Tem uma pesquisa que saiu em 1981 com psicólogos que analisaram que tipo de pessoas os bandidos viam como alvo andando na rua. Sabia que se você andar na rua, dá para saber se você é alvo ou não de uma abordagem de bandido? Dá para descobrir se você vai ser um alvo mais fácil ou mais difícil.
Se tiver andando 10 pessoas na rua, esse essa pesquisa foi feita em Nova York primeiro, depois ela se expandiu para outros lugares. É fácil. Os bandidos sempre escolhem as mesmas, de várias cadeias diferentes, pelo seu jeito, pelo contexto em que você vive.
E quanto mais experiente o bandido, mais rápido ele escolhe a presa e menos ele erra. Quer saber como é que as pessoas são escolhidas? Como eles fizeram a filmagem de várias pessoas andando na rua e levaram pra cadeia.
E pediram os presos para selecionar quem você abordaria dessas pessoas aqui e por quê. Todos os presos escolheram as mesmas pessoas em cadeias diferentes. As mesmas pessoas sempre vão ser envolvidas nos mesmos problemas.
As mesmas pessoas sempre vão ser abordadas e roubadas. No caso do bandido, sabe quem ele escolhe? A pessoa que parece presa.
Sabe quem tem cara de presa? Não, a pessoa que tem cara de presa é mais fechada, parece mais frágil, parece que quando você abordar ela, ela não vai te tentar contragolpear, ela não vai se tornar uma contrapredadora. Entendi.
É aquela pessoa que você olha e fala: "Se eu pedisse para ela, ela faz". No caso do bandido, ele sabe, se ele chegar nessa pessoa, ela vai liberar o celular. A chance dela reagir e me atacar é baixa.
Pessoas distraídas com a vida, pessoas fechadas, pessoas que estão sempre no celular, pessoas que são meio tímidas. A pessoa tida como boazinha andando na rua, essa é a pessoa. Empírico, pesquisa.
Na vida é a mesma coisa. A mãe que tem três filhos, ela sabe o que precisa passar e quando passa, ela sabe qual filho pedir. Se for uma dívida, ela sabe para qual filho pedir.
Se for uma doença, ela sabe qual filho envolver. Por quê? Lembra da pesquisa?
Quanto mais experiente é o bandido, mais rápido ele identifica a presa dele. Quanto maior é a dependência emocional e quanto mais tempo você vive nesse contexto, mais rápido você sabe quem envolver. As pessoas sabem, o filho sabe quando envolver a mãe nos problemas dele e ele sabe que tipo de problema que a mãe se envolve.
A mãe sabe que tipo de problema. Deixa eu te contar uma coisa, José Patrício. Minha mãe sabe que dependendo do que ela me mostrar, eu não, a minha resposta vai ser: Que que eu faço com essa informação?
Ela não me envolve naquele problema. Por ela entendeu, não dá para envolver Ramon nesse tipo de problema, porque não é um problema seu, não vai funcionar. Só que pra maioria das pessoas, aí minha mãe nem passa pelo problema, pronto, esse é o lugar que eu quero chegar.
Ela não passa porque aquele problema não tem nenhuma utilidade para me conectar a ela. Se a minha mãe tiver bem, crescendo, vivendo, isso vai me conectar muito a ela. Então, como é que minha mãe geralmente tá bem, crescendo e vivendo?
Porque eu me aproximo dela quando ela tá bem. Tem gente que sabe que se tiver bem fica sozinha. Se tiver bem é julgada.
Se tiver bem é criticada. Quem é mais criticado? Quem tem mais ou menos dinheiro nesse país.
Quem tem mais dinheiro fica sem dinheiro para você ver. Pobre nesse país, José Patrício, é exaltado. Rico nesse país é bandido.
Pobre no Brasil é exaltado. Fica sem dinheiro, todo mundo olha para você e fala: "Deus tá com você, viu? Tem um propósito aí.
Tem sua família aqui, começa a ganhar dinheiro. Quando você fica sem dinheiro, você tem a corda no pescoço. Quando você começa a ganhar dinheiro, é o dedo na cara.
Você mudou, né? Nossa, mas não dá mais atenção paraa sua mãe, Claro, agora eu tô viajando com a minha família, mas você não saía da casa da sua mãe. Eu não tinha dinheiro para viajar.
Final do ano eu tinha que ir pra casa da sogra, pô. Por quê? Porque eu amo a minha sogra.
Não, porque eu não tinha dinheiro para viajar. Aí agora mudou, tá diferente. Isso é ruim ou bom para você?
Porque o dinheiro te afasta das pessoas que você se importa. Ele te afasta. Faz você dirigir um carro que você não dirigia quando você tava sem dinheiro.
Faz você morar num apartamento ou numa casa que geralmente é longe das pessoas que não tm dinheiro. Faz você fazer viagem que pessoas que não t dinheiro não fazem. O dinheiro te afasta das pessoas que são importantes para você.
É por isso que tem gente que não tem permissão, autorização para ter mais dinheiro. Se tiver, vai se afastar dessas pessoas. Se tiver, vai se afastar.
Tava falando da pesquisa. A mãe sabe que tipo de filho envolver em cada problema e sabe que se passar por aquele problema, isso é inconsciente, aquele filho volta, aquele filho fica mais perto. A mesma coisa o filho.
O filho sabe que tipo de problema ele pode envolver a mãe. Por as relações não têm limites, José Patrício. Se as relações tivessem limites antes do problema, não só as pessoas não se envolveriam nos problemas umas das outras, como as pessoas passariam menos pelos problemas que tem problema que só acontece para aproximar pessoas.
Que mensagem você deixaria para uma mãe que tem dependência emocional com o filho? Não torne seu filho dependente de você. A pior coisa que uma mãe pode fazer por um filho é criar um filho que dependa dela.
Aí tem mãe que vai dizer: "Não, eu criei ele pro mundo. Ele não depende de mim, ele que volta. Se o seu filho volta, desculpa te dizer, é a realidade.
Se seu filho volta, existe uma pendência nessa relação. Existe uma quebra. Seu filho tá no seu núcleo emocional, mesmo com 40 anos.
Se ele tá dando errado e volta, você precisa se posicionar para estabelecer um limite e não se envolver nos problemas dele, mesmo que doa, mas eu tenho dó. Esse é o problema. A dó é desacreditar do outro.
A mãe que dá o dinheiro pro filho porque ele não paga a conta, ela desacredita que ele é capaz. Só que ela acredita que ela é capaz. Ela se acha muito melhor do que ele.
Meu filho, coitado, com 40 anos não dá conta. Ele dá. Ele só não tá dando conta porque ele sabe que tem a mãe para se envolver e é por isso que ele passa pelo problema.
Então, o maior recado para uma mãe que quer ver o filho bem é tornar aquele filho desnecessário na vida dela e se tornar desnecessária na vida do filho. Não é cortar a relação com o filho, é corrigir a relação para que ela seja saudável, para aquele filho, para que aquele filho possa ter uma esposa, possa priorizar os filhos dele e não precise passar por problemas para continuar conectado à mãe. Se a mãe tiver consciência disso e começar a encarar os problemas do filho que o filho passa com esses óculos aqui, esse filho vai conseguir seguir, ele vai poder escolher seguir ou não, porque talvez ele já tá mais velho, ele escolha ficar perrengado, mas essa mulher, essa mãe vai saber que não é mais por causa dela.
E pra mãe que tem filhos pequenos, é ter coragem de encarar os padrões e não dar aos filhos a responsabilidade de ter que descobrir o que é uma referência masculina boa. E eu vou falar especificamente pra mãe solteira. Quebre os seus padrões.
Encontre um homem bom que vai ficar mais leve para você e pro seu filho. Ai Ramon, não tem homem bom. Você precisa de quantos?
De um. E existe homem bom. Só que essa mulher ainda ela atrai homens ruins.
Quando ela assume o lugar de ser mãe e pai, além de ser mais difícil, é muito difícil. Ela está mostrando pro filho homem pequenininho que a mulher dá conta de tudo. Ele tá aprendendo que uma mulher dá conta de ser mãe e pai.
Ah, mas eu falo com meu filho diferente. Criança não aprende pelo que ela ouve, ela aprende pelo que ela vê. Pra filhinha pequena, o que que ela tá mostrando?
Filhinha, não dependa de homem. Olha como é ruim. E olha como eu me lasquei dependendo de um homem.
Então, o que uma mãe pode fazer por um filho e a melhor coisa é mostrar que aquele filho veio de um homem e de uma mulher e que um homem e uma mulher é mais fácil cuidar de uma criança e torna a vida da mulher mais leve. Quebre os seus padrões para que um homem bom se aproxime da sua vida e que você dê uma referência saudável pros seus filhos, feminina e masculina, para que eles não precisem crescer e ter a responsabilidade de quebrar os padrões que a mãe não teve coragem de encarar. Eu sei que não é fácil, mas precisa ser feito.
E quando uma mãe tem coragem de encarar esse lugar e quebrar esses padrões, ela acaba com os padrões que estavam acabando com ela e permite que os filhos não precisem repetir esses padrões, porque se ela não quebrar, os filhos vão repetir. Assim como ela repetiu os padrões do pai e da mãe dela, que agora são delas, que agora são dela, dela, não, delas. Então é errado uma mãe criar seu filho sozinho.
Ela tem que ter um homem do lado. Ela não pode ser uma mãe solo e conseguir criar os filhos. Ela tem que ter não.
Se ela não tiver, isso vai prejudicar a criação do filho e vai ser mais pesado para ela. Então é ideal que ela teja um, tenha um homem ali, mesmo que seja um homem ruim. Um homem ruim sempre piora a vida de uma mulher, independente se ela tem filho ou não.
Independente se ela tem filho ou não. O homem ruim torna a vida de uma mulher ruim, pior e mais pesada e prejudica a vida dos filhos. A pergunta é: por que que essa mulher precisa de um homem ruim?
Por que que só homem ruim bate na porta dela e da vizinha bate um bom? E da amiga bate um bom? Ah, mas da minhas amigas só bate na porta de homem só bate homem ruim na porta também.
É porque as pessoas andam em bando. Começa a observar as pessoas, suas amigas, as amigas das amigas, sua mãe. Coisa ruim acontece em bando.
É por isso que é tão difícil arrumar coisa boa. Porque quando você vive algo ruim dentro de um bando de pessoas, se você tá acostumado com elas, existe um pacto social com aderência. Se uma mulher quer uma experiência para uma mulher arrumar um homem bom, se afasta do bando ruim.
Começa a andar com homens, com casais saudáveis. Para de andar com amiga que tem o dedo podre e só um arruma homem ruim. Sai daí.
Aí ela vai começar a se sentir diferente. Não tem como arrumar homem bom se você só tem amigas danadas com dedo podre. O tipo de homem desse lugar é ruim.
Só que existe um negócio chamado pacto social. Todas ali vão arrumar homens ruins e a que arrumar um homem melhor vai mandar ele embora. Por quê?
Qual que é o nosso pacto social? Homem não presta. E a gente precisa provar que os homens não prestam.
Isso acaba virando uma causa. Se vira uma causa, pode ter certeza, nenhum homem que vim na sua vida vai funcionar, vai prestar. Então, o primeiro passo pra mulher quebrar esse padrão é mudar o ambiente dela.
É real. Só que isso, quando ela tentar sair desse ambiente, a vida dela piora no começo para tentar puxar ela de volta. A amiga não vai aceitar quem você pensa que é, ela vai ouvir da mãe, vai, você tá achando que você vai arrumar um homem bom, eles não existem.
ela vai ouvir da outra amiga, isso vai desestimular ela a seguir. Então, a mulher precisa olhar para esses padrões, olhar para as relações e principalmente pros ambientes que ela frequenta. Só fazendo isso, ela vai conseguir se livrar de um homem ruim e parar de atrair esses homens ruins.