Existe uma condição chamada Atrofia Muscular Espinhal, abreviada como AME A AME é uma rara doença neuromuscular degenerativa, que causa a perda de neurônios relacionados ao movimento, e provoca atrofia muscular progressiva. É uma enfermidade severa, que afeta 1 a cada 10 mil bebês, e é a principal causa genética de mortes em recém-nascidos. Até recentemente, quem sofria desse mal não tinha nenhuma esperança de tratamento, já que a doença não possuía nenhum medicamento eficaz conhecido.
Isso mudou quando o Spinraza foi aprovado pela FDA, no final de 2016. O novo e promissor remédio parecia a chance de uma nova vida pra quem sofria com AME, mas quando o preço do tratamento foi revelado pelo laboratório Biogen, foi como um balde de água fria em todos esses pacientes: o primeiro ano de tratamento custaria 750 mil dólares, e os anos seguintes custariam 375 mil cada. Um valor totalmente inacessível pra muita, muita gente.
Alguns anos depois, foi lançado outro medicamento pra tratar a condição, o Zolgensma do laboratório Novartis, mais uma promessa de vida melhor pros portadores de AME. Mas se você já achou o primeiro caro, se prepare, porque o Zolgensma custa mais de 2 milhões de dólares. Aqui no Brasil, o Zolgensma custa 12 milhões de reais, enquanto cada ano de tratamento do Spinraza sai a 960 mil reais.
São medicamentos revolucionários, sim, mas se os preços praticados pelos laboratórios parecem surreais, é porque eles são mesmo. A receita é simples: se não pode pagar, você não tem remédio, mesmo que isso signifique a sua morte. A indústria farmacêutica tá repleta de escândalos e decisões totalmente desprovidas de ética.
Mesmo assim, laboratórios gigantes escapam ilesos de alguns dos maiores absurdos do mercado – por quê? Esse é um mergulho em alguns dos aspectos mais sombrios da indústria farmacêutica. Não se engane: apesar de ser responsável ou estar diretamente ligada a muitos dos avanços da medicina moderna, a indústria farmacêutica ainda é, bem… uma indústria.
E como todo negócio, seu primeiro objetivo é o lucro. As gigantes desse ramo muitas vezes são chamadas de “Big Pharma”, um termo às vezes usado com certo tom de conspiracionismo, mas que tenta passar a ideia de que a indústria farmacêutica mundial é dominada por alguns poucos nomes, cujos interesses podem não ser exatamente o que gostaríamos que fossem. Esses nomes incluem companhias como Pfizer, Abbvie, Johnson and Johnson, Novartis, Roche e Sanofi, pra citar algumas.
Essas empresas atingem receitas anuais na casa das dezenas de bilhões de dólares – a Pfizer por exemplo, primeira do ranking, praticamente dobrou sua receita em 2022, chegando a quase 80 bilhões de dólares no ano. Todo esse dinheiro não é por acaso, a maior parte dos medicamentos usados em tratamentos médicos ao redor do mundo parte de laboratórios farmacêuticos desse tipo – incluindo tratamentos sensíveis ou mesmo casos de vida ou morte. Isso acontece porque essas empresas investem pesado em pesquisa e desenvolvimento de drogas, com o objetivo de lançarem a nova droga “blockbuster”, ou seja, medicamentos tão revolucionários que conseguem ultrapassar 1 bilhão de dólares em vendas.
Alguns medicamentos que já atingiram o status de blockbuster incluem o Lipitor, uma droga que ajuda a combater o colesterol, o Humira, que serve pra tratar processos inflamatórios causados por diversas doenças, como a artrite, e o Advair, que trata doenças pulmonares crônicas como a asma. Juntos, só esses três medicamentos somam mais de 350 bilhões de dólares em vendas desde seus lançamentos. O que nos faz voltar a algo que pontuamos ainda no início: o lucro.
Um dos grandes problemas dessa indústria é justamente o fato de que as empresas não necessariamente estão pensando no bem estar dos pacientes quando investem tanto em pesquisas, elas realmente só querem lucrar. Isso significa que muitas vezes, as pesquisas são direcionadas pro desenvolvimento dos medicamentos que têm mais potencial de serem lucrativos, e não necessariamente focam em criar drogas inovadoras pra problemas mais urgentes. É isso que explica o economista Paulo Gala, no seu livro Brasil: Uma economia que não aprende].
Gala destaca alguns aspectos peculiares do setor de inovações, citando a indústria farmacêutica como exemplo. Baseado nesse artigo de 2015, Paulo explica como especialistas estudaram a preferência da indústria farmacêutica americana em focar suas pesquisas nas drogas voltadas aos estágios finais do câncer, ao invés de medicamentos que tratem os estágios iniciais da doença. E em resumo, tem a ver com uma regra da FDA, a agência de vigilância sanitária norte-americana, que estipula uma duração mínima pra testes clínicos de novos tratamentos pra fases iniciais do câncer: 18 anos.
O problema é que os novos tratamentos precisam ser patenteados antes da fase de testes clínicos, e nesse caso a patente só tem validade de 20 anos. Ou seja, após patentear o novo tratamento, o laboratório precisa de mais 18 anos de testes, pra só então a medicação hipotética ser aprovada – restando apenas 2 anos pra que o laboratório consiga lucrar antes que sua patente expire, e a concorrência tenha acesso ao novo tratamento também. Em contrapartida, tratamentos pra os estágios finais do câncer só precisam de alguns anos de testes, significando que as companhias precisam investir muito menos tempo e dinheiro na pesquisa desse tipo de droga, e aumentando assim suas chances de lucrar.
Paulo Gala também chama atenção pra um outro problema ligado à pesquisa na indústria farmacêutica: a pesquisa básica, ou melhor, a falta dela. De forma simplificada, a pesquisa básica é a pesquisa científica que foca nos princípios mais fundamentais, algo que serve de base pra pesquisas mais específicas, as pesquisas aplicadas. Só que poucas empresas estão dispostas a investir em pesquisa básica, porque a pesquisa básica não gera produtos ou serviços comercializáveis, ou seja, não tem perspectiva de gerar lucros.
E assim, a pesquisa básica acaba ficando a cargo de universidades e institutos de pesquisa públicos. Quando o governo norte-americano quis cortar o financiamento dos institutos públicos de pesquisa farmacêutica nos Estados Unidos, em 2017, o setor privado foi contra a proposta, algo no mínimo intrigante, já que a medida abriria mais espaço pra laboratórios privados. Tudo ficou mais claro quando o Centro de Integração e Ciência da Indústria fez um estudo mostrando que, entre 2010 e 2016, 100% dos 210 novos medicamentos aprovados pra venda tinham sido frutos das pesquisas dos institutos públicos.
Ou seja, o governo americano financiava as pesquisas com dinheiro público, e os resultados dessas pesquisas eram apropriados pela indústria farmacêutica, sem que as companhias precisassem investir seu próprio dinheiro pra isso. Agora fica fácil de entender porque os laboratórios privados foram contra o corte no orçamento dos institutos públicos. Mas a pesquisa é só o primeiro passo dos laboratórios farmacêuticos na busca pelo lucro extremo – a coisa fica ainda pior daqui pra frente.
A busca pelo lucro é algo comum, faz parte do nosso sistema econômico, e não tem problema nenhum por si só. Mas quando ela ultrapassa barreiras éticas, a questão fica bem mais complicada. O fato é que a indústria farmacêutica tem uma capacidade ímpar de romper esses limites, devido à própria natureza da sua área de atuação.
Diferente de outros setores, a indústria farmacêutica lida com a vida humana. É ela a responsável por criar e fabricar medicamentos essenciais nos serviços de saúde de todo o mundo. Medicamentos que muitas vezes são a última esperança de quem sofre com uma doença grave, como câncer, AIDS, diabetes – ou frequentemente necessários pra dar uma vida normal a quem tem problemas como epilepsia, depressão e ansiedade.
Como muitos medicamentos específicos são protegidos por patentes, isso significa que várias pessoas dependem de um único produto de um único fabricante, pra atingirem um mínimo de qualidade de vida, ou simplesmente continuarem vivas. Isso dá um poder de barganha assustadoramente grande pros laboratórios, afinal, as pessoas nessas situações não têm escolha senão pagar qualquer coisa pra ter alguma chance. E esse poder eles não têm receio de impor.
Conheça o Daraprim, ou pirimetamina. Ele é um medicamento usado há 70 anos no combate à toxoplasmose, uma doença parasitária que pode ser grave pra mulheres grávidas ou fatal pra pessoas com imunidade comprometida, como pacientes de AIDS. É uma droga pertencente à lista de medicamentos essenciais da OMS.
Agora, conheça Martin Shkreli, um investidor americano que acabou se metendo no mundo farmacêutico quando se tornou CEO da Turing Pharmaceuticals. Quando Shkreli assumiu o cargo na farmacêutica, ele comprou os direitos do Daraprim, que na época custava 13 dólares e 50 centavos por comprimido lá nos Estados Unidos. Assim que obteve os direitos, o CEO resolveu aumentar o preço do Daraprim mais de 5.
000%, fazendo o remédio atingir o valor de 750 dólares da noite pro dia. A ação gerou muita revolta, afinal, o medicamento era vital pra algumas pessoas, e um aumento tão absurdo significava que muitos poderiam não ter mais acesso a esse medicamento. O caso ganhou todas as manchetes, e as justificativas mais “aceitáveis” de Martin giravam em torno da necessidade de recuperar o investimento inicial no Daraprim, e da necessidade de financiar novos remédios que pudessem tratar a toxoplasmose.
Vale lembrar aqui que o mesmo remédio era vendido no Reino Unido por menos de um dólar. Aqui no Brasil, a medicação custa algo em torno de 3 reais. Só que Martin é um sujeito bastante peculiar, e nunca escondeu que seu maior objetivo era obter o máximo de lucro possível, pra deixar seus acionistas satisfeitos, e em momento algum demonstrou algum tipo de remorso pelo aumento abusivo do Daraprim.
O medicamento é usado por cerca de 2 mil pacientes por ano nos Estados Unidos, e é verdade que ele não é o remédio mais utilizado, mas ainda é uma medicação que salva vidas. Eu preciso te avisar que o vídeo a seguir pode te causar revolta, mas essa foi a resposta de Martin quando perguntado se ele teria feito algo diferente: Martin é extremamente debochado, e parece sempre agir como se fosse a pessoa mais inteligente da sala, e não é difícil imaginar que suas atitudes tiveram um impacto bastante negativo na sua reputação – definitivamente ele não era o cara mais amado da América. O congresso norte-americano fez com que Martin comparecesse a uma sessão interrogatória em 2016, pra que o executivo desse explicações sobre o aumento repentino no preço do Daraprim.
Martin Shkreli riu, debochou das perguntas, e a cada vez que foi questionado, simplesmente respondeu: [trecho de vídeo] Apesar de agir como um canalha, o fato é que tudo que ele fez foi dentro da lei, mesmo o aumento de mais de 700 dólares, um aumento de mais de 5000%. Inclusive, algumas pessoas passaram a admirar o executivo, afirmando que ele na verdade era um gênio por expor o poder que a indústria farmacêutica tinha na palma da mão – poder permitido pela própria lei americana. Martin Shkreli ficou conhecido como “Pharma bro”, e “o mais odiado da américa”.
Mais tarde, em 2018, foi condenado à prisão em um caso de fraudes em fundos de investimento, não relacionados com o caso Daraprim, onde cumpriu 4 anos de sentença e foi solto. Em 2022, Shkreli também foi condenado a devolver 65 milhões de dólares em lucros obtidos com o aumento do Daraprim. O preço da medicação nunca voltou ao normal.
Mas algumas das coisas que Shkreli disse são fatos, e um deles é o de que ele não é o primeiro na indústria farmacêutica a praticar um aumento abusivo – muitos laboratórios maiores fazem isso o tempo todo, só que ninguém parece admitir. No final de 2013, a Gilead Sciences recebeu aprovação pra comercializar o seu novo medicamento contra a hepatite C, chamado Sovaldi. Só que o preço do tratamento foi definido em inacreditáveis 84 mil dólares.
Mas o problema não foi só o valor em si, mas a arbitrariedade com a qual ele foi estipulado. Basicamente, a medicação não deveria custar isso tudo, e os executivos da Gilead sabiam disso. Eles discutiram opções de precificação entre 50 mil e 115 mil dólares, tentando chegar a uma espécie de equilíbrio onde o preço fosse o mais lucrativo possível, sem que a reputação do laboratório fosse muito afetada, chegando ao preço nada baixo de 84 mil dólares.
Outro fator que fez a Gilead escolher o preço foi a possibilidade de cobrar valores similares nos próximos medicamentos também, criando uma espécie de padrão de valores, e garantindo lucros duradouros. Um outro caso famoso envolveu duas medicações produzidas pelo laboratório Genentech, da gigante suíça Roche: o Avastin, e o Lucentis. O Avastin é um medicamento inicialmente usado no tratamento do câncer, mas os oftalmologistas descobriram que a droga também surtia efeito no tratamento de DMRI, ou Degeneração Macular Relacionada à Idade, uma condição que causa a perda gradual da visão.
Logo, muitos médicos ao redor do mundo adotaram o Avastin como tratamento dessa condição. Quando o laboratório percebeu que poderia estar lucrando muito mais com isso, eles resolveram lançar um novo medicamento, o Lucentis. A diferença é que o Lucentis foi anunciado pra tratar especificamente a DMRI, mas logo se descobriu que possuía o mesmo efeito que o Avastin, só que custava muito mais caro.
Enquanto uma injeção de Avastin custava algo em torno de 50 dólares, a de Lucentis custava mais de 2 mil – pelo exato mesmo tratamento. Ou seja, Martin Shkreli tava certo em dizer que o problema do superfaturamento de remédios é um problema generalizado da indústria farmacêutica. Mas ainda tem um outro tipo de escândalo nessa indústria que não tem a ver com preço, embora custe muito caro pra quem é vítima.
Muitos medicamentos são verdadeiros salva-vidas, muitas vezes utilizando tecnologias inovadoras e revolucionárias pra melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Mas o fato é que muitos remédios vêm com um preço que não é medido em dólares ou reais. Todos os medicamentos podem gerar algum tipo de efeito colateral.
Na maioria das vezes, esses efeitos são leves, no máximo algumas dores de cabeça, sonolência, ou náuseas. Mas às vezes esses efeitos podem ser muito graves, chegando até mesmo a ameaçar a vida do paciente. Há também os casos de que vamos falar aqui, onde os laboratórios sabem de efeitos colaterais graves, mas de forma cruel e antiética, preferem omitir essas informações de todo mundo.
Em 2011, a droga Mediator, do laboratório francês Servier, ganhou destaque na comunidade médica francesa, mas não por um bom motivo. Estudos descobriram que o medicamento, que era inicialmente usado pro tratamento de diabetes e mais tarde pra perda de peso, na verdade podia causar sérios problemas cardíacos e pulmonares. Foi estimado que só na França, até 2 mil pessoas podem ter morrido em decorrência do uso de Mediator, durante os 33 anos de comercialização da droga.
O Mediator foi retirado de circulação em 2009, mas o laboratório Servier foi acusado de omitir por anos os graves riscos de saúde envolvidos no uso da substância. Condenado pela justiça francesa em 2021, mais de dez anos depois, o laboratório foi considerado culpado por homicídio, lesões involuntárias, e estelionato, e foi forçado a pagar 2,7 milhões de euros em indenizações. Segundo o advogado, Jean-Christophe Coubris, o valor da multa "é rídicula diante do lucro anual do grupo, em torno de € 4,7 bilhões.
Outro escândalo envolveu o Depakine, da também francesa Sanofi, também conhecida no Brasil como Depakote ou Valproato, que é usado no combate à epilepsia. Em 2020, o laboratório francês foi alvo de investigações pela morte de 4 bebês, após as mães usarem Depakote durante a gravidez. Há anos já se sabia do risco de malformação do feto com o uso de Depakote, como mostra esse comunicado da Anvisa de 2011, mas muitos acusaram a Sanofi de fazer uma publicidade muito discreta de um problema tão grave – algo que pode ter resultado no nascimento de milhares de crianças com problemas.
Em maio de 2022, a Sanofi foi condenada a pagar 415 mil euros à família de uma criança vítima do Depakote, que nasceu com um tipo de autismo. A justiça determinou que a Sanofi sabia dos riscos, mas não mencionava isso na bula comercializada na França. Mas esse tipo de escândalo não é de hoje: nos anos 60 e 70, um medicamento chamado Primodos era usado como teste de gravidez.
Fabricado pela alemã Schering AG, as primeiras preocupações surgiram ainda em 1967, quando foram feitas as primeiras ligações do Primodos a malformações e mortes de fetos. Isso porque o medicamento à base de hormônios continha substâncias contraceptivas, equivalentes a 40 comprimidos contraceptivos modernos. Só que o Primodos só foi retirado do mercado em 1978, 11 anos depois, e o laboratório nunca assumiu a culpa pelo caso.
O escândalo permaneceu quase 4 décadas enterrado, e só voltou à tona quando novos documentos levaram a Sky News a lançar um documentário sobre o caso em 2017, contando todos os detalhes e as histórias das vítimas. Um problema semelhante também aconteceu um pouco antes do Primodos, mais precisamente nas décadas de 50 e 60. Nesse caso, a substância se chamava Talidomida, uma droga utilizada como sedativo e calmante.
A Talidomida foi produzida por outro laboratório alemão, o Chemie Grunenthal, companhia que ainda existe hoje com o nome de Grunenthal. Pouco tempo depois da sua introdução, a talidomida era usada também pra enfermidades comuns em grávidas, como gripes, resfriados e náuseas. Em 1956, o medicamento era comercializado por 14 farmacêuticas diferentes em 46 países, sob licença da Chemie Grunenthal.
Curiosamente, um dos poucos países onde a talidomida não foi comercializada foram os Estados Unidos, onde a FDA rejeitou a droga. Mas o fato é que só depois de 5 anos após sua introdução, em 1961, foram levantadas as primeiras suspeitas de que o medicamento tinha uma relação com a malformação de bebês, que podia afetar os membros, o cérebro, a visão e a audição dos fetos. Foi o médico australiano William McBride quem fez as primeiras denúncias, e no mesmo ano o medicamento foi formalmente retirado da Chemie Grunenthal.
Só que muitas versões continuaram circulando mundo afora, e é estimado que mais de 10 mil crianças nasceram com problemas devido à talidomida até 1962. A talidomida também afetou crianças brasileiras. A substância foi introduzida por aqui em 1957, e só em 1965 foi retirada de circulação, quatro anos depois do resto do mundo.
Só que na prática, isso não aconteceu, já que a talidomida passou a ser usada pra outros fins, como o tratamento da Hanseníase. O resultado é que o Brasil foi o único país a ter 3 gerações afetadas pela síndrome da talidomida. Tanto que em 82, foi sancionada a lei 7.
070, que garantia pensão vitalícia às vítimas da talidomida. Essa situação foi retratada com mais detalhes pelo documentário “Tá faltando alguma coisa”, da Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida, disponível em talidomida. org.
br e aqui no YouTube. Atualmente, a indústria farmacêutica é movida pelo lucro. Embora isso seja o padrão pra maior parte da economia global, algo completamente natural, a busca incessante por cifras cada vez maiores frequentemente acaba deixando em segundo plano a preocupação com questões éticas.
Quando falta ética em uma indústria que tem um impacto direto na saúde humana, uma série de consequências como as que vimos hoje acabam acontecendo, e se repetindo de novo e de novo. Infelizmente, parece pouco provável que isso vá mudar em um futuro próximo. Um estudo recente mostrou que de 1999 a 2018, a indústria farmacêutica americana gastou quase 5 bilhões de dólares em lobbying, em esforços pra pressionar o governo federal americano a aprovar ou rejeitar medidas baseado nos interesses dos laboratórios.
Ou seja, existe toda uma estrutura montada e muito bem estabelecida pra que os grandes laboratórios tenham muito mais poder do que deveriam. Se a indústria farmacêutica parece estar doente, qual remédio pode ser capaz de curá-la? Agora eu quero ouvir de você, qual a sua opinião sobre a indústria farmacêutica e suas artimanhas pra lucrar cada vez mais.
Comenta aqui em baixo. Se você quiser descobrir o que eu chamo de Algoritmo Humano e como você pode usar ele pra levar um canal no youtube de 0 a 100 mil inscritos, confere uma aula grátis no primeiro link da descrição, ou apontando a câmera do seu celular pro QR code que tá na tela antes que essa aula saia do ar. Agora pra descobrir o que está acontecendo com os shoppings e sua suposta decadência nos últimos anos, confere esse vídeo que tá aqui na tela.
Aperta nele que eu te vejo lá em alguns segundos. Por esse vídeo é isso, um grande abraço e até mais.