Brasil vai ter o Switch 2 mais caro do mundo. Segundo informações oficiais, só o console já vai vir custando aí a bagatela de R$ 4. 499 e no combo com o Mario Kart World, ele vai est custando R$ 300 mais caro, ou seja, R$ 4799.
Fora isso, o preço dos jogos também, né, foi anunciado. E pelo visto a gente vai ter mesmo, né, aquela história que tava muita gente achando que talvez não fosse acontecer, que é Mario Kart a R$ 500 e títulos first pary também, como o próprio Dok Kong Bananza. Não custando 500, mas custando próximo disso R$ 440.
E aí, antes de passar a palavra, inclusive, eu quero perguntar um pouco a opinião do Vandep e depois do Edu também, só para contextualizar para vocês que estão acompanhando a gente aqui, convertendo em dólares, o Nintendo Switch 2 vendido no Brasil, né, a 4499 ou 4799, ele é quase duas vezes mais caro que o valor dele nos Estados Unidos e bem mais caro do que o valor da versão travada, né, com region lock, com trava de região vendida lá no Japão. Vandep, impressões gerais aí a respeito disso? Não dá para elogiar a Nintendo de maneira nenhuma com o valor absurdo desse, tanto de console quanto de jogo, né?
O que mais surpreende parece o valor dos jogos, né? Não sei. Claro, o console é muito caro para o que é.
Eu me lembro, inclusive, eu já contei essa história, que pela primeira vez na vida, eu tinha um dinheirinho. Eu comprei o Xbox One em 2013 por 2300, nunca vou esquecer. Só que não sei se vocês se lembram que o PlayStation, PlayStation 4, né, tinha sido vendido por 4.
000. E eu me lembro que teve uma pessoa que comprou, eu me lembro que foi até uma reportagem no Brasil, uma pessoa comprou por esse valor. E agora a gente vê um console por 4500, quase 4800 com o jogo, cara, para um console que na verdade tem um poder basicamente de um PS4 é complicado, cara.
Mas eu eu tenho duas coisas que queria falar. uma na BGS do ano passado, a Nintendo foi uma das poucas empresas que teve assim de games. Tinha o Billy Vanzil, vice-presidente da América Latina, da Nintendo of America, que falou que quer expandir, né, a presença no Brasil e tornar os produtos mais acessíveis, os preços, principalmente.
Então, fazer esse anúncio, né, depois de tudo isso. Inclusive também temos um um tweet do que eu vi do SON Linguista inclusive que acompanha às vezes comenta aqui com a gente que ele mostrou que o né o Cyberpunk Ultimate Edition vai est 339 enquanto um jogo da Nintendo, no caso Donkey Kong Bananza, vai est R$ 439. Então são R$ 100 de diferença.
E nos Estados Unidos são os dois são 70, né? Então tipo, por quê? Porque essa precificação de R$ 100 mais barato um jogo que em outro lugar tá precificado da mesma forma.
Então, não sei se eles estão esticando a corda e tentando ditar um parâmetro novo pro mercado, mas eu acho que você tem que entender a situação do planeta e do país, cara, que se você tá vendendo um jogo que é 1/3, um pouco mais de 1/3 salário mínimo no país, cara, e você precisa talvez reavaliar um pouco ou simplesmente, eu não sei se eles não se importam no Brasil, porque eu tava com a expectativa que justamente a Nintendo ia investir mais no Brasil, então achei meio estranho e eu não sei quem vai comprar. Eu imagino que de qualquer jeito aqui as pré-venas devem inicialmente esgotar. Eu eu antecipo, não sei o que vocês acham, mas que que você achou dessa história, Davi?
Você não comentou tua opinião ainda? Não, eu tô contigo, assim, não tem como comentar algo positivo em relação ao que a Nintendo tá fazendo aqui, até porque vale levar em consideração também que assim, existe uma maneira, existem caminhos para você baratear o custo de determinados produtos que você tá vendendo do ponto de vista de videogame, seja console, seja jogos. A própria Steam faz um trabalho muito legal de localização e assim, eu sei que a Steam não é a pessoa, não é a entidade que produz os jogos, né?
Ela é um marketplace. Então existe uma diferença muito grande quando você compara o caso da Steam com o caso da própria Nintendo, que é publisher também. Eu eu sei muito bem disso, mas querendo ou não, a Steam faz um esforço maior para tentar tornar os jogos aqui no Brasil mais acessíveis ao povo brasileiro.
Sem falar a questão do console, a gente não tá falando do console mais caro da geração. Você ainda tem o PlayStation 5 Pro custando bastante. O próprio Steam Deck também é um portátil que custa um valor similar, mas mesmo assim, até pelo que você mesmo mencionou, Vandep, a gente tinha uma certa promessa de Nintendo em eventos anteriores, nessa volta da empresa ao Brasil, de que a coisa ia ser diferente, de que o público brasileiro ia ser tratado de uma maneira um pouco mais respeitosa, digamos assim, talvez o ponto de vista financeiro.
Acho até que revendo um pouco aí a fala do Bill Vanzil nos eventos anteriores falando sobre a Nintendo ser mais acessível ao público brasileiro aqui no no nosso país, eu acho que o papo de acessibilidade ficou talvez mesmo na questão da tradução dos jogos, né? Não necessariamente na acessibilidade financeira dos títulos, né? E aí eu não sei muito bem o que é que a Nintendo tá esperando eh vender, qual é a expectativa dela.
Não sei se o Brasil interessa tanto quanto o mercado eh em relação a outros países, em comparação com outros países, melhor dizendo, né? Talvez no México, talvez nos Estados Unidos, a expectativa seja de um número maior de unidades vendidas e o Brasil meio que fica com o que restou. Mas Edu, o que que você acha sobre essa história toda aí?
Qual é a tua visão a respeito disso? Eu fiquei bem frustrado, fiquei bem decepcionado, porque de tudo que a Nintendo vinha falando e mostrando, né, mencionando o Brasil como uma prioridade, de fato, começou a traduzir mais jogo, as traduções da Nintendo são bem feitas, levou uma galera pro evento do Switch 2, eu imaginei que eles iam localizar direito os preços pro Brasil. Eu imaginei que o console seria mais acessível e os jogos seriam bem mais acessíveis.
E assim, o console você até compra na revenda não oficial, né, no Mercado cinza, vai ter muito importador trazendo, levando, né, pro pro Brasil o console. a galera vai conseguir pagar bem mais barato do que esse preço oficial sugerido, mas no fim das contas, com os jogos, você vai ficar muito na mão desse preço absurdamente alto, fora da realidade. É um preço que não é correspondente com o o mercado brasileiro.
Esse preço deveria ter sido melhor localizado. Eu fico questionando se de fato as traduções são necessárias, porque nesse preço você vai est falando com uma elite que possivelmente já fale em inglês. É, então assim, se eles estão investindo tanto no Brasil, em eventos e em tradução, abre mão de lucro e conquista o mercado, porque eles estão colocando o preço tão alto que eles vão assustar os potenciais consumidores.
E eu vejo um momento atual, mais como um momento da Nintendo, investir no Brasil do que pensar no retorno imediato. E se eles tornassem o Sutch 2 mais acessível, eles iam conquistar um público que ia ficar com eles a geração inteira. Eles teriam o potencial de vender jogos de Switch 2 a geração inteira com essas pessoas que compram o console logo na pré-venda.
Eu eu fiquei bem chateado com a situação. Isso é muito ruim pro público. Eu acho que demonstra uma falta de visão, uma falta de empatia da empresa com o público brasileiro.
Eu não sei qual que é o o poder real de decisão do Bill Vanzil. Talvez ele esteja de mãos atadas por causa da da Nintendo of America, por causa da da Nintendo Japão, tá fora da realidade. E assim existem alternativas, poxa, o Brasil tem a zona franca de Manaus, que já foi usada, né, para para poder distribuir os consoles no Brasil com preços mais acessíveis.
A gente vê outras empresas de games, seja Xbox ou PlayStation, sejam outras eh publishers, third parties, conseguindo jogos com preços melhores pro brasileiro, né, com localizações de de preços que fazem sentido. Não sei, cara. Eu achei uma bola fora surreal da Nintendo.
É uma é uma tristeza isso. É uma tristeza que eles tinham a chance de conquistar público e eles estão assustando o público. Eu ia falar exatamente isso.
Isso é um ótimo ponto do Edu conquistar um novo público, né? Porque eu acho que todos nós e muita gente que deve est ouvindo, talvez até mais novo que a gente, foi impactado de alguma forma, né? Para mim foi o Super Nintendo e jogando o primeiro Zelda lá e também o Super Mario Kart.
Cara, eu não consigo explicar o que foi quando eu comprei um Super Nintendo e que tive a sorte de ter, né? Porque era muito caro e muito muita sorte de ter. Então, hoje em dia existem existe muito mais coisa para uma criança ocupar a mente, muito mais coisa que ela pode considerar que é mágica, né?
Que é um sentimento que a gente teve, né? que justamente com aqueles personagens com o próprio Maro, Luigi, a princesa, quem for, entendeu? Tipo, eu acho que o Edu com a própria filha repassou isso, né?
Tanto que às vezes ele ele joga Mario Kart com ela e tal, só que assim, para uma geração que talvez não tenha um pai que tava tão imerso nisso, como que ela vai descobrir, né, o Mário ou, né, todos esses personagens do próprio Donkey Kong. Você lembra quando saiu Donkey Kong pro Super Nintendo porque tinha um gráfico totalmente diferente, assim, era talvez uma das sensações mais mágicas da infância você poder ver o Donkey Kong e enxergando como se fosse futuro, né? não era, era uma geração bem antiga ainda.
Então eu acho que hoje em dia, se você não tem um pai nintendista, vamos dizer assim, é um pai que gosta muito do console, da marca que seja, talvez ele, a criança não não vai ter acesso a isso. Por que que um pai vai decidir comprar um console que ele nunca jogou direito, que é caro e que talvez se ele for fazer pesquisa em comparação ao Xbox ou um PlayStation assim, tem, vamos dizer, uma capacidade muito inferior em muitos sentidos, beleza. jogos.
Eu acho que o geralmente os acertos da Nintendo são nos jogos, né? São as franquias, são os IPs que eles têm. Então você limitar acesso a isso, eu acho que ele justamente tem umas IPs muito mais fortes em alguns sentidos do que a própria Sony e a Microsoft, sabe?
Então você tá construindo essa há mais tempo e agora é a hora de dar esse bote, né? Vamos investir no Brasil, vamos fazer uns preços acessíveis. Então é muito frustrante, cara.
Quem que vai pagar quase R$ 500 num jogo? E aquele negócio que sempre fala David de tipo você tem que adicionar um zero pro preço no Brasil é basicamente realidade, entendeu? Não é, nunca é conversão, é sempre o zero.
Eu tava esperançoso de que eles iam localizar melhor esse preço, assim, R500, sabe, o console e os jogos, pô, não chegar a R$ 500, flutuar ali de 250 a 400, que aí é muito dinheiro, eu sei, eu não tô falando que não é, mas eu tava esperançoso de eles darem aquela recuada, diminuir a margem e conquistar público, sabe? Eles estão limitando demais o potencial de venda do console. Isso é, isso é muito triste, cara.