[Música] eu sou Mateus Benites o meu objetivo é levar o máximo de Filosofia e cultura até você com qualidade profundidade e leveza Então já se inscreva no canal se você ainda não é um inscrito ou uma inscrita deixe sua curtida no vídeo e Ative o Sininho das notificações para não perder os próximos vídeos Martin heidegger foi um Pensador muito importante da corrente filosófica conhecida como fenomenologia que buscava romper com a tradição metafísica para melhor descrever o ser a partir da consciência e da experiência humana eu vou explicar tudo isso com calma mas a grande diferença
é que em vez de abordar verdade como uma relação epistemológica entre sujeito e objeto um sujeito que conhece as coisas do mundo como elas são ou não são A fenomenologia vai pensar a relação entre esse sujeito e esse objeto num todo chamado experiência abdicando dessa diferenciação dicotômica entre eu e mundo vai pensar o ser com o ser no mundo indelt Zin como coloca heidegger no alemão e assim heidegger vai apontar para o cotidiano a nossa experiência mais imediata como uma chave para entender para começar a desvelar a verdade do ser bom Martin heidegger nasceu em
1889 em meskers na Alemanha estudou teologia e filosofia se orientando para essa última sendo tornando-se o assistente do edmund Russel o fundador da fenomenologia na universidade de freiburg e Em 1927 heidegger lança ser e tempo uma obra que abala completamente e redireciona o para um Novo Horizonte as discussões filosóficas do do seu tempo com o seu método fenomenológico e a forma que ele conduz isso com a sua própria hermenêutica em ser e tempo e heidegger portanto Quando lança essa obra ganha fama e renome mundial e ele é vinculando-se ao Partido Nazista tem essa polêmica em
sua em seu currículo ele é eleito o O novo reitor da Universidade de freiburg Lembrando que Russel o seu mestre a quem ele dedica ser tempo era judeu e heidegger não fez nada Até onde eu sei para ajudá-lo durante essa difícil situação heidegger no entanto após vincular-se estranhamente com esse regime de Hitler ele em 1934 um ano depois de se tornar o reitor ele já começa a ter atrito e recolher-se a uma relação mais ambígua e distanciada com esse partido vendo que ele não era eh compatível com as suas ideias filosóficas heidegger Possivelmente fez essa
escolha estranha e problemática política por conta da sua frustração com a Alemanha do período e a necessidade que ele tinha de apostar em uma renovação cultural por conta da sua crítica ao capitalismo e à modernidade heidegger também era um famoso recluso muito crítico às grandes cidades a nova dinâmica da vida capitalista e ele tinha uma casa que ele construiu na floresta e ele passava muito tempo lá escrevia lá trabalhava lá e ele era famosamente uma pessoa Rural E ele fala muito sobre isso isso também sobre essa capacidade de se demorar com as coisas que a
gente vem perdendo eu acho que nesse sentido ele é extremamente atual e eu pretendo até fazer um vídeo separado só sobre isso ele nunca vai se desculpar apropriadamente mesmo depois da guerra ele vai sofrer represálias vai perder o seu cargo depois com esforço de Sartre de outros intelectuais ele é desculpado digamos assim eh mas de um jeito muito pouco esclarecido a hann arent fica muito frustrada com ele até o final da vida por conta disso e ela foi a sua aluna e amante e ele nunca se explica eh apropriadamente nunca se desculpa apropriadamente sempre se
esquiva da questão até e a sua morte em 1976 depois de passar seus últimos anos dando cursos palestras Eh escrever outras obras ele vai ter uma mudança de abordagem na no seu pensamento que começa ali na época do ser tempo com essa obra monumental E extremamente Ampla e complexa para obras posteriores que TM um caráter mais aberto para o mistério né entre muitas aspas uma espécie de Mística um um desprendimento ainda maior com a forma e com os conceitos ele vai se interessar mais pela obra de arte ele vai escrever um texto sobre a origem
da obra de arte ele vai escrever sobre a técnica sobre a história sobre a linguagem e ele vai buscar pensar a questão do ser para além do Design do ser aí que é o ser humano na sua terminologia pode-se falar em um segundo heidegger né porque o seu projeto com ser e tempo era re apresentar reintroduzir a questão do ser e mudar a direção de investigação filosófica para o método fenomenológico que era o método mais adequado para pensar sobre o ser humano e a realidade porque colocava a questão do ser tinha a questão do ser
como um ponto de partida e ao passo que a tradição metafísica em vez de ter colocado a questão do ser do sentido do ser fez apenas por colocar a questão da cognoscibilidade doente pensando uma relação de eu imundo de sujeito de objeto um sujeito que conhece e um objeto que é conhecido em decart com o seu eh sujeito com o cant eh com o sujeito transcendental heidegger vai numa direção diferente e ele vai criticar bastante a história e a tradição filosófica de Platão em diante assim como fez friedrick Nietzsche heidegger Possivelmente ele não teve um
contato com a filosofia do nietzche tão eh influente no seu pensamento no começo e tem gente que defende que é o primeiro a fazer uma crítica elaborada filosoficamente mais sistemática e eh influente nas discussões no mundo acadêmico e na cultura eh na modernidade propondo uma superação da metafísica é claro que Nietzsche já fez isso só que no tempo do heidegger Nietzsche ele não era tão famoso ainda ele não era tão aceito como um filósofo da forma que ele é hoje no cânone então ainda mais que as obras dele não são sistemáticas elas são em aforismo
ou ou em discurso mitop poético então e fica mais complicado de ter uma visão abrangente do todo nesse período que o heidegger tá escrevendo e já o heidegger ele é muito famoso logo de cara e e ele tem uma influência muito grande logo de cara então bom acho que nós podemos aos poucos ir entrando no na questão do ser e tempo né na mas eu já apresentei aqui as bases heideggeriano nós experimentamos as coisas primeiramente como instrumentos como através das suas funções do que como objetos de conhecimento né pro Kant pro descart as coisas são
objetos de conhecimento pro heidegger as coisas são antes instrumentos são antes entes intr mundanos é o termo que ele vai usar que se relaciona com o ser no mundo com ifen indelt Zin ou ser aí da Zain também pode ser traduzido como presença como foi aqui nessa nessa mais recente tradução da editora Vozes eh feita por Márcia Sá Cavalcante algumas considerações sobre esse termo muito importante que é o dasai qual é a minha tradução favorita não é essa da presença a minha favorita é o ser aí porque no dasai na alemão é exatamente isso no
alemão é exatamente isso ser aí eh Inclusive tem gente até que prefere ser o aí com dois iens e no francês é etre lá ser o aí então é algo que que aponta para esse caráter de estar lançado e é justamente isso nós estamos aí no mundo nós estamos aí antes de sermos qualquer coisa antes de eu ser um professor um escritor um youtuber Eu eu tô aqui eu tô lançado no mundo eu não tenho não tenho uma uma definição prévia porque que eu seja E é isso que vai depois na filosofia do Sartre aparecer
Como a existência precede A Essência oh frase bombástica do Sartre mas na verdade já tá em heidegger ele só traduziu pro linguajar mais cotidiano e e mais bombástico eh para frase de efeito Mas é isso o das somos nós e heidegger vai rejeitar essa noção de humanidade né de humanismo né E tá falando da sai e é isso que precede qualquer qualquer definição e ao mesmo tempo o dasin é também indelt zign ser no mundo nós estamos no mundo não existe um Uma etapa que precede nossa relação com o mundo Nós já estamos na experiência
com o mundo nós somos um ser com ao mesmo tempo que somos um ser aí a realidade mais real para o heidger não é aquela que é descrita pela ciência mas sim a que nós experimentamos a realidade mais real da cor não é aquela das ondas que a formam mas do efeito que que ela tem do efeito que ela causa a parte da da nossa realidade experiencial existencial da cor é mais real do que as descrições físicas das ondas que que a formma um exemplo disso é a pintura do Van Gog a arte do Van
Gog é claro que não é um Realismo é um pós impressionismo mas é mais real do que a própria realidade a maneira que ele pinta um vaso homens bebendo um um Prado e por e por assim vai então é é é uma é uma intensificação pulsante marcada pela experiência né Eu fiz um vídeo recentemente sobre o Van Gog e inclusive o heidegger cita o Van Gog no seu texto sobre a origem da obra de arte que ele fala que os sapatos do Van Gog são que ele retrata nas suas pinturas tem muito mais do que
apenas os sapatos enquanto objetos úteis para serem calçados eles estão ali junto com a presença do tempo da história da vida do trabalho tudo isso tá no quadro então é disso que o que o heidger tá falando confira o meu vídeo sobre o Van goog eh para complementar esse se você ainda não assistiu ele vai receber essa forte influência do Russel né É sempre importante lembrar da do do crédito que o Russel merece como fundador da fenomenologia que tem o lema de volta às coisas em si mesmas fazendo uma referência ao Kant que foi o
grande separador entre sujeito e objeto pensando o o ser humano como um sujeito transcendental sujeito que conhece o mundo a partir de impressões que são convertidas em conceitos por suas faculdades mentais Então esse lema de volta às coisas em si mesmas é uma reorientação da filosofia uma rejeição da epistemologia canana é uma superação dessa dicotomia sujeito objeto consciência e mundo toda consciência é consciência de alguma coisa É nesse sentido que A fenomenologia vai ser uma filosofia que pensa a partir da relação então só para mencionar eh alguns textos do segundo heidger temos o que é
metafísica o que é isto filosofia a origem da obra de arte seus textos sobre técnica suas palestras seus cursos seminários identidade e diferença é importante lembrar que heidegger não conclui a obra é uma obra inacabada isso aqui e ele vem posteriormente a mover suas investigações para outras questões mais amplas com relação ao ser e com uma abertura maior uma abordagem diferente mais ligada aos ensaios à obra de arte a ao mistério e não tão calcada no Tratado filosófico acreditando ele próprio que ser e tempo permaneceu sendo uma obra metafísica apesar de tudo ele irea uma
crítica ao nietzche em determinado momento embora essa não seja sua única formulação a respeito do nietz de que o nietzche ele teria sido o último dos metafísicos o o filósofo que fechou a porta da metafísica prendendo-se do lado de dentro eh Mas essa não é a única formulação às vezes ele ele ele ele entende o nietzche como alguém que tá numa relação de curto de de circuito com com a metafísica é de que ele tá vai e volta enfim ele não consegue superar meta física completamente mas às vezes ele supera Então não é a opinião
definitiva sobre o Nietzsche do heidegger mas eh heidegger Certamente ele nesse primeiro momento ele ele apostava no método fenomenológico e ele se via como um superador da metafísica depois ele ele vem a pensar que ele mesmo não conseguiu superar a metafísica em ser tempo e ser tempo permanece uma obra metafísica eh na sua conceituação mas ainda assim é algo diferente né na O que importa não é se ele escapou ou se ele não escapou da metafísica é como que o heidegger abre muitas frentes e de novos horizontes para a investigação filosófica e a questão da
metafísica vamos entrar na na obra do ser tempo eu gostaria de com vocês abordar um pouco mais detidamente os itens da introdução que são 70 páginas a introdução mas eu já vou pedir para você deixar sua curtida nesse vídeo se você ainda não curtiu pois isso ajuda muito o algoritmo do YouTube A recomendar para para outras pessoas então bom heidger quer que os filósofos se orientem pela verdade o mostrar-se do ser para o heidegger a verdade ela tá relacionada com desvelamento ela vai ser compreendida como uma noção grega de aletea e a questão do sentido
do ser é uma questão que para ele foi esquecida a meta física ocidental trans formou a questão do ser em uma tipologia de coisas que existem uma categorização como Aristóteles falando de substância e acidente ele vai apontar algumas alguns dados sobre essa questão do ser já no começo e dizendo que o ser é o conceito mais Universal e ao mesmo tempo mais vazio ele é usado de uma maneira muito vasta e banal para qualquer tipo de coisa até na nossa própria linguagem a forma que como a gente emprega o ser e não sabemos defini-lo ainda
assim e ser é Portanto o conceito mais Universal ser é um conceito indefinível a gente o usa tentando defini-lo o que que o ser é nessa pergunta eu já tô empregando o verbo ser eu sou um ser humano a Terra é um planeta o ser tá por toda parte na nossa linguagem e ser é o conceito mais autoevidente por mais que a gente não consiga defini-lo conceitualmente ele é é dado é como se a gente já sempre soubesse o que que o ser É mas ele não é fácil de de de especificar ainda assim e
o ser não é um objeto que a gente possa apontar o ser dos seres onde ele está ele ele não é algo tangível nesse sentido e é algo que nós devemos reabrir é algo que é o mais importante que tem e que a filosofia virou suas costas por muito tempo ele diz a presença ou ser aí o design o indelt zign o ser no mundo sempre dispõe de uma rica e variada interpretação de si mesma à medida que uma compreensão de ser não apenas lhe pertence Como já se formou ou deformou em cada um de
seus modos de ser seguindo caminhos diversos e em extensões diferentes a psicologia filosófica a antropologia a ética a política a poesia a biografia e historiografia já pesquisaram as atitudes potências forças possibilidades e envios da presença resta porém a pergunta será Será que essas interpretações se fizeram de maneira tão originariamente existencial como Talvez tenham sido originariamente existencias uma analítica da presença constitui Portanto o primeiro desafio no questionamento da questão do ser assim torna-se premente o problema de como se deve alcançar e garantir a via de acesso à presença negativamente a esse ente não se deve aplicar
de maneira construtiva e dogmática nenhuma ideia de ser e realidade por mais evidente que seja nem se devem impor à presença categorias delineadas por tal ideia ao contrário a as modalidades de acesso e interpretação devem ser escolhidas de modo que esse ente possa mostrar-se em si mesmo e por si mesmo elas têm de mostrar a presença tal como ela é antes de tudo e na maioria das vezes em sua cotidianidade mediana da cotidian não se devem extrair estruturas ocasionais e acidentais mas estruturas essenciais essenciais são as estruturas que se mantém ontologicamente determinantes em todo modo
de ser da presença fática do ponto de vista da constituição fundamental da cotidianidade da presença poder se H então colocar em relevo o ser DCI ente então não se trata mais de lidar com o ente como se ele fosse uma aparência de uma coisa em si incognoscível em sua essência própria não se trata de uma aparência não tem uma ideia por trás que a gente não consegue acessar Aqui heidegger tá dizendo que a gente tem sim acesso à essência desse intramundano se a gente optar pela abordagem fenomenológica a presença é de tal modo que sendo
realiza a compreensão de algo como ser mantendo-se esse nexo deve se mostrar que o tempo é o de onde a presença em geral compreende e interpreta implicitamente o ser a questão da temporalidade vai ser muito importante nessa obra também porque a temporalidade é algo que nos determina nos limita nós nascemos em um tempo histórico nós somos lançados no mundo e nós somos limitados por essas circunstâncias em que nós nos encontramos assim como a nossa relação com o futuro é fundamental para determinar o nosso projeto de vida né Porque a vida é um projeto a vida
para o heidegger é é é esse lançar-se no mundo em direção ao futuro e o futuro e a nossa finitude a nossa morte eventualmente Em algum momento é o que possibilita que nós Constru construamos um sentido para esse nosso projeto de vida então o tempo vai ser muito importante a nossa relação com a temporalidade como nós carregamos sempre o passado e nós estamos sempre nos l em direção ao futuro heidegger faz uma importante distinção na introdução entre Tico e ontológico o Tico são os seres Concretos e factuais o ontológico é uma estrutura mais profunda do
ser a experiência Tica do tempo é olhar as horas olhar um determinado horário que alguma coisa vai acontecer amar para fazer uma atividade mais mais pra frente no dia isso é a experiência útica do tempo a experiência ontológica do tempo é parar e refletir sobre como você percebe o tempo e como que o tempo molda eh Às vezes o seu humor se você tá com pressa se você não tá isso é uma dimensão ontológica que é exclusiva do das Diferentemente dos animais nós colocamos a questão do ser e por isso segundo heidger nós nos defrontamos
com a angústia angústia para morte e nesse sentido heidegger é um herdeiro de Kirk que já falava sobre essa simpatia antipatizante da Liberdade pois a nossa liberdade está associada a essa angústia é uma liberdade vertiginosa de múltiplas possibilidades de ser e apenas um caminho ser percorrido a partir de exclusão da vasta Maioria dessas possibilidades de ser que nunca vão se manifestar vão sempre ficar como possibilidades Não percorridas eu estou nesse trabalho porque eu não estou em outro eu estou com essa pessoa porque eu não estou com outra eu estou aqui gravando esse vídeo porque eu
não estou gravando outro e por aí vai o seu tempo vai se esgotando mediante esse seu projeto de vida eh à medida que ele forse realizando com as suas escolhas nós somos desveladas do ente intramundano o ser aí a presença o daim é aquele que desvela que descobre o desenc Né o sentido das coisas a verdade das coisas nós somos quem faz isso e por isso heidegger diz que nós temos uma natureza ôntico ontológica Porque nós não deixamos de ser seres Concretos e factuais mas nós também temos essa peculiaridade a existência é mais do que
um predicado a existência é algo que nós estamos vivenciando constantemente o da está sempre se reportando à existência tomando atitudes com a possibilidade de ser ele mesmo ou de não ser ele mesmo por isso que o Hamlet é tão genial porque ele consegue colocar com a potência poética que é muito mais do que esse conceito essa questão fundamental do ser humano do Ser ou não ser a tarefa de uma análise existencial do dassin é transcender a sua própria situação e pensar a existência em geral o ser do da é um ser no mundo indelt mundo
aqui não tem o sentido de algo físico como planeta é toda uma realidade social também de entes intr mundanos é como experienciamos nossa existência o design é um ser interpretativo e heidger acha que esse caráter hermenêutico do dasin é fundamental e a gente não deve se prender a conceitos e ideias fixas de elementos e categorias da a nossa experiência e como indelt zign porque elas não são suficientes as categorias de Aristóteles não são suficientes a a história eh tal como foi descrita até aqui não é suficiente a ciência não é suficiente o ser é mais
abrangente do que isso e a temporalidade é a condição de possibilidade do que ele chama de historicidade Então heidegger vai dizer que a gente deve rejeitar a história tal como foi proposta até aqui e repensar dar um passo atrás e contemplar a partir dessa abordagem de compreensão como uma historicidade que precede a noção de história a historicidade é prévia a qualquer tipo de história é uma estrutura existencial dos seres humanos o design é o seu passado estamos orientados Para o Futuro Mas também sempre carregamos o passado conosco ele diz no item seis da introdução historicidade
indica Constituição de ser do acontecer próprio da presença como tal é com base na historicidade que a história Universal e tudo que pertence historicamente à história do mundo torna-se possível em seu ser fático a presença é sempre como e o que ela já foi a tradição lhe retira a capacidade de se guiar por si mesma de questionar e escolher a si mesma o mesmo se pode dizer em última instância sobre a compreensão e sua possibilidade de construção que lança suas raízes no ser mais próprio da presença Isto é no ser ontológico a tradição assim predominantemente
tende a tornar tão pouco acessível o que ela lega que na maioria das vezes numa primeira aproximação ela o encobre e esconde então nessa nossa tarefa existencial de das a tradição é muitas vezes um obstáculo Porque em vez de desvelar a verdade a aletea ela vai encobrir ainda mais ela vai colocar mais impíos para que a gente faça isso então ele aponta também um problema grande na tradição filosófica além dessa questão do esquecimento do sentido do ser que é o mais fundamental é que a tradição ela não aponta um retorno ela não permite ela não
guia ela não nos guia a um retorno às fontes originais nem eh Platão nem os escolásticos nem descart nem Kant eles não fazem isso elas não promovem um retorno positivo ao passado no entanto ele faz uma ressalta de que avanços foram feitos avanços foram feitos e com Hegel avanços ocorreram antes dele mas ele é o cara digamos assim que vai fazer esse grande salto essa Grande Virada epistemológica ontológica né de investigação ontológica na filosofia então nos itens 5 a s da introdução do Ciro tempo ele vai trazer eh o o conceito da fenomenologia e e
e o método fenomenológico começando né pela proposta de uma desestruturação da história da ontologia ou da metafísica ocidental o que nós vimos até aqui ele vai falar do conceito de fenômeno Fenômeno é a coisa que se mostra a nós do jeito que ela é não se trata de aparência não se trata de aparência apenas ele fala de Shining né que é o modo de doente se mostrar como ele não é isso é aparência aparência não significa que algo se mostra algo se faz conhecido sem se fazer visto Aparência não é o mesmo que fenômeno Por
exemplo quando você tá doente quando você tá com garganta inflamada eu fiquei recentemente aqui no Rio Teve teve uma espécie de onda aí e muita gente ficou gripado eu Inclusive a minha garganta ficou inflamada eu já suspeitava também com outros sintomas que se tratava de gripe mas eu não podia provar eu não podia ter certeza que porque eu não tava vendo a gripe eu não tava contemplando a gripe em sua essência eu tava tendo indício da gripe por causa dos sintomas isso pro heidger é aparência e não é o fenômeno o fenômeno é quando a
se mostra do jeito que ela é em sua essência e ele vai falar do conceito de Logos o verbo a fala a razão esse conceito tão presente na história da filosofia da cultura no Evangelho de João no começo era o verbo Logos tá em Heráclito Logos está por toda parte o que que é o Logos para o Heider o discurso que revela coisas a linguagem que permite revelar coisas uns aos outros Logos tem um papel sintético apofis essa noção que ele se refere é deixar que algo seja visto como esse algo ele volta lá atrás
nos gregos né ele tem esse interesse de de buscar as fontes que são sempre muito convenientes com a filosofia hairana diga-se de passagem verdade para ele como eu já Adiantei é aletea é desvelamento Falsidade é encobrir não permitir que se veja algo ocultando com outra coisa para ele às vezes a tradição filosófica faz isso mentir para si mesmo Auto ilusão para ficar na zona de conforto é um exemplo dessa falsidade ele vai falar mais à frente inacabadas mas ele não vai concluir essa parte ele ele vai deixar isso em aberto a a questão da existência
autêntica e da existência inautêntica Isso vai ser muito um gancho pros existencialistas como Jean Paul sart sobretudo que vai ser um um grande discípulo do heidegger né que que vai eh heidegger vai ler o ser e o nada e vai dizer apenas que Sartre foi um bom aluno mas que não tem nada muito inovador na filosofia sartriana um um uma crítica que eu tendo a concordar muito embora a filosofia sartriana do existencialismo tenha ganhado uma fama e uma importância muito grande para levar a filosofia para eh a cultura de uma maneira mais cotidiana eh de
maneira mais presente nas vidas das pessoas mais palatável eu falo muito sobre isso no meu curso sobre o existencialismo que se você quiser se aprofundar mais e conhecer outros autores que se aprof fundaram a partir de heidger o próprio heidger assim como Nietzsche Kirk gar Bovo Kami faça o curso na hotmart tá aqui na descrição para se aprofundar ainda mais num curso estruturado longo com certificado de conclusão e garantia caso caso você não goste você se arrependa você não vai ter prejuízo nenhum fenomenologia e ontologia em heidger descrevem o mesmo modo superior de filosofia a
diferença sendo entre o como A fenomenologia e o que a ontologia há várias maneiras segundo heidger para que um ente a verdade sobre o ente possa ser encoberta possa estar velada E essas maneiras são Por exemplo quando algo não foi descoberto ainda quando algo foi distorcido quando algo foi obstruído ou quando algo foi propositalmente encoberto ou quando foi até encoberto acidentalmente também o que pode acontecer como é o caso da tradição filosófica que encobriu a questão do ser mais do que desvelou segundo heidegger então aqui eu concluo essa minha explicação essa minha exposição da introdução
a obra ser e tempo eu já havia feito no começo uma contextualização Geral do ser e tempo que é uma obra inacabada e agora eu gostaria de retomar O tópico da questão do projeto de vida pra gente falar um pouco da noção de cuidado que é uma noção importante em Heid sork cuidado e tá associada a três elementos sign by ser junto à coisas me ser com outros aquilo que eu tava falando do nosso tempo histórico das das nossas vidas das nossas limitações e ser si próprio e somos o que projetamos para o futuro e
o cuidado sorg é como que o produto do nosso engajamento com o mundo Desse nosso projeto de vida ele produz cuidado e essa é uma noção muito importante pro debate contemporâneo até mesmo pra questão ambiental Heid um autor amplamente estudado ele vai ser influente eh já diretamente nos existencialistas como Sartre Bovo a Hana ares também que vai ser muito influenciada vai ter um um pensamento muito importante na política e tem bases totalmente heideggeriano ela é muito influenciada pelo heidegger Como eu disse ela foi discípula e amante do heidegger em determinado período ficou bem frustrada com
ele até o fim por conta do que aconteceu durante a guerra o envolvimento dele com nazismo até porque arent era judia assim também como no nos pós-estruturalistas e mesmo na filosofia contemporânea a dizer por exemplo por Bon schuran que é um grande Herdeiro do heidger para pensar a contemporaneidade questões como a internet eh a dinâmica do trabalho o capitalismo a questão ambiental também então é um autor gigante pro pensamento contemporâneo cuja obra algumas coisas ainda estão sendo publicadas por sinal então esses são os três elementos do cuidado e a nossa finitude perfaz esses três elementos
a questão do do nosso fim da nossa morte está sendo mobilizada aí ela perpassa a nossa existência de maneira geral e a forma que nós nos relacionamos com o mundo as coisas para o heininger elas são primariamente instrumentos quando eu tô aqui falando para essa câmera eh então eu tô aqui segurando esse livro quando eu vejo um livro na instante e eu pego eu eu não olho pro livro como se ele fosse um objeto de conhecimento esse livro aqui foi impresso na Provavelmente em uma gráfica ele tem tantos eh centímetros de altura tanto de largura
ele tem tantas páginas ele foi feito a partir de tanta quantidade de madeira que para qual foram preciso derrubar eh tantos troncos enfim não é isso que acontece Qual o que que acontece imediatamente eu vejo um livro Aquilo me serve para estudo para conhecimento para decoração na estante o que quer que seja para fazer peso e ou então quando eu quando eu quando eu vejo esse casaco né esse casaco eu não não começo a pensar no tecido do que que ele é feito qual que qual que é o corte dele eu eu penso que ele
é útil para me deixar mais bonito e principalmente para me proteger do frio então nossa relação com o mundo Ela não é uma relação primariamente epistemológica como queria o Kant ela é primariamente existencial é uma relação de instrumentalização das coisas é uma palavra pesada mas existe essa dimensão no heidegger também e e junto com a noção de Cuidado para você ver como heidegger é um autor muito grande e complexo E então as coisas são instrumentos nós o das aproxima o que está distante né Nós aproximamos as coisas nós projetamos eh um espaço mas o espaço
é um espaço da relação ele precede o espaço físico o espaço que pode ser mensurado pelas ciências esse não é o espaço mais fundamental da nossa experiência o espaço mais fundamental é essa é esse espaço de relação entre o da e os intr mundanos e das relações e de instrumentalização desses entes que se configuram a partir da nossa experiência As coisas elas estão à mão elas estão zanden e não vand elas não estão furand ela elas não aparecem em sua essência elas aparecem primeiro se a gente desvelas elas vão aparecer em sua essência Mas elas
aparecem primeiro como instrumentos como coisas que estão à mão coisas que podem ser usadas nós aproximamos o que está distante e nisso também através da internet através eh de de de coisas que não são necessariamente físicas distantes fisicamente mas eh com a internet a gente aproxima algo que tá no outro lado do mundo né ou dando atenção a a a a a a um a um filme A gente tá aproximando a realidade que tá naquele filme então é mais ou menos isso eh eu acho que eu trouxe aqui para vocês o que eu queria trazer
nessa longa complexa introdução do heidger Espero que tenha dado para para entender eu tô à disposição a dúvidas sempre trazendo aqui conteúdo de qualidade com profundidade Rigor de Filosofia e cultura para vocês compartilhem esse vídeo vamos fazer o canal crescer ainda mais e a gente se vê no próximo até lá n