22 - Batalha espiritual sua realidade e urgência (Ef 6.10-20)

Queridos, vamos abrir a palavra de Deus na carta de Paulo aos Efésios, Capítulo 6. Estamos chegando ao final desta carta que nós começamos no ano passado a fazer a sua exposição. Hoje, nós veremos o que nos ensina o apóstolo Paulo a respeito da batalha espiritual que os cristãos enfrentam contra Satanás.

Efésios, Capítulo 6, do verso 10 até o verso 20, possamos à leitura da palavra de Deus. Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes.

Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de ter desvencido tudo, permanecerdes inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça; calçando os pés com a preparação do evangelho da paz. Tomai sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Com toda a oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito; e para isso vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e também por mim, para que me seja dada, ao abrir da minha boca, a palavra para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que em Cristo eu seja usado para falar como me cumpre fazer. Até aqui a leitura da palavra de Deus.

Vamos orar e pedir que o nosso Deus nos dê compreensão na sua palavra e que, através dela, Ele supra todas as nossas necessidades. Ó Deus, nós pedimos que Tu enviies o Teu bendito Espírito Santo para aplicar a Tua palavra e a exposição dela ao coração dos Teus filhos e filhas nesta noite. Nós precisamos ser instruídos a respeito destas verdades aqui reveladas.

Senhor, nós queremos orar também por aquelas pessoas que aqui estão nesta noite e que ainda não compreenderam a sua profunda necessidade de arrependimento e fé em Cristo Jesus para perdão e salvação. Pedimos, Pai, que este momento, portanto, traga glória ao Teu nome e edificação para o Teu povo. Alegria para todos nós, é o que pedimos em nome de Jesus.

Amém. O apóstolo Paulo está chegando ao final da carta que ele escreveu à Igreja de Éfeso. Nos três primeiros capítulos, como vocês se lembram, ele falou a respeito dos privilégios dos cristãos: o que significa ser cristão.

Ele falou da igreja, como Deus, desde a eternidade, elegeu e predestinou de entre a humanidade perdida aqueles que Ele quis, como Jesus Cristo veio ao mundo, morreu por estas pessoas e ofereceu na cruz um sacrifício eficaz por elas, e como o Espírito Santo, pela pregação da palavra, chama esses eleitos de Deus através da história, formando um corpo: a igreja, que é composta de judeus, gentios, pessoas de todas as raças, homens e mulheres, pobres e ricos, cultos e não educados, todos aqueles que professam o nome de Jesus como seu Senhor e Salvador. Isso Ele nos ensina dos capítulos 1 até o capítulo 3. Depois, ele passa a falar, primeiro dos deveres; ele passou a falar dos privilégios e agora ele fala dos deveres.

De que maneira nós, que fomos alcançados pela graça de Deus, pelo evangelho, devemos viver aqui neste mundo? Ele fala da necessidade da unidade da igreja; ele fala sobre os dons espirituais, ainda no capítulo 4, que Deus deu à igreja para sua edificação. Depois, ele fala sobre santidade, como nós devemos nos separar do pecado, nos despindo do velho homem e nos revestindo do novo homem, Cristo Jesus, até chegar no capítulo 5, onde ele nos orienta a procurar uma vida cheia do Espírito Santo.

E, a partir daí, ele expõe como essa vida no Espírito está ligada ao casamento, à criação dos filhos e à sociedade, ao trabalho dos empregados e também ao trabalho dos patrões. Foi isso que nós vimos até domingo passado. Agora Paulo termina a sua carta advertindo os seus leitores, os cristãos de Éfeso, e também a nós, de que não é fácil viver neste mundo.

Os privilégios de sermos filhos de Deus e também não será fácil obedecer a Deus, fazer aquilo que Ele manda na família, na sociedade, no casamento, nos relacionamentos de uns para com os outros e na nossa vida pessoal, porque há inimigos poderosos, seres mais fortes do que nós, que se opõem a Cristo e à sua igreja e que estão em constante conflito conosco. Por isso, Paulo deixou para tratar desse assunto no final da carta, para dizer tudo isso que eu expus: os privilégios de ser cristão e os deveres de ser cristão. Eles não serão exercidos por vocês aqui neste mundo sem dificuldade.

Vocês enfrentarão obstáculos, e o maior de todos é exatamente o diabo e seus anjos, os demônios, os dominadores deste mundo tenebroso. Existe uma guerra espiritual acontecendo: forças mais poderosas do que nós que procuram nos impedir de desfrutar plenamente tudo aquilo que nós temos em Cristo Jesus e que procuram também impedir que nós vivamos de acordo com as orientações que Deus nos deu. É por isso que Paulo termina e inicia essa última sessão dizendo no verso 10: "Quanto ao mais".

Ou seja, falei isso, falei isso, falei isso, agora resta só dizer uma coisa. E aí ele introduz esse assunto que é o da batalha espiritual. Historicamente, tem havido duas posturas da igreja com relação a esse conflito: aqueles que minimizam esse conflito.

Eu tive um professor, lá na Holanda, dos meus estudos, que não acreditava que existisse diabo; ele achava que o diabo era uma personificação do mal. Mito, uma lenda: as pessoas ficavam preocupadas com a questão do mal e como é que os seres humanos podem ser tão perversos que imaginaram que haveria um ser que é a Encarnação da maldade, assim como Deus é a Encarnação de Todo o Bem. Deveria haver um outro ser que era a Encarnação da maldade.

Então, o diabo seria um construto da mente humana em busca de respostas para o mal que há no mundo. Esse pessoal, sem dúvida, influencia e tem influenciado muito o pensamento de determinadas igrejas, porque tem muita gente que diz que acredita que o diabo existe, mas vive como se ele não existisse, vive como se não houvesse, de fato, um tentador, como se não houvessem armadilhas espirituais e a ação demoníaca por detrás de determinados comportamentos humanos. Por outro lado, você encontra oposto: pessoas que valorizam tanto a existência do diabo e a ação de Satanás que, se Deus tirasse o diabo do mundo, elas não saberiam o que fazer.

Tem pastor cujo ministério gira em torno do diabo; se Deus levasse o diabo, eles iam perder o emprego porque não sabem fazer outra coisa se não expulsar demônios, repreender demônios, amarrar demônios, quebrar maldição hereditária. Não sabem fazer mais nada. Então, é um outro extremo também.

Ambos os extremos são perigosos: tanto aquele que não reconhece a atuação desses seres espirituais na existência humana, como também o outro lado que supervaloriza esses poderes e atribui tudo que existe de ruim e de mal a tudo aquilo que não presta no mundo, que é atribuído, então, à ação desses seres. Eu penso que o apóstolo Paulo pode nos trazer a sobriedade aqui quando nós estudarmos o que ele nos diz e entendermos em que é que consiste, de fato, essa batalha espiritual, essa luta. Eu quero, então, chamar a sua atenção para o que ele nos diz aqui nessa passagem ao final da carta aos Efésios.

O meu objetivo é que Deus nos instrua para que nós estejamos prontos para esse conflito diário e interminável que irá até o dia da vinda do Senhor Jesus. A passagem começa com a ordem de Paulo para que os cristãos se fortaleçam na pessoa de Cristo e no seu poder. Verso 10: "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder".

Esse fortalecimento que Paulo deseja aqui é que nós nos aposemos ou sejamos fortalecidos com a mesma força que Cristo tem. Aqui na carta, ele já havia mencionado este poder de Cristo no capítulo primeiro, a partir do verso 20. Ele diz que Deus ressuscitou o Senhor Jesus e o fez assentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro.

Pois todas as coisas estão debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja. A Bíblia nos ensina que Jesus Cristo, Filho de Deus, morto pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus e recebeu todo o poder no céu e na terra. Ele está sobre toda a criação e ele tem autoridade sobre toda a criação.

Diz o texto aqui no verso 21 que ele recebeu o poder acima de todo principado e potestade, e poder, e domínio, e nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. Ou seja, é a maneira da Bíblia dizer que Jesus é Senhor de toda a criação. Não existe nenhuma criatura que esteja fora do domínio dele; ele tem autoridade absoluta sobre todos os homens, anjos, caídos ou não, sobre demônios, sobre espíritos maus.

Todos estão debaixo da autoridade de Jesus Cristo, e essa é uma lição que nós precisamos aprender desde o começo. O diabo, como é descrito em algumas religiões, em algumas manifestações religiosas evangélicas, parece ser um poder independente, igual ao poder de Deus, só que na direção contrária, que faz o que quer e Deus apenas tem que vir atrás e consertar o estrago que o diabo fez. Essa não é a visão bíblica.

O diabo não é Deus. Ele não é um deus e ele está debaixo da autoridade de Jesus Cristo. Ele só vai até onde Jesus permite e ele só faz aquilo que o Senhor Jesus autoriza.

Ele está debaixo do governo de Cristo. Ele é um destes que está sob o seu domínio, sob o seu poder. Então, nós não devemos pensar no diabo como sendo este poder independente, mas lembrar que ele também está debaixo do governo de Deus e da autoridade de Deus.

Só há um Deus; ele governa sobre todas as coisas, inclusive sobre as forças do mal. Elas não podem fazer absolutamente nada que Deus não permite, e aqui está a nossa segurança e a nossa tranquilidade: saber que, de fato, Deus reina em Cristo Jesus e que nenhum mal chega a mim que o meu Deus não permita. E se eu sou tentado, eu sou tentado apenas até o ponto em que eu possa suportar, diz o apóstolo Paulo, e que Deus não permitirá que essa tentação seja acima das minhas forças.

Pois o que foi que Jesus disse a Pedro e foi o que Deus disse a Satanás quando este queria tentar a Jó? Deus disse: "Mas tem limite, você só vai até aqui". Então, é bom saber que nós estamos em um universo onde o Poder Supremo maior é de um Deus bom, sábio, justo e verdadeiro, e o mal não triunfará.

Então, quando Paulo diz aqui: "Revistam-se do Senhor e da força do seu poder", ele está dizendo exatamente isso: que o Senhor Jesus tem todo o poder no céu e na terra e nós, aqui neste mundo, temos que nos unir a ele. Unidos a ele, nós, revestidos. .

. Desse poder que ele tem, nós podemos aqui viver nesse mundo, enfrentando os males que nos cercam e todas as tentações. Paulo ilustra o que ele está dizendo com a figura de uma armadura, no verso 11.

O que significa ser fortalecido no Senhor? Será que há uma ilustração que nos ajuda a compreender esse revestimento de poder que nós precisamos da parte do Senhor Jesus? Paulo, no verso 11, diz a mesma coisa, mas usando agora a figura de um soldado completamente armado.

Ele diz: "Revesti-vos de toda armadura de Deus". Paulo descreve aqui o cristão como um soldado na sua completa armadura e pronto para a guerra. A armadura representa Cristo e o seu poder, e nós nos revestimos dela.

A armadura serve de proteção para o combate; ela traz os diversos elementos que Paulo vai descrever a partir do verso 14. Mas a ideia aqui do cristão preparado para a batalha é tirada pelo Apóstolo Paulo, provavelmente, do Livro de Isaías, onde Deus é descrito como um guerreiro completamente armado que sai para o combate. Ou talvez Paulo não precisely ir tão longe quanto o Antigo Testamento; quando ele escreveu essa carta, ele estava preso em Roma.

E como ele era um preso político e havia conseguido prisão domiciliar, ele estava numa casa alugada. Então, sabemos de outras fontes que os presos políticos que conseguiam morar numa própria casa enquanto aguardavam um julgamento do imperador tinham um soldado da guarda pretoriana acorrentado a eles para não fugirem. Paulo provavelmente dormia com um guarda acorrentado a seu lado quando escreveu isso aqui.

Não era um guarda da corte; da corte pretoriana, que era exatamente a guarda pessoal do imperador. Então, Paulo não precisava nem ir para o Antigo Testamento. Ao lado dele havia a figura do soldado armado, que talvez inspirou isso que ele falou; ele podia tanto usar o Antigo Testamento quanto essa inspiração.

Ao lado dele estava, então, a figura que bem ilustra o que ele está dizendo aqui. Ele considera a vida cristã como uma guerra e, agora, ele olha para o cristão e descreve o cristão como um soldado. Isso aqui é muito bom para nós termos cuidado ao pensar que a igreja é um grande hospital, onde a sua tarefa é curar e cuidar dos feridos.

Essa metáfora é muito difundida entre os evangelhos; não é a igreja um grande hospital? E as pessoas vão lá para serem curadas de suas necessidades? É verdade, mas é curioso que nenhuma vez na Bíblia a metáfora do hospital é usada para descrever a igreja.

Sabe quais são as metáforas prediletas do Novo Testamento para descrever a igreja? Um exército, armas, armadura, combate, guerra. Então, é claro que nós vamos à igreja porque queremos perdão, cura, reconciliação; queremos ser libertos da nossa culpa, do nosso mal.

Mas não para aí, porque, na verdade, se você é de Cristo, você faz parte desse exército; você é um guerreiro. Você está em combate, você está em conflito. Há uma guerra acontecendo e você precisa, para enfrentar essa guerra, se revestir da armadura de Deus, que é o poder do Cristo ressurreto.

"Revesti-vos de toda armadura de Deus". Essa é a figura que Paulo usa para explicar a necessidade que temos de estar preparados para enfrentar essa guerra tremenda. Ele nos dá algumas causas, em seguida, para que nós tomemos a armadura de Deus ou nos revistamos do poder do Senhor Jesus.

A primeira está no final do verso: "Revesti-vos de toda armadura de Deus para poder desficar firmes contra as ciladas do diabo". Aqui ele introduz o nosso inimigo, que ele chama de diabo. Diabo é o nome padrão do Novo Testamento para esse espírito caído, inimigo de Deus, perverso, que tem como objetivo destruir a obra de Deus neste mundo.

A palavra diabo significa acusador e vem de uma raiz grega que significa jogar alguma coisa através. Então, acusação é isso mesmo; você joga palavras através da distância entre você e a pessoa, as palavras como espécie de arma que você lança e acusa a pessoa. Esse é o nome de Satanás, aquele que fica lançando acusações contra o povo de Deus.

Mas, adiante, Paulo vai se referir aos dardos inflamados do maligno, que diz a mesma coisa, né? Que se refere exatamente a isso. Esse é o nosso inimigo; ele é chamado de o acusador.

Note que o método dele é descrito aqui como ciladas. A palavra grega para cilada é a palavra de onde vem a nossa palavra método, a palavra grega "metodéia", de onde vem método, que indica um arranjo sistemático, alguma coisa estabelecida; e uma cilada é exatamente isso: é uma concepção bem organizada e estruturada de como você vai apanhar o seu inimigo. E quando eu era menino, morando lá no Ceará, eu morei — eu nasci na Paraíba, vivi na Bahia, depois no Ceará e finalmente fui para Pernambuco; então sou um novo nordestino de verdade, né?

—, mas me lembro do tempo em que morei no Ceará. Meu pai tinha uma fazendinha e lá, não era um açude tão grande, mas tinha um açude. Eu costumava muito caçar; gostava muito — quando era permitido, né?

Hoje em dia não caçava mais passarinhos. E uma das coisas que eu gostava de fazer era pegar passarinhos com visgo de jaca. A jaca produz um visgo, né?

Uma cola. Você não sabe nem o que é jaca, né? Isso é coisa do Nordeste, não é?

É porque não tem outra ilustração aqui, bom, mas tudo bem. Mas então a jaca, né, é aquela fruta desse tamanho; ela tem esse visgo que é uma cola, é um trem que, quando gruda na mão, né, fica. E aí, o que é que fazia?

Pegava a jaca, tirava o vidro e pegava um galho de árvore seco e revestia aquele galho com visgo de jaca. Subia na árvore e colocava o galho lá naquela árvore que eu sabia que os passarinhos vinham para beber água, e o passarinho chegava, né, completamente feliz da vida, desapercebido. Ele via um bom lugar para pousar, né, e ele até rezava.

Exatamente no galho estava cheio de visgo de jaca; só restava depois eu subir e pegar o passarinho vivo, né? A minha, eu. .

. aquilo foi um. .

. é um método que foi a origem. Não é minha, é claro, né?

Mas era um método, uma armadilha que foi feita e que se baseava na observação: determinar o lugar onde o passarinho vem beber água, ali, determinar a árvore ideal que ele escolhe, a saber que a jaca tem um visgo que é invisível a olho nu, mas que vai pegar o passarinho. Todo o método, toda a estratégia, tá? Todo um planejamento é isso que armadilha significa.

E, ao dizer que nós temos que tomar a armadura de Deus para poder ficar firmes contra as ciladas, as armadilhas do diabo, o apóstolo Paulo está dizendo que esse inimigo nosso, ele é ardiloso, ele é inteligente, ele nos conhece, ele tem um método, e o alvo dele é nos pegar. O objetivo dele é nos pegar e nos derrubar. Por isso que ele disse: “Aqui nós temos que ficar firmes”.

Temos que ficar firmes na verdade; ele diz isso aqui três vezes: verso 11, “ficar firmes”; final do verso 13, “permanecer inabalável”, que é o mesmo verbo na língua grega; e no verso 14, no início, “estai pois firmes”. Paulo diz que nós temos que ficar firmes contra estas armadilhas astuciosas, estas ciladas que o acusador das nossas almas arma contra nós. Então, essa é a primeira razão que é colocada aqui para que nós tomemos a armadura de Deus.

Supostamente, o apóstolo Paulo está dizendo que, se nós estivermos com a armadura de Deus, nós poderemos evitar ser apanhados nessas ciladas que o diabo arma no nosso caminho, na nossa existência. Aqui talvez eu deva dizer que a visão que Paulo tem dessa batalha é um pouco diferente da perspectiva que é trazida pelo movimento de batalha espiritual. Hoje, o movimento de batalha espiritual diz que nós precisamos caçar os demônios, saber onde é que eles estão, descobrir os nomes deles, tirá-los dos territórios que ocupam, derrubá-los, destroná-los do trono de Satanás e expulsá-los de uma determinada região.

Então, a maneira como essa batalha tem sido ensinada na igreja nos últimos 25, 30 anos, desde o surgimento do movimento de batalha espiritual, é que a guerra, a batalha espiritual, é um ataque que Satanás tem que fazer aos demônios. Só que eu não estou vendo isso aqui. O que eu estou vendo é o contrário: é o diabo vindo contra mim.

A ordem é que eu fique firme. Eu não encontro em nenhum lugar do Novo Testamento, especialmente no livro de Atos, que registra o trabalho dos apóstolos, que o apóstolo Paulo, quando chegava numa cidade para pregar o Evangelho, primeiro ia fazer guerra espiritual para saber quem era o demônio daquela cidade, o nome do demônio, amarrar o demônio, destroná-lo, para então ele poder evangelizar. Onde é que tem isso no Novo Testamento?

Jesus nunca ensinou isso, os apóstolos nunca ensinaram; não está em lugar nenhum. O que a Bíblia está dizendo é que nós já vencemos; o nosso Cristo já venceu. Ele tem todo o poder no céu e na terra.

Resta-nos ficar firmes contra o inimigo derrotado que vem ao nosso encontro para fazer o maior estrago que ele puder, mas a vitória já é nossa. Então, é uma batalha de resistência. É claro que, à medida que nós pregamos o evangelho e plantamos igrejas, se aparecerem pessoas possuídas de demônios ou com opressão espiritual, nós vamos orar em nome de Jesus.

Mas esse não é um ministério de libertação de demônios. Onde é que tem isso no Novo Testamento? Quarta-feira, venho para a igreja que nós vamos ter uma reunião para expelir demônios?

Me encontra aqui, os apóstolos marcando reunião de libertação de demônios? Por favor, no Novo Testamento! Eu creio que pessoas podem ficar possessas de espíritos hoje, mas a minha tarefa não é sair catando.

Agora, se aparecer, vai sair em nome de Jesus, vai sair em nome de Jesus, mas não é esse o meu ministério. Meu ministério é anunciar a palavra de Deus, é centrado em Cristo; é esse o ministério da Igreja: anunciar a Jesus, e ele vitorioso. As pessoas que formam ministérios em torno disso acabam glorificando quem?

Quem acaba sendo o centro do ministério deles? Não! A nossa tarefa é ficar firme.

A figura é de um soldado em campo, já conquistado, que está firme guardando aquele território, e o inimigo derrotado está vindo em guerrilha contra ele, querendo tirá-lo daquela posição. Essa é a figura que nós temos que ter em mente. Eu tenho, na minha cabeça, uma imagem de muitos anos passados: estava na Holanda com minha esposa e filhos na época em que o Iraque invadiu o Kuwait, e os Estados Unidos vieram em defesa.

A força dos Estados Unidos bombardeou as forças militares do Iraque, quebrou a espinha dorsal do exército iraquiano, e os iraquianos tiveram que se retirar do Kuwait; eles tiveram que sair. A figura que eu tenho é, na televisão, as imagens de poços de petróleo incendiados pelos iraquianos quando eles batiam em retirada. Eles perderam o domínio sobre o Kuwait, mas, ao fugir, saíram destruindo tudo o que podiam, inclusive tocando fogo nos poços de petróleo do Kuwait.

Essa é uma figura que eu gosto de usar para ilustrar o que é que nós estamos enfrentando aqui: o inimigo que já foi derrotado, porque o Senhor Jesus tem todo o poder do céu e na terra. Na terra, ele venceu os de potestades; então, Satanás é o inimigo derrotado, mas ele vai fazer o estrago que puder até aquele grande dia em que o Senhor Jesus vier em glória, e Satanás, então, será lançado no Lago que arde com fogo e enxofre. Por isso, irmãos, diz o apóstolo Paulo: revesti-vos de toda a armadura de Deus para poder ficar firmes contra as ciladas do diabo.

É ele que está vindo, ele que está vindo contra nós. A segunda razão que Paulo diz, ou dá, para que nós tomemos a armadura de Deus e nos revestamos da força do Senhor Jesus, é a natureza dos nossos inimigos, que ele já prenunciou ao chamá-lo de diabo. No verso, ele explica porque a nossa luta: revesti-vos da armadura de Deus, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes.

Portanto, tomai toda a armadura de Deus. A razão pela qual eu tenho que me revestir do poder de Cristo neste mundo, viver unido ao meu Salvador vitorioso como um soldado que está vestido de uma armadura, é porque os inimigos que eu tenho para enfrentar são muito maiores do que eu, e eu não posso vencê-los na minha força. Os meus inimigos, diz Paulo aqui, o nosso inimigo, a nossa luta, no verso 12, não é contra o sangue e a carne, ou seja, não é contra pessoas de sangue, carne e ossos como nós.

A nossa luta não é contra os nossos semelhantes. É interessante que Paulo tenha dito isso quando ele estava preso lá em Roma. Ele estava preso em Roma; o imperador é inimigo dele e do cristianismo.

Os judeus que denunciaram Paulo eram os inimigos da fé em Cristo Jesus. Mas Paulo olha para o imperador, ele olha para aquele vasto império romano com arrogância, sua idolatria, e ele vê um poder maior por detrás do imperador e daquele império gigantesco. E ele diz: "Queridos, não pensem que a nossa luta é contra seres humanos, porque se fosse, não usaríamos armas humanas.

Nós pegaríamos uma espada, talvez, ou usaríamos estratégias militares. " Não, não! Mas a nossa luta é contra poderes que vão além da realidade humana, que Paulo descreve aqui como sendo principados e potestades, dominadores deste mundo tenebroso, forças espirituais do mal nas regiões celestes.

Regiões celestes é uma expressão que Paulo usa somente aqui na carta aos Efésios e que designa esse mundo espiritual que nos cerca, esse mundo invisível onde o nosso Deus habita e onde transitam os anjos e demônios. É o mundo espiritual que interpenetra com a nossa realidade humana, essa realidade invisível que nos cerca. Eles habitam nessa região, nesse espaço que intercepta com a nossa.

Nessa realidade invisível que está ao nosso redor, por isso que eles são chamados aqui de forças espirituais do mal. Espirituais no sentido de que eles não têm corpos como nós temos; eles são seres imateriais e materiais. Poderosos, são designados aqui como forças; eles têm domínio deste mundo tenebroso.

Paulo, aqui na carta, se refere pelo menos duas vezes ao mundo presente como estando debaixo de trevas. Veja aí o capítulo 2, do versículo 1 em diante: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar", ou seja, o príncipe dos poderes aéreos ou invisíveis, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Paulo já tinha se referido ao diabo na carta, dizendo que ele é esse espírito, ele é o príncipe dos poderes aéreos que atua nos filhos da desobediência, que são aqueles incrédulos, aqueles que estão nos seus pecados e que não se arrependeram ainda mediante a fé em Jesus para serem salvos e perdoados.

A ponto de Lutero, uma vez, ter dito que o homem é uma besta: ou ele é montado por Deus ou pelo diabo. Se você é de Deus em Cristo Jesus, o poder que atua em você é do Espírito Santo; mas se você não é de Cristo, se você está nos seus pecados, esse príncipe dos poderes aéreos atua na sua vida, atua na sua vida e diz: ele aqui não é que escraviza segundo as inclinações da carne e dos pensamentos. Mas adiante, no capítulo 4, o apóstolo Paulo diz que a gente não deve andar como andam os gentios, aqueles que não creem no Senhor Jesus, na vaidade dos seus pensamentos, obscurecidos do entendimento, alheios à vida de Deus, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do coração.

E que se tornaram insensíveis e se entregaram à dissolução para cometer toda a sorte de impureza. Ou seja, essa humanidade sem Deus, a humanidade que virou as costas para Deus, cega e surda, que não quer ouvir a Deus, andando na teimosia do seu coração, esses poderes governam essas pessoas, atuam nestas pessoas, iludindo, aumentando ainda mais as trevas do coração delas, encaminhando-as para falsos deuses, provocando a idolatria, levando a uma vida absoluta, até que finalmente essas pessoas serão levadas à condenação eterna, ao juízo de Deus no inferno. Pela ação de seres, não é que com isso Paulo está desculpando os pecadores não arrependidos, mas ele está dizendo da existência desses poderes que são os dominadores deste mundo tenebroso e que atuam em todo lugar.

Eles atuam na política, atuam nas artes, atuam na música, atuam no lazer, usos e costumes, na literatura, na universidade, na igreja, em todo lugar. Esses poderes estão agindo com astúcia, com o objetivo de destruir a obra de Deus e também destruir a sua própria. Vida!

Essa é a razão pela qual nós temos de tomar a armadura de Deus. Ainda no verso 13, Paulo repete: "Portanto", ou seja, à luz dessa realidade dos nossos inimigos, tomai toda a armadura de Deus. E ele disse: "Para que possais resistir no dia mau".

O que é um dia mau? Paulo já havia dito aqui que todos os dias são maus; veja lá no verso 16 do capítulo 5, "Remindo o tempo, porque os dias são maus". Mas, dentre os dias maus, há uns que são piores do que os outros.

Todos os dias são maus. Ou seja, é assim que Paulo descreve a nossa vida; neste mundo, os dias são maus, porque nós estamos nessa realidade marcada pelo pecado, onde o sofrimento existe, onde a incompreensão existe, a violência contra seres humanos, a falta de amor, enfim, tantas coisas: doenças, dores, sofrimento. Os dias são maus e sempre serão maus, mas há dias que são piores do que outros.

Paulo parece estar se referindo ao fato de que Satanás concentra os seus esforços nas pessoas em determinados períodos. Ou seja, nós sempre estamos sendo tentados de uma forma ou de outra, mas parece que há dias em que o diabo vem com toda a cavalaria. Você lembra de dias assim na sua vida?

Que parece que ele resolveu marcar você? Eu quero dizer: talvez seja até uma presunção muito grande da sua parte pensar que o diabo veio pessoalmente tentar você. Ele deve estar tentando de uma forma ou de outra; para nós, ele manda um demônio de terceira escala, alguma coisa assim, né?

Então, é muita pretensão sua pensar que Satanás em pessoa está tentando você ou esse pessoal lá, mas porque ele não é onipresente, né? Satanás não é onipresente; ele não está em todo lugar ao mesmo tempo, mas ou ele ou uma de suas tecas parece que concentra. Há dias em que você tem a impressão de que todas as forças do inferno se levantaram contra você, aquela confusão mental, aquelas trevas, aquela angústia.

Esse dia, na verdade, pode durar semanas, pode durar meses, pode durar anos até, em que você está sob profunda opressão, angústia, dificuldade, tentação. Eu uso como ilustração um período que considero o "dia mau" da minha vida. Eu já tive vários, mas esse aqui foi quando nós estávamos na Holanda.

Eu estava estudando para terminar o meu doutorado, estava com a Mímica e com as crianças, e o professor que era o meu orientador lá na Holanda era um ateu. Ele era um ateu que não acreditava em nada, e quando soube que eu estava vindo da Universidade de Westminster, nos Estados Unidos, que é uma universidade muito conservadora, ele resolveu acabar com a minha fé. Então, como ele estava me orientando, ele passou uma lista de livros que eu tinha que ler.

E aí, você imagina, tudo quanto é de ateu e liberal que eu tive que ler durante um ano e meio para poder fazer trabalhos para esse professor. Eu comecei a ler, e olha que eu já era um crente maduro, já era professor, já era pastor, já tinha dado aula no seminário; era um crente maduro. Comecei a ler, e comecei a ler, e, gente, de repente, comecei a perceber alguma coerência, né, que aquele pessoal estava dizendo.

E aí, de repente, a dúvida começou a entrar no coração: será que é verdade o que esse pessoal está dizendo? E aí, a dúvida entrou no meu coração a ponto de que comecei a questionar a própria existência de Deus, e aquilo me paralisou. Quando me ajoelhava para orar, eu não conseguia orar; não conseguia orar porque não tinha certeza de que tinha alguém do outro lado me escutando.

E, durante um ano e meio, esse foi o dia mau, foi o pior dia mau que eu passei. Eu só fazia soluçar, não conseguia falar com Deus, e aquela opressão, aquela angústia, a dúvida entrou no meu coração e me questionava. Eu não sabia de nada, escapei por pouco de virar ateu.

Finalmente, em desespero, falei com meu orientador nos Estados Unidos, Dr Moisés Silva, um cubano naturalizado brasileiro, homem de Deus: "Então, Moisés, eu estou passando por uma dificuldade muito grande". E ele deu uma risada: "Você está lendo o quê? Só passou isso?

" Ele deu risada e disse: "Leia esse livro aqui, que é um antídoto". Ele me indicou todas as literaturas, e foi o que Deus usou para eu terminar o dia mau, né? A ação daquele professor me ajudou intelectualmente, minha mente foi liberta para crer outra vez.

Mas, durante um ano e meio, eu experimentei as angústias e as trevas da incredulidade como nunca tinha experimentado em minha vida. Hoje, eu agradeço a Deus que me preservou, porque, como disse a vocês, eu cheguei muito perto de perder a confiança na palavra de Deus e na Escritura. Por isso, dizem: "Tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau".

Eu creio que eu sou resisti porque eu sou crente mesmo, né? Sou novo, sou convertido de verdade, e a graça de Deus, né? Não conseguia fugir de Deus, não conseguia virar as costas para Deus.

Não tinha certeza de que ele existia, mas também não tinha tanta certeza assim a ponto de dizer "eu vou virar as costas agora". Ele me segurou durante esse tempo. Há um dia mau que é diferente para cada pessoa: talvez um sofrimento, uma doença, um relacionamento, um problema sem solução.

Não tem luz no fim do túnel. Mas, para enfrentar esse dia e continuar crente, você precisa estar revestido da armadura de Deus, da força do Senhor Jesus e da glória do seu poder. A última razão que ele coloca aqui para que nós tomemos a armadura.

. . No final do verso 13, para depois de termos vencido tudo, permanecer inabaláveis.

O alvo de Deus é que nós fiquemos inabaláveis. Aqui nesse mundo, nós podemos sofrer ataques, nós podemos passar por momentos difíceis, como este que eu descrevi para vocês. Eu sei que você poderia contar também uma experiência, mas o alvo de Deus é que, nesse mundo mal, cheio de dias maus e do dia mal, você possa passar por ele e permanecer crente, permanecer fiel a Deus.

Por essa razão, você precisa se revestir do Senhor Jesus e da força do seu poder, como um soldado veste a sua armadura para ir para o campo de batalha. A gente vê com tristeza cristãos completamente descuidados, que começam o seu dia ou vão para a batalha do dia a dia sem buscar a Deus, sem oração, sem comunhão com Deus, sem meditação na palavra de Deus. Não tomam nenhuma atitude.

Não é à toa que eles são laçados, não é à toa que são derrubados em problemas morais, em angústias, em erros e tropeços e, às vezes, seguem heresias perniciosas porque são descuidados na sua vida espiritual. A Bíblia é muito clara: você não pode contra esses poderes e você precisa do Senhor Jesus. Está revestido dele; senão, você é uma vítima fácil, mais uma que vai cair por causa da ação do diabo.

Ele sabe exatamente as suas fraquezas e vai colocar no seu caminho aquilo que lhe atrai e lhe seduz, e você vai pousar como um passarinho naquele pé de árvore favorito, sem saber que ali está a armadilha que vai lhe ferrar, vai lhe segurar e vai destruir a sua vida. Portanto, irmãos, tomemos toda a armadura de Deus para vencer tudo e permanecer inabaláveis. Eu quero terminar aqui com alguns pontos que nós podemos tirar do que vimos até agora.

No próximo domingo, querendo Deus, merecer de Deus, nós terminaremos do verso 14 até o verso 20, terminaremos a carta. Queridos, existe uma batalha acontecendo e você está no meio dela. É uma batalha de natureza espiritual, de natureza invisível.

É uma luta pela sua mente, é uma luta pelo seu coração. Estão errados aqueles que pensam que o alvo do diabo é tirar o teu emprego, tirar a tua saúde, tirar a tua prosperidade. É um erro essas pessoas pensarem que esse é o objetivo principal do diabo.

Quem disse "eu te darei todos os reinos deste mundo" não foi Deus, foi Satanás. Se ele quiser, ele pode lhe dar prosperidade e fazer você rico e feliz da vida, desde que ele ganhe a sua alma, desde que ele encaminhe você no erro, desde que ele afaste você de Deus mais e mais. Então, é um erro a gente pensar que batalha espiritual é uma luta para você se libertar da pobreza, da doença, dos mares temporais que afligem os seres humanos.

Aqui estão dizendo que Deus não nos livra destas coisas, mas estou dizendo que é um erro você pensar que o alvo do diabo é esse. O alvo do diabo é sua mente, é o seu entendimento. Ele quer confundir você, ele quer fazer você acreditar na mentira, querer dizer a você dos caminhos de Deus.

O alvo do diabo é fazer você tropeçar moralmente, você ser infiel com sua mulher ou com seu marido, ser desonesto, ser mentiroso. É isso que o diabo quer fazer. Ele é o pai da mentira e, se ele fizer isso, ele vai afastar você de Deus e vai destruir a sua vida.

Então, existe esse conflito e nós não podemos nos esquecer dele. Mas outra coisa que nós podemos aprender aqui é que a vitória já foi ganha. O Senhor Jesus já triunfou sobre os principados e potestades.

Ele tem todo o poder no céu e na terra e Deus nos chama e chama você, nesta noite aqui: você se revista de Cristo para que você possa enfrentar essa realidade aqui nos dias maus. Só há uma maneira de você vencer estes poderes: é que você seja de Cristo Jesus, que você seja convertido, que você seja, de fato, nascido de novo, que você se arrependa dos seus pecados, que o Espírito Santo more em você e Cristo seja o seu Senhor e salvador. Se não, você está nesses poderes, ele vai iludir você, vai enganar você e, depois da sua morte, você vai para onde ele irá.

A Bíblia descreve como sendo o lago de fogo e enxofre, onde o seu tormento nunca cessa e que foi preparado para o diabo e seus anjos. Ele sabe que está indo, mas ele quer levar o maior número possível de pessoas com ele. Só tem uma maneira de você vencer esses poderes: é você se submeter ao Senhor Jesus, renunciar aos seus pecados e dizer: "Senhor, eu creio em ti como meu Senhor e salvador e eu quero viver para tua glória.

" E, diariamente, tomar esse poder de Cristo na sua vida, como um soldado veste uma armadura, se preparando para a batalha. De outra forma, você não tem como enfrentar esses poderes. Se você está aqui nesta noite e ainda não tem certeza disso, de que você pertence a Jesus, eu quero lhe convidar nesta noite: seja a noite em que você diga "sim, Senhor, eu quero crer.

" Nesta noite, eu quero entregar a minha vida àquele que venceu. Nesta noite, eu renuncio a mim mesmo, aos meus pecados e confio no Senhor Jesus como meu Senhor e salvador. Você pode fazer isso diretamente com Deus, dirigir-se a Deus em oração.

A palavra de Deus nos diz que Ele não rejeita o coração quebrantado e que Ele escuta a oração daquele que está humilde aos seus pés. Talvez você seja crente, mas caiu, você errou, você desobedeceu a Deus, você fez o que não devia e você está agora caído. Você sabe disso; a sua consciência.

. . Diz isso, as outras pessoas dizem isso, você sabe que você pecou.

Mas mesmo que a palavra de Deus descreva a igreja e a vida cristã como um conflito constante, isso não quer dizer que esse conflito, essa vitória e essas batalhas sejam ganhas constantemente. Há momentos em que nós falhamos. Há momentos em que nós caímos.

Davi caiu, Pedro caiu, Moisés falhou, o profeta Elias falhou. Há tantos outros homens de Deus na Bíblia que, infelizmente, fracassaram em um determinado momento, mas o que é comum a todos eles é que eles se levantaram. Eles não ficaram caídos, eles não desertaram o exército, eles não foram embora, mas se levantaram melhores, mais experientes, mais preparados, prontos para o combate, conhecendo mais a si mesmos e também o inimigo.

E é o que eu queria que você fizesse nesta noite. Qualquer que seja o erro em que você caiu, que você se volte para Deus, pedindo perdão e dizendo: "Deus, eu quero confessar que eu errei, que eu fui negligente, que eu abandonei a armadura de Deus, mas eu quero recomeçar a minha vida. Eu quero recomeçar a minha vida, quero pedir perdão.

" E nesta noite eu digo ao Senhor: "Eu vou procurar as pessoas que estão envolvidas no meu erro, vou colocar minha vida em ordem e vou, diariamente, a partir de agora, tomar a armadura de Deus. Diariamente me revestindo do Senhor Jesus pela oração, leitura da palavra, meditação, tirando tempo para o Senhor. " Eu tenho certeza que o Senhor Jesus está pronto para levantar qualquer soldado ferido, porque Ele nos ama e se deu na cruz por nós.

Que esta noite seja o dia de vitória e libertação para você. Oremos: Senhor Jesus, Tu tens todo o poder no céu e na terra. Nós agora nos prostramos diante de Ti e Te adoramos como aquele que venceu, venceu a morte, venceu o inferno, venceu o satanás, venceu o mundo.

E nós pedimos agora, Senhor, que Tu nos fortaleças no Teu poder. Senhor, há alguém aqui nesta noite que ainda não está debaixo da Tua autoridade, que não foi lavado no Teu sangue, que não experimentou ainda o perdão. Que seja esta noite a noite da salvação e da libertação.

Pedimos também pelos Teus filhos e filhas que aqui estão nesta noite, que estão sendo negligentes, que não têm tempo para ter comunhão contigo, para ler a Tua palavra, para orar, gastar tempo precioso na Tua presença. Senhor, desperta-os nesta noite. Aos que já foram laçados pelo diabo, queira libertar, Senhor, e livra-nos do mal.

Não nos deixe cair nas astutas ciladas do diabo, mas nos preserve inabaláveis em nome de Jesus.