[Música] nesse vídeo convidamos você a fazer uma breve viagem no tempo mais precisamente para as décadas de 80 ou 90 beço da cultura pop cabelos volumosos cores neon e jeans desbotado naquela época qualquer pessoa que precisasse fazer uma pesquisa escolar fosse sobre as regiões do Brasil ou sobre a revolu Industrial tinha que dedicar tempo e energia para consultar uma enciclopédia isso significava foliar volumes pesados buscar referências manualmente e muitas vezes lidar com informações mais limitadas ou desatualizadas para encontrar o caminho até uma nova loja ou lanchonete era preciso perguntar para alguém na rua confiar na
boa vontade de estranhos ou buscar orientação em um posto de comível obter informações demandava tempo paciência e muitas vezes envolvia interação humana uma experiência que hoje com o GPS e os aplicativos de mapas foi substituída por toques na tela a internet estava apenas começando a se popularizar e a tecnologia avançava lentamente o que tornava cada conquista digital uma novidade entusiasmante porém ainda restrita essa dinâmica de buscar e esperar se refletia em outros aspectos da vida no caso de encontros amorosos por exemplo não havia aplicativos para combinar interesses com um simples deslizar de dedo as pessoas
se conheciam por meio de amigos em comum em festas ou no ambiente de trabalho era preciso ter coragem para iniciar uma conversa sustentar um diálogo lidar com expectativas e muitas vezes enfrentar a rejeição de frente tudo isso demandava mais presença resiliência e disposição para explorar os detalhes dos relacionamentos humanos esse esforço para se conectar e para encontrar algo fazia parte de uma vivência mais profunda em que cada conquista seja um endereço correto uma boa pesquisa ou um encontro amoroso carregava um senso de realização e conexão hoje com tantas respostas rápidas e conveniências tecnológicas nos tornamos
mais impacientes e muitas dessas experiências se tornaram superficiais e fugazes privando-os de momentos significativos e das histórias que se desenrolam no caminho é incrível pensar que menos de 30 anos depois a tecnologia avançou tanto que vivemos mergulhados em uma enchurrada de informações conectados ao mundo todo quase que instantaneamente todos carregam um computador no bolso acessando qualquer tipo de informação na palma da mão pensando sobre isso será que já não é hora de parar por um instante e nos perguntar o que estamos perdendo ao consumir tanto mas refletir tão pouco será que em um mundo tão
conectado Estamos nos tornando mais inteligentes muitos pesquisadores e neurocientistas estão nos alertando sobre o emburrecimento da população à primeira vista pode soar alarmante mas esse termo retrata uma realidade crescente estamos perdendo a capacidade de pensar profundamente de analisar criticamente e até de nos relacionar com os outros a sobrecarga de informações nos deixa ansiosos desatentos e muitas vezes incapazes de nos concentrar em uma única tarefa por mais que alguns minutos um estudo da Microsoft apontou que a capacidade de atenção caiu de 12 para 8 segundos na última década menor do que a de um peixinho dourado
os estudos também indicam que o uso excessivo de dispositivos digitais altera nosso funcionamento cerebral pesquisas publicadas na frontiers in psychology mostram que a exposição constante a estímulos digitais cria um padrão de pensamento rápido mas Raso focado na resposta imediata em vez da reflexão nosso cérebro diante de um mar de dados busca atalhos para lidar com a sobrecarga O que significa que estamos deixando de lado o pensamento analítico e crítico estamos na era da conexão Mas ironicamente cada vez mais desconectados enquanto a tecnologia nos aproxima de informações e pessoas ao redor do mundo nossa capacidade de
atenção reflexão e interação genuína parece estar em declínio este fenômeno é descrito por muitos pensadores e críticos como parte de um emburrecimento da sociedade moderna um olhar cuidadoso sobre essa realidade pode ser encontrado no livro A Fábrica de cretinos digitais onde a superficialidade se torna a regra e a perda de habilidades e da capacidade crítica emerge como uma consequência inevitável de nossa forma de vida não se trata de rejeitar a tecnologia pois ela tem o potencial de enriquecer nossas vidas conectar pessoas ampliar o acesso ao conhecimento e impulsionar a criatividade o verdadeiro desafio é como
utilizamos essa ferramenta poderosa que infelizmente muitas vezes é empregada apenas para entretenimento em vez de aprendizado ou desenvolvimento pessoal o tempo gasto nela frequentemente é desviado para distrações e conteúdos que podem fomentar comportamentos como agressividade ansiedade e uma uição da empatia Michel desmurget neurocientista e autor do livro nos mostra como a sociedade atual promove uma cultura de superficialidade e vazio intelectual as interações se tornam rasas o conhecimento se fragmenta em informações rápidas e sem profundidade e a busca pelo entretenimento imediato acaba suprimindo qualquer reflexão mais crítica ou pensamento elaborado o termo cretino aqui simboliza uma
sociedade que se contenta com pouco que se deixa levar por slogans frases feitas e simplificações em vez de se aprofundar em questões complexas quantas vezes nos deparamos com manchetes sensacionalistas que em poucos segundos são compartilhadas como verdades absolutas sem questionamento A Era de cretinos digitais é marcada por uma passividade intelectual onde poucas pessoas buscam compreender os contextos ou as implicações dos Fatos consumimos e reagimos sem refletir estamos todos em maior ou menor grau presos nessa dinâmica e o resultado é o emburrecimento coletivo muitos de nós temos dificuldade em ler livros longos pois o desejo de
mudar de página de procurar informações rápidas ou de pular para outra tarefa se tornou parte de como funcionamos perdemos a paciência com textos complexos e consequentemente com interações mais longas e profundas estamos cada vez mais rasos em nossa abordagem da vida isso impacta especialmente as novas gerações crianças e adolescentes que deveriam estar desenvolvendo habilidades cognitivas práticas e sociais acabam se tornando dependentes de dispositivos quantos jovens hoje sabem fazer cálculos sem uma quantos conseguem encontrar um caminho sem um GPS quantos conseguem realizar tarefas manuais simples como trocar um pneu escrever uma carta ou lidar com ferramentas
básicas a dependência da tecnologia Está transformando a maneira como aprendemos e interagimos com o mundo as habilidades de resolver problemas sem depender de tutoriais online e de se comunicar de maneira empática e profunda estão se tornando cada vez mais escassas resolver problemas sem recorrer a um tutorial na internet ou até mesmo se comunicar de forma empática e profunda são capacidades que estão se tornando raras nas décadas passadas crianças e adolescentes passavam mais tempo explorando errando e experimentando hoje buscamos respostas prontas de forma imediata mas sem vivências e experiências próprias acabamos prejudicando olvimento da criatividade e
da resiliência é a prática e o enfrentamento dos Desafios que fortalecem nossa capacidade de criar soluções e lidar com adversidades algo que não se aprende apenas com respostas prontas diante desse cenário a pergunta que surge é o que podemos fazer não podemos simplesmente desligar a tecnologia mas podemos resgatar velhos hábitos principalmente com nossas crianças adolesc e jovens momentos para ler e manusear um livro grifando Os parágrafos e frases que nos chamam atenção preparar as refeições em famílias e jantar todos juntos em meio a risadas e conversas sobre o dia passeios ao ar livre uma noite
de jogos de tabuleiro são formas simples e eficazes de resgatar a conexão verdadeira entre as pessoas também precisamos ter um uso mais consci da tecnologia em nosso cotidiano como evitar compartilhar qualquer informação sem antes verificar os fatos e a credibilidade da fonte também é importante não incentivar comportamentos prejudiciais nas redes sociais como curtir ou comentar impulsivamente em conteúdos questionáveis busque refletir antes de reagir filtre O que consome e escolha interagir de forma que promova diálogos construtivos e autênticos isso ajuda a construir um ambiente mais saudável e informado Tanto para você quanto para quem está ao
seu redor se a educação nas décadas de 80 e 90 exigia mais esforço para buscar Conhecimento hoje precisamos ensinar o esforço para filtrar refletir e questionar a imensa quantidade de dados que temos ao nosso alcance a vida não pode ser vivida apenas em posts likes e comentários interações verdadeiras diálogos profundos e momentos de presença são cruciais para o desenvolvimento humano o emburrecimento da população é Um Desafio dos Tempos Modernos mas não é inevitável se continuarmos nesse caminho de emburrecimento coletivo podemos acabar em um futuro onde a superficialidade reina ou cair em cenários distópicos e caóticos
de black Mirror refletindo os riscos de perder senso crítico e controle sobre Nossa cultura e tecnologia é como se estivéssemos caminhando para um mundo onde memes são tratados como Fatos e debates profundos se resumem a likes e emojis as decisões importantes tanto individuais quanto coletivas correrão o risco de serem tomadas com base em emoções instantâneas fake News e a manipulação de dados por aqueles que detém o poder sobre a informação a criatividade será sufocada pela repetição enquanto as verdadeiras inovações darão lugar a cópias sem alma em um mundo assim o pensamento reflexivo será um luxo
escasso relegado a poucos que resistirem a essa tendência de entorpecimento coletivo é vital que a sociedade mude de rumo para que possamos evitar um destino em que a ignorância se torna a norma e a evolução humana perde o sentido Esperamos que esta reflexão tenha trazido novos insights sobre Como a tecnologia e os hábitos contemporâneos moldam Nossa maneira de viver aprender e nos conectar queremos muito saber o que você pensa sobre o tema discutido Neste vídeo fique à vontade para compartilhar suas experiências ideias e comentários aqui embaixo estamos ansiosos para ouvir sua perspectiva e continuar essa
conversa juntos até a próxima p [Música]