que será da arte no mundo infectado por todo tipo de ideologia o que será da arte diante da Guerra cultural ou seja das disputas ideológicas que reduzem a mero instrumento e evidentemente a esvaziam de seu sentido original o que será da arte na era idiota da Guerra cultural Esse é um dos assuntos sobre os quais Gregory Wolf um ensai Fantástico pensou ao longo da vida e inspirada em um dos ensaios publicados nesse livro A beleza Salvará o mundo hoje eu quero contar para vocês tudo que eu penso a respeito da Dita guerra cultural quem não
me conhece eu sou Bruna torlay professora de filosofia grande entusiasta das Artes em geral leitora ouvinte entusiasta de música e evidentemente toda vez que eu percebo o que os Fanáticos por ideologias não importa muito bem quais Mas qualquer ã pessoa completamente contaminada por visões ideológicas o que uma pessoa dessa faz com as artes eu fico de cabelo arrepiado e muito triste porque na prática nós estamos numa seguinte Encruzilhada nós vivemos numa época em que o político tomou conta de tudo e o político se colocou sobre o cultural na prática a política é que deve ser
extraída da cultura e não o contrário mas nós vivemos uma época de inversão em que a política quer inclusive determinar o a cultura e é aí que está o CNE da expressão guerra cultural o que a expressão guerra cultural quer dizer simplesmente que a guerra política é guerra certo a guerra envolve também a cultura a guerra mobiliza cultura Ou seja a cultura é o instrumento dessa guerra a cultura é um instrumento da política uma pessoa que ama a arte recusa a expressão guerra cultural na raiz a gente sabe que ela existe a gente vê ela
acontecer a gente observa os seus atores mas quando a gente pensa filosoficamente na expressão guerra cultural sabendo que é cultura evidentemente nós temos o dever de recusá-la porque a cultura representa tudo aquilo de construtivo a cultura floresce durante a paz a cultura floresce justamente durante a paz da nossa alma quando nós estamos profundamente envolvidos com a descoberta do outro com a descoberta da realidade com a descoberta de nós mesmos de algumas emoções de algumas reações a das atribulações do mundo que nos afetam quando nós estamos profundamente envolvidos por aquilo que abre uma porta de transcendência
Encontramos uma Meira uma maneira de simbolizar esteticamente ou seja por meio de recursos concretos essas verdades eternas que nós apenas vislumbramos e a gente encontra uma maneira de fazer com que isso seja compreendido contando uma história produzindo uma imagem ou representando musicalmente nós estamos com a alma completamente voltada a construir a a produzir nós estamos com a alma completamente voltada à criação nós estamos com a alma em plena sintonia com a realidade por outro lado a guerra É um cenário diferente É um cenário de Desolação a guerra é o momento em que nós lutamos para
nos manter vivos É um cenário em que não há espaço paraa criação e o espaço que há para criação que é no domínio da Estratégia é uma criação que Visa destruição de poder ou uma criação que Visa Justamente a uma técnica de prolongamento dessa defesa da própria vida então mesmo o aspecto criativo dos cenários de guerra são sempre negativos são sempre não são edificantes são degradantes são degradantes porque nós estamos envolvidos com destruição eu não tô aqui fazendo um discurso pacifista Porque de fato a guerra é um fenômeno da realidade sempre aconteceu sempre vai acontecer
H guerras justas a guerras injustas as guerras defensivas são sim justas as guerras movidas pelos países expansionistas são injustas mas no final das contas qualquer pessoa que participa de um cenário de guerra no momento que ela está na guerra ela não tá fazendo cultura ela tá simplesmente defendendo a possibilidade de Talvez um dia vir a fazer ou ela está defendendo a conservação a seu direito de conservar a cultura que a formou vocês estão conseguindo entender as nuances do que eu tô falando eu tô dizendo isso porque tem uma nuance muito delicada muitas vezes as guerras
e sobretudo as guerras justas existem para que não se perca aquilo que nos formou aquilo que nos edificou aquilo que nos permite ampliar a cultura e vivê-la plenamente mas não há uma possível assimilação entre guerra e cultura A não ser que a cultura seja entendida como instrumento da guerra e quando a cultura é vista como instrumento da Guerra ela se torna uma arma se a cultura é vista como uma arma ela já não é cultura ela é um instrumento de abate ela é um instrumento de ampliação de exército etc etc tá então essa expressão guerra
cultural ela é um paradoxo quando a gente entende que cultura é tensão da interioridade do ser humano que só se realiza enquanto civilização isso é uma coisa muito importante de se compreender porque a civilização não diz respeito a algo exterior que se impõe ao homem a civilização o civilizar civilizar-se e ampliar civilização produzir cultura etc é justamente algo intrínseco ao homem e como que o movimento do seu interior para o exterior a sua interioridade quando irradia para o exterior isso é Civilização uma pessoa educada é uma pessoa que faz o quê que irradia o seu
ordenamento a sua delicadeza a sua capacidade de autocontrole e de ser doce com o próximo irradia isso para o exterior Isso é uma pessoa educada ou uma pessoa culta é uma pessoa que pensou que meditou que ficou ali envolvida nas agruras da sua as misérias e de tanto ter meditado as próprias misérias se torna compreensível e consegue entender o próximo e consegue escutar Vocês estão entendendo onde eu quero chegar Então nesse sentido a cultura a civilização é o irradiar da nossa interioridade é o irradiar da nossa alma é o irradiar de nossa profunda compreensão do
sentido da vida do que nós estamos fazendo aqui e muitas vezes no campo das Artes sobretudo a acaba sendo uma celebração do que nos produziu uma uma imensa dor ou uma imensa admiração certo a gente tem aí a música que não nos deixa mentir a música ela é sempre uma espécie de homenagem que o homem presta a música da realidade que eu Toca E aí quando você converte isso em algo sensível por meio de técnica nós temos aí as miríades de obras fantásticas que nos comovem desde sempre nos nos comoveram para sempre mas a cultura
é algo positivo não é algo que envolve destruição é algo que envolve celebração construção e depende de paz porque se você tá evitando não ser morto não é nesse momento que você vai conceber uma Sinfonia não é nesse momento que você vai conseguir ser educado com a pessoa que tá do seu lado você pode até evidentemente não perder os seus valores morais no meio de uma guerra mas só se você for um civil porque se você for um soldado e quiser manter seus valores morais você vai ter inclusive dificuldade de sair vivo da Guerra a
depender da sua habilidade capacidade de contornar a suspensão Justamente a da moralidade habitual que é próprio dos cenários de guerra onde as pessoas estão ali para vencer pela força e vencer pela força é o exato oposto de vencer pela civilização a prova é que o cristianismo por exemplo que é o fundamento maior da possibilidade de civilização Permanente no interior de todos os homens Justamente não é um tipo de modo de vida que induz a guerra muito pelo contrário ele promove diplomacia e simplesmente combina com guerras de defensivas ou seja com guerras justas que na verdade
tem a função de expulsar para longe a guerra para que as almas voltem a Florescer vocês entendem que a gente falar de guerra cultural como algo positivo é uma profunda ignorância vocês compreendem o quanto Gregory Wolf nesse ensaio publicado aqui nessa compilação que levou o título a beleza Salvará o mundo o quão salutar foi a sua reflexão esse ensaio dele é chamado arte fé e a manutenção da cultura e ele mostra nessa edição que eu tenho aqui da vídeo editorial Vou deixar na descrição para quem quiser esse livro é interessante porque você vai lendo os
ensaios separados uns dos outros né Eu li vários desses ensaios um em cada momento e outro dia eu simplesmente abri porque eu tava pensando numa sugestão de orientação para um aluno meu que estuda estética e eu falei nossa eu me lembro que tem algo nesse livro do Gregory Wolf E aí eu peguei a abr e quando eu comecei a ler o Capítulo três eu não consegui parar até terminar porque ele é simplesmente maravilhoso nesse capítulo O que el o que ele ele tem um subcapítulo chamado o lado negro das Guerras culturais né e ele justamente
fala que esse clima de animosidade entre duas maneiras de exprimir mentalidades Opostas por meio de objetos artísticos e de cultura é completamente tolo por subjulgar a cultura ao domínio do político quando eu contrário que funciona e Ele defende que nós devemos continuar vivendo a nossa cultura e simplesmente produzindo arte a partir dos nossos valores e da cultura que nos moldou para defendê-la e não convertê-la numa arma feita para a guerra nesse mesmo ensaio ele menciona o quão idiota é a guerrinha entre conservadores e progressistas no que diz respeito ao uso da cultura para tentar angariar
adeptos na sociedade e tornar maior o seu partido ele diz assim ambos os lados acabam produzindo ou exaltando uma arte completamente moralista e menor menor porque não tem nessa arte nem o lugar para o mistério é simplesmente um didatismo e um PFL ou é didatismo ou é panfletar ismo né no caso dos progressistas eles acabaram se tornando os mestres da ar arte panfletária o que é arte panfletária é a propaganda maquiada de objeto artístico a gente conhece isso bem porque desde a época dos marxistas russos a gente observa a gente pode observar que houve um
sequestro do tipo de estética mais apreciada pelo povo para se produzir a propaganda oficial dos regimes Eu lembro que eu estudei na época do mestrado a o nome daquele movimento não não do posteres mas tinha um tipo de pintura que tava muito em voga ah na União na Rússia na verdade do final do século XIX Ah que é uma estética que mescla aquelas cores vibrantes do Impressionismo com o apego ao Realismo assim são duas vertentes diferentes do século XIX que na Rússia foram sintetizadas então nós temos quadros realistas mas com uma certa liberdade na pincelada
e incrivelmente coloridos né é algo lindo maravilhoso e o pessoal ali do Lenin do Stalin se apropriaram desse estilo de fazer arte para produzir a panfletaria dos grandes líderes e aí começaram a representar naquele mold de estético os grandes líderes da revolução e obviamente Estragaram o negócio né porque não funciona o próprio cinema foi mobilizado pelos pelos comunistas da da União Soviética como propaganda ah oficial de Estado numa série que sobre a qual recentemente eu escrevi Ah que é sobre um aristocrata em Moscou um O Conde em Moscou não uma série maravilhosa baseada num livro
A gente tem ali uma das personagens é uma estrela de cinema que praticamente trabalha pro Partido Comunista né ah mas ela não perde a hora do de artista e quando ela é descartada finalmente ela ela tá livre no final das contas daquele mundo então os russos já tiveram essa instrumentalização das Artes mas antes deles quando que isso começou isso começou com os iluministas né os iluministas franceses eles tinham clareza do poder sobre o poder educativo das Artes porque o que acontece isso a gente sabe desde que o mundo é mundo e Platão explorou maravilhosamente bem
este fato é que a arte educa ela forma ela influencia ela induz o Horácio na arte poética tem uma frase muito conhecida que ele diz o seguinte que a obra de arte a poesia deve docere ET delectare ou seja instruir e dar você na verdade só instrui agradando e quando você agrada sem instruir fica faltando algo quando você só instrui sem agradar a pessoa perde o interesse então digamos Horácio diz a medida da peça de teatro que segura que entretém que pega o espectador é aquela por meio da qual ele aprende algo ao sentir prazer
então a arte mobiliza essa essas duas experiências fundamentais do ser humano o amor que nós temos ah pelo que nos apraz né A beleza é objeto de amor tudo aquilo que nos agrada é objeto de amor então nós amamos aquilo que nos apraz e por outro lado a gente quer entender as coisas nós somos seres que tem uma curiosidade a gente quer compreender o que tá acontecendo e essas duas coisas mescladas eh consistem no melhor esquema Geral de produção de uma Peça uma peça de teatro Uma obra de arte né diz Horácio ali na arte
poética simplesmente eando os gregos porque isso foi algo profundamente refletido ah A começar por Platão e também estendido por Aristóteles né Aristóteles ele mostra na retórica na poética também mas muito mais no no livro dois da retórica justamente o poder que algumas alguns recursos estilísticos acho que o livro três alguns recursos estilísticos o poder que isso tem sobre as nossas emoções de que forma que a poesia o palavra ado o manejo de palavras ah nos toca ou seja toca a nossa alma e produz uma modificação na nossa alma Platão antes havia meditado isso profundamente e
justamente por entender que a poesia ela é formadora por Essência seria preciso ter um pouco de cuidado com o tipo de obra de arte a que você ah expõe os seus filhos se você tivesse intenção de educá-los né muita gente e diz que Platão é totalitário E aí são os pais que esquecem o quanto que nós que somos responsáveis sim nos preocupamos com o tipo de coisas culturais que nossos filhos consomem se você tem um filho e faz todos os esforços possíveis para dizer para ele que funk não é algo que se devolvi porque é
desprezível é degradante é horrível etc assim como outros gêneros profundamente degradantes você tá fazendo a mesma coisa ali que Platão sugeria no livro dois das leis então não é muito diferente a educação Envolve você não permitir que certos registros sobretudo de música rebaixem a alma a animalidade e sim submeter a alma a registros a formas que nos elevem e nos ensinem a amar a harmonia porque aí você vai conseguir ter um ordenamento dos afetos um ordenamento dos das paixões e finalmente se tornar uma pessoa de caráter uma pessoa com a alma ordenada as artes portanto
a experiência estética portanto ela é fundamental para o feitil o modelar das Almas tá e Platão Tava sim interessado no modelar das almas porque ele é essencialmente um educador e por ser por ter sido um educador e ter pensado a própria filosofia como uma educação da Alma evidentemente ele não poderia ter deixado de lado A reflexão sobre o poder das Artes sobre nós os iluministas que leram bastante Platão vão aproveitar esse ensinamento todo para promover a sua primeira mudança geral de mentalidades e perspectivas e os iluministas se agarram à novela ao romance para ir promovendo
a tal mudança de mentalidade eles fazem isso na verdade de maneira muito consciente se você quiser conhecer mais a respeito ou quiser ter pelo menos uma ideia Procure um nome restif de la brettin que inclusive é um personagem retratado no filme nuid varen dotor Escola aqui no Brasil foi traduzido como casa nova e a revolução tem e tem Marcelo mastroiani no papel do casa nova é um filme excelente né é muito bonito ali a gente tem o personagem do restif de la Breton representado por um ator e ele era justamente uma espécie de de de
poeta assim Popular mas que tinha um a tintura revolucionária né todos aqueles ideais da Revolução Francesa eram veiculados a sim pelo pelo tipo de obra de arte a que ele produzia pelas peças e tal então a gente tem ali já nos iluministas de maneira muito clara tô falando um nome menor né os nomes maiores de derou volter restive de bretan era mais popular mas eram as peças dele que circulavam mas esses essas personalidades todas do Iluminismo entendiam que para você mudar a maneira comum de pensar de se comportar você tinha evidentemente de tocar as pessoas
pela novela pelo romance etc já falei mil vezes para vocês quando de derou faz o elogio a Richardson né o novelista escocês ele diz Ah é você Richardson que leva o facho no fundo da caverna é você que ilumina o fundo da caverna uma referência a Platão e uma referência ao poder que tem as artes de segundo de derr iluminar as pessoas que estão escravizadas a uma mentalidade falsa né mas como a gente que conhece Platão sabe muito bem que não é pelo domínio das Artes que você vai formar as almas as artes funcionam como
propedêutica de uma formação mas a formação do caráter ela só pode se dar a partir do momento em que você passa por uma ascensão intelectual uma ascensão na inteligência que você consegue realmente sair do domínio das opiniões para enxergar alguma coisa ou seja você tem que ah ou sair da caverna ou confiar naqueles Guardiões que saíram da caverna e voltam para ela com os arcot mais legítimos de forma a inspirar as pessoas que estão ali dentro a buscarem uma libertação também é então a interpretação que faz de derro de Platão é muito suig gênes e
serve as finalidades do Iluminismo que são herdadas pelo Marxismo Russo primeiro gram xista depois da escola de Frankfurt por último né Lembrando que se os gramix istas são os Defensores daquela revolução silenciosa vamos produzir uma hegemonia cultural e depois nós ser temos amados por todos a escola de Frankfurt tá na origem do que a gente chama de Cultura woke né de fato é uma promoção inveterada de todo tipo de ressentimento e uma espécie de edificação das minorias promovendo um divisionismo social essa cultura wow faz com que as pessoas se esqueçam do que elas t em
comum e só prestem atenção no que a separa esse é o fundamento é a mesma coisa que está ali na carta sobre a diversidade cultural da Unesco não é muito diferente e é algo muito semelhante a essa história de você falar de multipolaridad e cada cultura ela é equiparável a outras etc ou pera aí então nós vamos pegar culturas diferentes EA elevar todas a mesma coisa então a gente tá prestando atenção nas nossas diferenças a gente tá dizendo que a diferença deve ser preservada e não que nós temos algo em comum e que é por
meio desse comum que a gente chega à pacificação eu não tô falando de unidade eu tô falando de aquilo que há em comum aquilo que nos torna humanos tô falando das virtudes né é a justiça que permite a pacificação inclusive dos cenários geopolítico e não a gente se lembrar o tempo todo de que a diferença deve ser preservada porque onde a diferença existe um bloqueio de empatia um bloqueio da percepção do outro como alguém que participa de algo comum a todos nós que é a da dignidade humana certo evidentemente que esse universalismo ah próprio do
cristianismo é repudiado por essa teoria né que defende os multipolarismo etc da mesma forma esta ideia de que Deva existir um modelo e esse modelo Deva Deva se impor aos outros porque esse modelo melhor também é uma perversão deste aprendizado que nós temos do cristianismo que é prestar atenção no que nós temos em comum tá isso se perverte de um lado e é recusado por um outro lado e essa é a guerra no meio da qual nós estamos nesse momento né é a guerra que tá acontecendo que tá acontecendo agora e isso ficou mais claro
ainda agora com o que aconteceu na Coreia entre Coreia do Norte e Coreia do Sul a gente tá no meio desta guerra e a cultura quando ela é instrumentalizada nada mais é senão uma evidência de que o político se sobrepôs ao cultural eu queria deixar como sugestão então que vocês meditassem essa questão toda todos esses assuntos que eu expus aqui e se perguntassem se ficar falando de guerra cultural se tomar um lado na guerra cultural ou se falar eu vou produzir cultura porque a guerra cultural se isso realmente faz algum sentido aqui Gregory Wolf nesse
ensaio que Eu mencionei e que é lindíssimo e merece leitura e são assim são 10 páginas Mas você vai ganhar se o dia se você para para ler ele diz o seguinte na verdade nós devemos simplesmente viver aquilo de mais que de mais fundamental existe né Nós devemos simplesmente produzir as artes e quando nós autenticamente produzimos algo feito das dos nossos valores mais profundos se aquilo é arte É nesse momento que a gente tá promovendo o que vale a pena ser promovido que é aquela experiência eh por meio das Artes a respeito do sentido da
condução humana é é agindo assim que a gente tem a ganhar gre Gregory rol tira sarro dessa dispu entre os progressistas que são assim que erdam essa essa história de usar as artes como panfletaria e dos conservadores que por outro lado querem se fechar em bolhas e falam não só vamos ler essas coisas nossas né sobretudo algumas bolhas católicas algumas bolhas evangélicas bolhas cristãs né que ficam exaltando falando não a gente só pode ler estas coisas fazem listas do que se pode ler e falam bom eu como conservador o que eu não posso ler o
que eu não posso ler é um negócio ridículo porque isso não vai te preservar Isso só vai te afastar do Real o real é complexo envolve miséria então se você só for ler coisas que celebram a os ensinamentos da doutrina Cristã você não terá experiência suficiente da miséria absoluta e da degradação de tudo aquilo que tá fora dela então você tem uma experiência incompleta do real e inclusive uma experiência incompleta do próprio ensinamento de Jesus Cristo aliás valeria a pena você ler o Novo Testamento e perceber o poder daquelas parábolas a a singularidade das histórias
apontam sempr PR a universalidade da mensagem então às vezes a gente lê alguns doutores da igreja diferentes a gente vê a mesma passagem a mesma passagem citada mas para reforçar um argumento completamente distinto então o poder de universalidade de verdade eterna atrelado aquelas histórias aqueles relatos aqueles fatos da vida de Jesus Cristo singulares tão singulares na verdade são como centros que irradiam eternamente ah em todas as direções por quê Porque eles são grãos grãos de verdade por serem grãos de verdade eles são eles se atualizam continuamente tanto para explicar a doutrina quanto para nos ensinar
aquilo de que a vida é feita e esse é o exemplo de alguém que de fato quer fazer arte a arte tem que sempre ter diante de si a própria vida e ela é um veículo de algo muito singular que é o homem criando algo por meio de símbolos impregnado da vida e do real é isso que a arte nos permite fazer e quando nós fazemos arte dessa forma a gente tá fora da Guerra cultural porque a nossa intenção é simplesmente devolver a Deus aquilo que ele nos deu não é e quando a gente faz
isso a gente não tá dizendo que a gente faz assim a gente simplesmente está fazendo a gente simplesmente está na prática fazendo algo que acaba devolvendo à pessoas o sentido da vida sem que elas pensem o tempo todo nessa desgraça de guerra cultural ou seja nós estamos espalhando justamente momentos de paz né e grãos de paz e sementes de paz porque quando a gente tá envolvido com a apreciação de uma obra de arte a gente vive uma espécie de experiência estática né que eu digo sempre estática no sentido de êe com x porque diante do
Belo é como se a gente ficasse com alma suspensa aberta para o transcendente e absolutamente esquecidos de quaisquer misérias e quando a gente tá motivado em participar de uma guerra a gente tá afundado Na pior das misérias Então são estados completamente distintos eu gostaria que os tais partícipes da cultura conservadora pensassem nisso e não correm o risco de produzir toda a panfletaria que se produziu aí nos Estados Unidos na época que o Gregory Wolf escreveu esse artigo do lado de lá do lado dos progressistas os próprios progressistas ah sabem muito bem que todo tipo de
obra de arte produzida como instrumento é uma porcaria porque eles têm uma experiência Ampla nisso é Esses panfleteiros foram todos esquecidos e mesmo brest foi realmente alguém que produziu a obras muito carregadas de doutrina mesmo ele Vejam Só se você for ler algumas peças do brest que quer se o pô Aristóteles etc as únicas peças dele que vem alguma coisa são aquelas que nos deixam entrever nos permitem entrever a algo verdadeiro em volta de tanta propaganda tá o que vale até nas peças dele é o que ficou de verdadeiro é o que ficou de autenticidade
por parte dele como artista é até o esforço dele em tentar mostrar algo enraizado na natureza humana de verdadeiro e não a panfletaria Então as os progressistas já deveriam estar carecas de saber que reduzir a arte a um veículo a um um instrumento de mudança de mentalidades é uma furada e é por isso que do lado aí de vocês a coisa vai tão mal e o que vocês andam produzindo é tão porcaria e chegaram ao ponto de chamar Anita de cantora digna do Repertório da música brasileira a música brasileira que é uma das coisas mais
maravilhosas que existem alguns dos artistas do cenário cultural aceitam pessoas desse tipo Luiza Son Anita esse tipo de como cantoras Não não são não são tá é a música brasileira é boa demais para essas porcarias E olha que ponto a visão da arte como instrumento levou vocês Nossa Que feio hein outro dia um colunista meu desmer falava do Graciliano Ramos o brilhante Graciliano Ramos maravilhoso Graciliano Ramos e que foi do partido como comunista dane-se é um grande escritor Quem se importa que ele foi do Partido Comunista e a literatura que ele produziu Aquila é literatura
E é isso que importa e isso que fica portanto seja você de esquerda seja você de direita seja você Progressista seja você conservador por favor limpe lave-se dessas motivações ideológicas no dia que você achar que você deve produzir arte senão você não vai produzir absolutamente nada que preste e você que tá pegado a expressão guerra cultural repense era isso que eu tinha para dizer para vocês hoje até a próxima