa
nova forma de estudos preponderava dimensão de a diva dos fenômenos linguísticos em detrimento de sua dimensão prescritiva abrindo as vias para o que seria a fundação moderna da linguística e da poética com os estudos de sorrir e dos formalistas russos no início do século 20 vejam Esta é uma mudança de paradigma radical quando você sai da lógica da prescrição ou seja e oferecer prefeitos sobre como falar bem sobre como escrever bem que é basicamente o modelo das gramáticas as retóricas e das poéticas clássicas e você adotam modelo da descrição descrever De que modo as pessoas
falam de que modo as pessoas escrevem e a partir daí tentar extrair uma série de conhecimentos que passam não a ser prescritos no sentido de se tornarem por sua vez ordens sobre como falar e como escrever é mas sim conhecimentos muitas vezes históricos acerca da forma como as pessoas escreviam acerca da forma como as pessoas falavam Então essa mudança paradigma que nós podemos chamar de científica e que tem implicações graves para essas ciências humanas para a área das humanidades uma vez que justamente Adi cão de um lugar de malícia mestre mestre da vida mestre do
bezerro mestre do falar mestre do pensar e reivindico a cada vez mais o lugar de um técnico por assim dizer conhecedor de determinar os períodos históricos de determinadas formas de se comunicar é é por causa é importante não perder de vista um Horizonte utópico compartilhado pela retórica do diferentes esforços intelectuais e sociopolíticos defendido ao longo desse período eu fiz aqui uma passagem da condição pós-moderna do livro tá quando ele disse e o pensamento EA ação do século 19 e 20 são governados pela ideia de emancipação da humanidade essa ideia elabora-se ao fim do século 18
na filosofia do Iluminismo e da Revolução Francesa o progresso das ciências técnicas Artes e liberdades políticas libertará a humanidade inteira da ignorância da pobreza bem cultura do despotismo e parar não apenas os homens felizes mas notadamente graças a escola cidadãos esclarecidos mestres de seu destino ainda Estação esperando conhece diferente projeto voltado ao desenvolvimento do ser humano enquanto coletividade que essa seja uma coisa coletividade nacional ou uma coletividade pretensamente Universal é algo que pode variar imensamente a depender do projeto em questão como indicar e na sequência a partir de exemplos paradigmáticos ainda assim o ideal de
emancipação progressiva da humanidade é compartilhado por e fica tão diferente quantos de estado-nação moderno colonização imperialismo ou ainda o socialismo e comunismo uma das primeiras formulações do tipo de justificativa que a literatura encontra a luz de um desses projetos modernos ainda em princípios do século 19 aparece na obra de Madame desse sábio E aí eu sinto esse trecho do sobre a Literatura do lado interativo um livro de 1800 publicado pela madame instyle quando ela diz o amor da Pátria é uma pensão puramente social o homem criado pela natureza para as relações domésticas somente porta sua
missão para além desse ponto por causa da atração da estima geral e é sobre essa estima formada pela opinião que o talento de escrever quem sou maior influência em apenas em Roma na cidade dominadores do mundo civilizado falando na praça pública dispunha-se das vontades de um povo e da Sorte de tudo é e é por meio da Leitura que os eventos se preparam e os juízos esclarece o que seria de uma nação numerosas e os indivíduos que a compõem jamais se comunicassem entre eles recorrendo aos escritos impressos mês que a compreensão de Literatura e madame
de sala ainda pareça flutuar entre o sentido clássico e o sentido moderno é inegável que é justificativa para o estudo da literatura aí se baseia em sua importância para o devido o ser humano enquanto coletividade seu conceito de perfectibilidade não consigo aquela história longa essa obra reforça essa compreensão voltado como é a um só tempo para a coletividade local a pátria um a Universal a espécie humana e já a função ideológica da literatura na criação de um sentimento coletivo capaz de unir as pessoas em torno de uma mesma língua e de uma mesma história fica
ainda mais Evidente na defesa que um célebre religioso e educador britânico o John Henry Newman propõe para utilidade da literatura como empreendimento Nacional da explícito em meados no século 19 vejo ele com educador britânico quando afirma o seguinte o que o poder do discurso é um dom tão grande quanto qualquer outro que pode ser nomeado se origem da linguagem é considerada por muitos filósofos em nada faltante de Divino que por meio de palavras o segredo do coração são trazidos à luz a dor da alma é aliviada o pesar escondida liberado a simpatia comunicada o conselho
oferecido a experiência recordada EA sabedoria ter feito ada e por grandes autores muito são trazidos à unidade o caráter nacional é fixado um povo fala o passado e futuro o leste oeste São colocados em comunicação um com o outro se Tais homens são numa palavra os porta-vozes e profetas da família humana não será uma boa opção diminuir a literatura ou negligenciar seu estudo ao contrário precisamos nos assegurar de que a proporção de ter a dominar os em qualquer língua e sorver no seu espírito devemos nossos próprios nos tornar os ministros e benefícios Anali os outros
sejam eles muitos ou poucos sejam eles nos mais obscuros ou nos mais distintos caminhos da vida os que estão Unidos a nós por relações sociais e se encontram na esfera de nossa influência pessoal ainda citação a leitura crítica desse trecho evidencia que o nacionalismo e sua manifestação internacional o imperialismo são os fins almejados e defendidos por tal concepção sobre o lugar da literatura no Estado Nacional europeu por volta de 1850 quando o Newman pública esse discurso que esse Estado Nacional seja o império britânico constitui apenas um detalhe suplementar da dimensão imperialista Que tal defesa da
literatura Nacional ganha nas palavras de Nilma Afinal é por meio do domínio da literatura de várias línguas que os britânicos eram capazes de colocar o leste eo oeste é em comunicação com outro oferecendo os Ministérios benefícios a todos os que estão Unidos a eles por relações sociais e se encontram na esfera de sua influência pessoal obviamente a lógica da colonização fala aqui o idioma da Cultura o nome tu algum tópico das reflexões essa mesma época é laboradas por ninguém menos que Karl Marx sobre o efetivo desenvolvimento humano para além das fronteiras nacionais a educação dos
cinco sentidos por meio da arte surge como uma condição fundamental para o processo de humanização geral vejam que forma o autor sugere isso aqui nessa passagem é apenas pela riqueza objectivamente desdobrada Essência humana EA riqueza da sensibilidade humana subjetivo promovido musical um olho para beleza da forma em suma a sua ações humanas todas se tornam sentidos capazes sentidos que se confirmam como forças essenciais humanas um parte recém cultivado em parte recente engendrado pois não só os cinco sentidos mas também os assim chamados sentidos espirituais dos Sentidos práticos vontade amor etc numa palavra o um humano
a humanidade dos Sentidos vem a ser primeiramente pela existência do seu objeto pela natureza humanizada a e a defesa do valor formativo que a arte pode desempenhar no educação preocupada com o devido o ser humano enquanto coletividade Universal bem na formulação de Max um inegável viés de transformação social com a sugestão de uma tomada gradual de consciência por meio da humanização suscitada pela ar obviamente essas reflexões são muito mais práticas do que uma leitura assim descontextualizado sugere na medida em que Marx sugere a necessidade digamos de suprir as necessidades básicas de um ser humano para
que pouco a pouco ele possa se dedicar cada vez mais a essas dicas necessidade superiores ou necessidades espirituais a fim de que um ouvido possa ser cultivado pela música um olho possa ter cultivado pela pintura e é aqui obviamente ele tá se voltando contra a ideia de que um ouvido Musical o olho artístico os dados da natureza ele mostra Justamente que é preciso haver um cultivo desses elementos para que eles possam aparecer e as condições materiais básicas para isso são e contornável em um mas o que eu gostaria de destacar é que pressupostos nacionais ou
nacionalizados e humanos ou humanistas do estabelecimento de disciplinas como a literatura EA linguística no século 19 acabaram sendo mais ou menos incorporada a seus desdobramentos no século seguinte aquilo que já foi chamado de um evento comparatismo na expressão do professor na bio Araújo na sua publicação de 2019 teve lugar justamente nesse período ir embora possa ser visto em termos epistemológicos muito mais amplos encontrou manifestações importantes no comparatismo como procedimento metodológico da linguística que pensa aqui no desenvolvimento da hipótese do indo-europeu e nos aportes proporcionados pela linguística comparável e como dar Literatura e é aquele que
a gente pode pensar na Fundação de uma disciplina tão importante quanto aquela aqui nós vamos vertical nosso curso que é a literatura comparada voltadas cada vez mais para a tentativa de compreender e descrever os fenômenos humanos da língua e da literatura em sua dimensão social em sua dimensão histórica essas disciplinas inseriram os projetos modernos de emancipação progressiva da humanidade e ganharam espaços privilegiados nas novas universidades fundadas e mantidas pelos estados nacionais e seu enorme aparato administrativo isso vai ficar muito Claro na exposição dedicada ao comparatismo francês que tem bases historicistas muito Claras bases nacionais que
sabe nacionalista muito Claras e que justamente seguia por uma noção de uma disputa internacional como se ali ter a manifestação de um espírito da Nação e portanto literaturas mais desenvolvidas de ver sem ser vistos como sinais de nações mais desenvolvidos e o comparativo francesa embora seja muito mais complexo do que essa breve síntese sugere trabalha nessa lógica de basicamente competição há de fato uma espécie de balança de fontes e influências em que os países são pesados como mais ou menos influentes em termos da sua produção literária vejo Esses são pressupostos que são colocados na Fundação
da disciplina a partir desse contexto que eu tentei mais ou menos velocidades tem mais ou menos esboçar aqui para vocês então é importante vocês terem isso em mente esse contexto básico introduzir aqui quando formos ler e discutir os textos da chamada escola França e não é exatamente uma escola mas uma espécie de tendência disciplinar nos textos do walden ferga né do Vampiro zumbi a e que tem uma certa vigência até o táxi a gente o final do século 20 tem a dependendo da Universidade onde um trabalho de literatura comparada por proposto ainda hoje creio que
determinados pressupostos lá do manual é que tem prefácio do guiar da década de 50 continuem relativamente válido nós vamos ver que preço possam esse mas eu Adiantei um pouco a coleção aqui hoje é a segunda parte dessa exposição vai ser dedicada a crise pós-moderna da ideia de Formação essa diferente concepções sobre o emprego das línguas e suas literaturas em prol do desenvolvimento de uma coletividade humana seja em suas manifestações nacionais seja em suas manifestações universalizantes passaram a ser encaradas com cada vez mais desconfiança desde meados do século 20 os rumos catastróficos e vários desses projetos
modernos colocaram seus ideais de emancipação em cheque aos olhos da opinião pública curiosamente não por falhar em seus objetivos mais simples mostrarem os resultados desastrosos da busca por implementar isso pode parecer paradoxal Mas eu sinto aqui uma passagem do Yo táxi parece bem a ideia de que vários esportes projeto tem sucesso no que almejam em termos de progresso tecnológico Progresso técnico o sentido mas que o sucesso nesses Campos leva a todo uma situação de desgraça de mazelas e faz parte do próprio sistema Então não é que o sistema tenha falhado mas é que ele tenha
mostrado as mazelas inerentes aos seus próprios pressupostos lyotard usar o seguinte na condição pós-moderna não é ausência de progresso mas ao contrário o desenvolvimento técnico-científico artístico econômico e político tornou possível as guerras totais os totalitarismos O Abismo crescente entre a riqueza do Norte EA pobreza do Sul o desemprego EA nova pobreza a desde aculturação Geral com a crise da escola ou seja da transmissão do Saber isolamento das vanguardas artísticas E hoje foi um tempo sua recusa ainda situação e desconfiado do direcionamento ideológico às vezes político partidário que o processo educacional veio ganhar durante o século
20 algumas pessoas têm colocado com cada vez mais veemência a pergunta sobre lugar da ideia de formação no curso de letras porque elas parecem sugerir que a ideia de Formação os cientistas tal como proposta lá na Alemanha a partir da noção de vidro depois de incorporada aos vários modelos de Universidade implementados no lá fora com base no modelo de um detalhe Berlim é viesse inevitavelmente junto uma carga [Música] inevitavelmente ligamos imperialista colonialista eurocêntrica o etnocêntrica e as antigas respostas o antigas justificativas para a ideia de formação para ideia de um cano de um currículo lá
as leituras formativas já não desfrutam do mesmo prestígio social já não desfrutam da mesma capacidade de persuasão a literatura justificada como meio de desenvolvimento dos valores patrióticos ou dos valores humanos universais já não encontra mais muitos defensores a não ser entre tem continua a se apoiar em referenciais teóricos anteriores aos desastres testemunhados no século 20 em especial a segunda guerra mundial com o local e o emprego das bombas atômicas contra civis ou seja de fato esse tipo de justificativa Já parece ultrapassado no sentido de que ele de fato escamoteia uma série de digamos implicações nefastos
que as experiências do século 20 demonstraram com muita clareza aquilo que me parece talvez complicado é tentar se livrar é de todo má ranjo extremamente produtivo fazendo com que a gente Jovi o bebê junto com a água suja do banho ao nos livrarmos do todo porque me parece que nós perdemos questões fundamentais ao agir dessa forma a partir de 1950 mais ou menos nomes importantes da área de teoria da literatura começar a colocar em questão certos pressupostos assumidos pela área e pelos responsáveis por ensiná-la Afinal o que esteve por trás das pretensões nacionais e nacionalistas
aqui se prestaram muitas leituras de obras literárias até então o que foi ocultado pelo progresso levado a cabo por empreitada os coloniais imperialismos tempo e silenciado e marginalizados pelos grandes projetos de emancipação humana em todas essas questões são importantes Porque de fato a construção de um cano Nacional a implementação das Universidades com curso dedicados à literatura Nacional a língua nacional todas toda essa construção ruim Imaginário Nacional eventualmente de uma Imperial é andaram de fato de mãos dadas ao longo desse período e essas questões a partir da década de 50 quando os horrores da segunda guerra
mundial já tinham sido escancarado ganham muito importância no mundo polarizado pela Guerra Fria dividida entre as influências dos Estados Unidos e da União Soviética experimentando diversas lutas em termos nacionais e internacionais como as guerras de independência ligadas aos movimentos decoloniais os conflitos civis incluindo lutas contra ditaduras impostas com o apoio de potência de estrangeiros além dos movimentos sociais pelo reconhecimento de direitos civis como das mulheres dos negros Vamos sim e etc É nesse contexto a ideia de Formação passou a ser cada vez mais criticado por se prestar como carro-chefe de valores impostos de maneira violenta
e excludente por causa da pretensa hegemonia qualitativa do cânone literário começavam a surgir as demandas de quem se via excluído e marginalizado dele culturas alternativas outras línguas e suas literaturas Produções conseguidos por sujeito deslocadas dos grandes este poder entre outros o funcionário espera essa complexa conjuntura histórica variar enormemente dentro da disciplina história da literatura mas houve sim uma reação seja uma forma de pensar de refletir sobre esse contexto levando em conta esses dados e essas reações Como eu disse variaram muito o estruturalismo por exemplo constituir uma reação diz Encantada aos pressupostos historicistas então vigente na
área e encontrou ecos no New criticism anglo-americano de baixo formalista para verificar com o revele basicamente a proposta de teoria da literatura do manual do renner.com gostem o link da década no final da década de 40 encontra reflexos nas propostas do velho aqui para a literatura comparada da década de 50 é basicamente pode ser lida nessa nessa chave a teoria crítica de fundamentação marxista por outro lado a ser uma resposta engajada com os problemas ligados ao processo histórico de dominação dos meios de produção pelo grande capital quase como se fosse uma resposta no extremo oposto
engajamento profundo digamos É de fato social com a própria história já o Pósitron muralista denunciou os pressupostos idealistas de um formalismos e outros os marxismos buscando ultrapassar suas dicotomias por meio de um trabalho transformador da realidade com a linguagem dessa época são as obras de NFL e of morning como sugere Raymond Williams Lucian Goldman roubar Michel Foucault e Jacques derrida e não muito depois são aí nos trabalhos de Eduardo saído ver tanto do Rosa Julia kristeva gayatri spivak série Hilton Jonathan color and one acompanham por exemplo em todas essas figuras ofereceram diferentes reflexões sobre o
problema da formação a partir de leitura de obras literárias e de críticas as apropriações delas para os mais variados propósitos ainda sim boa parte desses estudiosos não restringiu suas observações a literatura mas com tempo questões mais amplas e adotou abordagens inter ou até transdisciplinares e tudo isso é emblemático das possibilidades teóricas que se abrem a quem se dedica ao estudo da literatura no início do Século 21 porque é nenhuma dessas abordagens necessariamente ultrapassada pelas outras mas a área se Funda numa arena em que diferentes perspectivas se testam frente perspectivas disputam a hegemonia e se mostram
mais ou menos adaptados para a leitura de algumas obras que alguns autores em determinados contextos em detrimento de outros com o advento do cisto e mais ainda no final da década de 90 meados da década de 90 no Esteio das obras de algumas das figuras citadas acima a própria concepção de literatura se alargou e passou a contemplar outros fenômenos da expressão humana passíveis de serem compreendidos como literários apenas de forma ligeiramente figurado o meu caso por exemplo de músicas videoclips filmes e séries Tais desdobramentos com tudo né literatura Bacano outros fenômenos da expressão humano pareceram
legítimos e parecem legítimo para boa parte de quem se dedica aos estudos literários hoje porque os frequentes debates sobre o próprio conceito de literatura seria uma mais clara evidência de que esse não é um objeto de definição simples seguramente consensual mais alvo de controvérsias e disputas Como eu disse o nosso curso sobre introdução aos usuários começa com essa coleção espinhosa sobre o que é literatura e como esse conceito e a depender do contexto histórico a hora os teóricos da literatura são os responsáveis por repetir justamente sobre essas questões Gerais e tentar oferecer os conceitos básicos
a partir dos quais o trabalho de crítica literária pode ser levado a cabo sempre em vista de uma história da literatura entendida como um conjunto mais anos capaz de contemplar as obras e seus autores dentro de um continuum histórico geográfico de produção literária mais ou menos sistemática pelo menos quais são as balizas no estudo literário Desde quando estimuladas pelos for males como a quem Walt Lopes e aqui nos primórdios o esforço de teorização científica dedicada essa essa disciplina eles trabalham já muito claramente com a noção de aqui uma espécie de ciência da literatura seria a
sua teoria teoria da literatura aplicada no caso a caso das leituras específicas de obras e autores no que é o exercício da crítica literário ou crítica da literatura e a concatenação de os exercícios de crítica dentro de um continuum histórico mais ou menos sistemático seria a própria história da literatura desde o momento em que esses formalismos propuseram essas definições básicas de teoria da literatura crítica literária história e literatura muito mudou em termos históricos com relação aos contextos de produção recepção e transmissão das obras literárias tem um estudo em âmbito acadêmico também mudou muito nesse sentido
a própria definição de literatura em seu prestígio social ou mesmo suas prerrogativas didático-pedagógicos sofreram revira voltas e importantes como tenho tentado sugerir aqui independentemente do posicionamento teórico do estudioso contemporâneo não é possível defender que lugar da literatura no aniversário hoje seja o mesmo que em 920 ou 1950 porque a própria definição do que seja seu objeto de estudo não é mais necessariamente mesmo Veja a busca é isso pela definição de literariedade passando pelos conceitos propostos por estruturalistas marxistas sociólogos psicanalistas pós-estruturalismo o objeto de estudo da literatura tem sido continuamente discutido e Por conseguinte a própria
forma de se conceder a área de teoria da literatura pode variar muito de estudioso para estudioso exemplar disso ele aqui uma comparação dos manuais de René wellek of War série Igor e Jonathan culler todos dedicados a teoria da literatura inclusive é interessante pensar nos desdobramentos que essas concepções de Literatura e de teoria da literatura tem Pro nosso curso mais específica que que é de literatura comparada E é interessantíssimo porque de fato é cada uma dessas concepções vai entrar diferentes formas de conceber o jogo comparativo entre literaturas obras literárias autores literários e eu não vou entrar
nesses detalhes tá mas esses manuais trazem reflexões sobre a definição de literatura sobre o que é valor literário linguagem formas e tipos de textos literários e mesmo não literários representação realidade bem como sobre as relações entre a obra literária e seu autor incluindo não sua biografia seu contexto histórico de produção seu público imediato uma recepção futura porque todas são elementos caro a discussão de teoria da literatura no sentido de que elementos importam no momento em que nós lemos uma obra literária a mesma forma que elemento importa no momento em que nós fazemos uma comparação entre
obras literárias entre autores de obras literárias entre sistemas literários e assim por diante é em todo caso que nos interessa indicar aqui é que não um desses nomes esteja correto em detrimento dos outros mas que esses são diferentes posicionamentos possíveis dentro da área e que a depender do engajamento pessoal do leitor do estudante do público e o contexto em que ele se encontra a comunidade hermenêutica que ele faz parte a própria obra aqui ele se dedica no seu exercício de crítica um posicionamento pode ser mais interessante pode ser mais desejável do que o e o
jogo da interpretação se dá justamente nessa tensão entre diferente posicionamento Oi e essa parte lidade por assim dizer no que diz respeito ao posicionamento de cada até óleo de cada crítico Talvez seja inevitável nessa área cada até hora e foi adota os pressupostos da teoria como se identifica mais e uma excelente coleção aqui se ele tentar compreender o que sujar a decisão de cada um deles sendo difícil determinar com pré teóricos são os critérios para essas decisões por causa que mais importa são os desdobramentos da adoção desses pressupostos para análise de toda a disciplina e
Por conseguinte nos seus exercícios de análise com velha que o homem por exemplo uma visão formalista do campo exclui como elemento extrínseco a literatura tudo o que é da Ordem do biográfico psicológico social por exemplo para se concentrar nos elementos intrínsecos o ritmo a construção dos personagens da perspectiva E por aí vai o Igor Tom a ideia de que algo seja o talento literário é condicionada desde a sua introdução ele se apoia em pressupostos marxistas para fazer uma crítica das limitações de leitura sistema menor lógicas hermenêuticas de estética da recepção estruturalismos semióticos pode estruturalistas e
psicanalíticas esse é o pressuposto básico né o pescoço marxistas de que ele passa para fazer as suas críticas da mesma forma procedem outros autores Jonathan culler com seu aposta de construção o compagnon lá no demônio da teoria com espécie de ecletismo medianeiro ele tem chapéu ele na na lógica do bom senso no meio termo e tal e enfim estão todos esses posicionamentos válidos dentro da disciplina é com implicações para disciplinas afins como a literatura comparada e esses manuais podem alcançar diferentes graus de hegemonia em determinados contextos fazendo figurado de modo mais ou menos exclusivo uma
concepção de Literatura e com ela todo um arcabouço conceitual embora essa situação seja sempre precária e passageiro a teoria da literatura é uma área do conhecimento humano onde se enfrentam diferentes concepções literatura arte e linguagem por exemplo apoiados em diversos pressupostos afins ao campo da literatura e das humanidades em geral sem que qualquer concepção hegemônica num dado momento consiga suprimir definitivamente é demais tudo aí se passa como uma disputa constante entre perspectivas Que se mostram mais ou menos adequados em determinado contexto para definir as bases de interpretação do texto literário e mês para delimitar o
que se entende por literatura e como Demonstra o livro teoria da literatura e história da crítica momentos decisivos do professor na de Araújo publicado em 2020 Essa é a condição fundamental para qualquer debate sobre literatura entendida aqui como instituição moderna constituída a partir de um diálogo com cantis e sua reflexão estética é esse o contexto básico em que a disciplina de teoria da literatura se desenvolve dentro dos seus vários embates internos com implicações como sugerir para as várias áreas e disciplinas literárias perante a crise pós-moderna da ideia de Formação a teoria da literatura Concebida nesses
moldes tende a parecer ainda mais parcial e arbitrária do que jamais se mostrou tem um plano pré-estabelecido e relativamente consensual para defesa que tem as valores coletivos sejam eles nacionais ou simplesmente universalizante nada mais parece garantir a relevância social dessa disciplina Afinal um Que motivo a universidade financiada com recursos públicos Continuará concursos de professores e estudantes dedicados a uma área conhecimento que já não pretende oferecer qualquer contrapartida É Suelen ferro e é com ela que eu termino a minha exposição entrando que na ideia de formação na universidade contemporânea e eu digo que se a teoria
da literatura não pudesse oferecer qualquer espécie de contrapartida aos investimentos públicos nessa área hoje eu seria o primeiro a defender sua extinção do arranjo disciplinar do curso de letras na universidade contemporânea não hesitaria com a Taís se a teoria da literatura tivesse Tornado uma espécie de campo e só recebe sobre si mesmo e não terá totalmente nada a contribuir com a sociedade de modo geral a meu ver não faria sentido mantê-la enquanto um fóssil dentro do arranjo Universitário contemporâneo acredito entretanto sua importância continua tão o é fundamental porque no início em meados do século 20
reflexão sobre Literatura e linguagem inclusive em vista do que vai subir entendido aí como o valor literário ou entendo suas muitas discussões sócio-políticas sépticas hermenêuticos didático-pedagógicas oferece um importante meio de formação para quem quer lidar com as complexidades do mundo contemporâneo e eu acredito sim no meio de formação para lidar com essas complexidade a grande pressão com tudo passa a ser a seguinte que tipo de pessoas a universidade espera formar hoje com que propósito é uma reflexão sobre o papel social da Universidade contemporânea seja ela pública ou não é fundamental para que se possa determinar
o que é lícito esperar de cada uma das diferentes áreas de que uma universidade é formado essa reflexão entretanto pressupõe debate sério sobre o que uma sociedade espera de si próprio quais os princípios os meios e os fins defendidos por essa sociedade que forma ela pretende lidar com conflitos de interesses reivindicados por diferentes grupos sociais como poderia criar um ambiente de convivência desses grupos sem seus interesses conflituosos acabaram levando Aniquilação de um pelos outros Em certas condições precisam ser objeto de reflexão e debates por parte da sociedade hoje que as grandes áreas da universidade e
seus cursos quiserem oferecer respostas e adotar posicionamentos socialmente pertinentes aos problemas e aos desafios contemporânea por tudo que esposa até aqui acredito que o curso de letras Mais especificamente entre os itens literatura ele teoria da literatura no âmbito do nosso curso que se inicia hoje de literatura comparada tem muito a contribuir com esse debate sim não apenas no que diz respeito à análise crítica de alguns seus principais argumentos mas na organização da melhor forma de de batê-los respeitosamente ó e aqui eu poderia concluir citando um trecho longo lá da bncc né a base Nacional comum
curricular e fala sobre a necessidade dos Estudantes do Brasil se formarem de modo crítico para a leitura a interpretação não apenas aquilo que é considerada literatura mas das mais diversas manifestações linguísticas e artísticas da humanidade é obviamente esse tentam muito Gerais mas essa ideia de uma formação crítica a meu ver é fundamental e é isso o que baseia a minha crença de que o lugar da literatura da teoria da literatura e da literatura comparada no arranjo Universitário contemporâneo seja absolutamente fundamental incontornável bom e é com base nessa crença que ofereço os meus cursos tanto esse
de literatura comparado quantos demais porque acredito que a nossa função social no que diz respeito à educação das pessoas não com profissionais voltados para o mercado de trabalho ou não apenas com profissionais voltados para o mercado de trabalho mas sim no que diz respeito a uma formação mais Ampla de indivíduos voltados para a vida contemporânea seja absolutamente incontornável eu realmente eu acho que é assim que nós ficamos a área e assim que nós nós justificamos enquanto profissionais com um trabalho relevante para a sociedade contemporânea na nossa próxima exposição a gente entra no que é próprio
da literatura comparada da chamada escola Francesa e a partir daí o e discussões iniciadas na exposição de hoje tem início agradeço enormemente a quem acompanhou até aqui Eu lamento aqui e se fosse não tinha ficado um pouco longa mas ela vai sempre girar em torno de uma hora uma hora dessa Tá muito obrigado um forte abraço e até a próxima valeu tchau tchau E aí E aí [Música]