5 HISTÓRIAS DE TERROR PERTURBADORAS | RELATOS REAIS EP. 69

histórias como essa nos lembram de como a vida pode ser cheia de reviravoltas trazendo à tona momentos que nunca esquecemos hoje ela decidiu dividir um relato especial algo que viveu ainda criança e que transformou sua família de forma definitiva Boa noite Dom espero que esse relato toque você tanto quanto me tocou meu nome é Isadora tenho 50 anos e o que vou contar agora é algo que Vivi ainda criança um episódio que mudou para sempre os rumos da minha família tudo começou quando eu tinha apenas 10 anos nasci e cresci em uma fazenda localizada no

sul do México próximo a uma vila pequena chamada San Rafael a paisagem era deslumbrante cercada por montanhas e Rios com o som constante das aves ao fundo o que mais me marcou foi a sensação de isolamento como se vivêssemos em um mundo completamente aparte a propriedade era enorme cheia de mistérios para uma criança curiosa como eu as madrugadas traziam o cheiro fresco da terra molhada junto com o canto dos galos à noite o silêncio só era quebrado pelos uivos distantes dos coiotes nossa casa era simples rodeada de árvores minha mãe Antonela era uma mulher forte

com a pele marcada pelo sol e mãos sempre ocupadas meu pai Alberto era reservado Mas sua presença sempre me fazia sentir protegida minha infância embora humilde era plena de alegrias eu ajudava minha mãe nas tarefas do Lar e corria pelos Campos imaginando viver grandes aventuras de vez em quando acompanhava meu pai enquanto ele cuidava do Gado ouvindo suas histórias que me fascinavam tudo mudou quando conheci os filhos dos donos da fazenda a fam Vargas Dom Ricardo Vargas era um rico proprietário de terras que costumava visitar a fazenda acompanhado de sua esposa dona Mirela uma mulher

alta e de olhar gélido eles tinham dois filhos Emily mais velha que eu e Oliver que tinha a minha idade sempre que os Vargas apareciam a rotina tranquila da Fazenda era completamente alterada lembro-me claramente da primeira vez que vi Oliver e Emily era um quente de verão e meu pai tinha me levado até um lago perto dos estábulos de repente o barulho de um carro luxuoso anunciou a chegada deles vi os Vargas descerem Emily com um vestido branco que reluzia ao sol e Oliver com uma camisa Impecável eles se aproximaram de mim sem hesitar apesar

do Olhar Severo de Dona Mirela rapidamente começamos a brincar juntos e as tardes se enchiam de Risadas Emily adorava ser a rainha enquanto Oliver e eu éramos seus súditos às vezes no entanto Oliver e eu escapamos de suas ordens encontrando um refúgio longe de sua imposição em uma dessas tardes estávamos perto de um antigo celeiro sentados entre a vegetação Alta quando nossos rostos se aproximaram e trocamos um beijo rápido e inocente para nós aquilo era apenas parte da brincadeira Porém esse instante foi destruído em segundos Dona Mirela a cavalo e ao nos ver gritou enfurecida

Oliver o que pensa que está fazendo o pavor me paralisou Oliver tentou explicar mas ela nem quis ouvir e você filha de Empregados Como ousa tocar no meu filho nunca me senti tão humilhada tão insignificante as lágrimas vieram mas eu não consegui dizer uma palavra minha mãe veio correndo ao ouvir os gritos mas dona Mirela já estava levando Oliver embora longe de mim antes de ela lançou um aviso ameaçador antonel controle sua filha se ela se aproximar dos meus filhos novamente vocês serão expulsos daqui entendeu a partir daquele dia fui proibida de brincar com Oliver

e Emily a solidão tomou conta da minha vida minha mãe tentava me distrair ensinando receitas e contando histórias mas nada conseguia preencher o vazio até meu pai sempre Sereno parecia afetado pela tensão que agora pairava sobre nossa famía pouco tempo depois algo inesperado aconteceu era um sábado à tarde e o calor era sufocante minha mãe e eu estávamos na cozinha quando ouvimos o barulho de um carro chegando minha mãe parou o que fazia e ficou imóvel Isadora vá para o seu quarto a voz da minha mãe saiu hesitante quase quebrada mas antes que eu conseguisse

dar um passo a porta foi escancarada de repente Dom Ricardo entrou tropeçando and um forte cheiro de bebida Antonela disse ele com um sorriso torto E maldoso sempre tão linda minha mãe recuou tentando manter distância por favor senhor vá embora pediu a voz tremendo ele ignorou suas palavras com passos instáveis se aproximou estendendo a mão para tocar seu rosto sempre quis você para mim sussurrou minha mãe tentou afastá-lo mas ele era mais forte o medo me paralisou por completo eu não conseguia me mover nem gritar lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu assistia impotente a

luta dela para escapar Então tudo aconteceu num piscar de olhos A Porta Se Abriu novamente e meu pai entrou como um furacão tire as mãos da minha esposa a voz dele ecoou pela sala enquanto empurrava Dom Ricardo para longe por um momento parecia que tudo terminaria ali mas um brilho metálico apareceu de repente Dom Ricardo havia sacado uma arma o som do Tiro cortou o ar e meu pai caiu no chão o sangue começou a se espalhar pela camisa dele formando uma mancha cada vez maior o grito da minha mãe rompeu o silêncio mortal ela

se lançou ao chão segurando meu pai enquanto ele perdia a vida o corpo dele estremeceu e então ficou imóvel Dom Ricardo ainda cambaleante e embriagado olhou para o que havia feito chocado sem dizer nada sai da casa deixando para trás o peso da Morte e da dor depois daquele dia nada mais foi o mesmo a fazenda que antes era o nosso lar tornou-se um lugar cheio de sombras e tristeza os dias seguintes passaram como um borrão confuso a polícia apareceu fez perguntas mas Dom Ricardo Vargas nunca foi preso alegaram legítima defesa e ele continuou livre

como se nada tivesse acontecido minha mãe Antonela parecia destruir consumida pela dor mal conseguia me confortar passávamos noites inteiras acordadas presas pelo medo do que poderia acontecer Dom Ricardo nunca voltou mas o peso de sua influência continuava nos esmagando um mês após o enterro do meu pai fomos convocadas para o escritório de Dom Ricardo o ambiente era pesado e ele evitava nossos olhares sinto muito pelo que aconteceu disse ele com a voz hesitante mas vocês não não podem mais ficar aqui não depois de tudo isso minha mãe ficou em silêncio mas seus olhos brilhavam com

uma Fúria contida ele nos ofereceu uma pequena casa nos arredores da Fazenda como compensação pelos anos de trabalho sem opções minha mãe aceitou e nos mudamos a nova casa era simples sem luz elétrica ou água encanada apesar de tudo minha mãe tentou transformá-la em um lar no entanto algo nela havia mudado sua tristeza era quase tangível mas havia também uma escuridão que eu não conseguia compreender os dias passaram e eu fazia de tudo para seguir em frente mas a ausência do meu pai parecia preencher todos os espaços durante muitas noites eu acordava com os gritos

da minha mãe Ela sonhava com ele chamava por Ele implorava para que voltasse então numa dessas noites algo diferente aconteceu Acordei com um som baixo quase como um murmúrio levantei e segui o som até a cozinha uma luz fraca tremelo lá dentro Meu Coração batia acelerado enquanto eu me aproximava lá estava minha mãe rodeada por velas acesas segurando um livro antigo ela murmurava palavras que eu não entendia e diante dela em uma tigela de Barro algo queimava o rosto dela estava tomado por uma mistura de dor e determinação quis correr gritar mas não consegui fiquei

ali paralisada pelo medo de repente ela abriu os olhos Achei que tivesse me visto mas seus olhos estavam fixos em outra direção como se enxergasse Algo Além Deste Mundo sua voz ecoou forte e decidida que a justiça seja feita que aqueles que nos feriram sintam nossa dor que o universo Ajuste as contas um frio percorreu minha espinha nunca tinha visto minha mãe daquele jeito corri de volta para o meu quarto e me enfiei debaixo das cobertas tremendo de medo passei a noite toda acordada sem conseguir fechar os olhos quando o dia amanheceu as velas e

a tigela haviam desaparecido minha mãe me recebeu com um sorriso Sereno como se nada de estranho tivesse acontecido no entanto algo em seu olhar havia mudado um brilho peculiar que eu não conseguia explicar dormiu bem perguntou ela com a voz leve como se a noite passada tivesse sido apenas um sonho nos dias que se seguiram minha mãe parecia mais viva cheia de energia ela falava sobre planos de começarmos de novo na cidade mas às vezes eu a flagra Ava olhando fixamente na direção da Fazenda como se Esperasse por algo Sombrio uma semana depois a calmaria

acabou era tarde da noite quando escutamos o som de um carro se aproximando minha mãe também ouviu e veio correndo para o meu quarto Isadora precisamos nos esconder sem hesitar ela me puxou pela mão e fomos para a mata densa ao redor da casa por entre os G vimos dois hom se aproximarem ambos armados a luz da lua refletia no metal de suas pistolas onde elas estão gritou um deles o chefe disse que estavam aqui o medo me deixou imóvel minha mãe me empurrou para trás de uma árvore robusta e ficamos ali Presas no silêncio

por um tempo que pareceu interminável finalmente os homens desistiram e foram embora mesmo assim minha mãe não relaxou aqui não é mais seguro el Precisamos sair agora caminhamos pela Mata a noite inteira sem descanso minha mãe parecia saber exatamente para onde ir mesmo so a escuridão absoluta quando o sol comeou a nascer alcan uma estrada um homem em uma caminhonete parou e nos levou até o povoado mais próxim de lá fos à Delegacia para relatar o que havia acontecido ao contarmos nossa história os policiais nos encararam com expressões de surpresa vocês ainda não sabem disse

um deles minha mãe e eu trocamos olhares confusos o que aconteceu perguntou ela o helicóptero de Dom Ricardo Vargas caiu nesta manhã ninguém sobreviveu as palavras ecoaram na minha mente me deixando atônita em Oliver meus amigos de infância estavam mortos era difícil acreditar mas o que me assustou ainda mais foi a reação da minha mãe tentava segurar as lágrimas vi que ela sorria não era um sorriso de alívio ou felicidade mas algo obscuro quase assustador que me arrepiou profundamente mamãe murmurei mas ela parecia alheia à minha dor sua expressão não tinha traço de tristeza ou

surpresa como se já soubesse o que havia acontecido os dias após a queda do helicóptero foram intensos a notícia se espalhou rapidamente pelo povoado e junto com ela vieram boatos alguns falavam de um acidente outros especulavam sobre falha mecânica mas havia quem murmur asse sobre algo mais sombrio algo que desafiava qualquer explicação a perda de Emily e Oliver me atingiu como uma pancada apesar de não vê-los há muito tempo eu ainda guardava as lembranças das tardes que passamos brincando não conseguia entender como tudo havia terminado de forma tão trágica o que mais me inquietava porém

era o comportamento da minha mãe desde o dia em que soubemos do acidente ela parecia outra pessoa a tristeza que antes marcava seus olhos havia desaparecido Não havia mais lamentos pela morte do meu pai em vez disso ela exibia uma calma perturbadora como se tivesse se livrado de um fardo sempre que eu tentava tocar no assunto ela desviava a conversa ou dava um sorriso enigmático aquele sorriso discreto Mas estranho me deixava inquieta não conseguia evitar a sensação de que ela sabia algo que eu ignorava as lembranças daquela noite do ritual voltavam à minha mente junto

com as palavras que ela havia dito clamando Por Justiça mas eu não queria acreditar que minha mãe tivesse qualquer envolvimento com o que aconteceu Parecia Impossível com o avanço das investigações sobre o acidente fomos chamadas para depor Garcia estava lotada de jornalistas e Curiosos todos querendo saber mais sobre a tragédia quando chegou nossa vez fomos levadas para uma sala pequena onde dois policiais nos aguardavam um deles um homem mais velho tinha um olhar Severo que parecia me atravessar Isadora como era sua relação com a família Vargas perguntou ele minha mãe e eu trocamos um olhar

rápido Meu Coração batia tão forte que eu tinha certeza de que eles podiam ouvir respirei fundo e comecei a falar sobre os Vargas das brincadeiras com Emily e Oliver e de como nossa vida mudou completamente após a morte do meu pai tentei manter a voz estável Mas minhas mãos tremiam so a mesa É verdade que Dom Ricardo Vargas matou seu pai questionou o outro policial mais jovem Sem Rodeios assenti devagar Sim foi um acidente murmurei mesmo sentindo que nem eu acreditava nisso um acidente o homem mais velho inclinou-se na minha direção seus olhos fixos nos

meus Como se quisesse arrancar a verdade sabemos que vocês foram expulsas da Fazenda logo depois isso não seria motivo suficiente para buscar Vingança minha mãe interveio antes que eu pudesse dizer algo sua voz era calma controlada tudo foi investigado e declarado legítima defesa não temos absolutamente nada a ver com o acidente do helicóptero eles continuaram a nos pressionar por horas tentando encontrar alguma contradição minha mãe Manteve a serenidade enquanto eu apenas repetia o que ela dizia tentando disfarçar o medo que crescia dentro de mim finalmente nos deixaram ir já era noite quando saímos da delegacia

caminhamos em silêncio desgastadas pelo interrogatório o ar frio da noite parecia clarear um pouco minha mente mas as perguntas dos policiais não saíam da minha cabeça não se encaixa sentia que havia mais naquela história algo que minha mãe não estava me contando mamãe chamei Quebrando o Silêncio enquanto voltávamos para casa por você não parece mais abalada com tudo o que aconteceu ela me lançou um olhar de relance um pequeno sorriso nos lábios Já fiz as pazes com isso Isadora há coisas que não estão em nossas mãos e esem soltei naa noite na cozinha o que

você fez o ritual tem alguma coisa a ver com o acidente minha mãe parou de repente seu rosto endureceu e o sorriso Sumiu por um momento pensei que ela fosse negar mas ao invés disso ela suspirou profundamente sabia que um dia você me perguntaria um calafrio percorreu mepo o você fez mã eu o silci da noite par nos envolver por completo minha mãe olou para o cé como se procurasse algo distante talvez respostas Existem forças neste mundo que a maioria das pessoas não compreende começou ela em um tom quase sussurrado Minha avó me ensinou sobre

isso são energias antigases de uando aceitar que aquele homem continuasse sua vida como se nada tivesse acontecido Então pedi Por Justiça senti um nó na garganta Minha voz saiu como um murmúrio Que tipo de Justiça uma justiça que vai além das leis dos homens respondeu e seus olhos pareciam brilhar na penumbra eu não desejei que morressem apenas que sentissem nossa dor o universo decidiu como responder um pavor tomou conta de mim eu eu não queria acreditar no que estava ouvindo você está dizendo que causou o acidente minha mãe me olhou de um jeito que eu

nunca tinha visto antes era uma intensidade que me deixou sem fôlego não posso afirmar mas sei que algo mudou naquela noite o universo ouviu meu pedido e embora eu lamente as vidas que foram perdidas não me arrependo de ter pedido Justiça pelo seu pai ficamos em silêncio por um longo tempo as palavras dela pareciam pesar no ar depois de um momento criei coragem para perguntar o que mais me atormentava e aqueles homens armados que vieram nos procurar o rosto da minha mãe endureceu de imediato eram homens enviados por Dom Ricardo ele provavelmente achava que éramos

uma ameaça ou talvez só quisesse se livrar de nós de vez Mas conseguimos agir mais rápido e agora não há mais ninguém nos perseguindo naquela noite o sono não veio o que descobri sobre minha mãe transformou completamente a forma como havia ela não era apenas uma mulher forte e determinada mas alguém que havia recorrido a algo muito mais poderoso algo que me causava um profundo medo os anos se passaram em chiapas mas por mais que eu tentasse seguir em frente o passado continuava me acompanhando como uma sombra que não desaparecia minha mãe Antonela Parecia ter

encontrado certa tranquilidade em nossa nova vida trabalhando longas horas em um restaurante ela se ocupava cozinhando e nos momentos de descanso sentava-se na pequena sala com um livro nas mãos ou apenas olhando pela janela sempre com aquela expressão Calma que me deixava inquieta eu por outro lado não conseguia fugir das perguntas que me atormentavam pensava constantemente na queda do helicóptero nos últimos momentos de Emily e Oliver será que eles sentiram medo sabiam o que estava por vir eu tentava afastar esses pensamentos mas à noite os pesadelos sempre voltavam em muitas dessas ocasiões encontrava minha mãe

acordada olhando para o céu com aquele mesmo olhar enigmático que nunca consegui decifrar quando eu tinha 17 anos houve um dia que ficou marcado para sempre Estávamos na cozinha preparando o jantar e minha mãe de repente parou de cortar os legumes virou-se para mim com uma expressão séria como se fosse dizer algo que há muito tempo guardava Isadora começou ela com a voz baixa vai chegar um momento em que você precisará enfrentar o seu destino não dá para fugir do passado para sempre eu a encarei sem entender do que você está falando mamãe ela fez

uma pausa como se buscasse as palavras certas as forças que invoquei naquela noite começou com hesitação não desapareceram há coisas que passam deação emação o fiz não foi apenas pelo seu pai fiz por você pela nossa família as palavras dela me deixaram inquieta eu não compreendia totalmente o que ela queria dizer mas sentia que havia mais por trás daquilo talvez fossem os mesmos segredos que sua avó lhe havia transmitido e que de alguma forma também seriam meus um dia o tempo continuou passando e eu tentei me distanciar das memórias da Fazenda concluí os estudos consegui

um trabalho fiz amizades e por algum tempo acreditei que finalmente havia deixado para trás toda aquela escuridão da infância mas então algo inesperado começou a acontecer minha mãe que sempre fora tão forte começou a adoecer a princípio achei que fosse apenas cansaço acumulado por anos de trabalho pesado mas sua saúde piorava rapidamente os médicos não conseguiam encontrar uma explicação Clara e ela foi perdendo a força dia após dia em poucos meses minha mãe antes cheia de vigor tornou-se alguém frágil presa a uma cama e incapaz de se mover os dias que se seguiram foram difíceis

eu passava todo o tempo livre cuidando dela tentando confortá-la da melhor maneira que podia com frequência a encontrava acordada no meio da noite seu olhar fixo no teto como se estivesse presa em pensamentos distantes eu sabia que o tempo dela estava acabando e a cada dia peruna algum dia falar sobre o que realmente aconteceu naquela Fazenda até que numa noite enquanto estava sentada ao lado de sua cama decidi que não podia mais adiar essa conversa era hora de saber a verdade mamãe falei segurando suas mãos frágeis entre as minhas preciso saber a verdade sobre aquela

noite o ritual que você fez foi isso que caus a queda do helicóptero ficou em silêncio por alguns instantes seus olhos se encheram de uma mistura de tristeza e firmeza antes que ela finalmente respondesse fiz o que precisava ser feito Isadora murmurou com a voz enfraquecida quando Tiraram a vida do seu pai eu não podia simplesmente aceitar pedi Por Justiça mas ninguém pode controlar a forma como o universo escolhe agir um frio percorreu meu corpo o que isso significa e aquela que você mencionou antes ela suspirou profundamente sua respiração entrecortada a mãe da minha avó

me ensinou algo que sempre esteve presente em nossa família temos uma ligação com forças antigas algo que a maioria das pessoas não consegue compreender naquela noite usei esse conhecimento é um legado que passa de geração em geração não somos Bras Isadora mas também não somos como as outras pessoas há algo em nosso sangue que nos conecta a uma realidade diferente as palavras dela me deixaram sem Fala minha mente tentava absorver o que ela acabara de dizer você está dizendo que eu também tenho esse poder minha mãe assentiu devagar sim Isadora esse poder está em você

mesmo que ainda não tenha percebido mas ouça bem isso não é algo para ser usado de forma Leviana sempre há um preço a ser pago meu coração se apertou com medo como eu poderia carregar algo assim o que isso significa para o meu futuro ela me olhou com pesar sua voz mal passando de um sussurro me arrependo de muitas coisas minha filha me arrependo de não ter protegido seu pai como deveria mas do que fiz naquela noite isso eu não lamento foi Justiça Alguém precisava agir as palavras dela ecoaram em minha mente pesadas como pedras

pela primeira vez percebi o fardo que ela carregou por tantos anos mas também senti um medo profundo um temor do que aquilo poderia significar para mim se havia algo no nosso sangue algo que me conectava a esse poder como eu poderia escapar Essa foi a última conversa que tivemos minha mãe partiu Numa manhã Serena em silêncio Enquanto Eu segurava sua mão apesar da tristeza avassaladora pela sua perda senti que de certa forma havamos encerrado o ciclo Não havia mais Segredos entre nós o tempo passou e eu tentei retomar minha vida mas as palavras da minha

mãe nunca saíram da minha cabeça será que aquele poder realmente existia Será que eu o herdaria E pior estaria destinada a usá-lo algum dia alguns meses após sua morte numa noite particularmente fria e silenciosa algo inexplicável aconteceu estava dormindo quando um som me despertou abri os olhos e vi uma figura indefinida no pé da minha cama pisquei achando que fosse minha imaginação mas a figura permaneceu Ali era alta coberta por um manto preto e embora seu rosto estivesse oculto eu sentia seu olhar fixo em mim o medo me deixou imóvel tentei me mexer gritar mas

meu corpo não respondia era como se uma força invisível me mantivesse presa a figura começou a se aproximar e mesmo sem emitir som algum ouvi claramente uma voz ecoando na minha mente o preço precisa ser pago acordei de repente o coração disparado não sabia se o que tinha visto era real ou apenas um pesadelo mas uma sensação de que algo Sombrio estava por vir tomou conta de mim minha mãe havia me alertado sobre o preço mas nunca explicou qual seria agora eu sentia que estava prestes a descobrir nos dias seguintes a inquietação me consumiu a

a lembrança daquela figura parada aos pés da minha cama e a voz ameaçadora sussurrando o preço precisa ser pago me assombravam sem trégua Eu tentava me convencer de que era apenas fruto do luto e do cansaço mas no fundo sabia que não era havia algo no ar algo obscuro e constante que parecia nunca me deixar em paz as coisas começaram a sair do normal objetos apareciam em lugares diferentes de onde eu os deixava se fechavam sozinhas e sombras pareciam se mover no canto dos meus olhos sumindo assim que eu olhava diretamente o medo passou a

ser uma presença constante embora eu tentasse ignorar para continuar vivendo minha rotina numa noite sozinha em meu apartamento um barulho vindo da cozinha me fez congelar ao ir até lá encontrei todas as portas dos armários escancaradas no centro da mesa estava uma tigela de Barro Idêntica àquela que minha mãe usara No ritual a tigela estava vazia mas o simples fato de vê-la ali me deixou em Pânico eu sabia que não era minha e não tinha ideia de como havia parado ali meu coração parecia querer sair do peito enquanto eu me aproximava devagar pensei em tocá-la

mas algo dentro de mim me impediu era como se eu soubesse que se fizesse isso algo terrível e Irreversível aconteceria as palavras da minha mãe ecoaram na minha mente sempre há um preço Eu soube naquele instante que aquilo não era coincidência algo estava me aguardando naquela mesma noite decidi que não podia mais ignorar o que estava acontecendo se havia realmente algo em mim ligado a essas forças eu precisava descobrir viver com medo não era mais uma opção na manhã seguinte coloquei a tigela em uma caixa e a escondi no fundo de um armário sabia que

isso não resolveria nada mas era tudo o que eu podia fazer no momento decidi buscar respostas fui procurar Dona Estela uma antiga amiga da minha mãe também vinda do povoado de Veracruz minha mãe sempre dizia que Dona Estela sabia das coisas embora nunca explicasse exatamente o que isso significava naquele momento de desespero eu precisava de qualquer orientação Dona Estela me recebeu com um olhar sério e preocupado era uma mulher idosa com os cabelos brancos presos em um coque e olhos profundos que enxergar através de mim antes mesmo que eu dissesse qualquer coisa ela falou você

sente não é disse me convidando a entrar esse peso que carrega na alma essa inquietação ao seu redor Eu sabia que esse dia chegaria Suas palavras me arrepiaram Dona Estela eu preciso entender o que está acontecendo minha mãe antes de morrer falou sobre um poder que corre no sangue da nossa família ela disse que realizou um ritual para pedir Justiça mas agora sinto que algo muito Sombrio está me seguindo Dona Estela assentiu devagar e se sentou diante de mim sua mãe estava certa as mulheres da sua família têm uma ligação com forças que vão além

do nosso entendimento não são bruxas mas possuem a habilidade de fazer com que o universo incline a balança no entanto Isadora isso sempre vem com um preço senti um peso No Ar ao ouvir aquilo que preço perguntei embora no fundo já temesse a resposta sua mãe pediu Por Justiça mas o universo não é misericordioso quando você faz um acordo com forças que não pode controlar elas tomam o que consideram justo e às vezes cobram mais do que você está disposta a dar no seu caso Isadora sinto que o preço ainda não foi completamente quitado um

arrepio percorreu meu corpo o que isso quer dizer o que elas querem de mim Dona Estela me encarou e pela primeira vez viu medo em seus olhos as forças que sua mãe invocou sentem que não receberam o suficiente elas acreditam que sua mãe escapou sem pagar toda a dívida e agora se voltaram para você seu sangue é parte do preço que elas exigem as palavras dela me atingiram como um soco no estômago O Mundo ao Meu Redor parecia desmoronar como algo tão antigo tão fora do meu alcance podia estar est me perseguindo minha mãe tinha

feito o que acreditava ser o certo mas agora Parecia que ela havia desencadeado algo muito maior e impossível de controlar o que eu posso fazer perguntei sem esconder o desespero não consigo mais viver com esse medo Dona Estela se levantou devagar e caminhou até uma estante de lá tirou um livro antigo com a capa desgastada e o colocou Diante de Mim este livro pertenceu a sua bisavó nele você encontrará rituais que podem ajudá-la a entender o que está enfrentando mas tome cuidado Mexer com essas forças é como caminhar sobre um fio de navalha olhei para

o livro desconfiada sabia que uma vez que o abrisse não haveria como voltar atrás mas também sabia que não podia continuar vivendo com esse terror constante naquele momento tomei minha decisão eu não seria mais uma vítima desse ciclo se a havia algo no meu sangue que poderia usar então o usaria mas para me defender naquela noite sozinha no meu apartamento abri o livro da minha bisavó as páginas estavam repletas de símbolos e palavras que eu não compreendia completamente mas enquanto Lia senti algo profundo despertar dentro de mim era como se aquelas palavras tivessem estado à

espera aguardando para serem ditas a tigela que eu havia escondido ainda estava na caixa tirei a e a coloquei no centro da mesa exatamente como minha mãe fizera anos atrás acendi algumas velas seguindo as instruções do livro e comecei a recitar em voz alta o ar ao meu redor pareceu se tornar mais pesado quase sólido sentia como se algo invisível Estivesse se movendo nas sombras ao meu redor minhas mãos tremiam mas eu não podia parar de repente a tigela começou a vibrar e uma luz pálida surgiu de dentro dela crescendo lentamente fiquei paralisada sem saber

o que fazer então diante de mim uma figura começou a se formar diferente da sombra que havia visto antes no pé da minha cama essa parecia mais real mais palpável era uma mulher com o rosto coberto por um véu escuro mas seus olhos brilhavam em um vermelho intenso como duas Brasas sua presença era sufocante e esmagadora o preço deve ser pago declarou ela com uma voz que não saiu de sua boca mas ecoou diretamente na minha mente sua mãe tentou fugir mas você não pode escapar a dívida ainda não foi quitada o medo me paralisou

mas consegui perguntar o é Que preço a vida que foi tomada não foi suficiente respondeu a figura com um tom frio e definitivo é preciso mais agora Cabe a você decidir como o pagamento será feito eu a encarei sentindo o peso insuportável de suas palavras a mulher velada era um pesadelo Tornado real cada palavra sua parecia se prender a minha mente repetindo-se como um Eco ensurdecedor o preço deve ser pago naquele momento soube que não havia mais volta não podia sacrificar outra vida não podia deixar que a dívida fosse paga com mais sangue mesmo com

o terror me consumindo tomei uma decisão era hora de pôr um fim ao ciclo Que destruíra tantas gerações da minha família minha bisavó minha mãe todas elas haviam usado esse poder sem compreender o preço que ele exigia agora eu estava diante do mesmo Abismo Mas sabia que não poderia seguir o mesmo caminho enquanto a figura avançava as sombras no quarto se alongavam dançando de maneira estranha o ar ficou gelado quase impossível de respirar mas no meio daquele caos senti algo inesperado uma calma profunda a aceitar o que estava por vir me dava uma sensação de

controle que nunca havia experimentado antes estou pronta declarei minha voz firme encarando os olhos ardentes da figura ela inclinou a cabeça em um gesto que parecia de aprovação e suas mãos cobertas pelo véu começaram a se estender na minha direção uma pressão tomou conta do meu peito como se algo dentro de mim estivesse sendo puxado para fora não havia contato físico Mas sua presença parecia arrancar minha energia sugando cada fragmento de vida que eu ainda tinha era como se minha alma estivesse sendo levada fragmento por fragmento enquanto a figura cumpria o pacto que eu nunca

escolhi mas herdei Fechei os olhos esperando o pior mas algo surpreendente começou a acontecer uma sensação de calor nasceu dentro de mim vinda do fundo do meu ser no início achei que fosse parte do que a figura estava fazendo mas logo percebi que era diferente aquela energia não vinha dela vinha de mim era como se algo que esteve adormecido por anos finalmente despertasse Lembrei das palavras da minha mãe havia um poder em nosso sangue até aquele momento eu não havia compreendido o que ela quis dizer não éramos apenas vítimas de um ciclo Sombrio também éramos

portadoras de um poder antigo que se usado da forma certa podia nos libertar o calor no meu peito se espalhou crescendo por todo o meu corpo a pressão que me esmagava começou a diminuir dando lugar a uma força que nunca soube que tinha abri os olhos e vi a figura hesitar seu olhar antes dominador agora parecia incerto quase temeroso não sussurrei sentindo sua presença enfraquecer a cada instante o controle que ela exercia sobre mim desaparecia percebi que a força que eu sentia não vinha do livro ou do ritual mas de algo muito mais profundo algo

que sempre esteve em mim e em todas as mulheres da minha família minha mãe havia ativado esse poder mas eu estava reclamando ele como meu com uma convicção que nunca soube que possuía com as mãos trêmulas alcancei a tigela sobre a mesa e a ergui As Chamas das Velas ao meu redor brilharam mais intensamente iluminando o quarto as palavras que saíram da minha boca não eram do livro elas vinham de dentro de mim de um lugar que parecia ter esperado por esse momento que o ciclo se quebre que a dívida seja saudada pela força daquelas

que vieram antes de mim e por aquelas que virão depois sem mais pactos sem mais sangue uma energia poderosa atravessou meu corpo e a figura soltou um grito que ecoou pelo quarto como se minhas palavras a tivessem atingido diretamente as sombras que antes engoliam o ambiente começaram a desaparecer o ar voltou a circular e a pressão que me prendia desapareceu por completo vi a figura se desfazer diante dos meus olhos sua essência sendo consumida pelo poder que eu havia despertado em poucos segundos tudo acabou o silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor as velas ao

meu redor apagaram-se de uma só vez e a tigela que Eu segurava em minhas mãos partiu-se em duas com um som seco uma leve tontura tomou conta de mim como se o peso do que acabara de acontecer finalmente me atingisse mesmo assim uma paz profunda se instalou em mim sentei-me na cadeira Exausta mas aliviada sabia que o ciclo havia sido rompido as forças que dominaram minha família por gerações não tinham mais poder sobre mim nem sobre quem viesse depois nos dias seguintes tudo voltou à normalidade o medo constante que carreguei por tanto tempo desapareceu as

sombras no canto dos meus olhos sumiram e os objetos permaneceram em seus lugares a presença sombria que sempre senti simplesmente deixou de existir eu estava finalmente livre algum tempo depois procurei Dona Estela para contar o que havia acontecido conforme eu narrava o que fizera um sorriso tranquilo surgiu em seu rosto eu sempre soube que você tinha esse poder dentro de si disse ela segurando minhas mãos com firmeza sua mãe não conseguiu controlá-lo Mas você conseguiu você quebrou o ciclo Isadora libertou sua família dessa maldição suas palavras trouxeram um misto de Orgulho e tristeza pensei na

minha mãe e em tudo o que ela suportou gostaria que ela soubesse que eu consegui fazer isso murmurei com a voz embargada Dona Estela concordou com um aceno ela fez o melhor que pôde com o que sabia e graças a você o sacrifício dela não foi em vão você fechou uma porta que nunca deveria ter sido aberta os anos passaram e embora as memórias daquela noite ainda estivessem presentes em minha mente elas deixaram de me assombrar mudei de cidade reconstruí minha vida e finalmente deixei para trás os espectros que marcaram minha infância mas a lição

aprendida permanece comigo o poder é algo que exige respeito e sabedoria e as escolhas que fazemos podem reverberar por gerações sempre que me encaro no espelho lembro-me da minha mãe e de todas as mulheres que vieram Antes de nós foram elas que me deram a força necessária para quebrar o ciclo enfrentar o inimaginável E no fim vencer embora seus rostos não estejam mais ao meu lado sinto sua presença em cada decisão que tomo em cada caminho que escolho seguir o preço foi pago o ciclo foi encerrado e finalmente encontrei a paz que portanto tempo me

escapou antes de irmos para o próximo relato se você é novo por aqui não se esqueça de se inscrever no canal e ativar o Sininho para receber as próximas histórias sua presença é importante e seu apoio é essencial bem vamos continuar sou mãe de Dois Filhos e cuido deles alternadamente com o pai mês a mês Breno meu filho mais velho tem 15 anos enquanto Rebeca minha Caçula tem 10 uma noite de sexta-feira há poucos meses voltei para casa após um dia longo no trabalho e uma ida ao supermercado Breno havia me avisado mais cedo que

sairia com os amigos eu não gostava da ideia de deixar Rebeca sozinha mas aos 10 anos Muitos pais já consideram seguro Além disso não é justo esperar que Breno cuide da irmã o tempo todo cheguei por volta das 9 da noite carregando as compras foram várias Idas e Vindas do carro até a cozinha já que costumo exagerar nos meses em que estou com as crianças Em contrapartida nos meses em que estou sozinha sou extremamente Econômica depois de guardar tudo subi para ver Rebeca mas ouvi o barulho do chuveiro e desci novamente para descansar coloquei meu

programa favorito na Netflix e me joguei no sofá metade de um episódio depois pois percebi que o chuveiro ainda estava ligado banhos demorados me incomodam não gosto que meus filhos desperdicem água subi para avisar Rebeca que era hora de sair voltei para a sala mas logo me vi subindo de novo o som da água continuava bati mais forte e chamei o nome dela sem obter resposta foi então que percebi pela fresta inferior da porta que o banheiro estava no escuro tentei abrir a porta mas estava trancada tranquei o pânico e tranquei a porta usando uma

unha como já tinha feito antes quando entrei chamei minha filha com raiva mas me deparei com algo inimaginável no lugar de Rebeca havia uma mulher desconhecida aparentando uns 50 anos deitada na banheira o chuveiro continuava ligado e ela parecia desgastada quase doente gritei tão alto que minha garganta falhou em choque bati na pia derrubando tudo que estava ali quando a mulher começou a se levantar com roupas molhadas e cabelos pingando Bati a porta com força e corri Chamando por Rebeca encontrei a encolhida sob as cobertas no quarto tirei a de lá e ao passar pelo

banheiro vimos aquela figura imóvel na porta Seus olhos eram vazios e ela se movia como um fantasma peguei meu celular e nos tranquei no quarto de hóspedes no porão ligando para a polícia enquanto esperávamos Rebeca explicou assustada que pensou que eu tivesse chegado em casa mas Correu para se esconder ao ver a mulher subindo às escadas Breno havia saído e deixado a porta da frente aberta felizmente a polícia chegou rapidamente relatei aos oficiais o que Rebeca tinha me contado e descrevi a mulher expliquei que ela estava encharcada o que dificultou dar mais detalhes sobre seu

cabelo além de longo e grisalho antes disso já tínhamos vasculhado a casa inteira para garantir que ela não estava mais lá olhamos debaixo das camas dentro doss armários e atrás da cortina do chuveiro era como se tivesse desaparecido tão fácilmente quanto entrou provavelmente ela estava sob influência de drogas nunca vi alguém que parecia completamente fora de si mas ainda assim conseguia andar mesmo que a tivessem encontrado não sei se teria cabimento prestar queixa já que nada aconteceu além do susto e claro Breno ouviu uma bela bronca por ter deixado a porta destrancada agora sempre faço

questão de lembrá-lo disso tivemos a alegria de acolher Adam em nossa família quando ele tinha apenas do anos desde cedo fomos transparente sobre sua adoção conversando abertamente assim que ele começou a compreender o mundo ao seu redor Hoje ele tem 7 anos não tivemos filhos biológicos Já que minha esposa não pode engravidar recentemente começamos a notar um comportamento inusitado em Adam algo que nos intriga e desafia qualquer explicação lógica até agora no andar superior temos um quarto destinado aos brinquedos do Adam já que nossa casa tem espaço de sobra lá ele guarda uma coleção enorme

uma mesa cheia de peças de Lego bonecos de ação e todo tipo de brinquedo que uma criança pode desejar durante o último mês em ocasiões diferentes ouvimos Adam conversando sozinho nesse cômodo mas não era o tipo de brincadeira que crianças fazem onde inventam diálogos para os bonecos a sensação era de que ele realmente dialogava com alguém a primeira vez aconteceu quando minha esposa estava fora passei pelo quarto de brinquedos e ouvi Adam falando como se houvesse outra criança ali entrei para conferir só para garantir que estava sozinho ele estava sentado na mesa de Lego com

bonecos de luta livre ao redor mas sem brincar naquele momento Apenas me encarava quieto com quem você está falando perguntei ele deu de ombros sem responder embora fosse estranho assumi que era só mais uma das brincadeiras dele na ocasião seguinte a situação foi ainda mais desconcertante minha esposa estava em casa comigo Adam brincava no quintal e nós estávamos na cozinha quando de repente ouvimos risadas e falas vindas de Fora minha esposa curiosa foi até a janela e me chamou para ver também lá estava Adam gesticulando como se conversasse com alguém invisível ele segurava uma espada

de plástico e parecia ensinar a alguém como usá-la Conversei com minha esposa sobre o que vimos ela achava que Adam provavelmente tinha um amigo imaginário e disse que era normal eu no entanto não tinha tanta certeza alguns dias depois algo ainda mais estranho aconteceu era noite por volta das 9 hora de dormir porque ele tinha aula no dia seguinte Adam ainda estava no quarto de brinquedos resolvi deixá-lo brincar mais um pouco antes de insistir para ir para a cama de repente houvi risadas e aquela voz familiar como se ele estivesse novamente interagindo com seu amigo

fui até o quarto para observar e assim que abri a porta ouvia do armário de brinquedos se fechando sozinha Adam estava parado no meio do quarto cercado por brinquedos espalhados quem está no armário perguntei tentando manter a calma ouvi um som vindo de dentro como se algo tivesse caído provavelmente um brinquedo grande repeti a pergunta Quem está no armário Ele respondeu de imediato gritando George abri a porta do armário esperando encontrar algum amiguinho escondido ali dentro imaginei que talvez minha esposa tivesse permitido que uma criança passasse a noite conosco sem me avisar mas não havia

ninguém no armário apenas brinquedos empilhados peguei Adam mesmo com ele protestando e o levei para o quarto insistindo que era hora de dormir depois contei à minha esposa o que havia acontecido a porta do armário fechando sozinha o barulho do brinquedo caindo e o que Adam havia dito ela achou que eu estava tentando fazer uma piada mas perce percebeu que eu estava completamente sério naquela noite fui despertado por ruídos vindos do final do Corredor do quarto de brinquedos do Adam dormimos sempre com a porta aberta então o som era nítido o suficiente para me incomodar

acordei minha esposa e com um olhar de entendimento decidimos investigar sem fazer barulho caminhamos na ponta dos pés até o quarto quando chegamos percebemos que Adam não estava lá no entanto o som continuava um repetitivo clique vindo do armário enchi me de coragem para abrir o armário na frente da minha esposa assim que puxei a porta o som cessou revist o interior cuidadosamente procurando algum brinquedo eletrônico ou qualquer coisa que pudesse ter causado aquele barulho não encontramos nada acho que foi naquele momento que minha descrença no Sobrenatural começou a ruir na manhã seguinte acordei assustado

com o grito da minha esposa ela estava segurando nossa foto de casamento o que me deixou sem palavras foi que ela estava quebrada não só o vidro mas a foto e até mesmo a moldura haviam se partido perfeitamente ao meio separando nós dois na imagem como se alguém tivesse planejado aquilo diante disso decidimos sair de casa imediatamente pegamos Adam e fomos passar uma semana na casa da minha mãe buscando um pouco de paz e segurança depois desse tempo minha esposa e eu voltamos apenas para colocar a casa à venda tudo parecia calmo nos dias seguintes

então resolvemos buscar Adam novamente mas a decisão já estava tomada nos mudaríamos um mês depois estávamos fora dali começando nossa vida em outro lugar se esver gostando dos relatos não se esqueça de já deixar o seu like ele é muito importante bem vamos continuar meu nome é Roberto e hoje quero compartilhar uma história que Carrego há muitos anos tudo começou de forma discreta mas foi ganhando intensidade ao longo dos anos antes de entrar nos detalhes preciso voltar para 2008 o ano em que conheci minha esposa nós nos cruzamos aqui mesmo no distrito de alajuela ela

era vendedora em uma loja e eu um fornecedor nosso contato foi crescendo aos poucos e depois de um tempo começamos a sair juntos passamos 4 anos namorando Até que em um momento de estabilidade financeira propus que morássemos juntos nesse período já conhecia bastante da história dela havíamos compartilhado muitas coisas sobre nossa infância e adolescência na época em que nos conhecemos tínhamos 21 e 22 anos uma boa parte da família dela mor em sabanilla perto de alajuela em uma área que hoje é muito agradável com casas espaçosas e terrenos amplos mas naquela época era um lugar

mais rural com Campos abertos e morros ao redor a família dela vivia aos pés desses morros em uma área que ainda mantém uma certa rusticidade apesar de saber tanto sobre esse lugar Nunca conhecia a família dela pessoalmente e isso continua sendo assim até hoje já explico porquê quando sugeri que fôssemos morar juntos notei algo diferente ela sempre foi uma pessoa cheia de energia e entusiasmo mas ao falar de futuro parecia que algo mudava Admito que na minha cabeça comecei a imaginar que ela não queria dar esse passo porque tinha dúvidas sobre mim ou sobre nossa

relação pensava que talvez eu não fosse o tipo de pessoa que ela havia ao seu lado a longo prazo e como qualquer pessoa ansiosa comecei a criar inúmeras teorias até que um dia depois de insistir no assunto ela finalmente abriu o jogo não é que eu não queira bem na verdade também não quero mas tem algo mais não posso te apresentar a minha família nem tê-los por perto se morarmos juntos eles vão descobrir onde estou e começar a me procurar e nesse caso você acabaria conhecendo-os é isso que eu quero evitar falei para ela que

isso não seria um problema disse que era uma pessoa educada e sabia lidar com situações confortáveis mas que também não toleraria falta de respeito se fosse apenas uma questão de comportamento eu saberia como agir mas ela insistiu que a questão era bem diferente naquela mesma tarde Fomos até minha casa para conversar com calma Foi então que ela se abriu completamente e me contou algo que havia guardado por muito tempo era uma parte de sua história que segundo ela não a definia mas que de alguma forma ainda a perseguia Roberto tudo o que vou te contar

não me representa eu não concordo com o que minha família fez ou faz não tenho contato com eles há anos Mas de tempos em tempos Eles encontram formas de conseguir meu número ou meu endereço mesmo que eu evite qualquer contato vizinhas já me contaram que alguns deles vieram até minha casa procurando por mim felizmente nunca estou quando isso acontece ela me explicou que sequer compreendia tudo o que havia acontecido com sua família mas sabia que não er algo bom Foi por isso que insistiu que nossa convivência não poderia acontecer não por falta de vontade mas

porque essa parte de sua vida ainda a seguia mesmo sem sua permissão veja bem Roberto tudo começou com minha bisavó minha família inteira vem de sabanilla mas eu nunca a conheci pessoalmente nem a meu bisavô tudo o que sei veio das histórias que meus pais contavam e foram eles que me ajudaram a sair daquele lugar desde cedo me alertaram vzes nunca aceite nada da família nem trabalho nem favores tudo isso porque muitos anos atrás quando minha bisavó ficou viúva sua personalidade mudou radicalmente meus pais dizem que após a morte do meu bisavô ela parecia outra

pessoa no início achavam que era o luto que a perda do marido tinha abalado sua saúde mental ela começou a emagrecer rapidamente passava quase todo o tempo fora de casa e à noite meu pai a ouvia conversando sozinha no quintal ele espiava pela janela curioso e lá estava ela falando com ninguém completamente só quando meus avós percebiam rapidamente levavam meu pai para dentro e evitavam qualquer explicação só o afastavam e não deixavam que presenciasse aquilo ninguém sabia o que minha bisavó fazia fora de casa saía quase todos os dias voltava tarde da noite e ficava

furiosa se alguém questionava ou pedia que parasse segundo meu pai ela tinha uma força descomunal quando tentavam contê-la ela empurrava os avós derrubava os tios como se fosse Impossível segurá-la com o tempo até os olhos dela pareciam diferentes como se não fosse mais a mesma pessoa houve momentos em que ela parou de falar completamente apenas encarava as pessoas fixamente meus tios meus avós meus pais com um olhar Sombrio estranho chegava a mostrar a língua mordida e cheia de marcas e fazia um som peculiar quase como um ye repetido várias vezes era só isso que dizia

e ninguém entendia o que estava acontecendo meses se passaram até que um dia minha bisavó saiu de casa e nunca mais voltou procuraram na exaustivamente mas ao mesmo tempo alguns familiares principalmente meus tios diziam coisas como melhor assim agora não teremos mais problemas com ela isso deixava meu pai e meus avós indignados Porque apesar de tudo ainda a queriam de volta depois de dias procurando Aconteceu algo que até hoje é difícil de acreditar meu pai me contou jurando que era verdade encontraram pistas dela no alto do morro onde ela costumava caminhar Foi algo perturbador encontraram

os sapatos dela perfeitamente alinhados à Beira do Caminho como se tivessem sido colocados com cuidado dentro dos Sapatos havia pedaços de pele aparentemente dos braços e alguns dentes que acreditaram ser dela por conta das coroas dentárias que usava junto com tudo isso acharam o colar que ela nunca tirava e só quando meu pai me relatou essa história pela primeira vez confesso que fiquei sem palavras nada daquilo fazia sentido uma senhora de sabanilla chegou a visitar meus avós pouco tempo depois meu pai escondido ouviu a conversa e mais tarde meus avós confirmaram o que a mulher

Muler havia dito minha bisavó fazia coisas estranhas no morro a senhora não afirmou que ela era bruxa Mas deixou claro que ela se envolvia em algo incum o mais assustador foi o aviso que ela deu algo havia ficado inacabado e a família teria que pagar por isso meu pai começou a desconfiar que o sucesso repentino das lojas da família estava ligado a algo relacionado ao meu bisavô antes do desaparecimento da minha bisavó o negócio era estável mas nada extraordinário depois que ela sumiu As coisas mudaram de forma drástica novos fornecedores apareceram oferecendo condições melhores clientes

começaram a lotar uma das lojas e em pouco tempo abriram novas filiais fora de sabanilla tudo isso era gerido pelos meus avós e tios foi por essa razão que meu pai sempre me alertou para nunca trabalhar com eles ou ter qualquer tipo de vínculo com a família meus pais se esforçaram para me manter longe de de tudo aquilo quando eu cresci insistiram para que eu considerasse me mudar para a capital ou para alajuela acabei seguindo o conselho deles Assim que tive a oportunidade vim para cá trouxe comigo uma boa quantia de dinheiro que meus pais

me deram já que mesmo trabalhando nas lojas eles conseguiam guardar bastante com isso consegui alugar um lugar arrumar um emprego e construir minha Independência mas Roberto muitas coisas estranhas aconteciam na casa da minha família meus tios costumavam dizer que eram literalmente arrancados da cama no meio da noite e arrastados até a sala eles juravam que não havia ninguém ali mas algo puxava suas pernas e os deixava apavorados meu pai também passou por situações semelhantes e até meu avô vivenciou coisas assustadoras ele acabou falecendo de um ataque cardíaco depois de um episódio em que durante a

tarde foi surpreendido por algo ele só conseguiu gritar para minha avó sair da casa mas quando ela chegou até ele já era tarde demais minha avó relatava que objetos eram lançados Contra Eles pratos quebravam em suas costas facas voavam pelo ar e às vezes eles sentiam arranhões ou empurrões eu mesma nunca vi nada com meus próprios olhos enquanto morava lá mas era impossível ignorar os gritos e o desespero da minha família achei que tudo isso acabaria ao aquela casa mas percebi que esses acontecimentos não Ficaram para trás eu comecei a ser afetada também não há

como negar que isso pode estar conectado ao dinheiro que meus pais me deram para começar Minha Vida em alajuela dinheiro vindo diretamente das lojas da família daquilo que meu pai me disse para nunca aceitar mas eles não sabem o que passei ou como isso me afetou depois de me contar tudo isso minha namorada abriu seu coração sobre o que acontecia na casa dela mas não vou entrar nos detalhes agora o essencial é que de alguma forma eu comecei a vivenciar experiências similares apesar de tudo insisti em ficarmos juntos eu dizia que poderíamos encontrar soluções limpar

a energia da casa buscar ajuda tentar coisas diferentes Queria muito estar com ela e no fim ela concordou ela se mudou para minha casa durante a primeira semana passamos a arrumando as coisas organizando o espaço parecia o começo de algo novo mas então a primeira coisa estranha aconteceu fomos ao mercado compramos tudo que precisávamos e guardamos tudo direitinho frutas Laticínios alimentos frescos na manhã seguinte quando abrimos a geladeira tudo estava apodrecido havia larvas moscas um cheiro insuportável não era apenas uma coisa ou outra tudo estava estragado Preto horrível limpar a geladeira foi uma tarefa extremamente

difícil mas ficou claro que isso não era um problema comum foi o primeiro sinal não houve um progresso gradual Aconteceu tudo de uma vez como um choque naquela casa coisas estranhas aconteciam até durante o dia por exemplo o rádio ou a televisão ligavam sozinhos sem aviso e era impossível ignorar a televisão da sala em especial começou a nos deixar apreensivos Além disso tínhamos que cozinhar apenas para o consumo imediato pois qualquer comida armazenada estragava de um dia para o outro certa tarde enquanto rádio da cozinha que estava em cima de um móvel era a mesma

voz masculina decidimos desconectar tudo naquele dia tentando nos convencer de que poderia ser algum tipo de interferência mas a verdade é que mal conseguimos comer depois disso ficamos com receio de ligar qualquer coisa na casa à noite os problemas continuaram a televisão ligava sozinha no volume máximo sempre com estática o rádio também não parava quieto mudava de estação sem controle alternando entre músicas vozes de locutores e ruídos de estática o ambiente se tornava cada vez mais opressivo tomamos algumas decisões para tentar Minimizar aquilo primeiro nos livramos de vários itens a comida por exemplo passou a

não ficar mais em casa o rádio e a TV eram deixados desconectados quase o tempo todo até a porta do nosso quarto teve que ser desmontada porque começou a bater violentamente contra a parede a ponto de danificar o reboco isso não acontecia sempre mas era frequente praticamente um dia sim outro não eu não conseguia acreditar no que vivíamos chamamos três sacerdotes diferentes ao longo daquele período além de algumas conhecidas da minha mãe que foram para limpar o ambiente nada adiantava os fenômenos continuavam às vezes até mais intensos minha namorada começou a sugerir que nos separemos

que voltasse a viver em casas diferentes ela dizia que não importava onde fosse porque tudo aquilo parecia seguir ela inclusive passamos a fechar o registro da água sempre que saíamos de casa ou íamos dormir já houve vezes em que voltamos ou Acordamos e encontramos todas as torneiras abertas com água jorrando pela casa inteira apesar de tudo isso na época eu não sentia que estávamos em perigo real talvez fosse um modo de racionalizar o que estava acontecendo Mas eu ainda acreditava que tudo ficaria bem essa percepção mudou completamente Depois de uma noite em particular foi durante

um período em que tudo estava estranhamente calmo havíamos passado TRS dias sem ouvir ou ver nada fora do normal estávamos dormindo quando algo me despertou não sei explicar por mas fiquei imóvel na cama a casa estava escura eu não enxergava nada mas ouvia nitidamente sons de Passos era como se um anim estivesse andando pelo quarto se aproximando da cama sentia o peso da mão de Catarina apertando a minha com força ela estava de costas para mim mas parecia estar fazendo algo talvez pedindo silêncio ou tentando afastar aquela coisa que estava do lado dela perto da

cama conseguia ouvir ela rezando baixinho enquanto apertava minha mão com ainda mais força os passos continuaram pelo quarto e então se afastaram saindo pela porta não sei o que houve comigo na aquela noite mas não me movi Catarina também não soltou minha mão depois de um tempo o aperto dela relaxou e sem entender como Eu adormeci na manhã seguinte Catarina saiu cedo para o trabalho o que me pareceu estranho ela não havia mencionado nada sobre Começar mais cedo naquele dia no entanto meu trabalho me mantém ocupado entre falar com clientes organizar detalhes de serviços e

gerenciar prioridades acabei deixando de lado do que vinha acontecendo em casa mais tarde fui buscá-la no trabalho como de costume conversamos um pouco no caminho e ao chegarmos em casa fomos surpreendidos assim que entramos do fundo do quarto ouvimos uma voz chamando meu nome Roberto era sem dúvida a voz de Catarina eu a reconheci instantaneamente Mas o problema era que ela estava ao meu lado igualmente assustada Catarina pediu para sairmos imediatamente mas algo dentro de mim não me deixou ir pensei que poderia ser alguém invadindo a casa Talvez um ladrão disse a ela que ficaríamos

e em voz alta perguntei quem estava lá ameaçando chamar a polícia a resposta foi uma gargalhada um som horrível vindo do quarto que nunca vou esquecer Catarina e eu Saímos de casa na mesma hora sem olhar para trás ficamos do lado de fora por um bom tempo rezando o Pai Nosso como minha mãe sempre me aconselhava depois de um tempo criamos e entramos novamente rezando em voz alta felizmente nada mais aconteceu naquela noite mas a voz algo com o Tom exato da voz da minha esposa Foi algo que me deixou aterrorizado apesar do Medo Decidimos

não permitir que eles Seja lá quem fossem tomassem controle da nossa vida passamos a noite no quarto assistindo televisão curiosamente a TV do quarto nunca nos causou os mesmos sustos que a da sala mesmo assim desconect antes de dormir tentamos descansar mas o sono não vinha foi nessa noite que Catarina nervosa me confidenciou algo Roberto eu não sei se estou ficando louca mas acho que é minha bisavó tenho visto ela não posso ter certeza mas parece muito com a minha avó muitas noites ela aparece na porta fica me olhando e rindo outro dia você estava

dormindo mas ela entrou no quarto só que ela não tinha o corpo de uma pessoa tinha o rosto da minha bisavó mas as pernas eram patas de cavalo eu tentei afastá-la achando que era algum animal mas quando me aproximei vi de perto era ela Roberto rindo de mim Catarina estava visivelmente abalada enquanto Conta isso Ela explicou que depois de me observar aquela coisa saiu do quarto e foi em direção à sala meu corpo inteiro se arrepiou enquanto ouvia aquilo como algo assim poderia estar em nossa casa no nosso quarto Fiquei me perguntando sobre as noites

em que acordei na sala deitado no chão não sou sonâmbulo e tenho o sono leve mas em duas ocasiões acordei lá sem nenhuma explicação o que aconteceria se eu tivesse me virado naquela noite se tivesse visto o que Catarina viu Catarina acreditava que tudo isso estava ligado à história da família dela especialmente ao que envolvia sua bisavó segundo ela Não adiantaria mudar de casa porque o problema estava nela não no lugar algo que a bisavó havia feito Parecia ter marcado sua família para sempre algo que segundo Catarina a perseguiria onde quer que fosse ela sugeriu

que talvez o melhor fosse nos separarmos a ideia me desesperava eu a amo desde o momento em que nos conhecemos recorrer a alguma bruxa também não era uma opção para nós tínhamos medo de piorar tudo de atrair algo ainda mais sombrio pouparei os detalhes de tudo o que vivemos naquela semana porque seria muito longo de descrever resumidamente os eventos não pararam objetos se moviam sozinhos talheres eram arremessados cadeiras da sala deslizavam à nossa frente a água das torneiras jorrava sozinha e a casa estava infestada de insetos baratas moscas surgiam de todos os lugares mesmo após

inúmeras fumigações Uma Noite Tive Um Pesadelo Sonhei que algo pequeno curvado estava sobre mim sentado no meu peito me impedindo de me mexer chamava por Catarina mas meu corpo não respondia quando acordei estava certo de que era apenas um sonho porém ao contar para Catarina pela manhã ela ficou pálida na mesma noite teve um episódio de paralisia do Sono ela disse que acordou sem conseguir se mexer e viu aquela mesma coisa que descrevi o que para ela era a figura da bisavó arranhando minha testa Catarina não pôde fazer nada apenas Ficou ali observando Até que

a criatura pareceu notar que estava sendo vista num salto saiu pela janela nesse momento Catarina conseguiu se mover mas não me acordou apenas se certificou de que eu estava bem e de alguma forma acabou adormecendo novamente Entre todos os episódios acho que não percebi as mudanças nos horários da minha namorada às vezes elas saía de casa mais cedo do que o normal mas isso só fez sentido mais tarde um dia recebi uma ligação do hospital era Catarina lá fiquei sabendo que ela estava grávida mas tinha perdido o bebê em circunstâncias tão graves que sua própria

vida correu risco a revelação me devastou descobrir que esperávamos um filho naquele momento de perda foi insuportável pensei que Catarina queria me fazer uma surpresa mas no hospital ela me contou algo mais sombrio disse que na família dela ninguém mais conseguia ter filhos desde o desaparecimento da bisavó as mulheres da família perdiam os bebês antes do nascimento Catarina já sabia que isso poderia acontecer seus pais haviam alertado que sem descobrir como resolver o que estava acontecendo ela também não conseguiria levar uma gestação adiante quando perdemos nosso bebê algo se quebrou continuamos enfrentando dos mesmos eventos

na casa vozes chamando inclusive com o Tom idêntico ao da minha esposa quando ela não estava lá às vezes ao chegarmos juntos ouvíamos sua voz vinda de dentro da casa mas algo havia mudado não era que não ligá mais para o que acontecia ou que nos acostumamos era como se a situação tivesse nos drenado completamente estávamos resignados Vivendo em meio a tudo aquilo Catarina começou a insistir mais para nos separarmos ela ainda me ama e eu continuo a amá-la mas como ela mesma diz tudo isso está nos consumindo pela primeira vez não me oponho mais

à ideia mas há algo que me preocupa mesmo quando estou sozinho coisas continuam a acontecer meu relato não tem um fim ainda ou pelo menos eu não consigo enxergar um resolvi contar porque estou em busca de algum tipo de consolo já tentamos tudo orações bênçãos de sacerdotes limpezas espirituais tentativas de quebrar qualquer feitiço que possa existir nada funciona o que se faz quando nem a fé nem os rituais nem as tentativas de limpar o ambiente são suficientes O que resta antes de irmos para o último relato se ainda es por aqui Comente o horário que

está assistindo gosto de saber quem assiste Os relatos até o final bem vamos continuar há mais de 15 anos fizemos uma viagem para um resort familiar no estado de Nova York com nossos dois filhos que tinham qu e se anos na época esta história é sobre Michael Júnior o mais velho era a época de Páscoa e o Resort estava cheio de atividades para as crianças caça aos ovos decorações temáticas no bingo e até alguém fantasiado de coelho da páscoa circulando certa noite enquanto Jantamos no refeitório o coelho apareceu Peter nosso Caçula ficou apavorado e se

escondeu chorando debaixo da mesa mas Michael Júnior destemido cumprimentou o personagem com um High Five o coelho saiu logo em seguida provavelmente para evitar mais Lágrimas do pequeno no dia seguinte houve outra atividade de Páscoa uma caça aos ovos em um campo centro infantil do resort enquanto meu marido Mike estava em algum outro lugar Sinceramente não sei onde fiquei observando as crianças se divertirem o coelho da páscoa estava lá novamente interagindo bastante com os pequenos mas parecia manter distância de Peter que se escondia atrás de mim sempre que o via como costumava fazer com o

Papai Noel no Natal por outro lado Michael Jor interagia animadamente com o coelho achei engraçadinho mas de afastar Peter levando-o para uma área diferente do Parque para evitar outro susto depois que o coelho aparentemente foi embora voltei para o lugar onde tinha visto Michael Júnior pela última vez só que ele não estava lá comecei a chamá-lo pelo nome nesse momento uma outra mãe se aproximou e perguntou se eu procurava um menino de suéter vermelho respondi que sim e ela contou com uma ponta de preocupação que o homem vestido de coelho tinha levado o menino para

para fora da área em direção ao estacionamento meu coração disparou peguei Peter no colo e corri o mais rápido que pude movida pelo puro instinto materno quando finalmente os avistei o coelho estava segurando a mão de Michael Júnior próximo a um carro preto gritei com todas as minhas forças para ele soltar meu filho chamei o nome de Michael que olhou para mim sem entender o que estava acontecendo o homem soltou sua mão e ele correu para os meus braços alheio ao perigo que havia enfrentado fique longe do meu filho gritei Michael o homem tentou se

justificar dizendo que estava apenas tentando encontrar a mãe do menino porque ele parecia perdido mas Era óbvio que ele mentia ele estava prestes a colocar meu filho de se anos no carro num impulso tentei arrancar sua máscara mas ele me empurrou e me mandou embora em seguida entrou no carro e desapareceu antes que eu pudesse ver a placa ainda em liguei para Mike com meu velho celular e levei as crianças para a recepção do resort encontramos meu marido lá e relatamos tudo aos funcionários Foi então que descobrimos que o homem fantasiado não trabalhava no Resort

minha indignação foi imediata gritei com os funcionários Furiosa porque eles sabiam da presença daquele homem e Nada fizeram para impedir ou questionar sua intenção ameaçamos processar o Resort como resposta eles um reembolso integral pela estadia o que aceitamos mas nada disso apaga o fato de que naquele dia por pouco quase perdi me fil para sempre ei pessoal obrigado por ouvirem clique no Sininho de notificações para ser alertado de todas as futuras narrações lanço vídeos novos todos os dias por aqui espero te ver nos próximos agora na tela vou deixar outros dois bons vídeos que sei

que irão gostar te vejo por lá ah