Um bom dia a todos! Peçamos a Deus a Sua bênção sobre nós. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
Pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe e nos guarde e nos livre de todo mal. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. No dia de hoje, seguiremos aqui as meditações de Santa Teresa e, nesta sequência, aqui das meditações de Santa Teresa, nós vamos concluir o capítulo 17. Perdão, né?
E depois, já chegando no capítulo 18, chegaremos quase na metade do livro "Caminho de Perfeição". Então, vamos olhar aqui para o que nos diz Santa Teresa. Lemos no dia de ontem e vamos pegar aqui o parágrafo sexto do capítulo 17: "Recordai-vos de que é necessário ter alguém que faça a comida do Senhor e considerai-vos felizes por o servirdes como Marta.
Vede que a verdadeira humildade reside em nossa de nos contentar com aquilo que o Senhor quiser de nós e em nos considerar sempre indignas de ser tidas por servas, por servas Suas. Contemplar, ter oração mental, ter oração vocal, curar os enfermos, servir nas coisas da casa e trabalhar mesmo nas tarefas mais humildes é servir ao hóspede que vem ter conosco, ficando em nossa companhia, comendo conosco e conosco se recreando. O que nos importa é servi-lo mais de uma maneira do que de outra.
Não digo que deixemos de esforçar-nos por alcançar a contemplação, afirmo que em tudo deveis exercitar-vos, visto não estar em vossas mãos, mas nas do Senhor, o escolher. Mas se, depois de muitos anos, Ele quiser dar a cada qual o seu ofício, bela humildade seria a vossa se desejásseis escolher por vós mesmas! Dai Total Liberdade de ação ao Senhor da casa, que é sábio e poderoso, compreendendo o que convém para vós, bem como o que lhe é conveniente.
Ficai seguras de que, fazendo o que está ao vosso alcance e preparando-vos para a contemplação com a perfeição de que falei, só não a recebereis dele, e creio que Ele não deixará de concedê-la, desde que o desapego e a humildade sejam verdadeiros. Se Ele vos tiver guardado esse regalo para vos dar no céu, para onde, como eu já disse, Ele vos quer levar, como almas fortes, dando-vos aqui a cruz que Sua Majestade sempre teve, e que maior amizade do que escolher para vós o que escolheu Ele para Si? Talvez não fosses tão recompensadas no caminho da contemplação.
A Deus cabem os julgamentos, não havendo razão para interferirmos neles. É um grande bem que não tenhamos de escolher, pois, do contrário, como nos parece que contemplar é mais descanso, cedo seríamos todos grandes contemplativos. Vou reler aqui de novo esse trecho tão importante: "A Deus cabem os julgamentos; não havendo razão para interferirmos neles, é um grande bem que não tenhamos de escolher, pois, do contrário, como nos parece que contemplar é mais descanso, cedo seríamos todos contemplativos.
Ó, é grande lucro não querer lucrar no tocante à nossa vontade, temendo sofrer uma perda, pois Deus nunca permite que se prejudique a alma bem mortificada, a não ser para fazê-la ganhar mais. " E aqui eu volto ainda num trechinho que nós lemos ontem sobre Marta e Maria, ação e a contemplação, onde Santa Teresa nos diz lá no parágrafo cinco: "Santa era Marta, e não dizem que fosse contemplativa. Logo, que mais desejais do que poder chegar a ser como essa bem-aventurada que mereceu ter Cristo nosso Senhor tantas vezes em sua casa, dando-lhe de comer, servindo e comendo com Ele à sua mesa?
Se todos ficassem como Maria, embevecida, não haveria quem desse de comer a esse divino hóspede. " Muito bem! Então, olhando para o que Santa Teresa nos diz aqui no fim desse capítulo 17, ela fala da conformidade com a vontade de Deus, o que nem sempre é muito fácil.
Nós temos uma tendência a buscar solução para tudo humanamente. Então, tudo que nós vemos, nós temos essa tendência, e as pessoas que são mais ativas, mais preocupadas, mais ainda. Então, há uma tendência de não ter a calma necessária para rezar, para entender a Deus, para ouvir a Deus, sobretudo.
Muitos de nós somos tomados por um barulho interior. Às vezes o barulho não é exterior, é interior: as preocupações da vida, o corre-corre, as questões às vezes da nossa família, problemas no trabalho, essas correrias que são externas vão se tornando internas e vão começando a povoar, inclusive, a nossa oração com muitas distrações. Então, na medida em que não conseguimos silenciar interiormente, vai se tornando mais difícil entender a vontade de Deus e se conformar a ela.
Então, qual é a nossa tendência? Resolver as coisas por nós mesmos, como aconteceu, por exemplo, com Sara, a esposa de Abraão. Deus havia prometido a Abraão que lhe daria um filho.
Sara, tomada pela preocupação de ser mãe e de que Abraão tivesse um filho para ter descendência e para ter continuidade, começa a fazer o quê? Não a esperar em Deus, não a rezar e confiar, mas sim a tentar resolver as coisas por ela mesma. Então, o que ela pensa?
Sara pensa o seguinte: "Eu tenho uma escrava. A escrava é minha. Se eu der essa escrava ao meu marido.
. . " Já que eu sou estéril, eu dou a escrava ao meu marido.
Meu marido concebe um filho nela; sendo ela escrava, ela não tem propriedade. Nascendo esse filho, esse filho é meu; esse filho é dele. De fato, vai ser gerado por ele.
Como a escrava é minha, o filho também é meu. Humanamente, aparentemente, Sara resolveu o problema. Deus parecia demorar demais para mandar esse filho.
Ela era estéril e já tinha idade avançada, então, pela lógica, tudo parecia resolvido. Sara acreditou mesmo que Deus fez uma promessa, mas ela precisava se mover, se movimentar; e, pela lógica, tudo parecia indicar que ela estava certa. Muito bem, e assim foi feito: Abraão, mesmo contrariado, toma a escrava, gera um filho na escrava e nasce Ismael.
Passado um tempinho, Abraão estava sentado debaixo do carvalho de Mambré, quando aparecem três figuras misteriosas, que ele chama de os anjos do Senhor. Essas três figuras dizem para Abraão que, no ano seguinte, eles voltariam ali e Sara estaria segurando o filho que Deus prometeu nos braços. Sara, que estava dentro da barraca enquanto esses enviados de Deus falavam, escutava a conversa e riu quando ouviu que eles disseram que ela teria um filho concebido por ela.
E então, um desses personagens misteriosos—nós sabemos hoje que é o próprio Deus, não eram anjos, mas era a própria Trindade—pergunta a Abraão: "Onde está Sara? " Ele fala: "Ela está aqui. " Quando ela sai para falar com esses personagens misteriosos, um deles diz a Sara: "Por que você riu quando eu disse que você estaria com seu filho no colo?
" Ela disse que não riu, mas ele disse: "Riu sim. " Passado um ano, estava ali Sara com um filho concebido na velhice; em meio à esterilidade, Deus fez tal como tinha dito. O que faltou a Sara?
O discernimento, o entendimento da vontade de Deus. Então, que nós procuremos, na nossa vida, conjugar a contemplação de Maria e a ação de Marta. Santa Teresa diz que algumas pessoas terão de Deus mais graças em um campo, outras mais graças em outro.
Algumas pessoas vão atingir a contemplação rapidamente; algumas vão conquistar a virtude da humildade e o desapego às coisas do mundo, e ao conquistar essas duas virtudes, logo em seguida Deus já dará a oração contemplativa. A oração contemplativa é um dom que Deus dá; a oração contemplativa é como a oração de Maria: é um descanso para o coração, onde só Deus basta. Na oração, é uma oração simples; só que isso é uma graça, nós não conquistamos por esforço pessoal.
Nós temos que nos esforçar para colaborar com a graça de Deus, mas é Deus quem dá. Então, pode ser que Deus dê essa graça para algumas pessoas muito cedo, e pode ser que Deus dê para outras uma capacidade, por exemplo, de trabalhar, de agir, de fazer e resolver as coisas. E talvez essa pessoa vá ter, durante a sua vida, a graça de uma oração vocal bem feita, uma oração mental, conversando com Deus, falando com Deus, expondo tudo.
Bem feita! Mas talvez a pessoa não chegará a uma oração contemplativa, mas ela vai se salvar, e lá no céu receberá o seu prêmio. Então, a nós cabe o quê?
Rezar e tentar discernir a vontade de Deus. Como eu posso saber o que é vontade de Deus para minha vida? Rezando!
Rezando somente, rezando e observando como as coisas se dão na minha vida. É que eu vou entender o que é vontade de Deus e o que não é. Pode ser que, na vida de cada um de nós, não exista aqui, nessa meditação, uma pessoa igual a outra.
Para uns, o caminho que Deus vai traçar para amá-lo e servi-lo neste mundo será o caminho da cruz. Então, Deus permitirá muitos desafios, muitos sofrimentos, muitas purificações. Deus permitirá para outros uma alternância de sofrimentos e gozos.
Para outros ainda, Deus permitirá uma secura muito grande, uma dificuldade muito grande para rezar, para falar com Ele. Então, cada um de nós foi plantado por Deus em um determinado lugar, em uma determinada vocação. Então, nós temos que entender o que é vontade de Deus.
Através da oração, Deus vai se mostrando; as coisas vão se tornando mais claras. Que nós, Senhora, nossa mãe, nos ajude a conjugar em nós, na nossa vida, a contemplação de Maria e a ação de Marta. E aqui, Santa Teresa vai dizer que aqueles que trabalham bastante, que às vezes têm muitas preocupações, não se desanimem, porque também podem servir muito bem a Jesus.
Maria estava aos pés de Jesus, ouvindo, mas se não fosse Marta correr e preparar o alimento, Jesus ficaria sem ter o que comer. Então, não desanimemos se temos muito barulho interior, se temos dificuldade de rezar, mas se temos o propósito de fazer isso, o desejo de fazer, o esforço de fazer, é isso que importa. O que importa não é obter um resultado; nós não estamos em uma pressa onde precisamos bater a meta; não, não é isso.
A vida espiritual é um esforço e uma adesão, uma adesão livre, onde eu quero a Deus, eu busco a Deus; e aí eu tento rezar, eu tento fazer oração vocal, eu tento fazer oração mental, eu tento me desapegar do mundo, eu tento trabalhar em minha virtude da humildade. É a minha tentação correspondendo à graça de Deus, é isso que importa. E que assim possamos caminhar, tentando entender, tentando descobrir, e pedindo a Deus que nos mostre a sua santíssima vontade.
Que Nossa Senhora, nossa mãe, aquela que em tudo fez a vontade de Deus, nos ajude. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas levai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.
Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde. Livre de todo mal, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Deus abençoe! Ótimo dia para vocês. Estamos terminando o mês de janeiro e fica aqui o meu convite.
Né? Quem ainda não entrou na livraria Rafael Autônomo, entre lá! Para o saudão agora do começo do ano, tem vários livros que estão se esgotando, então estão em preços promocionais.
Vocês vão conseguir encontrar livros com até 70% de desconto, tá bom? Deus abençoe, ótimo dia e até amanhã, se Deus quiser.