OQE - Subsídios - Psicologia e queixas escolares - Parte 01

o que é o meu nome é marilene proença sua professora no instituto de psicologia da universidade de são paulo estou aqui como profissional desde 1985 quando iniciei meu trabalho no serviço de psicologia escolar desta universidade depois em 88 lá passei numa seleção para a docência então comecei uma outra carreira dentro do instituto de psicologia carreira docente que é uma carreira aqui me permitiu não é fazer os meus estudos em mestrado doutorado e depois da carreira ali docência e o professor concurso de professor titular do instituto attorney a pressão exerçam cargos de direção do instituto de

psicologia e já tive a oportunidade né de participar ativamente de todos os setores do instituto é falar sobre a psicologia escolar na muito caro porque é a área que eu tenho me dedicado nesses últimos 33 anos de vida de trabalho lá está na equipe do serviço de psicologia escolar foi fundamental também porque eu pude conhecer colegas e profissionais muito importantes não é que ajudaram a construir essa área na universidade e ao mesmo tempo criar em 2011 ep laboratório e interinstitucional de estudos e pesquisas em psicologia escolar que é também um laboratório que têm realizado atividades

de apoio ao ensino a pesquisa a cultura ea extensão nesta o estado de são paulo é bom na área de psicologia escolar nós temos trabalhado né com um conceito é que nós denominamos de queixa escolar então eu nós temos pensado né dentro do campo da psicologia escolar é que uma quantidade muito grande de encaminhamentos é feita das escolas para os psicólogos e surge uma forma bastante há muitos anos na intensa e nós temos verificado lá os estudiosos aqueles que estão interessados em pensar nesse campo da psicologia escolar é tentando explicar por que não é desses

encaminhamento porquê dessa quantidade tão grande de crianças que não se beneficiam da escola que apresenta o segundo a própria escola uma série de dificuldades então essa esse conjunto e encaminhamentos nós temos identificado como um conjunto de dificuldades que são vividas no processo de escolarização dessa criança ou de se adolescente ou desse adulto né nós temos falado mais as crianças porque nos primeiros anos escolares é onde nós temos uma maior incidência o maior número de pessoas de crianças de estudantes encaminhados aos psicólogos e esses encaminhamentos aqui nós então estamos entendendo como queixas escolares não é eles

alguma forma revelam essa uma série de circunstâncias que são vividas lá neste nos primeiros anos de escolarização neste campo da escolarização e que vão de alguma forma é trazer mar uma série de dificuldades de consequências no percurso de formação dessas crianças e quando as crianças entram na escola então estão iniciando a sua vida escolar estão iniciando seu processo de escolarização tudo é muito novo não é todas as práticas das formas de viver as formas de se relacionar nesse espaço escolar trazem muitos desafios é para para essas crianças não é não só para elas mas para

suas famílias dos professores que estão vão vir nesse processo é para própria escola né então nós vemos que essas dimensões todas que constituem a escolarização de uma criança elas estão vamos assim articuladas não é de uma forma aqui quando qualquer uma dessas dimensões não é vivida de uma forma interessante no ar não é vivida uma compreensão sentido um significado atribuído a esses dois esses dois momentos a entrada da criança é da escola nós vamos ver que alguma coisa acontece mas desencontros acontecem dificuldades acontecem a que vão trazer como consequências muitas vezes não aprender a ler

ou não aprender a escrever dificuldades que são vão ser vividas no interior da escola e denominadas de problemas de comportamento não é o problemas de aprendizagem então esses dois aspectos não é um comportamento e aprendizagem tem como parecido lar como duas grandes queixas lá que a escola tem feito e tem levado aos psicólogos e ter levado também aos pais essas dificuldades que as crianças estão vivendo então no ambiente escolar a não são dificuldades vividas e e consideradas vai como culpa da criança o da família ou da escola mas é um conjunto a constância né que

vão se configurando nessas primeiras relações de aprendizagem fruto não é da expectativa por exemplo das famílias em relação à escola da escola em relação as famílias e as crianças de expectativas em relação a maneira de aprender a forma de se comportar não é a determinadas situações né que são mais valorizados pelo professor ou menos valorizadas pela escola não é ou pelos pais ou pela própria criança então um conjunto de fatos e de situações né que podem culminar em uma série de dificuldades arquivam a ter como consequência na uma uma forma da criança não se beneficiar

dessa escola então nesse processo né nós estamos vendo há várias décadas um conjunto enorme de encanamento da da das escolas para os profissionais de psicologia e porque para os profissionais de psicologia porque existe de alguma forma né historicamente uma compreensão de que as crianças não estão aprendendo porque pode ter algum problema emocional do que der podem ter algum problema familiar porque pode ter alguma dificuldade na na própria maneira de ler e escrever lá alguma algum problema neurológico algum problema biológico né então essas hipóteses do porquê das crianças vão aprender tem encontrado na psicologia alguns algumas

respostas não é nesses últimos pelo menos 100 anos aí que a psicologia tem se dedicado ao campo da educação né então é nesse percurso em que a psicologia tem sido chamada para responder a pergunta lá por que que a criança não aprende porque que a criança não se comporta na escola a psicologia tem historicamente um tentado encontrar formas de avaliar esse comportamento de avaliar essa aprendizagem da criança lá e desenvolvido uma série de instrumentos nesse processo instrumentos em grande parte padronizados né atravessa do que nós chamamos de testes psicológicos para processo de avaliação psicológica que

muitas vezes não só ficam nesse campo do teste psicológico mas também vão avaliar por meio da anamnese por meio de um trabalho de atendimento clínico lá a buscando as causas não é familiares dessas dificuldades escolares ou ainda lá tentando encontrar o cinismo da criança as dificuldades do não aprender que seriam os chamados distúrbios ou transtornos na transtorno de leitura de escrita de comportamento na de maneiras de se relacionar neste campo da educação então essa onde assim esse esse essa pergunta na clássica que a educação tem feito para a psicologia por que que a criança não

aprende ela traz lá dentro do seu do seu bojo essa ideia de que nós vamos encontrar uma criança a causa do meu aprender e ao fazermos isso né nós estamos deixando de considerar todas as dimensões que constituem o processo de escolarização dessa criança que não estão apenas focadas é lá na criança em sim né mas a criança ela está em relação com o conhecimento em relação com os professores em relação com seus colegas em relação com a pedagogia nas práticas pedagógicas que são desenvolvidas na escola ela está em relação a uma forma de funcionamento dessa

instituição lá que vai ditar regras que vai ditar normas que vai agitar maneiras também de viver então todos esses aspectos lá estão ausentes dessa pergunta por que que a criança não aprende lá na medida em que ao buscar somente nela a resposta não é deixa de lado esse contexto todo pedagógico social político cultural em que a criança está também inserida quando ela entra lá nessa instituição que nós chamamos de escola bom e quando a gente também fala de escola a gente também é imagina uma escola padrão né uma escola que tem um jeito de funcionar

que tem um jeito de ser quando nós vamos lá conhecer uma escola e conhecer outra no mesmo bairro que fica ao lado nós temos o diferenças entre elas não é porque porque nós temos um corpo docente específica em cada escola nós temos funcionários professores diretores espaços físicos formas de trabalho formas de entendimento sobre essa criança que são absolutamente diferentes então embora a gente chama e tudo isso de escola nós temos infinitas escolas infinitas formas né de construir essa escola de fazer essa escola de constituir lá uma vida diária escolar em que essas pessoas que estão

lá que vão protagonizar não é essa chamada escola então pensando que nós temos muito as bolas que nós temos milhares de relações possíveis dentro dessa escola o que é psicologia tem trazido nas de contribuição vem no sentido de questionar esse olhar tão unilateral a criança e trazido a possibilidade de nós pensarmos neste grande campo de relações sociais culturais e institucionais históricas não é que constituem este processo de escolarização esse termo processo de escolarização tem sido cunhado então por um os segmentos da psicologia escolar não é por vertente da psicologia escolar que prestar bem a importância

na é de considerar esse essa complexidade da vida diária escolar para entender o maicon essa criança aprende como é que essa criança se desenvolve como é que essa criança aí vai se apropriar não é da leitura da escrita dos valores que são socialmente o acumulado na escola do saber que acumulado pela escola né então tudo é tudo isso conhecimento vai sendo constituído a durante essa vasta se o número grande de anos na que a criança está vivendo no interior da da unidade escolar então o que que nós temos visto no campo da psicologia que uma

boa parte lá da das respostas portanto que são dadas a esta pergunta quando ela se ela se centram somente lá numa visão unilateral da criança de olhar o seu comportamento ou de olhar o seu a sua dificuldade de aprendizagem lá ela acaba atribuindo a essa criança uma série de tratamentos lá psicológicos é uma série de acompanhamentos psicológicos que na o mesmo não seria necessário se nós pudéssemos pensar com a escola como é que essa escola tá funcionando como é que essa escola está entendendo essa criança o que que ela pode fazer para pensar essa criança

no conjunto das relações que essa criança e vive na escola pensar outras formas de relação com aquela sala de aula né então muitos aspectos da própria escola podem ser repensadas e podem ser entendidos lá sob uma outra ótica e elas fazemos isso nós estamos alterando rapidamente não é a relação dessa criança com o conhecimento com seus colegas com o professor com a sua própria família e ao fazermos isso nós vamos ver que é de uma forma muito rápida essa chamada dificuldade acaba desaparecendo do ambiente escolar né o professor fala para nós nossa ela tá escrevendo

que lindo ela está se relacionando com outros colegas né porque porque o olhar sobre a essa criança sobre a forma dessa criança aprender contextualizando essa criança no espaço escolar também permitiu que a escola pudesse enxergar na peça classe essa criança de uma outra forma então é a psicologia na quando ela é procura retirar esse foco lá apenas da criança e trazer esse foco para a constituição do aprendizado dessa criança nós vamos possibilitaram é que muitas outras é possibilidades não é muitas outras formas de entender a a escolarização a sejam possíveis [Música] e aí g1 e

aí e aí