max vai escrever para jornais do continente europeu vai escrever para jornais americanos vai se informar muito de política internacional e de todos os tipos que ele vai publicar neste período um merece um destaque especial é um texto bastante conhecido intitulado o 18 brumário de luís bonaparte eu vou fazer referências texto em função do arcabouço analítico que ele traz vamos aos fatos com a revolução de 48 cai a monarquia francesa em seguida o governo provisório organiza um processo político eleitoral elege-se um presidente da república um presidente da república eleito é um descendente direto de napoleão bonaparte
luiz napoleão segura extremamente a como é que eu vou dizer configuração de luís bonaparte seria aquilo que hoje moderna metrô chamaria de um stroke conhece a palavra schrott usa não né o vigarista um mistificador a um quadrilheiro é isso que esse plano é quando chega ao poder por via eleitoral na sequência o fracasso da revolução que 48 se elege presidente e em dezembro de 1851 saiu sem prestar atenção na cronologia porque é importante em dezembro de 51 salvo erro a 2 de dezembro ele invocando o preceito constitucional decreta o estado de sítio das pedras garantias
individuais e iniciam um processo inclusive com a utilização de cordas frangos ou seja de aparatos a paramilitares um processo de intimidação de terrorismo sobre lideranças populares o estado de sítio teria duração de um ano até dezembro de 50 um jornal americano pede a março uma análise do evento de dezembro de 51 ou seja os olhos do mundo estão postos na frança foram cenário a interrupção revolucionária a queda do império da constituição da república e pedem a marcos que façam uma matéria uma reportagem para o jornal acerca da decretação do estado de sítio max escreve entre
dezembro de 51 janeiro de 52 muito importante situar se a cronologia ou seja marca escreve na sequência imediata da decretação de estado de sítio os dois primeiros meses prepara o seu texto envia com o título de o 18 brumário de luís bonaparte daqui a pouco eu volto ao texto ao longo do ano de 52 do texto de marcos já estava escrito prossegue o processo de quase que de terrorismo estatal comandado por luís bonaparte e quando em dezembro de 52 cessaria o estado de sítio boa parte restaurar a monarquia se põe como imperador da frança num
ciclo que durará cerca de 20 anos é o luiz napoleão que a frança vai atravessar a década de 50 ea década de 60 ele só vai cair quando da derrota frente à agressão com luciana e 1869 a derrota como vocês sabem precipita a comuna de paris em 70 que é aquilo que mais lhe chamou de primeira tentativa de um governo operário de uma ditadura do proletariado que max eliza com o assalto ao céu cai aí o império francês e instaura chama república que vai ficar conhecida como terceira república porque terceira república a primeira foi a
jacobina a segunda foi aquela que durou de 48 51 a terceira república times e 1870 vai durar até a invasão alemã em 1940 a república que advém da libertação em 44 45 é a quarta república que como vocês sabem vai desaparecer sob um golpe de estado em 58 e mais 58 no general de orgulho e cria a 5ª república que acha que golpe de estado só acontece nas repúblicas bananeiras está enganado na frança e 58 houve 1 a 1 em achar que a eleição fraudada é só na bolívia dá uma olhadinha ali por nosso irmão
do norte o grande irmão do norte há menos de dois anos atrás bom mas está lá e paris a londres está com os olhos postos em paris e ele escreve o que é uma reportagem para o jornal a o 18 brumário de luís bonaparte estudado hoje nas universidades especialmente nos cursos de sociologia de teoria política é um texto que mais de escrever para jornal porque depois desse título o 18 brumário de luís bonaparte vocês sabem que a revolução francesa no seu período de auge do seu período jacobino trocou inclusive os nomes dos meses max vai
fazer um paralelo entre a restauração imperial de bona parte desse bonaparte anão de segunda parte o pequeno com a restauração imperial a de 1804 do grande napoleão mas notem que coisa curiosa o 18 brumário começa uma paráfrase e de reggio é ali que marcos retomar aquela palavra sefaz a palavra severiano a história acontece duas vezes a primeira como tragédia a segunda como farsa ele vai tratar luiz napoleão comparativamente ao velho napoleão como a segunda versão da história mas não mais trágica e agora bastante mas atenção mas está escrevendo são pra isso não está estreando em
dezembro de 51 janeiro de 52 o golpe que vai restaurar ela de dezembro de 52 tá claro mas se inscreveram antes da restauração enfatizando isso o texto de marx antecipar o que vai acontecer e não antecipa porque marcos tem uma bolinha de cristal ou porque têm uma ligação mediúnica com quem lê o futuro o texto é uma análise primorosa uma análise primorosa do fracasso da revolução de 48 e de como este fracasso redonda na eleição nota um processo eleitoral daquilo que era o espírito ante 48 mas que entender o seguinte como é que aquilo que
era negação do que a frança exigia mais exatamente do que os trabalhadores e as camadas populares e mesmo a pequena burguesia francesa exigiu como é que isso pode após um processo tão traumático triunfar legalmente para fazer isso primeiro marcos recorre a uma analogia uma grande revolução de 789 exciter som parece ter seu texto delicioso maravilhoso mas antes de tudo um grande estilista mas ele oferece uma dificuldade pra quem não conhece a história compreensão desse texto demanda conhecimento da revolução francesa claro marte pode fazer escrito há 50 anos só dela né a memória emoção está muito
fresca quando está escrevendo quem foi esse texto é um texto que eu recomendo enfaticamente deste belíssimo lembre se que essa pequena dificuldade não é que o texto de marcos é difícil o texto é cristalino meridiano dificuldade está nas nossas informações histórica é o problema não é de marcos por favor não responsabilize o velhinho alemão voltemos mas faz análise do fracasso da revolução de 48 mas sobretudo faz uma análise primorosa da estrutura de classes na frança é um exemplo de um exemplo paradigmático de como fazer análise de conjuntura aquele marca estava identificando o modo de produção
capitalista duas classes fundamentais quando se põe a fazer a análise concreta quando se põe a fazer análise concreta de situações concretas mostra toda sua sensibilidade à sua figura sua capacidade analítica ele desmonta a estrutura de classes francesa mostra sua composição com cinco classes traz à tona os interesses contraditórios alguns conflituais outros antagônicos diz conjunto de classes e mostra muito especialmente como luís bonaparte que eram de classe fui capaz de num momento de crise social não resolvida colocar se como uma alternativa para uma determinada classe social alternativa pra grande porque exigia financeira mas se apresentando não
como seu candidato mas recolhendo os seus votos entre aquela base social que martin vai caracterizar como extremamente reacionária massa camponesa esse texto que é um exemplo de finura analítica tem uma peculiaridade é que analisando apenas a decretação do estado de sítio que marcos considera um golpe de estado ele aponta para dois elementos fundamentais primeiro elemento como é que pode haver uma hipertrofia do executivo num marco que é constitucional estourando uma ditadura do executivo e instalando uma ditadura que embora aparentemente não atendendo aos interesses específicos de nenhum era as classes traz um de classe onde classificado
no sentido duplo e se classificado político mas ao mesmo tempo de classe e que não representa organicamente nenhuma das classes em presença mas faz dele o homem que é aceito por todos mais tarde isso vai ser chamado de bonapartista não é acho que é importante nesse texto de marx é que fazendo uma análise de conjuntura quente no calor da hora ele termina o texto de uma maneira genial ele termina dizendo o seguinte o último parágrafo do texto se luís bonaparte o a não deitar sobre os seus ombros o manto imperial o busto de bonaparte o
grande está lá no alto da coluna abandona este busto vai cair o que mais quer dizer com isso o texto escrito concluído em janeiro de 52 se luiz napoleão restaurar a monarquia é a última vez que a monarquia tem chance na frança a do napoleão o grande vai cair da coluna martins escreve isso e 52 janeiro em dezembro luiz napoleão lança sobre os seus ombros a capa ou mantém imperial e foi a última aventura monárquica na frança que max essa capacidade de antecipação essa capacidade de previsão genial ele não tinha nem um dote especial de
nenhuma vinculação com a lei já foi dito aqui que este cidadão era um ateu impenitente eu estou mencionando esse texto porque essa possibilidade de previsão que está eu vou voltar depois exemplarmente emblematicamente contida neste texto é apenas a expressão de um fato marcante foi capaz de aprender as principais tendências que estavam em confronto naquele processo e de antecipar o seu desfecho e antecipar no plano teórico venha correção da sua análise que lhe permitiu essa genial antecipação e essa correção está ligado aqui está ligada ao acúmulo aqui ele já se ao sara o ponto de vista
do conhecimento das leis há leis é um positivista eu naturalista e nada disso das leis que regem o funcionamento da sociedade capitalista leis que não tem o caráter de leis físicas que são apenas tendências não mais que tendências e quem fala intendência fala encontra a tendência fala em possibilidade de intervenção humana mas já chegara a um conhecimento da dinâmica capitalista e tinha uma tal percepção política vigorosa a ruta do que pensava política como expressão de interesses de classes e franjas de classes gil essa antecipação genial eu recomendaria enfaticamente esse texto a vocês a quando todo
mundo diz que a assistente social eu publico aqui é majoritariamente assistente social assistente social preciso fazer análise de conjuntura em vez de ficar dando aula de análise de conjuntura pega esse texto e estuda é um texto plc nesse texto que estão aquelas duas passagens famosíssima não é a primeira que essa é uma paráfrase de rio a história como a tragédia como farsa é aquela outra fundamental o dia que o próprio coração da política de marx os homens fazem a sua história mas não a fazem em condições que escolhe são para isso os homens fazem a
sua história ou seja são autores da história mas não fazem a história em condições que eles mesmos escolhe entanto a edição também simultaneamente atores da história autores ea todos esse texto é um texto brilhante