O tema da nossa conversa hoje é o batismo em água. Muitos usam a expressão "batismo nas águas" e há algumas coisas que nós precisamos compreender a respeito dele. Antes de mais nada, quero recapitular o assunto do vídeo anterior, quando falamos tanto da doutrina de batismos, mencionada lá no livro de Hebreus, no capítulo seis, no plural, e onde destacamos pelo menos quatro tipos de batismos.
No anterior, falamos da experiência espiritual chamada "batismo em Cristo". Nesse vídeo falaremos do batismo em água, mas ainda vamos destacar aquilo que João anunciou sobre Cristo: "Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. " Então temos o batismo no Espírito e o batismo em fogo.
A doutrina de batismos engloba pelo menos essas quatro experiências distintas. E eu quero falar agora a respeito do batismo em água. Se você não viu o vídeo anterior, eu recomendo fortemente que você o veja.
Vou tentar fazer uma breve recapitulação de algumas verdades, mas é muito importante para aqueles que querem entender se aprofundar na doutrina bíblica que possam acompanhar a explicação um pouquinho maior, um pouco mais abrangente. Então vamos lá. Em primeiro lugar, eu quero começar com algumas definições do que é esse batismo em água.
Antes de mais nada, temos que reconhecer que ele é uma ordenança de Jesus. Desde criança eu ouvia a afirmação dentro da igreja que há pelo menos duas ordenanças claras de Jesus. Uma delas, o batismo, a outra, a ceia.
Em Mateus, no capítulo 28, no verso 19, Jesus diz: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. " Aqui Jesus diz: "Façam discípulos de todas as nações batizando-os.
" Nós vamos ver no livro de Atos, os apóstolos que receberam de Jesus essa ordem, executando a ordem como? Ao batizarem em água. Já falamos que antes do batismo em água existe uma experiência espiritual chamada batismo em Cristo.
Agora, essa não pode ser produzida pelo homem. Então Jesus não nos mandaria colocar as pessoas nele, no corpo de Cristo. Quem faz isso é o Espírito Santo.
Agora, depois dessa experiência ser vivida, nós temos uma ordenança de um batismo em água e entendemos que esse sim é uma espécie de encenação que testemunha não só que nós cremos em Jesus, mas qual o tipo de fé que temos. Mas daqui a pouco eu falo melhor sobre isso. Então, o primeiro reconhecimento é de que é uma ordenança de Jesus.
Portanto, sendo entendido ou não, deveria ser obedecido. Agora, quanto maior é o nosso entendimento do porque da ordenança, acredito que isso, de forma prática, vai impactar a maneira como vivemos a fé, a maneira como vivemos o evangelho. Então, a segunda coisa que nós precisamos destacar é que ele é um selo da fé.
No evangelho de Marcos no capítulo 16, que também nos dá alguns detalhes diferentes sobre essa grande comissão, nós vemos o seguinte relato: "Disse-lhes", palavras de Jesus, "vão por todo o mundo, preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo. Quem, porém, não crer será condenado.
" O que condena alguém não é a falta de batismo, é a falta de fé. Jesus não disse: "Quem não for batizado será condenado", ele disse: "Quem não crer. " Porque a Bíblia diz: "Pela graça sois salvos, mediante a fé.
" O que nos salva e a fé, não o batismo. No entanto, ele diz: "Quem crer e for batizado. " O batismo, ele acompanha a fé.
Ele não a substitui, ele não a complementa mas ele se manifesta como uma espécie de selo, selo da fé que nos salva. O que nos salva é a fé. Mas o batismo vem como uma espécie de selo de confirmação que define não apenas o fato de que temos fé, mas inclusive, que tipo de fé nós temos.
E quando a gente fala desse selo da fé, não dá para evitar voltar numa comparação com algo que existia no Antigo Testamento. Por exemplo, quando Deus entra numa aliança com Abraão, Deus instituiu o ritual da circuncisão. Para os santos do Antigo Testamento a circuncisão era o selo da fé que eles tinham.
Quando nós chegamos no Novo Testamento, nós percebemos que o batismo é apresentado como a versão da Nova Aliança, que equivale à circuncisão da velha. Olhe o que o apóstolo Paulo diz em Colossenses no capítulo dois, nos versículos 11 e 12, a respeito do batismo nesse paralelo com a circuncisão. Ele diz: "Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo", como?
Verso 12: "tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual vocês também foram ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. Interessante que ele ainda menciona o estado anterior: "quando vocês estavam mortos nos seus pecados e na incircuncisão da carne, ele lhes deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados. " Então a Bíblia fala de uma circuncisão de Cristo que não é feita por mãos humanas, não é a circuncisão literal do Antigo Testamento.
Aliás, em Romanos, no capítulo dois, nos versos 28 e 29, Paulo diz assim: "Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, pelo Espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede de seres humanos, mas de Deus. " Ao olhar para essas declarações bíblicas, fica para mim evidente que há uma comparação entre a circuncisão do Antigo Testamento com o batismo no Novo Testamento.
Obviamente, Paulo está falando de uma experiência espiritual, porque quando ele diz que a circuncisão não é da carne e sim do coração, nós precisamos entender que o que ele está falando não é a reprodução exata do que eles tinham, mas aquilo é uma figura daquilo que nós temos na experiência do batismo. Até porque, naturalmente falando, Paulo não dava valor algum à circuncisão dentro da Nova Aliança, aquela literal. No verso 15 de Gálatas 6, ele diz: "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.
" Ou seja, a experiência de regeneração, o batismo em Cristo, é o começo de tudo. E agora, qual é o selo dessa fé que nos levou à experiência de ser batizado em Cristo? Aí sim, nós temos o batismo nas águas.
Então é uma ordenança de Jesus? Sim, mas é um selo da fé. É a circuncisão do coração.
E na ordem bíblica, ordem, eu falo realmente de cronologia, ele acompanha a salvação. Ele não determina a salvação. Em Lucas, no capítulo 23, a partir do verso 39, a Bíblia fala dos dois ladrões ao lado de Cristo.
E a Bíblia diz: "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Jesus, dizendo: Você não é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também. Porém, o outro malfeitor o repreendeu, dizendo: Você nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença?
A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem; mas esse não fez mal nenhum. E acrescentou: Jesus, lembre-se de mim quando você vier no seu Reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no paraíso.
" Então já falei antes, repito se o batismo fosse uma condição para salvação, esse malfeitor jamais teria podido ouvir de Jesus aquilo que ele ouviu. No entanto, apesar de sozinho, por si, não determinar a salvação, nós podemos ver que o batismo acompanha a salvação. Na primeira Epístola de Pedro, no capítulo três e no verso 21, o apóstolo faz uma analogia.
Ele está falando de como a salvação se manifestou para Noé e a sua família, numa época onde muitos que foram desobedientes foram julgados. Ele diz no verso 21 de primeira de Pedro 3: "O batismo, que corresponde a isso, agora também salva vocês, não sendo a remoção das impurezas do corpo, mas o apelo por uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo, que, depois de ir para o céu, está à direita de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, potestades e poderes. " Por causa dessa expressão, "o batismo que corresponde a isso agora também salva vocês", muitos têm defendido: "Não o batismo salva.
O batismo . . .
" Não. Ele acompanha a salvação. Ele usa uma analogia: a arca os salvou, os impediu de perecer.
O batismo também. O batismo que salva é o batismo em Cristo. O batismo nas águas, ele é uma encenação da experiência espiritual.
Então ele é, por exemplo, para os que creem e os que creem já foram salvos por meio da sua fé. Então, ele é uma maneira de expressar e de confessar o tipo de fé que têm. Não é o batismo sozinho que garante a salvação.
Por outro lado, se ele é um selo sob a fé que salva, uma ordenança de Jesus, a menos que seja um caráter de exceção, como o ladrão da cruz que não pôde praticar, a pergunta é: Por que alguém de nós escolheria não ser batizado? Eu fico pasmo quando eu vejo pessoas que professam a sua fé em Cristo por anos, por décadas e não foram batizadas. Se é uma ordem de Jesus, obviamente ela tem que ser cumprida.
Mas nós precisamos entender que não é o ritual que determina a salvação, mas ele expressa o nosso entendimento a respeito da salvação. Ainda dentro da definição, precisamos reconhecer que ele é parte da forma como a fé opera. Ela opera por meio da identificação, da apropriação e da confissão.
E o batismo nas águas. ele envolve todos esses três aspectos. Por exemplo, o que é a identificação?
Em Romanos no capítulo seis, a partir do verso três, Paulo diz: "Ou será que vocês ignoram que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição.
" Unidos com Cristo. Precisamos entender identificação. Cristo, Ele veio para ser o nosso substituto.
A Bíblia diz: "O castigo nos traz a paz", Isaías 53, "estava sobre ele. " Ele foi julgado em nosso lugar. Ele assumiu a condição de um substituto, e tudo o que Cristo fez, fez em nosso lugar.
Portanto, ele nos representa. Isso é algo que nós precisamos entender na perspectiva de identificação. Quando em Gálatas 2.
19, Paulo diz: "Eu estou crucificado com Cristo", ele não estava dizendo que ele estava literalmente pregado no mesmo madeiro, mas ele entendia que se Cristo foi pregado no madeiro e me representa, eu estou unido com Ele logo, eu também fui crucificado. Isso significa que eu morri para os meus pecados. Mas a Bíblia diz que quando Cristo foi sepultado, também fomos.
Quando Ele ressuscitou, também fomos ressuscitados. E tem mais. Efésios 2.
6 diz que, além de ressuscitados com Cristo, nós nos assentamos com Cristo nas regiões celestiais. Isso tudo expressa o entendimento do quê? De uma identificação, que ela fala da nossa união com Cristo.
Essa identificação precisa de apropriação. Quando a gente reconhece que tudo o que Cristo fez fez em nosso lugar e pela fé, a gente se apropria e diz: "Então isso é meu", porque em primeira Timóteo 6. 12, o apóstolo Paulo diz: "Toma posse da vida eterna", quando nós entendemos isso e nos apropriamos, entramos no segundo estágio da fé, da identificação para apropriação, nós começamos a ter resultados.
Mas a Bíblia também mostra que essa fé que já está sendo manifestada dentro de nós precisa ser externada. Como? Por meio de confissão.
Romanos, capítulo dez Paulo diz, nos versículos 8, 9 depois, no próprio versículo 10, ele diz que "com o coração se crê para a justiça, mas com a boca se faz confissão a respeito da salvação. " Ou seja, quando a Bíblia diz: "Se no teu coração creres e com a tua boca confessares", significa que a confissão não é um aditivo da fé. Ela é uma forma de expressar a fé.
Isso acontece tanto por meio daquilo que falamos, verbalizamos como Tiago também fala das nossas obras, da maneira como nós agimos e nós precisamos entender que o batismo nas águas é um momento onde nós demonstramos não apenas que temos fé, mas onde nós encenamos publicamente a fé que temos. Por exemplo, a fé que salva não é apenas a fé que crê que Jesus existe, é a fé que entende que Ele foi sacrificado em nosso lugar. É a fé que se identifica.
Por isso que você vai encontrar expressões na Bíblia como "se alguém está em Cristo, nova criatura é, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo. " As expressões "em Cristo", "com Cristo", "por Cristo" tudo fala dessa identificação e dessa união. Isso passou a ser verdadeiro no plano espiritual, a partir da regeneração e Jesus nos ordenou que nós expressássemos isso publicamente por meio do batismo.
Não só para dizer aos outros o tipo de fé que temos. Não é apenas um comunicado. O comunicado está mais para a pregação do evangelho do que para o batismo.
Eu acredito que é muito mais uma maneira de demonstrar especificamente qual é a fé que cada um de nós tem que cultivar. Nós precisamos entender que a fé que salva é a fé que reconhece o que Cristo fez em nosso lugar e não apenas a sua existência, e não apenas quem Ele é, mas, obviamente, aquilo que Ele fez. Então, nas definições do batismo eu quero encerrar com isso, é uma identificação com Cristo.
A partir do momento que estabelecemos essas definições, vou relembrar: uma ordenança de Jesus, um selo da fé, aqui nós incluímos com a ideia do selo da fé a circuncisão do coração. Falamos que ele acompanha a salvação, embora não salve, e também falamos que ele é a expressão da nossa identificação com Cristo. Agora eu quero abordar um outro tópico Quem pode se batizar?
Sabemos que o evangelho é oferecido a todos os homens. A porta da salvação está aberta a todos os homens. A Bíblia diz que Deus deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
Mas a salvação está aberta a todos. Mas para que ela seja apropriada, a pessoa primeiro tem que crer. E é somente depois que ela crê e experimenta o batismo em Cristo por meio da fé, que ela deveria então ir para o batismo em água, que expressa o tipo de fé que ela teve.
Mas, embora teologicamente a gente possa começar dizendo: o batismo é para quem já creu, nós precisamos entender em primeiro lugar, algo que precede a fé. Por exemplo, como Jesus pregava o evangelho? Em Marcos, no capítulo um do verso 15, a Bíblia diz: :Ele dizia: O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo.
Então dizia: Arrependam-se e creiam no evangelho. " Antes de chamar o povo à fé, Jesus os chamou ao arrependimento. É interessante o como essa hora do arrependimento precedendo a fé vem ao longo das Escrituras.
Essa foi a mensagem que os apóstolos pregaram. Essa é a declaração de Hebreus 6, nos rudimentos da doutrina de Cristo, o arrependimento das obras mortas vem antes da fé em Deus. Então, ao olhar para a pregação dos apóstolos, nós também vamos encontrar esse ingrediente.
Em Atos, capítulo dois, no verso 38 a Bíblia diz que Pedro estava pregando e as pessoas perguntam para ele: "O que nós faremos? " Verso 37, ele entra com uma aplicação prática da mensagem. Verso 38, de Atos dois: "Arrependam-se e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa é para vocês, para seus filhos, para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar. " A promessa de salvação, de receber o Espírito Santo é para todos. Mas Ele diz: "para vocês que ouviram e o coração está compungido, primeiro, arrependam-se.
" Então ele está falando daquilo que precede a fé, o arrependimento. Agora, nós precisamos entender que há outros textos que apontam diretamente para a importância e a responsabilidade de que se creia. Porque se é a fé que salva e nós não exercemos fé, não adianta praticar o batismo, ele será um ritual vazio.
Ele será um sacramento desprovido de vida. Em Atos, no capítulo oito, por sinal, a Bíblia nos fala de como Deus tira Filipe de um ambiente de de avivamento onde ele está pregando o evangelho em Samaria, alcançando muita gente, e Deus o leva para uma estrada deserta, deserta por um pequeno período de tempo, até que passa um etíope, um eunuco que tinha ido a Jerusalém para adorar. O Espírito Santo o orienta a se aproximar da carruagem e ele pergunta para o homem porque ele percebe que o homem está lendo em voz alta, rra um hábito ler em voz alta a Escritura, ele pergunta: "O senhor entende o que está lendo?
" Aquele homem responde: "Como eu vou poder entender se ninguém me explicar? " Filipe diz: "Olhe, a explicação chegou. " Oferece ajuda, sobe, senta ao seu lado e começa a explicar.
Eu gosto de como a Bíblia diz no verso 35: "Então Filipe explicou. E começando com essa passagem da Escritura", que é um texto de Isaías, "anunciou-lhe a mensagem de Jesus. Então o 36 e 37 diz assim: "Seguindo pelo caminho, chegaram a certo lugar onde havia água.
Então o eunuco disse: Eis aqui água. O que impede que eu seja batizado? Filipe respondeu: É lícito, se você crê de todo coração.
Então ele disse: Creio que Jesus é o Filho de Deus. " Quando olhamos para essa declaração, fica muito evidente que a fé, ela de fato é o requisito principal. Nós não vemos Filipe perguntando: "Ei, sua vida já está completamente mudada?
Poxa, nem houve tempo de mudança. Esse camarada acabou de crer, acabou de abraçar a fé. Eu vejo que muitas igrejas estabelecem regras, que elas não são necessariamente bíblicas.
É lógico que nós esperamos dos que creem um posicionamento de levar a fé a sério. E tem gente que está vivendo de tal forma numa prática deliberada do pecado que, obviamente está dando evidências de que parece não ter entendido o que é o evangelho. Mas muitas vezes nós vemos gente querendo arrumar tantos detalhes na vida de alguém quando a Bíblia está dizendo: "É lícito se você crer de todo o coração.
" E quando ele responde: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus", a Bíblia diz, no verso 38: "Então mandou parar a carruagem, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco. " Diz a tradição que esse homem não apenas leva, mas espalha o Evangelho por toda a Etiópia posteriormente. Mas isso nos ajuda a entender: quem pode se batizar?
Quem teve a experiência por meio do arrependimento e da fé, do batismo em Cristo, ele não apenas pode, ele deve praticar o batismo nas águas, que será essa encenação da experiência de identificação com Cristo. Morremos e fomos sepultados com Ele. Ressuscitamos para andar em novidade, vida.
Quando mergulhamos, colocamos alguém para dentro da água estamos testemunhando morte e sepultamento. Quando tiramos, eu sempre brinco que é muito importante essa parte de tirar da água, estamos testemunhando que a pessoa ressuscitou para andar em novidade de vida. Próximo tópico: Como se batiza?
Bom, o próprio título do vídeo "Batismo em água", traz consigo implícita a ideia de que se batiza em água. Agora, aqui nós vamos mexer num ponto que talvez merecesse uma discussão muito maior do que só a abordagem breve que eu vou fazer. A palavra "batismo", ela significa "mergulhar, imergir e colocar para dentro de".
Em João no capítulo 3, por exemplo, no verso 23, a Escritura nos faz a seguinte declaração: "Ora, João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque ali havia muitas águas, e o povo se dirigia para lá e era batizado. " Seja o Jordão, seja qualquer menção de batismo, nós sempre temos visto água o suficiente para que haja o quê? Imersão, um mergulho.
A Bíblia diz que Filipe para a carruagem e a Bíblia diz: "Ambos desceram à água". Eles têm água o suficiente para deixar a carruagem e para poder entrar nessa quantidade, nesse volume maior de água. Quando eu fico observando a soma dessas informações, para mim é evidente que o batismo, via de regra, ele deveria ser praticado por imersão.
A própria palavra "batismo" significa "imergir, mergulhar, colocar para dentro de". No curso da história, por várias razões, outras formas de batismo foram aparecendo, como a aspersão apenas um pouco de água sob a cabeça de alguém, ablução ou banho. Entretanto, como o batismo é uma identificação com Cristo na sua morte e sepultamento, entendemos que até o ato de mergulhar é simbólico, como ele é uma identificação com a ressurreição, entendemos que o ato de tirar da água também é simbólico.
Em Atos, no capítulo nove, a Bíblia diz que Paulo, depois de ser ministrado por Ananias, voltar a ver a Bíblia, diz: "a seguir, levantou-se e foi batizado. " E aí eu vejo pessoas dizendo: "Bom, se ele foi batizado na casa em que estava o que garante que ele tinha uma piscina lá? " A minha pergunta vem com a mesma lógica: "O que garante que não?
" O texto não é uma descrição. O texto é só uma menção. Particularmente, eu não creio que o "levantando-se foi batizado" aqui seja o batismo nas águas.
Por quê? Porque no versículo anterior, o 17, Ananias diz: "Saulo, irmão, o Senhor Jesus, que apareceu a você no caminho para cá, me enviou para que você volte a ver e fique cheio do Espírito Santo. " Então a Bíblia diz: "Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas, e ele volta a ver.
E, levantando-se, foi batizado. " Ananias diz: "Deus me mandou aqui para duas coisas: para você voltar a ver e ser batizado. " Então a Bíblia diz que ele impõe as mãos, Paulo volta a ver e é batizado.
No quê? No Espírito Santo. Nós não podemos pegar textos que não trazem detalhes e tentar usá-lo para deliberadamente contradizer os demais.
Não estou aqui dizendo que uma pessoa que foi batizada por aspersão, por ablução não tem o seu batismo válido. A pessoa normalmente atendeu à fé, uma instrução que foi dada. Tive o privilégio de conhecer o irmão Yun, aquele testemunho extraordinário do livro "O homem do Céu", ele batizou centenas de pessoas na cadeia, preso na China por pregar o Evangelho.
Como? Deixando de beber água, usando o pouco de água da caneca dele para batizar as pessoas. Eu não teria nunca, jamais a coragem de dizer: esse batismo não é válido.
O que estou dizendo é: tendo a opção de fazer aquilo que mais expressa o simbolismo a pergunta é: por que não fazê-lo? Para mim, essa, salvo um caráter de exceção, é a maneira como nós devemos batizar. Outra questão: o ministrante, porque antes eu fiz a pergunta: Quem pode se batizar?
Falando o candidato, aquele que será batizado, mas quem batiza? Jesus disse: "Ide, fazei discípulos, batizando-os. " Em outras palavras, de acordo com Jesus, quem prega o evangelho e quem cuida e faz o discípulo é quem tem o direito de batizar.
Nós passamos, ao longo da história a criar alguns dogmas, como só pastores, ministros ordenados, reconhecidos é que podem batizar. Eu não consigo enxergar isso na Bíblia com a clareza a ponto de dizer que nós temos que defender. Em igreja que se trabalha assim eu digo às pessoas: Respeitem isso e esperem ser batizados de acordo com o protocolo estabelecido.
Mas uma coisa é aceitar uma metodologia de trabalho e a outra é transformá-la em doutrina. Isso nós não podemos fazer quando a Palavra de Deus não é clara a respeito disso. Então, na nossa igreja, muitas vezes nós deixamos que os pais que criaram seus filhos, os conduziram a Cristo, discipularam entrem junto com os pastores no batistério e possam ter essa experiência.
Estamos sempre lá respaldando. Muitas vezes deixamos que discipuladores o façam. Em Corinto, Paulo menciona que ele mesmo não batizou pessoalmente os que se converteram.
Todos eles, isso etá em primeiros Coríntios 1, de 14 a 16, ele fala de alguns poucos. Uma outra questão antes de encerramos sobre o batismo. em Mateus 28.
19, Jesus diz: "Batize-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. " A Igreja tem entendido que isso é uma fórmula batismal a ser repetida Eu cresci ouvindo isso. "Eu te batizo em nome do Pai, do Filho do Espírito Santo.
" Mas quando você olha Atos 2. 38, que fala sobre ser batizado em nome de Jesus, quando você olha para Atos 8. 16, dizendo que as pessoas eram batizadas em nome de Jesus, quando você vê Atos 10.
38, o apóstolo Pedro dizendo: "Sejam batizados em o nome do Senhor Jesus". Quando você vê em Atos 19. 5, Paulo batizando eles em nome de Jesus, é evidente que os apóstolos que entenderam a ordem de Jesus a executaram de uma maneira que não pode ser vista como contraditório.
Eu, por exemplo, sou pai do Israel e da Lissa. Eu sou filho do Juarez e da Zenir, mas pai e filho, posições que eu ocupo não é meu nome. Meu nome é Luciano.
Quando a Bíblia fala sobre o batizar em nome do Pai, do Filho do Espírito Santo, há um nome que representa a Trindade. Qual é esse nome? É o nome de Jesus.
A Bíblia diz que somos salvos por esse nome. Não há nenhum outro nome dado dentre os homens pelo qual importa que sejamos salvos a não ser o nome de Jesus. Nós oramos em nome de Jesus.
Nós expulsamos demônios em nome de Jesus. Nós impomos as mãos em nome do Senhor Jesus sobre os enfermos. E quando chega o batismo não pode ser feito em nome de Jesus?
Algumas pessoas estão dizendo: "Quem batiza só em nome de Jesus é unicista, nega a Trindade. " Eu digo: "Ué, então como é que você ora? Como é que você impõe as mãos sobre os enfermos?
Como é que você expulsa demônios? Que nome você invocou na hora de ser salvo? " E há muita confusão desnecessária.
Não vejo problema que alguém repita a fórmula batismal em nome do Pai, do Filho do Espírito Santo, desde que ele entenda que o nome que expressa Pai, Filho e Espírito Santo, e os três são um, é o nome de Jesus. Não vejo problema de quem usa só a expressão: "Em nome de Jesus te batizo", porque ela é bíblica. Para evitar confusão muitas vezes nós damos uma volta nos nossos batismo e falamos: "Nós te batizamos em o nome do Senhor Jesus, que é o nome que representa o Pai e o Filho e o Espírito Santo.
" E algumas das outras questões envolvem o batismo de crianças. Particularmente nossa estrutura, nossa igreja, nosso ministério não faz isso, não quero dirigir nenhum ataque a quem o faz, mas por uma razão específica a Bíblia diz: "Quem crer e for batizado", a ordem é essa: crer primeiro, é batizado depois. Uma criança recém nascida não tem a capacidade de expressar fé.
Então, nós esperamos que as crianças cresçam ao ponto de ter o mínimo entendimento, poder expressar fé e sem definir idade. A partir do reconhecimento de que há uma expressão clara de fé e que o batismo será uma encenação daquela fé que expressa o entendimento bíblico, então, sim, nós seguimos com esse batismo. Não temos na hora de receber alguém que mudou de uma outra cidade para nossa igreja, uma exigência tem que batizar de novo aqui, porque é o batismo no nome de Jesus que foi feito, que é a experiência dela de encenar a fé que teve em outro lugar, que nós aceitamos e não exigimos isso de novo.
Eu acredito que com isso a gente consegue agrupar um pouco aqui o que nós temos classificado de resumos doutrinários do que é o batismo em água. E no próximo vídeo nós vamos falar a respeito do batismo no Espírito Santo.