O VÍDEO mais BEM EXPLICADO sobre CONSCIÊNCIA

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Cortes do Ciência Sem Fim [OFICIAL]
AS IDEIAS MAIS IMPORTANTES DO MUNDO #01 [COM ÁLVARO MACHADO DIAS] - Ciência Sem Fim #314 https://you...
Video Transcript:
Então vamos começar naquilo que mais interessa. Que raios é consciência? Essa pergunta é justamente aquilo que eu espero que vocês possam sentir lá dentro, mesmo que vocês não consigam formular ao final desse episódio.
Mas eu vou começar assim. Tem um cara chamado Nedblock que criou uma definição instrumental de uso do que é consciência que serve como ponto de partida para qualquer abordagem desse tema. É o seguinte, de acordo com o bloque, a gente tem duas dinâmicas mentais que tão num domínio que a gente sente que tem a ver com subjetividade, com a vida mental muito fortemente, e que a gente pode dizer que são as duas esferas da consciência.
A primeira esfera é uma esfera que ele chama de A. A outra esfera ele chama de P. O que que é A e P?
A é o approach, é aquilo que você tem quando você acessa alguma coisa, ou seja, quando você toma consciência. Por exemplo, você tá andando na rua e de repente você olha pro lado e vê num carro que tá parado, tá andando na rua e tem trânsito do teu lado. Tem uma pessoa que você conhece, ela tá acenando para você.
Existe um processo de tomada de consciência e aquela consciência se forma na sua mente como uma imagem, como uma representação que leva a uma identificação. Você identifica algo. Essa daí é a consciência A.
E tem uma outra coisa que é muito diferente. Imagina que você tá deitada, deitado no sofá, sem fazer nada e de repente você simplesmente quase dorme, fecha os olhos e aí você sente aquela coisa que as pessoas chamam estar em contato consigo mesmo. Sabe o que é?
Você não, se você tem alguma dúvida que você sabe ou não sabe, é só fechar os olhos por 3 segundos que você vai ter certeza que você sabe. Porque isso que a gente chama de vida interior, de contato consigo mesmo, de religar e do que você quiser chamar, isso daí é uma assinatura, uma coisa que inscreve a definição do que nós temos, nós somos em nós mesmos. Essa é a chamada consciência fenomenológica.
por esse P de fenomen fenomenológico em inglês, tá? Então, eu tenho dois tipos de consciência. Essa segunda consciência ela tem uma característica.
Ela define o que é ser alguma coisa. Então, por exemplo, qual é a experiência de ser o Álvaro? É uma experiência que só eu sei.
Assim como para qualquer um, a experiência do que é ser você, só você saberá. é diferente da outra. Por quê?
Porque a a essa consciência do tipo acesso, do tipo approach a alguma coisa, ela é uma consciência que se sobrepõe à ideia de atenção e, portanto, a processos que a gente consegue medir. Por exemplo, eu consigo dizer que tem pessoas que sistematicamente elas têm mais dificuldade em manter esse acesso fluindo. Essa é a verdadeira definição do que é déficit de atenção, não aquelas definiçõezinhas do DSM, né, do do manual diagnóstico da sociedade médica americana ou do CID, qualquer uma dessas.
Essas daí são leituras para simplificação diagnóstica, mas a verdadeira leitura do que é a verdadeira leitura é arrogante, mas a leitura mais profunda ou mais humana do que é o déficit de atenção é uma dificuldade de manter o acesso à consciência de informações que estão chegando do mundo exterior, de um influxo informacional ou ainda de informações que estão na sua própria mente. Porque aqui vai uma nova subdivisão para você entender a consciência como acesso, como atenção. Em última análise, olha só, você tem a atenção no mundo lá fora e você tem atenção aos seus próprios pensamentos.
Tem muita gente que é muito perceptiva, muito boa de prestar atenção no mundo lá fora. Mas a autoconsciência, que não é consciência fenomenológica, não é um sentir, mas é aquela coisa de avaliar os próprios pensamentos, de olhar para si mesmo e e fazer reflexões, pensar sobre o que você falou e assim por diante. Essa autoconsciência ela não é muito forte.
Do outro lado, a gente tem pessoas que são muito autoconscientes e elas eventualmente têm uma dificuldade na consciência externa, ou seja, elas não olham muito bem o mundo lá fora, elas agem de formas que às vezes as pessoas acham estranhas em função disso. Agora, olha só, a gente pode pensar que essa dicotomia no domínio da consciência como acesso, ela vai determinar a principal característica de personalidade que existe e que foi, vamos dizer assim, explorada a exaustão nos testes todos esses de RH e tudo mais. Por a pessoa que tem consciência do mundo lá fora, ela põe, ela dá importância a isso, ela faz muito isso.
Ela é quase sempre uma pessoa extrovertida, porque ela está orientada ao fora. Por isso que ela é extrovertida, porque ela presta atenção no que tá acontecendo lá fora e ela age em função disso. Então, ela tá conversando com alguém, ela tá atenta aquilo que a pessoa tá falando, ela se engaja naquilo, se engajando quando é divertido, ela acha divertido.
Quando a pessoa tá triste, ela também fica triste junto e tudo mais. E tudo isso cria experiências sociais poderosas. Do outro lado, a pessoa que é autoconsciente em nível elevado, ela em geral é uma pessoa introvertida.
Por quê? Afinal de contas, a própria definição de introversão é de você estar imerso, imersa nos seus próprios pensamentos. Ou seja, no domínio da consciência, a gente vai trazer essas duas coisas.
E olha que interessante, a pessoa extrovertida, ela converge na sua forma de pensar o mundo, as formas de pensar o mundo que ela vai encontrando através da percepção. Então é a típica pessoa que fala assim: "Eu gosto de melhorar alguma coisa. Eu gosto de ver o que tá acontecendo e somar.
A pessoa introspectiva, ela geralmente tem um caminho contrário. Ela age a partir daquilo que surge em primeiro lugar no seu cérebro. Então ela é a pessoa que tem mais essa tendência de propor.
Então, curiosamente as pessoas mais extrovertidas são pessoas muito mais do mundo, mas as pessoas mais introvertidas não necessariamente são as pessoas que vão produzir os recortes mais radicais no mundo, os recortes que vão gerar, em última análise, as principais tendências de pensamento no mundo. Quase todos esses grandes pensadores e pensadoras que surgiram até hoje eram pessoas introvertidas, que curiosamente puxaram um bonde eh social monstruoso sem que elas próprias tivessem qualquer habilidade, qualquer capacidade de fazer isso em primeira instância, porque elas não têm essa essa essa leveza, essa tranquilidade do fora. O negócio delas é o dentro.
Pois bem, essa é uma pequena dimensão da consciência, como eu tô falando, que é a consciência como acesso, olhando ela do ponto de vista do que você tá acessando. Você tá acessando lá fora ou você tá acessando aqui dentro. Então, mais uma voltinha nisso para para pensar uma coisa.
Quando a gente tá falando em acessar as coisas lá fora, a gente tá falando que existe um universo que é externo ao nosso corpo. E esse universo que é externo ao nosso corpo é filtrado pelos órgãos dos sentidos e a gente vai produzir uma imagem no cérebro ou então um plano para ação no cérebro. Do outro lado, a gente tá falando, quando a gente tá falando de acessar alguma coisa aqui dentro, que eu estou construindo algo na minha mente e a partir dessa construção mental eu estou disparando comandos em sentido à ação ou eventualmente a construção de uma nova representação mental, um pensamento que gera outro pensamento.
Assim a gente vai seguindo. A gente pode dizer que o primeiro caminho é um caminho de baixo para cima, ou em outras palavras, dos órgãos do sentido para cima, para dentro do cérebro, enquanto do outro lado eu tenho um caminho de cima para baixo. Agora para para pensar comigo, se não é verdade uma coisa.
Na medida em que eu falo que existe a consciência, e a consciência é aquilo que vai mediar a relação com o mundo, então eu me torno consciente de alguma coisa aqui no domínio do acesso, tá? não da fenomenologia, não do quer se sentir eu mesmo, blá blá blá, não é sem filosofia, é papo pura neurociência, muito que é que é muito mais simples, tá? Apesar dos dos problemas do ponto de vista da resolutivos matemáticos computacionais serem muito mais complexos, mas enfim, tem essa pegadinha.
Eh, então, nesse domínio que do ponto de vista de discurso é mais simples. Eu tô acessando as coisas e eu tô dizendo que eu as estou acessando pelos órgãos dos sentidos, tá bom? do fato, audição, tato, paladar, bá, ou então que eu as estou acessando no domínio das ideias, ou seja, eu tenho uma atividade elétrica específica no cérebro que emana uma representação e essa representação tá sendo puxada e associada a qualquer outra coisa, seja uma nova representação ou comportamento.
Ué, mas cadê a consciência nisso daí? Porque se eu tô falando que eu tô acessando pelos órgãos dos sentidos, eu não preciso falar que eu tô acessando pela consciência. Esse problema que parece um pequeno problema, um pequeno lapso de discurso, não é nenhum lapso de discurso.
Tem um filósofo muito famoso, cientista cognitivo, chamado David Schamers, um australiano, que justamente vai olhar isso e vai falar: "Esse é o problema do Deus na máquina, God the machine. " Que assim, a consciência em última análise, ela pode ser vista como se fosse o problema da consciência. Qual é o problema da consciência?
é que é como se fosse Deus na máquina. Em que sentido é como se fosse Deus na máquina? O sentido é o seguinte: a máquina funciona independentemente da existência de Deus e da presença de Deus na máquina.
Porque a máquina, pela nossa definição do que é uma máquina, ela funciona porque os os o os seus hã os seus apetrechos internos, as roldanas, as polias e tudo mais estão articulados de uma forma que é suficiente para que ela funcione desde que haja energia, que no caso humano é geração de ATP através da respiração celular. Então você não precisa de consciência, entende? E aí o Shalmers vai colocar assim: "Tanto isso é verdade que a gente pode pensar um mundo em que existem seres que são exatamente como nós, exceto que eles não têm consciência.
" E ele vai falar isso, que esses são os zumbis. Essa se tornou clássica, é um experimento mental importante, que é o experimento da alegoria do zumbi. E não é porque eu tenho um zumbi que eu necessariamente tenho a consciência.
Tanto que eu posso estar me relacionando com uma pessoa, eventualmente ela não tem consciência nenhuma, como quem sou eu para saber. O que isso significa é que do ponto de vista do shmers, a consciência não se reduz ao maquinário cerebral, porque eu posso ter o maquinário cerebral e não ter a consciência. Tem uma outra maneira de de ver isso que é a mais importante, que foi criada por Thomas Nade em 1974, que num artigo clássico, aliás, um artigo que eu amo, tem alguns artigos na minha vida que eu guardo e fico lendo eles, relendo eles, sabe?
Que nem a pessoa relê poesia, relê sei lá o que, cartas da infância, qualquer coisa assim. Eu gosto de cartas da infância ninguém mais lê, né? Só quem tem 80 anos.
Mas tudo bem, mas tudo bem. Eh, eu eu gosto de reler alguns artigos, eu já sei eles até de cor, sim. E esse é um deles.
O artigo é intitulado how to be a bet. How is to be a bet? Que como é ser um morcego?
E o que ele vai falar é óbvio que é bem humorado, porque é brilhantemente bem humorado. E o que ele vai dizer na linha disso que o Chamber está falando é o seguinte: olha só, eu sou um ser humano, eu penso as coisas assim, eu penso as coisas assado, eu sinto as coisas assim, eu sinto as coisas assado. Como será que é ser um morcego?
Como seria a minha experiência se eu tivesse, por exemplo, um sonar, se eu dormisse de ponta cabeça? E a resposta é óbvia, a gente consegue entender. É óbvio, a pergunta é feita, a pergunta é uma resposta.
Aliás, essa é uma dica que eu dou para todo mundo que tá querendo se se aprofundar na arte de pensar com qualidade, tá? De de pensar de maneira mais inteligente, que eu acho que é a arte mais importante, mais divertida que existe, pensar de maneira cada vez mais inteligente, danes todos os restos, na verdade é a única arte que presta, na minha opinião. Você pode fazer isso através de diversas formas, artes, ciência, mas é é isso que é mais legal.
E aí tem a pergunta, é legal pergunta. Tem até um livro do Pablo Neeruda que eu gosto muito, que é o livro das perguntas. É brilhante.
O livro só tem perguntas e cada pergunta é uma resposta. É óbvio, é uma grande indagação existencial nesse sentido que eu vou te mostrar agora sobre o que o Thomas Nel colocou. Ele fala, ele não precisa nem falar, ele sugere essa é beleza.
Que é óbvio, que é impossível você pensar como é que seria você ter uma coisa dessas, como é que seria se você voasse. Não tem sentido nenhum, todo mundo sabe isso vira lero lero, papo babaca. Entende?
Isso significa o quê? Que existe uma irredutibilidade da ideia de consciência, que você não pode dizer assim: "Ah, a consciência é uma somatória de processos fisiológicos". Ah, é?
Então, o que que acontece quando você põe um novo processo? Não tem a menor ideia, porque não tem. Porque na verdade quando a gente põe um novo processo, eu posso dizer: "Ah, se eu tiver sonário, eu vou conseguir ver as coisas assim, ver as coisas assado".
Mas você não consegue dizer o que que você vai viver do ponto de vista da experiência, porque por definição a experiência não existe como previsão, não existe como nada externo a nós mesmos. Ela só existe quando ela é em primeiro lugar. Ou seja, essas perguntas todas são erradas, as as contrárias a do Nion, porque você primeiro tá perguntando uma coisa que você não tem e e tem coisas que você primeiro precisa ter para depois poder saber como é.
Não tem os negócios de se imaginar. Tem um outro estudo, nada disso é estudo, tem um um outro experimento mental muito bacana que é o o o experimento mental da colorista. E é o seguinte, imagine Ana, é Ana sempre assim, né?
Quando experimentos mentais sempre tem Ana, Bruna e Carlos, né? A, B e C. Então, Ana, quer dizer assim, o sujeito mais fundamental do mundo é uma colorista.
E Ana nunca conheceu uma cor. Ela conhece a propriedade física de todas as cores. Ela é absolutamente genial, mas ela é cega e ela pinta.
E ela pinta dentro de moldes, tem um monte de coisa, tem toda uma descrição sobre como ela faz, que é absolutamente plausivo, é fácil da gente imaginar uma coisa dessas. E ela faz obras de arte e elas são bonitas e precisas, mas ela nunca viu a cor mesmo. Ela usa muito vermelho.
Ela entende que o vermelho tem um papel muito importante na arte dela. Então essa expressividade do vermelho, tem tudo que você imaginar do ponto de vista daquilo que é na recepção, a consciência mais profunda daquilo, da cor. Aí um dia a Ana faz uma cirurgia nova com células tronco e começa a ver.
E a pergunta que eu faço, na verdade, a pergunta clássica é: Mas afinal, alguma coisa surpreendente acontece pra Ana quando ela vê o vermelho ou o vermelho exatamente como ela imaginou que seria o vermelho? Pensa, sente. É óbvio que uma coisa acontece.
Todo mundo diz isso. Tem pesquisa com, sabe, de opinião assim, é muito legal pesquisa de opinião em cima desse tipo de tema. Aliás, eu adoro fazer.
Tem alguma coisa, vocês percebem isso? a gente intra. Isso significa que a experiência do vermelho não se reduz à propriedades do vermelho.
Isso significa que a questão fundamental da da do qu dessa qualidade da experiência reduzida aos seus aspectos materiais é problemática. curiosamente, porque daí isso significa que aquilo que é a a a ideia mais surrada dos nossos dias, que é a ideia de uma dicotomia entre a matéria e o espírito, o cito e a resistência, como dizia, como dizia o o Decart, simplesmente porque ele falava latim, entendeu? Mas é entre a matéria e o pensamento.
Eh, essa dicotomia, ela não é tão absurda, não quer dizer que ela esteja correta. Isso é outra história, mas ela não é tão absurda quando a gente olha do outro lado o que que esse materialismo pragmático traz como opção, porque é uma opção que não necessariamente resolve o jogo da consciência. É ilusão achar que não, claro, tá resolvido.
A consciência emana do cérebro, parabéns, tá bom? Como? Entendeu?
É fácil você dizer como ela emana como atenção, mas como ela emana como experiência. Até agora parece que que esses exemplos mostram que não tá claro para ninguém, até porque a gente entende que quando você entende todas as propriedades, você não entende exatamente como emana a experiência. Uma maneira de olhar isso que dá um passo além é a seguinte: a ciência, ela vai abordar o problema da consciência sempre como um problema.
O problema é a palavra que tem uma conotação negativa em português, né? Então, vamos dizer o problema, ela vai eh abordar o desafio da consciência ou o convite da consciência resolver o desafio mais fundamental da existência humana numa perspectiva de separação no domínio do conhecimento. Isso chama separação epistemológica, que é só a palavrinha chique para dizer na hora de conhecer do sujeito e do objeto.
O que quer dizer isso? Eu tenho a pessoa que é o meu objeto. Então eu tenho pessoas aqui são sujeitos experimentais e eles têm lá ideias.
Eu boto na máquina de ressonância magnética funcional, eletricfalografia, já fiz isso aí milhares de vezes. E você tá sempre buscando alguma coisa naquela pessoa que você entende que vai se aplicar a você mesmo e as outras pessoas, mas em última análise você tá ali olhando aquela pessoa naquele momento, como você poderia estar olhando, por exemplo, um ratinho de laboratório, qualquer coisa, sem nenhum e nada pejorativo nisso aqui, tá? Nenhum, nenhum denemérito, é simplesmente a maneira como você tá olhando, como um ser extrínseco.
Ali é um objeto de estudo e aqui está você. Então existe essa separação do experimentador e do objeto da experimentação, sujeito e objeto. Mas talvez existam coisas e talvez exista essa faceta da consciência e tá aí o aspecto fenomenal da consciência que não seja redutível a uma separação entre sujeito e objeto, porque talvez elas só emerjam emjam a partir da experiência a priori.
Essa é a tese. Aí vem algumas, enfim, algumas surgem algumas ressalvas a esse ponto. Então, por exemplo, tem um cara que eu gosto muito, que é o Daniel Denet, morreu há pouco tempo, um sujeito fantástico e muitos outros que falam algo assim.
A linha do Daniel Denet é a seguinte: "Bom, a gente tá dizendo que existem duas formas de consciência, a consciência como acesso e a consciência como eh fenomenologia, como essa experiência. E a bucha toda é é explicar a experiência. Que que acontece quando você tem essa coisa?
O que que é sentir que que você é você mesmo? E assim por diante. Como é que é essa essa história que você sente que você tem uma assinatura própria por dentro?
Você uma vibe? E aí ele vira e fala assim: "Eu acho que o problema da vibe, ou seja, o problema da consciência, o desafio da consciência fenomenológica, essa da experiência é um falso desafio, porque essa consciência ela vai surgir conforme você acessa seus próprios pensamentos, que são meras computações, através de um ponto de vista analítico. E quando você acessa você mesmo ou você mesma, cria-se algo como um jogo de espelhos.
Quando você põe um espelho na frente do outro, parece que você tem infinitas imagens, elas vão se multiplicando, se rebatendo, mas é é uma ilusão. Tal como, por exemplo, quando você desenha um cubo numa página e de repente parece que ele tá, se você fizer direitinho, coisa que para mim é impossível, ele parece que tá 3D saindo da da página, entende? aquelas coisas, aquela figura que é um um cálice ou dois rostos se beijando, sabe?
Gestalt assim, ilusão. Tanto que ele usa a imagem da mágica. Esse é o problema em que você, que é o mágico, de repente senta na sua própria plateia, o seu cérebro senta na plateia e é iludido pelo próprio truque.
Essa é a imagem bonita que ele usa. É um gênio maravilhoso. E essa ideia de, ou seja, de que, de que algum tipo de ilusão pode acontecer com a gente é uma ideia que é muito forte também e se contrapõe a isso tudo.
Então ela ela ela qual que é a solução? A solução não é dizer, ah, a consciência fenomenológica, essa experiência, ela surge quando tal neurônio, tal rede, não, não é nada disso. Quer dizer, ela não existe.
Ela ela não é que ela não existe, ela surge como um truque da mente, ela é um desvio. E uma outra forma de falar isso é o seguinte: nós temos uma hierarquia de formas de pensar e tem uma forma de pensar que monitora aquilo que tá acontecendo nos seus próprios elementos internos, nas no domínio dos seus marcadores somáticos, ou seja, a sua tensão respiratória, o seu coração, a os seus músculos, a tensão desses músculos, o reflexo, as memórias, acumuladas pelas últimas emoções que você teve, ou seja, a memórias de emoções residuais. E mais profundamente do que tudo isso, os chamados condicionamentos.
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