Cristologia nas Cartas de São Paulo (Literatura Paulina) - Prof. Dr. Pe João Paulo de M. Dantas.

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Teologia
Aula ministrada para o segundo ano de teologia da Faculdade Católica de Belém (2020).
Video Transcript:
e aí é louvado seja o nosso senhor jesus cristo caríssimos irmãos e irmãs vamos dar continuidade ao nosso curso de cristologia e hoje vamos tratar neste vídeo da cristologia na literatura paulina enfocamos o espírito de deus que nos ajude nessa empreitada em nome do pai do filho do espírito santo amém e e o espírito santo pobremente invocamos o teu auxílio e pedimos que tudo minhas a nossa inteligência e encha de caridade o nosso coração para que possamos ao adentrar no mistério do cristo e na literatura de são paulo hoje nós pedimos esta graça pela intercessão
de nossa senhora e do próprio paulo glória ao pai ao filho e ao espírito santo como era no principio agora e sempre amém em nome do pai do filho e do espírito santo amém bom eu vou logo mostrar um pouquinho material que a gente vai usar assim como base não é que eu vou ficar limitado apenas ao material que eu vou mostrar para vocês mas eu selecionei eu três obras em língua portuguesa duas delas estão aqui comigo uma outra é muito conhecida e facilmente encontrada nas nossas livrarias católicas é a primeira é esse dicionário o
dicionário de paulo e suas cartas é uma iniciativa de vários autores a maioria de língua inglesa os protestantes e católicos e uma obra de referência hoje traduzido em diversas línguas e inclusive como a gente acabou de ver em português e existem dois artigos nesta obra é como título de cristo e de cristologia paulina do mesmo autor que é um é um professor norte-americano de ohio que vale a pena a gente conhecer os artigos são bem interessantes é uma outra obra digamos assim mais ampla e bem mais vamos dizer assim resumida mas com qualidade também é
do josé pedro segala esse blister italiano e traduzida em língua portuguesa como titular cristologia do novo testamento e no interior dessa obra mas encontramos algumas páginas densas e interessantes sobre a literatura a paulina da página 9096 o e finalmente a outra obra é do grande exegeta luciano ser vou que escreveu bastante sobre são paulo e tem duas obras muito conhecidas de língua portuguesa que é o cristo e os cristãos na literatura de são paulo então é uma obra esse essa o cristo na da teologia de paulo melhor dizendo é uma obra facilmente encontrada no nosso
mercado editorial católico tá bom então faça uma observação é para quem ainda não acompanhou outras aulas nossas de cristologia muito vamos dizer ligada ao método da cristologia católica e que se aplica muito bem a literatura a paulina porque nós vamos notar que no discurso que nós vamos apresentar e na reflexão de são paulo sobre cristo tudo parte da ressurreição ou seja da páscoa de cristo bom dia muito importante a gente lembrar isso né ou seja a cristologia católica ela tem esse princípio hermenêutico e eu diria metodológico e nós olhamos para a sagrada escritura olhamos para
tradição da igreja se contemplamos né as fontes da teologia naquilo que elas nos oferecem acerca do cristo a luz do mistério da páscoa a luz da ressurreição de cristo a ressurreição de crista e vamos dizer poderia ser comparada a luz com a qual eu leio o antigo testamento novo testamento o papai o leio os textos paulinos ou sinóticos e assim por diante bom então a gente pode falar sem dúvidas de uma cristologia pré pascal i i a exegese contemporânea ela usa muito essa expressão às vezes adequadamente às vezes exageradamente mas é importante que uma má
teologia verdadeiramente católica ela deve partir dessa a verdade ou seja a verdade que cristo morreu na cruz e ressuscitou e essa luz da ressurreição de cristo ela é necessária para a compreensão não só do mistério pascal da soteriologia da nossa vida cristã em cristo mas ela é necessária para que a gente contemple adequadamente a cristologia pré pascal e até e até a prefiguração vão usar preparação para a o advento do cristo que a gente encontra no antigo testamento certo a essa pref e depois da única e suprema mediação de cristo que a gente vai encontrando
aqui e lá no antigo testamento bom então isso é muito importante eu lembro que o que hotel logo yossef rápido mulher e recentemente como papa bento 16 ele ele usa justamente essa ideia na sua obra eles estão lógica que vale a pena nosso conhecermos os três volumes de jesus nazaré todos os três publicados em língua portuguesa e ele recorda dois princípios muito importantes para exegese católica o e dentre entre eles ele coloca este ou seja um católico ele ler a sagrada escritura sempre a luz da páscoa a luz da ressurreição e ele deu o antigo
o novo pilão que for da escritura o versículo que a perícope que se apresente sempre a luz dessa verdade fundamental e que nos identifica como cristãos e um e outro que não sei porque ele coloca ao lado desse a princípio da globalidade da escritura seja não devo cair na vamos dizer na no erro do fundamentalismo de pegar um versículo uma perícope isolá-la do contexto isolá-la do da inteireza do livro ou isolar ela até da inteireza da sagrada escritura e da palavra de deus aí a gente pensa também na sagrada tradição o e querer que ela
diga vamos dizer apresentá-la como dizendo algo que contradiz a palavra de deus na sua empresa seria um ato pouco inteligente infelizmente isso acontece não raramente tá certo especialmente no âmbito da saúde livre interpretação que caracteriza um pouco a relação dos cristãos protestantes com a sagrada escritura bom então a nossa fé cristã importante é lá ela é filha da páscoa nós somos cristãos graças ao poder da páscoa de cristo poder da cruz e da ressurreição de cristo esse poder que nos foi comunicado pelo espírito santo em pentecostes para que a igreja pudesse levar essa boa-nova salve
fica para todos os homens né que eu estou morreu na cruz para nos salvar dos nossos pecados e ressuscitou para nos dar uma vida nova de frios de deus e nos oferecer um caminho de vida eterna e mais a nossa fé cristã não estala flutuando nas nuvens ela tem raízes históricas a revelação é toda a acontece na história deus se revela ao homem na história deus acompanha a história do homem deus intervém na história do homem à nossa experiência religiosa no antigo e no novo testamento na igreja ela é histórica né então nós temos a
nossa fé tem raízes históricas a historicidade da nossa fé é necessária não posso desprezá-la ou achar que ela não tem importância para minha fé como por exemplo via rudolf bultmann esse é o importante é o cristo da fé o importante é o kerygma importante aquilo que tem valor existencial para mim hoje não é tão importante se cristo morreu na cruz em jerusalém ou se foi em outro lugar se cristo ressuscitou na digamos na historicamente ou não e ou seja fez milagres ou não histórico do ponto de vista histórico importante é que ele é o meu
salvador não na nossa visão católica razão fé e razão caminho juntas e e a nossa fé ela tem raízes históricas e nós vamos encontrar no novo testamento boa parte dessas raízes ea que a gente poderia aceitar né a importância do evangelho de marcos né pela sua adaptação e nós sabemos e que existem uma série de artigos e aí os estudos que mostram que parte do material de marcos e ainda mais antigo do que a redação mesma do redação final do evangelho daí que já joaquim jeremias fala de algumas partes do evangelho de marcos como muito
próximas do data pascal e sugere uma data entre 35 e 40 por exemplo para as palavras da consagração no evangelho de marcos a instituição da eucaristia bom e nós temos também é interessante ver que depois de marcos mateus e lucas eles vão buscar justamente essas raízes históricas e vão querer aprofundar a vamos ver a infância de jesus o que quem é esse jesus e começou a pregar a partir do batismo de joão batista morreu numa cruz estou é o nosso salvador mas quem era ele antes então essa historicidade da vida do cristo entre aspas pré
pascal é motivo dos evangelhos da infância e e esse caminho vai saindo um pouco mais longo entre aspas no evangelho de são joão quando o joão vai buscar mas esse aqui nasceu da virgem maria e se quê que foi batizado por joão ele não existia o existia antes e do seu nascimento da sua concepção nessa vida humana quem é ele qual a sua identidade mais profunda ele é deus e por isso são joão remete o nosso olhar a pré-existência de jesus o que é vamos dizer assim que prepara o ato da missão ou da encarnação
do verbo o pai envia o seu filho para nos salvar o verbo um carna no seio da virgem maria então essas observações são importantes é quando também é que nós vamos que são paulo ele começa a escrever em 51 a primeira epístola dele é a primeira epístola aos tessalonicenses o que a exegese hoje diz mais muito material de são paulo é pra paulino e por isso é muito importante essa ideia porque nós vamos usá-la mas adiante e olá josepe segalla na sua obra sobre a cristologia no novo testamento ele propõe uma introdução muito interessante é
o nosso tema que estou no já paulina e ele propõe dividir um pouco a literatura paulina em três etapas que correspondem um pouco a cronologia da vida de são paulo a cronologia dessas obras aqui eu não vou entrar no hair nosso objetivo entrar no campo daquilo que seria a literatura autêntico não autentica o literatura delta do paulina e etc eu deixo isso dos grandes especialistas exegetas mas nós partimos do pressuposto que a literatura paulina enquanto tal independente de ter sido escrito por paulo por discípulos o por pessoas ligadas a ele é uma literatura inspirada pelo
espírito santo ea palavra de deus e e por isso merece toda atenção e é aquela parte do que nós queremos agora com a brevidade necessária dada vamos dizer o escopo do nosso curso que é uma cristologia sistemática é que nós podemos oferecer essa literatura mas é muito importante bom então ele ele coloca como primeira etapa desse caminho de reflexão cristã lógica é em são paulo é a literatura nos primeiros anos do ministério paulino digamos assim do ministério de escritor paulino bom e se encontrou então nesse contexto a primeira segunda carta aos tessalonicenses e o capítulo
15 da carta aos coríntios lembremo-nos que o capítulo 15 da carta aos coríntios é um texto certamente paulinho é um parte melhores amigo parte pré paulino né tem muitas informações interessantes umas mas paulo remete essa esse texto a ideia que está contida nesse texto aquilo que ele recebeu anteriormente que ele é transmitir para os seus para a igreja que lhe foi confiada lá para aquela igreja que ele fundou lá em corinto bom então a característica principal desse primeiro momento seria o interesse vamos chamar relação entre ressurreição e escatologia para luzia e aí a ressurreição de
cristo ela seria justamente a primicia daquela ressurreição final e os primeiros cristãos eres como o nosso não sabiam a data da parusia imaginava o que possivelmente a para os e aconteceria logo e eles ainda estariam talvez vivos para ver a segunda volta do senhor né com a vinda do senhor mas não foi isso que aconteceu como sabemos o hino então nesse primeiro momento a a vinda do senhor era apresentada no na pregação cristã primitiva oi e da seguinte forma antes do senhor voltar como primeiro ato desse retorno glorioso do senhor todos aqueles que tinham morrido
o ressuscitaria tal a ressurreição dos mortos ela seria vamos dizer o primeiro ato dessa para luzia desse retorno glorioso do senhor e quem vai retornar o cristo ressuscitado cristo glorioso que está sentado à direita do pai certo bom então vejam que nesse discurso lá na carta nas cartas aos tessalonicenses a morte de jesus ela é citada mas normalmente de um modo um pouquinho de relance para você pode ver isso por exemplo na primeira carta aos tessalonicenses capítulo 5 versículo 10 certo e até no início zinho da carta aos coríntios estão lá no no capítulo 15
da primeira carta aos coríntios no versículo 3 são paulo o recorda de pato eu vos transmitir antes de tudo o que eu mesmo recebi e isso mostra que ele está dentro daquela tradicio né parados isso seria a expressão grego seja ele recebeu essa essa tradição está e transmitindo finalmente aos seus discípulos mas o que foi que ele recebeu a saber que cristo morreu pelos nossos pecados segundo as escrituras foi sepultado e ao terceiro dia foi ressuscitado segundo as escrituras só que a gente vê essa breve menção a morte de jesus né por isso aquele que
morreu cristão que aqui nessa vida acabar falecendo não deve se desencorajar né o cristão não deve se desencoraja com a possibilidade da morte porque ele vai ressuscitar para ver o retorno de jesus à para o seu de jesus meu dizia a ressurreição dos cristãos dos mortos vai ser o primeiro ato dessa volta gloriosa do senhor dá para o z tá bom na segunda etapa do pensamento paulino então nessa primeira etapa voltando um pouquinho a primeira etapa é faltou dizer isso nós temos então esse interesse mais escatológico a ressurreição muito ligada a essa visão escatológica próxima
né que caracteriza esse momento da igreja primitiva e do pensamento de são paulo também é a segunda etapa seria já há alguns anos depois e segalla vai relacioná-la com a permanência de paulo em corinto pois daquela da ida né a macedônia ele desce na direção de atenas geograficamente de décima e depois daquele discurso no areópago pouco do depois disso ele parte para corinto aonde ele vai permanecer um bom tempo e vai e o seu ministério vai ser muito fecundo né sabemos que ele vai dirigir nós conhecemos duas cartas provavelmente ele escreveu outros aos fiéis de
corinto e lá em corinto ele vai escrever cartas para outras comunidades é então nesse grupo de nessa literatura que ele associa essa permanência lá em corinto nós encontramos as grandes cartas de são paulo né a carta aos romanos a carta aos gálatas e as duas cartas aos coríntios é e qual é a tônica né qual é o ganzo a assento dessa cristologia desse período é que paulo ele começa apresentar a ressurreição de cristo não apenas da sua comprime-se área vai ficar apologia para os cristãos mas ele fala da ressurreição de cristo como princípio de uma
nova vida para os cristãos a ressurreição de cristo vai nos fazer novas criaturas e você pode encontrar isso lá em gálatas 6 versículo 15 bom e você pode encontrar isso por exemplo na primeira carta segunda carta aos coríntios capítulo 5 versículo 17 é nós somos novas criaturas em cristo jesus então nós somos justificados pela sua páscoa pela sua cruz pela sua pelo seu sacrifício pascal de amor e somos chamados a viver em cristo viver né é habitados e guiados pelo seu espírito pelo espírito do senhor pelo espírito do cristo é interessante porque em são paulo
é em vários textos o espírito é apresentado como o espírito do senhor o espírito do cristo não porque ele confunde cristologia e pneumatologia mas muito provavelmente em são paulo ele quer mostrar que espírito ele ele vem enviado por cristo ele vem comunicar o que cristo conquistou para nós na sua cruz e pela sua ressurreição o espírito nos permite viver em comunhão com ressuscitado muito provavelmente é por isso que são paulo usa esse termo espírito do senhor espírito do cristo ao contrário de alguns exegetas que vem uma insuficiência até o lógica no pensamento de paulo que
confundiria o espírito com jesus cristo o que é muito pouco provável na verdade bom então nesse período se você percebe que nós temos um caráter mais soteriológico da ressurreição de cristo e influencia diretamente numa nova vida concreta né é aonde o cristão é chamado a viver novas relações uma nova vida é é baseada né naquilo que cristo realizou por nós na vida no espírito evitando todo o pecado todo mal e praticando as virtudes e deixando os frutos do espírito santo é tomarem à sua vida né transbordarem da sua vida uma vida marcada por uma liberdade
em cristo uma liberdade no espírito que teria todo o fundamento para a teologia moral né também mas eu vou ficar aqui com esse com essa palavra chave do pensamento do segalla bem didático é nós teremos aqui o uma reflexão sobre o cristo ressuscitado marcada por esse aspecto sou ter o lógico que tem um fluxo é claramente existencial para a vida do cristão que diz a nova vida que o cristão é e do ave somos novas criaturas em cristo jesus certo nós podemos encontrar na carta aos romanos no capítulo 1 e no capítulo primeiro também da
primeira carta aos coríntios é a convicção que paulo tende do cristianismo traz uma novidade absoluta em relação tanto ao judaísmo quanto é a em relação ao helenismo nós não vivemos mais somente movidos pela nossa inteligência e pela nossa vontade nós não vivemos mais é apenas guiados pela lei mas nós somos digamos pelos méritos de cristo nós somos enxertados numa nova vida é uma nova economia cristo instaurou uma nova economia que o é aquela economia por exemplo judaico judaica a economia da lei esse é o cristo mediante a fé e o batismo ele não justifica e
aí a sabedoria de deus quis nos salvar muito importante essa ideia a sabedoria de deus ela quis nos salvar por meio da cruz de cristo dos e dos bens espirituais que dele nós recebemos a sabedoria do deus se manifestou de modo pleno até de modo máximo no em seu filho encarnado e no da sua obra redentora e essa sabedoria nos oferece o espírito para que nós tenhamos a graça necessária para viver em comunhão com jesus para vivermos como filhos de deus para vivermos e com liberdade né é muito bonito esse trecho é da reflexão de
são paulo sobre a sobre cristo né e e sobre o digamos um rio influxo dessa cristologia é na nossa vida né então graças ao espírito nós fazemos parte do corpo místico de cristo primeira carta aos coríntios capítulo 12 romanos capítulo 12 e fazemos parte desse corpo místico de cristo participamos da vida do cristo ressuscitado porque está no corpo místico de cristo no fundo é participar da sua vida ressuscitada e vamos falar agora um pouquinho da terceira etapa essa etapa está ligada a permanência de paulo na ásia menor na cidade de éfeso e fazem parte dessa
desse terceiro corpo de escritos paulinos acabar as cartas ditas do cativeiro ou seja a carta aos colossenses a carta aos efésios e também a carta aos filipenses então aqui são paulo medita mais sobre a pessoa do cristo no quadro geral da história da salvação certa forma o seu olhar cristológico e ganham novos horizontes mais largos o centro da sua reflexão cristológico está muito ligada à noção de mistério que ele propõe e especialmente na carta aos colossenses na carta aos efésios mais um mistério no sentido cristológico do termo o que seria esse terror mistério né então
você galo apresenta esse terror mistério como sendo a maneira pela qual deus realizou o plano de salvação ao longo da história revelando a sua sabedoria que estava como que escondida secreta não era conhecida pelo homem na sua inteireza e fico e o objeto e ao mesmo tempo o realizador desse plano de deus é cristo cristo é o vamos dizer o ápice desse plano de deus ele é o realizador desse plano que é salvífico né para os homens é esse termo mistério on-line sterion em grego ele vem do verbo minha em que vai por mim em
significa literalmente fechar a boca calar bom então a gente entende que o mistério não seria aquele que está calado aquilo que está que não foi dito é muito interessante a gente ligar isso com a ideia lá de são joão do verbo né do verbo o da palavra né na linha do judaísmo da teologia judaica da barra né o de barro da barra então vejam bem está calado então esse essa esse termo mistério on ele vai ser depois traduzido para o latim como praticamente transliterado vai ter a forma transliterada mysterium e vai ter também vai ser
traduzido pelo termo sacramentum por exemplo na carta aos efésios capítulo 5 versículo 33 são paulo diz que é um grande no final da serra é sobre a relação entre o homem ea mulher o marido ea esposa e a sua analogia com cristo ea igreja ele vai dizer que tudo isso é um grande mistério oi e ele vai usar o termo mistério on emprego e vai ser traduzido para o latim na vulgata como sacramento um né então nós latina vamos ter esses dois termos mistério um sacramento um que vão traduzir o mistério do grego certo que
essa coisa secreta mas em são paulo ea que eu faço por menção também ao meu livro né filhos lu filhos esse livro é uma introdução os sacramentos da iniciação cristã eu dedico é algumas páginas a esse tema e aqui queria citar um pouco um grande professor de teologia sacramental chamado carlo roqueta o professor na gregoriana deixou inúmeras obras é publicadas algumas até em português traduzidos e ele diz né que esse mistério mistério on ele aponta para deus esse deus que tem mistério enraizado no seu coração no seu amor o seu próprio ser e se deus
quer mistério e esse deus ele no seu amor misericordioso ele vai manifestar esse mistério de amor gradualmente ao longo da história e o ápice desta manifestação né que revela de certa forma com a sua luz toda a lógica do caminho percorrido até então é cristo né e essa seria enquanto deus é o a dimensão teológica do ministério cristo é a dimensão cristológica dessa noção de mistério oi e a sua páscoa é vamos dizer ah o ápice do axe a gente poderia dizer assim né aonde se manifesta tão claramente a sabedoria misteriosa de deus você pode
ver um pouquinho sobre isso na primeira carta aos coríntios capítulo 2 versículo 1 e versículo 7 também porém esse mistério foi confiado a igreja de modo especial aos apóstolos e a gente encontra isso na carta aos efésios capítulo 2 versículo 11 aí você pode seguir lendo até o capítulo 3 versículo 13 e ver que muito se fala este respeito então a igreja é constitutiva desse mistério a igreja ela é instituída pelo cristo o salvador e ao mesmo tempo ela recebe essa missão de continuar anunciar o mistério no mundo da igreja deve viver e esse mistério
proclamá-lo também no mundo né esse é um quarto ponto seria esse mistério e se dirige a cada homem ele se realiza na vida de cada homem então se tem a dimensão eclesiológica tem uma dimensão antropológica do ministério também e finalmente tem uma dimensão escatológica por quê porque o mistério não consigo assistir simplesmente num num evento do passado né e que tem um fluxo da minha vida espiritual hoje na vida da igreja hoje mas esse mistério aponta para a sua plenitude também que é a parusia de cristo quando se manifestará em todo o seu esplendor ou
a vitória do senhor né e o seu a salvação será plena em todos bom então veja o que é muito fascinante esse tema sem dúvida né então tem uma dimensão teológica uma dimensão cristológico a dimensão eclesiológica uma dimensão antropológica e uma dimensão escatológica do mistério e são paulo é consciente de que sendo colocando-se entre os apóstolos por graça de deus ele também deve de modo muito especial foi confiado a ele levar a revelação desse mistério aos homens né então ele deve revelar esse mistério aos olhos e aos judeus na sinagoga mas quando ele chega e
anuncia a boa-nova e principalmente aos cidadãos de todas de todos os povos de todas as raças línguas de todas as culturas ele deve ser instrumento para cada salvação o mistério de cristo chega a todos os homens quem é essa frase essa terceira etapa é muito rica né isso a gente pegar essas obras nós vamos encontrar uma série de hinos cristológicos que são quase certamente pré paulinhos são hinos que circulam nessa região de éfeso de uma beleza de uma densidade de uma profundidade cristológicas impressionantes oi e o chegar lá usa essa expressão né é uma cristologia
elevada e que certamente influencia o pensamento de paulo né esse contato de paulo com essa riqueza de indica teológica e aquele te lembra que a teologia pode tomar essa forma de início pensei nos hinos de santo tomás de aquino os rios eucarísticos tem um autor que eu admiro muito foi meu professor de introdução à teologia e nos bife e ainda ensina como é mérito na faculdade de teologia divulgando que dedicou um livro pequeno em italiano a teologia eucarística do sinos de santo tomás de aquino que você pode adquirir se quiser para conhecer essa obra ah
pois bem então você encontra os hinos por exemplo filipenses 2 5 ao 11 né o famoso hino da kenosis do cristo ou o hino da de uma cristologia cosmológica como alguns chamam né é colossenses 1 capítulo 15 versículo 20 e a que eu faço a propaganda de um outro livro de um professor amigo é um livro é esse aqui é que nós ajudamos inclusive a publicar em língua portuguesa pela editora eclésia professor mauro fat tem o doutorado dele pelo instituto bíblico pontifício instituto bíblico de roma a e agora é professor emérito lá da de lugano
ele é natural de brecha por ele com ele e nele é um comentário vamos ver teológico-pastoral carta aos gálatas apelam a carta aos colossenses e nesse livro ele faz um belo belíssimo comentários sobre é o hino da carta aos colossenses vale a pena conhecer e muito acessível bem mas também tem o hino da carta aos efésios né capítulo 22 versículo 14 ou 16 é um outro hino bonito que a gente precisar também ter em conta esses hinos cristológicos como eu dizia que fazem parte daquele cenário eclesial da igreja de éfeso é o rico na atual
turquia eles você pode por exemplo muito provavelmente você pode a ligá-los a outros hinos que estão no novo testamento ou trechos de decisivo que estão no novo testamento e que você também provavelmente conhece ou pode vir a conhecer o prólogo de são joão talvez fosse o hino ou uma vamos dizer um texto cuja a teologia está em profunda sintonia com esses hinos cristológicos e vai saber a carta aos hebreus capítulo 11 versículo 3 por exemplo primeiro timóteo 3 16 e esse é um tema bem interessante é que maravilha essa teologia vamos dizer indica né sobre
forma de hinos que nós encontramos naquele período certo é bom termos músicas hoje é com este grau de qualidade teológica né e vamos dando mais um passo então nesse nessa terceira etapa a visão é que cristo qual é o seu lugar na história da salvação a creed o lugar de unificador ele unifica né a humanidade e o mundo inteiro mundo no sentido cosmológico então ele unifica no sentido antropológico a humanidade e é muito bonito a gente leia efésios 2 14 16 justamente aonde vai se dizer que ele vai fazer com que dois povos se tornem
um só é muito interessante ver que não é um só povo também mas um só homem né a ideia é essa um só homem porque os dois vão se vão fazer parte do corpo místico de cristo porque é justamente na carta aos efésios e na carta aos colossenses que a eclesiologia somática são paulo ou seja ideia da igreja como corpo místico de cristo chega ao seu ápice também e o ápice dessa eclesiologia somática segunda fase dessa reflexão de são paulo é destaca o fato de que cristo é a cabeça desse corpo e esse cristo cabeça
é é está muito presente nessas duas cargas colossenses e cartões efésios esse foi tema da minha tese doutoral eu dediquei vamos dizer a primeira parte do meu primeiro capítulo praticamente todo o primeiro capítulo na verdade a aos fundamentos bíblicos dessa imagem a igreja é o melhor cristo cabeça da igreja não precisa estudar muito carta aos efésios e a carta aos colossenses e lamento que em língua portuguesa a gente não tem comentários excepcional as duas cartas a não ser eu diria esse que eu apresentei para vocês da carta aos colossenses que é um comentário vamos dizer
mas sintético e teológico pastoral que já é uma grande ajuda mas ainda não é aqueles não está na altura daqueles grandes comentários que a gente encontra em outras línguas sobre essas cartas que são muito ricas né e aí cristo é ele vai destruí o que o muro de inimizade que existe entre esses dois povos é interessante porque é interessante porque nós temos justamente um devemos lembrar da estrutura do templo de jerusalém na época vamos dizer de é de são paulo né quando muito provavelmente esses textos foram escritos a experiência de paulo foi transmitida pelos seus
discípulos porque é no templo de jerusalém havia quatro do gente usa um grande astro que todos podiam circular livremente inclusive os não circuncidados mais existia num determinado momento uma barreira uma espécie de muro com placas segundo fontes judaicas placas em várias línguas grego hebraico e até latim no período de dominação romana aonde se dizia a partir desse ponto os não circuncisos não podem passar e a penalidade poderia ser bem grave né isso se eles um fingirem sem essa lei essa esse limite né o e entrego porque essas placas realmente arqueologicamente a gente prova que elas
existiram porque no museu de istambul na turquia existe o digamos uma dessas placas escritas em escrita emprego então ela foi encontrada e testei muito que essas indicações realmente existiram na arqueologia venda em nosso socorro né como ciência auxiliar da teologia necessário é uma das nossas paixões também arqueologia especialmente bíblica né bom então cristo ele vem unificar humanidade tem que chamar a humanidade a formar um só povo na verdade com ele um só homem um homem novo santo agostinho baixar o cristo os tópicos não eu cristo total 1 e destruindo o muro que separava judeus e
gregos no sentido cosmológico cristo vem é também vencer usando antagonismos não foi deus que criou os antagonismos né nós pensarmos nos anjos e os anjos decaídos ou seja os demônios as potências do mal inimigas de deus é ela não foram criadas por deus como tal mas elas colocadas à prova livremente optaram pelo caminho contrário ao da vontade de deus e por isso decaíram bom então essas cristãos devem submeter vencer essas potências inimigas que desagregam a realidade e ferem a unidade do projeto divino então você pode encontrar isso lá em primeiro coríntios 15 versículo 27 ao
29 e também na carta aos colossenses 2 14 e 15 versículos 14 e 15 então ele é apresentado como primogênito de toda a criação né nesse hino cristológico mas como eu disse que está apertado como cabeça da igreja e essa é uma outra no outro título que a gente precisar guardar como é tipicamente paulinho vai ter uma grande repercussão disso na teologia toda e já começar de santo agostinho mas pensemos na teologia de são tomás de aquino questão 3 da terceira parte da suma teológica cristo cabeça a visão do papa e dos bispos segundo tomás
de aquino são cabeção cabeça visíveis cabeças visíveis da igreja ou seja representantes no cristo cabeça da igreja isso tudo bem aí dessa literatura paulina dessa terceira etapa da sua cristologia bom penso que apresentei brevemente com todos os limites essas três etapas do pensamento de são paulo e agora nós vamos seguir pouco o esquema do professor manfred rock na sua apostila de cristologia que a gente gostaria muito que um dia se tornasse uma obra é publicada em uma portuguesa e aí quem sabe em breve lembro da importância do manual do professor francisco acosta também e sobre
a parte bíblica é bem interessante também apesar de ele não conseguir tanto esses vilões os grandes filões da bíblia mas ele segue mais a tradição dos grandes títulos bíblicos de cristo e ali tem toda uma cristologia maravilhosa também então vamos dar mais um passo nesse caminho é bem então nós podemos dizer que a doutrina paulina ela é baseada na doutrina paulina sobre cristo é baseada no fundo na fé no cristo crucificado que ressuscitou foi esse cristo que alcançou a vida do paulo nós sabemos o quanto a sua conversão seja importante basta pensar no livro dos
atos dos apóstolos aonde lucas narra em momentos diferentes do livro é essa marra essa conversão de são paulo são três é exposições dessa conversão de são paulo ao longo do livro seja são paulo está caminhando para damasco com intuito de perseguir os cristãos e lá ele é alcançado por cristo o senhor e pedir pergunta por que me persegues interessante porque paulo estava perseguindo a igreja do cristo e os cristãos e alguns autores vão dizer que ali paulo começou a entender que perseguir os cristãos significava a perseguir o próprio cristo e que os cristãos estavam numa
comunhão com cristo mística e a ideia de corpo místico de cristo é o corpo de cristo é teria vamos dizer raízes longínquas nesse episódio da sua própria convenção no caminho para damasco pois bem são paulo faz a experiência com esse senhor que morreu numa cruz para nos salvar ele faz essa experiência durante aqueles três dias de escuridão que antecedem por assim dizer um encontro com ananias e o seu próprio batismo o e experiência que evidentemente vai ser aprofundada no decorrer dos primeiros anos da sua vida é de cristão então paulo ele tem um grande ele
está bem importância desse da cruz de cristo você sabe que tem o texto que é maravilhoso que está ali na primeira parte na primeiro capítulo da primeira carta aos coríntios quando são paulo fala da cruz de cristo né ele diz aos coríntios que ele não veio trazendo a sabedoria do mundo mas veio trazendo a sabedoria de deus e ele veio anunciar o cristo crucificado que é vamos dizer loucura para uns escândalo para outros mas para aqueles que crêem nele e é sabedoria de deus em são paulo ele anuncia esse cristo crucificado salvador como a sabedoria
encarnada de deus salvífica de deus para todos os homens você pode encontrar isso então como eu disse já no primeiro capítulo da primeira carta aos coríntios do versículo 17 ao 25 mas também pode ler sobre isso na segunda carta aos coríntios capítulo 5 versículo 14 e num gálatas 2 20 também então se o senhor se deu por nós se aquele que morreu crucificado e ressuscitou deu a sua vida por nós nós também devemos dar a nossa vida por cristo e de certa forma o apóstolo ele vive esse mistério de entregar sua própria vida de viver
de certa forma crucificado para o mundo e nem então a conformidade do apóstolo vai crescendo de modo a chegar a um certo ponto de já não sou eu quem vive de são paulo é cristo quem vive em mim e essa sublinhar fortemente a cruz da ressurreição de cristo então é faz parte do evangelho que paulo anuncia do evangelho paulino poderíamos assim dizer e evidentemente para ele esse é o ponto principal da vida do cristo é o cristo pascal é o cristo crucificado e ressuscitado e isso se sobrepõe a vamos ver a vida terrena pré pascal
de cristo são paulo e que paulo leg a importância da vida pré pascal de jesus mas ele desenvolve digamos as consequências das relações com o senhor para as nossas vidas ele quer anunciar na verdade o impacto a boa nova que é a páscoa de cristo para as nossas vidas essa essa páscoa ela é transformadora ela quer mudar a nossa vida dela quer entrando na nossa vida ela vai nos salvar e não é esse o urgente anúncio de paulo ele está pregando o evangelho para salvação do gentil tão ele bate sempre nesse ponto o senhor morreu
e ressuscitou por nós agora entendamos no texto que eu já citei nessa aula primeira carta aos coríntios capítulo 15 o versículo 3 a 5 são paulo não é são paulo que inventou aí vamos dizer esse é a páscoa de cristo como o elemento principal da vida cristã do anúncio cristão o kerigma sim mas são paulo recebeu isso dos outros cristãos da comunidade cristã ele ele foi formado assim tanto que justamente no trecho no texto com acabei de citar ele vai dizer eu vos transmitir aquilo que eu recebi eu estou transmitindo o que eu o que
me foi transmitido isto é cristo morreu pelos nossos pecados segundo as escrituras e ressuscitou foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia segundo as escrituras tá certo ou seja é era assim que os cristãos a mim passavam a boa-nova uns para os outros né anunciavam evangelizavam né a partir da páscoa de cristo anunciando a cruz ea ressurreição de cristo e paulo então entrando no caminho cristão ele vai também se fazer alto dessa verdade bom dito isso nós podemos identificar também na cristologia paulina é aquilo que nós podemos poderíamos chamar de uma cristologia em dois estados e
uma cristologia em três estados em alguns textos paulinos parece que são paulo ele fala da vida terrena de jesus é da vida gloriosa que começa com a ressurreição e que aponta para o presente celeste de jesus jesus taça alto no céu à direita do pai e em outros textos são paulo também deixa entender que existe a pré-existência do verbo bom então a cristologia em dos estados a gente vê ela muito bem na carta aos romanos capítulo 1 versículo 3 e versículos seguintes aonde nós justamente encontramos essa ideia não existe a vida terrena de jesus e
a existência pascal de jesus que se prolonga no céu e vamos ler agora arrumamos 134 o filho de deus nasceu da estirpe de davi segundo a carne é capaz arca constituído o filho de deus com poder segundo o espírito catar pneuma e o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos a saber jesus cristo nosso senhor veja que justamente o texto designa os dois estados da vida de jesus usando as expressões segundo a carne segundo o espírito segundo a carne jesus é o messias prometido da casa de davi é mas segundo o espírito ele é constituído
filho de deus com potência a sua força se revela antes de mais nada na resurreição depois da qual ele é chamado kyrios o senhor divino o texto não diz que jesus é o filho de deus afirma somente que depois da ressurreição ele foi constituído o filho de deus com potência porém não se trata de uma pessoa humana exaltado ao nível divino mas se trata do filho de deus mesmo e a presidência do filho de deus nesse texto não está excluída mas ela é implícita é tão bom quando a gente encontra uma cristologia em dois estados
a gente não deve pensar que são paulo não sabe que jesus cristo é o filho de deus é eterno mas ele tem essa ideia implícita no seu pensamento ele só quer mostrar a diferença entre a potência com a qual com qual jesus cristo é constituído senhor e é com essa potência que isso que jesus cristo age através do seu espírito na nossa vida nós estamos em sintonia com ele através do espírito santo de deus e é a cristologia entrevistados como eu expliquei então ela acrescenta explicitamente a ideia da preexistência mas para fazer o link entre
essa cristologia em dois estados é aquela em três estados a gente tem que falar do que se chama fórmulas demissão a fórmula demissão significa essas fórmulas que paulo usa para designar o fato de que o pai enviou enviou seu filho seu filho é enviado é seu enviado né e aqui justamente a ideia de emissão e são significa já santo agostinho desiste o cara mente né na sua seu tratado sobre a trindade a missão do filho a missão do espírito santo significa que eles foram enviados né ter o pai e filho foi enviado pelo pai eo
espírito santo foi enviado em missão pelo pai e pelo filho é o filho ó poema pois bem então a pré-existência se modo se mostra de modo explícito nessa fórmula nessas fórmulas de digamos demissão nós encontramos isso em gálatas 44 e romano 13 e vamos ler mais vindo a plenitude dos tempos deus enviou seu filho nascido de mulher nascido sob a lei e vamos ler agora é romanos 83 porquanto o que era impossível a lei visto como estava enferma pela carne deus enviando o seu filho em semelhança da carne do pecado e pelo pecado deus pela
ideia condenou o pecado na carne a missão do filho então é claro pré suponho pai pode enviar o filho porque eu fico já existe antes da encarnação não é o filho eterno de deus segunda pessoa da trindade a cristologia é em três estados então nós vamos dizer é a cristologia em dois estados mas a pré-existência que é explícita por meio da fórmula demissão ao lado das fórmulas que descrevem uma cristologia um dos estados encontramos outras como a cristologia em três estados bom então você pode ler isso no livro do segalla que estou longe ano novo
testamento que do novo testamento que nós já citamos tá bom então nós temos a pré-existência antecedendo a vida terrena e o estado glorificado depois da ressurreição de cristo é o exemplo mais famoso é o hino cristológico da carta aos filipenses oi e eu é muito bonito eu vou ler dá a partir da tradução que nós encontramos na nova bíblia da cnbb a segunda edição da bíblia da cnbb tá certo né e ele cristo existindo em forma divina não considerou um privilégio ser igual a deus mas esvaziou-se assumindo a forma de servo e tornando-se semelhante ao
ser humano e encontrado em aspecto humano humilhou-se fazendo-se obediente até à morte e morte de cruz por isso deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome para que ao nome de jesus todo joelho se dobre no céu na terra e abaixo da terra e toda língua confesse que jesus cristo é o senhor para glória de deus pai então esse é o texto é tão conhecido e de uma riqueza impressionante vamos tocar alguns pontos eu gostaria primeiro de citar mudou fnac hambúrguer que é muito conhecido pelo seu
comentário ao evangelho de são joão muito citado por o porque os errados e aí também na obra na obra tripartida os três volumes da obra jesus nazaré do papa bento 16 que diz que o hino cristológico na carta aos filipenses é a primeira forma plena da vida que histológica por que apresenta os três modos de ser de cristo a sua pré-existência seu estado terreno ea sua glorificação depois da páscoa os três estados é se encontram testemunhados claramente do texto né muitos autores eles recordando essa esse conteúdo pré paulino do hino atribuem a como data esse
hino por volta do ano 40 né o quê o interessante do ponto de vista histórico para nós vamos analisar um pouquinho nós encontramos primeiro essa expressão né é sendo da forma de deus né e mor pcu é forma de deus e que vai depois vai se contrapor mais adiante a expressão forma de servo humor fedulo que designa né aceitação da natureza humana da encarnação então a ideia parece muito claro seja ele é deus e ele assume a nossa forma humana nossa né nós iremos hoje um pelo sistemática nossa natureza humana paulo não conhece né que
evidentemente a a patrística e todas tudo aquilo que vai acontecer ele nos séculos seguintes são paulo tenta dizer esse mistério é inspirado pelo espírito com a cola linguagem que está no seu alcance né ele vai usar essa esse tempo forma né ou seja em moffet seu e é muito louco pêndulo em forma de deus forma de servo outra formulação interessante é que ele não ele era igual a deus né se usa aqui inclusive o termo isa céu bom e nós sabemos que na literatura a paulina são paulo quando quer falar do pai normalmente em usa
o termo céus réus para ser mais vamos dizer para pronunciar de uma forma que a gente normalmente tá mais acostumado né céus ou réus né para dizer o deus né então ele chama deus de pai e aí usando lembrando que esse termo luiza céu quer dizer igual ao pai igual a deus igual ao pai seria isso no pensamento paulino né ou seja para paulo jesus é claramente o filho eterno de caráter de vinho olá josepe segalla comentando esse texto diz que jesus possui a divindade mas essa divindade é iluminada pela figura do pai essa divindade
nós devemos entendê-la sempre nessa sua relação com o pai tá bom a atividade do clio se mostra não somente nas formulações indicadas mas também o uso do antigo testamento né é você vê que são paulo vai citar aqui isaías 45 23 dizendo que diante de jesus todo joelho ao seu nome todo joelho se dobre você já se expressão lá ensaios 45/23 ela aponta para ideia de adoração para a ideia da identidade divina que é atribuída nesse caso do hino ao senhor jesus né eu termino indo pouco além daquilo que o professor rock é rock propõe
no seu na sua da sua apostila dizendo que a gente pode notar nessa nesse hino uma eu diria dupla que nos né duplo esvaziamento existe o esvaziamento de deus que se o homem assume essa forma humana em tudo igual a nós exceto naquilo que concerne o teclado mas depois a gente nota que tem um segundo esvaziamento que está ligado justamente a obediência é só obediência que vai conduzi-lo a cruz né humilhou-se fazendo obediente até à morte e morte de cruz é um outro tipo de esvaziamento dentro tendo assumido a nossa natureza humana a encarnação seria
por assim dizer o primeiro esvaziamento e a redenção a obra redentora da cruz seria o segundo esvaziamento e ele se faz obediente até à morte e morte de cruz nós sabemos o que que o que que significa essa morte de cruz a morte mais humilhante a morte mais terrível que alguém poderia esperar naquele momento histórico naquele contexto é de jesus cristo mais depois tem um super allevamento né jesus elevado jesus vai ser levado acima de todas as outras realidades evidentemente enquanto deus ele não pode ser levado e já é deus mas ele vai ser levado
e aqui a é parece clara a a a indicação vai ser levado o quanto a sua a sua humanidade a sua humanidade glorificada vai estar acima de todas as outras realidades do céu a terra do inferno dos enfermos e por isso diante desse deus que assumiu a nossa natureza humana morreu numa cruz e ressuscitou né diante de jesus cristo todo joelho se dobra jesus cristo que assumiu a nossa o verbo assumiu nossa natureza humana jesus cristo é agora o o senhor deus e homem e é para glória de deus pai então esse título do senhor
nós sabemos domino's adonai é um título que aponta também para a divindade é de nosso senhor jesus cristo né até um texto muito muito muito bonito não tivesse duplo movimento de abaixamento added a um abaixamento só que vai até a cruz claro a gente pode ver dois momentos no texto né que estão evidentemente em continuidade teológica tá bom é outro outro ponto importante são títulos que aparecem abundantemente é nos escritos paulinos por exemplo já que inferior tem esses dois aparece o título senhor eu não vamos falar agora de alguns títulos que iríamos cristo filho de
deus imagem de deus mediador da criação e novo adão e o título kyrios que aparece aqui no outro significativo se fala que o seu nome o nome de cristo vai estar acima de todo o outro nome e a 70 nós sabemos a septuaginta a tradução da do texto vamos ver hebraico do antigo testamento texto ano a gente uma massorético hoje né substitui o diariamente o nome de deus o tetragrama santo né e aqui algumas pessoas insistem em chamar de haver gente não sabe e alguns protestantes chamam de jeová que a gente certamente não era isso
essa pronúncia pelo substitui esse esse tetragrama santo o nome santo de deus pelo termo kyrios então quando um judeu valeu líder adonai o texto massorético porque tem as inclusive tem as vogais do adonay no texto né mas digamos na tradução grega se substitui o tá com a grama santo pela expressão grega kyrios este mesmo título é usado cerca de 275 vezes na literatura paulina e vem da tradição pré paulina senhor conserva o eco da fórmula ara maika né o maranatha vem senhor nosso ou então o nosso senhor veio senhor aponta para o caráter divino de
jesus mas também para sua soberania para o fato de que ele está ressuscitado e de que um dia ele vai voltar por isso maranatha uso daquele tipo desse título altíssimo provém do salmo 110 versículo 11 versículo citado pelo próprio jesus vamos ler o oráculo do senhor ao meu senhor senta-te a minha direita até que eu ponha os teus inimigos sobre os cabelos dos teus pés em jesus em marcos 12 35 37 citando este salmo 110 que é o salmo mais citado no novo testamento é e se apresenta como senhor de davi ele mostra que apesar
de ser filho de davi enquanto o homem ele é senhor de davi porque ele é deus então quanto deus ele é senhor de davi o quilos ela também título de imperador romano que pretendia ser venerado como um deus infelizmente para muitos cristãos isso foi razão para que muitos morressem dizendo que não ia o culto ao imperador como deus u e usando este tipo de linguagem que os cristãos afirmavam que o verdadeiro senhor jesus cristo não é um simples humano como o imperador que é só um homem ele é deus as cartas paulinas usam ainda mais
frequentemente se o título kyrios aparece 275 vezes aparece o título cristo 400 vezes mais uns 400 vezes esse título digamos aponta para o é a tradução do termo hebraico messias né ou seja jesus é o messias esperado em continuidade com todas as promessas proféticas é o messias o que vai instaurar e dar o grau novo tempo templo do espírito tempo de salvação um tempo de uma maior intimidade com deus é bem é outro título muito presente ou título filho de deus que se encontra um poucas vezes mas quando ele aparece ele tem que ser uma
importância muito grande como por exemplo gálatas 2 20 e então em romanos 13 aparecer a ressurreição manifestou seu ser filho de deus então ele já era filho de deus antes da encarnação evidente ele se encarne é o filho de deus encarnado mas se manifesta esse ser filho de deus com a sua né vamos ver com a sua ressurreição a relação do filho com pai se bosta na ideia de que jesus é a imagem de deus e aqui a filosofia aristotélica interessante porque ela vai falar justamente do filho como imagem do pai ou seja um filho
amar entre a sua cópia do pai em são paulo ele vai justamente nesse contexto de pensamento grego são paulo vai falando ao homem vai falar o filho é imagem do pai vai nessa linha de pensamento seja o filho amar entre a sua cópia do pai ou para pegar o pensamento junino quem vê o filho ver o pai o filho revela o pai não é por isso ele é o digamos aquele que pode revelar por excelência pai porque ele é a imagem do pai imagem visível nas ou humanidade do pai e a gente pode encontrar então
mano clara referência isso lá em segundo coríntios 44 é os cristãos eles são filhos adotivos de deus através do filho divino a neve se você pode ir lá ver em gálatas 3:26 a gálatas 47 somos filhos no filho disse muitas vezes o papa joão paulo segundo somos fomos formados a imagem de deus né e no filho ou seja se a imagem de deus os padres de alguns padres da igreja um relacionar isso com o fato de que fomos formados a imagem de jesus cristo né na presciência de deus deus nos criou a imagem de seu
filho encarnado jesus cristo e eu o primeiro coríntios 86 nós encontramos o seguinte texto existe um só deus o pai do qual tudo provém e nós somos para ele e um só senhor jesus cristo em virtude do qual existem todas as coisas e nós existimos para ele então aqui aparece a ideia de jesus cristo como é senhor e kovu mediador jesus é o mediador da criação tão o pai é origem de todas as coisas mas cristo é a razão pela qual todos nós existimos em virtude dele que todos nós existimos ou seja o pai criou
todas as coisas por meio do seu filho jesus cristo né e tendo como referência a jesus cristo então jesus cristo é o mediador por assim dizer entre o pai e toda a criação a missão cósmica de jesus fica clara lá o zoológico qual já nos referimos na carta aos colossenses logo no capítulo 1 jesus cristo é apresentado ali como também como esse mediador da criação é mas queremos concluir falando também dessa desse título novo adão é algo que está se encontra presente na carta aos romanos capítulo 5 versículo 12 a 21 são paulo faz uma
bela comparação assim como por meio de um só homem o velho adão todos vão percorrer o caminho do pecado todos pecaram e ficamos assim desgraçados no sentido perdemos a graça é por meio de um outro ou né cristo o novo adão nós todos vamos ser agraciados né só que a graça que cristo nos oferece é muito maior do que a desgraça que adão nos e aí conquistou para nós por assim dizer bom então são paulo até a uma expressão superabundou a graça onde o pecado abundou foi forte foi algo mortal né é a graça superabundou
para mostrar que existe apesar dessa semelhança de uma analogia existe uma diferença brutal a diferença e e tremenda entre o novo adão e o velho adão novo adão é deus encarnado por isso a graça aquele conquista é muito maior do que tudo aquilo que nós perdemos toda ferida que quem nós foi causada por causa do pecado né então quanto foi desobediente outro foi obediente é esse paralelo é muito rico e vai ser depois vai se estender a mariologia em autores como justino e irineu que vão comparar a eva e maria também bom então é muito
rica sem dúvida cristologia soteriologia de são paulo é são paulo ele prega a cristo e viver em cristo ele anuncia cristo que estão centro da sua vida eu sempre da sua pregação sempre do seu pensamento né então aqui eu acredito nós apresentamos um resumo da cristologia paulina e caro demos algumas fontes bibliográficas espero que além do uso dessas fontes bibliográficas vocês leiam leiam as cartas paulinas rezem com elas ou não uma coisa muito boa une a nossa o estudo da teologia alexia divina assim a gente é formado e intelectualmente mas também deixa que essa palavra
encontre lugar se radicou no nosso coração para transformar nossa vida que que adianta a gente é muito sobre cristo e não deixar cristo viver em nós e não viveu a vida critica critica e para que possamos um dia também poder dizer como são paulo né é corremos vivemos a nossa vida aqui nessa terra enfrentamos todas as labutas necessárias guardamos a fé e agora esperamos a coroa de justiça que o justo senhor jesus tem reservada para nós o que está poderíamos dizer um dia também já não sou eu quem vivo é cristo que vive em mim
em são paulo interceda por nós
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