Literatura Universal - Ilíada (Homero) - André Malta - Pgm 01

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UNIVESP
O primeiro programa da série trata de um dos textos mais antigos da literatura ocidental: A Ilíada,...
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lá esse é o primeiro programa de uma nova série da univesp tv literatura universal aqui nós vamos falar sobre alguns dos livros mais importantes já escritos são livros que carregam informações sobre as culturas que formaram a nossa civilização ea arte de narrar fax pensamentos lendas atos heróicos e tradições que foi se modificando com o passar do tempo para iniciar esta série escolhemos os textos mais antigos já encontrados que falam sobre a civilização ocidental neste e no próximo programa vamos falar sobre a ilíada ea odisséia poemas atribuídos ao narrador chamado homero e quem vai nos orientar
sobre esses livros é o andré malta que é professor de língua e literatura grega da universidade de são paulo como o primeiro texto conhecido de homero é a ilíada nós vamos começar por ele tava só estão lá primeiro queria fazer a seguinte pergunta é o mero realmente existiu é relevante a gente é falar se existe ou não é uma questão importante hoje para quem estudou mero saber se o mero existiu como os poemas foram compostos são problemas é que podem afetar inclusive a nossa leitura do poema a interpretação dele eu acho que a gente pode
dizer inicialmente que o que você disse na abertura dos programas mais antigos poemas já escrito é já é um problema em relação ao mero porque certamente homero não escreveu nem ele ainda nem odisseia tem existido ou não esses poemas a gente sabe foram compostos oralmente isso representa uma grande diferença em relação às outras obras universais e clássicos da literatura mundial desde então escreveu os poemas que ver essas histórias não eram contadas não histórias que vem da tradição oral eu tinha que explicar que explicasse quando se deu essa tese é essa história que ele narra na
ilha da e ele veio com taxa depois mas ele não foi ele quem escreveu os versos quem compôs os versos da forma como foram compostos então a guerra de tróia gente imagina pelas escavações arqueológicas feitas lá no norte da turquia onde teria um desgaste no sentido de tróia a guerra deve ter acontecido por volta do século 12 antes de cristo são portanto a gente tem que imaginar uma tradição de poesia oral que se formou a partir que já existia antes mas que recuperou esses eventos para amarrá los em forma de poesia e isso certamente foi
sendo constituído ao longo de séculos numa linguagem muito sofisticada e muito artificial poética que talvez tenha culminado na formatação dos poemas como a gente conhece hoje feitas supostamente por um poeta cego chamado homero ele seria cego ele seria cego na tradição não é desde os gregos imagina se um poeta cego a gente tem informações concretas sobre a existência desse poeta não a gente sabe que os gregos gostava de imaginar essa figura do autor romero não é uma figura itinerante humilde que saía pela grécia cantando os seus poemas mas o fato é que os estudos modernos
mostram pra gente que a existência dessa longa tradição oral torna pouco relevante a presença de um grande gênio autoral que transforma e que cria a partir da sua própria mente os grandes poemas tá o que isso quer dizer que quer dizer que a tradição talvez seja muito mais importante do que a presença se ela de fato aconteceu de um determinado poeta foram cantores ao longo de séculos que foram construindo esses poemas que são poemas muito extensos muito complicados a gente tem quase 27 mil versos aí somando aliada com 17 é muita coisa para um homem
só e há uma estrutura que quando examinado assim nos seus detalhes ela deixa marcas claras não é de uma produção oral porque ela é sobretudo marcada por muitas repetições algumas contradições também algumas contradições então tudo isso os estudiosos investigaram são marcas que nos levam a admitiu hoje que o mero a poesia américa é fruto de uma produção oral que claro um determinado momento foi posta por escrito para a gente poder ler hoje nós homero bom a escrita surgiu na grécia muito tempo depois desse mil essencial à época da guerra de praia vi uma escrita chamada
linear ba1 sillabario difícil é complicado e que segundo os especialistas tinham uma utilização basicamente burocrática você usava aquela escrita porque ela era muito difícil simplesmente para fazer anotações listas o controle administrativo então certamente linear b não poderia ter sido empregado para redigir um poeta de um poema da extensão da linha da odisseia ôôôô alfabeto foi introduzido na grécia por volta do século 8º antes de cristo por causa dessa data muita gente imagina que se homero existiu ele pois por escrito esses poemas da tradição oral nesse momento o xanthi 800 700 de cristo mas se a
gente pegar a literatura grega as informações que a gente tem dos próprios gregos a respeito do mero a gente vê que a relação deles com os textos ainda era como a gente diz ao grau não era de ouvido eles não estavam além do mero eu estava ouvindo recitações dos poemas memorizando trechos dos poemas e fazendo eles mesmos sua própria recitação tá ele ainda é importante ler a idéia é porque é importante ler ainda bom eu acho que vale a pena leiria dá hoje o primeiro porque é poesia de primeira não poema enquanto o poema ele
é maravilhoso não tem as características de todo grande poema sonoridade grandes formulações profundidade psicológica uma capacidade narrativa impressionante então a história é contada a maneira como ele conta essa história os personagens que ele traz para contar essa história e formalmente a maneira como ele constrói versos tudo isso faz com que qualquer leitor que consiga superar a barreira inicial não é que nos separa de um poema escrito há tanto tempo numa outra cultura quem conseguir superar essa barreira consegue desfrutar da leitura da ilha dessa e se for interessante quer dizer a barreira inicial é como é
que a gente opera tem que se dedicar e eu vou me entender a língua dele porque esse tem que aprender a língua do poeta isso por um tempo ele isso na verdade tem que se familiarizar com um linguajar do mero e com um universo de referências da poesia américa então a primeira barreira assim evidente pra gente a mitologia então existe além das figuras humanas das figuras heróicas existem uma série de deuses na que povoam esse universo que se relacionam com os heróis a gente não conhece os nós hoje não estamos familiarizados com esses nomes com
as esferas de atuação de cada um desses deuses porque eles agem dessa maneira porque eles interferem então tudo isso é muito natural para os gregos é estranho pra gente é preciso então um tempo para a gente se familiarizar um pouco com isso ea maneira como ele quer contar sua história se a gente vencer essa barreira a gente tem uma outra barreira que essa do estilo do mero de que eu falei você tem muita repetição tem ele gosta muito de fazer a digressão está contando uma coisa ele vai dar uma volta vai falar de outra para
ele voltar e continuar confiou do raciocínio então a marcas próprias do estilo da época grega que também são um pouco estranhas para a nossa sensibilidade hoje ótimo momento que a gente consegue se acostumar um pouco mais com essas características a gente começa a embarcar na narrativa e gostar de ler homero e bom então vamos falar sobre linda mesmo que ela conta ela contou que seu primeiro texto mais antigo que a gente tem da civilização ocidental ela como é a partir dele a gente tem ideia como de como viviam os gregos o acolheu o seu as
tribos ela tá ali onde hoje a gente chama grécia né falou um pouco sobre o poema o que ele conta com a história dele o poema ele é bastante simples a história apesar da campanha muito longo e vinte e quatro cantos ele tem uma história muito simples homero basicamente a contar o que está acontecendo no final da guerra de tróia guerra de tróia durou dez anos os gregos sitiaram essa grande fortaleza na ásia por causa do rapto de helena então foi esse o grande crime que desencadeou a guerra ou vamos explicar melhor essa essa história
da guerra que quiser a história da guerra a gente sabe não só pelo poema mas por outras ou outros achados arqueológicos enfim outros textos encontrados né z a guerra teria se dado por conta do rapto da filha de um rei grego acompanhou a mulher do mineral ea mulher camila lalau e lema era a comsat leva a mulher a mulher mais bela de todas uma mulher belíssima inclusive tenta tem uma história sobre a mulher mais bela de todas as 11 como que uma deusa é vedado e o acontecimento imediatamente anterior ao rapto o paris que um
jovem troiano é o irmão do eleitor o filho do primo o paris teve que num determinado momento fazer uma escolha entre três divindades era athena e afrodite qualquer a mais bela ele acabou escolhendo afrodite o que representa a escolha da fraude ti afrodite a deusa do desejo sexual significa que a vida do país vai ser marcada pelo desejo sexual então com base nessa inclinação queridinha por isso ele acaba levando embora essa mulher extremamente atraente que era helena no momento em que ele está sendo hospedado pelo meio ao esposo da arena eles foram fazer uma visita
para o milan e fazendo conheceu eu na casa do melão e acabou levando a mulher do jornal agora então isso universo grego isso em qualquer universo mas no meu caso eu tô tão longe isso justificavam uma guerra de dez anos ea morte de milhares de homens então quando começa a ilíada isso tudo tá lá atrás eu estava hoje aconteceu ela não vai começar falando disso é que ele narra hoje eu sei lá menos de dois meses no final da guerra no último ano da guerra poema já começa aí essa é uma grande uma grande sacada
do poema ele ele perceber vários toques na poética elogia muito o mero porque ele disse que o mero não quis contar toda a história da guerra de tróia ele poderia ter contado desde o julgamento de páris o rapto de helena até a destruição de tróia mas que ele faz ele deixa a instituição para lá a gente não vai saber como é que tróia conquistada ele deixa o rápido até o fim deste ano não conta ele simplesmente pega uma briga entre o aquiles e o agamenon aquiles é o principal guerreiro grego agamenon o chefe do exército
ele pega uma briga dos dois por causa de mulher a partir dessa briga ele vai contar as desgraças que acometeram o exército grego e termina a história falando disso a gente não vê a morte do aquiles a gente não vê destruição de tróia então nada disso é contatado diretamente por ele porque isso é interessante porque ele conseguiu fazer um grande poema eliminando esses elementos que a gente gosta tanto de ver hoje a gente pegar o filme tróia de óleo ou os filmes nem ou os filmes mas o mais recente ele quer contar tudo e vai
contar desde o rapto de helena até a destruição de tróia homem percebeu que se ele se concentrasse uma pequena ação que dura menos de dois meses ele poderia conseguir aprofundar essa ação contando menos coisa e ao mesmo tempo fazer referências muitas referências muitas alusões a esses outros episódios tanto o rapto de helena quanto à destruição ele faz referência e faz então o poema em momento algum esquece do rápido rápido está presente lá a toda hora e momento ele deixa de nos indicar que tróia vai cair é que os gregos vão conseguir vencer essa guerra mas
ele não quer falar diretamente disso o que ele quer falar da briga do aqueles pagamento por causa de uma escrava ou aquele sai da guerra como a melhor guerreiro os gregos começam a perguntar e mal o amor não tem volta atrás se retrata quer se reconciliar com aqueles a que ele diz que não que não vai voltar de jeito nenhum no final ele acaba mandando o melhor amigo dele no lugar dele o patrono com o primo dele né é ali no poema não não poema não tá loko não não tá é uma figura pouco mais
velha que foi morar na casa dele né foi acolhido pelo pai dele então eles cresceram juntos são muito amigos ele acabou mandando o amigo no lugar dele o amigo morre é morto pelo leitor que é o principal e repreendendo a que ele saísse resolve voltar pra luta mato leitor e no final do poema no canto 24 ele devolve o corpo cadáver leitor para o pai o primo pra ele enterrar o filho e aí tá tudo é uma cultura grego colocado aí né que a história de enterrar os mortos de não interagir um outro sepulto todos
os valores à orientações sobre conduta nas mais variadas esferas tudo para os gregos estava no mero então aí eu roubar escrava do aquiles ou aqueles ficar irado mandar o prêmio entregou às aulas essa história das almas é também é interessante porque na guerra na época lá eu quando ser uma casa um oponente pegava as armas dele né assim a partir do canto 16 que o canto que narra a morte do pato com essa questão vai crescendo a gente chama isso de é o tema da mutilação do cadáver na verdade eles fazem duas coisas é a
primeira delas era sempre que matava um inimigo tentar tirar as armas dele então levar embora né é uma maneira de você não só adquirir uma riqueza mas mostraram senhora criado a vitória ea um outro movimento comércio explora muito em relação ao aqueles que a vontade de vocês e aniquila o cadáver de seu inimigo você não tá satisfeito em ter matado seu inimigo você quer destroçar o cadáver dele que constitui a segunda ótica do poema um grande crime basicamente todos guerreiros querem fazer um pouco isso mas ninguém faz quem acaba fazendo isso aqueles porquê porque ele
tem um ódio infinito pelo leitor em manter bar ano então ele consegue pegar o cadáver do leitor ele leva para a cabana dele todo dia homero diz para a gente ele amarra o cadáver do leitor na na charrete dele na carruagem dele e fica dando voltas em volta da tumba do pato branco onde o patrão tinha sido enterrado simplesmente para dar vazão a essa é ódio dele por esse guerreiro que ele já matou e quem deveria ter devolvido para o pai para ser enterrado porque era preciso que os guerreiros recebessem as honras fúnebres né pra
ficar toda aquela história de que eles vão para um determinado lugar depois da morte e teriam que fazer as ondas por aqueles fosse em paz exatamente porque a alma se desprende do corpo na hora que eles morrem e ela precisa fazer essa transição pro a diz que a casa dos mortos então só consegue fazer isso depois que eles recebem as honras fúnebres interessante resgatar a cultura grega também colocada aí dá pra você ter uma idéia de como viviam os gregos lendo a iii e serve como instrução para os gregos aliar uma bíblia as mais variadas
informações dessa mais moral de comportamento e conduta até como tratar seu pai como fazer uma pescaria como conduziu o exército como não pegar mulher do próximo' não pegar leptospirose por alertar ao pegar rolando brotam o poema era muito importante para eles tinham um valor que vai muito além do valor de qualquer poema pra gente hoje de um grande poeta porque realmente era onde estava reunido tudo que era importante ali pra eles refletirem sobre afinidade vamos fazer um intervalo rápido aqui com a gente volta a conversar e dizer é não foi noel só os gregos que
esse poema é importante foi importante durante muitos séculos ou fazer o nosso intervalo rápido voltamos daqui a pouco mais informações sobre a linha neste primeiro programa da série literatura universal terá o programa literatura universal está de volta hoje estamos estudando o primeiro texto conhecido da literatura da cultura ocidental a ilíada de homero quem está nos conduzido por esse estudo andré malta da universidade de são paulo da faculdade de filosofia letras e ciências humanas onde a gente está falando no outro bloco do programa que é a ilha da é um poema que é professor tempo entendeu
que trouxe a cultura grega que era muito unido pelos gregos era meio que uma bíblia para eles né isso se isso se atravessou os séculos é isso é algo até impotência foi em grande na na atividade direta a gente lê uma epopeia combinei do virgílio que foi composta de sete séculos depois da poesia américa a gente vê que o e lá na e nem do que o vídeo está tentando fazer uma fusão da ilha da coréia ele está contando uma história que é muito claramente para quem conhece a poesia américa e tá lendo o virgílio
uma fusão é uma tentativa de imitar recriar relator aos elementos que estão lá presentes na na poesia américa então o enem as que é o herói principal da emenda é uma mistura de uma que lhes dá guarida com o dirceu da odisséia só para dar informação virgílio era um poeta romano é isso o virgílio costa romário criado com a tam a aps proença heróicos de roma em um poema totalmente marcado pela ideologia do império né do augusto então ele queria propagar em louvar a grandeza desse império é uma situação a um contexto cultural político totalmente
diferente mas qual que é a característica dessa literatura produzida em roma nesse período ela é totalmente influenciada pela literatura grega não só a doença não é que o poema do do homero sobreviveu 700 anos que está falando nem até chegar em roma ele ser lido em roma foram olha como os gregos eram ótimos tal e os romanos parece que achavam se achar um descendente dos troianos né é na verdade é isso é isso deve ter lhe causava ou seja ele era importante por ter sobrevivido tanto tempo então queriam que as histórias romana sobreviver sem por
tanto tempo quanto as de homero né o vídeo ele se aproveitou de uma informação que está presente na aliada de que o enem mas é um personagem na vida ele é um guerreiro que luta do lado do ano ele se aproveitou de uma informação além de que é evidente está clara e explícita no poema de que ele sobreviveria e daria continuidade a raça troiana ele pegou essa história e através dessa permanência do enem mas ele mostrou como a poesia dele também é uma continuação da poesia américa e amarrou uma poesia onde ele fez uma ligação
é com base nessa visão de que o mero representava um modelo de poesia que deveria ser seguido ele conseguiu dar uma estatura uma importância também a própria literatura dele colocando a como um fruto dessa uma continuação dessa literatura américa escrevendo com o mesmo metro né do mero usando as figuras dos deuses explorando a gestão eu só sou transformando os deuses gregos produtos exatamente então a o parentesco é evidente ali pra quem tá lendo o poema é você perde muito da leitura da emenda se você não conhece a poesia américa por causa das referências e da
vontade dele de dialogar diretamente com homero mas então ele misturou a ilíada ea odisséia ele assegurou é um pouquinho ele misturou os dois poemas e bom mas é só essa influência continua ao longo do tempo desde homero ela continuam a diminuir um pouco na idade média os autores clássicos foram colocados um pouco pra escanteio ela voltou com o renascimento os autores clássicos começaram a ser traduzidos para línguas modernas e desde então é sempre uma uma referência importante eu acho que se a gente pensar hoje no que é importante pra gente como é que a gente
deve ler esses poemas o que eles trazem interessantes que em pleno século 21 um jogador a mais a nossa bíblia a gente não tá mais naquele meio cultural a gente não precisa dessas orientações porque é interessante então leu mero além da grande poesia que a campanha américa é eu acho que são duas questões principais a primeira é a importância disso ganhamos assim do caráter trágico da ilha da falando especificamente da i liga o que significa até trágica dele era tão forte já para o mero e eu acho que continua muito presente pra gente hoje o
caráter trágico é basicamente a nossa investigação sobre a figura do aqueles quem quer se aqueles nessa história da ilha dá porque é trágico o que significa ser trágico essas questões acabam todas levando a gente a pensar na responsabilidade pelas nossas próprias ações que a gente vê na ilha de um aquele que sai da guerra porque se sente honrado pelo agamenon depois ele decide não voltar o amigo pede para ele estar no lugar dele deixa um amigo acaba morrendo ele se sente responsável pela morte do amigo então o poema a todo momento está jogando com essas
questões ou aqueles deveria ter feito que ele fez será que ele fez bem em sair da guerra será que ele demorou demais para voltar será que ele é culpado pela morte de kennedy acho que essas respostas que tá perguntando o próprio homero ltda aqui num determinado momento no poema né ele fala aqui por causa da ira do aquiles morreram não sei quantos 1 e desloca na abertura a abertura do poema é isso exatamente ele provocou a morte de milhares de guerreiros ele diz logo de cara é é canto a deus agora de aquiles filho de
pelé que ocorreu foi que causou inumeráveis dores aos apoios precipitou no aduz que o inferno alma de herói sem conta e os corpos deles tornou empresa de cães e pássaros carniceiros é isso isso é ou seja ele já jogou aqui o aquiles é o homero eu acho que dá para a gente dizer que tem um pequeno julgamento aí mas em geral o que é interessante no mero a gente vê que o narrador ele é bastante discreto a gente disse é muito objetivo e está contando tudo que está acontecendo ele sabe é onisciente e ao mesmo
tempo ele vai dando espaço que os personagens se manifestarem no número de versos dedicados a falas de personagens na poesia américa é maior do que o número diversos em terceira pessoa ele conta é é mais forte do que ele contra eles mas falando que ele conta isso e qual é o resultado disso é que a gente fica com muitos pontos de vista a gente fica com as opiniões e as visões dos personagens e pouca interferência do narrador nos orientar nessa nesse julgamento do que está acontecendo e ele explora isso magistralmente em relação àqueles porque ele
por aqueles a personagem que mais fala no poema e o que ele põe o que ele expõe daqueles pra gente essas com essas questões essas dúvidas e basicamente as dúvidas dele se baseia na relação que ele tem com deus é o deus principal delas é o manda chuva é o que é quem determina toda ação do poema é uma espécie de narrador acima do narrador porque ele sabe de tudo também e dentro da história ele que determina para onde ela vai então o aqueles com a visão dele de herói é mais limitada que dizer os
que é uma divindade ele fica tentando compreender o que quiser está querendo para onde ele está indo até que ponto as ações dele batem com o que deus quer e até que ponto não é isso no poema que confere a ele esse valor trágico o que é o trágico em poucas palavras é esse conflito entre você achar que você pode fazer o que você quer fazer porque você é responsável decidir livremente as suas ações e ao mesmo tempo você sentir que elas estão mais ou menos já determinadas por uma força superior que você não controla
que está jogando um pouco com você como se você fosse um boneco o aquiles é esse personagem na lida ele é um grande guerreiro que acha que pode fazer o que bem quiser e tem porque poderoso porque é um herói de ninguém o vê se na boa tarde porque deus banca é o que ele quer e por outro lado ele perceber que não as coisas não são bem assim parece que eu me perdi achei que estava indo para o lado estava indo para o outro ea morte do amigo é o sinal claro no poema de
que alguma coisa estava errada ele estava indo muito bem confiante achando que o caminho naquele quando ele provoca a morte do amigo ele começa a pensar se deus não queria uma outra coisa em relação a ele então isso é muito forte no poema e é uma questão pra gente ainda hoje quando a gente leu o poema a gente sente isso de maneira muito aguda para além das questões culturais das referências do contexto específico da grécia antiga eu acho que esse é um dos elementos que responde pelo valor do painel ainda hoje então se fala na
questão diesel sé mas isso também deixa a coisa um pouco lá ele também usa os outros deuses né que estão abaixo dele e deixar vou deixar a a aquela deus a fazer isso aquele deus fazer aquilo e ele meio que saboreia o se você fizer um pãozinho desenhar ele a partir do que o mero contra você vê que os deixa a coisa rolar pra ele sabe aparece sabiam tudo chegará não é estádio tem o que a gente chama de maquinário e divino é o campeonato está trabalhando com um plano que o plano terrestre onde agem
os heróis na guerra depois que um outro plano que esse plano divino povoado de inúmeros e variados deuses então eles estão interagindo a todo momento esses dois planos dos deuses e dos heróis e os deuses também tomam partido então adeus próprio anos e adeus exploremos zeus deixa rolar deixa os deuses agirem tentarem favorecer um herói outro herói mas no final das contas ele sempre interfere nessa taxa quando ele acha que a coisa tá saindo do seu controle ele interfere da ordem para os deuses dizendo que tem que ser desse jeito eu quero que seja assim
é justo então por isso que ele é um personagem tão importante na narrativa e por isso é importante a gente pensar a atuação do protagonista que o aqueles em função dessa vontade de deus que tem na abertura do poema nesses primeiros versos ele fala que a vontade de deus estava sendo cumprida nessa batalha ou seja os gregos o poema era a vontade de deus mas o que é instigante na ilíada que a gente não sabe qual é a vontade de deus ou como é que zeus construiu essa ação que isso e isso é um é
um grande ponto de interrogação na nossa leitura isso enriquece muito na itália o que está colocando é a moral da época né exatamente uma lição de moral é própria quem vivia naquela por certo não é isso exatamente um código de comportamento aqui eles vão buscar como se comportar o que era morar o que não era o que não era morar o que é bom é o que é justo que não é justo é sem pêlos compor pelo comportamento às vezes a gente quer uma coisa que acha justa e no fim aquele ato que você tomou
vai resultar em uma coisa injusta a cólera do aquilo que aparentemente ela justa resulta na morte de um mundo de gente que ama justiça francesa também é isso isso eu acho que é isso com certeza o poema isso ele está pensando a todo momento a respeito disso o mais interessante no final das contas ele nunca se reduzir a uma visão simplesmente moralista ou seja não há bem e mal é só no poema os gregos não são os bonzinhos e os treinos não são os vilões todo mundo faz maldade ele todo mundo faz coisas boas e
más não há um julgamento direto da parte do narrador na água não tá olha isso aqui tá errado ele não fica recriminando nem elogiando os personagens então a riqueza do poema decorre em grande parte disso as coisas ficam um pouco em aberto ali em suspenso você sabe que é um elemento moral muito forte mas você não consegue bater o martelo e falar ó governo rádio e isso é raro diz que isso então isso é bonito no poema e bom agora tem uma questão é a seguinte qual poema ler porque a gente tem muita tradição na
gente quem não lêem grego é quem tem a barreira do idioma grego vai ler como eu você trouxe algum material que a gente pudesse indicar para as pessoas processos a publicação mais recente aqui no brasil que é a tradução portuguesa do frederico lourenço é uma lista de portugal que saiu pela coleção tempo em companhia das letras agora em fevereiro acabou de sair então dá uma olhadinha que ele está em versos é uma tradição inverso livre bastante uma introdução bastante grande é uma ótima introdução tem um rapaz mapas mostra como é que era a época o
américa é o a qual é a qual é a grécia que ele não é isso isso pra vocês se situar um pouco nas nas localidades o mapa importante na lida mais importante ainda não estréia por grilagem a mãe tinha falado no próximo programa e aí ele e aí ele tem uma tradução livre porque tem muita gente que tentou fazer é querer fazer versos não os versos é do tempo de homero mais versos assim com uma métrica nec homero fez um verso usual da época dos gregos é um homem escraviza mesmo o nome do metro do
mero e 14/16 a fila fazia aqui e tem muita gente tentou traduzir traverso alexandrina do tipo diversos e é isso que motiva um pouco poema né a tradição inverso ela tem tem o mérito de tentar recuperar o aspecto poético sonoro que é muito presente na poesia américa essa tradição é uma tradição inverso mas ela não é metrificado então o que ela consegue deixando de lado um metro ela consegue maior clareza maior fluência então você ler quase como se fosse prosa e é bom porque o homero tem um elemento narrativo não é muito evidente ele está
contando uma história com vários acontecimentos então existe uma influência que a a prosa ou uma tradição em verso livre próximo da prosa consegue recuperar por outro lado as tradições inverso que tem que são muito boas aí a gente tem uma tradição que vem desde o documento diz pelo menos lá no século 19 elas são mais difíceis mais elaboradas mais intrincados mas tem a vantagem de tentar recuperar o aspecto propriamente poético do mero né do grande criador eu acho que para quem está iniciando uma leitura da poesia américa está se aventurando pela primeira vez nesse universo
é bom pegar uma tradição em prosa ou uma tradição como essa em verso livre que é bastante a produção de prova com marcas o que geralmente é feito a partir de outra língua é essa que eu tenho aqui uma profissão não errou bastante antigo hoje a produção vem do francês isso é uma transação totalmente engajados em prosa excelente porque é feita a partir de uma excelente tradição francesa o grêmio lhe um pouco aí né mas é um negócio interessante então é melhor para quem está começando e depois se quiser seguir estudando poema vai lá e
pega aquelas produções mais poéticas mesmo isso a gente tem a gente tem magnéticas a gente tem a tradição do odorico mendes do século 19 que é bem difícil a gente tem no século 20 a tradução do carlos alberto nunes todos trazendo os dois poemas ea gente tem do final do século 20 e agora começar com um 21 a tradição da ilha do haroldo de campos ea tradição da aids é do trajano vieira que é professor de grego lá na unicamp não as duas no mesmo espírito da da recriação poética nos modos busca da métrica do
ritmo do metro com muita sousa dias então são tradições bonitas mas eu diria que para quem já já mais familiarizado com o universo do mero e quer desfrutar um pouco do caráter propriamente poético ao pessoal muito obrigado pela sua ao ataque de ira da casa eu vou pedir pra você falar um pouquinho sobre o mérito nosso próximo programa com prazer voltar aqui fala mais mais sobre sobre o médio fala sobre a odisseia a viagem do lixo sul onde seu né tomar como vão terminar nosso programa de hoje nosso primeiro programa da série literária universal termina
aqui e no próximo vamos falar sobre o outro texto de homero que relata o pensamento das pessoas que viveram aproximadamente 1.100 mil 200 anos antes de cristo a odisséia a viagem de ulisses odisseu depois do final da guerra a vitória essa que a gente conversou que as aventuras que viveu por dez anos perdido no mar buscando o caminho de casa até então
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