[Música] boa noite boa noite a todos espero que vocês estejam bem Gostaria de saber se todos estão me escutando né sou o Ferdinando Zaparoli sou diretor pedagógico do Instituto esp psicanalista e pesquisador e bem-vindos a mais esse evento do Instituto esp a terceira jornada internacional de psicanálise n eh aqui algumas pessoas já perguntaram sobre certificados né acabaram de informar aqui que vocês têm que se se inscrever no final da jornada para receber um certificado dessa essas aulas né algumas aulas infelizmente que são oferecidas pelo YouTube nós não conseguimos fornecer certificado Porque nós não temos um
controle da frequência de quem estava ou não estava mas pra jornada em particular você pode se inscrever e ao final da jornada você receberá o certificado de participação de todo esse evento que nós estamos promovendo hoje em particular né Nós temos mais uma parte desse evento que será né uma aula aberta que vai falar sobre a psicanálise e a Clínica borromea com o meu amigo professor né do nosso curso de especialização professor Marcelo Veras que é médico e psicanalista né e é muito interessante o trabalho que ele vai desenvolver hoje é lógico que há algumas
dificuldades aí porque pelo tempo curto ele vai desenvolver eh esse assunto de uma maneira um pouco mais concisa mas vocês terão a oportunidade de ir participando em outros momentos com mais eh efetividade em outros em outras atividades inclusive convido vocês a conhecerem as nossas especializações lá no site do Instituto esp a fundamentos e psicanálise psicanálise com crianças e adolescentes estão com as matrículas abertas então para quem tiver interesse por favor né visite o nosso site e lembre-se que nós estamos aqui sempre a disposição de vocês para tirar dúvidas né nas nossas redes sociais também pelo
WhatsApp em todas dos nossos meios de comunicação o professor Marcelo Vera só para apresentar para vocês ele é psicanalista graduado em medicina pela Universidade Federal da Bahia mestre em psicanálise pela Universidade de Paris 8 né em 1991 também é doutor em psicologia pelo Instituto de psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro diretor da Escola Brasileira de psicanálise e diretor da fesc também né Eh e além de tudo isso reside na Bahia né em ador e é um lugar maravilhoso para se morar eu não sei se o professor já está conosco né se ele já
estiver conosco peço para colocá-lo aqui na tela junto conosco tá aqui aqui boa noite Marcelo como é que está tudo bem tudo bem Te agradeço muito a sua presença e aceitar esse convite para essa aula que Como já alertei os alunos uma aula com um tema vasto e que você irá desenvolver aí né gente eh durante o chat durante a aula vocês podem colocando perguntas no chat e no final o professor irá responder né a o nós aqui nos Bastidores vamos colocando as perguntas Marcelo Se precisar de alguma coisa estarei por aqui boa aula Muito
obrigado pela sua participação Lembrando que professor Marcelo é um dos membros do nosso corpo docente das especializações em fundamentos da psicanálise teoria e clínica muito bem né boa noite a a todos todas todos que compõem né que essa essa audiência eh na verdade a tarefa hoje é uma tarefa bastante complicada eh queer tentar passar para vocês um pouco a clínica borome mas eu sabendo que eu só poderei dar um flash a clínica borome Lacan desenvolveu seguramente no transcurso aí de 4 anos e com aqui em 50 minutos 40 50 minutos eu vou conseguir passar alguma
coisa para vocês difícil Ah mas eu acho que ela é importante Então a primeira coisa que eu acho que devemos fazer é contextualizar um pouco eh a a pertinência da Clínica eh dos nós que Lacan vai desenvolver a partir do anos 70 Principalmente quando a gente pensa na abordagem da psicoses eh Há aí uma grande subversão feita por por Freud por Lacan da da teoria freudiana e do modo como a gente foi introduzido na psicanálise Ah nós fomos introduzidos a a psicanálise freudiana tendo como paradigma histeria né neuros obsessiva os quadros neuróticos e quando alguma
coisa não dava muito certo eh poderíamos chegar a um caso de Psicose mas a porta de entrada de Freud para a a psicanálise foi as histéricas ou seja foi quando naquele momento no final do século XIX em Paris ele na clínica da s petrier do Dr charc Ele identificou que alguns dos quadros chamados quadros neurológicos ali eh nada mais eram que quadros eh de uma origem histérica sendo que ainda não se sabia muito bem sequer o que era histeria naquele momento né a a histeria que depois ela foi tão mal falada no sentido de que
foi sempre associada a um piti a uma série de coisas mas eh Freud conseguiu ali dar um passo ao introduzir o inconsciente onde antes havia Neurologia apenas do corpo corpo físico muito bem jcan eh ele é introduzido ao saber psicanalítico poderia ter Lio Freud mas a gente percebe que a porta de entrada de lac não foram as neuroses eh foram as psicoses né tanto que a tese dele de conclusão como se fosse o TCC da residência médica dele em Psiquiatria jovem 28 anos né já foi sobre um caso de Psicose que é o caso em
Então essa porta de entrada eh de Lacan eh já é ess psicose né já está ali dentro dessa Psicose então eu convido vocês a pensar quando vocês aqui no curso né A partir do momento que vocês vão continuar no curso eu convido vocês a pensar o seguinte que ah toda a trajetória de Lacan lá dos anos 30 até praticamente sua morte 1981 eh o que estava em questão Era exatamente o modo como lacam ele releu ele repensou e a questão da estrutura porque nós temos um conceito num primeiro lac o Lacan e leitor de Freud
nós temos a para esse Lacan né que é o Lacan leitor de Freud nós temos a aamos uma ideia muito clara de que Lacan tentava introduzir novas formas de ler Freud seminário um de Lacan seminário dois de Lacan Eh aí ele cria sua teoria da foraclusão eh no seminário 3 seminário 4 ele introduz aí algo que é o primeiro esboço lacaniano de topologia na verdade que é o esquema l o esquema L ele surge aí um pouco eh nesse primeiro momento exatamente como o primeiro grande eh esforço lacaniano né Ou seja a o que nós
vamos perceber então é que eh desse primeiro esboço lacaniano eh que se chama o esquema L eh nós rapidamente Eh vamos perceber que os próximos eh digamos três os próximos 7 8 anos eh de lacam sobretudo até o o o seminário da angusta que é um seminário né que que eh Marca um diferencial porque ali ele formaliza bem o papel de algo que vocês vão conhecer depois que é o objeto a né Vocês vão conhecer V entrar um pouco mais eh nisso mas ora o que que vocês vão perceber é que se esses 7 8
anos preparatórios até chegar ao seminário da angústia eh foram os anos em que Lacan se dedicou com lupa a pensar a topologia ou seja como é a topologia e de que maneira a topologia eh lacaniana iria reler a topologia frediana agora isso até o seminário da angústia que é o seminário 10 até aí não estamos Não temos nada que nos fale da da né da teoria dos nós dos dos borromean né e do modo como a gente vai poder abordar isso hoje aqui um pouquinho né ora eh essa essas essa teoria que eu pretendo falar
eh para vocês um pouquinho aqui hoje é uma teoria que se desenvolve exatamente eh nesses outros 10 11 12 anos algo que vai de 63 64 até 1975 76 que são seminários praticamente últimos de Lacan eh é mostrar que a topologia que Lacan tinha concebido para pensar o objeto a talvez não fosse ainda a topologia que ele queria para mostrar eh como se mantém juntos ou separados três registros vocês vão ouvir muito né Eh na especialização eh os registros do Real simbólico e Imaginário Mas acontece que o nesse primeiro momento né o momento em que
Lacan concebe real simbólico Imaginário era um Lacan com muitas afinidades com estruturalismo né aquele movimento que compunha também com Roland B com lev com Foucault eh que er movimento francês evidentemente mas que pensava muito mais a estrutura a partir do simbólico então a a a havia na nesse nesse primeiro lacão uma certa primazia do simbólico sobre o Imaginário que eu vou mostrar um pouco para vocês que estão menos familiarizados do do que se trata aqui e sobretudo sobre esse conceito bastante enigmático eh no início de Lacan que é o que é o Real vamos entender
depois o o o que é o Real eh que lacam vai mudando também as concepções do que é o real mas eh eu já vou logo curto circuitar para vocês e mostrar o seguinte toda vez que estivermos falando do Real nós estamos falando de algo que não encontra eh tradução nas palavras Portanto o real e o simbólico eh eles são antinômica eles não não não convivem ali onde algo do Real pode ser falado ele vira simbólico né então o Real São aquelas coisas que acontecem na nossa vida no mundo no universo onde quer que seja
eh mas que não encontram tradução nas palavras dos homens nas palavras né que a gente vai vai vai vai exercitar ali para tentar definir o Impossível por isso que o real é muito ligado ao impossível porque é impossível apreender realmente o que é o Real Ok e o imagin que conta aqui pra gente pensar a clínica boriana lac vai definir isso muito bem no seminário 3 o seminário das psicoses ou perdão no seminário 23 né o seminário sobre jo que é o momento em que a gente vai pensar que o Imaginário é o corpo ou
seja nós estamos então trabalhando com uma noção que está bem estada no no no início da da né da da teoria lacaniana eh ali pelo esquema L que é um esquema que eu vou mostrar rapidamente aqui para vocês né lá do dos anos 50 é que o que está em questão é como esse corpo que se descola da placenta e é jogado no no mundo esse bebê que Lacan vai chamar desse ser em sua estúpida e inefável existência eh o o que há de mutação e nesse ser com relação aos outros animais da natureza que
faz com que ele não encontra apena o pasto como gado não vai encontrar apenas o leite da vaca ele não vai encontrar Ah o céu o ar que ele vai respirar mas sobre sobretudo E é isso que nos faz um pouco menos naturais sermos seres de linguagem e ele esse bebê esse ser que vem a mundo ele se choca com as palavras ele vai entrar no mundo que diz coisas para ele inicialmente ele vai ser sequer capaz de ouvir essas coisas né que vão estar sendo ditas mas que eh aos poucos ele vai começar perceber
que aquele ser gigantesco que aparece na frente do bebê que ninguém contou para ele que aquilo ali é uma mãe ou que aquilo ali é um manilo por exemplo a mãe vende bônus el lá depois ah Em algum momento eh esse bebê vai perceber que há palavras que começam assim mamá gugu dadá né Nós eu sei que eu já tive muitas filhas Sou avô Agora vejo isso com as minhas netinhas né com com frequência ah eh esse bebê a gente fala com os bebês Eles não estão entendendo muito bem não mas eles percebem em algum
momento que há uma comunicação e que eles vão se divertir muito com aquilo como da da mamá com aquelas palavras que eles vão repetindo no beço sozinhos às vezes né minha netinha de 10 meses lá em Paris Eu percebo que ela fica repetindo isso né Sem necessariamente entender que as palavras servem para comunicar para fazer uma associação simbólica com o outro inicialmente elas acham que aqueles sons que aquele que aquele adulto passa para ele que ele vai mimetizar um pouco eh servem para brincar ou para ter um certo prazer Como por exemplo o leite Dá
Um Certo prazer né para para o bebê sem que ele sequer saiba que aquilo é leite ou o que quer que seja aquilo né Então esse é um um são são elementos eh importantes pra gente entender então que já estamos falando eh no encontro inicial da teoria lacaniana de uma uma um corpo animal inicialmente apenas biológico com algo que é do simbólico só que esse corpo ainda não é chamado de corpo porque esse bebê ele não tem noção de que ele tem cor dois braços uma cabeça tronco e membros né a gente nasce olhando só
pra frente então ah como a gente nasce só olhando paraa frente a gente não tem condição de saber como nós somos e pior ainda Digamos que nós nascêssemos numa ilha onde só fôssemos nós é claro que é hipotético e não tivéssemos ninguém pra gente balizar e descobrir vocês e eu né não saberia como é que é o ser e que não houvesse espelhos nessa Ilha eh jamais esse bebê teria uma dimensão do próprio corpo demoraria muito para ele ter mas seria uma dimensão do corpo sem que a imagem do corpo desse a noção do que
é o corpo ou seja Ah nós temos um corpo biológico eh regido por né cromossomas por células por tudo isso esse corpo mas que não não tem palavras e também não tem imagem é uma substância morfa eh podemos chamar do real esse real que irrompe eh no mundo e esse real vai se en chocar com as palavras dos adultos e isso é o simbólico então o primeiro momento é esse encontro esse choque que Lacan vai chamar de TR matismo em francês tru é porque traumatismo é traumatismo mas quando Lacan chama de traumatismo é porque ele
vai falar que esse encontro com as palavras faz um buraco no real do corpo dessa existência e que nós somos efeitos eh dos desdobramentos desse encontro da palavra com corpo e posteriormente eh esse corpo e essas palavras vão começar a ter uma dimensão especular em algo que Lacan chama de estáo do espelho e aí sim nesse momento eh eles vão ter uma noção do Imaginário então o primeiro Imaginário para lac era a imagem do corpo Lá começa desde por exemplo eh de textos bem antigos como o estádio do espelho na formação do eu dessas pessoas
estado de espelho que permite que se fale do eu como a gente fala que eu estou falando com vocês vocês estão aí falando comigo mas posteriormente a a inquietação e a preocupação de Lacan quando ele pensa na clínica borromei é um pouco outra o que ele vai pensar é que olha que ele Analisa ele faz um grande percurso para pensar a questão das análises E aí finalmente ele vai identificar trosso que acho que é muito importante é que por mais análises que a gente faça a resposta do inconsciente e o método psicanalítico né que a
gente vai vai vai tentar pensar obviamente eh vão ser centrados num corpo e o corpo é uma solução o corpo não é uma solução para todo mundo por exemplo os esquizofrênicos Eles não têm o corpo como uma solução pacificada Eles não têm muita noção se o corpo é deles ou não é eles podem achar que a voz que Eles escutam e que reverbera no cérebro Ah no pensamento é não eles e eles podem dizer para vocês olha tô sentindo aqui uma dor aqui mas eu tô sentindo homenzinhos andando aqui ou seja essa noção eh de
interioridade do corpo externalidade do mundo na esquizofrenia ela fica um tanto quanto abalada não é bom trazendo Então esse pequeno preâmbulo eh eu vou pedir agora a Carol acho que eu tem que pedir a Carol né Carol que eh que ela projete exato né Eh isso aí eh O que é isso Exatamente isso aí parece um submarino eu acho que parece com Yellow Submarine dos dos Beatles ou um Pacman pá que vocês conhecem eh diga-me uma coisa Carol o Ferdinando quando eu circulo aqui a setinha vocês veem eu creio que não né Isso fica estático
não é como no Zoom que eu tô aqui circulando uma seta e eu não sei se vocês estão vendo bom eh eu vou não sei aqui se alguém já me ah o chat privado alguém tá me falando al aqui não não tão vendo não Ok não tem problema não Ah então vou ter ter que figurar um pouco mais sem ter essa possibilidade preciosa que seria de apontar com cursor eh o stream ard não permite isso eh alguns pontos desse então eu vou pedir que vocês olhem inicialmente por exemplo vocês vão ver que isso aí no
fundo é aquele corpo em sua estúpida inefável existência ã Onde existe esse percepto em essa consciência estão fora dessa organela dessa neba mas há também no interior o ID que é o reservatório das pulsões por exemplo como Freud vai chamar isso não é mesmo e a gente vai perceber que esse negócio que aparece aí embaixo parecendo uma curva entre o perceptum e a consciência né o pcpt CS Isso é uma retina é um olho significa que nós vamos capturar a externalidade do mundo por um olhar e também por uma orelha que funciona aí como quase
uma escotilha nesse submarino onde o material acústico também entra ou seja nosso corpo furado vai se conectar com o real não é Eh vamos lá um pouquinho mais adiante primeiro queria dizer o seguinte e eh esse sistema é porque Freud talvez não fosse um bom desenhista e sobretudo não era um bom topog é nada mais nada menos que o primeiro esboço topológico freudiano para pensar a segunda tópica freudiana que é o eu né o o id e o super eu ou isso e o super Eu ou o ego o o o id e o superg
né superg obviamente seria alguma coisa que tem da externalidade são leis são coisas que são absorvidas por nós mas que vem lá de fora não é isso e ah Freud desenhou esse troço aí e Lacan quando vai estudar Freud sobretudo no seminário um no seminário dois ele vai olhar para estr vai dizer olhao não tá legal eu vou tentar formalizar um outro esboço topológico ele cria o esquema L onde vocês vão perceber que aí no canto superior esquerdo o ID há nessa diagonal que vai do pequeno out do Eu ideal ao ideal do Eu e
onde se se localizará o estádio do espelho para a formação do Ego então é aí que se localiza o eu e aqui embaixo no canto inferior direito o superg por quê que aqui significa onde nós vamos encontrar o outro então ah de uma maneira bastante ainda incipiente nós vamos entender que onde está o s lá em cima à esquerda que é onde vai se localizar o ID eh a gente vai dizer que isso daí é o mais próximo de do que é o Real nesse primeiro momento lacaniano nessa diagonal especular entre ideal do Eu e
eu ideal eh onde se localiza o eu é onde a gente vai localizar o Imaginário da teoria lacaniana e nesse canto direito inferior o superg que são as leis superg é o quê são leis né não pode fazer is menina não bota a mão no xixi menino não pode fazer isso que é feio menina não faça isso menino use Azul menina você usa a Rosa tudo isso são leis do simbólico que vem de fora então é nesse canto eh inferior direito que a gente vai localizar o simbólico do esquema H então nós temos aí Que
o esquema hé certa feita eu perguntei a já lá a jaalam Miler que é o genro de Lacan porque esse nome esquema l e ele vai dizer que o o esquema L é nada mais do que l de Lacan que realmente eu falava eu olhava para esse esquema L falava mas is é um X é um z é um bocado de coisa mas eu não via o l e aí eu entendi que o o l a partir Miler me disz era porque Lacan Gostava tanto desse esquema que é o esquema de Lacan não é mas
isso dá dá conta de um momento da teoria eh lacaniana e dessa releitura que faz Lacan né do seminário eh do seminário perdão da obra da segunda topa freudiana eh onde vocês percebem aqui eu me deu o trabalho de colocar Tá vendo como se fosse um espelho tá vendo eh eh a Constituição do eu é aquele momento que espec particularmente a gente consegue eh ter uma dimensão que nós temos cabeça Tronos ou seja nós nos definimos a partir do outro né e é por isso que esse campo é também chamado de realidade eu tô passando
rápido porque vocês não ião querer que eu fizesse isso explicando tudinho eu tô dando na verdade um clipe e vocês vão ter que assistir a série para entender o trailer que eu tô dando aqui né senão vocês não vão entender muito não só que Lacan vai vai evoluir na topologia e vai ver que o que ele chamava de diag da realidade no fundo era um plano da realidade isso aí ou seja funcionava como se fosse um plano eh só que não era um plano simples ele vai dizer se fosse um plano simples ah a gente
conseguiria fazer do plano da realidade algo que separasse o que está fora do corpo Imaginário especular aquele que eu coloquei aqui né Eh construído aqui espec particularmente eu ia dizer que eh O que é o outro é tudo que tá fora do meu corpo né e eh haveria uma internalização de que eu tenho o interior do corpo pulsional algo que acontece que é onde eh eu localizaria o corpo então seria um interior do corpo exterior do corpo e a casca é a minha imagem no estádio do espelho não é só clav vai dizer que esse
plano da realidade A partir de 19 66 ele vai dizer isso quando ele publica os escritos e vocês vão encontrar essa essa observação numa pequena nota de numa pequena numa grande nota de pé de página eh no momento em que ele publica um texto chamado questão preliminar a todo tratamento possível das Psicose e ele bota lá uma nota de pé de página para dizer atenção unga o o o plano da realidade ele não é um plano simples ele é uma fita de moebius e o que é uma fita de moebius uma fita de moebius é
aquilo que faz com que a gente não consiga saber muito bem o que é dentro e o que é fora né Ou seja eu posso estar caminhando por dentro a formiguinha que andando por dentro e eu estarei do lado de fora do corpo e essa formiguinha Se eu der mais um giro eu vou estar do lado de dentro do isso é o esquema é OK eh que faz com que se a gente aplica aí tá ficando complicado Não se preocupem eu não vou tentar fazer nem sequer o esforço para que vocês entendam isso como eu
quero entender numa aula tão curta mas para que vocês possam ver isso aí Ah vocês vão perceber que o esquema L na verdade quando a gente aplica oo plano da realidade A fita de moebius ela promove uma certa torção da fita eh de moebius e que começa fica muito problemático Lacan lidar apenas com o esquema L torcido o esquema que el vai chamar depois de RD vai várias né variações ele não vai dar conta e ele vai fazer esboços topológicos que vão passar pela garrafa de kleim por fitas pelo toro eh e mais adiante ele
encontra a os nós borromean né isso aí S os noos por romeos Mas eu só coloquei para vocês isso aqui para que vocês entendam eh O que é um nobo Romeo no sentido da perspectiva de como ele pode ser complexo mas não se preocupem Não é isso que eu vou mostrar eu vou mostrar a fórmula mínima dos nosos pros né essa fórmula mínima eh que fez que Lacan foi desenvolvendo a partir eh dos diálogos que ele tinha com dois eh topolog distas né Pier surri e Tomé eh onde ele escrevia quase que cotidianamente cartas para
tentar entender um pouco o que seria a clínica borromea para tentar ter elementos né de então isso aí tudo que eu tô mostrando para vocês são exemplos de cartas que Lacan escrevia para surri e Tomé eh essa letra aí a de Lacan com assinatura de Lacan tentando exatamente dar conta do que seria a topologia mas eh no fundo se a gente vai fazer uma coisa um pouco mais sintética eh a topologia e os nós borromean que aqui estão eh aqui estão sintetizados em um um nó borromeano eh seria a proposta de como o corpo que
é o Imaginário o real que aquele ser em sua estúpida inefável existência que não virou o corpo ainda porque era aquele momento em que eh o aquele ser ali ele nem encontra tradução especular no estádio do espelho e nem encontra nome para si mesmo no simbólico e o que a gente vai perceber eh eu não sei se vocês conseguem aí perceber se eu tivesse um cursor eu mostraria isso mais fácil é que exatamente ah o nó borromeano é um tipo de nó que faz com que eh se um deles Ah Se romper todos se rompem
cada um vai para um lado imaginá vai para um canto o ré vai para um canto simbólico vai para outro então isso significa que os nós borome o nó borromeano é uma solução hipotética dada por Lacan para conseguir fazer com que o nosso corpo a nossa mente as palavras que a gente fala e esse real que é um corpo que não encontra tradução no meu eu Coab juntos estejam juntos e é isso que eu chamo de saúde mental no fundo Saúde Mental para mim não é o sujeito não ter neurose o sujeito não ter medo
não ter nada disso a não tem jeito de perto ninguém é normal todo mundo vai ser meio doido né Você sabem disso para mim o que configura realmente é Saúde Mental é a capacidade que eu tenho de ter um corpo de andar na rua ou seja de entender as leis simbólicas que senal vermelho eu não posso atravessar senal verde eu posso atravessar entender as leis simbólicas do campo do outro e com isso fazer com que não o ego mas que aquele corpo Inicial meu né ele ele possa subsistir ele possa existir então é como a
gente consegue existir no mundo e eu vou dizer que quando o o o nobo Romeo ele se parte como nas psicoses por exemplo Ah dá ruim dá ruim por quê eh porque a gente vai ter o corpo indo para um lado as palavras se dissociam do do do do corpo e do simbólico fica dá uma confusão muito grande né e e estaria tudo muito bonitinho se se realmente eh e todos esses círculos fossem fechadinhos assim só que esse vermelho que é o Real ele não fecha assim ele não tem como fechar assim o real por
que que ele não fecha assim gente o real não se fecha o real é infinito o Real ele tá solto então não tem como esse real se fechar então ah num primeiro momento lacam apostou as fichas no nome do pai como um simbólico que é esse esse círculo azul fo aí bem forte segurando Então as relações do Imaginário com a o Real bacana só que isso não funciona tão bem que vai chegar o momento que lacam vai decepcionar todos que pensavam que o nome do pai dava conta disso e vai colocar que a foraclusão do
nome do pai ou seja que a f que esse nome do pai ele não é tão efetivo assim e que é um n é um spoiler Eu sei que vocês iam querer talvez descobrir isso lá pela segunda ou terceira temporada mas a ma notícia que eu dou é que o simbólico o pai o nome do pai não dá conta de manter juntos o corpo com esse real insensato que está aí e é uma maneira se vocês pensarem bem da gente falar Eh que o Ed pro freudiano não dá conta de manter juntos real simbólico Imaginário
uma vez que o edico é o um pouco o nó freudiano para tentar justificar como as pessoas vivem no mundo eh a gente vai ter por exemplo terços como o épo destino do edpo para o menino e para a menina onde tudo vai ser organizado em torno da castração que o o o épo impõe e que mostra a castração como simbólica ou seja como simbólica a castração o nome do pai esse pai meio que eh onipotente segurando a barra da Saúde Mental das pessoas com suas neuroses as neuroses como respostas a uma tentativa de sobreviver
mas só que Lacan ele não vai ser muito otimista com relação a essa possibilidade e ele vai perceber que um o vermelho que é o real ele não é tão redondinho para fazer um nobo Romeo e que tampouco simbólico com fracasso nome do pai ele vai dar muita conta e é aí que surge isso aqui que é a teoria lacaniana eh onde poxa é realmente é difícil falar sem uma setinha mas eu vou tentar mostrar vocês têm o círculo da direita e o círculo da esquerda o círculo da direita ambos estão vermelhos aí significam nesse
caso o real né vamos voltar aqui né Isso aqui é isso aqui só que meia boca e o o círculo da direita ele é o Real o círculo da esquerda vermelho é o corpo e o o esse que não é um círculo mais né Essa forma essa esse a que parece quem tem colar tem muitos colares são feitos assim não é cinto também esse verde aí a gente vai chamar de simbólico só que quando Lacan diz que o simbólico não dá conta de unir real e Imaginário são os dois círculos ele vai introduzir esse círculo
azul que tá aí como uma gambiarra Então quando vocês olharem para esse círculo Azul tenham em mente a palavra gambiarra ou seja Ah já que o simbólico não dá conta eu vou introduzir aí algo meia boca mas como por exemplo quando um um um sutiã um dos das alças do sutiã você perdeu quebrou ali o né O grampinho que junta Aí você pega um clips de de escritório e coloca ali para tapar Aquilo é uma gambiarra não é uma gambiarra ou seja quebrou o sutiã eu vou colocar ali uma gambiarra para poder fazer funcionar quando
esse meu óculos aqui que que eu tô usando ele cai o parafusinho aí eu pego um pedaço de Arame coloco ali para amarrar o óculos para poder usar o óculos Isso é uma gambiarra e eh quando o nome do pai que é essa estrutura verde aí não dá conta de unir eh o simbólico eh assim o simbólico pedde essa função de unir o corpo ã Imaginário e esse real do corpo quando isso não dá conta né quando isso não não funciona entra essa esse aro aí azul que Lacan vai chamar de sintoma com th então
a teoria dos nós borromean é uma teoria que permanentemente vai trabalhar tentando mostrar como na na na clínica da gente Sobretudo com a loucura quando a gente sabe que o simbólico não dá conta de dar a nossa consistência e a nossa saúde mental Ah enxerta no simbólico algo que não eh que pode até ser feito de palavras mas não no sentido de palavras que vê do dicionário das palavras do outro mas algo que como uma gambiarra vai se unir as palavras para com que a partir daí real simbólico e Imaginário fiquem juntos ou seja esse
nó ele é hipotético mas não existe esse nó em ser humano algum sem a a questão do sintoma o sintoma faz com que a gente pense real simbólico Imaginário e essa estrutura híbrida bizarra que é esse aro azul e que é o sintoma então a clínica boriana como eu falei guardem isso é a clínica da gambar é a clínica que permite que isso ocorra bom ah eu vou vou avançar aqui um pouquinho eh aqui é o mesmo R simbólico que é o vermelho e Imaginário só que eles estão colocados aqui de uma maneira que define
interseções então vocês estão vendo aqui três interseções que eu vou falar delas aqui né para facilitar um pouco sabendo que esse cículo azul ele é Meia Boca Ok mas o que vocês vão perceber é que eh na interseção do Real com Imaginário eh algo se produz aqui que a gente vai chamar de um certo gozo e cland vai chamar a partir do seminário 1920 de gozo barrado que é o gozo da mulher que não existe mas é só clipe não tem como eu falar disso mas que existe algo que a gente experimenta no corpo Ou
seja é experimentado no corpo percebam o Imaginário Amarelo eh está aqui E esse J de a barrado está dentro desse dessa dessa interseção entre o r e o i mas está fora do círculo azul ou seja isso é um modo de dizer que coisas que se passam fenômenos de gozo que se passam eh em nosso corpo eh Há fenômeno joso que não tem eh tradução no mundo das palavras eles vão estar eh entre o real Imaginário mas fora do ciclo azul que é o ciclo do simbólico por outro lado eh Lacan vai mostrar que sim
que há um tipo de gozo que só ocorre fora do nosso corpo que é o amarelo é onde vocês vão encontrar esse J com a letra fia embaixo né Eh que significa que é um tipo de gozo que a gente só consegue fazer eh não ele não se passa no corpo é claro ressoa no corpo real mas não nesse corpo imaginário que a gente tem mas ele se ele funciona só no simbólico a partir do símbolo vocês vão entender que é um pouco o corpo masturbat cório o que que é a masturbação por exemplo ou
a fantasia fantasia e a masturbação é aquilo que faz com que a gente não consiga gozar do nosso corpo sem o roteiro de um clipe ou de um trailer né Ou seja a masturbação implica em uma historinha simbólica que a gente que pode ser mínima reduzido a fórmula mínima eu te mordo eu faço isso você me bate eh eu vou eu vou abrir uma porta e aí a gente tem uma infinidade eu vou estar fantasiado de bombeiro e você vai vou te salvar pouco importa mas toda vez que a gente para ter eh experimentar o
gozo a gente precisa de uma historinha na cabeça que por sinal nunca coincide muito com a historinha do parceiro é por isso que tem uma música da Fátima eh como é o nome dela é uma cantora Fátima Guedes do s do século passado né de 1980 Fátima Guedes tinha uma música onde ela dizia amor quando dormirmos juntos sonhamos separados e são sonhos que não vamos confessar de modo algum ou seja dois na cama sempre cada um vai estar com a sua fantasia imaginando um roteiro que não coincide sem c com roteiro do do do parceiro
da parceira são sempre dois numa certo num certo isolamento de fantasias né Eh não é preciso criar uma grande história para isso nada que um pouco de empirismo da relação sexual vai ensinar a vocês que rapidamente vocês podem estar numa tripe o parceiro podem estar numa outra viagem completamente diferente mas vocês vão ver que há também esse sentido a palavra sentido aqui que é quando o corpo se encontra com SB Ó mas eh de uma maneira que isso não afeta tanto o real é como se o Real tivesse fora disso então a clínica dos gozos
essa teoria dos gozos é a clínica borana no sentido que toda vez que estivermos falando de gozo estamos falando de vida e a gente vai perceber que a vida ela é um pouco eh feita de interseções entre o real e o Imaginário entre o real e o simbólico e entre os simbólico e o Imaginário e curiosamente a interceção eh desses três registros é um vazio ou seja Olha que Curioso o que deveria ser um plus um excesso é na verdade um vácuo um vazio eh onde ele vai alojar algo que vocês conhecem alguns de vocês
como chamando-se do objeto A então Eh eu gostaria de mostrar aqui para vocês o seguinte aqui é o simbólico ali é o Imaginário aqui é o Real eh o simbólico eh quando ele invade o Real com as palavras ele ele traz a nossa queixa o nosso sintoma né que é algo no corpo que vai mal que a gente não localiza muito na clínica borromea e esse simbólico é aquilo que vai exatamente permitir eh que algo do real e ganhe eh as palavras Então esse sintoma que está escrito aí são sintomas que a gente queixa que
a gente fala não é e aquilo que a gente pode falar quando a gente vai procurar um analista psiquiatra né esse sintoma que tá em questão só CL vai chamar atenção numa conferência que ele vai chamar de a terceira que é porque foi a terceira vez que ele vai a Roma para fazer uma uma conferência ele chama Então ela de a terceira eh Lacan ele vai dizer que se a gente acha que curar o sintoma e ficar interpretando o sintoma trazendo Olha isso é por causa disso por causa daquilo se você fizer isso eh você
vai sofrer menos toda vez que a gente tiver ah falando palavras nós estamos enxertando palavras e ao invés disso elucidar o sintoma isso ao aumenta o sintoma Então lacam vai dizer olha não pensem que ficar interpretando o sintoma dos seus pacientes é aquilo que vai permitir que vocês possam finalmente eh dar conta do que está se passando ao contrário vocês vão estar criando um grande problema parecido com a música do casusa lá a ideologia eu vou pagar a conta do analista para nunca mais saber quem eu sou É quando assim as terapias as análises dão
ruim el vão ficando longas demais complicadas porque o próprio analista fala demais intervém demais Isso engorda o sintoma ao invés de diminuir o sintoma era menorzinho ele tava ali né Eh e ele aumenta né ele vira eh esse esse trambolho aí né Ora por outro lado a gente deveria falar também do que se passa quando o real invade o corpo lembra que o Imaginário é o corpo né então o Imaginário é o corpo né Eu tô né eu tô tô tentando trazer um pouco isso e olha o que que vai acontecer então toda vez que
o Real invade o corpo o corpo se perturba um pouco e a partir dali eh ele bagunça o Imaginário o círculo Imaginário e o nome disso é angústia ele ou seja a gente vai perceber que inibição sintoma e angústia de Freud vou encontrar na teoria lacaniana dos nossos banos E vai encontrar uma tradução disso aí vai ver uma tradução disso aí E é claro que mais o Real invade o nosso corpo não retratado pelo corpo Imaginário pelo corpo que é Aquela nossa imagem especular mais o Real vem mais a aumenta angústia então é por isso
que é preciso ter muito cuidado quando a gente trata da angústia porque essa mania que tem os psiquiatras de só tratar por medicamento ou seja de tratar a invasão do real no nosso corpo especular com mais real ainda que é uma droga eh às vezes parece que tá sedando mas pode Na verdade até aumentar a angústia né pode na verdade fazer com que mais real invada a angústia né invada o corpo Imaginário e que isso vai gerar angústia ou seja o que a gente percebe na clínica borromea é que é preciso saber como equilibrar como
manter juntos só que vocês vão se lembrar que nesse sistema aqui não aparece a gambi a gambiarra ela aparece aqui né onde eu coloquei para vocês Cadê aqui então é é preciso ter ao mesmo tempo essa perspectiva de real simbólico Imaginário borromeano com a nossa gambiarra azul e é preciso ter também a a noção de que Lacan quando ele se serve né desses efeitos eh é para mostrar um pouco como essa Clínica Ela dança e dança no no no sentido ah destrero por exemplo ela vai ela roda não é isso acho que é importante e
também bem quando é o Imaginário que invade o simbólico fora do Real nós vamos encontrar aí a inibição ou seja o corpo com simbólico sem o Real pulsional ele vai nos inibir e mais também o Imaginário invade maior será a inibição né ou seja eh numa aula onde eu penso trazer eh inicialmente apenas uma introdução ao aos nos bor romeos eu vou deixar isso aí apenas para vocês terem um pouco de pesadelo né e e e dormirem complicados vocês vão perceber que aqueles três gozos que eu coloquei o gozo do sentido gozo do sintoma e
o J de barrado mas que cada círculo desses que é o círculo do Real o do simbólico e do Imaginário e eles têm um furo em si e esse furo eh vai ter nomes por exemplo no simbólico O que é que fura o simbólico a morte por quê Porque para Lacan ou para Freud também eh não podemos falar eh da Morte né a gente não tem um saber sobre a morte eh é aí que a psicanálise se separa por exemplo das relig por toda religião oferece um saber sobre a morte não é isso e a
psicanálise não tem nenhuma então quando as pessoas diante de uma experiência de morte V me procurar eu digo my b a psicanálise não tem nada para falar né da Morte Freud Diz isso a morte faz furo no simbólico Mas por outro lado no real Como é que aquele um monte de células né que a gente tem de neurônios dendritos essa essa configuração animal enorme de repente algo faz com que aquilo vire vida e a vida então é o furo no real significa como no Cosmos de repente algo tão aleatório uma vez que talvez a má
notícia que eu dê para vocês aqui para a psicanálise não existe o criador do Cosmos né então eh não podemos contar muito com Deus para justificar a existência da vida quando a gente se envereda pela psicanálise né ah o que tá aí no centro aí desse R do ciclo R do real é a vida e no Imaginário o que faz furo no Imaginário para Lacan é o corpo por quê como é que de repente a gente vai vendo Aquelas imagens e de repente a gente não tem noção de que a gente passa a compor a
realidade com o nosso corpo o corpo nosso está presente nós vamos ter então quando se for pensar um pouco né a estrutura do Real simbólico Imaginário nós borrame eh fundamentalmente nós vamos ter que pensar que a clínica boriana tem que a ver com esses três elementos o corpo Imaginário O Furo da vida do real e o furo do simbólico eh a morte Como furo do simbólico né bom eh eu pretendia falar 40 minutos falei até um pouco mais mas foi na tentativa de eh trazer uma visão Ampla daquilo que eh Talvez uma proposta de uma
curso borromeano ele Deva destrinchar um pouco isso não é como eu falei para vocês eu não tenho a mínima pretensão eu não sou mestre não sou professor suficiente Capaz é de fazer com que vocês aprendam isso a única coisa que eu quis é dar um pouco de insônia para vocês né então é mais ou menos isso Carol se você quiser agora pode suspender a né essas esses slides e eu tô aqui um pouco aberto vocês quiserem perguntar alguma coisa vamos lá aproveitem que eu posso tentar explicar alguma coisa para vocês ou tentar dialogar com vocês
a música da Fátima Guedes Carol a gente tem como passar como a gente colocar aqui YouTube para eu colocar a música da Fátima Guedes Hein Carol não sei se ela tá me ouvindo deixa eu ver se ela me respondeu aqui no chat é que a Carol ela é invisível acredito que sim então o que que eu vou fazer vamos fazer um troço bacana deixa eu achar aqui no no YouTube a música da da Fátima Guedes para botar aqui pra gente tentar ouvir a letra que vocês vão entender um pouco de que por Lacan disse que
a relação sexual não existe deixa eu achar aqui YouTube ah pronto aqui Fátima tá [Música] aqui a a música tá aqui eu não vou botar a música toda não agora e aí Carol como é que eu faço vai em compartilhar tela Então vamos lá p pá apresentar né Eh compartilhar tela eh use o Chrome eh deixa eu ver compartilhar a tela selecionar uma janela achei será que vai vir com som você sabe se vem com som Carol acho que vem né Bora ver se vem com [Música] som [Música] [Música] mo bom dá vontade de ficar
ouvindo a música né um tempão né mas aí vocês já descobriram a música né a música é é condenada eh e e condenados significa que eh a psicanálise ela não é muito romântica ela vai mostrar eh que o amor eh na verdade eh são duas pessoas separadas né E que quando dormirmos juntos por mais que pareça que a gente faz um então na primeira fase do amor em que se é um a gente faz um mas que depois quando dormirmos juntos sonhos separados que não vamos confessar de modo algum isso mostra então que nunca vamos
fazer um né Eh é claro que isso daí tem a ver um pouco por exemplo com a questão do feminino ou seja os homens ficam ali tão preocupados em que as mulheres possam traí-lo eh traí com outros homens não sabem que se as mulheres os traem é com elas mesmas é com exatamente uma parte de de mulher que não tem nada a ver com eh com o que se passa na Parceria não que as mulheres não possam trir obviamente aí vamos ser feministas né claro que elas podem mas a a a grande questão é exatamente
essa relação que a gente tem com Ah uma relação que acho que é fundamental com uma certa alteridade e que a gente vai conseguir ver isso um pouco né A partir aqui da da da né do que a gente vem vem trabalhando aqui um pouco né então Eh eu não sei nós temos Aí talvez alguns minutos eh eu vi aqui então pronto respondendo a Lucineia magalhes Qual o nome da música de Fátima Guedes passei para vocês aí é condenados não é já tá aí a a frase teria mais alguma pergunta alguma coisa eu não sei
porque eu não tô vendo aqui o o que seria a relação sexual bom a relação sexual para lac Fique tranquilo isso não quer dizer que que a cópula e o lado bom do sexo não existe sexo é bom fundamental Não é isso a resposta mas lac ele vai dizer que a bem nessa época que ele tá trabalhando os nós banos ele vai chegar à conclusão que a relação sexual não existe da mesma maneira que a Fátima ged chegou ou seja e a relação sexual ela não faz um e por mais que os dois parceiros até
gozem simultaneamente ainda assim serão dois gozos diferentes né Eh que não vão se se conectar então isso aponta para um certo isolamento eh da existência humana e que uma análise vai levar a gente a perceber que há esse isolamento mas não de uma maneira pessimista e ele vai tentar nos fazer entender como a partir do momento que a gente tem dimensão que a gente não é aquela neurose inteira que a gente estava falando ali em anos de análise Ah porque eu sou fruto desejo de minha mãe com meu pai porque foi isso E aí teve
meu irmão e aí depois teve meu marido depois teve minha mulher e aí ah que tudo isso existe na vida o nome disso é vida mas que a nossa vida tem esse ponto de solidão e que quando bem feito ele vai se transformar no final de uma análise numa Solitude Ou seja a gente saber fazer o bom uso da solidão que é o o uso que não impede que a gente possa se conectar com os outros né Não sei se tem mais alguma pergunta ah pergunta interessante Maria Cristina ó então sim um pouco eh Lacan
a gente pode dizer que a partir desse momento eh em que Lacan ele começa a trabalhar né com a a questão da da química borome ele abandona um pouco as estruturas porque ele vai partir eh de uma ideia e que o que fazia com que as estruturas fossem estáveis inicialmente na teoria lacaniana era o nome do pai então tinha o nome do pai pimba neurose foraclusão do nome do pai Psicose Só que mais ele vai avançando mas ele descob que todo mundo é doido né porque a realidade não existe então Eh se todo mundo é
doido ninguém pode se apoiar 100% no é no nome do pai para justificar a sua existência tem como fazer isso então obviamente o que que vai acontecer já que isso não vai poder acontecer né justificar a existência Todo mundo vai ter que delirar um pouquinho eh e a gente vai perceber que a soluções que se passam eh nas nossas análises nos tratamentos dos pacientes psiquiátricos é que todo mundo delira um pouco mundo é meio doido esse é inclusive o tema eh do próximo encontro da associação mundial de psicanálise da qual eu faço parte você daqui
H um ano do anos aliás em Paris que é todo mundo delira ou seja não há possibilidade da gente eh estar eh digamos no mundo com saúde mental sem um pouquinho de Delírio temos tempo ainda Carol para mais talvez alguma pergunta podemos ir um pouquinho mais ah essa pergunta tão importante Adriele ah a aproximação entre o real e o feminino existe veja bem Ah toda vez que a gente usa essa expressão veja bem é que eu vou dizer assim vai entrar um troço muito complicado depois ah quando a gente diz que o real é aquilo
que não não tem palavras para dizer que o real é aquilo que o simbólico fracassa em nomear e ao mesmo tempo a gente diz com lacam não tem nada a ver com as mulheres uma a uma que a mulher não existe a mulher não existe nós estamos dizendo então que a mulher ela tem uma afinidade muito maior com o Real sem palavras do que com o simbólico os homens o lado feminino quando eu falo homem entendam eu sou um pouco mulher eu sou um pouco homem ou seja eu tenho uma parte em mim de gozo
que que não vai encontrar tradução na minha virilidade isso aí Todos nós temos eh a gente vai trabalhar e é claro que Lacan ele vai dizer algo que é o seguinte não existe ele não vai dizer isso não quem diz isso sou eu min eh mas é a minha leitura de lac eh não existe aquela coisa homens são de Marte e as mulheres são de Vênus eu prefiro pensar que todos nós somos marcianos diante de uma Vênus inacessível que a mulher no real essa mulher que não existe então eh a mulher como esse algo que
tá ali fora aí que a gente não vai ter condição de de de acessar isso não quer dizer que as mulher se eu dissesse isso também eu tava expulso aqui pela janela porque eu tenho três filhas duas netas e ainda uma uma uma uma cadelinha aqui quer dizer se eu for falar que a mulher não existe para aí eu tô perdido aqui nesse meu mundo feminino o que eu digo é que as mulheres elas existe um modo sempre gambiarra simbólico mas assim individual que é o mais importante cada mulher ela vai se inventar uma a
uma então aí é uma pequena discordância de Lacan e Simão de mouvoir que coloca o segundo sexo como se pudesse existir a mulher o segundo sexo fosse uma categoria mas para Lacan isso não é muito uma categoria para Lacan o segundo sexo se a gente vai pensar assim significa que eh ele é feito de pessoas uma a uma que vão assumir a sua feminilidade enquanto o o homem Ele tem mais uma coisa universal de que a gente sabe as leis para ser um homem né não digo que isso é bom não isso é ruim mas
existe uma certa possibilidade da gente pensar o universo masculino e no universo masculino todos os oito atualmente 8 bilhões né de seres na terra eh São tem uma porção masculina que é a porção Universal e todos eles mas as mulheres ou seja aquelas biologicamente não tão aferradas à ideia do pênis Ah porque não são privadas do pênis né no corpo biológico eh mas todos os 8 bilhões T uma afinidade com algo que não se inscreve na lógica masculina que tá muito mais na lógica do real do inexistente de um outro sexo é aquilo que só
dando um clipe lacão vai chamar de significante de a barrado aquele S de a barrado que a gente colocou ali pronto eu posso pegar mais uma última pergunta Vamos lá Pedro eh eu vou tentar Trazer isso eh eu sou psicanalista eh mas de Formação bom primeiro eu fazer cirurgia depois a de Formação eu fui eh ser psiquiatra Então sou psiquiatra de Formação Inicial ora o que que acontece Pedro eh eu já assisti muitas entrevistas de psiquiatras tentando entender como é que D tentar dar conta daquele paciente enlouquecido surtado internado no Hospital Psiquiátrico mas como é
que é o modo do do do psiquiatra perguntar quando é que você começou a ouvir vozes ou então quando o mundo começou a ficar diferente quando você começou a desconfiar eh que o William Bon estava falando para para você e não para todas as pessoas perceba a a orientação da psiquiatria é feita no sentido de descobrir como o sujeito enlouqueceu quando a gente faz uma entrevista psicanalítica ah de desse mesmo paciente a gente faz o oposto eu vou chegar para esse paciente que foi internado lá com 30 40 anos sei lá e vou vou tentar
sondar como é que você fazia para não ficar louco antes qual era o seu truque qual era a sua gambiarra e que fracassou em algum momento e aí a gente vai descobrir que de repente aquela gambiarra que o sujeito tinha que sustentava ele ali eh numa Psicose não desencadeada fracassou por alguma razão e aí o sujeito entrou na loucura desencadeada e isso é uma clínica do dia a dia Muitas vezes eu tenho eu tenho tanto paciente eh que eu vou chamar de Psicótico Ou seja que tem uma gambiarra imediatamente eu tô ouvindo aquele paciente fala
isso daí eh é um sentido privado desse paciente daí é uma gambiarra que ele tá usando às vezes dá para as vezes não à Às vezes a gente percebe rapidamente e a gente tem que preservar aquilo por quê Porque a realidade o mundo a família vai chegar e dizer olha Cure o dessa é preciso curá-lo disso aqui e eu ouço e falo merda não posso curá-lo disso Isso é a gambiarra dele se eu tiro isso ah aí é que ele vai entrar na loucura dou um exemplo clássico eh eu tô cansado de ouvir assim de
ouvir psiquiatra dizendo maconha enlouquece gera Psicose e Eu discordo dessa teoria por assim eu já tive inúmeros pais que vieram me procurar desesperados porque a o filho descobriu que o filho tava fumando maconha e aí eu vou ouvir esse menino às vezes eles mandam o filho vai lá eu começo a ouvir ouv e eu percebo seguinte eh se a gente tira a maconha desse menino essa maconha Tem uma função de gambiarra ali não é para todo gente T fazend Apologia da maconha não teria problema n fazer porque eu acho que a maconha faz tão Menos
mal que o álcool mas não é disso que eu tô falando eu tô falando é que a a a a a maconha para alguns aí os pai chega Tire o da maconha e na hora que você tira ele surta também ou seja ali ele e ele cai em ruína então alguém aqui talvez tenha tenha pensado numa frase da n da Silveira que eu gosto muito que diz assim eh não se curem demais da conta ou seja cemse apenas o suficiente para continuar andando no mundo assistindo o jogo do Brasil fazendo isso mas se você tenta
tirar demais o sintoma a claror diz uma coisa lá no final da da da e na verdade ela diz isso não é num conto num escrito é numa carta ela vai dizer o seguinte eu tô muito cuidado com os meus defeitos que eu não sei qual defeito seguro o edifício inteiro daqui a pouco eu tiro o defeito e desabo o edifício inteiro né is é um modo eh Lispector Iano clariciano de dizer isso toné que é um baiano já vou est falando aqui de Salvador eh Tom Zé diz assim ele tem uma frase que eu
adoro ele is muito cuidado se os médicos persistirem consulte o sintoma né então assim o sintoma ele tem uma função Não vamos tentar o sintoma é essa gambiarra que a gente tem aí viu bom pessoal eu acho que ia falar uma hora eu acho que já estamos aqui um pouquinho mais tô invadindo o tempo de vocês mas foi mais uma provocação espero que isso tenha servido para vocês para para provocar um pouco né Por mim eu acho que já já tá de boa eu não sei se se o ferin Vai entrar ou se a Carol
ou se eu me despeço aqui bom como eu não tô vendo ninguém Ah tenho vendo agora eu ver que tem no chat privado então eu eu encerro eh Então pessoal até a próxima