UM BOIADEIRO BRUTO ENCAROU A FILHA MIMADA DO PATRÃO, MAS NÃO ESPERAVA SE APAIXONAR - COMPLETO

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Histórias de Amor Verdadeiro
Na vasta e implacável Fazenda Santa Esperança, o encontro entre duas almas opostas promete mudar seu...
Video Transcript:
a brisa matinal corria livremente pela Fazenda Santa Esperança movendo suavemente os campos de capim verde que se estendiam até onde os olhos podiam alcançar no coração desse vasto território um Casarão antigo com suas paredes de pedra desgastadas ficava como uma testemunha silenciosa de décadas de histórias e lutas suas janelas grandes escondidas por cortinas sempre fechadas pareciam guardar segredos e dores não ditas A Fazenda tinha uma beleza inegável mas também carregava a dureza da vida rural trabalho incessante sacrifícios e o peso de quem aprendia cedo que a terra não perdoa João caminhava pelos estábulos com passos
firmes suas botas marcando o chão batido de terra aos 28 anos ele era o retrato da força moldada pelo trabalho áo ombros largos mãos calejadas pele bronzeada pelo sol Implacável seus cabelos escuros sempre estavam escondidos sob o chapéu de palha que raramente tirava mas o que mais chamava atenção eram seus olhos verdes profundos e intensos carregando um misto de vigilância e melancolia João não era apenas um boiadeiro mas o reflexo de uma infância marcada por escolhas alheias seus pais haviam partido quando ele tinha apenas 6 anos uma noite ele se recordava os ouviu discutindo na
sala palavras duras foram ditas seguidas pelo som da porta se fechando para sempre quando acordou na manhã seguinte só encontrou sua avó Ana chorando silenciosamente na cozinha Eles foram embora meu filho Mas você está seguro aqui com a gente dissera ela envolvendo em um abraço Ana com sua doçura inabalável e o avô Tião com sua duza prática assumiram papel de pais eles deram a João uma infância cheia de Amor à sua maneir a vida na roça era Implacável Tião era um homem de poucas palavras e muitas regras para ele o trabal vinha antes de tudo
e a fraqueza não tinha lugar em um mundo onde cada safra podia ser a diferença entre comer ou passar fome são como o arado João se quebrar não serve mais dizia Tião sempre com a mesma firmeza Ana por outro lado fazia o possível para equilibrar a rigidez do marido ela cozinhava os pratos favoritos de João e sentava com ele nas noites frias para contar histórias antigas acariciando seus cabelos até ele adormecer não deixe que o mundo endureça seu coração Joãozinho dizia ela com sorriso gentil mas mesmo com tanto amor a realidade da vida na fazenda
era pesada Aos 8 anos João já ajudava o avô no curral aos 12 já sabia manejar o gado como um adulto e aos 15 já carregava responsabilidades que muitos homens da cidade sequer imaginavam João nunca se queixou ele sabia que reclamar não mudaria nada e que cada dia trazia um novo desafio quando sua avó faleceu ele tinha 16 anos sentiu como se uma parte de si tivesse ido embora com ela mas não houve tempo para lamentar o trabalho no campo continuava e Tião mesmo carregando sua própria dor tornou-se ainda mais rígido agora é só nós
dois menino e a fazenda depende da gente foi tudo que Tião disse no dia do enterro o peso dessas palavras ficou com João como uma tatuagem invisível ele se transformou em um homem duro não por escolha mas por necessidade aprendeu a esconder suas emoções a carregar as dores Calado e a olhar para a frente mesmo quando tudo parecia desabar mas no fundo havia algo que ele não conseguia ignorar um vazio deixado pelos pais que ele nunca entendeu completamente uma parte de si ainda ansiava por aceitação e pertencimento mesmo que jamais admitisse isso para ninguém naquela
manhã João já estava de pé Antes do Sol O Galo ainda nem havia cantado quando ele saiu de casa respirando o ar fresco da madrugada ele verificou o gado inspecionou as cercas e montou em seu cavalo para percorrer os campos a cada passo STI o peso da responsabilidade sobre seus ombros mas seguia firme como sempre enquanto ele ajustava o arreio do cavalo Clara a jovem empregada da Fazenda apareceu com uma cesta de pão fresco João você deveria comer algo não pode trabalhar de estômago vazio disse ela oferecendo um pedaço com sorriso tímido Ele olhou para
ela rapidamente seu rosto impassível mas aceitou o pão com o aceno Obrigado Clara disse antes de voltar ao trabalho era assim que João vivia sempre ocupado sempre controlado ele não permitia que ninguém visse suas fraquezas ou seus anseios do outro lado da cidade Gabriela adentrou a luxuosa loja com passos firmes os saltos ecoando no piso de mármore brilhante o ambiente era iluminado com lustres imponentes e o perfume floral das fragrâncias importadas parecia envolver tudo ela sorriu autosuficiente enquanto uma tendente se apressava para atendê-la com seus longos cabelos lisos caindo sobre os ombros como um véu
de seda e olhos castanho Claros que cintilavam de arrogância Gabriela dominava o espaço sem esforço ela provava sapatos com a mesma despreocupação com que escolhia entre festas no final de semana cada par era mais caro que o anterior mas isso nunca foi um problema Gabriela olhou para Marina uma de suas amigas com um sorriso brincalhão esse é perfeito não acha perguntou erguendo o pé delicado para mostrar um salto de grife cravejado de cristais é o terceiro par desta semana Gabi você está exagerando comentou Marina ajustando a alça de sua bolsa de marca Gabriela deu de
ombros desinteressada meu pai nem vai perceber respondeu sua voz carregada de desdém por fora Gabriela era confiante quase insolente mas no fundo cada compra era uma tentativa desesperada de preencher um vazio entre as risadas com as amigas e os flashes das redes sociais havia uma solidão sufocante era era como se ninguém realmente a visse todos só enxergavam a garota rica e mimada Gabriela voltou para casa carregada de sacolas cada uma representando sua tentativa de compensar a falta que ela mesma não admitia sentir a mansão da família com seus corredores largos e móveis de madeira Nobre
exalava imponência seu pai Vicente era um empresário bem sucedido dono da Fazenda Santa Esperança uma das maiores propriedades da região embora sempre presente financeiramente sua figur era distante e austera o que contribuía para a sensação de vazio que Gabriela tentava esconder ao entrar no escritório encontrou Vicente sentada em sua poltrona de couro segurando uma fatura com olhar Severo Gabriela sente-se ordenou sua voz firme e controlada ela hesitou mas obedeceu um frio percorrendo sua espinha Vicente ergueu os olhos que traziam mais cansaço do que raiva você acha que é normal gastar isso em uma manhã perguntou
colocando a fatura diante dela Gabriela evitou o olhar dele cruzando os braços pai é só dinheiro você sempre diz que temos o suficiente respondeu sua voz carregada de desdém mas o nervosismo era Evidente no leve tremor de suas mãos Vicente respirou fundo esfregando as têmporas não é sobre dinheiro Gabriela é sobre responsabilidade é sobre respeito respeito ela retrucou cruzando os braços eu nunca nunca pedi para nascer nessa família se você está cansado de bancar diga logo houve um silêncio carregado atenção no ar quase palpável finalmente Vicente quebrou o momento com uma decisão que soou como
martelo você vai passar o verão na Fazenda sem festas Sem amigos sem cartão de crédito Gabriela regalou os olhos incrédula pai você não pode fazer isso eu não sou uma criança justamente está na hora de você aprender o que realmente importa e está decidido respondeu ele com firmeza Gabriela sentiu o chão desaparecer sob seus pés como alguém que sempre teve controle Total sobre tudo a ideia de ser retirada do conforto de sua vida era aterrorizante horas mais tarde Gabriela estava em seu quarto jogada na cama de Lençóis caros os olhos marejados fixos no teto as
paredes decoradas com quadros modernos e prateleiras repletas de bolsas e perfumes não ofereciam conforto algum ela sentia raiva fervendo dentro de si mas junto dela havia algo mais profundo uma tristeza sufocante como se fosse perder parte de quem ela era como ele pôde fazer isso comigo sussurrou para si mesma a voz entrecortada pelas Lágrimas sentindo-se impotente e incompreendida Gabriela se virou para o travesseiro abafando o soluço que finalmente escapou naquele momento tudo Parecia um castigo cruel ela sequer imaginava que aquele verão na Fazenda Santa Esperança seria o ponto de virada que mudaria sua vida para
sempre perto do meio-dia enquanto João carregava fardos de feno para o celeiro viu o Capataz da fazenda se aproximando João o patrão mandou avisar a filha dele vai passar uns tempos aqui disse o homem limpando o suor da testa João franziu a testa ele sabia que o dono da fazenda Vicente raramente visitava o local muito menos sua família a chegada de alguém da cidade especialmente a filha mimada do patrão não era algo que o agradava mais uma para atrapalhar o serviço murmurou voltando ao trabalho ele ainda não sabia mas aquela jovem da cidade com todo
o seu jeito arrogante e mimado mudaria o curso de sua vida de uma forma que ele nunca imaginaria Gabriela jogou a última mala no porta-malas com um gesto brusco ela estava furiosa o calor da manhã abafada de São Paulo não ajudava e as buzinas constantes dos carros na avenida em frente a sua casa a deixavam ainda mais irritada vestia uma calça jeans Impecável tênis brancos e uma blusa de marca mas cada peça parecia mais um uniforme de prisioneira do que uma escolha o motorista da família Raul observava silenciosamente enquanto ela cruzava os braços e olhava
para o horizonte como se tentasse encontrar uma rota de fuga imaginária vamos logo com isso disse ela a voz carregada de desdém Raul acenou ligando o carro e as ruas movimentadas da cidade começaram a desaparecer à medida que entravam na rodovia Gabriela olhou pela janela vendo os prédios altos e luminosos de São Paulo ficarem para trás cada quilômetro percorrido parecia uma sentença um passo mais perto do que ela considerava ser seu exílio enquanto o carro seguia pela estrada o cenário mudou asfalto cedeu lugar a caminhos de terra batida e os arranha-céus deram lugar a Campos
vastos e árvores dispersas o som das buzinas foi substituído pelo Canto dos Pássaros e pelo som distante de gado Gabriela Sentiu o cheiro de terra fresca pela primeira vez em anos e franziu o nariz incomodada que lugar é esse murmurou quase para si mesma estamos perto senhorita respondeu Raul é a Fazenda Santa Esperança O senr Vicente diz que aqui é um refúgio um refúgio para quem ela retrucou com sarcasmo certamente não para mim quando o carro parou em frente ao Casarão principal Gabriela ficou imóvel por um momento olhando ao redor o casarão era enorme com
suas paredes de pedra envelhecida e janelas altas Apesar de sua imponência havia algo de melancólico nele como se carregasse uma história de segredos enterrados e memórias esquecidas o silêncio era perturbador não havia o burburinho de vozes música ou carros que ela estava acostumada quando Gabriela desceu do carro ainda atordoada com a vastidão da Fazenda Santa esperança foi recebida por uma mulher de aparência Impecável Lorena a administradora da Fazenda tinha cabelos castanhos presos em um coque firme suas roupas práticas mas elegantes deixavam Claro que ela mantinha o controle sobre tudo ali seu sorriso era cordial mas
havia algo nos olhos castanhos escuros Que sugeria uma frieza sob a superfície seja bem-vinda senorita Gabriela disse Lorena com uma voz polida mas sem muita calosidade Gabriela lançou um olhar rápido ao redor tentando ignorar a irritação crescente acho que bem-vinda não é exatamente como me sinto sua voz era carregada de sarcasmo Lorena não respondeu de imediato mas o l erguer de uma sobrancelha mostrava que havia captado o tom de desd com um gesto indicou o caminho para Casarão seu quarto que enre conforto sua estadia Palas eram educadas não podiam esconder distanciamento enant subia os degus
do Casarão que a recepção de Lorena tinha sido formal demais quase como se não fosse bem-vinda mas não teve tempo para refletir sua mente estava focada na ideia de sobreviver àquele lugar Gabriela Acordou cedo não por vontade própria mas porque o canto dos galos e o burburinho da Fazenda invadiram seu quarto ela suspirou levantando-se e jogando um olhar de desprezo para o cenário Rural além da janela vestiu-se rapidamente colocando roupas práticas que ainda assim carregavam o selo de marcas caras e sai para explor enant anda distraída P Ares casar Cal cheir de estrume e feno
a fez torcer o nariz mas sua curiosidade venceu a repulsa inicial ela caminhava lentamente deslizando os dedos pelas cercas de madeira estava tão absorta em seus próprios pensamentos e na irritação de estar ali que não percebeu o perigo iminente um cavalo solto assustado galopava na direção dela o som de cascos atingindo o chão ecoou como um trovão no silêncio mas Gabriela não percebeu até que já fosse tarde demais quando olhou para o lado viu a figura enorme do anim mal vindo em sua direção e seu corpo Congelou o medo a paralisou sua respiração ficou presa
na garganta e tudo que conseguiu fazer foi soltar um grito Agudo antes que o impacto fosse inevitável mãos fortes a agarraram pela cintura e a Puxaram com força em questão de segundos ela estava no chão com o peso de um corpo sobre o seu o ar escapou de seus pulmões enquanto ela tentava entender o que havia acabado de acontecer quando abriu os olhos viu um rosto masculino logo acima do seu João seus olhos verdes agora ardendo de raiva perfuraram os dela ele estava ofegante o peito subindo e descendo rapidamente enquanto se apoiava nos braços para
não esmagá-la você tem alguma noção do perigo disse ele a voz grave carregada de Fúria e Algo mais algo difícil de definir Gabriela tentou empurrá-lo para longe mas suas mãos tremiam tanto de raiva quanto de algo que ela não conseguia explicar me larga ela Gritou seu rosto vermelho de constr ento João se afastou lentamente estendendo a mão para ajudá-la a se levantar mas ela recusou levantando-se sozinha enquanto limpava pueira de sua roupa Você devia prestar mais atenção isso aqui não é a sua cidadezinha cheia de lojas menina mimada ele disparou cruzando os braços e a
observando com olhar crítico eu não pedi sua ajuda ela rebateu cruzando os braços também tentando esconder o tremor em sua voz por um momento o silêncio entre eles foi quase palpável seus olhares se cruzaram e algo inexplicável passou entre os dois era como se a irritação Inicial escondesse algo mais profundo um calor incômodo que ambos tentaram ignorar João Balançou a cabeça frustrado e saiu sem dizer mais nada deixando Gabriela sozinha ela sentiu seu coração ainda acelerado e tentou convencer a si mesma de que era apenas pelo susto mas algo havia mudado e nem ela nem
João podiam prever o que aquilo significava de volta à casa da Fazenda ela estava sentada na beira da cama em seu quarto os dedos apertando o celular contra o ouvido o rosto estava vermelho de indignação enquanto ela ouvi a voz controlada mas firme de Vicente do outro lado da linha Já chega Gabriela você não está aí para passear vai ajudar nas tarefas da fazenda e é uma ordem Vicente falava com um tom que não admitia discussão isso é absurdo pai eu não sei nem por onde começar você realmente espera que eu que eu lide com
vacas respondeu ela quase gritando é isso ou eu cancelo todos os seus cartões quer voltar para a Cidade Sem um centavo Vicente interrompeu a voz carregada de cansaço e autoridade Gabriela sentiu o estômago revirar o coração acelerado não era só de raiva Era de desespero sabia que o pai não estava brincando ele sempre cumpria suas ameaças respirou fundo e com os lábios trêmulos murmurou Tudo bem sem esperar outra palavra Vicente desligou Gabriela ficou imóvel por alguns segundos sentindo uma mistura de impotência e frustração Ela fechou os olhos com força e soltou um longo suspiro antes
de se levantar Sabia que não tinha escolha o sol brilhava Implacável sobre a Fazenda quando Gabriela encontrou João no estábulo ele estava inclinado sobre um cavalo ajustando o arreio com movimentos firmes e experientes o som de su as botas contra o chão de terra parecia ecoar mesmo no silêncio da manhã ela se aproximou devagar relutante com uma expressão que misturava tédio e irritação antes que pudesse dizer qualquer coisa João ergueu o olhar seus olhos verdes estavam tão frios quanto sua voz finalmente Achei que tivesse desistido disse ele colocando as mãos nos quadris não estou aqui
por vontade própria Acredite Gabriela cruzou os braços o queixo erguido em desafio João deu um sorriso irônico antes de pegar um balde e empurrá-lo na direção dela Ótimo vamos começar com algo simples você vai alimentar as galinhas Gabriela olhou para o balde com desprezo como se ele estivesse cheio de Lama em vez de milho isso é ridículo Eu não vou lidar com galinhas ela disse recusando-se a pegar o balde João suspirou a paciência já desgastada se quiser continuar reclamando po pode voltar para casa ele respondeu friamente Gabriela sentiu as palavras baterem como uma bofetada quis
responder de imediato mas a frase ficou presa em sua garganta depois de um momento ela finalmente retrucou é exatamente o que eu queria sua voz tremia e o nó apertado em seu peito crescia sufocante Gabriela caminhava atrás de João irritada mas sem escolha ele a levou para o Curral onde havia uma vaca amarrada para ser ordenhada já que alimentar galinhas é muito para você vamos ver se consegue algo mais desafiador ordenhar uma vaca a voz de João tinha um tom quase provocador Gabriela olhou para ele incrédula Você só pode estar brincando não estou João cruzou
os braços olhando para ela com algo entre impaciência e diversão Gabriela sentindo-se humilhada ameaçou Você sabe quem eu sou meu pai é dono D essa Fazenda posso fazer com que ele mande você embora num piscar de olhos João não se abalou Na verdade ele sorriu de forma desafiadora pode tentar prefiro ser mandado embora ter que aturar uma mimada riquinha como você Suas palavras foram firmes mas não havia raiva nelas apenas uma verdade cortante Gabriela engoliu em seco sabia que se criasse problemas Vicente Tiraria tudo dela Como já havia ameaçado então sem outra escolha ela se
sentou bufando e olhou para a vaca como se fosse sua maior inimiga após várias tentativas desajeitadas e muitas reclamações Gabriela finalmente conseguiu ordenhar a vaca suas mãos doíam e ela estava coberta de suor mas o som do leite caindo no Balde foi surpreendentemente satisfatório ela ergueu o olhar para João esperando algum comentário sarcástico mas para sua surpresa ele sorria era um sorriso pequeno quase imperceptível mas estava ali e não era de deboche era um sorriso Genuíno como se ele realmente estivesse impressionado nada mal princesa ele disse o tom levemente mais suave Gabriela piscou surpresa pela
primeira vez não respondeu com raiva sentiu um calor inesperado em seu peito algo que não conseguia definir não era o orgulho de ter feito algo novo mas a Estranha sensação de que gostava de vê-lo sorrir ela des des viou o olhar rapidamente tentando ignorar a confusão de emoções que surgia dentro dela o dia seguinte Amanheceu com o céu Cinzento nuvens pesadas já prenunciando a tempestade que viria mais tarde Gabriela encontrou João no curral ocupado ajustando as cordas que prendiam o gado no abrigo ele não ergueu os olhos quando ela se aproximou mas sua postura rígida
dizia que ele sabia que ela estava ali bom dia para você também disse ela o Tom carregado de ironia João finalmente olhou para ela seus olhos verdes brilhando com impaciência não sabia que princesas precisavam de saudações especiais ele voltou sua atenção para o nó na corda ignorando o olhar afiado que ela lhe lançou sabe você é insuportável Gabriela disparou cruzando os braços nem um pouco de educação típico de um bruto insensível João parou o que estava fazendo respirou fundo e virou-se para ela e você é a pessoa mais fútil e mimada que já conheci reclama
de tudo mas não sabe fazer nada Só atrapalha Gabriela abriu a boca pronta para retrucar mas as palavras ficaram presas ele havia desarmado com aquela sinceridade cortante e isso a irritava mais do que qualquer outra coisa você começou ela mas desistiu bufando e saindo do Curral com passos rápidos os dias passaram em um misto de trabalho e discussões Gabriela e João pareciam incapazes de passar muito tempo juntos sem que uma palavra provocativa ou um comentário ácido surgisse mas entre as brigas ambos começaram a notar coisas que antes ignoravam Gabriela percebeu como João mesmo com seu
jeito rude sempre cumpria O que dizia ele era confiável forte e havia algo na forma como cuidava dos animais que ela não conseguia deixar de admirar já João por mais que não quisesse admitir estava começando a ver além da fachada arrogante de Gabriela Apesar de sua insistência em reclamar ela nunca desistia das tarefas mesmo atrapalhada e relutante havia um brilho de determinação que ele não esperava naquela noite Gabriela estava em seu quarto andando de um lado para o outro a chuva fina começava a bater na janela o som ritmado ecoando pelo espaço aquele boiadeiro bruto
resmungou para si mesma quem ele pensa que é sempre tão cheio de si como se soubesse tudo ela parou suspirando e afundou na cama As palavras dele ecoavam em sua mente e apesar de tudo ela não conseguia evitar pensar no jeito que os olhos verdes dele pareciam brilhar quando estava concentrado no trabalho isso a irritava ainda mais do outro lado da Fazenda João estava sentado à mesa com o avô o som distante dos trovões pontuando a conversa Tião velho e sábio observava o neto com sorriso contido parece que a moça da cidade mexeu com você
comentou apontando com queixo para o rosto pensativo de João mexeu nada só está atrapalhando meu trabalho respondeu João firme mas o tom de sua voz traía a verdade depois de algum tempo em silêncio ele murmurou mas ela é teimosa pelo menos isso naquela noite enquanto a chuva ficava mais forte João deitou-se na cama e fechou os olhos mas a imagem de Gabriela surgiu em sua mente ele odiava admitir mas havia algo nela que o deixava inquieto no dia seguinte tanto Gabriela quanto João acordaram cedo mas ambos com os mesmos olhos pesados e um turbilhão de
pensamentos que teimava em não se dissipar Gabriela decidiu manter distância passou a manhã ajudando Clara na horta algo que nunca imaginou fazer enquanto tirava as ervas daninhas do solo sua mente vagava e sem perceber João se tornava o centro de seus pensamentos Gabriela você está bem perguntou Clara quebrando o fluxo de seus pensamentos Gabriela piscou percebendo que estava parada olhando para o vazio com uma folha seca na mão tentando disfarçar deu um sorriso sem graça sim só estou distraída ela voltou sua atenção para o trabalho mas era impossível afastar as lembranças mais tarde enquanto carregava
uma cesta de vegetais colhidos Gabriela ou viu João estava montado em um cavalo preto manejando as rédeas com destreza enquanto cruzava o campo o animal parecia Indomável mas João com a postura ereta e movimentos precisos dominava o cavalo como se fosse um só ele estava sem o chapéu de palha os cabelos escuros bagunçados pelo vento e sua expressão era concentrada séria Gabriela parou incapaz de desviar os olhos seu coração acelerou sem que ela pudesse controlar e um calor subiu ao seu rosto por que ele tem que ser tão ela interrompeu seus próprios pensamentos balançando a
cabeça como se sentisse o peso do Olhar dela João ergueu os olhos e a viu eles se encararam por um momento os olhares cruzando-se no ar ados de algo que nenhum dos dois entendia completamente Gabriela sentiu suas bochechas queimarem rapidamente desviou o olhar fingindo desprezo enquanto apertava os lábios João apenas observou enquanto ela saía apressada o vestido de algodão Claro esvoaçando com a brisa ele deixou escapar um sorriso curto e voltou a atenção para o cavalo mas seu peito estava estranhamente inquieto o dia avançou lentamente e Gabriela fez questão de evitar João a todo custo
contudo Enquanto o Sol começava a se pôr ela decidiu voltar para o casarão sozinha com a desculpa de que precisava descansar o caminho era ladeado por árvores antigas cujas copas formavam um arco natural bloqueando a luz do fim da tarde os sons da Fazenda eram suaves um contraste com o barulho constante da Cidade ao qual estava acostumada apesar da Tranquilidade ao seu redor sua mente estava agitada cada vez que tentava se distrair a imagem de João montado no cavalo voltava com força junto com sentimentos confusos que ele despertava por que eu estou pensando nisso porque
ele ele é tão insuportável pensava apertando o passo de repente ouviu o som de Passos atrás de si Gabriela virou-se o coração pulando no peito por um momento Pensou que fosse João Mas era apenas Clara carregando um balde de água ah você está aqui disse Clara com um sorriso pensei que já tivesse voltado Gabriela tentou disfarçar o n os ismo sim só aproveitei para dar uma volta respondeu mantendo o Tom casual Clara assentiu continuando seu caminho Gabriela respirou fundo tentando acalmar seus pensamentos enquanto seguia para o casarão Mas sabia que algo dentro dela havia mudado
mesmo que quisesse negar ela não conseguia ignorar a presença de João como uma sombra que acompanhava onde quer que fosse a tempestade rugia ao redor do celeiro como uma fera Indomável o som dos trovões ressoando tão perto que parecia sacudir o chão Gabriela estava sentada em um bloco de feno os joelhos juntos os braços cruzados ao redor do corpo como uma tentativa de se proteger a cada clarão que iluminava o espaço escuro ela se encolhia ligeiramente mas tentava manter a expressão indiferente João parado perto da porta observava em silêncio a luz dos relâmpagos traçava linhas
finas em seu rosto sério seus olhos verdes capturando cada detalhe ele sabia que ela estava com medo Apesar de sua postura rígida e o queixo erguido após alguns momentos ele caminhou até ela os passos firmes abafados pelo som da chuva você está bem perguntou parando a poucos Passos dela Claro que estou Gabriela respondeu rápido demais sem encará-lo Mexendo nos cabelos molhados que caíam sobre os ombros é só uma tempestade nada demais João deu um pequeno sorriso cético e se abaixou para ficar na altura dela Gabriela sentiu o coração acelerar com a proximidade ele parecia diferente
ali tão perto menos duro mais humano o cheiro de terra molhada misturado ao aroma madeirado de João era reconfortante de uma maneira inexplicável não precisa fingir Gabriela todo mundo tem medo de alguma coisa Disse ele sua voz baixa quase um sussurro ela finalmente ergueu o olhar para ele e o encontro de seus olhos foi como um golpe algo pesado e carregado pairava entre eles algo que nenhum dos dois pois parecia disposto a admitir um trovão forte ecoou e Gabriela estremeceu Antes de conseguir disfarçar João não disse nada ele apenas estendeu a mão e a colocou
suavemente sobre a dela que descansava no feno você não precisa ser forte o tempo todo ele disse o calor de sua mão invadindo a dela Gabriela o olhou com os olhos brilhando mas não por lágrimas havia uma sinceridade naquelas palavras que ela não sabia como enfrentar seu orgulho estava caindo como as gotas de chuva lá fora e você não precisa ser frio o tempo todo ela sussurrou quase sem perceber sua voz um fio quebradiço João respirou fundo desviando os olhos por um momento como se estivesse decidindo se deveria ou não continuar ele voltou a encará-la
os olhos verdes mais suaves do que Gabriela jamais havia visto o mundo parecia ter parado mesmo com a tempestade rugindo lá fora o som da chuva o cheiro de feno e o calor crescente entre os dois eram tudo que ela consegui ia sentir lentamente quase sem pensar João se inclinou um pouco mais e Gabriela não se afastou o coração dela batia descontroladamente mas ela não desviava o olhar seus rostos estavam tão próximos que ela podia sentir o calor de sua respiração era um momento que parecia suspenso no tempo uma dança delicada entre dúvida e desejo
Gabriela prendeu a respiração quando percebeu que João estava ainda mais perto por um segundo ela achou que ele fosse beijá-la e surpreendentemente percebeu que não queria fugir mas então ele parou seus olhos buscaram os dela como se perguntassem algo como se esperassem permissão João ela começou mas sua voz falhou ele se afastou lentamente mas sem romper o contato visual O silêncio que se seguiu era tão denso quanto o ar lá fora mas não havia constrangimento apenas uma compreensão silenciosa meus pais me deixaram quando eu era criança João confessou sua voz rouca cortando silêncio nunca Disseram
por quê só foram embora desde então Aprendi a não depender de ninguém é mais fácil assim Gabriela sentiu um nó na garganta era raro alguém se abrir para ela daquela forma sem máscaras sem defesas ela quis dizer algo mas João continuou meu avô dizia que sentir nos torna fracos acho que acreditei nisso por muito tempo você não parece fraco para mim a Costa escapou antes que ela pudesse pensar e João a olhou com surpresa Gabriela desviou os olhos envergonhada mas sentiu que precisava continuar na verdade você parece forte talvez até demais João esboçou um sorriso
discreto quase imperceptível Gabriela respirou fundo decidindo se expor também meu pai nunca me viu de verdade para ele sempre fui um objeto algo bonito para mostrar aos outros às vezes sinto que nem sei quem sou porque sempre Vivi de acordo com o que ele esperava ela ergueu os olhos para João esperando encontrar julgamento mas tudo que viu Foi empatia pela primeira vez sentiu que alguém realmente a enxergava eles se olharam novamente o momento carregado por algo mais forte do que palavras quando a chuva começou a diminuir ambos ainda estavam sentados lado a lado o som
da Tempestade agora apenas o murmúrio o quase beijo As Confissões e a vulnerabilidade compartilhada haviam mado algo entre eles nada foi dito mas ambos sabiam que a partir daquele momento nada seria como antes João levantou-se e estendeu a mão para Gabriela ajudando-a a ficar de pé quando suas mãos se tocaram Gabriela sentiu um leve tremor antes de sair ela olhou para ele uma última vez e os olhos de João pareciam tão intensos quanto a tempestade que acabará de passar Sem uma palavra eles se afastaram mas seus corações ainda estavam no celeiro naquele quase beijo que
dizia mais do que qualquer ato poderia no dia seguinte o sol surgia lentamente por trás das Colinas da Fazenda Santa Esperança iluminando as gotas de chuva que ainda descansavam nas folhas o cheiro de terra molhada pairava no ar fresco e reconfortante Gabriela Desceu as escadas do Casarão mais cedo do que de costume movida por uma inquietação que não sabia explicar quando chegou ao estábulo encontrou João alimentando os cavalos os braços fortes movimentando sacos de ração com uma naturalidade impressionante ela hesitou por um momento observando as lembranças da noite anterior no celeiro ainda estavam vivas em
sua mente os olhos intensos de João a proximidade o quase beijo quando ele a viu parou e limpou as mãos na calça sua expressão menos rígida do que de costume Bom dia princesa disse ele com tom leve que fez Gabriela levantar uma sobrancelha Bom dia respondeu ela sem a habitual provocação havia algo diferente na forma como falavam como se uma acordo silencioso tivesse sido feito durante a tempestade eles trabalharam juntos naquela manhã não houve brigas apenas momentos de silêncio confortável e algumas trocas de olhares que diziam mais do que qualquer palavra Gabriela ajudou como pôde
e quando derrubou um balde de água por Acidente João apenas riu um som raro que fez algo dentro dela se aquecer no entanto essa calmaria não passou despercebida Lorena que observava tudo de longe sentiu uma inquietação crescer dentro de si desde a chegada de Gabriela ela tinha visto João irritado provocador mas nunca com aquela leveza que agora era Evidente era quase imperceptível para qualquer outra pessoa mas não para Lorena ela conhecia João há anos e sabia ler suas expressões mais sutis do Alto da varanda Lorena cruzou os braços os olhos fixos nos dois João estava
ajudando Gabriela a erguer um saco de ração suas mãos quase se tocando Gabriela riu de algo que ele disse e João sor de volta aquele sorriso curto e contido que Lorena conhecia bem mas que nunca havia sido dirigido a ela isso não vai durar murmurou Lorena para si mesma apertando os lábios o sentimento que tomou conta dela era uma mistura de ciúme e raiva ela sempre tinha admirado João sua força sua dedicação sua honestidade embora Nunca tivesse dito nada sonhara com a possibilidade de algo mais entre eles ver Gabriela com sua chegada barulhenta e aparência
fútil ganhar uma que Lorena sempre desejou a incomodava profundamente Naquela tarde enquanto Gabriela e João discutiam sobre a melhor forma de limpar o celeiro Lorena apareceu casualmente carregando uma prancheta parou na entrada fingindo que estava apenas verificando os afazeres Mas em vez disso ficou observando havia algo na forma como João olhava para Gabriela mesmo Enquanto implicava com ela que parecia mais suave quando Gabriela já impaciente jogou um punhado de nele e João riu Lorena sentiu desconforto crescer mais tarde enquanto estava sozinha no escritório Lorena começou a pensarem como poderia intervir não era apenas ciúme era
medo de perder algo que nunca teve sabia que João não era o tipo de homem que se deixava levar facilmente mas havia algo diferente nele com Gabriela ela pegou um pedaço de papel e começou a escrever uma nota sabia que precisava ser Sutil plantar a dúvida de forma que os dois se afastassem naturalmente na manhã seguinte Lorena os observava novamente agora no curral João estava ajudando Gabriela a lidar com bezerro teimoso segurando o animal enquanto explicava algo a ela havia uma proximidade entre eles que a fez apertar os punhos ela não pertence a este lugar
pensou Lorena com firmeza e João sabe disso só precisa ser lembrado decidida Lorena guardou a nota no bolso não sabia ainda Como iria usá-la mas estava convencida de que não não ficaria parada enquanto algo entre João e Gabriela florescesse Lorena sabia que precisava agir rápido observava de longe o progresso entre João e Gabriela com uma mistura de ciúme e frustração mas sua determinação em separá-los a mantinha focada para Lorena era Claro Gabriela era uma Intrusa e João bom João era algo que ela desejava H anos ela não podia suportar vê-lo se aproximar de outra pessoa
especialmente alguém como Gabriela com um plano meticulosamente traçado Lorena começou o seu ataque sabia que para separar duas pessoas bastava plantar a dúvida nos corações delas e ela faria isso de forma precisa Gabriela estava no jardim da Fazenda admirando a vista enquanto tentava esquecer a confusão de sentimentos que João despertava nela o céu estava limpo e a brisa suave balançava os cabelos que ela havia deixado soltos estava perdida em pensamentos quando Lorena apareceu trazendo consigo a mesma postura firme e o olhar calculista de de sempre Gabriela posso falar com você por um momento perguntou Lorena
com um tom que simulava preocupação Gabriela assentiu um pouco surpresa pela abordagem apesar de trabalhar na fazenda alguns dias raramente conversava com Lorena claro o que houve Lorena respirou fundo como se estivesse relutante em falar e então cruzou os braços eu não sei se deveria dizer isso mas acho que você tem o direito de saber ela fez uma pausa como se se procurasse as palavras certas ouvi João conversando com outro funcionário hoje mais cedo ele não foi Gentil ao falar sobre você Gabriela franziu a testa sentindo o estômago apertar o que ele disse perguntou a
voz hesitante Lorena baixou os olhos fingindo constrangimento ele estava rindo dizendo que tinha conseguido enganar você que a filha riquinha e mimada do patrão realmente achava que ele estava apaixonado ela fez uma pausa observando a reação de Gabriela Ele disse que só está se aproximando de você por causa do dinheiro que no fundo você é apenas mais uma pessoa fácil de manipular as palavras atingiram Gabriela como um golpe sua respiração ficou curta E ela sentiu as mãos começarem a tremer isso não pode ser verdade murmurou mas sua voz estava carregada de dúvida Eu só achei
que você deveria saber não quero que se machuque disse Lorena pousando uma mão falsa em seu ombro antes de sair deixando Gabriela sozinha com seus pensamentos no final da tarde Lorena encontrou João no celeiro ocupado reparando uma cela ele não percebeu sua aproximação até ela limpar a garganta João precisamos conversar disse Lorena firme João ergueu o olhar franzindo a testa O que foi agora perguntou o Tom seco de sempre Lorena fingiu um sorriso amargo sentando-se em uma pilha de feno próxima é sobre Gabriel ela começou observando de perto a reação dele sei que vocês têm
se aproximado ultimamente João abaixou olhar novamente para cela tentando disfarçar o incômodo que sentiu e daí ele tentou soar indiferente Lorena inclinou-se ligeiramente para a frente o tom da voz mais baixo quase conspiratório só achei que você devia saber que ela não é quem você pensa ela hesitou como se estivesse ponderando se deveria continuar ouvi Gab ela falando com Clara hoje ela estava rindo dizendo que está só brincando com você que assim que puder vai voltar paraa cidade e nunca mais colocar os pés aqui disse que você é só uma distração João parou de mexer
na cela os músculos do maxilar tensos ele levantou os olhos para Lorena a desconfiança Clara em sua expressão E por que você está me contando isso perguntou ele a voz controlada mas cortante Lorena deu de ombros simulando diferença por que acho que você merece saber você é uma boa pessoa João e não merece ser usado assim só achei que deveria avisar antes que se machuque ela se levantou e saiu antes que ele pudesse responder satisfeita com o impacto que suas palavras haviam causado nos dias que se seguiram as sementes de dúvida plantadas por Lorena começaram
a germinar Gabriela evitava João a todo custo o olhar cheio de mágoa e confusão sempre que o via quando ele tentava se sar ela dava respostas curtas e o afastava João por sua vez também começou a se distanciar sempre que via Gabriela as palavras de Lorena ecoavam em sua mente fazendo com que a raiva e o orgulho falassem mais alto ele começou a tratá-la com frieza voltando a chamá-la de princesa mimada com um tom carregado de sarcasmo uma tarde no curral Gabriela finalmente perdeu a paciência por que você voltou a me tratar assim ela perguntou
os olhos brilhando com lágrimas contidas João a encarou por um momento antes de responder a voz baixa e dura Talvez porque você me trate como se eu fosse descartável e Talvez seja isso o que eu sou para você Gabriela sentiu o peito apertar mas sua mágoa falou mais alto então talvez você esteja certo Talvez seja Exatamente isso João desviou o olhar e ela saiu apressada lutando para não chorar ambos estavam confusos machucados e incapazes de ver que suas reações eram exatamente o que Lorena queria após a discussão João e Gabriela se afastaram mas mal poderiam
imaginar o que o destino reservava para eles na noite do dia seguinte o som Alegre da música preenchia O ar enquanto os moradores da pequena cidade próxima a Fazenda Santa esperança celebravam a festa da colheita lanternas de papel pendiam de árvores antigas iluminando o espaço com uma luz quente e convidativa o aroma de comida fresca se misturava ao perfume de flores espalhadas em arranjos por toda da praça Gabriela caminhava lentamente pelo lugar sentindo-se fora de sintonia com toda a alegria ao seu redor ela havia aceitado o convite para ir à festa mais por insistência de
clara do que por vontade própria vai te distrair Clara disse mas Gabriela sabia que era apenas uma tentativa de tirá-la do humor Sombrio que a envolvia dias desde as mentiras de Lorena o afastamento de João tinha se tornado insuportável mesmo quando seus olhos cruzaram rapidamente havia uma distância que doía mais do que qualquer discussão anterior enquanto observava os casais dançando sob as luzes tremeluzir sentiu um aperto no peito ela passou uma mão pelos cabelos tentando afastar os pensamentos mas foi quando olhou para o centro da pista que tudo desmoronou João estava lá dançando com uma
mulher de vestido vermelho os dois tão próximos que pareciam compartilhar um segredo a mulher jogava a cabeça para trás rindo de algo que João disse E ele sorriu de volta era um sorriso raro um que Gabriela achava que ele só reservava para ela Lorena estrategicamente posicionada ao lado de Gabriela inclinou-se levemente fingindo surpresa parece que ele não perdeu tempo não é murmurou o Tom carregado de veneno Gabriela sentiu o sangue ferver mas não respondeu suas mãos tremiam e a visão dela parecia embaçada pelas lágrimas que comeavam a se formar sem pensar virou-se e saiu apressada
atravessando a praça e correndo para o campo escuro que cercava o local o som da música ficava mais distante a cada passo mas o peso no peito parecia aumentar João a viu sair e não pensou duas vezes soltou a mão da mulher com quem dançava ignorando seu protesto confuso e seguiu Gabriela Ele atravessou o campo atrás dela as botas afundando levemente na terra macia quando alcançou estendeu a mão e agarrou seu braço com firmeza mas sem machucar Por que você fugiu ele perguntou a voz baixa rouca e cheia de ur Gabriela parou mas não olhou
sentia o rosto quente pelas lágrimas que agora escorriam livremente me solta João disse tentando se desvencilhar mas ele não cedeu Não antes de você me dizer o que está acontecendo Gabriela finalmente ergueu os olhos para ele e o que João Viu desarmou completamente não era raiva ou desprezo era dor uma dor tão crua que fez seu peito apertar porque eu sou uma idiota João ela disse a voz Quebrando uma idiota por achar que você poderia querer alguém como eu João franziu a testa confuso o que você está dizendo eu vi você dançando com ela vi
o jeito que você sorriu Gabriela riu amargamente limpando o rosto com as costas da mão eu me enganei como sempre achei que talvez você pudesse que talvez sentisse algo por mim mas claro por que você iria querer alguém como eu a riquinha mimada que não sabe nem segurar uma inchada as palavras dela eram como golpes e João sentiu cada uma delas como uma acusação ele não sabia o que dizer tudo que sabia era que não podia deixá-la pensar aquilo não podia deixá-la ir você não entende nada Gabriela ele disse a voz carregada de emoção antes
que ela pudesse responder ele deu um passo à frente e a puxou para si foi um gesto firme mas havia delicadeza em seus movimentos Gabriela tentou resistir por um segundo mas quando seus olhos se encontraram o mundo ao redor desapareceu a respiração de João estava pesada Enquanto ele segurava Gabriela a testa ainda colada dela ele sentia o peso das palavras não ditas entre eles e sabia que precisava ser claro precisava desfazer o mal entendido antes que fosse Tarde Demais Gabriela você não entendeu ele começou a voz rouca ela se afastou ligeiramente os olhos ainda brilhando
de Lágrimas sua expressão era uma mistura de mágoa e confusão Eu não entendi o que João você estava dançando com ela rindo como se sua voz falhou e ela apertou os punhos ao lado do corpo tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair novamente como se eu nunca tivesse significado nada João passou a mão pelos cabelos claramente frustrado ele deu um passo para trás tentando encontrar as palavras certas a mulher com quem eu estava dançando ele fez uma pausa encarando-a direto é minha prima Gabriela Gabriela piscou confusa sua o quê a mágoa deu lugar a surpresa
e Ela cruzou os braços como se não soubesse se acreditava ou não João suspirou balançando a cabeça e começou a explicar Ela é minha prima Joana nós crescemos juntos o marido dela é meu melhor amigo o Antônio ele deu um meio sorriso um toque de ternura em sua voz eles têm dois filhos e o Antônio sempre brinca que eu sou o padrinho mais irresponsável que existe Gabriela continuou olhando para ele As palavras dele lentamente se encaixando na bagunça que Lorena havia criado em sua mente a raiva Inicial começou a desaparecer mas a dúvida ainda pairava
então vocês não ela não conseguiu terminar a frase mas João entendeu não a resposta veio firme sem hesitação Eu Nunca faria algo assim especialmente com você aqui Gabriela mordeu o Lábio desviando o olhar senti um misto de alívio e vergonha por ter acreditado no pior mas ao mesmo tempo não conseguia ignorar a dor que carregava dias por que você não me disse antes perguntou a voz mais suave agora por que deixou que eu pensasse aquilo João deu de ombros a expressão carregada de frustração por eu achei que você queria distância você me afastou Gabriela e
eu não sabia o motivo ele passou a mão pela nuca olhando para o chão Antes de Voltar a encará-la achei que talvez estivesse arrependida de de nós Gabriela sentiu o peito apertar novamente queria explicar tudo queria dizer que Lorena havia plantado aquelas dúvidas mas as palavras pareciam presas Eu achei que você estava brincando comigo ela admitiu finalmente a voz baixa achei que era só um jogo para você João a encarou sua expressão suavizando e agora Você ainda acha isso ele deu um passo em sua direção aproximando-se mais uma vez seus olhos verdes estavam fixos nos
dela carregados de uma intensidade que a fez prender a respiração Gabriela Balançou a cabeça lentamente os olhos marejados não sussurrou não acho João ergueu a mão tocando suavemente o rosto de Gabriela como se temesse que ela desaparecesse então por favor Não fuja mais de mim ele disse a voz baixa quase suplicante por por mais que eu tente eu não consigo me afastar de você Gabriela fechou os olhos por um momento Deixando as palavras dele afundarem quando os abriu novamente encontrou um olhar que era sincero desprovido de qualquer dúvida eu não vou prometeu sua voz ainda
um fio mas carregada de emoção João inclinou-se como se fosse beijá-la novamente mas parou a centímetros de seus lábios o ar entre eles estava carregado mas dessa vez nenhum dos dois se precipitou foi Gabriela quem rompeu o silêncio encostando a testa na dele e deixando um suspiro escapar não me deixe João ela pediu e a vulnerabilidade em sua voz o desarmou ele apertou os braços ao redor dela como se quisesse garantir que ela soubesse que não iria a lugar nenhum nunca respondeu com a convicção que fazia o mundo ao redor desaparecer na manhã seguinte o
sol brilhou forte sobre a Fazenda Santa Esperança mas para Lorena a luz parecia sombria a cena da noite anterior não saía de sua cabeça João seguindo Gabriela a troca de olhares intensos e a conexão inegável entre os dois o medo de perder João para alguém que ela considerava indigno corroía sua sanidade enquanto caminhava em direção ao celeiro o plano surgiu em sua mente cruel e calculado Lorena sabia que João era íntegro mas também sabia que a confiança do pai de Gabriela Vicente era inabalável até ser traída um sorriso frio apareceu em seus lábios se ele
for embora nada poderá salvá-los sem perder tempo Lorena entrou no escritório do Casarão pegou uma quantia significativa de dinheiro do cofre da fazenda e escondeu nos pertences de João cuidadosamente dobrados em uma mochila que ele sempre deixava no alojamento dos funcionários era a peça final de sua armadilha poucas horas depois Vicente chegou à Fazenda ele havia recebido uma ligação de Lorena relatando que um funcionário havia roubado o dinheiro do cofre sua expressão estava carregada de raiva enquanto entrava no pátio principal Onde está João Vicente perguntou a voz reverberando com autoridade os trabalhadores trocaram olhares tensos
mas ninguém respondeu quando João apareceu vindo do Curral seu semblante tranquilo mudou ao ver o fazendeiro estou aqui o que houve perguntou João limpando as mãos nas calças fomos Roubados começou Vicente direto e Lorena encontrou o dinheiro nos seus pertences João parou seu corpo ficando tenso como se fosse um arame prestes a se partir isso é mentira ele disse a voz firme eu nunca roubaria nada daqui Então explique porque o dinheiro estava na sua mochila gritou Vicente apontando para Lorena que permanecia ao lado dele com uma expressão de falsa indignação João olhou para Lorena e
algo em seus olhos mudou ele sabia que era uma armadilha a frustração misturada com incredulidade dominou suas feições eu não sei como isso foi parar lá mas sei que não fui eu afirmou encarando Vicente Vicente porém não estava disposto a ouvir a decepção e a raiva cavam sua razão não posso tolerar isso está demitido João quero você fora da minha propriedade ainda hoje as palavras foram como um soco João ficou imóvel os olhos fixos em Vicente antes de desviar o olhar para Gabriela que acabava de chegar à Cena o rosto cheio de confusão e preocupação
Gabriela estava no casarão sentindo uma inquietação crescente algo não fazia sentido João jamais roubaria e ela sabia disso as palavras de Lorena martelava em sua mente mas havia uma estranheza nos detalhes que não conseguia ignorar decidida a descobrir a verdade ela foi até o escritório onde Lorena costumava trabalhar o ambiente estava silencioso e vazio o cheiro de madeira encerada preenchendo o ar Gabriela começou a vasculhar a mesa cuidadosamente papéis estavam empilhados relatórios da fazenda e cadernos de anotações no meio da bagunça algo brilhou sob a luz do sol que entrava pela janela era uma chave
Gabriela franziu a testa enquanto pegava o objeto era pequena com design simples mas ela reconheceu imediatamente era a chave do Cofre onde Vicente guardava o dinheiro o que isso está fazendo aqui murmurou seu coração disparando ela sabia que o cofre deveria estar trancado e Vicente tinha afirmado que só ele tinha chave mas ali estava na mesa de Lorena a prova que ligava diretamente a administrador ao roubo Gabriela não perdeu tempo com a chave em mãos foi direto ao campo onde Lorena estava conversando com alguns funcionários sua expressão estava Serena como Se Tudo estivesse sob controle
mas mudou assim que viu Gabriela marchando em sua direção precisamos conversar disse Gabriela a voz firme e carregada de determinação Lorena ergueu uma sobrancelha fingindo surpresa claro o que houve Gabriela estendeu a mão mostrando a chave o que essa chave do cofre estava fazendo no seu escritório perguntou Sem Rodeios por um momento Lorena ficou imóvel seus olhos arregalaram levemente mas ela rapidamente tentou se recompor deve ter sido um engano alguém pode ter deixado isso lá talvez Vicente sugeriu a voz tremendo levemente Gabriela riu mas não havia humor em seu Tom você acha mesmo que meu
pai que é tão cuidadoso com tudo deixaria a chave do cofre na sua mesa ela deu um passo à frente encarando Lorena diretamente Foi Você Quem pegou o dinheiro e plantou na mochila do João tudo para tentar expulsá-lo daqui Lorena abriu a boca para se defender mas Gabriela continuou você ou tudo isso porque não suporta que João esteja perto de mim não é as palavras saíram carregadas de raiva mas havia também um toque de dor você colocou seu ciúme acima da honestidade de um homem bom Lorena tentou responder mas sabia que estava encurralada Gabriela não
perdeu tempo e levou a chave diretamente ao pai Vicente estava no escritório ainda tentando processar os eventos do dia quando Gabriela entrou ele levantou os olhos surpreso ao ver a chave em sua mão O que é isso perguntou ele é a chave do cofre Pai e Eu a encontrei na mesa de Lorena respondeu Gabriela colocando a sobre mesa ela armou tudo foi ela quem pegou o dinheiro e colocou na mochila do João Vicente franziu a testa olhando para a chave como se ela fosse uma resposta para todas as suas dúvidas sua expressão endureceu e ele
assentiu lentamente Vicente chamou Lorena ao escritório a administradora entrou com passos hesitantes mas tentou manter a compostura quando viu a chave sobre a mesa seu rosto impal deceu Lorena Você pode me explicar o que esta chave estava fazendo no seu escritório perguntou Vicente sua voz baixa mas firme Lorena tentou falar mas sua voz falhou a tensão no ambiente era palpável não minta para mim eu quero a verdade Vicente insistiu Lorena respirou fundo seus ombros caindo sabia que estava derrotada eu eu não queria que ele ficasse aqui admitiu evitando os olhos de Vicente ele não pertence
a este lugar achei que se ele fosse embora tudo voltaria ao normal Vicente encarou Lorena incrédulo você prejudicou um homem inocente por causa de seus sentimentos egoístas sua voz era cheia de decepção arrume suas coisas quero você fora da minha fazenda hoje mesmo Lorena tentou protestar mas Vicente não a deixou continuar saia agora e nunca mais apareça aqui após expulsar Lorena Vicente foi até o alojamento onde João estava pronto para partir quando viu Vicente sentiu o peso de sua decisão anterior João quero pedir desculpas cometi um erro terrível descobrimos que Lorena armou tudo Gabriela encontrou
a chave do cofre no escritório dela e ela confessou Vicente estendeu a mão mas João hesitou antes de aceitá-la eu nunca esperei isso de você Vicente disse João sua voz carregada de mágoa mas agradeço por corrigir o erro Vicente assentiu Espero que você possa reconsiderar e voltar para a fazenda João olhou para Gabriela que estava parada ao lado do Pai com os olhos suplicantes ele suspirou passando a mão pela nuca eu volto mas só porque ela acreditou em mim quando ninguém mais acreditou Gabriela sorriu o alívio estampado em seu rosto mais tarde ao entardecer Gabriela
encontrou João no celeiro ele estava verificando os arreios de um cavalo mas parou quando ouviu os passos dela obrigada por não desistir de mim disse ela sua voz Suave João se virou para ela os olhos verdes brilhando sob a luz dourada do pôr do sol eu nunca desistiria de você Gabriela não importa o que aconteça ela sorriu e naquele momento soube que apesar de tudo estavam mais fortes do do que nunca o céu da Fazenda Santa Esperança era pintado com tons de laranja e dourado Enquanto o Sol se punha atrás das Colinas Gabriela estava sentada
na cerca do Curral olhando para os cavalos que pastavam preguiçosamente o vento fresco da tarde balançava seus cabelos soltos e o cheiro de feno e Terra úmida preenchia o ar apesar da Tranquilidade ao redor seu coração estava inquieto João se aproximou em silêncio as botas levantando pequenas nuvens de poeira no caminho ele ele parou a poucos Passos dela hesitante como se estivesse medindo o que dizer Gabriela percebeu sua presença e olhou para ele os olhos castanho Claros refletindo tanto mágoa quanto Esperança achei que você não viria disse ela quebrando silêncio João respirou fundo e deu
mais alguns passos encostando-se na cerca ao lado dela eu precisava de um tempo para pensar respondeu ele sua voz baixa mas carregada de sinceridade sobretudo sobre nós Gabriela desviou o olhar tentando esconder a vulnerabilidade que sentia e você chegou a alguma conclusão perguntou tentando soar casual mas sua voz tremeu levemente João a observou por um momento percebendo o esforço dela em manter a compostura ele suspirou passando uma mão pelos cabelos escuros antes de falar sim cheguei ele fez uma pausa escolhendo as palavras com cuidado eu percebi que passei muito tempo escondendo o que sinto fingindo
que não me importo achando que isso me tornava mais forte Gabriela virou-se para ele surpresa pela honestidade e agora ela perguntou com uma voz quase sussurrada João ergueu o olhar para ela seus olhos verdes fixos nos dela intensos mas suaves agora eu quero parar de fingir quero confiar nos meus sentimentos mesmo que isso signifique me expor me arriscar ele deu um meio sorriso por você vale a pena ela As palavras dele atingiram como uma onda Gabriela sentiu as lágrimas se formando mas sorriu segurando o rosto com as mãos você não faz ideia do quanto eu
esperei ouvir isso confessou sua voz quebrando levemente Ela desceu da cerca ficando frente a frente com João apesar da diferença de altura sentia-se igualmente forte naquele momento suas mãos tremiam levemente mas ela respirou fundo tomando coragem para dizer o que precisava e e eu também percebi algo João ela parou olhando para ele com uma sinceridade que fazia seu peito doer passei a vida inteira me escondendo atrás de coisas fúteis festas compras aparências tudo isso porque eu tinha medo de encarar quem eu realmente sou e quando cheguei aqui só consegui ver a fazenda como uma prisão
porque não queria admitir que precisava mudar João continuou em silêncio mas sua expressão era encorajadora Mas isso não é mais verdade continuou Gabriela essa Fazenda me mostrou o valor do trabalho da simplicidade de coisas que eu nunca havia dado importância e você sua voz falhou brevemente mas ela segurou as lágrimas você me mostrou o que significa ser realmente forte João deu um passo em direção a ela seus dedos tocando suavemente os dela então o que você quer agora ele perguntou o tom suave mas cheio de expectativa Gabriela sorriu uma lágrima solitária escorr por sua bochecha
quero ficar quero aprender a ser alguém melhor por mim mesma e por nós João segurou as mãos de Gabriela com firmeza sentindo a suavidade delas contrastando com seus próprios calos ele sabia que o caminho à frente não seria fácil mas pela primeira vez em muito tempo sentia-se esperançoso nós vamos descobrir isso juntos Gabriela prometeu ele sua voz carregada de determinação e desta vez sem Segredos ou Barreiras ela sentiu o sorriso agora mais confiante o silêncio entre eles era confortável preenchido apenas pelo som dos Cavalos ao longe e do vento sussurrando entre as ávores João puxou
Gabriela para um abraço e ela descansou a cabeça em seu peito ouvindo batimento firme de seu coração naquele momento ambos sabiam que os conflitos e as mágoas haviam sido superados o que restava agora era um Recomeço baseada em confiança respeito e um sentimento que finalmente podiam admitir amor meses depois na Fazenda Esperança o sol se punha no horizonte tingindo o céu com T de dourado laranja e rosa enquanto João e Gabriela cavalgavam lado a lado o vento suave balançava Os cabelos dela e o som ritmado dos cascos sobre a terra seca parecia sincronizado com a
batida dos corações de ambos o campo ao redor estava repleto de graminhas douradas que dançavam com a brisa Como se até a natureza estivesse celebrando o momento João parou o cavalo em um pequeno Monte e desmontou estendendo a mão para ajudá-la fazer o mesmo Gabriela sorriu ao descer sentindo a textura quente da Palma dele tão calejada pelo trabalho mas que sempre acolhia com cuidado por que parou aqui perguntou ela olhando ao redor João não respondeu de imediato ele levou a mão ao bolso interno do casaco e puxou uma pequena caixa de veludo o coração de
Gabriela parou por um segundo quando percebeu que estava Prestes acontecer porque esse é o lugar perfeito para fazer isso disse ele ajoelhando-se no chão seus olhos verdes brilhavam com intensidade e emoção algo que ela nunca tinha visto antes Gabriela levou a mão à boca lágrimas já se formando nos cantos de seus olhos Gabriela você mudou minha vida de um jeito que eu nunca achei possível você trouxe luz onde antes só havia sombra eu quero passar cada dia do resto da minha vida cuidando de você rindo com você enfrentando o que for ele abriu a caixinha
revelando um anel simples mas perfeitamente elegante com pequeno diamante que refletia o brilho do pôr do sol Você aceita se casar Comigo Gabriela não conseguiu conter o sorriso e as lágrimas que escorreram simultaneamente seu coração parecia prestes a explodir É claro que eu aceito ela disse rindo entre lágrimas João colocou o anel em seu dedo e então a puxou para um abraço o horizonte parecia se expandir ao redor deles como se o mundo inteiro estivesse celebrando sua decisão semanas depois A Fazenda estava transformada o casarão e os campos ao redor estavam decorados com flores silvestres
em tons de branco amarelo e lilás Arcos rústicos de madeira adornados com folhagens marcavam os caminhos e longas mesas de madeira foram colocadas sob as árvores com toalhas de linhos simples e arranjos delicados Gabriela estava em seu quarto os Raios do Sol da Manhã entrando pela janela e iluminando seu vestido de renda era delicado com bordados feitos à mão e um véu longo que caía graciosamente até o chão encontrando a cauda do vestido no espelho ela mal reconhecia a mulher que era alguns meses você está linda Gabriela disse Clara emocionada enquanto ajustava o buquê de
flores silvestres em suas mãos Obrigada Clara respondeu Gabriela sorrindo Não acredito que este dia finalmente chegou do lado de fora João estava parado perto do altar rústico feito de madeira envelhecida e decorado com flores que ele mesmo havia colhido ele vestia um terno C com botas de couro polidas e seu inseparável chapéu de boiadeiro seus olhos estavam fixos na entrada onde Gabriela logo apareceria quando a música começou todos os convidados se levantaram Gabriela surgiu caminhando lentamente em direção ao altar com o pai ao seu lado Vicente que inicialmente resistiu ao relacionamento Agora olhava para a
filha com orgulho A transformação dela o havia tocado profundamente e ele sabia que sua felicidade estava ao lado de João João engoliu em seco ao ver Gabriela ela estava Radiante cada detalhe dela parecia perfeitamente harmonizado com a simplicidade e beleza da Fazenda seus olhos se encheram de Lágrimas enquanto ela se aproximava quando finalmente ficaram frente a frente o mundo ao redor pareceu desaparecer o celebrante deu início à cerimônia mas tudo que importava eram as palavras que trocariam João foi o primeiro Gabriela Eu prometo ser o homem que você merece prometo proteger você apoiar seus sonhos
e nunca deixar que dúvidas ou dificuldades nos afastem você me mostrou que a felicidade está nas coisas simples e eu nunca vou esquecer isso eu vou amar você hoje amanhã e por todos os dias que Deus me permitir viver Gabriela tinha lágrimas escorrendo pelo rosto quando começou seus votos João Você mudou a forma como eu vejo o mundo você me mostrou o valor do trabalho da paciência e da honestidade Você me ensinou o que é amor de verdade aquele que que não depende de luxo ou estatus mas de confiança e respeito prometo amar você com
toda a minha alma ser sua parceira e enfrentar a vida ao seu lado não importa o que aconteça quando sim foi dito e o beijo celou o casamento os convidados aplaudiram e comemoraram mais tarde João e Gabriela dançaram sob as estrelas enquanto as lanternas iluminavam o campo a celebração Foi simples mas cheia de amor e significado naquela noite quando chegaram à nova casa uma construção Grande mas modesta com toques rústicos que João havia trabalhado duro para preparar Gabriela sentiu que finalmente estava onde pertencia bem-vinda ao nosso lar disse João puxando-a para perto Nosso Lar repetiu
Gabriela sorrindo Gabriela transformou-se de uma jovem mimada e superficial em uma mulher forte e consciente aprendendo o valor da simplicidade do trabalho duro e do amor genuíno João superou sua desconfiança e medo de se abrir permitindo-se amar e sonhar com o futuro ao lado de gri ela juntos encontraram força no crescimento mútuo provando que o amor verdadeiro nasce da aceitação e do Apoio às imperfeições do outro e assim com a promessa de uma vida juntos eles começaram um novo capítulo prontos para enfrentar qualquer desafio mas sempre com coração cheio de amor e assim finalizamos mais
uma história de amor verdadeiro deixe nos comentários se você gostou dessa história e não se esqueça de se inscrever no nosso canal
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