Gustavo, 10 anos, dá uma aula de cidadania contra o racismo

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Rede TVT
Gustavo Gomes Silva dos Santos é aluno do CEU Vila Curuçá em São Paulo. A equipe da Rede TVT o conhe...
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Neste semana termina o projeto "Leituraço" que promove uma mobilização de leituras simultâneas de contos africanos e afro brasileiros em todas as escolas da rede municipal de São Paulo Na semana passada mostramos como funciona esta experiência na unidade do Céu Curuçá, zona leste de São Paulo. Lá conhecemos o Gustavo, este menino do 5º ano do ensino fundamental e ficamos impressionados com a consciência deste garoto de apenas 10 anos sobre a importância da cultura afro brasileira no combate ao racismo. Dá uma olhada na entrevista Repórter: Eu queria saber de você qual é a sua opinião sobre os contos africanos.
Se você Já conhecia outras histórias além da que a gente ouviu hoje Gustavo: eu já conhecia algumas outras histórias africanas Eu acho muito bom, gosto bastante das histórias africanas gosto de ouvir, gosto de contar e as vezes até de fazer porque eu acho que se eu sou mesmo afro- descendente esse afro descendente gosta de contar história, de fazer história lá da África Porque eu acho que mesmo que não apareça uma moral como nas fábulas, tem uma moral ali escondida que você toma pra você, você aprende bastante, aprende a ser humilde, aprende a ser forte, aprende a respeitar os outros assim como a gente deve ser. Repórter: e você acha importante esses contos que trazem todos esses ensinamentos pra combater também o preconceito? que normalmente quando a gente ouve histórias de reis, rainhas e princesas, são poucos personagens negros, que aparecem na televisão, né?
E agora com esses contos a gente tem a história de uma rei que ele tem uma atitude diferente, um rei generoso, você acha que isso, outras crianças ouvindo, outras crianças que não são negras as crianças brancas aprendem a respeitar pessoas de todas as raças e de todas as cores? Eu acho que aprende a respeitar, aprende que também que ninguém vive sozinho ninguém pode viver isolado. Todo mundo tem que tá em um conjunto, em uma equipe bem grande pra gente poder combater o preconceito, combater a fome, combater praticamente tudo.
Porque tudo nesse mundo cria um debate, vai ter sempre alguém que vai ser racista, que vai ter uma opinião diferente por isso que eu gosto de aprender alguma coisa pra poder, não você debater com a pessoa, mas você mostrar pra ela como é você ser negro do ponto de vista, mudar o ponto de vista da pessoa pra como você se vê. Porque você saber pedir, você saber respeitar, não é você ser fraco. Ser fraco é você não pedir, não respeitar, você não ajudar pra não parecer fraco.
Isso é ser fraco. Por isso que nunca é bom ser arrogante com as pessoas, nunca é bom você tentar debater com a pessoa pra deixar ela no chão você tem que fazer a pessoa ver o seu ponto de vista. Isso que vai mostrar pra pessoa que: "ah você é negro, você é isso.
. . " não: eu sou negro mas eu tenho dois olhos, dois braços, duas pernas, dois rins, um pâncreas, um figado.
tudo que você tem. O que muda é a corda pele e a personalidade. Porque o caráter é a unica coisa que quase nada pode mudar.
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