Um bom dia a todos vocês, meus irmãos! Sejam bem-vindos à nossa meditação diária. Peçamos a Deus a Sua bênção em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome; venha a nós o Vosso reino; seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, hoje e sempre.
Amém. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
No dia de hoje, nós começamos o Capítulo 34 do "Caminho de Perfeição". Continua a falar do mesmo assunto. Este capítulo é muito útil para ser lido depois de se ter recebido o Santíssimo Sacramento, né?
Então este é o título aqui do Capítulo 34. Então nos diz Santa Teresa: pois nesta súplica de cada dia, ainda falando do Pai Nosso, né? O pão nosso de cada dia parece significar, para sempre estive pensando, porque o Senhor repetiu, depois de ter dito: "cada dia nos dai hoje".
Tive a impressão de que ser nosso pão cada dia significa que o possuímos na terra e o possuiremos também no céu, se aproveitarmos bem a Sua companhia, pois Ele não está aqui conosco senão para nos ajudar, para nos sustentar e para nos animar a fazer essa “vade” que temos pedido que faça em nós. Hoje, me parece ser um só dia enquanto dura o mundo, e não mais do que isso. E de fato este mundo não dura mais do que um dia.
Os desventurados que se condenam e não o gozarão na outra vida não podem atribuir-Lhe a culpa por se deixarem vencer, já que o Senhor não deixa de nos animar até o fim da batalha. Eles não terão como se desculpar e nem poderão se queixar ao Pai por lhes ter tomado o Filho quando eles mais precisavam. E assim o Filho diz ao Pai que, não sendo esta vida mais do que um dia, o deixe passar na servidão.
Sua Majestade já nos deu Seu Filho, enviando-o ao mundo pela própria vontade de Deus. O Filho, por Sua própria vontade, não quer agora abandonar o mundo, mas ficar aqui conosco para a maior glória dos Seus amigos e temor dos Seus adversários. Por isso, Ele só pede o pão SAC para hoje, apesar de Sua Majestade já nos ter dado esse alimento em manada.
A humanidade que está agora à nossa disposição só morrerá de fome por nossa própria culpa, porque, como comer desse alimento, a alma achará no Santíssimo Sacramento delícias e consolos. Não há necessidades, sofrimentos nem perseguições que não vençamos com facilidade, se começarmos a provar os que Ele suportou. Pedi ao Pai e filhas como este Senhor que vos deixe hoje o vosso Esposo; que não vos vejais neste mundo sem Ele basta para reduzir tão grande contentamento que Ele fique disfarçado sobre os acidentes de pão e vinho.
O que é grande tormento para quem não tem outra coisa para amar e nem outro consolo, mas suplicar-Lhe que não vos falte e vos dê a disposição para recebê-lo dignamente. Quem, de fato, se tiver entregue à vontade de Deus não deve preocupar-se com outro pão. Quer dizer, nos momentos de oração, trata de coisas mais importantes, havendo outras ocasiões para que trabalhe e ganhe de comer.
Mas em nenhum tempo deveis gastar nessas últimas coisas o pensamento. O corpo deve trabalhar, pois é certo que procurei sustentar-vos e a alma descansar. Deixai essa preocupação, como já foi dito amplamente ao vosso Esposo.
Ele a terá sempre. Se um criado começa a servir a um Senhor, empenha-se em tudo para contentá-lo, tão pobre que não tenha nem para si, nem para Ele. Isto não acontece aqui.
O Senhor é e sempre será rico e poderoso, assim não ficaria bem o criado viver pedindo comida, visto saber que o seu amo se preocupa em alimentá-lo e que ele há de ter o que comer. O Senhor, com razão, lhe dirá que cuide de servi-lo, e de ver como contentá-lo. Causar preocupação o criado não faz nada direito.
Assim, irmãs, quem quiser, quem quiser que se preocupe em pedir esse pão. Quanto a nós, peçamos ao Pai eterno merecer receber o nosso pão celestial de uma maneira que, como os olhos do corpo não podem deleitar-se em contemplá-lo, por estarem muito encobertos. O pão se revela aos olhos da alma, dando-se a conhecer.
Pois é outro manjar de alegrias e contentamento, um alimento que sustenta a vida. Muito bem, meus caros. Então, aqui nesse início do Capítulo 34, Santa Teresa retoma a temática que ela já havia comentado quando ela começa a falar desse trecho do Pai Nosso: "o pão nosso de cada dia nos dai hoje", fazendo alusão à Eucaristia, à presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento, né?
Então Santa Teresa faz aquela distinção; ela identifica o pão como pão material para manter a vida do corpo, mas ela interpreta de um modo mais elevado. O pão nosso de cada dia, o pão que não pode nos faltar, é o pão da Eucaristia, para nos alimentar neste caminho, para nos alimentar nos sofrimentos, nos contratempos dessa vida, para que consigamos dar sentido a todos os nossos sofrimentos, a todos os nossos problemas e alcançar a Deus. Então, é este pão, o pão da eternidade, que nos alimenta neste caminho.
É o pão da vida que não. . .
Acaba que já nos é dado, nesta vida que acaba. Então, o pão nosso de cada dia, hoje, Santa Teresa pega especificamente este trecho de "cada dia", ou seja, Deus é eterno. Para Deus, tudo é agora; para Deus, não existe passado; para Deus, não existe futuro.
Mas, justamente por ser eterno, Deus nos fala a cada dia, nos alimenta a cada dia. Aquilo que é eterno e permanente nos é dado pouco a pouco. Nós estamos presos no tempo, então, nós recebemos essas coisas pouco a pouco.
Deus tem a posse completa de tudo, porque está fora do tempo; já está na eternidade, mas nós estamos no tempo. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Então, há um pedido para nos dar hoje.
Nós precisamos pedir a Deus as graças necessárias para a nossa salvação. Todo dia, nós precisamos rezar. Todo dia, a nossa alma morre se ela não se alimentar.
Todo dia, a morte eterna, o afastamento de Deus, o abandono das coisas santas, tudo isso vem. Temos a possibilidade de ir à Santa Missa, mas todos os dias nós podemos fazer a comunhão espiritual. Todos os dias, nós podemos rezar.
Todos os dias, nós podemos usar a nossa oração vocal, a nossa oração mental. Podemos rezar o nosso terço. Todos os dias, nós precisamos alimentar.
Nós somos chamados para viver na casa deste Senhor. Santa Teresa faz aqui uma comparação com os senhores de terras. Na época de Santa Teresa, o feudalismo já estava acabando, mas ela usa ainda essa expressão, que ainda é do mundo feudal.
O senhor, aquele dono de terras, aquele grande administrador de bens, ele tem os seus criados dentro da sua casa, e aqueles que trabalham para ele comem da sua comida. E ela usa essa comparação, dizendo que na casa deste Senhor, que é Cristo, nós que estamos na casa dele, nós que estamos na sua família, somos chamados a comer do alimento que é dele. E Jesus mesmo diz: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai.
" Que nós possamos, então, nos aproveitar deste alimento que é fazer a vontade de Deus. O alimento de Jesus é também o nosso alimento; ele fez a vontade do Pai. Nós somos convidados a fazer também.
Que neste dia possamos pensar nisso: no que posso fazer melhor a vontade de Deus. Outra coisa importante é pensar: o que é a vontade de Deus? Será que na minha vida aquilo que eu acho que é vontade de Deus é vontade de Deus ou é minha vontade?
Peçamos a Deus as luzes do Espírito Santo para purificar a nossa vontade, para que possamos compreender o que é vontade de Deus e o que não é; o que é desejo da nossa humanidade, marcada e corrompida pelo pecado, e o que é desejo de Deus. E, assim, discernindo os espíritos, entendendo a vontade de Deus, possamos repetir: "O pão nosso de cada dia nos dai hoje. " O pão material, para que nos mantenhamos vivos; mas o pão espiritual, para que, rezando e fazendo a vontade de Deus, nos alimentemos daquilo de que Jesus se alimentava.
Que Nossa Senhora, nossa Mãe, nos ajude. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.
O Senhor nos abençoe e nos guarde, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros, agradeço aqui a participação de vocês.
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Ótimo dia e até amanhã. A gente se encontra amanhã na nossa meditação diária. Muitos de vocês estão acompanhando lá o Rosário do Fregilson, e depois que acaba o Rosário do Fregilson, dá para fazer a meditação de Santa Teresa aqui.
Então, vamos enriquecendo esse nosso tempo da quaresma. Deus abençoe! Até amanhã, se Deus quiser.