Se me perguntarem, Lucas, para você, qual que é o filme de terror da última década, que você mais gosta, o que você acha mais importante? Sem pensar muito, seria a bruxa de 2015 do Robert Eggers. Um filme que ele há 10 anos tem sido fruto de muita conversa, de gente que ama, de gente que odeia, de polêmicas, mas você pode até não gostar muito.
Tem que admitir, tem que admitir que é um filme muito relevante e eu não canso de dizer isso. E pro refúgio culto, é um filme que inclusive é o refúgio tá fazendo 10 anos. A gente aí tem quase que a mesma idade, não é mesmo a bruxa.
E hoje eu quero falar sobre 10 segredos sombrios que muito provavelmente você não sabia sobre o filme, mas chegou a hora de revelar. [Música] Sejam todos muito bem-vindos a mais um Refúgio Cútio, meus amigos. Hoje pra gente falar sobre a bruxa, que para mim, como eu já disse, não vou me prolongar muito nisso, é um jovem clássico do terror dos últimos 10 anos.
É a estreia de Robert Eggers em longametragem. Ele já tinha dirigido curta antes, mas em longa foi o pé na porta do cara e hoje tá aí com o nome super cotado, dirigindo filme atrás de filme. Gosto muito das obras desse senhor, né?
Foi o filme que projetou, que alavancou a Enner Taylor Joy, que hoje também é um grande nome de Hollywood e é um filmaço. Eu pensei bem, eu queria fazer alguma coisa para comemorar esses 10 anos dessa película desse filme, né? Então o que que a gente vai fazer?
Análise e tal. Não, eu já fiz análise, já falei do filme várias vezes aqui no longo desses 10 anos, tá? Hoje a gente vai falar de muita coisa que muita gente não sabe sobre a produção, sobre o filme.
Então, bora lá. Qual que talvez seja o personagem mais marcante de A bruxa? Beleza, você tem a Thomazin feito pela e Inner Taylor Joy, mas é quem?
É o Black Philip, né? O Black Philip, ele se tornou um ícone, se tornou aí eh um elemento do terror que muito se diz, inclusive eu tenho um uma sei lá, uma vontade, talvez essa conteja de fazer uma tatuagenzinha do Black Philip. Vem aí, talvez sim, talvez não, ainda tô pensando, mas enfim.
Saiba que no nosso primeiro segredo aqui é o Charlie, que é o nome verdadeiro do Black Philip que gravou o filme e tal. Eh, deu muito, mas deu muito trabalho para gravar ali, tá? Eh, o Robert Eggers falou isso em algumas gravações que foi um desafio, porque não necessariamente você consegue treinar, né, um bod.
Então, por exemplo, tá, tem lá as irmãzinhos, irmãozinhos gêmeos, né, eh, eh, irmãos da Thomasin, da protagonista. E em algumas cenas o Black Philip tá ali, ó, pertinho deles, certo? Então, se o bod era imprevisível, é meio perigoso, ele podia dar coisa ali chifrada a qualquer momento.
Como que eles faziam para dar uma contida no bicho? Eles botavam ele numa coleira. Ele tava numa coleirinha ali, tava amarrado, mas removeram essas coleiras ali em vários momentos com computação, né?
removeram ali, usaram o CD e deu tudo certo, apesar do trabalho. Eu fico pensando se aquela cena em que o Black Philip dá umas chifradas ali no pai da Thomasin, se por um acaso não foi a fúria, a raiva e a imprevisibilidade do Charlie, do nosso querido Charlie. O segundo segredo de a bruxa é que o ator Rolph Inerson, que fez o William, que fez o pai da protagonista, que também é um personagem bem marcante, tem aquela voz daquele jeito e que sofre bastante.
Inclusive Rerson fala, né, que é é o melhor papel da carreira dele. Até hoje ele fala isso, tá? E ele perdeu nada mais e nada menos do que 14 kg para fazer a bruxa.
O cara fez uma dieta, um regime. Ralph Inerson disse em entrevista que ele praticava muito yoga, ele não comia o cara, ele ficava sem cober de seta, ele comia um negocinho outro ali, uma alfacezinha outra para poder realmente perder muito peso. E ele cortava muito madeira, né, muita lenha, que é também uma característica do personagem ali, corta muita lenha, mas o ator ele fazia isso nos bastidores para poder manter a forma, né?
Porque ele tem uma fisicalidade ali, mas isso vai muito com o personagem mesmo, o psicológico dele que vai afetando, ele vai emagrecendo e o cara se dedicou e muito. O terceiro segredo envolve uma cena que é bastante bizarra em a bruxa, tá? Eu lembro a primeira vez que eu ouvi essa cena, eu falei: "Meu Deus do céu, o que que é isso?
" Sabe a cena em que a mãe da Thomasin, ela tá achando que tá amamentando o bebê dela, mas na verdade é um corvo que tá bicando ali o negócio e vai puxando e dá uma agonia. Pois é, eles gravaram essa cena em um take e gravaram mesmo. Não é computação gráfica, não é o corvo, ele não tava ali inserido digitalmente, não tá?
Aí você fala: "Meu Deus do céu, Lucas". Mas como que fizeram isso? Obviamente colocar uma prótese na atriz, né?
botar o bichinho que diferente do Charlie, do Black Philip, que não era treinado, o pássaro, sim, ele era treinado, o nome dele é Geraldo. Brincadeira, ele não sei o nome do pássaro, não revelaram o nome do corvo, mas com o empenho da atriz Kate Dick, que fez a mãe e ali o posicionamento certinho do bicho, eles conseguiram já em uma vezinha ali capturar a cena e ficou maravilhosa. Segredo número quatro em relação ao figurino do Black Philip.
Tá aqui é spoiler, pelo amor de Deus. Você não viu a bruxa até hoje, são 10 anos, meu amigo. Tá, mas você tem ali a transformação final do Black Philip.
A gente vê que ele tá com umas vestes escuras e tal. Ele tem uma voz, ele fala da manteiga, tem todo um textinho dele ali bastante imponente, você sabia? E aí isso vem muito da obsessão do Robert Eggers como diretor, tá?
Eles fizeram uma baita roupa, um figurino ali pro ator que fez a versão humana diabólica do Black Philip. E aí tinha ouro, tinha pena, tinha joias ali, tinham detalhes que eles gastaram, né? É, produzindo a a roupa, como vocês estão vendo aí em tela.
O ator que fez essa versão do Black Philip, o Aab Shadry, é um cara enorme, bonitão e tal, pinta de modelo, mas o cara não aparece, na verdade, aparece ali meio que a silhueta dele em alguns segundos, uma partezinha ali do figurino e pronto. Ou seja, gastaram uma graninha ali, desenvolveram figurino, pegaram os detalhes, né, as pesquisas do Robert Eggers para fazer todo o filme o cara pesquisa exaustivamente. E a bruxa não foi diferente, tá?
Eh, e o texto que ele fala, o negócio da manteiga, dos prazeres, a oferta que ele faz paraa Tomazinha ali no final, na verdade são frases tiradas de textos antigaços do século X7, da Nova Inglaterra para trás, né? Então, Albert Eggers trouxe isso ali pros momentos finais do filme para deixar o negócio mais genuíno possível. O finalzinho de A bruxa, você tem Thomasin se entregando, né, se tornando uma bruxa e uma espécie de dança ali das bruxas e tal, né?
Depois o o rosto da Tomazinha observando aquilo, enfim, elas levitando. Pois é, a levitação é claro que não é genuína, é claro que não aconteceu, não é mesmo? Porém, aquela dança macabra, aqueles movimentos, é tirada de uma dança japonesa que é chamada de butle.
Eh, essa dança japonesa chamou a atenção ali do Robert Eggers e tal. O filme ele foi gravado no Canadá, então eles correram atrás de uma dançarina especialista nesses tipo de dança, que é um tipo de dança mais raro de você achar ali. Pessoas que performam isso fora do Japão, eles acharam e não só acharam, mas também dançarinas da Denise Fujiuara, que foi a responsável por essa coreografia, que topara ali sem roupa mesmo, fazer a performance numa cena que eu também gosto bastante.
Inclusive, compara depois a cena final, pega lá os movimentos delas e tal, o estilo e depois joga no próprio YouTube, né? But d U t o h japanese dance, né? Você vai ver que tem várias semelhanças.
Você lembra que eu falei que o Robert Eggers, o diretor de A bruxa, é obsecado? Que ele faz pesquisa para caramba, que ele se aprofunda muito? Pois é.
Você lembra também que quando a gente vai ver alguns pôsteres de a bruxa com nome em inglês e tal, a gente vê que é the wit, né? Não é the witch, é the witch com dois vezes, né? que fica formando um W, que ficou bem marcante ali na divulgação do filme, etc.
Pois é, isso não é por acaso, não. Você já se perguntou por que isso acontece? Porque na época também, Nova Inglaterra, século X7, a tipografia ali, a maneira como eles usavam ali o W, né, escrita de modo em geral, as letras eram mais largas, bem mais largas, mais abertas.
Então, foi uma maneira dele colocar duas vezes e deixar o W o mais largo possível para arremeter, né, século X7 para trás. Mas não só isso, tá? Não fica só no título, não.
Também fruto de pesquisas e tal, o lance da casinha em frente à floresta e outros cenários, poucos, mas os que a gente vê em tela, eles construíram pro filme e também totalmente baseado em séculos atrás, Nova Inglaterra. Então o cara ele pegou toda essa essência, né, e transportou pra tela, mas começando do zero. Ele falou que quando ele viu a casinha montada pela primeira vez e o negócio era cheio de detalhes também, ele chega, chorou, ele se emocionou ali nos bastidores.
Mais um segredinho é que A Bruxa é um filme de baixo orçamento. Ele custou cerca de 4 milhões de dólares, tá? Ele foi produzido por um brasileiro, o Rodrigo Teixeira, que já produziu vários filmes Mundo Afora.
E por ser um filme de baixo orçamento e tal, e para caber no orçamento, eles gravaram aonde? no Canadá, que era bem mais barato, mais em conta e o filme poderia acontecer, poderia ser rodado. É óbvio que muito antes disso o Robert Eggers, ele tentou e tentou e tentou que fosse gravado na Nova Inglaterra mesmo, que apesar de ter esse nome, a nova Inglaterra fica ali nos Estados Unidos.
Só que era aquilo, né? Robertão dos Ovos, ele a sua obsessão ou ele ia gravar exatamente no local onde a história aconteceu, mas ia ter que arrecadar muito mais grana e talvez a bruxa não tivesse saído originalmente 2015, talvez em 2020 ou talvez nunca, ou ele gravava no Canadá, felizmente ele abriu mão de gravar na Nova Inglaterra e deu tudo certo. Um outro segredo é que o Robert Egou qual que é o maior arrependimento dele em relação à bruxa.
Ele diz que para ele é quase um pecado ele não ter escrito uma ceninha a mais que desce ali um pouco mais de profundidade pro relacionamento da Thomasin, da personagem da Neter Terlor Joy e da personagem da mãe dela feita pela Kate Dick, né? Porque segundo ele, elas estão em confronto o filme todo. A mãe chega num ponto que ela tá odiando a filha.
Ele queria ter feito uma cena das duas se amando um pouquinho, tendo uma uma cena mais sensível ali de mãe e filha para depois quando o negócio ficasse infernal lá pro final, o impacto ter sido maior, a quebra ter sido maior. Mas não aconteceu. Mas Robertão, calma que o filme ficou bom demais, meu filho.
Relaxa. Penúltimo segredo sombrio de a bruxa é que a bruxa tem um erro. Você sabia que o filme tem um erro ali muito aparente na tela, um erro de câmera que rolou?
Se você pausar o filme ou prestar atenção exatamente a 1 hora 11 minutos e 53 segundos do filme, você vai ver que a câmera ela desfoca. E isso não era intencional, isso foi um erro do cameraman que falou: "Pronto, eu vou ser demitido, o homem é maluco, ele é obsecado". Ele vai me debitir agora, mas não, não aconteceu nada demais.
Tanto é que Robert Eggers achou legal. Ele falou: "Tá aí, legal, gostei, achei diferentão, achei estiloso" e deixou no corte final do filme, né? que eles poderiam ter usado uma outra cena e tal, mas não era um erro mesmo.
O último segredo de a bruxa, que não é tão segredo assim, porque, né, é uma entrevista relativamente conhecida aí do Robert Eggers, é que ele, digamos assim, não gosta muito de a bruxa. Lucas, como assim? Sim, ele fala que nem quer ver a bruxa de novo e tal, porque ele fala que ele era jovem, foi o primeiro filme dele e que ele faria muita coisa diferente.
Ele falou o seguinte, abre aspas. Honestamente, eu não aguento assistir a bruxa de novo hoje em dia. Não é que o filme seja ruim, as performances são ótimas.
Eu só não era habilidoso o suficiente como diretor para trazer as ideias da minha cabeça de forma mais eficiente e impactante pra tela, disse Robert Eggers, né? Aí para você ver. É aquela coisa, é a síndrome do impostor com mais algumas coisinhas psicológica, talvez de insegurança, porque para muita gente e para mim, eu me incluo nisso, já falei para vocês, a bruxa é uma obra prima.
pro cara é o filme mais fraco dele e para mim é o contrário. É o filme que eu mais gosto do Robert Eggers. Eu acho que é um filme que que ele sim é cruado a outros filmes dele, mas parte da beleza do filme, parte dessa coisa magnética que ele tem é justamente por isso, né?
Mas mais uma vez o cara é perfeccionista e é isso, tá no direito dele. Bem, meus amigos, esses são 10 segredos em comemoração a 10 anos do lançamento de A Bruxa. Pois é, meus amigos, é isso, né?
Em 2015 tava passando pelos festivais, em 2016, bem no iniciozinho, é que ele começou a ser passado no cinemas de maneira comercial, né? Mas são 10 anos aí que essa criatura maravilhosa cinematográfica do capiroto, do Black Philip, né, é, ganhou o mundo. E você, que que você acha do filme, né?
Você sabia dessas informações? Você já tinha lido desses segredos? Talvez não fosse segredo para você, mas para muita gente eu acho que é.
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