O Sol surge no horizonte e um novo dia começa no Egito Estamos no ano 2. 580 antes de Cristo e o faraó Quéops comanda um projeto ambicioso: a construção da pirâmide onde será sepultado uma empreitada que reúne milhares de trabalhadores. Este é o caso de Baka que está pronto para começar seu dia.
Ele toma banho usando natrão um mineral rico em sódio; e pinta os olhos com o delineador khol. Composto por diversos minerais e de cor preta o kohl protege os olhos e tem fins místicos e religiosos defendendo a alma contra maus espíritos. Seu café-da-manhã é farto, com queijo e leite de cabra frutas como tâmaras e figos, e pães feitos à base de cevada.
A cevada também é a base da cerveja que, com baixo teor alcoólico, é consumida até por crianças! Bem alimentado e vestindo roupas claras e feitas de linho Baka caminha rumo ao trabalho na pirâmide. Para isso, atravessa a área dos alojamentos, que conta até com padarias, peixarias e açougues.
É uma cidade temporária, erguida para abrigar os trabalhadores da pirâmide fornecendo a eles moradia, alimentos e cuidados médicos. Diferente do que muitas pessoas imaginam, as pirâmides não foram construídas por escravizados mas por construtores egípcios, num sistema de trabalho chamado corveia. Toda a população trabalha para o governo, recebendo alimentos, roupas ou ferramentas como salário.
Com milhares de construtores, o trabalho na pirâmide é cuidadosamente organizado pelos arquitetos que dividem os construtores em pequenas equipes. Algumas trabalham em pedreiras próximas à construção, extraindo a matéria prima dos blocos da pirâmide. Já materiais como calcário fino e granito de melhor qualidade chegam de outras regiões por barcos.
Existem construtores que trabalham transformando as pedras brutas em blocos. Outros são encarregados do polimento destes novos blocos. Uma tarefa difícil é o transporte dos blocos.
Para isso, são usados espécies de trenós, puxados por dezenas de trabalhadores. À frente, um construtor molha o deserto para diminuir o atrito com a areia. Baka trabalha bem perto da pirâmide.
Ele e sua equipe são encarregados da colocação dos blocos no monumento. Existem grupos de construtores dedicados somente à fabricação de ferramentas rampas e andaimes para a construção. Há também trabalhadores especializados como marceneiros, pintores e artesãos por todos os lados.
Ao meio-dia, o trabalho é interrompido. Os construtores se encaminham para galerias que abrigam os mantimentos, onde almoçam em salões comunitários. Baka recebe cerveja, pão, e grão de bico ou lentilha Ele também come ave ou peixe, pois a carne bovina é reservada para supervisores e arquitetos.
O descanso dura até às 14 horas quando com o Sol mais fraco, todos retomam o trabalho. Às 18 horas, o expediente se encerra e todos voltam para os alojamentos. Como a maioria dos egípcios, Baka tem apenas uma esposa.
No Antigo Egito, as mulheres desfrutam de um status mais elevado que vemos em algumas sociedades atuais. Elas possuem os mesmos direitos dos homens de suas classes sociais mas desempenham atividades diferentes. Após tomar um novo banho e jantar Baka encontra seus amigos para praticar esportes, como luta ou uma espécie de esgrima com bastões de madeira.
Ele também se distrai jogando Senet, um antepassado do gamão. Por fim, Baka se deita para descansar. Afinal, ele merece!
Mas olha, nem mesmo em seus sonhos, ele poderia imaginar 4. 500 anos depois, pessoas do mundo inteiro ainda iriam admirar o monumento que ele ajudou a construir: Assim era a vida de um trabalhador da Pirâmide de Gizé Que levou quase 30 anos para ser construída. Se você curtiu esse novo projeto do Nostalgia Clique no botão de "compartilhar" e mande para todos os seus amigos.