OFICINA: Limites, disciplina e punição nos serviços de acolhimento: do que estamos falando" vídeo 1

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Instituto Fazendo História
Conversa com a psicóloga Yara Saião. - 💜 O Instituto Fazendo História trabalha desde 2005 para apoi...
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[Música] para sayão eu sou psicóloga de formação e de exercício profissional por 36 anos tá então tem o hábito de quando eu falo quando eu converso puxar a brasa para a sua sardinha que entro muito mais em contato com estas questões com o aspecto psi não quer dizer que seja única único determinante de tudo o que acontece dentro de uma unidade de acolhimento tá na minha experiência profissional logo depois de formada não estudei aqui sou do interior mas estudei aqui em são paulo me formei em faz muito tempo trabalhei a numa unidade de hoje chamada
de acolhimento mas como atacante falou antes do estatuto da criança e do adolescente de 80 86 por seis anos trabalhei diariamente em uma unidade de acolhimento que fica em são paulo no pacaembu chamava sampaio viana tá é é a humanidade que tinha de 500 a 600 crianças eram unidade de triagem chamada né só pelo número de crianças que tinha lá fez tem idéia de como é né a coisa mudou dá pra depois o estatuto tá era uma unidade de acolhimento 500 a 600 crianças e 400 funcionários e muitas questões eram só crianças de 0 a
7 anos está já naquela época muita gente nessa unidade em outras unidades da febem na época era na febem que era a instituição responsável por acolher crianças não apenas autores de ato infracional mas também as chamadas aspas abandonadas 92% tinha família não eram abandonadas tá era na febem ficava agora separou mudou toda a política é mais pra vocês terem uma idéia da do do quanto importante foi o estatuto da criança e do adolescente e também pra gente não tem idéia que ele caiu do céu já naquela época muitos profissionais muitos trabalhadores como vocês envolvidos no
trabalho com crianças e adolescente foram as pessoas que batalharam que brigarão por aqui na constituição de 88 entrasse uma artigo 227 quem tiver curiosidade vê lá depois um artigo não é que eu chamo que a nave mãe a partir daí que saiu depois todo o estatuto que é uma lei que nasceu a partir de uma a de um artigo da constituição nossa tá então vocês terem uma idéia na época a assembléia constituinte trabalhava com a petições com documentos assinados e o exigido para entrar em discussão pelos deputados constituintes era de que o qualquer petição tivesse
30 mil assinaturas a petição que falava da prioridade absoluta de crianças e adolescentes que queria mudar o paradigma pra a questão da proteção integral com uma parte falou teve um milhão de assinaturas gente o exigido era 30 mil dá pra gente começar a ter noção da mobília né da mobilização que o país inteiro fez pra pra gente ter a lei que a gente tem hoje então falar do estatuto da criança e adolescente não é uma lei qualquer é uma lei que foi brigada que foi batalhado que não veio de cima para baixo né e também
tem que informar a vocês que boa parte dessas assinaturas eram de crianças e adolescentes que estavam 'ana nos orfanatos da época não tinham a validade legal mas no mínimo para quem assinou aquilo foram crianças e adolescentes que foram informados com quem se discutiu a questão né a gente está brigando para ter uma lei então eu estou falando tudo isso para informar vocês assim nascem são herdeiros de sonhos né de desejos de indignação de muita gente né muitos profissionais da época brigaram para que o estatuto fosse brigado e aprovado não foi uma lei simples muitas brigas
muitas encrencas muita atenção né pra que a gente tem a lei que a gente tem hoje né e chama a atenção para isso porque qualquer mudança no estatuto a gente tem que ter isso em mente não é só a caneta tira isso tem aquilo mudar isso né a gente tem que pensar de que foi uma mobilização do país inteiro que produziu essa lei e que a gente é guardião dessa lei querendo ou não todo mundo que trabalha numa unidade de acolhimento têm ligação com essa lei tem que respeitar essa lei tem que fazer valer tá
então isso é uma informação importante só para ir e voltar então eu trabalhei de 80 e 86 no ano bem numa unidade de acolhimento primeiro como na na linguagem da época a gente chamava monitor que eu acho que equivale um pouco hoje a orientador socioeducativo tá depois comecei a trabalhar como psicóloga de sair de lá trabalhei escola e trabalhei por 20 nossa 28 anos no serviço de psicologia escolar da usp tá no meu trabalho era atender grupos de profissionais que trabalharão em instituições educativas então eu atendi acompanhei a atendimento longitudinal tá então algumas equipes de
algumas unidades de acolhimento tanto do interior quanto de são paulo eu atendi por seis anos por sete anos no mínimo uma vez por mês tá além disso fiz algum trabalho direto em alguns algumas unidades de acolhimento de supervisão em louco né nuna algumas unidades e também por uns 10 12 anos eu tive estagiários de psicologia alunos de 2º 3º 4º 5º ano que iriam alguns abrigos e faziam um trabalho nos abrigos tá então tá gente pra começar a falar de limites que é isso que a gente está falando punição primeiro é essencial né a gente
tem que pensar quem é quem são as crianças que moram é o que estão passando um tempo em uma unidade de acolhimento genericamente quem são essas crianças as crianças todas exata esse é um ponto fundamental a gente mesmo sem ler o prontuário de qualquer criança mesmo sem quando conversar com eles mesmo sem saber de nada chegou em uma unidade de acolhimento eu já posso ter esta certeza beijo então aqui começa já uma questão eu não sei de nada eu não li o prontuário não viu o pior não sei de nada mas eu sei uma coisa
fundamental esta criança já esteve envolvida num contexto de violência e aqui começa a história tanto violências físicas né já apanhou muito e à violência sexual já tem o seu corpo invadidos em né a sua vontade contra uma regra não é contra uma legislação inclusive tá e outros tipos de violência violência que tem a ver com a humilhação que tem a ver com a falta de cuidados né é ela não foi atendida muitas vezes na sua necessidade de saúde e educação mesmo que ela tenha sido vamos dizer bem cuidada durante um período a maior parte dessas
crianças já viveu na pele a questão da violência da desigualdade social é que é morar num bairro onde não tem atendimento onde é tudo precário onde tem lugar pra se divertir os adolescentes não têm lugar para onde ir pra brincar pra é pra enfim para usufruir produzir cultura tá então a gente está falando dessas crianças e aí é interessante pensar de que muitas vezes a gente sabe disso mas na hora de pensar em uma punição de pensar nessa coisa da limite a gente esquece não são crianças quaisquer gente a violência à violação de direitos deixa
marcas fala kansas e adolescentes que já vem gente com um grau de sofrimento intenso e elevado e isto deixa marcas no comportamento dele está certo eu fiquei ontem quebrando a cabeça tentando pensar assim é uma comparação com a gente adulto para pensar simplesmente uma criança a chegada de uma criança numa unidade de acolhimento que não tenha sido espancada que não foi vítima de violência sexual que foi uma coisa episódica morava sua mãe a mãe teve um surto precisou ser internada ninguém pode ser culpado daquela criança não foi ninguém foi buscar na escola vizinho falou há
enfim pessoal da escola ficou com a criança chamou conselho tutelar essa criança foi parar num site tá certo esse é uma possibilidade não é esta criança gente ela passou por uma violência mês ela é pequena por exemplo mesmo que alguém tenha conversado com ela seria a algo parecido não parecido mas a gente imaginar conseguir entrar dentro da cabecinha dela e pensar como é que é chegar não saiba imagine qualquer um de nós de repente a gente tá dormindo e alguém dormindo nos transporta para um país estrangeiro c abre o olho e fala opa vai falar
com alguém ninguém entende o que você fala se olha para a cara das pessoas e não sabe decodificar né quando a gente convivia familiaridade é não nos ano nos dá elementos para falar ela está fazendo essa cara então ela tá brava comigo ou ela tá sendo irônica ou não sei o que está acontecendo não é a familiaridade do convívio nos informa e nos dá muitos elementos até para um bebezinho pequeno tá certo um bebê antes de saber falar e ele já sabe distinguir o não quando é dito não da vovó que aquele não com a
risadinha ea criança vá em frente pode ultrapassar o limite né porque e ou não da mãe ou do pai às vezes de outra pessoa tá certo antes de saber falar uma criança já tem condição de interpretando um pouco um não que a nossa cultura tem muito a ver com limite como é que a gente coloca tá então esta criança que chega num abrigo na e todo mundo aqui respondeu interessante que o vínculo afetivo é uma coisa importante para respeitar as regras né gente quando eles são recém chegados como começar exigindo que eles feita em regra
se eles não conhecem vocês se eles estão é como isso também mexe num país estrangeiro ninguém fala a língua daquela criança como é que ela vai começar a respeitar as regras dá pra dizer se irritou né carregando um pouco na tinta mais pra escancara um pouco abre mesmo todo o tamanho da responsabilidade de quem está numa unidade de acolhimento é receber esta criança que às vezes sem lei pronto ainda em e às vezes sim também quero chamar atenção para isso não será bom vocês conhecerem a história toda desta criança gente não será bom em alguns
algumas situações será muito ruim para esta criança da mesma forma que cada um de nós aqui gosta de preservar sua intimidade à sua privacidade né nem todo mundo gosta de no trabalho gosta que o seu colega de trabalho saiba qual é a sua situação afetivo sexual não é isso é um direito nosso porque é que toda criança que está no abrigo tem que ter toda a sua intimidade devassada conhecido por todo mundo então vamos no mínimo começar a pensar isso é necessário mesmo porque a informação fundamental é esta todas as crianças que estão em unidades
de acolhimento passaram por algum tipo de violência e esta violência deixa marcas estas marcas são diferentes de sujeito pra sujeito né elas vão se expressar não às vezes do primeiro dia segundo dia então às vezes a gente recebe alguém na unidade de acolhimento né passa por um plantão por outro lado falar não é bonzinho educadinho ele é obediente daqui a três dias a morte a sombra agride alguém e aí né às vezes é isso no começo está tão assustado tatão né que vai seguir a onda e de repente começa a aparecer as marcas da violência
a gente olha tem muita gente que estuda isso aí não é só o psicólogo mas vai influir muito no comportamento de cada um tá tem a ver com a índole de cada um esta coisa agressiva às vezes violenta mesmo destrutiva tem a ver com a índole ou tem a ver com o contexto ou um pouco de cada coisa tá mas são ideias importantes porque antônio mundo aqui ou já ouviu ou já falou prática e essa é uma idéia está sendo muito questionado e revisitada a ideia da teoria da laranja podre não tem já ouviram falar
em um cesto de laranjas boas se põe uma laranja podre e ela começa a contaminar todas as outras é a idéia do contexto né então se eu tirar este menino aqui causa problema que é agressivo né se eu tirar esse garoto vai ficar tudo bem tudo certo quem aqui nunca pensou isso a esse menino tivesse aqui ai se ele nem se ele fosse embora e se ele fosse adotado desacolhido alguma coisa né uma torcida de surda levanta a mão quem nunca pensou isso ok então é esta ideia de que as crianças estão lá a gente
aí é começar a pensar um pouco né esse dado é importante pra gente começar a pensar em limites o que é isso são com essas crianças que a gente vai trabalhar e está trabalhando todas vítimas de violência esta violência deixa marcas e o comportamento delas de uma forma geral tem a ver com isso então é diferente de estar numa escola de classe média com crianças que têm todo um suporte familiar afetivo financeiro nunca passou por violação de direito e este menino vai morder sombra agrediu outro pavio koné é um tipo de compreensão de intervenção que
a gente pode ter aqui a gente tem que levar em conta muitas vezes o comportamento de uma criança e não é só no primeiro segundo dia que chegou de um mês depois às vezes por anos o comportamento dela é reativo nela está reagindo é o jeito que ela consegue lidar e pôr para fora porque aí com vocês com quem aparece pela frente porque ela não tem mais contato e às vezes ela né as pessoas que fizeram mal pra ela e que às vezes não é isso gente a violência por violação de direito às vezes não
têm endereço certo né contra quem eu posso dirigir a minha raiva de já ter sido assaltada quatro vezes não é não é uma coisa difícil é um guarda que não estava no lugar é o prefeito é o governador é difuso é genérico né mas me dá raiva não é cada um de nós aqui que não sentiu que o seu direito de segurança está sendo garantido a gente não fica indignado não fica com raiva e às vezes a gente não descarrega essa raiva endereço errado né nas situações mais banais e briga com seu marido antes de
sair de casa e chega no abrigo e você já fala de uma maneira ríspida com a criança eu já não falei pra você que não fazer isso acabou de tirar a criança tá ali né então a gente entra com os nossos afetos com nossos sentimentos vamos pensar que os afetos sentimentos e sofrimentos destas crianças vão ser realizados com vocês porque eles não estão mais com o pai a mãe ea avó a tia da cunhada madrinha outras pessoas de outras unidades de acolhimento que já impediram muito sofrimento a eles a gente a gente não tem dentro
da gente uma instância psíquica que equivale a uma descarga saber como uma sujeira objetiva lavou tá limpo né não tem como a gente dizer a tudo isso já aconteceu com essas crianças muitas das marcas de violência que essas crianças têm elas não conseguem contar pra gente em palavras nenhuma criança que sofreu violência e vocês já devem ter visto muitas crianças pequenas no pequeno estou falando de 0 a 3 anos está sofrendo muitas violências na época que eu trabalhei na febem eu me lembro de discussões de caso com a neuro neuropediatra ela pegando um raio x
de cabeça de algumas crianças e ela dizia a única explicação que eu tenho pra isto para o que mostra essa radiografia é que esta criança ou levou martelada cabeça ou foi jogado na parede o tipo de dano que tem aqui né e aí usa então é isso gente pode estar chegando um adolescente da pá virada de 14 e 15 anos num saiba que viveu isso não vai ter nem no prontuário nem adianta a gente lê num tá escrito em lugar nenhum está escrito nesta criança em algum lugar tá certo então isto é fundamental a gente
pode parecer a ideia mais a conhecida mas é é uma idéia que a gente sabe mas às vezes a gente não leva em conta tal então tô repisando tomar campo que isso é importante todos os comportamentos destas crianças muitas vezes podem estar sendo reativos não estou querendo dizer que então né uma frase que a gente ouve muito nos abrigos é pra passar a mão na cabeça não quer dizer isso mas compreender é diferente de aceitar primeiro nós precisamos compreender que sentido tem né a serviço de estar do que que está aquele comportamento explosivo violento agressivo
destrutivo de uma criança tá primeiros a compreender para poder começar a pensar que tipo de limite ele precisa como agente vai lidar com esse menino porque porque não tem regra né não dá pra gente generalizar vocês intuitivamente todo mundo sabe disso como uma criança funciona você por exemplo o tipo de punição mais recorrente mais usada muito usada por todo mundo por muitas pessoas é dar um gelo não é a ele está sim vou dar um gelo pra né fazer o corta o roubo eu retiro o afetivo que é para a criança ficar atrapalhada desequilibrada insegura
e aí ela vai obedecer não é até em casa a gente não faz isso vai no automático criança bem a mãe o que está certo a patronesse fica no no piloto automático como dizer da comida mandar carinho mas não dá atenção mas retira a morosidade com alguns isto funciona não funciona com outros não é pior está empurrando a criança por um lado você não quer que ela vá então não tem receita porque tem a ver com a gente tem a ver com o mall como a gente coloca o limite tá certo é então eu tenho
uma série de ideias força que coloquei a que chamei de 10 força pra gente levar em conta está a palavra limite gente não pensar palavra limite pra vocês suscita o que lembra física que outras palavras o que idéias do que a gente está falando sobre a notar que algumas limite tem a ver com que o controle é graf mais combinados que tem a ver com o grupo o conjunto do combinado aqui tá que mais limite tem a ver com mais coisas um monte de coisa não é uma proteção que mais respeito e afeto autonomia o
que é interessante vou colocar aqui controle versus autonomia porque quando a gente está falando de controle em geral já está pensando no controle que eu consigo ter sobre a criança né e autonomia é uma idéia que questiona isto tá não é não é contrária mas são idéias que dialogam pela oposição não pensar que ram se tem a ver com a sociedade possa dizer que limite também tem muito a ver com educação vão começar a pensar por aqui gente sociedade antes ainda da gente pensar nas estratégias que acha que são importantes e que talvez a mazda
na segunda parte ajude mais vocês a pensar como fazer isso mas nessa primeira parte não pensar que que é limite pra que serve como é que funciona não é para aí a gente pensar na infinidade muito grande de estratégias que existem e que eu diria quanto mais a gente inventa uma estratégia a gente cria uma estratégia para dar conta de uma situação difícil mais chance ela tem de dar certo né mesmo que a gente vamos dizer reinvente né mas quando eu vou usar uma estratégia que houve uma palestra que eu li no livro que eu
discutir com o colega o que eu vi alguém fazendo quando eu faço aquilo ou o contrário daquilo tem que tornar aquilo meu pra poder funcionar e dá certo né porque não funciona é ver a autonomia é importante para você está bem você tem que saber o que estão fazendo e isto já questiona aquela idéia de que a equipe técnica que constrói as regras são os educadores que colou em prática tá certo já questionam por que porque está fadada é crônica de uma morte anunciada não vai funcionar a gente se um pensa usa a cabeça e
outros a mão em educação olha num laboratório pode funcionar e tem um monte de lugar que isso pode ser bom e pode funcionar divisão de tarefas e atividades na educação a gente tem que ser com sável pelo que faz e essa é uma questão a questão da sociedade do coletivo uma das grandes dificuldades da nossa sociedade mas em especial num ambiente coletivo de educação que é diferente do ambiente familiar tem a ver com um monte de gente nós somos corresponsáveis a equipe técnica é corresponsável a direção é corresponsável como educador todo mundo ali tem uma
parcela de responsabilidade não é porque não dá pra dizer eu dei essa punição e porquê dessa punição a que foi a psicóloga me mandou não dá pra ter esta isenção eu tenho que pensar psicóloga mandou conversei com ela concordei não concordei achei isso achei enfim vocês precisam é ter nas mãos o que estão fazendo para poder responder por isso tá certo em educação nem na escola nem em lugar nenhum funciona essa idéia de que uma cabeça e outro irmão é por isso que a gente questiona tanto livro didático que já têm tudo mastigadinho né é
por isso que a gente precisa que o professor seja com toda a aula que lhe dá mesmo que ele tenha naquele passa ali uma coisa que ele viu no livro ele precisa ser coautor ele colocou a idéia em falar eu assumi eu concordo com isso o meu jeito de fazer isso é assim assado tá então é a aquela afirmação que responderam aqui que todo mundo concordou uma equipe precisa está afinada e flexível é verdade embora seja muito difícil acerto a função dos limites é educar não é e pensar que a educação ea gente tem uma
infinidade de definições e educação vou trazer para vocês esta aqui com a qual mais eu me afino de que educar é incluir numa sociedade gente da mesma forma que a gente vai para um país estrangeiro que não fala a nossa língua que a gente não entende o que eles falam a gente vai precisar já em contato com a língua com os códigos com as regras a gente vai estranhar a nossa que eles podem fazer isso nós aqui eles fazem assim né é então um bebê quando nasce né precisa ser incluído na nossa cultura isso não
tá danado quem de vocês já num fio já não conviveu com criança que a gente acha estranho esquisito e tal e muitas vezes alguém define como assim ele parece um bichinho já não vi essa essa né o que a gente está querendo dizer quando a gente faz quer dizer ele não conhece as nossas regras ele parece não conseguir nem conhecê-lo se conhece não consegue seguir na ele não é um dos nossos nem a gente às vezes não reconhece a humanidade numa criança que está muito detonada que tá né estas que às vezes a gente fala
não tem como não tá a gente fala ele não houve a gente né a gente não tem acesso a essa criança tá então pensar na função dos limites e aqui já começa uma coisa importante é incluir na nossa sociedade na nossa cultura é incluir no coletivo é da chance de dar ferramentas para essa criança conseguir conviver e num coletivo numa sociedade então vejam inclui é o oposto de excluir está certo então nós temos que pensar nessas coisas não irão o passeio não participar disso não comer tal coisa como punições que às vezes a gente acha
que funcione pronto a gente está excluindo quando a função última do limite tem que ser inclui incluiu sujeito numa dada sociedade numa da cultura e não é pena e obedecer gente ele tem que conhecer as regras tanto as regras a gente não tem uma série de regras e de normas da nossa cultura que não está praticamente escrito em lugar nenhum exemplo lembra de alguma e importante séria que vale aqui vale no piauí vale na argentina vale na coréia do norte xingar a mãe olha é cediço que é quase universal mesmo quer dizer respeito né porque
depois no mundo esta eu diria é né talvez seja universal estou pensando também gente numa regra que não está escrita com 11 e que a fundante da nossa cultura está escrito na constituição de algum país de que uma criança um garoto não pode namorar a irmã ou a mãe o pai os irmãos não mas é uma regra importante não é como é que uma criança vai ter acesso a esta é uma infinidade né esta coisa quer dizer com a mãe a gente não brinca e tanto isso é verdade que uma época que a gente estava
trabalhando na usp numa com uma unidade do circo escola que ficava ali na redondeza eles pediram a nossa intervenção nossa ação porque justamente as crianças estavam muito violentas e muito agressivas uma com as outras como os educadores né e educador flávio trabalho aqui há 12 anos e nunca foi assim o tempo inteiro tem sangue aqui todo dia a gente né como é que tá e aí pra começar a intervir ter uma equipa interessante um trabalho interessante a gente pensou em fazer rodas de conversa com as crianças e também questionário com as crianças e adolescentes para
tentar compreender né e aí a gente sem usar a palavra violência em hora nenhuma a gente fez um monte de questão para saber que resolução as crianças davam para situações de conflito e tensão então era isso se você está com uma bola que é sua na mão e você tá dentro do equipamento alguém pega a bola sem sua autorização e vai pra lá o que você faz era interessante que para todas as situações que a gente se supunha que as equipes suponho de que as crianças não tá nem aí com os adultos as respostas não
confirmaram isso a maioria das respostas validar o diálogo como forma de melhor conflito era assim eu chamo educador eu vou lá procurar o diretor se ela na na rua às vezes era a gente pega né não era uma coisa que eu meto a mão na cara dele e pronto eu pego a bola e pronto agora quando chegava a mãe não tinha conversa 'nesse há há há ofensa fosse ele xingou minha mãe né para a maioria dos meninos e meninas crianças e adolescentes era uma questão de honra defender e isso que foi ofendido tá então a
questão do diálogo é fundamental gente a gente tem que trabalhar né para ele chegará a questão de dar da frança de santa mas antes ainda função então do limite é poder da ferramenta da régua e compasso para que estas crianças conheçam a nossa cultura compreendam muitas vezes e uma criança e 23 57 anos muitas vezes não têm condição ainda não tenha pará tu como objetivo para compreender mas ela tem vínculo afetivo com quem cuida dela pra disney é pra isto se minha mãe tá dizendo que não pode ser o educador time e ele tem vínculo
comigo e me protege ele cuida de mim então eu vou fazer em nome disso tá vamos dizer das punições mais conhecidas tanto em ambiente familiar quanto em ambiente coletivo é a retirada do feto não é uma mãe fica brava não faz isso o tom de voz esta coisa retirar o afeto para uma criança pequena de daí deixem segurança quer dizer se ela não gosta de mim se ele não cuida de mim que eu vou ficar sozinho no mundo eu vou ficar perdido isto desde num nível máximo é seu abandono gente e é por isso que
muita criança vai para um abrigo não é o abandono desequilibra qualquer um desequilíbrio até nós adultos não é quem é que já não viveu isso em ambiente de trabalho e falou não dá pra encarar ficar completamente isolados em turma sem parceria assim né não é horrível imagina pra criança tá então é essa é uma das dificuldades a gente tem que colocar limite e às vezes colocar limite é restringir é excluir para incluir percebe por isso que não é simples é por isso que nem é esse tema chama atenção ea gente tem que pensar e discutir
muito em última instância a gente fala a retirada do passeio como uma então agora é retirar eu não quero que cada situação é um agente não dá nem pra gente dizer isto esta série está errado agora cada situação tem que ser pensada né eu posso pensar de que se teve uma conversa antes se teve um percurso de este menino transgrediu é teve uma uma punição transgrediu teve outra punição tem um passeio anunciado numa data tal a gente está conversando gente por aí nesse passeio vai precisar ficar me obedecendo sempre bom poder sair correndo para cada
lado não vão poder fazer isso não poder fazer aquilo né quem não tiver condição de fazer isso então talvez não possa ser o passeio este é um tipo de neath falar isso com adolescentes com criança pequena que não tem ainda a compreensão que não têm noção de tempo então hoje é hoje e amanhã amanhã domingo é outro dia outro tempo outra coisa o que eu fiz hoje ser punição porque vai acontecer no domingo e hoje é só quinta feira não faz sentido gente né quanto essa também é uma ideia força quanto mais próximo da questão
do reparação da reparação do dano mais chance a punição tem a punição ou sanção tem de dar certo portanto é diferente né a mesma punição por um adolescente que tem um percurso de história quem a gente conversou para uma criança que chegou ontem ao abrigo a ele é muito fácil curta ele morre todo mundo ele gosta a gente só que ele não pode no passeio né pelo contrário ele vai entender como exclusão quanto mais excluída a criança tá mais raiva da e ela vai atacar quer dizer ano num tá comigo estou contra nessa eu me
sinta excluída e eu tenho algum recurso psíquico e essas crianças anos ea maioria delas são sobreviventes de situação de violência elas têm recursos psíquicos para berrar para intervir tá então a função é inserir a cultura e da elementos para que esta criança esse a gente consiga conviver com a gente respeitando as nossas regras e olha respeita a conhecer não é aceitar gente a idéia é que pelo menos eu me alinho a idéia de educação não é da gente produzir obediência está certo já foi o tempo quando a gente pedia para uma professora falar quais são
as características das qualidades melhor os seus alunos e ava lá eles são obedientes né quer dizer estas crianças precisam ter condição pra num certo momento é isso mesmo que reservou para um lugar onde eu não conheço ninguém fala a minha língua como é que funciona e como são as regras para poder sobreviver nesse meio tá certa então a tarefa de colocar limite não é simples não é fácil num ambiente coletivo comuns aica não deveria ser uma responsabilidade de um sujeito só é esta questão da equipe gente discute o caso precisa ter elementos precisa compartilhar porque
muitas vezes entra em jogo as nossas ideias pessoais e educação não é uma vez eu fiquei muito espantado a gente conversando sobre a condenação ao trabalho infantil com líderes sindicais né ea gente entrou na discussão tendo certeza de que era uma coisa boa no começo a discussão teve um líder superconhecido respeitado levantou a mão falou olha o seguinte eu só me tornei um homem de bem porque meu pai me obrigou a trabalhar desde os 8 anos de idade então eu acho que o trabalho dignifica assim então essa história de só estudar não tá certo e
aí né e aí a gente fala bom então todo mundo tem que trabalhar desde os 8 anos de idade na experiência pessoal nos valores da nossa história muitas vezes são uns a lei a regra do coletivo a outra é por isso que a gente tem que discutir é alguém que pensa isso que esses meninos são folgados que eles são espaçosos de que eles agridem vocês só porque né eles têm má índole precisa ouvir de um colega olha não é verdade eu acho que essa criança sofreu muito por isso que ela faz assim vamos pensar vamos
tentar agir diferente né gente a a palavra acolhimento no mínimo ela supõe a morosidade então acolher estes compor lamentos essas transgressões esta dificuldade que as crianças têm de seguir as regras por mais que cognitivamente seja fácil está escrito lá tem muito lugar que faz o adolescente assinar um papel não tem ele lê ele assina ele não consegue né pra gente entender que não é de sacanagem não é contra vocês quem daqui também num enquanto funcionário não transe no transgride alguma regra do seu local de trabalho alguém aqui nunca transgrediu regra nenhuma do seu ambiente de
trabalho já a gente sabe que é isso não é a gente sabe que às vezes né ea gente tem boas justificativas não eu vou levar essa caneta daqui porque aí eu esqueci de comprar o meu filho amanhã precisa depois entrar agu é só uma caneta gente isso é furto e leva e depois esquece de trazer não é acontece então vamos pensar quer dizer acolhimento é é a unidade de acolhimento tem que ter esta a morosidade para receber estes comportamentos agressivos transgressores violentos por vezes e poder ajudar a criança eo adolescente a transformar esta coisa destrutiva
muitas vezes né canalizar essa agressividade que eu diria em termos psicológicos psíquicos esta agressividade está em todos nós gente não está só nas crianças e má índole está certo em todos nós a questão é que a maioria das pessoas com a morosidade com proteção com cuidado com respeito né aprendi a respeitar a prenda cumprir aprendi a dizer 'ai meu deus eu não gosto de fazer isso mas eu vou fazer porque precisa né quem é quem e diariamente não tem que fazer esse exercício abre o olho olha fala nossa um dia de sol lindo a raiva
e vontade de passear e aí fala mas eu tenho que trabalhar e põe a roupa e vai chegar lá e trabalha bem às vezes não é nem contra a vontade e fica realizado porque foi trabalhar né então esta autonomia de conhecer a regra de poder discriminar o meu prazer é uma coisa o coletivo é outro minha família depende de mim muita gente depende de mim essas crianças né precisam de mim não vou inventar que o doente não vai rolar tá certo que fazer é esta capacidade que a gente tem de transformar a então esta andre
essa eu diria todos nós passamos um pouco por este duelo do do meu prazer pessoal da minha escolha pessoal e desta coisa do coletivo incluir uma criança numa cultura numa sociedade é ajudá la a canalizar esta vontade de fazer o que eu quero na hora que eu quero do jeito que eu quero um bebê não haja assim ele tem um mínimo de conforto em guerra ea gente é que tem que adivinhar ele está chorando por isso com a gente que vai atender essa necessidade com o passar do tempo a gente não vai ensinando esta criança
que tem que esperar um pouquinho peraí já vou não é só mais um pouquinho já vou ea gente vai aprendendo a adiar a satisfação da necessidade do prazer da gente em função de fazer parte da família e da sociedade não é não vou falar o que eu quero e agora do jeito que eu quero não é pra mim uma discussão de equipe por exemplo a mas eu vou modular minha palavra eo me a minha crítica porque eu convivo com essa pessoa porque eu preciso né eu quero que ela me respeitar também a hora que eu
perdi as estribeiras hora que eu fizer besteira e todo mundo faz em algum momento uma besteira tá então essa coisa de aprender a viver no coletivo em sociedade então essa questão dos limites vai funcionar a gente porque não existe a transgredir toda a transgressão vai cumprir um pouco também a função de conhecer como é que eu sei que o não da mãe é igual não do pai não é experimentando ea criança sabe que quando minha mãe às vezes anuncia a esta fuga sempre você vai deixar seu pai ea criança não faz no abrigo às vezes
não é a mesma coisa a confusão no passo a mão com fulano respeitar a autoridade pra saber né e tem gente que exerce autoridade sem gritar de forma mansa tranquila serena não é né as crianças vão aprendendo não é só a gritaria ea eu falar grosso que impõe a autoridade tem tem a ver com o jeito de cada um já conhecido cadeiras que eu vindo de fora gritando falando deus chegando perto eu via é uma pessoa entusiasmada exaltada ano é e as crianças respeitar muito e já conhecia educadores da miudinho pequenina mulher pequena miúda falando
manso sendo respeitada por aqueles peões né não é o porte físico é o conjunto das características tá cada um de nós que trabalha com essas crianças e adolescentes precisa construir este modelo né e então antes ainda de entrar um pouco nas estratégias de punição que funciona funciona diria a a meta de toda a punição tem que ser fazer com que esta criança consiga reparar o dano que ela causou a transmissão é por isso que a gente tem que pensar se no passeio é o melhor jeito vou dar um exemplo eu achei muito criativo interessante numa
escola tá tinha um garoto que tinha algumas dificuldades de compreensão e portanto era difícil a gente né só falar com ele que ele quebrou uma janela né pegava perguntava bravo acontecer qualquer coisa ele quebrava quebrava e é difícil de entender aquilo ele tinha uma limitação cognitiva mesmo tá quando foi na acho que quarto quinta vez numa escola muito bacana que ele estava na escola pública interessante com equipe tal quando foi a quarta 4 e quinta vez que ele fez isso o diretor falou chega a gente não dá mais pra pegar grana da pm pra consertar
vida a gente tem que envolver esse garoto por mas ele tem limitações têm dificuldade ele não entende o que vamos gente tentar chegar como é que a gente acessa foram várias reuniões muitas conversas e olha a solução que eles acharam no horário de recreio durante uma semana metade do horário do recreio este garoto e ajudar um pouco a vigiar as torneiras que as crianças bebiam água deixaram aberta tinha uma grande perda de água tá e isso custava caro pra escola ele teve que ser ajudado não é porque é quando falaram pra ele que ele então
pra mim já que ele não pode não era dinheiro que ele ia dar mas ele ajuda a escola ter dinheiro para consertar o que tinha quebrado ele dava tapas os meninos fecha a torneira da etapa não pode dar tapa e tá né mas gente era metade do recreio e lhe ajudado ea ideia era vamos reparar como é que a gente reparo do dano comprometendo todo mundo em escola privada eu já vi ea gente questionou discutiu muito isso um pai na reunião de pais falando olha furto vinha acontecendo está pra gente não discute mais isso na
reunião de pais vamos criar um fundo de dinheiro e assim que tiver um furto já tem dinheiro para repor isso é educativo antes do furto acontecer as crianças sabem que podem furtar porque os pais vão resolver cadê cadê autonomia de falar eu quero nem a caneta nova do meu amigo mas eu não vou pegar essa idéia querer muita gente quer pegar né e então esta ideia de que esta coisa ativa da criança ela vai transgredir né e na transgressão ela aprende com a resposta que a gente dá é completamente diferente outra idéia que eu acho
importantíssima beijo no começo quando uma criança um bebê está sendo incluído na nossa cultura são os adultos que são 100% responsáveis por ele não é e à medida que a criança vai crescendo essa parte dessa responsabilidade o que ele fez e é isso que a gente fala que tem que ser responsável pelo que faz a lei dizer só com 18 anos então tem um processo grande longo da gente responder pelo que faz dá certo até lá o pai é corresponsável mãe é corresponsável se está no site nós somos corre com responsáveis então vejam quando a
gente chama gm para fazer um de ó paí ó também alguma medida quer dizer que a gente está falando não é porque a gente quer falhar não é porque a gente não sabe mas a gente é co responsável por tudo que acontece aqui dentro tá certo então um bebê o tem uma situação coletiva tem a ver com comigo né eu estou aqui falando com vocês vocês que estão lá o turno de ontem com é compromisso coletivo não é não é meu não é meu na escola não é isso que se fala gente tem um menino
aprontando lá a professora vai falar não é meu graças a deus né qualquer ambiente coletivo de educação têm um interesse público a gente queira ou não mesmo a escola privada aluno de escola privada precisa aprender a seguir os menores estão na mesma sociedade tá certo é então precisa discutir qual é a punição e isso exige conversa e eu acho isso acho aquilo apo né pra gente chegar mais próximo possível de uma coisa que educa de fato e não exclui né mesmo que aquela criança naquele momento não reconheça outro exemplo que também nos dá a idéia
de que a criança a compreensão dela é importante foi feito no um clássico em pesquisa e educação que é interessante foi super repetir não sei se vocês já ouviram mas é numa pesquisa sobre a construção da moralidade da noção de justiça por exemplo quando uma criança tem noção de justiça fazendo entrevistas individuais e coletivas com muitas crianças aí um garoto numa escola adquiriu 67 anos destes desembestado tinha passado correndo pelo corredor esbarrou na merendeira que estava concluindo levar coisas na vida e essa mulher caiu e se cortou esse menino foi punido com uma suspensão taí
o entrevistador de fora da escola e falava aconteceu isso a pessoa se machucou e era uma mulher que gostava muito garoto ele gostava muito dela ele falava e tal você acha justo que aconteceu não não completamente injusto mas olha se machucou você correu seis bairros não podia ter feito isso desse jeito e tal ele fala mas se puser o nome de corredor porque não posso correr tudo bem que esta criança também fez um uso disso ele é muito esperto mas vejam a essa criança estava funcionando nesta lógica é pelo uso porque não posso correr no
corredor a mesma entrevista com o adolescente ele falava não tá certo eu não gostei eu reclamei mas tá certo vale da regra mesmo que a gente não concorde com ela naquele momento quem é que vai concordar com eu não tenho condição de no passeio porque eu vou deixar o clima tão tenso tão tenso que ninguém vai conseguir aproveitar o passeio o educador tem que se ocupar de mim né tanto que não vai conseguir falar que tem que falar cuidar dos outros enfim isso tem que ser pensado não vou aqui entrar nessa coisa de que está
errado fazer isso está certo vocês se optam fazer tem que saber responder por por mais esquisito que seja olha a gente resolveu deixar esse menino fora do passeio por isso por isso por isso agora isto sempre tem que incluir uma aposta gente de que é completamente diferente chegar para o garoto que pela décima pela 20ª vez desrespeitou outro gurupi uma chucou que bruno é diferente ele chegar e falar você não tem jeito mesmo do que a gente dizer não foi desta vez ainda que se conseguisse conseguiu respeitar as regras mas se vai conseguir vou te
ajudar percebem a diferença é esta coisa quer ser o limite vai sendo construído de fora pra dentro um bebê pequeno que está se encaminhando engatinhando por uma escada não adianta eu errei falar no bar ali porque é perigoso você é macho a gente tem que ir lá e pegar a criança com o corpo não é uma criança descontrolada completamente descontrolada anúncio numa a gente fala surto às vezes não é isso mas enfim num descontrole de agressividade que tá batendo em todo mundo machucando e tal a gente tem que conter né eventualmente dizer até eu vou
não vou deixar você machucar ninguém e não vou deixar ninguém se machucar eu vou segurar até se conseguir recuperar o controle quer dizer é esta coisa de contenção é de fora para dentro muitas dessas crianças que chegam gente porque foram vítimas de violência elas estão se achando né a tal da autoestima nem existe né muitas vezes eles pensam tem gente que está no bem bom tem gente que mora com o pai ea mãe tem gente que tem tudo e eu aqui eu sou engraçado ver que eu não mereço mesmo a ver que eu sou ruim
vai ver que eu não dou conta né o fato do adulto começar a dizer você vai conseguir uma hora eu vou te ajudar isto começa e isto vai conferindo confiança responsabilidade vínculo afetivo é uma coisa de errado não tem jeito mesmo outra coisa é puxa se ainda não conseguiu eu teria né por conta do tempo encerrando mas assim tem os exemplos de situações gente que duraram mais de ano né pra um menino que gosto e em todo mundo machucava tiraram sangue quase todo dia de alguém ou da equipe ou de estagiário ou ddd para o
profissional do abrigo nem a gente comemorou com esta criança de seis anos sem o dia em que ele ai nao sabe aquelas coisas rapidíssimas que estouram que acontecem ali é ele pegou e ao invés de hospital da criança ele cuspiu no balde gente com a ocupar s uma besteira mas gente esse foi o começo deste garoto começar a dizer eu não posso deixar dos pmas cuspe no balde é menos danoso menos destrutivo do que cuspiu na cara de qualquer um tá certo pra ele né é isso a gente olha que legal você está começando a
conseguir a gente vai te ajudar a ser mais irrita porque porque esta criança era uma nem palavras né era o cão vamos dizer há muito difícil mas ele sofria horrores que ninguém queria brincar com ele na hora muitas vezes o estagiário coordenar o jogo todo mundo falava se ele brincar eu brinco e chegamos a viver várias situações de todo mundo levantar lá é se ele vai jogar então nós jogamos aí e esse menino ficar só olhando todo mundo sair por causa dele ele queria poder participar das brincadeiras mas esta coisa de o speedy morder lhe
atacar era algo sobre a qual ele não tinha controle e não era por falta de alguém falasse não pode fazer isso já te falei está falado dez vezes por dia a gente pra ele aprender a internalizar esse controle né às vezes leva ano porque não vou contar a história triste dele mas era terrível que ele já tinha né o que ele já tinha sido desrespeitado muito muito muito ninguém aqui queria um décimo do que esse garoto viveu para qualquer pessoa que a gente conhece gosta tem que ter endereço vocês têm que criar inventar para aquela
criança e saber se funciona uma vez se dá para repetir senão vou repetir seu uso com esse não com aquele é por isso que regras num abrigo é difícil porque não dá pra fazer um conjunto de regras dizendo quem não fizer isso não vai para o passeio que não dá porque é diferente a condição de seguir uma regra de quem chegou ontem de uma criança que está há seis anos com a gente e essas diferenças precisam ser respeitadas exatamente por isso às vezes é mais porque que ele faz a mesma coisa que eu e ele
pode ele não que você já sabe que está errado e ele não sabe ainda então você tem que me ajudar né evitar que ele faça isso é compromisso coletivo gente não é de um para outro e de educação é difícil a regra tem que ser a mesma para todo mundo as crianças e os adolescentes são diferentes entre si quem tem um monte de filhos intuitivamente não sabe isso como se solta mais a rédea com o outro você não pode deixar passar nada porque porque essas sujeitos são diferentes entre si no abrigo a mesma coisa né
então a gente tem que fazer uma coisa pessoal e intransferível eu diria tanto mais chance tem um dom um limite está cumprindo uma função educativa aí ao longo do tempo texto a função de dar condição deste sujeito parar de fazer e causar danos aos outros né quanto mais próximo é esta criança conseguir vislumbrar né estudar eu tô nesta semana estou proibido de usar a internet porque outro dia eu usei criei uma mentira essa mentira fez mal pra não sei quê né até isso até essa criança poder começar a pensar quando ela não consegue ainda a
gente tem uso da palavra vai dizer olha agora você vai ficar aqui você vai falar com solano por que você fez isso isso isso isso não pode fazer né o iv delata é um autor que fala muito de limites fala de um jeito interessante quem quiser ler pesquisar na internet e em vídeos curtíssimos e três minutos cinco minutos dele falando vale a pena ir dela tá né uma coisa que ele fala eu gosto muito ele fala quanto mais tranquilidade ea morosidade o educador puder ter no momento de colocar um limite mais chance tem de funcionar
gente quando a gente está berrando perdendo a razão com ódio com raiva é o pior jeito de a gente colocar um limite tá falar ou escrever aqui e vi é y vs é um psicólogo também que trabalhou pesquisando escrevendo sobre isso a vida inteira tá y vs tem um monte de nome aqui no meio mas só assim 6 acham delata e tyler com dois éles está inclusive tem um livro dele chama exatamente às três dimensões educativas dos limites né acho que é isso que também pode ser muito interessante pra vocês lerem trechos discutir em reunião
da equipe conversar com os colegas pra equipe técnica lei escolher um trecho pautar para a reunião com os educadores né acho que são estratégias bem interessantes pra gente começar um pouco a pensar vai funcionar e não deixar o moleque para um passeio no sábado se funciona não funciona que é melhor que é pior e alguém tem uma idéia melhor tá eu acho que é por enquanto é isso gente vou passar para a mazda e depois no final na depois a roda de conversa a gente retoma algumas dessas questões está bom ok [Aplausos]
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