Olá estamos iniciando aula do módulo 1 unidade 1 onde a gente vai conversar um pouquinho sobre cultura digital cibercultura e educação ao longo desse semestre a gente vai conversar bastante sobre esses conceitos e para a gente poder avançar para as próximas unidades para os próximos conteúdos é preciso entender um pouquinho como que a cultura digital se configura no âmbito da sociedade que a gente está vivendo vamos conversar um pouquinho sobre isso e para a gente falar em cultura digital primeiro a gente tem que relembrar um pouquinho sobre o conceito de cultura lembra lá da aula
de Sociologia quando vocês estudaram sobre os conceitos de cultura e puderam ler os teóricos que construíram várias interpretações sobre a cultura ao longo desse período que nós temos aí de produção do conhecimento e eu gostaria de retomar utilizando uma citação do Roberto da Mata de um texto muito antigo lá de 1981 que ele diz o seguinte outro dia houve uma pessoa dizer que Maria não tinha cultura era ignorante dos fatos básicos da política da economia da literatura e a gente vai percebendo que em alguns momentos da nossa vida a gente já ouviu essa expressão que
é muito comum de dizer que alguma pessoa não tem cultura por ela não fazer parte de uma cultura mais erudita onde ela não ter certas conhecimentos que são valorizados culturalmente dentro de uma cultura de classes e a gente vai percebendo nessa frase simples que existem muitas nuances aí culturais isso vai depender muito de onde está o seu lugar de Fala nessa perspectiva que o da Mata tá relatando a cultura é vista como uma palavra capaz de classificar as pessoas de acordo com o nível de conhecimento que elas têm sobre determinados temas também sobre o nível
de escolaridade inteligência essa habilidades etc e o da Mata vai continuar dizendo que a palavra cultura enquanto categoria do senso comum Ocupa um importante lugar nascer conceitual ficando lado a lado de outras cujos da vida cotidiana também é muito comum a cultura no conceito do Roberto da Mata é uma maneira de viver de um grupo de uma sociedade de um país que é construída local e regionalmente de acordo com as crenças atitudes condições reais de existência condições sociais e condições econômicas que condicionam essas práticas sociais dos indivíduos desse grupo no contexto específico em que eles
vivem Outro ponto que eu gostaria de destacar que do Roberto da Mata que ele diz que a cultura na Perspectiva da antropologia social ela é como um mapa um receituário um código através do qual as pessoas de um dado do grupo pensam classificam estudam e modificam o mundo e a si mesmas existem gêneros de cultura que são equivalentes a diferentes modos de sentir de Celebrar de pensar e atuar sobre o mundo e esse gêneros podem estar Associados a certo segmentos sociais como a gente já viu em resumo portanto no sentido antropológico a cultura é um
conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado ela como nos textos teatrais não pode prever completamente como nós iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos necessariamente que desempenhar mas indica maneiras Gerais e exemplos de como as pessoas que viveram Antes de nós hoje desempenharam e nos dá esses códigos que a gente precisa participação cultural na sociedade embora cada cultura tem um conjunto finito de regras olha o que o da Mata vai dizer as suas possibilidades de atualização de expressão e de reação em situações concretas são infinitas
Ou seja a cultura sim pode se atualizar a cultura de um grupo pode se modificar na medida em que a sociedade vai fazendo o seu movimento em que as características sociais culturais econômicas de um determinado grupo elas vão se modificando a cultura vai se modificando também e o da Mata Ainda vai dizer que a cultura é como um elemento plástico capaz de receber as variações e motivações de seus membros bem como os desafios externos E aí nós chegamos no ponto primordial que é a cultura digital ou seja se a cultura pode se modificar ela pode
se transformar então nós podemos afirmar com segurança que o advento das tecnologias digitais o avanço do acesso às tecnologias digitais trouxe mudanças culturais na sociedade na forma como a gente se relaciona a forma como a gente faz coisas básicas do nosso dia a dia a forma como a gente estuda a gente consome inclusive da forma como a gente consome cultura foram transformados pelas tecnologias digitais então a internet e as outras tecnologias digitais mas principalmente a internet elas potencializaram essas variações culturais Então hoje nós podemos falar em cibercultura em cima de espaço em cultura digital em
práticas sociais que são construídas nesses múltiplos espaços nesses espaços híbridos né que são já bem demarcados por diversos grupos e segmentos que também são espaços de poder são espaços de interesses são espaços de conflitos são espaços de acesso à informação de acesso ao conhecimento de acesso à cultura e eu trouxe para conversar com a gente sobre isso o grande sociólogo espanhol Manuel castels considerado um dos maiores especialistas nas transformações sociais do final do Século XX e o Manuel castelos ele diz o seguinte lá no seu livro nós sabemos que a tecnologia não determina a sociedade
é a sociedade é ela que dá a forma tecnologia de acordo com as necessidades valores e interesses das pessoas que utilizam que ressignificam o uso dessas tecnologias e o Manuel castelos vai dizer que a gente está vivendo essa nova cultura da sociedade da informação ou seja na sociedade que trabalha com dados informais de uma forma muito rápida a gente recebe transmite a gente produz informações o tempo todo de uma forma muito rápida e Nesse contexto o digital ele é um elemento transformador da nossa cultura é uma nova possibilidade de comunicação dentro da cultura novos símbolos
Novos Valores novas práticas e atitudes que mobilizam as nossas práticas educativas e agora eu quero te convidar para assistir um vídeo que eu acho importantíssimo do Manuel Castelo assim que ele vai trazer essa perspectiva de análise crítica de como a escola ainda não conseguiu acompanhar esse movimento da sociedade esse movimento de transformação da sociedade no contexto da cultura digital vamos lá o mundo ele aprender um diploma e na internet e com grupos informar para aprender profundidade significa Ele cabe o mais fundamentado pela História porque nossa escolha seriam funcionando exatamente como ir a realidade média se
na internet por isso foi muito crítico afirmar que nós tropoder mágica utilizar e não estou utilizando neste momento nos Estados Unidos para os atoscuária [Música] na Cultura S bebidas na internet Claro que tá menos Professor quando dizem que nós o Palmeiras não aprende nada a ver porque ele era digital ser nossa concentra Mas acontece muitas informações [Música] qual pesado né e de falar para gente que a escola de hoje ainda é a mesma da idade média se a gente entrar na escola hoje a gente vai ver a mesma organização do espaço as mesmas práticas e
o que que mudou a sociedade Mudou as crianças e os jovens que estão na escola hoje são diferentes porque foram socializados no contexto de uma cultura que não está só no analógico está no digital e algo muito importante que o Manuel Castelo se fala né que ele também é professor ele é um crítico dessa área porque ele faz parte desse grupo e ele fala algo que me chama muita atenção que na verdade a gente continua tá achando os alunos dos Estudantes as crianças e os jovens como sendo desatentos Porque eles estão agora Vivendo Num contexto
de uso intensivo de mídias de redes sociais de dispositivos e que eles não conseguem se concentrar em estudar mas na verdade a forma como esse trabalho pedagógico tem sido feito não é é adequada para esse público que está hoje no contexto dessa escola e outro ponto que me chama muita atenção é quando o Manuel Castelo fala que a criatividade ela ela aparece por conta dessa recombinação de informações que a gente consegue fazer hoje porque a gente tá nessa mobilidade o bico que a gente já vai ouvir falar sobre isso a gente pode estar conectado em
vários lugares por exemplo eu tô gravando esse vídeo em determinado momento no espaço físico específico e você que está assistindo pode estar na sua casa você pode estar lá na universidade você pode estar no você pode daqui a três anos acessar esse link e assistir essa aula e você vai estar conectado nesse espaço virtual que foi criado para esse objetivo Então hoje as crianças e os jovens elas desenvolvem essa capacidade de recombinação de informações e não mais de armazenamento porque a gente tem na palma da nossa mão dispositivo que se chama smartphone que com alguns
poucos cliques a gente consegue buscar informações que estão armazenadas Então hoje o nosso cérebro ele não trabalha mais armazenando e memorizando informações mas a gente precisa sim desenvolver a capacidade as estratégias do conhecimento necessário as habilidades para lidar com esse mundo digital a favor do nosso conhecimento do nosso crescimento pessoal e profissional e por isso falar de Cultura digital é tão importante no contexto Educacional vamos seguindo eu trouxe outra pessoa importante para compor essa conversa de hoje que é o Jesus Martin barbeiro que foi um semiólogo antropólogo e filósofo colombiano nascido na Espanha ele foi
teórico e pesquisador da comunicação e da cultura e um dos expoentes nos estudos culturais contemporâneos ele é autor do livro dos mes as mediações publicado no Brasil pela Editora UFRJ e eu trouxe aqui um ponto que eu acho primordial para a gente entender Qual o papel então do professor da professora Nesse contexto da cultura digital e olha o que ele vai dizer que o professor é um formulador de problemas um provocador de questões no coordenador das equipes de trabalho ou seja um gestor da aprendizagem né um sistematizador de experiências que possibilita esse diálogo entre as
gerações que organiza essas estimativa o percurso de aprendizagem que esse estudante vai fazer sempre levando em consideração as questões históricas teóricas culturais Então veja como o papel do professor ele se complexifica nesse contexto porque além de ter todo esse domínio teórico-metodológico é muito importante que os Professo de professoras desenvolvam essas habilidades de trabalhar com a cultura digital com toda a potencialidade que a cultura digital pode trazer para aprendizagem dos jovens que serão futuros profissionais que atuarão na sociedade então ainda nessa fala do Martin barbeiro a gente pode entender que o papel do professor da professora
na cultura digital não é simplesmente de transmitir informações e conhecimentos mas sim de fazer todo um trabalho de curadoria dessa informação de localizar de selecionar de avaliar de utilizar de remixar de distribuir esses conteúdos e recursos sejam eles digitais ou não de propor e organizar experiências de aprendizagem que sejam de instigar e promover a criatividade a criticidade a criação e a produção de novos conhecimentos ele vai atuar como mediador como gestor dessa aprendizagem e algo muito crucial aqui é que a aprendizagem ela vai ocorrer por meio da experiência ou seja na medida em que nós
professores possibilitamos que os estudantes tenham reais experiências de aprendizagem relacionados a determinados conteúdos curriculares e que eles possam criar elementos objetos produtos sejam eles em qualquer suportes de mídia analógicos ou digitais eles vão conseguir construir um conhecimento diferenciado que não vai ser uma memorização que não vai ser algo que ele vai fazer simplesmente para poder passar e conseguir uma nota numa prova mas que vai muito além algo que vai ser registrado na sua memória como um aprendizagem importante e para compor ainda mais a nossa conversa de hoje eu trouxe duas autoras que são colegas minhas
A Magda pisqueta e a Bruna hansfeld é de um texto que tá indicado como texto obrigatório lá no nosso cronograma de leituras elas dizem o seguinte nessa perspectiva considera-se que tanto o uso quanto à apropriação das tecnologias digitais são antes de tudo produções culturais de determinadas sociedade isso é o caráter histórico tecnologias elementos centrais na produção e reprodução da cultura assim frente a hipótese da existência de uma cultura específica de vinda da presença dos meios eletrônicos na sociedade atual uma cultura digital o termo digital estaria representando uma forma particular de vida de um grupo ou
de grupos de sujeito de um determinado período da história então a cultura digital ela é pensada como esse marcador cultural que envolve tantos artefatos digitais como sistemas de significação e comunicação distintos capazes de descrever o modo de vida contemporâneo continuando elas ainda dizem o seguinte quaisquer que sejam as reflexões sobre o futuro da educação sobre o panorama dessa hibercultura elas devem ter como análise o entendimento da transformação da relação com o saber e aí elas trazem que o Pierre Levi a gente já vai conversar sobre ele e também trazer a perspectiva do trdv sobre essa
compreensão da cibercultura novos desafios surgem ao pensarmos em como educador para essa nova sociedade poderia atender as experiências tão múltiplas né sobre um Panorama tão recente e volúvel os novos recursos midáticos embora possibilitem novas formas de viver de ler de interpretar os universos culturais também sobrecarregam os indivíduos com excesso de informações fragilizam sua capacidade de conceituar de pensar de estabelecer relações dialéticas de do recorte da realidade social e são fato é real acontece faz parte desse movimento da sociedade e demonstra ainda mais o quanto a gente precisa desses códigos de participação social no contexto da
cultura digital Ou seja a gente precisa saber acessar uma informação interpretá-la usá-la recombina-la e fazer com que essa informação se transforme em um conhecimento Esse é o desafio da docência do trabalho pedagógico do professor no contexto da cultura digital e nós chegamos agora no ponto de conhecer um pouquinho sobre a perspectiva do projeto viva a cultura viva sobre o conceito de cultura digital vem comigo que a gente vai assistir esse vídeo juntos e o que que a gente aprendeu com esse vídeo super bacana que tecnologia cultura que o uso de tecnologias digitais configuram novas práticas
culturais e que a prática pedagógica é uma prática cultural e a prática pedagógica com o uso de tecnologia também uma prática cultural importante nesse contexto que a gente está vivendo voltando lá no Manuel castelos Ele diz também um livro dele que a internet possibilita conectar o Global com o local e torna os indivíduos capazes de produzir conhecimento e informação e esse é o grande momento que a gente está vendo hoje a gente produz muita informação muita informação e às vezes a gente não sabe o que fazer com essa informação e a gente já falou sobre
o quão importante é que o professor da escola com textos escolar saiba lidar com todas essas nuances consiga ajudar as crianças e os jovens a consumirem essa informação de uma forma crítica de uma forma responsável de uma forma Consciente e de uma forma que agregue conhecimento eu trouxe também aqui uma citação do laraia que ele diz o seguinte a criança está apta ao nascer a ser socializada em qualquer cultura resistente essa amplitude de possibilidade entretanto será limitada pelo contexto real e específico onde de fato ela crescer então se a criança ela cresce rodeada permeada por
essas práticas sociais com uso de tecnologias ela vai desde muito cedo ter curiosidade para pegar para manusear para saber para que que funciona então é muito comum a gente ouvir dizer né que as crianças já nascem sabendo mexer no celular na verdade não né A minha geração por exemplo não nasceu sabendo mexer no celular eu fui ter acesso ao computador pela primeira mês quando eu tinha em torno de 11 12 anos de idade no computador de mesa aquela caixona lá com CPU enorme que fazer um barulho daquela internet de escada e criança não podia mexer
naquela máquina né era muito caro estava muito dinheiro então criança não podia ficar perto daquele instrumento que era um instrumento para o trabalho naquela época jamais a gente imaginava que a gente viveria esse contexto que a gente tá vivendo hoje né na verdade quando a gente olha né quem é dessa época da internet de escada e tinha uma internet de uma web que a gente amava tipo que a gente chama hoje de web ponto zero que só as pessoas que tinham conhecimento técnico poderiam fazer algum tipo de modificação criar da sua internet programar páginas na
internet Programa softwares né a gente jamais imaginava viver um período de internet em que a gente poderia opinar sobre qualquer coisa que está online Então essa mobilidade Ela traz transformações Profundas para a sociedade traz muitos problemas também que estão na base aí da nossa educação da nossa formação que a gente vai conversar um pouquinho mais para frente então hoje nós vemos do contexto da cultura digital um universo de possibilidades de participação em que algumas pessoas usam inclusive para o mal mas a gente tem possibilidade de desenvolver o protagonismo de desenvolver a cidadania digital de desenvolver
possibilidades de participação do exercício da Cidadania digital e no contexto Educacional a gente percebe também o desenvolvimento desses novos espaços de colaboração de formação de compartilhamento de autoria esses espaços eles se multiplicam e eles crescem na medida em que cresce esse zíper espaço esse espaço virtual onde acontecem as práticas sociais da cibercultura E aí a gente chega no Pierre Levi que é um filósofo francês pesquisador em ciência da informação e da comunicação que ainda estuda o impacto da internet na sociedade a humanidade a humanidade digital virtual e o Pierre Levi ele diz que o siberia
espaço ele é um novo meio de comunicação que surge por conta da internet esse termo ele especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital Ou seja a forma como ela funciona efetivamente em termos técnicos mas também esse universo Oceânico de informações que ela briga assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo nós temos a estrutura a gente tem as informações e a gente tem as pessoas e tudo isso configura esse super espaço que a gente participa todos os dias quando a gente acessa a internet e aí eu trouxe duas citações também
para a gente compor esse conceito de cultura digital essa situação lá do livro cultura digital.br escrito pelo Alfredo que na época da gravação desse projeto viva a cultura viva estava lá no ministério da cultura e o Alfredo mannevides o seguinte se pensarmos a cultura e não só como suporte acredito que captamos a essência dessa transformação que a cultura das redes do compartilhamento da criação coletiva da convergência então eu vejo a cultura digital Como a tecnologia Sem dúvida nenhuma não etapa da tecnologia um sistema de práticas e Valores que está em disputa permanente na vida contemporânea
então quando ele fala de criação coletiva de convergência de compartilhamento dessa cultura das redes ele tá falando sobre produção cultural sobre produção de conhecimento e sobre o quanto a escola precisa estar atenta a essa necessidade de participação e ele vai dizer o seguinte que a escola não preparou as crianças e os jovens de hoje para esse debate a universidade também não preparou suas professores Então hoje nós temos uma sociedade que vive na internet mas que não está preparada para usar esse espaço virtual com todo o potencial que ele tem para acesso à informação e para
acesso ao conhecimento para acesso à cultura para participação social e eu trouxe ainda mais uma pessoa para compor essa nossa conversa de hoje que a professora de meia Santos é uma grande pesquisadora dessa área de supercultura e ela traz alguns conceitos importantes esse texto é fundamental que vocês Leiam para conhecer um pouquinho sobre a história da cultura digital da sivercultura do super espaço de como esse espaço virtual foi se configurando se modificando na medida em que as tecnologias foram se tornando mais robustas mais interativas mas o bicos então recomendo fortemente que você leia esse texto
que está disponível lá na nossa bibliografia ela diz o seguinte o siberia espaço é a internet habitada por seres humanos que produzem se autorizam e constituem comunidades e redes sociais por e com as mediações das tecnologias digitais em rede em sua fase atual a sebercultura vence caracterizando pela emergência da mobilidade oblico em conectividades lembra que a gente já falou sobre a mobilidade bico sobre essa possibilidade que a gente estar conectado em diversos espaços físicos e virtuais ao mesmo tempo do desktop é o tablet celulares conectados à internet temos maior fortalecimento da sociedade em rede que
ganha com mais autoria dos usuários e mais exploração vantagens das capacidades interativas do segundo espaço E ela diz o seguinte o siberia espaço é esse conjunto plural de espaços mediados por interfaces digitais que simulam o contextos do mundo físico da cidades suas instituições práticas individuais e coletivas já vivenciadas pelos seres humanos ao longo da sua história então percebam que tudo que a gente conversou aqui dessa compreensão sobre o conceito de cultura sobre o conceito de cultura digital e de como as tecnologias digitais transformaram o nosso modo de vivência sociedade é que a gente chega a
um consenso de que precisamos de uma educação para a cultura digital ou seja Precisamos de uma educação que ajude as crianças os jovens e os adultos a serem responsáveis Nesse contexto para que eles possam aproveitar máximo de oportunidades que a cultura digital e que a internet pode trazer para a participação social processo à cultura processo ao conhecimento mas como que a gente pode fazer isso e por que nós estamos conversando sobre isso nessa disciplina de educação e dezessetologias e que vocês estão aí na formação inicial de vocês para serem professores e professoras lá da Educação
Básica a gente já vai entender porque Leiam comigo essa frase a qualidade de nossas informações afeta a qualidade das nossas decisões e a qualidade das nossas decisões afeta a qualidade da nossa experiência comum enquanto humanos eu vou deixar uma série de recomendações depois lá na nossa coleção na nossa curadoria de recursos da disciplina recomendações inclusive de filmes e documentários que vocês podem assistir para entender um pouco mais o que que essa frase quer dizer que a informação que a gente acessa pode mudar a forma como a gente pensa a interpretação dessa informação pode mudar a
forma como a gente pensa perspectiva que a gente tem do mundo da Saúde da economia da sociedade da política e até de questões emocionais também que permeia o nosso dia a dia Então veja o quanto isso é importante essa esse slide aqui você consegue acessar o teor completo dele clicando nesse link aqui e você vai acessar ele lá no contexto que tá falando sobre educação mediática a gente vai ter um módulo uma unidade só sobre isso mas eu quis Trazer isso aqui para mostrar para vocês que cultura digital não é só aprender a mexer no
computador é muito mais do que isso hoje a maioria das pessoas têm acesso a um smartphone na palma da sua mão e por aqui recebem todos os dias bombardeio de informações que não sabem filtrar que não sabe o que fazer com elas então nosso papel enquanto educadores é ajudar as pessoas a lerem essas informações e a usar isso a favor do conhecimento como que a gente pode fazer isso vocês lembram já ouviram falar sobre essa dicotomia entre inativos digitais e Imigrantes digitais há um tempo atrás um pesquisador chamado Mark Prince que lá em 2001 ele
falou que os nossos estudantes as crianças e os jovens eram os falantes nativos da linguagem digital ou seja porque eles nasceram naquele contexto social e cultural com intenso uso de tecnologia né computadores videogames o advento ali da internet e os professores nascidos na era analógica eles tiveram que se adaptar a essa cultura digital ou seja eles não nasceram já falantes dessa linguagem digital então por isso o preço que chamou eles de imigrantes digitais em que Pese todas a discussão que já houve em cima dessa dicotomia entre nativos e Imigrantes o que o príncipe queria dizer
naquela época é que as linguagens eram diferentes ou seja o professor falava uma linguagem que o aluno não entendia e é o que acontece ainda nos dias de hoje não é verdade muitas vezes você está falando de uma forma e o estudante a criança jovem não tem os códigos para entender aquilo que você tá falando da mesma forma quando a gente está numa conversa de crianças né falando aí dos YouTubers dos influências dos gamers que estão nos games que estão na moda a gente não consegue muitas vezes entender e acompanhar sobre que efetivamente eles estão
falando e eu também trouxe uma situação minha lá de 2018 que é resultado da minha pesquisa do doutorado em que eu consegui levantar dados que mostram que os professores formados por professores nascidos na era analógica tem experiências formativas para o desenvolvimento do trabalho pedagógico no contexto da cultura digital porque a gente aprende muito pelas experiências e se nesse momento de Formação Inicial que você tá tendo você não teve experiências de aprendizagem com o uso de tecnologias digitais dificilmente você vai conseguir desenvolver um trabalho pedagógico nessa perspectiva sem que você tem que se esforçar muito estudar
muito ler muito né planejar algo ali que você nunca fez antes então esse é um passo importante né da gente conseguir falar essa linguagem para a gente falar essa linguagem a gente precisa de Formação então a transformações culturais trazidas pelas tecnologias digitais elas são primordiais para a gente pensar a forma e o exercício da Cidadania mas o que que tá acontecendo ainda hoje nós estamos ainda como Manuel castelos falou com a mesma sala de aula lá da idade média o professor falando o aluno escutando as salas de aulas fixas as carteiras enfileiradas o professor falando
alunos escutando e fazendo uma prova e isso se resume estudar será que é isso será que esse modelo ele vai esse perpetuar ainda por muito tempo claro a gente não pode fazer generalizações a gente já avançou bastante a gente tem inúmeras inúmeras experiências bacanas de inovação de mudança dessa perspectiva do espaço físico de aprendizagem ser apenas a sala de aula física presencial mas os nossos sistemas educacionais ainda são bastante baseados nessa lógica de transmissão e recepção de informações e é isso que a gente precisa vencer e já caminhando para finalizar fica aqui comigo mais um
pouquinho a gente vai falar então sobre esses nativos digitais será que eles são nativos mesmo ou será que eles são só inocentes digitais eu ouvi essa frase de uma colega que trabalha no projeto chamado educamídia depois você vai ter oportunidade de conhecer um pouquinho mais mas os inocentes digitais são essas crianças e os jovens que nasceram nessa cultura digital foram imersos muito cedo e que eles estão nadando Ou eles estão num barco no meio desse dilúvio de informações sem saber o que fazer então a gente tem Às vezes uma falsa ideia de que as crianças
e os jovens por terem nascido na cultura digital detém todo o conhecimento e habilidades para pesquisar para usar para compartilhar para criar para aprender em todos esses espaços virtuais e na verdade poucas crianças e jovens sabem o potencial pedagógico do uso de tecnologias e olha só esse dado Numa pesquisa feita em Stanford 86% dos alunos não souberam distinguir um texto um artigo jornalístico de um conteúdo patrocinado e olha só a explicação aqui embaixo as pessoas presumem que porque jovens são fluentes nas mídias sociais que eles são igualmente perspicazes sobre o que encontram lá a pesquisa
mostra que o oposto disso é verdade ou seja Lembra que eu falei que nós estamos o tempo todo sendo bombardeados por informações que a gente recebe em grupos de mensagens instantâneas também nas redes sociais e muitas vezes a gente não sabe o que fazer com toda essa informação e por isso hoje mais do que nunca a gente precisa dessas estratégias de uso das tecnologias das mídias de conhecer esse contexto da cultura digital de conhecer o que está por trás da configuração da internet como usar tudo isso em prol do acesso ao conhecimento do acesso à
cultura do acesso à informação de qualidade Então quais são os caminhos possíveis para a gente pensar a educação na cultura digital primeiro nós temos hoje a bncc a base Nacional comum curricular e nós temos duas competências gerais da bncc que são super importantes para a gente pensar essas novas práticas sociais culturais educacionais que a gente está vivendo a quarta competência geral da bncc a comunicação E ela diz o seguinte que a gente precisa utilizar diferentes linguagens verbal oral visual motora corporal visual sonore digital bem como conhecimentos das linguagens artística matemática e científica para se expressar
e partilhar informações experiências e ideias e sentimentos em diferentes contextos além de produzir sentidos ao entendimento mútuo também aqui nessa mãozinha vocês vão acessar o link depois para acessar esse conteúdo na íntegra e a quinta competência que a cultura digital compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimento resolver problemas exercer o protagonismo e autoria na vida pessoal e na vida coletiva vocês perceberam que eu falei sobre tudo isso aqui citando autores
pesquisadores teóricos que trabalharam muito antes da existência da bem CC a entender esse debruçaram a entender a cultura digital e os impactos da cultura digital sobre o contexto da educação e a gente chega Então nesse documento que hoje a base Nacional como um curricular para a construção dos currículos e das práticas escolares e a gente percebe qual a importante discutirmos debatermos conhecermos esse documento para que a gente possa chegar lá na escola e fazer essa interpretação no contexto da nossa prática de forma crítica de forma criativa de forma reflexiva de forma contextualizada com cada espaço
de atuação que a gente tiver acesso não vai embora que a gente ainda vai conversar mais um pouco sobre Quais são os caminhos possíveis para essa interlocução entre a cultura digital e educação e para isso eu trouxe aqui professor Marcos Silva que é um grande pesquisador dessa área ele diz o seguinte nesse novo cenário comunicacional no campo da educação é interatividade ganha força na medida em que a transmissão ou seja a emissão separada da recepção perde o seu espaço é um movimento que demonstra transição Da Lógica da distribuição para lógica da comunicação Ou seja a
interatividade a gente não pode mais pensar numa prática pedagógica transmissiva lembra do que estava escrito lá na competência 5 da bncc que a gente precisa desenvolver nas crianças nos jovens a capacidade de criar de recombinar de interpretar diferentes informações em diferentes contextos com diferentes tecnologias digitais e isso só será possível por meio de uma mediação no meio dessa interação dessa interatividade e esse é o grande papel do professor da professora no contexto de atuação pedagógica da cultura digital então a cultura digital aponta para a necessidade de um processo de formação Inicial e continuada que não
se limita a instrumentação técnica mas que considera o currículo como prática cultural a fim de unir potencialidade das tecnologias digitais com os objetivos claros para o desenvolvimento da aprendizagem o principal desafio que a gente tem hoje na cultura digital o que a cultura digital impõe para nós é a Inovação das práticas pedagógicas em todos os contextos em todos os níveis de ensino e essa inovação ela pressupõe um processo de apropriação de internalização de transformação de participação e de colaboração ou seja na medida em que os professores e vocês também que estão em formação participam dessas
práticas sociais e pedagógicas com uso de tecnologias a gente modifica Essas tecnologias a gente transforma nossa percepção nós transformamos as nossas práticas isso se torna uma circularidade virtuosa porque das nossas experiências Nós também vamos criar novas experiências de aprendizagem com os estudantes com as crianças e os jovens que Futuramente vocês vão trabalhar lá na escola então essa interatividade da cultura digital ela aproxima mais do Estudante a sua responsabilidade pela aprendizagem também uma aprendizagem mais ativa o mais protagonismo em que não é só o professor que vai ficar falando mas que o estudante vai ter oportunidade
também de participar de criar de construir junto o seu percurso de aprendizagem e o ensino aprendizagem não vai mais estar pautado não falar de cargo do professor Então são perspectivas são construções teóricas e metodológicas que a gente vem fazendo Campos de pesquisa que se dedicam ao estudar Educação e Cultura digital que analisam os currículos canalizam as práticas e que percebem que nós precisamos dar um salto e esse salto ele pressupõe mudanças curriculares pressupõe mudanças nas práticas nas percepções de como acontece o ensino e aprendizagem e essa mudança não é fácil porque muitas vezes essa mudança
questiona quem a gente é como a gente trabalha a formação que a gente tem e por isso a gente precisa estar aberto a aprender a gente precisa estar aberta compreender esse novo contexto e é por isso que a gente está aqui e é por isso que eu estou aqui eu quero te ajudar a entender essas transformações e eu tenho certeza que é o final dessa disciplina você vai ter uma diferente perspectiva sobre como o trabalho pedagógico precisa acontecer na educação básica ou em qualquer lugar que você for atuar enquanto docente Fica mais um pouquinho comigo
que eu já tô finalizando e sobretudo isso que eu acabei de falar para vocês de que a educação ela não vai mais poder se faltar no falar de tarde do professor e eu quero deixar mais uma pombinha atrás da orelha que é essa frase o meio é a mensagem ora o que que é um meio é a mensagem quando a gente pensa na nossa prática pedagógica no uso das tecnologias nas experiências de aprendizagem Qual é a mensagem que fica por estudante quando a gente dá uma aula por exemplo Você já parou para pensar sobre isso
tem teórico ou macho Mack luhan que foi intelectual filósofo e teórico da comunicação E ele ficou mundialmente conhecido por vislumbrar a internet quase 30 Anos Antes da internet sem inventada ele já tinha essa perspectiva de que a TV por exemplo seria interativo e na época ele foi considerado até meio maluco por pensar dessa forma e ele cunhou um termo chamado meio é a mensagem como é que Lula também foi um pioneiro nos estudos culturais e no estudo filosófico das transformações sociais provocadas pela revolução Tecnológica do computador e das telecomunicações mas o que que essa frase
tem a ver com a educação tudo a ver ele diz o seguinte a mensagem não está fora do meio o meio é um elemento importante da comunicação e não somente um canal de passagem ou veículo de transmissão o mais importante não é o conteúdo da mensagem gravem isso mas o veículo o meio através do qual a mensagem que é um outro meio é transmitida Então vamos pensar na sala de aula a mensagem é o conteúdo curricular o meio é o giz e a lousa como essa mensagem vai ser transmitida e se esse meio fosse um
trabalho colaborativo em grupo como essa mensagem seria transmitida perceberam o quanto essa frase tem tudo a ver com que a gente está falando aqui olha só a mensagem de uma aula é dada pela própria metodologia dessa aula se não existe diálogo participação criação interação a um vazio na comunicação da mensagem da aula um exemplo você usa apenas o quadro E o giz estou comunicando que meus alunos são capazes apenas de ler copiar e reproduzir o que foi dito em outros termos e eu deixei aqui nesse slide o link de uma entrevista imperdível do Marshall Mac
Lohan que está disponível no YouTube Eu deixei o link para quem quiser saber um pouquinho mais sobre essa perspectiva que às vezes incomoda que traz um certo desconforto para a gente pensar as nossas práticas mas que é extremamente importante para esse sal que a gente precisa dar em direção de uma educação mais interativa mais humanizadora mais contextualizada mais criativa e eu quero finalizar com essa frase do Postman e do Gardner que eles escreveram no livro baseado na teoria do meio a mensagem do meio quiloham que chama contestação a nova forma de ensinar e eles dizem
o seguinte olha o que é que os estudantes fazem na aula bem a maior parte sente-se ouve o professor sobretudo são solicitados a acreditar nas autoridades Ou pelo menos fingir que alimentam tal crença quando são submetidos há exames sobretudo são solicitados a recordar raramente se pede que eles façam observações formulem definições ou realizem qualquer operação intelectual que ultrapassa a repetição do que outra pessoa de ser verdadeiro raramente são encorajados a fazer perguntas substantivas embora ele seja permitido e pagar sobre detalhes você técnicos por exemplo isso vai cair na prova será que é isso gente será
que a gente vai continuar fazendo educação dessa forma Olha só esse texto de 1974 e ele é tão atual até hoje a gente ainda tá fazendo os alunos Recordar e a memorizar coisas que hoje o computador faz né a gente não é computador para memorizar a gente precisa saber usar informação a gente precisa saber buscar informação a gente precisa saber recombinarem informações criar coisas elementos a partir das informações e construir conhecimento a partir das informações Isso é o que a gente precisa fazer isso é que a escola precisa fazer isso é o que o trabalho
pedagógico do professor precisa fazer então a gente precisa dar esse salto e agora vou deixar vocês com essa frase da am long Ford que é comissária da infância do Reino Unido ela diz o seguinte dê as crianças e os jovens resiliência em formação e poder oferecendo assim a eles a internet como um lugar que podem ser cidadãos e não apenas usuários e vocês futuros professores e professoras tem um importante papel nessa mudança nessa transformação vocês são a nova geração de professores que vão transformar a escola que vão transformar a forma de aprender que vão transformar
perspectiva de como a gente ensina e como a gente aprende Nesse contexto da cultura digital e agora que você teve acesso a todo esse conteúdo esse acabou-se de informações que eu selecionei aqui para esse momento eu quero te desafiar a ir além A pesquisar mais assim formar mais a ler mais acessar o material de apoio dessa unidade e pega o papel pega uma caneta anota tenta pensar no seu percurso as experiências de aprendizagem que você já colou até aqui tenta pensar sobre as relações de ensinar e aprender vai registrando tudo isso que eu tenho certeza
que você vai ter boas oportunidades de falar sobre isso de escrever sobre isso de compartilhar de trocar ideias com os seus colegas muito obrigada porque você ficou até aqui eu tenho certeza que você é uma pessoa que vai ir além desse conteúdo eu quero te convidar ir muito além e muito material bacana que tá na nossa curadoria de conteúdos e eu vejo você na próxima aula tchau tchau