[Música] bem-vindos ao nosso canal YouTube nesse Falando nisso de hoje com um lembrete Inicial quem quiser apoiar o canal inscreva-se não apoia-se bu vai colocar para vocês e com a pergunta de stev Faria dá para lutar contra esses amores líquidos contra o Ghost contra as relações desenfreadas de apostas e a dois vistos azuis do Zap Ah no mesmo espírito a Bia varanis pergunta Olá chistian tudo bem Queria muito que você falasse sobre os web namoros algo cada vez mais comum hoje em dia e que parece muito com o amor líquido não sei queria saber sobre
essa ilusão amorosa que mora nas palavras às vezes ou como nos apegamos nesses amores virtuais depois saímos despedaçados com fim geralmente longos meses de conversa chamadas e tudo mais segidos de nunca mais falar com a pessoa e aí fica a questão mas foi real ou só o que é físico pode ser real b não sei mas queria muito ler sobre psicanálise web namoro Obrigado também a colção da Mônica Dionísio Ah o que você pensa sobre Sigmund Bauman esse tema foi abordado em amor líquido Juventude e educação então aqui né a gente tem uma série de
questões mas eu queria lembrar a vocês que várias delas então aí nos cursos da casa do saber com qual a gente tem feito essa parceria né E que e pelo dunker 10 você tem direito a 260 cursos em e pagamento como é que é com com desconto né e e entre eles eu recomendaria o curso que fiz sobre o amor falei um pouco sobre o amor líquido né Tem vários outros ter eh vídeos e e cursos da casa saber sobre esse tema é um tema contemporâneo assim muito muito discutido mas eu vou então Eh escolhia
fazer uma apresentação mais assim sucinta eh das questões né que são assim um pouco eh arborizadas e em torno da contemporaneidade dos autores que a gente se rapidamente mobiliza para pensar nesse esse nosso momento entre eles o zund bman né eu vou fazer uma coisa assim que talvez vai decepcionar aqueles que esperam uma resposta mais mais dirigida mas eu acho que eh merece né O bman ele ele pertence a uma classe de autores né que tá em desaparição são assim aquelas sociólogos teóricos da Cultura da sociedade que tentam pensar realmente um movimento total de uma
época de uma Cultura né que pensam assim em propor teorizações mais mais mais duras mais de fundamento e que a gente vê a própria obra do bman ser atravessada pelo declínio desse projeto e pela pela ideia que até mesmo os teóricos os e os saberes né que a gente mobiliza para pensar Essa época eles vão se fragmentando eles vão se arborizando eles vão Ah vamos dizer assim renunciando a um espírito né de de pensamento mais universalista que tava no começo do balman e que vai desaparecendo no próprio pensamento do nosso autor e na própria tematização
que ela que ela que ela vai incorporando eu colocaria o balman ao lado de autores como eh o mafezoli né ah O tempo das Tribos né ao lado de gente como Christopher Lash né cultura do narcisismo o mínimo eu ao lado de lipovetsky né quer dizer a cultura da da da a estetização né cultural da nossa época são em geral aquelas que propõem né adjetivações predicações para o nosso tempo tipo a cultura do narcisismo né a cultura do desempenho né como erberg Novo Espírito do Capitalismo como Bas que que pelo né e a cultura líquida
né no caso do do do bman outro autor que vai nessa linha que eu gosto muito que é o Richard senet né declínio do homem público o trabalho dele sobre autoridade super interessante trabalho sobre a corrosão do caráter né para pensar as modificações no trabalho essencial né e e tem boa parte da da obra dele traduzida aqui no no no Brasil mas vamos pensar de onde vem o bman Né o bman nessa trabalho assim mais antigo né chamado esboço de uma teoria da Cultura né E ela tá lá nos anos eh 70 né Eh fazendo
uma espécie de balanço eh da crise das ciências humanas eh Mais especificamente da da sociologia e Mais especificamente de uma espécie assim de de conflito de modelos a gente tem da sociologia os Os Três Porquinhos né Max Weber Marx Carl Marx e emilim né que são Eh vamos dizer assim fundadores talvez ao lado do conte né jogando um pouco assim na segunda na segunda divisão que são fundadores do que a gente entende por sociologia ou seja relações entre indivíduo e sociedade né relações de produção relações de e poder relações de e processos de individualização né
como vai eh colocar esse esse esse autor que já tá um pouco assim no meio do caminho que é o Lui deumon né individualismos os trabalhos dele sobre o olismo na Índia são muito muito legais mas então a gente já tem essa esse lado da conversa né e o outro lado da conversa que aqueles que vão pensar Cultura né são antropólogos então aí a gente a discussão Não não é nem sempre indivíduo e e sociedade mas é cultura e natureza o que que define o homem que que define o homem transversalmente né entre uma coisa
e outra a gente tem a história de um lado né e a psicologia do outro né então ISS é o quadrilátero da ciências humanas no caso da sociologia né onde de onde vem mais o nosso autor a gente tem assim três modelos que eles são meio concorrentes né para eh tentar explicar as coisas e que a hora que o bman se forma e ela ele redunda de uma espécie de crise de incomensurabilidade Entre esses três modelos né um é o modelo que a gente pode chamar assim institucionalista né mais tradicional Parsons por exemplo né em
que pensar na sociedade pensar que nossa instituições se se desdobram elas se se se se ampliam que que modelos de instituições prevalecem sobre outros que relação entre instituição e comunidade né o outro modelo é o modelo estrutural né mais próximo então aí da da antropologia do estrutural do lev destroço Mas se a gente vai dizer existe uma antropologia funcional que é a mais próxima da daquela que que entende a sociologia das das das instituições né e a além desses dois modelos a gente tem um modelo que a gente pode chamar assim de actancial né que
diz respeito a eh pensar a ação da ação social das pessoas são social dos dos movimentos sociais dos grupos sociais eh como é que como é que que elas Ah bom estão mais próximos do Polo político né como é que como é que a gente pode transformar a sociedade a partir de teorias que valorizam os atos né seja teoria dos atos de fala do seu seja a teoria da eh da ação social como como goffman né da o interacionismo simbólico como George Herbert meid né Eh seja os diferentes ativismos né E que que que que
estão ligados a programas políticos específicos bom qual que é o problema do bman e El Ele olha para isso ele diz olha esse mapa todo não vai sobreviver a o que temos pela frente né Essas categorias elas vão se dissolver a de estrutura a de indivíduo a de instituição h de universalismo tudo isso parece estar numa espécia de e de de de diluição né E de de bom el tá pensando o quê os anos 80 e a chegada do pós-modernismo né do pós-humano do pós autor do pós-obra do pós-crítico do mundo que começa a se
entender como o não mais modernidade mas pós-modernidade né então ele é um autor que tá bem nesse giro e o que que a gente tem ali nos anos 80 e anos 90 uma espécia de de giro né que vai vir das teorias fortemente assim epistemológicas né que são essas que eu apresentei assim sumariamente para vocês são no fundo que pensam o sujeito como um sujeito do conhecimento e daí eles se desdobra Sujeito da ação o sujeito racional né das instituições da como descreve lá o o Weber bom esse esse sujeito epistemológico ele vai ser substituído
por um outro outra maneira de pensar o sujeito que vai conferir não soberania para a razão e o pensamento mas para a linguagem é o linguistic turn né que a gente vai ver em em toda a sociologia né e de diferentes maneiras e o baan tá tá tá tá tá dependente o começo da reflexão dele é essa crise né esse choque entre uma uma teoria das ciências humanas desse tipo e a chegada da semiótica da da Computação da linguística da enunciação das novas teorias da comunicação e da linguagem para isso ele então vai eh tentar
compor uma teoria que levea em conta tanto o arbitrário do signo né tanto as dicotomias eh impostas pelo método estrutural com as questões relativas à função né que estariam assim ao ato que estariam assim esquecidas um pouco esquecidas pelo pelo pelo pela pela sociologia tradicional Então o que significa essa essa virada semiótica que o pensamento do crítico ele no fundo tem que eh estar numa espécie de atenção permanente aos discursos né a aos usos específicos de linguagem às transformações que acontecem na na pragmática da linguagem né e e e como essas transformações elas impõem um
problema que é o seguinte né você tem a linguagem a lógica o abstrato o Universal você tem a língua que é o cultural social Inglês emão francês e você tem o indivíduo que é a fala né quer dizer que esse fala de um jeito outro fala do outro um pensa um jeito outro pensa do outro Essa tripartição ela vai ser incluída por mas a gente tem que pensar uma uma teoria teoria do Universal baseada Universal da linguagem né então Eh o seu elemento mínimo não pode ser o significante como é no caso do Lacan Mas
vai ter que ser o signo né então pensar a sociedade como uma economia de signos Esse é o projeto também do bodr ilar Por Exemplo né Eh não é completamente assim eh novo né inaugural nessa nesse sentido mas aí a gente passa para um segundo livro do bman que é ética pós-moderna né Acho que pega bem esse ponto de e de virada né no no no pensamento dele que é quando ele também começa ficar mais mais conhecido né e a ética pós-moderna vai ser e pensada por ele como uma ética da crise né uma ética
da perda de fundamentos uma ética da Vamos pensar leotar tá escrevendo nessa mesma época a condição pós-moderna né Perry Anderson também né e uma ética uma moralidade então uma a pós-modernidade como uma crise de moralidade encurtamento de narrativas e encurtamento do do laço com o outro precarização da ou efemeridade do dos laços com o outro né E que vai eh se manifestar também como uma aprofundamento né da crise já descrita pelo Weber entre responsabilidades Morais e normas éticas né É como se a gente tivesse aqui uma uma eh eh divisão dentro da divisão né uma
consciência da divisão então nós temos aí esse sujeito nos anos 80 né o iup eh aquele sujeito que assim ele opera facilmente em dois planos ele não briga mais do privado com o público como o senet tinha descrito ali nos nos anos 60 mas ele cria uma espécie de responsabilidade moral individualizada né ela tem que construir a sua própria moralidade ela não vem pronta ela não vem de fábrica ela é uma tarefa para as pessoas isso vai então compor um cenário cultural repleto de do que ele chama de fundamentações ilusórias ou seja por exemplo engajamento
em tradições que parecem antiquíssimas mas que foram propostas por um guru New Wave que tem cinco anos da experiência na matéria e que nunca foi pra Índia ou então por experiências com a substâncias ou com modos de vidas com comunidades que são profundamente híbridas do ponto de vista da sua filiação cultural né é o que que a gente está falando do que o Humberto Eco chamou de kit ou de pastiche na arte né só que agora diz respeito às formas de vida né formas de vida que podem ser compostas por misturas impensáveis até então eu
posso ser um pouco muçulmano um pouco judeu um pouco católico eu posso hibridizar eh os meus valores e compor assim um menu de degustação para quem é que eu quero ser só que isso diz o Bauman vai implicar um reforço da crise porque a função dos fundamentos é de operar estabilidades ontológicas é de operar relações estáveis entre passado presente e futuro operar relações de continuidade entre gerações quando você começa a dizer assim não mas você pode criar seus próprios fundamentos Isso significa que o poder coercitivo né do trato entre os viventes entre os que já
se foram os que estão vivos e os que virão ela eh vai se assorear ele vai se tornar vamos dizer assim laço ele vai ele vai perder a sua força de coersão E com isso né a gente vai eh caminhar né para o que ele chama de partido moral do dois né do dois pelo o seguinte cada fundamentação vai precisar encontrar aquilo que lhe falta em termos de lastro histórico em termos de vamos dizer assim eh relações comunitárias orgânicas no reconhecimento dos outros bom o que que ele tá descrevendo guerras né lutas combates permanentes insanáveis
insaciáveis para eh eh mostrar qual qual forma forma de vida é melhor Qual forma de vida ela deve ser ada pelos outros então isso tá essa essa entrada na semiótica dos afetos é muito importante no pro balman né e por isso que ele vai terminar tematizando o amor por isso que ele tá tematizando aqui essa ideia de de que a crise da identidade ela se expressa por um uma espécie assim de de sede de reconhecimento né de angústia pelo real né quer dizer o que que é de verdade e do outro lado sede de reconhecimento
bom eu você né quer dizer se a minha fundamentação ela é é é é ela é boa ela ela me serve é porque eu tenho adesão de outros essa adesão vai se problematizar com a ideia de que uma moralidade pensada desse jeito é uma moralidade instrumental né uma moralidade no fundo sem sem sem fundamento algum sem substância né e a gente pode não não precisa criticar isso porque isso é meio descritivo né essa essa ausência de de de fundamento vai se expressar num novo tipo de angústia né que é um novo tipo de vazio não
é um vazio Ah não tenho sentido na minha vida não é um vazio que diz e eu eu eu eu não consigo enunciar direito que que eu sou né De onde eu venho para onde eu vou os espaços estéticos cognitivos e Morais vou então se sobrepor né ã a casa que você tem o o os objetos que você consome o carro que você prefere o estilo de música que você ouve os restaurantes que você frequenta esses espaços eles vão se tornar muito mais importantes do que eles eram até então porque eles são espaços de restituição
identitária né é deformação de tava lá no cant né comunidades de gosto a gente se entende por quê Porque a gente gosta da mesma coisa a gente gosta da mesma coisa do ponto de vista cognitivo estético e moral bom a o n vai nesse momento levantar lá Olha nós estamos voltando num problema que tem uma história né que é vícios privados benefícios públicos nós estamos o sloter jck vai dizer assim isso aqui é o início de uma nova civilização cujo sintoma social ouja regra de funcionamento social é o cinismo né então Crítica da Razão cínica
Vladimir fez um adendo a essa a esse debate falando cinismo é falência da crítica por quê Porque este modelo não é que ele evita crítica ele torna a crítica algo Eh vamos dizer assim flat algo que é componente da nossa estilística existencial vamos falar com Foucault é uma crítica de de baixa espessura é uma crítica que que tem que ver com o eh com o agenciamento né de Laços sociais instáveis entendidos como efêmeros entendidos como vamos dizer assim nesse novo contexto de liberdade né uma reinvenção da Liberdade eh o que está aqui né e que
eles discutem ética pós-moderna depois desse trabalho tem um texto que foi muito importante pra gente na psicanálise né que é a modernidade e ambivalência porque aí ela vai ele vai tentar eh responder historicamente a esse quadro que ele descreveu aqui e aí ele vai usar duas duas categorias psicanalíticas né que é e e a a figura né da da ambivalência e da discriminação Então vai pegar lá desde o século X e vai dizer assim o nosso sonho sonho pelo menos do do do projeto Liberal né do projeto do lock do hum do do mandeville projeto
que vai dar no no no liberalismo não só econômico mas como pauta também aí como hoje a gente chama de de costumes e ela tava baseado na qu na redução de ambivalência né na luta contra a indeterminação na conquista da natureza no estabelecimento de leis Claras e distintas que a gente deve seguir e reformular vamos dizer assim progressivamente é um pouco assim a luta da moral do ã do Jardineiro né que que que espera o tempo da colheita da semeadura que que que que tá ali mas que respeita e se Dobra a algo que é
maior que ele que portanto tá sujeito a Choveu não choveu Fez sol perdi tudo ganhei tudo versus a razão do marcineiro do pastor daquela que diz olha eu conduzo os meus rebanhos eu sei gerir os meus negócios eu sei gerir a minha o meu jardim ele não não depende do chuva ou sol porque eu tenho um sistema hidropônico que eu consigo mobilizar para para reduzir ainda terminação então ambivalência é um conceito psicanalítico lembra né quer dizer odiar e amar a mesma coisa Ele tá dizendo a modernidade é ambivalente porque nós queremos duas coisas contrárias contraditórias
nós queremos autonomia mas nós adoramos heteronomia né a gente adora Néa abrir mão da sua liberdade Como diz Lab né ah se deixar tiranizar pelo outro né e e por outro lado a gente assim adora a independência mas quanto mais independente a gente se faz menos espaço tem para o quê PR dependência a dependência é sempre ruim dependência não é legal então lá reduzir a ambivalência aumentar a independência é mas aí que você faz com amor mas o amor é o amor é uma coisa agora entrando aí nas nossas perguntas o amor é uma coisa
que cria dependência de um jeito ou de outro e é por isso que as pessoas diz ih mas pera aí não tô namorando pera não mono e não gosto desse dessa jaula de aço expressão do Max Weber não não não quero isso por quê Porque isso é sentido como perda de liberdade mas se então o amor vem junto com a perda de liberdade eu começo a criar uma uma uma guerra né Não só contra a ambivalência mas contra os efeitos que eh ela vai criando e contra as respostas falsas insuficientes que eu mobilizam contra ela
então aí a gente pode pegar por exemplo uma literatura como a do Kafka como da Virginia Wolf como do James Joyce como entre nós né do Guimarães Rosa que é o quê que é que são universos de altíssima ambigua né discursiva né Eh projetos em que assim quanto mais lei quanto mais ordem quanto mais discriminação Ops de repente eu me vejo sofrendo sofrendo pelo quê pela falta de indeterminação pela falta de ambivalência né o pastor dá tão certo que ele começa a ficar cansado de ter que cuidar das suus ovelhas suas ovelhas internas seus Carneiros
internos manhã tarde e noite ele começa a sentir saudades ele começa a sentir que ele dar um exílio em relação às formas de dependência conflito aberto agência na pauta como é que eu como é que eu ajo dessa maneira é o momento né Vamos pegar o texto do fured né muito bom também dessa época dizendo assim ó olha o momento em que as pessoas começam a esperar do Estado o que elas esperam de um psicoterapeuta de que o estado proveja pra gente regras e bem-estar se eu não tô feliz se eu não tô satisfeito se
eu não tô contente é porque o outro porque o estado não me proviu essa solução para o fulcro de ambiguidade que no fundo é uma forma de contradição causador aí ou motor da modernidade eh e da pós-modernidade Daí vem o momento mais psicanalítico do bman né que é o malestar na pós-modernidade né onde ele vai eh então começar a integrar várias partes desse debate né Eh em temáticas em microt temáticas né então ele vai estudar o que que é o vizinho Por que que o vizinho começou a ficar assim estranho por que que o vizinho
começou a ser atormentador por que que por que que eu eu eu estudei isso né na lógica do condomínio mal estar sofrimento sintoma né ã o que que acontece com as nossas relações de consumo Porque que o consumo vai se tornando tão mais e mais definidor de quem eu sou né Eh o que que vai acontecer com essa com essa ideia né com esse novo programa paraa liberdade que é a ideia do do errante do nômade do Paria né daquele que Vejam só né pr pra moral clássica da modernidade é o que tá fora da
modernidade é aquela que precisa falar minha língua que ainda não entrou no sistema né mas a o pós-moderno e o malestar na pós-modernidade diz respeito a justamente procurar isso como uma espécie assim de retorno para o que eu perdi retorno que vai levar né e o título é para o Freud mesmo vai levar ao aumento do mal-estar né Eh vai levar a ideia assim de que eu sigo todas as regras eu me comporto decentemente eu ajo como deveria agir e dá tudo errado e que significa dá tudo errado eu permaneço mortal eu permaneço num estado
de deficit crescente da minha identidade e do sentimento de si que ela diz começa a ser pervasivo de inadequação insuficiência e rebaixamento de autoestima bom esse rebaixamento de autoestima estima ele propõe uma curar isso né ele cria uma nova demanda e essa nova demanda é então aí a gente vai entrar e no grande tema né do final da da obra do bman que são os líquidos modernidade líquida é como se el tivesse respondendo ó este problema né modernidade e ambivalência é respondido com esta solução liquidez então a a liquidez ela é uma forma de eu
manter e eu redesca todos Aqueles contratos Todas aquelas institucionalidades Todas aquelas relações de comunidade mas agora no modelo Flex né no modelo de indeterminação que vai acontecer na economia no nosso modo de trabalhar no nosso modo de amar e desejar e no nosso modo de usar a linguagem aqui ele vai notar olha só essa pós-modernidade líquida e etc de repente ela aparece como um uma formação nacionalista totalitária como uma identidade forte fundamentada que é reação ao quê ao sentimento de mal-estar com a liquidez da vida né com a com uma vida que pode ser que
que é o líquido né é aquilo que se conforma né então é o que você espera na empresa que você seja você seja rizomático né que você consiga eh se se se se se transformar de forma radical em relação aos contextos que e as demandas que vão sendo assim eh empurradas bom ele vai pegar essa ideia que tá no agamben né de que então o consumo ele passa a ocupar o novo lugar subjetivo que é o lugar das religiões né caem as religiões e entra a ideia de que enquanto eu tô consumindo eu tô agora
quase que conscientemente Ah me criando sistemas de valores sistemas de interesses criando orações criando Deuses criando Santos criando iconografias criando catedrais eu vou ter todo um transporte semiótico né do universo da religiosidade da crença para universo do consumo e o que o Vladimir também apontou com essa ideia da da mudança do superu né do superu interdit para o superu e impositor né O superu prescritor que tá no lacana né o GO né quem quem desenvolveu muito essa ideia também foi o dan du fur né no no pornografia né no livro dele sobre pornografia no livro
dele sobre cidades no livro dele sobre erotismo no livro dele sobre o a redução de cabeças enfim Tod Toda obra dele tá tá muito ligada a esse a essa problemática né o segundo ponto então é que a gente vai desligar um pouco individualidade e e e e idade né Por quê Porque o ego vai parecer cada vez mais um sistema de aparências né vai parecer cada vez mais um sistema de manipulação de um de um ator né vai parecer mais um uma questão de como nós nas relações amorosas né nas relações familiares nas relações intersubjetivas
nos aprendemos como objeto de consumo e aprendemos o outro pelas regras do consumo né ela tá a momento que tá surgindo popularizando as as grandes grandes redes sociais que vão que vão ser percebidas por muito como muitos como uma espécie de açogue né em que as carnes e consumo se exibem e são trocadas conforme filas eh de consumo que vão que vão andando bom então a gente tem agora o que ele chama de uma modernidade leve né não é mais o peso de resolver as ambivalências mas de entender que as Valência são fluxos né controláveis
administráveis que a gente tem que aprender né a a a lidar com essa fluidez renunciando a pretensões de unidade pretensões de identidade fixa né e pretensões de ã vamos dizer assim permanência no tempo o que gera com o aumento né da da dificuldade de entendimento e de reconhecimento da diferença específica né da diferença eh eh vamos dizer assim que faz diferença para os processos de subjetivação o que que ela tá tá mostrando né que o amor ele tá SS voltas com uma espécie de fosso entre o narcisismo e o individualismo que caminhavam juntos e de
repente agora elas só se fundem na liquidez né quando a gente já tem eh o gelo né ou a vaporização e dessas dessas duas substâncias ela se separam né por isso eu tenho que me manter no banho maria eu tenho que me manter né na no nessa nesse fundo de indeterminação que eu vou administrando é o que ele mostra em sobre a educação e Juventude né ao ao dizer que essa liquidez Ela vai operar também nos laços entre gerações né não mais seja igual a mim não mais me obedeça não mais seja fiel aos valores
que eu te passei mas seja fiel aos seus valores Busque o seu desejo busca a sua liberdade busca a sua felicidade e isso vai explicar a formação de uma patologia Conexa com o mundo líquido que é a solidão na hora que eu tenho que me criar inteiramente sobre minha própria administração e aquelas com quem eu poderia manter laços de comunidade e identidade mais estável eh me respondem com organiza-se vira-se não precise do outro eu vou ter uma expansão da da das angústias ligadas da solidão que é o que ele mostra nessas 44 cartas né Eh
do Mundo líquido moderno né são são exemplos aí ele vai ele vai pegando a vida concreta das pessoas né online offline né puxa me mostro tô presente saio né ausência e presen né sozinhos no meio da multidão é como a gente se sente e é por isso que a gente sobrevaloriza a importância da relação amorosa in verdadeira e etc que vai vamos dizer assim curar esse estado de coisas sexo virtual né o sexo virtual é isso tá lá no Dany de fur né quer dizer o o o sexo começa a ser aprendido cada vez mais
como uma montagem perversa de de livre construção né então ele ele passa a ser mais assim um uma brincadeira um brinquedo do que um vinculador né ah não vou trepar porque amo não amo trepei amão não isso isso são coisas que vão ganhando economias próprias né nessas estranhas que ele chama estranhas Aventuras da privacidade bom Ah aqui tem tem uma nova inflexão que vai aparecendo que é o que que faz basta isso né O que que faz basta ao líquido né O que que faz basta ao indeterminado né Mas dier duas coisas por um lado
o dinheiro por outro lado a saúde né Ou seja a extensão da eh da vida e a sua vinculação com a a potência do desejo é o que ela aborda em o retorno do pêndulo sobre a psicanálise e o futuro do Mundo líquido um livro que já é do momento em que ele percebe que a a grande imgem da liquidez deu certo ela descreve muito bem nosso estado de coisas mas ela não oferece aquilo que assim a gente espera da psicanálise que é uma solução né que é uma solução para esse novo mal-estar né daí
a série de títulos ligados ao conceito de mal-estar aqu ele vai debater com Freud vai comentar uma história da civilização é um livro bem interessante apesar de não ser muito muito muito pesado nos conceitos o penúltimo trabalho dele né medo líquido né aí aí a gente já está as voltas com assim como é que como é que nós vamos lidar com o pavor da a morte com o medo do mal com o horror aquilo que é inadministrável em Essência o desejo com o terror né que que ele tá pensando aqui né com a as formas
novas né inventadas aí pelo pelo mundo digital eh mas também pelo pelo pelos terrorismos a Guerra ao Terror né bom as guerras contra afganistão kuite Iraque e e etc né que vão instituir uma virada né assim como a gente teve uma virada da do paradigma epistemológico cognitivo vamos dizer assim para o linguistic turn para isso que vai então captar a maior parte da do trabalho do do Bauman que é o ethical turn né quer dizer uma virada ética uma virada ética que tem que ver assim com olha só a gente tinha uma grande confiança na
relatividade das dos valores das ações né Eh na relatividade do dos nossos vínculos das nossas fidelidades primárias secundárias da das nossas inscrições antropológicas e sociológicas né a gente já vivia num num pós-moderno eh em que derd mostrava pra gente que eh qualquer coisa pode ser desconstruída porque eh qualquer coisa né porque porque qualquer coisa é feita de linguagem onde a gente tinha o socioconstrutivismo na educação trazendo uma consciência de como a gente cria subjetividades capazes de lidar com esse relativismo eh onde a gente tinha Eh vamos dizer assim uma abertura ética né para assim o
Livre modo de pensar e de fazer de se ving bom aí o que que vem torre gêmeas é livre Então posso mandar um avião né destruir aqui essa prédio porque que eu não tô contente com o que você está fazendo aí nos Estados Unidos não mas não pode não por que não né quer dizer a gente já estava elevando o relativismo a condição de um Universal né meio assim sem fazer a crítica da da do paradoxo que isso representa depois então desse momento a gente tem uma inversão né da ambivalência do líquido do do que
do que do indeterminado para a força da lei né para a a super determinação aí volta a violência volta as arbitrariedades que é o que a gente acompanha também nos Nossos amores líquidos né tentando chegar mais perto das cartas né e é um relativismo que a gente gosta cultiva até que ele me traiu até que ele me deixou ela me deixou até que não deu certo e aí o que que a gente vê terror então te dou unfollow te dou ghosting e que você não existe isso explica né esses amores digitais meses anos em estado
de idealização por quê Porque o virtual é o indeterminado pode virar qualquer coisa a hora que eu vou lá e saio com você e tenho o envolvimento você tem imediatamente uma deflação e essa deflação é decepcionante e todas as chances de que ela se vire em Vou denunciar vou te atacar vou ah ter que lidar com uma violência que o líquido escondia no fundo e essa o relatório trágico final que o bban traz pra gente né e a individualidade numa época de incertezas né o o trabalho dele é que vai que vai reconhecer que no
fundo Aquela nossa paixão a nossa ânsia né pela pela pela incerteza eh ela facilmente é super esada num momento de crise num momento de eh eh decepção pela pelo retorno em suspeito da violência né das formas vamos dizer assim degradantes de identificação as formas opressivas de reconhecimento né E que vão compor então uma espécie de de retorno do recalcado né Eh de de esforço para recomposição de selfs né como ele diz assim né que que Estavam certos e seguros de um modelo de autorrealização e que termina em subjetividades que se entendem como quebradas como que
não deram certos como fracassadas como resíduos de um processo que não aconteceu então aí você vão vocês vão somar a quantidade de de malestares que ele foi acumulando durante essa narrativa né de uma vida de trabalho né a solidão a A incerteza ambivalência e bom a relatividade dos dos nossos vínculos não sei se foi muito conclusivo se foi muito terapêutico mas queria fazer essa jornada aí pelo pelo querido companheiro bman que a gente acompanhou durante tanto tempo para mais ambiguidades e líquidas vá para os ess Rio né que corre entre modernidade ambal entre modernidade e
a pós-modernidade entre a solidão e a asfixia do outro é isso [Música] [Música] aí Y