[Música] eu lhe dou as boas-vindas ao podcast autoconsciente eu sou Regina Janet e o meu trabalho é ajudar pessoas a se entenderem melhor e viverem mais em paz com elas mesmas eu dou cursos e retiros e faço esse podcast que fala de vida interior tem uma jornada de autoconhecimento para você aqui todos os episódios em sequência estão na playlist autoconsciente do zero veja o link na descrição deste vídeo se inscreva no canal Ative o Sininho curta esse vídeo e se você gostar do que vai ouvir aqui compartilhe com seus amigos o que faz bem para
você pode fazer para muito mais [Música] gente Episódio 152 do que é preciso para sermos mais [Música] autênticos esse episódio começa do ponto em que o anterior terminou mais precisamente da última frase dele em que eu falei sobre os porquês de fazer terapia e a frase é para sermos mais autênticos essa questão da autenticidade ficou morando na minha cabeça depois de um livro que eu li durante o meu recesso eu vou falar dele daqui a pouco não exagero dizer que nós poderíamos adotar a ideia de ser mais autênticos como um lema para nossa vida psíquica
a nossa vida interior mas para começar como é que que a gente entende essa ideia de ser mais autênticos como de costume eu fiz uma enquete nas redes sociais se eu pudesse resumir todas as respostas numa só ideia ao seria o mesmo que ser a gente mesma mas ser a gente mesma envolve muitas coisas e esses são alguns exemplos que eu colhi das respostas ser quem eu sou e não quem os outros querem que eu seja ser verdadeiro expressar o que eu penso e sinto sem medo do julgamento alheio ser livre estar confortável na própria
pele me aceitar como sou ser fiel aos meus valores e princípios à minhas necessidades e vontades ser livre para pensar e agir aceitar a minha vulnerabilidade agir naturalmente alinhar o que eu falo e o que eu faço fazer O que é importante para mim falar e agir com espontaneidade viver de acordo com a minha essência e por aí vai as pessoas expressaram basicamente essas ideias com palavras diversas mas resumidamente essas ideias alguns participantes da enquete pontuaram e isso é muito importante frisar que ser autêntico não justifica ofender rebaixar agredir verbalmente nem passar por cima de
quem quer que seja aquais assim a pessoa fala mal dos outros ins atropela os outos Depois diz que atica que f o que pensa que faz o queer comoos de você ouves ao não disensa o respito out não sobrepõe integ do Out despeito e agressividade não são autenticidade são outra coisa arrogância prepotência individualismo vários ouves também observam que esse tema é muito bem-vindo nos tempos atuais quando H tantas forças que nos levam na dire da autenticidade a gente bem sabe como são fortes as pressões para que nos encaixem em determinados pões de de mod de
vida de estétic deumo de sucess e tem ainda a questão da comparação social que sempre existiu É verdade mas se intensificou enormemente com a internet e as redes sociais esse ambiente digital onde rinal marketing e os seus influencers está o tempo todo nos dizendo o que vestir o que comer o que pensar do que gostar isso não é propriamente um estímulo à autenticidade nos adequar a esse ambiente traz concordância validação popularidade até dinheiro e Fama destoar desse amb ente pode significar bullying perseguição humilhação cancelamento diante desse cenário as perguntas que ficam são é possível sermos
autênticos do que é preciso para sermos mais [Música] autênticos [Música] o livro que fez a questão da autenticidade ficar morando na minha cabeça é o MIT do normal trauma saúde e cura em um mundo doente do médico Húngaro gabor Mat Gente esse é um baita livro não só pelo taman de 6 páginas mais pelo conteúdo é até difícil descrever o assunto de uma obra tão vasta mas eu diria o seguinte é um livro sobre a inseparável relação entre corpo e mente sobre como os traumas emocionais afetam a saúde do corpo como a humanidade moderna se
afastou do que é ser humano e o papel da espiritualidade na reconexão com a nossa natureza é um livro belíssimo em que o gabor conta muitas histórias de cura emocional e física e a dele próprio bem um dos assuntos que ele desenvolve é o conflito entre duas necessidades essenciais do ser humano a necessidade de apego e a de autenticidade essas necessidades nos movem em direções contrárias o apego faz a gente ansiar pela proximidade emocional com outras pessoas nos sentirmos amados validados aceitos pelas outras pessoas e em nome disso nós sacrificamos a nossa autenticidade no cabo
de guerra entre apego e autenticidade Quem geralmente sai perdendo é ela a autenticidade daí a nossa percepção de que não é fácil sermos autênticos ou de que é preciso ter coragem para sermos autênticos para sermos nós mesmos isso é até título de livro famoso a coragem de ser você mesmo da brene Brown bem eu vou aqui resumir o que o gabor até diz sobre esse conflito apego versus autenticidade que provoca uma Desc com quem realmente somos Ele conta que todos nós chegamos ao mundo esperando encontrar proximidade ou apego assim como os nossos pulmões esperam encontrar
oxigênio a predisposição ao apego é algo que já vem programado no nosso cérebro determinando o nosso comportamento e por quê Porque estabelecer uma relação de apego facilita o ato de cuidar Ou a condição de ser Cuidado se se não tivéssemos adultos propensos a cuidar de nós se também não tivéssemos o impulso de sermos próximos desses cuidadores não CONSEG nemum dia sequer ol queos é aza fazê serem fos engadin eem alto também que éh e atenção dos adultos agora a necessidade de apego não termina na infância ela se prolonga vida fora os nossos primeiros relacionamentos de
apego com os pais cuidadores e outras pessoas importantes na nossa vida esses nossos primeiros relacionamentos nos fazem criar um determinado estilo de comportamento para manter a proximidade com essas pessoas e acabamos levando esse estilo de comportamento para outros relacionamentos com amigos parceiros amorosos sócios colegas de trabalho chefes Nós levamos essencialmente aquele mesmo estilo de comportamento baseado em apego pros diversos aspectos da nossa vida pessoal profissional social e até mesmo política diz o gabor porque afinal em todo o relacionamento se deseja ter a atenção a estima a validação do outro ou exercer dominância e poder que
também são formas de manter os outros por perto ainda que sob coação uma ve que aprendemos a suprir Nossa necessidade de apego na infância repetimos a mesma fórmula na vida adulta bem para você que acompanha o autoconsciente essa questão do apego não é novidade não é ela foi abordada em alguns Episódios que eu listei na descrição deste nesses episódios o meu enfoque foi o apego no relacionamento amoroso e neste com o livro do gabor a gente expande a abordagem do apego pros relacionamentos em geral [Música] outra necessidade fundamental do ser humano é a de autenticidade
que o gabor define como a qualidade de ser verdadeiro em relação a si mesmo e a capacidade de moldar a própria vida com base num profundo conhecimento desse ver verdadeiro eu o gabor também diz que a autenticidade não é uma ideia uma coisa abstrata assim como apego a autenticidade é um impulso natural do ser humano que está enraizado no cérebro e é próprio do nosso modo de ser é um impulso para seguir os nossos instintos afirmar necessidades expressar emoções reconhecer e Honrar as nossas vulnerabilidades sem isso a gente também não sobreviveria me ocorre um exemplo
simples aqui quando temos uma dor física ou emocional o nosso corpo se contrai e temos o impulso de chorar a linguagem corporal e o choro são sinais perceptíveis para outras pessoas de que estamos em dificuldade Precisamos de ajuda imagine um bebê que não chorasse como se saberia quando ele tem fome desconforto ou está em perigo outro exemplo quando alguém tem uma atitude que nos prejudica sentimos raiva indignação e temos o impulso de protestar de reclamar em nossa defesa O problema é que a vida desde cedo nos coloca situações em que a autenticidade e o apego
entram em conflito quando crianças manifestamos as nossas vontades impulsos e Emoções espontaneamente inocentemente sem noção do que é certo ou errado adequado ou inadequado com conforme somos repreendidos ou mesmo castigados por atitudes consideradas inadequadas nós internalizamos que só teremos a atenção o amor enfim a proximidade do outro se agirmos do modo como os outros querem ou deixarmos de lado as nossas necessidades ou sufocos as nossas emoções por exemplo o gabor conta que embora o apego e a autenticidade sejam necessidades igualmente vitais no início da vida o ego é que prevalece se uma criança tiver que
escolher entre ser ela mesma e fazer o que é preciso para não passar necessidade ela vai escolher não passar necessidade ela vai reprimir impulsos e esconder sentimentos até dela mesma para obter os cuidados de que precisa E é assim que o nosso eu Originalmente autêntico vai aos poucos se adaptando vai criando padrões de comportamento motivados pela necessidade de apego garantimos a nossa sobrevivência física e emocional Abrindo mão de quem somos e de como nos sentimos assim nos tornamos a pessoa que engole o choro a tristeza a dor para não parecer fraca perante os outros ou
não incomodá-los assim nos tornamos a pessoa que diz sim para todos quando o nosso interior grita um não assim passamos a dizer e fazer coisas ou a não dizer nem fazer coisas preocupados com a impressão que iremos causar ou como os outros vão nos julgar assim e de muitas outras maneiras vamos deixando de ser autênticos não é que a escolha pelo apego em prejuízo da autenticidade seja racional é uma escolha instintiva e o fato de ser instintiva portanto pertencer à nossa dimensão inconsciente torna os nossos comportamentos de apego mais resistentes mais difíceis de abandonar depois
que já Somos adultos e não temos mais a necessidade Vital de apeg como explica o gabor não podemos simplesmente expulsar esses comportamentos com a fora daade quando eles não mais nos servem Até porque não nos Lembramos de como é antes de comearmos a ter esses comportamentos eles se tornam o nosso normal se tornam a nossa segunda natureza conforme esses padrões de comportamento vão ficando programados no nosso sistema nervoso a necessidade de ser o que o mundo Exige se embaralha com a nossa noção de quem [Música] somos nossos comportamentos motivados pela necessidade de apego não apenas
ficam gravados no cérebro e entranhados na psique como também recebem o reforço e o incentivo da sociedade a ponto de a gente se orgulhar por tê-los e não nos ver sem eles por exemplo a pessoa que se preocupa demasiadamente com a beleza e a forma física porque encontrou nesses atributos um modo de receber validação e admiração alheia essa pessoa não apenas encontra na sociedade padrões de beleza e forma física para se espelhar e seguir ela também faz seguidores que enaltecem a sua beleza o que reforça ainda mais os seus comportamentos a pessoa que busca avidamente
reconhecimento por meio do sucesso profissional como se disso dependesse o seu valor como ser humano ela recebe um poderoso estímulo da sociedade que glorifica a busca do Sucesso sem descanso e rende louvores àqueles que o alcançam E seja o que for que a gente busque é muito prazeroso quando encontra receber validação aprovação admiração alheia faz o cérebro liberar endorfina uma substância que provoca a sensação de prazer por isso é que é tão bom ganhar likes nas redes sociais por exemplo quem não gosta agora toda a sensação de prazer é passageira e nos motiva a repetir
a experiência que o Gera diz o gabor que Da mesma forma como ocorre com as drogas o prazer de receber apreciação não aplaca a dor da Alma nós continuamos tendo os nossos comportamentos motivados pela necessidade de apego e não é só prazer que está envolvido nessa história há muito malestar também a autocobrança por satisfazer as nossas próprias expectativas gera ANS não atingirmos os nossos elevados padrões provoca frustração insatisfação com a gente mesma estrés desapontamento nos perceberem desvantagem na comparação com os outros ou receber críticas traz uma dolorosa sensação de desvalor esses mal-estares quando persistentes acarretam
transtornos da Saúde Mental como de ansiedade e a depressão os grandes males do nosso tempo eu trago aqui um pequeno recorte da situação em que a gente está vivendo nestes tempos de comparação social amplificada pelos meios de comunicação em meados de Fevereiro deste ano de 2024 a cidade de Nova York entrou com um processo na justiça contra grandes empresas de comunicação e redes sociais a acusação é de que essas empresas estão prejudicando a saúde mental de crianças e adolescentes essa faixa etária particular suscetível é o ambiente competitivo e tóxico das redes sociais os jovens ficam
obsecado em se adequar aos padrões de aparência e comportamento que vem lá fazem loucuras para se adequar frequentemente não se sentem adequados sofrem hostilidades sofrem bullying e se sentem muito mal com relação a eles mesmos Isso numa fase da vida em que a identidade está em formação a psique está em formação isso é trófico Nova York gasta por ano 100 milhões de dólares no tratamento de Saúde Mental para crianças e adolescentes que sofrem de ansiedade e depressão e TM ideias Suicidas é muito triste o conflito entre necessidade de apego e autenticidade é dramático para essa
geração nós precisamos estar atentos e fazer o que estiver ao nosso alcance para que os nossos jovens tenham alguma chance de serem pessoas mais [Música] autênticas em seu livro O gabor maté explica a necessidade de sermos autênticos como algo da psicobiologia humana pois está ligado ao funcionamento do cérebro do nosso organismo e a nossa autopreservação a necessidade de sermos autênticos está também na psicologia profunda de kyung mas com um outro nome individuação a individuação é um processo de desenvolvimento da nossa psique para que nos tornemos o ser autêntico que em Essência nós somos Yung dizia
que a individuação é um imperativo uma força da nossa natureza tão intensa e persistente quanto a da sexualidade não dá pra gente ignorar eu vou aqui compartilhar com você o que eu pude entender sobre individuação que é um bocadinho complicado como são as coisas do Jung muito abstratas mas vale a pena a gente pelo menos arranhar esse tema porque Jung aponta um caminho PR individuação ele próprio fez esse caminho vimos até aqui como nós rifamos a nossa autenticidade em nome do Apego da proximidade com as pessoas para sermos aceitos por aqueles que nos são caros
e também pela sociedade nós construímos toda uma identidade para funcionar bem no mundo para exercer os nossos papéis como profissionais Pais Filhos amigos cidadãos as adaptações de comportamento que criamos para exercer os nossos papéis são o que Yung chamou de Persona temos Persona até para redes sociais construir as nossas personas adotamos modelos de comportamento das personas de outros que achamos que podem funcionar bem para nós por isso é que nos espelhamos e comparamos com os outros e olha dá um trabalhão construir essa nossa complexa identidade para atuar no mundo né quando atingimos a idade adulta
e a nossa identidade está consolidada podemos achar que missão cumprida já resolvemos como estar no mundo nem tudo na nossa vida funciona bem às vezes muitas coisas não funcionam bem mas também não conhecemos outra maneira de estar no mundo que não seja essa que estabelecemos buscamos de alguma forma nos acomodar na nossa identidade convivendo com eventuais incômodos mas a acomodação não está nos planos da nossa alma o que a alma busca é a individuação o processo de diferenciação da psique coletiva em que a gente se desica dos modelos dos padrões que um dia a gente
se idic noend signica abandon a poucos os compos inutos AD no iní da vida para supres deego mais ignorar o que sentimos e reconhecer todos os nossos sentimentos como legítimos nos aceitar como somos com as nossas imperfeições e fraquezas Nossa sombra tratar das nossas feridas emocionais Olha eu deixo aqui indicado um livro muito bom sobre o assunto caso você queira se aprofundar é o caminho da individuação do americano mur Stein deixei a referência na descrição Yung considerava a individuação um processo para toda a vida e que não tem um fim moment em que podemos dizer
acabou porque é um processo de nos tornar conscientes daquilo que está no nosso inconsciente e é muita coisa que a gente traz no inconsciente se não tem fim se trata então de aprender a viver do modo mais autêntico possível sermos os mais verdadeiros possível com nós mesmos e isso já está bom [Música] demais [Música] Um dia desses eu estava conversando com uma colega do yoga Fernanda na saída da escola e a gente se lembrou da vez em que o meu celular tocou no meio da aula pois é meu celular com o seu toque pouco estridente
que dá para ouvir de qualquer lugar da minha casa tocou em plena aula de yoga baita mico eu sempre coloco o celular no modo Não perturbe assim que eu entro na sala e naquele dia eu não sei se eu me esqueci de fazer isso ou se fiz e o comando Falhou Eu sei que o celular tocou eu levantei rejeitei a chamada e botei o aparelho em Não perturbe dali a pouco ele tocou de novo o comando que eu dei não havia funcionado e eu resolvi desligar o bagulho de vez no final da aula eu me
desculpei com meus colegas e o professor a Fernanda que também é professora de mindfulness e ouvinte do podcast ela me perguntou você teve compaixão de si mesma naquele dia e eu respondi eu tive sim se fossem outros tempos eu iria querer me enfiar num buraco ia ficar pensando no mico o dia inteiro mas autocompaixão mudou a minha maneira de lidar com essas situações de erros de falhas de gafes que eu cometo eu fico meio sem graça na hora mas a fala que eu tenho comigo mesma é Serena é algo do tipo é Foi mal eu
sinto por isso mas acontece quem nunca vamos reparar e pedir desculpas depois que eu adotei as práticas de autocompaixão E essa atitude na relação comigo mesma Ficou mais leve lidar com as minhas fraquezas limitações negatividade os meus traços simplesmente humanos seja o que for do meu lado sombra que se manifeste eu sei como vou lidar com isso reconhecendo que me sinto mal pelo que aconteceu sendo benevolente comigo mesma me confortando e depois se for o caso reparando o estrago que eu fiz a autocompaixão está tornando mais leve admitir erros reconhecer meus sentimentos mais embaraçosos dizer
a verdade para mim mesma nas sessões de terapia imagina né saem Cobras e Lagartos tem vezes que ouvindo meu terapeuta recontar o que eu digo para ele eu acabo dando risada me parecem tão ingênuas tão pueris certas coisas que eu faço que me dá vontade de rir como a gente ri de uma criança que faz traquinagem também falo de situações difíceis dolorosas brotam sentimentos de medo ou tristeza e está tudo bem eu dou voz e vez a esses sentimentos não preciso mais abafos e assim eu acho que aos pouquinhos eu me reencontro com a autenticidade
e me permito ser mais autêntica a a compaixão tem me ajudado muito nisso fazer esse podcast compartilhar as minhas aventuras e Desventuras com vocês também tem me ajudado muito só o que eu recebi de vocês toda vez que expus a minha fragilidade foi amor muito amor e sabe eu acredito que se você fizer o mesmo com as pessoas que lhe são mais íntimas quando você falar do fundo do coração a sua verdade você também vai se sentir amado porque as nossas manifestações mais autênticas ressoam na autenticidade esquecida do outro ele se lembra de quem ele
realmente é no fundo no fundo o que temos de mais autêntico é uma imensa capacidade de amar que você esteja bem um [Música] abraço [Música] [Música] a