A Cura do Masculino - Podcast Curar o feminino

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Anna Patrícia Chagas
Saiba mais sobre as minhas outras mídias sociais! Estou gravando áudios lá no canal do Telegram. Pa...
Video Transcript:
Olá que alegria que você tá aqui de novo comigo hoje eu tenho um motivo mais que especial para esse episódio novo do podcast curar o feminino Estamos aqui na Chácara Santo Antônio na sede do Instituto ipê amarelo e tem coisa melhor do que tomar um café com amigo hoje eu tenho um grande amigo aqui ao meu lado o arranrrante não é só um amigo querido do meu coração além disso a Ranger tem uma história que é incrível que a história que nos conectou eu tava um dia assistindo uma live e Fiquei impressionada com aquilo que
aquele cara tava falando sobre os homens e sobre o masculino eu acho que você já assistiu os episódios anteriores Então acho que você sabe que faz 20 anos que eu faço círculo de mulheres terapêuticos Comecei em 2003 e faz muito tempo muitos anos que eu tenho vontade de ter um interlocutor para conversar para fazer esse diálogo entre o masculino e feminino e nunca tinha encontrado até o dia da Live tô lá assistindo a Live escuta o arranjo falando é dele por sinal a Raquel querida e eles estavam num papo incrível sobre o papel do homem
o masculino masculino na sociedade as tensões entre o feminino e masculino E tantas outras coisas eu fiquei impactada entrei lá no Instagram mandei uma mensagem para ele né que ele respondeu respondeu a gente marcou um café no primeiro café que era sei lá não sei se era quatro da tarde a gente conversou até umas 8 9 da noite durante a pandemia foi um dia de apagão a gente ficou conversando conversando conversando conversando e dessa conversa que deu papo para manga a gente fez muitas outras coisas e agora eu trouxe ele aqui nada melhor nenhum lugar
melhor do que o podcast curar o feminino pra gente falar sobre a cura do masculino Hoje vamos falar sobre os homens e para os homens do papo de interessa para todo mundo seja bem-vindo meu querido enorme tá aqui contigo poder conversar falar um pouco sobre essa cura que é mútua né a cura do feminino e a cura do masculino como você falou acho que o nosso encontro foi muito fortuito né você me encontrou quase por acaso na internet e eu também já vi alguns anos assim procurando essa possibilidade a gente ter um trabalho conjunto né
como mulher que tivesse como você tem um trabalho super estruturado né com tanta experiência e com muita integridade a gente vê que a época das redes nas redes digitais como eu chamo elas trouxeram trouxeram muita coisa nem sempre tudo é bom né então a gente tem eu também tenho um enorme cuidado e uma das coisas que me chamou Acho que muita atenção não só no teu convite né mas foi na nossa primeira conversa foi o teu cuidado a tua integridade no trabalho e assim você relatou isso que assim pô já faz tempo que eu queria
achar alguém que a gente pudesse ter essa parceria para trabalhar os temas masculinos e femininos e eu sou Encantado pelo assunto eu também trabalho eu faço meditação há mais de 20 anos e trabalho com grupos de homens Desde 2005 quando eu conheci o trabalho nos meus professores o David e Até onde eu sei o único brasileiro que foi assistente dele que trabalhou com ele quando morei na Escandinávia E aí hoje eu acho que os homens realmente precisam desse trabalho e é muito difícil fazer o homem sair da caixinha da caixa do nada né da caixa
do silêncio da Caixa não quero me envolver né tanto que a maioria dos homens que vem fazer trabalhos comigo em geral tão são parceiros de uma mulher que tá fazendo um grupo sagrado feminino um grupo de constelação eu cara começa a sentir a pressão falou para melhor ele me movimentar porque senão daqui a pouco eu sou expulso de casa né olha que boa notícia né Aliás o arranjo teve comigo não Retiro em Ubatuba um dos retiros que eu tenho feito de constelação familiar e nesse Retiro que o arranque teve a gente fez lá um bate-bola
a gente fez uma vivência entre homens e mulheres e olha que interessante Olha que interessante foi o primeiro retiro que teve um número empatado de homens e mulheres meio a meio e assim foi possível a gente fazer a vivência mas o que me chama mais atenção é que os homens estão chegando venham e sejam bem-vindos bem-vindos ao nosso papo sobre homens e mulheres relacionamentos sobre a vida sobre o nosso desenvolvimento humano que alegria então a gente precisa falar mais para eles e sobre eles também da perspectiva das mulheres né na perspectiva de que elas possam
olhar ter um olhar talvez com um pouco mais de proximidade desse universo e lidar com essas diferenças encontrar caminhos para lidar com as diferenças que a gente precisa lidar e que podem ser ganchos de crescimento de troca super ricos ou podem virar o inferno na terra dentro de um relacionamento né Eu acho que a gente só cresce na relação com o outro e acho que especialmente no tema relacionamento Às vezes as pessoas me procuram para algum atendimento alguma coisa assim e o tema acaba sendo o Fulano faz isso Fulano olha para você porque relacionamento é
sempre 50% cada um né sempre cada um contribuiu com a sua parte então é inevitável a gente tomar o primeiro passo que é assumir responsabilidade pelos meus atos pelos meus pensamentos pela minha atitude emocional como é que eu me relaciono em primeiro lugar comigo mesmo em segundo lugar com meu parceiro é íntimo com a minha família próxima e com a comunidade onde eu tô né então assim o trabalho inevitavelmente começa olhando para dentro né começa individualmente Eu gostei muito de um comentário que eu vi no seu primeiro episódio você fez falando exatamente sobre essa questão
da o quanto a gente fala sobre a transformação social as questões tem gente discutindo isso também não é a pegada que eu sigo eu não sou sociólogo Eu trabalho com tema do masculino e feminino uma pegada bem específica que a gente vai explorar aqui mas eu tô totalmente alinhado contigo quando você fez o comentário de que assim transformação vai ocorrer no coletivo quando ela acontece individualmente senão a gente tentar mudar o fora sem mudar o dentro o efeito a gente já viu tantas coisas que a gente tentou construir socialmente que tiveram muitas vezes o impacto
oposto qual que era a intenção original né então assim o trabalho começa com essa mirada para dentro e o que é talvez o mais difícil algumas pessoas que eu sigo assim tem alguns dos meus gurus né Tem uma visão de que assim a mulher até pela sua constituição biológica ela acaba tendo uma um convite a esse olhar para dentro que vem da sua do seu ciclos né quando ela tem amenarca tem a primeira menstruação e também o que que é isso que tá acontecendo com meu corpo necessariamente necessariamente é convidada e os homens não têm
esse convite biológico então assim não é natural que a gente faça esse movimento Se auto entender alto investigar olhar para dentro alto percepção e por isso que de certa forma uma coisa que a gente tava comentando né as tribos tradicionais faziam rituais iniciatórios iniciarticos para os meninos para as meninas também mas as meninas têm uma marca biológica definida que é um ritual e os meninos não terem essa marca os nossos ancestrais faziam isso mais ou menos na mesma idade 11 12 anos e a gente pode comentar o que que é esse ritual então ele muda
um pouco de perfil de tribo para tribo mas tem algumas características comuns e essencialmente ele tira o menino do universo da mãe e mergulha esse menino no universo do pai no universo do masculino dos Pais né dos anciãos não tá acontecendo e tem séries consequências isso mas ainda antes a gente avançar nesse papo eu quero então te falar que hoje o tema é esse que tá posto na mesa já vamos falar sobre o masculino ferido Quase que eu falo feminino [Risadas] que eu sempre falo hoje nós vamos falar sobre o masculino ferido sobre a dor
dos homens sobre a dor do masculino como nós podemos olhar para isso ter compaixão ajudar como a gente pode interagir desse lugar também mas eu quero perguntar para você antes de começar o papo assim o que que aconteceu na sua vida que te fez olhar para dentro é desde muito pequeno eu me lembro que assim eu sempre fui um rato biblioteca né eu sempre quis ler muito rápido comecei com gibis que como todo mundo começa mas eu me lembro que quando eu os primeiros livros que eu peguei ainda em tem idade tinham alguma relação com
esse com temáticas do oriente com o tema do mestre do discípulo especialmente histórias em história do budismo eu fui ler esse negócio muito cedo então eu sempre fui assim meio que um buscador né um cara inquieto assim né a sensação de estar vivendo o dia a dia e falar Será que é só isso ou tem mais coisa né E aí eu fiz um caminho que passou aos 18 anos eu entrei num grupo que aqui em São Paulo é um grupo é ligado ao gordia que é um dos grandes mestres do oriente ele veio veio uma
referência para mim maravilhosa né veio para o ocidente e nos anos 20 né ele migrou fugindo da Revolução Russa com 200 famílias que dependiam dele e ele veio para os arredores de Paris e ali criou um instituto de desenvolvimento humano e quando ele conhecia o trabalho dele ele falava assim passei alguns anos nesse grupo e com o trabalho do goodger E aí anos depois Isso acabou ficando numa gaveta foi fazer minha pós-graduação sua economista de Formação fui fazer meu mestrado o seu economista ou o Waze economista né Hoje eu trabalho muito corporativo com outra outra
atividade Mas eu sou economista de formação e aí eu fui fazer cuidar da minha carreira né cuidar do mestrado do outro lado eu irei a carreira acadêmica seguir por aí E esses temas todos ficaram meio numa gaveta os temas de auto-reflexão etc até num encontro quase por acaso quando eu conheci o vassante que é é um norueguês que foi um dos guarda costas do Osho aquele Místico indiano ele era um dos sete Samurais do passado eu tive um Retiro com ele no Chile Foi aí que de repente eu tava reabrindo aquela gaveta falei ixi aquele
precisava exatamente as reuniões do grupo do Good é só que numa outra pegada E aí eu descobri meditação ativa que a meditação não tinha 20 29 30 e aí eu fiquei um ano fazendo retiros com ele e decidi um dia parou de fazer sentido morar no Brasil eu larguei tudo fui morar na comunidade dele na Noruega fui para ficar um ano acabei ficando quatro anos lá e nesse período também foi um momento de total desconstrução do que eu entendia como a minha identidade né de quem era aquele economista bem sucedido que morava em Porto Alegre
e tal de repente eu fui para o exterior e tudo começou a colapsar e nesse processo do colapso da minha vida eu conheci o trabalho do David dele que Eu mencionei que é quem para mim melhor resumiu o sistematizou né esses temas do O que é o masculino em cada um de nós O que é o feminino em cada um de nós e o que é a polaridade entre os dois e aquilo para mim quando eu peguei o primeiro livro dele falei gente isso aqui vai salvar meu casamento né porque eu tinha era casado com
uma norueguesa e claro que era tarde demais para fazer alguma coisa então o casamento não foi salvo mas aí eu através dos livros acabei chegando num num professor que era ele era aluno do David fez fazer grupos de homens na Suécia em 2004 jovens acesso aí eu fui fazer esse grupo com o Alex e o grupo foi a primeira Revelação aí eu voltei nos livros com uma outra visão eu falei cara tudo que é a diferença entre você ler o menu ler o cardápio do Restaurante eu comia comida né E aí eu voltei no grupo
de homens e falei cara eu vou fazer é isso que eu preciso fazer para minha vida e aí comecei um grupo de homens na Noruega aí conhecia o David da na Suécia no primeiro workshop que ele fez lá e no ano seguinte foi assistente dele também na Suécia né E esse trabalho para mim foi revolucionário porque ele ajudou organizar temas assim da minha relação como emocional da minha relação com meu corpo às inadequações todas porque eu era assim eu me sentia talvez a descrição como que era aquele homem né que tava descobrindo E como você
tá hoje assim Quais são as grandes mudanças de impactos pessoais eu diria que a principal mudança que assim eu era só um grande cabeção e o corpo servia para alimentar meu cérebro como se fosse um triângulo invertido na minha cabeça continua grande assim mudou né mas hahaha certo as características físicas é melhor a gente aceitá-las né Mas a sensação de que assim eu tinha um absoluto desconhecimento da minha vida emocional era algo assim conheci emoções na teoria eu conheci tudo na teoria conheci o mundo na teoria e o caminho era um caminho intelectual talvez ainda
seja né mas agora agora tá curiosidade intelectual se Manteve né Faísca de querer ler tudo querer saber sobre tudo mas naquele período antes de eu conhecer esse trabalho da meditação ativa e o trabalho do David é a sensação de que eu não tinha corpo que eu tava desconectado no meu corpo por exemplo eu não tinha noção de que eu tava sentado uma bomba de fúria era raiva era Fúria e aí eu tinha um perfil de relacionamento muito curioso todas as minhas namoradas Até aquela data era mulheres muito raivosazes eram mulheres assim que tinham mais mais
bravas mais assim e é conveniente por um sujeito que não não se apropria da própria raiva como era o meu caso você tem uma namorada brava porque você sai para jantar com ela A comida tá ruim quem reclama é ela e eu fico com cara de bom moço então essa síndrome que a gente chama da expressão Invasão a Uma emoção que às vezes nem é dela mas tá tão contida e abafado aqui dentro que vai sair em algum lugar agora não vou resistir ó essa essa esse exemplo é tão incrível tão incrível que isso me
lembra de falar para vocês que as relações os casamentos namoros relações duradouras né são comunidades de destino e a gente comunga das mesmas emoções a gente comunga de movimentos de alma um tá olhando para morte outro começa a olhar para a morte não tá tomado de fúria o outro expressa fúria eu tinha um amigo que trabalhava na Polícia Federal e enfim tava vivendo horrores no trabalho dele porque tinha um trabalho com criminosos internacionais etc e ele dizia para mim eu não conto para minha mulher Ana eu chego em casa eu não conto para ela que
eu vivo só que ela tinha terror noturno a gente intue em algum lugar a gente está conectado completamente conectados E aí eu tive um processo descoberto nesse emocional que foi foi Demorou quando eu comecei a fazer as meditações ativas tem uma das meditações chamada meditação dinâmica do Osho em geral recomendação e fazer de manhã cedo ela dura uma hora muito cansaço ela é muito catática mesmo você respira caóticamente aí tem uma fase de Catarse que você deixa expressar tudo depois tem o roubo você fica saltando com os braços próprios assim paralisa em Silêncio em algum
momento depois dança são cinco estágio é de manhã com certeza ele faz também então assim eu precisei fazer mais de 20 dias para começar a sentir alguma coisa só que aí quando abriu a Caixa de Pandora eu falei oh Caraca tem tudo isso aqui dentro e eu me lembro que foi curioso um ano antes de eu começar eu tinha eu fui um Retiro do vassante e vi uma a norueguesa fazendo essa meditação e na época eu tava ainda na minha bolha do sou um cara da Paz Não sinto raiva eu ficava fazendo meu Tai Chi
ali fora e essa menina começou a gritar dentro do Dojo onde era o espaço né eu falei gente que maluquice essa mulher deve estar passando por algo muito difícil né esse negócio preciso europeus reprimidos né ele disse é o tamanho do meu do meus conhecimentos de mim mesmo né Mas é interessante porque muitas pessoas que eu vejo né nos trabalhos que eu faço os retiros os workshops mulheres originais todos os nossos eventos quando chegar alguém que tá começando a trilha escuta alguém expor um problema algo profundo e forte fala nossa ela tem muito mais problemas
do que eu Nossa essas pessoas aqui eu fiquei impactada aqui forte mas não é porque ela é essa pessoa que está dizendo isso não tenha problemas fortes e profundos é que ela não tem consciência e coragem de expor ela não consegue dar vazão a isso É exatamente esse processo que o arranjo tá descrevendo consciência é o primeiro passo Então você se descobrir isso né e eu acho que eu tive uma fortuna né uma sorte muito grande de estar com o meu guru bastante na época porque quando começou abrir a caixa de pandora Foi assim agora
como é que eu faço isso aí agora dá dá boas-vindas deixa vir tem um monte de coisa para sair desse baú e vai e agora que você falou da conexão né quando meu casamento Tava terminando assim eu tive algumas sessões de dinâmica que o tema era ela né então eu tava na Catarse assim expressando a minha raiva minha fúria e eu voltei para cada um desses dias eu voltei ela não estava no mesmo espaço a gente morava 8 km no mesmo lugar quando eu voltei para casa ela tinha passado mal eu cheguei ela falou acho
que foi forte Ela tava vomitando aqui tá conectar dela os índios a tradição do caminho vermelho fala da teia de aranha né como se o universo fosse uma gigante teia de aranha então Acontece uma coisa aqui Aranha percebe do outro lado então distância não importa né Então esse negócio com as constelações familiares né as pessoas falaram mas como assim que eu posso acessar uma informação de um avô de uma avó de um de alguém lá de trás que eu nem conhecia nem convivi que já morreu porque a gente tá falando sobre o princípio de não
localidade não temporalidade né é um princípio quântico e é deste não local e não tempo que a gente que tudo tá conectado com tudo e aí como você falou é o primeiro movimento é eu tomar consciência né Essa pessoa que tá chegando e falou nossa todo mundo aqui tem tanto problema eu tô tão bem aí a pessoa começa a descobrir Caraca eu não tô tão bem né o adormecido é super importante né e a gente tá muito acostumado a usar vários entorpecentes né muito então gente entorpecentes são um fator que nos deixa nesse lugar de
dormência então assim aí tem uma questão muito legal quer olhar tem um estilo de se entorpecer no masculino e um estilo isso entorpecer no feminino o do masculino é tudo que me esvazia então por exemplo se eu tô tenso o que acontece cara chega o cartão trabalho estressante é uma rotina muito intensa reuniões chega em casa põe um esquina no copo senta e ficas apenas vendo televisão tudo tudo não tá assistindo nada entende isso como relaxar isso é um relaxamento num nível muito superficial é um relaxamento ele dá aquela aquela desligada geral então a sensação
que o álcool propicia ou maconha ou entorpecente geral é essa sensação de ah Ufa deu aquela desligada a outra forma de desligar é ejaculação então sexo também tem esse efeito muitas vezes essa necessidade de se esvaziar pro sexo a ejaculação especialmente dá esse peso esvaziamento né no passado a gente ou ainda hoje faz infelizmente em alguns lugares né uma das formas de eu me me exercer minha liberdade era conquistar o outro então a motivação das Guerras vender esse lugar também né tá tudo ligado ao mesmo a mesma intenção de liberdade de retomar a liberdade que
é como se fosse uma sensação de liberdade que eu da qual eu me esqueci então o masculino insatisfeito se sente sobrecarregado é o peso da vida na minhas costas e do qual eu tenho que me livrar da maneira que for uma outra maneira Esporte jogo de futebol caravana final do jogo Você sabia que tem uma detalhe curioso os homens fazem muito mais barulho na final do campeonato do que quando fazem sexo com as suas mulheres né porque na final ah aquela coisa catática a torcida adversária aqui uma coisa é uma simulação da guerra é uma
simulação da guerra e porque a gente se esqueceu de outras formas mais maduras mais conscientes de reconectar com o princípio do masculino que é vazio e por ser vazio já é livre quando eu tô conectado como é masculino nada é uma um peso nada é difícil porque o masculino é essa sensação de estar livre né de consciência consciência é algo sem Limites não tem tempo ela não tem espaço como você falou é atemporal e não geográfico não local Então essa característica é uma característica muito forte assim de da sensação da percepção do masculino na sua
essência e esse papo não pode ser só um papo teórico aí entra eu volto para o meu triângulo né onde é que eu inverti o triângulo quando eu comecei a sentir o corpo então não tem outra alternativa né você tem que passar pelo corpo corpo emocional corpo físico e essa cor porificação é uma parte inevitável do caminho você sabe que o que me chocou mesmo quando eu tava escutando assim impactou positivamente foi exatamente isso porque todo meu trabalho com as mulheres no círculos de mulheres todo meu trabalho todo o caminho de cura do feminino é
o caminho de trazer as mulheres de volta para o corpo né todo meu trabalho é esse de tomar consciência corporal de compreender que a identidade feminina Ela tá ancorada no nosso útero ela tem uma Âncora biológica e que nós nos reconectamos com portanto com o nosso feminino a medida que nós vamos reconectamos com o nosso corpo que a gente passa a ser escutar e esse é todo o caminho Esse é o cerne do trabalho que eu faço que se você quiser inclusive aprofundar entender melhor eu recomendo muito que você assine o portal curar o feminino
na descrição de todos os podcast tem um link aqui é baratinho é ridículo é uma Netflix aí de desenvolvimento pessoal eu recomendo que você vai lá e assista aliás queria colocar uma aula sua lá né Vamos fazer vamos fazer no portal e quando eu vi o arranque falar e ele falou sobre voltar para o corpo eu falei cara ele tá fazendo a mesma coisa com os homens né através da meditação ativa e de caminhos semelhantes muito semelhantes fazendo esse processo de volta para casa também que eu falo para as mulheres de reconexão e isso foi
a grande ponte para mim no início e não tem atalho né eu digo assim Às vezes a gente entende um conceito Mas se eu não consigo expressar aquele conceito como uma transformação real no meu dia a dia não tem utilidade nenhuma ideia né e a dificuldade ou desafio é que realmente essa expressão a gente vai passar por certas obstáculos você muda uma ideia muito rápido a gente pode trocar uma ideia eu pensava uma coisa conversei com você falou agora eu penso diferente você me convenceu de um ponto que eu não tinha visto então a gente
muda de ideia muito rápido o emocional demora um pouco mais né então assim eu tenho certas memórias Quando você me diz uma frase que eu reajo porque aquilo eu não sei porque mas pode ser uma coisa da minha infância ser um gatilho então tem uma resposta emocional inconsciente que é negativa porque você me criou um gatilho então eu vou ter que fazer terapia eu vou trabalhar emocional para ganhar espaço Agora você me provoca falou ah olha só o meu gatilho já não me pega mais mas a reação emocional tá lá no fundo você não é
dominado por ela e fisicamente a mesma coisa eu passei 50 anos da minha vida exercitando né Para eu relaxar e respirar mais plenamente eu vou levar algum tempo então assim as pessoas fazem academia né hoje todo mundo só tá em forma mostrar o barriga tanquinho no Instagram né demora então é acho que é fácil falar desse caminho do corpo para dentro porque as pessoas entendem que o caminho físico demora a pessoa que tá lá em super Boa Forma Só ela sabe quantas dez mil horas ela gastou para chegar naquele jeito fecha os olhos eu só
escuto as minhas Entulhos emocionais meus pensamentos daí eu falo eu também todo mundo é assim só que meditar uma disciplina também é como malhar então na primeira vez você não vai ter resultado nenhum talvez você não se sinta nem não tem benefício ainda né malhar também no começo você se sentir dor fica com músculo dolorido você sente os limites mas os resultados virão aí a gente precisa de consistência né totalmente Eu lembro que eu vi meu professor inclusive ele ele diz o seguinte que uma vez ele viu um concerto né muito cara era um excelente
música assim uma pessoa do lado dele falou nossa o dedo daria minha vida para tocar como esse cara ele falou é foi o que ele fez ele deu a vida dele para tocar piano daquele jeito tocar um instrumento então assim você precisa se dedicar então é e uma das coisas mais difíceis de fazer esse olhar para dentro começar essa dedicação e aí eu provoca os homens né que estão nos ouvindo aqui é você é perceber e poder relatar o que você tá sentindo nesse momento quando eu faço meu ciclos de homens fazia muitos grupos Não
façam os grupos online né na pandemia a gente migrou tudo para online só que fez um ano atrás do primeiro grupo presencial Depois de alguns anos o grupo online começa assim cada um se apresenta eu sou fulano de tal só arranque tô falando aqui de São Paulo e hoje eu tô me sentindo feliz de estar aqui e como é difícil fazer isso eu tenho homens que vem para o grupo fala eu sou Fulano eu sou advogado da Seccional da OAB aqui em Osasco eu trabalho assim assim e eu acho que os homens um pouquinho como
é que você tá sentindo Ah eu acho que os homens e a pandemia foi você você como é que tá não eu acho que o masculino você eu quero falar não acho que eu tô ansioso Opa agora a gente consegue começar agora eu posso começar a trabalhar eu tenho algo real cara descobriu que ele tá ansioso e tá usando todas as referências bibliográficas possíveis as amizades as relações lá fora as suas opiniões para não olhar para dentro porque vai incomodar se fosse confortável tava todo mundo acordado né a gente não tá acordado porque demanda trabalha
subir não é um caminhar um caminhar desse Ladeira abaixo uma caminhada dele acima esforço estamos falando do mesmo quando eu falo da mulher tola que fala fala fala fala fala que quer confirmação que pergunta para as mulheres que que você acha que você acha da minha roupa que você acha de eu ficar com esse cara não ficar que que você acha de eu começar a trabalhar agora ou não o que que você deixar minha filha na creche não deixar ou deixar em casa o que que você acha o tempo todo pedindo confirmação para fora olhando
para fora desconectada dela do que ela sente a mulher tarefeira cheque cheque cheque de tarefas o dia inteiro sem olhar para si por um dia dois dias três meses seis meses um ano dois até adoecer claro que a gente entra na mulher tarefeira todas Nós entramos mas esses processos todos de estar fora né e não não se conectar Então isso é igual para homens e mulheres né Eu queria te trazer três situações para a gente falar da dor do masculino queria escutar você a sua experiência na sua escuta tão apurada sobre os homens né E
com isso quero falar para vocês que eu e o arranjo temos bons e abençoados momentos de conversa conversas pessoais de amigos e todas as vezes que a gente conversa eu saio com novas percepções sobre o masculino sobre os homens você sempre faz um comentário você sempre faz um grifo ou também Aconteceu uma situação eu quero falar isso aqui publicamente é eu vivi um momento da minha vida que eu tinha acabado um relacionamento e que eu tava no momento de muita dor de muita dor e aí a gente saiu para jantar eu eu tava contando para
o arranque essa história uma conversa muito íntima de amigos muito afetiva E aí eu contei para ele sobre a dor do meu parceiro né A dor da separação etc e o arranque se emocionou e eu fiquei muito tocada muito tocada e eu pensei duas coisas a primeira coisa eu pensei quem tem um amigo que chora com a gente e a segunda eu pensei mesmo nisso aquele dia e a segunda coisa que eu pensei como errar um homem que é capaz de sentir a dor de outro homem isso é mais raro ainda isso é muito legal
porque é uma das provocações que eu faço nos meus grupos quando eu vou convidar os homens para vir para o grupo de homens e falar assim você sabe qual é a dor do seu melhor amigo é a resposta em geral não e é não Não porque eu não conheço meu amigo mas porque às vezes quantas Ana quantas vezes aconteceu na minha vida e até hoje de ter assim aquele amigo próximo irmão assim de repente o cara some os dois três meses você vai ver o cara passou para um hospitalização ou perdeu o emprego ou se
separou tá em depressão e a última coisa que faz é puxar Mano preciso de ajuda o homem não faz isso então a gente está no lugar muito solitário a gente tá numa camisa de força tão apertada e por que não faz tem várias razões mas uma delas é que assim se eu puser minha vulnerabilidade E aí é onde a gente vai testar as amizades mesmo né quando você você tem confiança e entrega para ligar para um amigo você falou cara tô mal preciso conversar Bora vamos lá tomar uma cerveja na hora eu não tenho duvido
que nenhum deles me atenderia se eu tivesse feito essa chamada mas é surpreendente até hoje não é mais surpreendente mas é impressionante como ainda acontece da gente saber depois Fulano perdeu a mulher o outro perdeu um órgão sofreu uma cirurgia porque o homem não se comunica né a gente tá acostumado os homens quando sentam juntos é para contar vantagem falar besteira né olhar mulherada daquela E aí não dá real e uma das coisas que a gente faz no circos assim vem cá Aqui tá todo mundo para dar real um para o outro primeiro assim eu
vou te dar a real da minha vida dizer como é que eu tô se tá bom se tá ruim vou compartilhar com vocês e vou dar real para o outro se o cara começar a falar cara Acho que você tá se enganando vamos olhar isso aí direito a terceira vez que você fala a mesma história vamos olhar tem mais coisa aí por trás então como é importante fazer essas conversas de forma Franca e aí de novo Volto por esse lugar eu só consigo sentir a dor no sentir a minha dor quando volta para aquele primeiro
movimento começa tudo aqui dentro né falo para as mulheres na minha mentoria para mulheres que querem trabalhar com mulheres eu só levo outra mulher até onde eu fui dentro de mim é sobre a gente sempre sempre o caminho começa pela gente e como é precioso né antes a gente construir espaços protegidos espaços Seguros espaços respeitosos onde as pessoas tantas mulheres quanto os homens se sentem em condição de se expor para as mulheres que tem permissão social para chorar para ser vítima para ser vulnerabilizar é tão difícil entrar em contato com a própria vulnerabilidade Mora também
vamos dizer aqui né Já falamos em outros episódios você não viu você tem que voltar lá no primeiro recomendo que você assista o primeiro a gente tem falado quantas mulheres estão no modos operando de masculino quanto elas estão né atuando de uma forma muito masculina e falando aqui nós estamos falando de princípios masculino e feminino dentro de homens e mulheres né lembrando você você não entendeu isso volta no primeiro episódio agora se para as mulheres que tem toda essa permissão é difícil para os homens então uau né muito mais difícil mas vamos lá para as
minhas três questões Três Histórias Que me tocaram profundamente né A primeira história é um rapaz um amigo digamos assim um amigo de um amigo que eu conheci e ele tava me contando a história sobre a grande dificuldade que Ele viveu com a ex-mulher Depois da separação do divórcio há um nível mas é um nível assim tão tão difícil que ele simplesmente chegou um momento que desistiu dos filhos ele tentou diversas maneiras e havia uma um obstáculo tão grande a partir da dor da relação deles que não se resolveu da dor do homem e da mulher
que derrama na mãe e no pai né e ele não conseguia exercer a paternidade dele e o quanto ele se sente hoje frustrado culpado derrotado na vida por estar longe seus filhos né Por ter uma relação que de vez em quando encontra os filhos mesma coisa assim muito superficial ele fala ah eu vejo meus filhos eu ligo mas eu perdi eu não assisti o crescimento deles é como se ele dissesse assim para mim numa outra linguagem eu perdi o fio condutor o fio do meu coração que liga no coração dos meus filhos se esgarçou se
perdeu e o quanto isso é doloroso e o quanto ele não não lutou por isso o que me chamou atenção porque uma mulher sei lá esperneia grita pede ajuda fala com todo mundo sei lá vai no juiz o quanto ele não achou lugar de expressar essa dor e foi se retirando e foi se retirando e foi se retirando e entrou nesse lugar profunda solidão essa é a primeira história uma de cada vez pode ser eu acho que tem tantas camadas nessa história né Uma das coisas que é Talvez um fio comum né um ponto comum
na relação dos casais e casais que se separam Acontece muito isso o homem se tem uma essência mais masculina depois a gente pode falar o que que é isso né então o masculino em cada um de nós homens e mulheres o masculino tem essa tendência a ficar um pouco de fora já acontecimentos que o masculino em nós é como se fosse assim é como se tivesse observando a minha vida num filme né tá passando uma tela de cinema eu tô observando o que tá acontecendo Então assim o envolver-se quase que em qualquer coisa é um
esforço e quando acontece uma situação de conflito emocional ou onde há emoções uma coisa fala assim não vou entrar aí muito complexo né algo que ameaçador o universo emocional um negócio eu falo para mim era desconhecido para mim eles conheciam tanto de emoções que eu tinha sentado em lugares diferentes no meu corpo então eu não conhecia esse universo também já gera essa sensação de que assim qualquer coisa que envolva um conflito mais próximo do coração é difícil de lidar uma menina muito bem com conflito na rua de novo né a gente tá acostumado no trabalho
brigo pelo contrato brigo para fazer a meta de vendas eu discuto com o meu sócio isso a gente faz sem nenhum problema agora quando a situação tem um componente emocional é muito perto de casa né E aí é uma tendência a se desligar então é natural como você falou que haja essa situação em que a mulher teria brigado muito mais ter ido ao juiz travou reivindicar meus direitos eu quero ver meus filhos os meus filhos eu quero estar presente e eu vejo assim a maioria das situações de separação que eu conheço acaba acontecendo ao contrário
as mulheres gostariam que os ex né maridos se envolvessem mais um dia a dia mas o sujeito às vezes não sabe nem o aniversário de cada criança sabe onde está a carteira de vacinação Qual o nome da professora não conhece isso então a tendência do homem é fazer esse desligamento né no caso que você relatou esse essa pessoa esse homem que passou por isso se deu conta Talvez tardiamente né de que assim ele gostaria de ter um investimento emocional mais forte mas essa esse afastamento acabou sendo inevitável né pela sua natureza né E essa dor
do corpo várias vezes e eu vi vários homens que eles entram no lugar como se fosse assim já que fala mal de mim já que não gostam de mim já que não me querem ou já que eu não tenho espaço então eu vou me retirar de ombros aquela história quando a gente discute que igual homem faz eu vou me embora né Não dá para conversar com você quando você tá nesse estado cara sabe bate a porta e vai caminhar vou fazer alguma coisa amanhã a gente conversa quando você se acalmar isso faz tudo é muito
assustador todos são componentes desse mesmo lugar tem uma tensão emocional é muito íntimo não sei lidar com isso é muito difícil o cara ficar na situação ele falou uau Você tá com raiva de mim eu tô sentindo a sua raiva é difícil ficar nesse lugar por isso que o Pacto de silêncio entre os homens é um pacto para eu não expressar minha verdade emocional a gente fica todo mundo quietinho tomando cerveja Fazendo de Conta que tá tudo bem quando alguém não está bem some da roda é isso que eu falei o amigo que desaparece só
volta quando Resolveu a situação aí volta para roda E aí essa dor fica né porque esses vínculos o vínculo com filhos né Depois que a criança cresceu você não vai mais ver ela aos 6 anos se ela tiver oito nove já passou Aquela fase você perdeu Então como é que você retoma dimensão sistêmica disso que eu acho que é bacana falar também né a gente é tem uma uma ideia daquele que parte que é uma ideia muito Rasa né E que o homem que parte é sempre um homem abandônico mas na verdade eu vejo através
das constelações familiares através desse trabalho que eu faço com as mulheres né que é da Constelação aplicada trabalho com mulheres quando eu vejo a linhagem feminina a gente tem lá a avó que o avô morreu e deixou ela viúva muito cedo com um monte de filhos ela teve que se virar sozinha aí tem a mãe que teve uma relação super difícil com o pai ou o pai era alcoolista alguma coisa muito difícil aconteceu houve violência também tem um registro masculino muito ruim ou de abandono ou de violência e aí você vê a terceira ou a
quarta geração às vezes onde o registro do masculino é um registro tão difícil que ela já não conta com o masculino que ela não acredita que vai poder contar com o masculino e onde ela aprendeu nessa informação que chega né E hoje a gente entende através da genética nessa informação desse Campo morfo genético da linhagem dela ela já se posiciona na vida como alguém que não não vai ter um homem Para apoiar Então ela quer matar as bolas no peito e deixa comigo e nesse movimento muitas vezes ela não dá espaço para masculino né não
tem espaço simplesmente não tem espaço e às vezes tem uma raiva transgeral do masculino e no Brasil inclusive é uma coisa muito comum não sei se eu já comentei isso com você antes muitas vezes quando eu faço constelações familiares com mulheres tem uma mulher que vem falando eu tenho raiva dos homens tem uma raiva do meu marido tem uma raiva que não sei explicar E aí ele até é legal ele até bom não sei o que ele até Tenta mas tem uma raiva uma coisa ele mexe os Barro nisso quando a gente faz a constelação
é comum que lá atrás tem uma índia que foi pega no laço a nossa história brasileira comum no Brasil então tem uma índia lá atrás aquela família nasceu de um encontro que é um encontro de dominação forçado e que é muito louco porque no final também tem amor no sentido Não amor romântico né mas tem algo que floresce a vida ali desse encontro então é uma coisa muito bivalente que muitas vezes inaugura uma guerra entre o feminino e masculino uma guerra sistêmica que se estende de geração em geração e tem lá uma neta uma bisneta
uma tatarata com ódio dos homens ela não acha não acha na biografia dela mas por quê Por que que eu tenho essa raiva é muito interessante isso então também muitas mulheres que tem essa raiva do masculino que excluem masculino também não dão espaço para os homens então também existem homens que se afastam por amor também existem homens que partem porque não há espaço para eles isso nossa toca meu coração profundamente para mim também tem um lugar esse lugar de exclusão do masculino que é o lugar que a gente vive muito fortemente no mundo ocidental acho
que a partir dos anos 60 né quando você teve o crescimento do movimento feminista que é super importante conseguiu avanços enormes e inclusive o movimento dos homens ele começa na esteira movimento feminista então quando as mulheres duas coisas importantes aconteceram nos anos 60 né a pílula que deu a liberdade do controle sobre o próprio útero e a tua reprodução e a entrada no mercado de trabalho né que foi uma grande ascensão importante que precisava acontecer E aí os homens começaram a se olhar também falou Espera aí minha mulher tá indo trabalhar coisas que não podia
a minha mãe não podia mas a minha mulher pode E aí quem vai cuidar de mim Opa aí acende o alerta eu tenho que cuidar de mim né então assim que bom que a gente avançou para esse lugar porque que bom que a gente foi para um lugar onde assim as relações seria idealmente relações entre duas pessoas que sabem muito bem se cuidar eu não dependo um do outro financeiramente emocionalmente né então cada um cuida da sua vida e a gente decidiu estar juntos né e construir algo que vai além da sua dependências né então
isso é uma transição importante eu chamo de saída do primeiro estágio que era aquele modelo matriar o patriarcal tradicional é mamãe dona de casa o papai trabalha fora E aí a gente resolve as coisas do portão para fora é o pai do portão para dentro é a mãe né a gente migrou disso para um lugar onde os dois têm direitos iguais o provedor né O que vai caçar e a mulher que cuida da cria e ainda é extremamente interessante ver como os homens ainda hoje talvez a geração hoje menos 20 a menos esteja mudando isso
mas eu ainda escuta essa coisa o homem precisa ter esse lugar do provedor então se eu tô com uma mulher e ela ganha mais do que eu ela provê por lá que ele é complicado a maioria dos homens de lidar entendeu Acho que 30 menos importante e eu acho que essa exclusão do masculino é que é muito presente em certas Vertentes não é todo feminismo Mas algumas Vertentes na quarta onda assim são bastante radicais né que dessa coisa assim homem não e é o mesmo discurso homem não presta homem todo igual que é a mesma
coisa que o menino cresce ouvindo da versão masculina menina não chora para com isso né não pode usar menino veste Azul menina veste Rosa essas escondicionamentos que são limitantes da nossa expressão individual para meninos e procurar homens e mulheres para meninos e meninas que gera que gerou grande parte dessa desconexão desse essa validação da violência dos meninos em relação aos meninos né que é muito sério mas voltando aqui é isso que você tá falando é exatamente o que casa com a segunda história que é sobre alienação parental dos homens né então eu vi no Instagram
de um amigo ontem e hoje ele postou dois vídeos muito comoventes de meninas adolescentes Chorando e falando a minha mãe sempre falava mal do meu pai ela não falava nem o nome dele ela dizia que ele não me amava que ele não queria saber de mim ela sempre me dizer avisa seu pai que vai ser seu aniversário que ela não vai lembrar e eu ligava para ele dias antes para avisá-lo e eu cresci vendo meu pai como essa figura ausente desconectada desrespeitosa sem vínculo afetivo nenhum comigo e um dia meu pai falou para mim que
ia mudar para minha cidade eu falei para minha mãe ela falou nunca vai mudar para cá por sua causa coisas assim muito bélicas né Muito agressivas e o quanto uma um processo de alienação parental destrói as crianças e o Quanto coloco masculino nesse lugar de exclusão e de dor Tão Profundo e esse amigo que postou esse vídeo escreveu eu fui vítima de alienação parental e aquilo Me Tocou tão profundamente falando com os homens né fazendo uma chamada para os homens né defendam-se era um pouco isso e era um pouco sobre isso né A minha segunda
história eu acho que tem um lugar importante desse da gente fazer o defenda-se com consciência com amorosidade né porque tem um lugar perigoso exatamente tem um lugar perigoso tem um movimento conservador hoje nos Estados Unidos chamado Mig tal MGT Otávio a sigla quer dizer homens seguindo seu próprio caminho são caras da minha faixa etária 50 e pouco orientando os homens jovens na faixa de 20 anos e fala assim olha não se relacione com mulher só para fazer sexo porque se você se relacionar se apaixonar casar ter filhos 10 10 15 20 anos depois ela se
separa de você ela leva tudo então são homens que passaram por divórcios traumáticos e trazem tão transmitindo uma dor geracional e reforçando o movimento de exclusão de separação então eles estão se trancando numa bolha né que tem várias bolhas de nas quais o masculino contemporâneo tá trancafiado e a gente vai fazer um enorme esforço coletivo de tirar os caras dessas caixas apertadas então assim como é que a gente faz esse Resgate né alienação parental é um negócio gravíssimo e é muito difícil pensar talvez só a pessoa mesmo né o filho ou a filha que passou
por esse processo que tendo muita disposição muita vontade de reconectar com o pai ou a mãe que foi alienado né que acontece dos dois lados né acho que é mais comum com o masculino dos dois lados Talvez o filho tem que ter esse movimento de reencontro porque às vezes realmente entre os adultos não há mais esperança de diálogo ou esperança de conexão possibilidade né então a gente tem que procurar individualmente isso e é difícil demais fazer esse Resgate muito doloroso eu tive uma experiência muito forte numa constelação familiar é uma história que eu já contei
algumas vezes Talvez os meus alunos já tenham escutado eu tava atendendo uma moça dos seus 23 24 anos e ela do Nascimento até os 16 anos cresceu com a mãe falando Ah seu pai não te ama não quer saber de você porque o pai de fato aos pais romperam né e o pai se afastou se aposentou e até os 16 ela escutou isso seu pai não te ama seu pai não quer saber de você você não é importante para ele seu pai não te assumiu etc aos 16 anos ela sentia muita falta do pai queria
saber quem era o pai queria conhecer o pai falou com a mãe não conhecia falou com a mãe e foi conhecer o pai e foi atrás do pai e aí dos 16 aos 23 24 quando ela quando eu a conheci ela tinha um relacionamento com o pai que ela palavras dela nomeou de burocrático ela falou Ana tem uma relação burocrática com meu pai enquanto ele de 15 em 15 dias no final de semana a gente sai Come alguma coisa não sei o quê mas eu não eu não consigo me conectar com o coração do meu
pai eu cresci entendendo que eu não era nada para ele não era importante para ele que ele tinha nas costas para mim e eu não consigo por mais que ele faça agora que ele venha que ele fale eu não ele que ele fale que me ama eu não consigo sentir nada e aí a gente fez começou uma constelação familiares foi durante a pandemia numa constelação online foi lá não sei se você conhece constelação Mas enfim coloquei um bonequinho para representá-la o bonequinho para representar o pai põe o bonequinho do pai simplesmente abriu o campo não
falei nada ela olha para o pai online e começa a chorar copiosamente Ana o meu pai me ama o meu pai me ama meu pai me ama e chora chora chora chora nunca vou esquecer isso meu pai me ama meu pai me ama e ela na verdade se conectou profundamente com o campo do pai emocionante falar isso com o campo do Pai com o coração do pai dela e isso é uma das coisas que me fascina também nas constelações familiares a possibilidade das pessoas terem acesso direto ao próprio campo sem a necessidade de um terapeuta
que ele interprete desse significado e às vezes o amor tava ali a gente não via então como é forte nunca mais essa menina foi a mesma é impossível e como como é forte quando a gente consegue soltar as narrativas familiares soltar os julgamentos e poder fazer essa reconexão com isso eu não quero dizer que é sempre assim eu não quero não tô culpabilizando a mãe porque também vejo que há uma enorme dor dessa Mãe ouve sim um afastamento que eu não sei até onde é um abandono ou não porque aí entram todas essas questões Quando
eu olho para uma família hoje como consteladora eu vejo os dois movimentos eu vejo aquele que parte e vejo aquele que empurra para fora então tem um movimento de ambos os lados e muitas vezes por dor convido por dor dos dois lados Agora falando da dor do masculino a gente essa dor invisível as pessoas não conseguem ver o sofrimento dos homens a mulher perde um terceira história ela chora chora as pessoas perda de filho não é uma coisa muita acolhida na nossa sociedade as pessoas falam Ah mas vai ter outro ok que eu vou ter
outro mas eu tô chorando por isso no momento né Isso é muito comum as mulheres falarem para elas mesmo ah para as outras mas para as outras ah vai ter outra mas logo você engravida é exato Então já não é muita acolhida Mas enfim a mulher pode chorar ficar de luto e o homem não imagina um homem chorando porque perdeu um filho não tem espaço social para isso né então o cara fica quieto e muitas vezes inclusive isso impacta a relação de casal porque a mulher entende que ele não sofreu que para ele não foi
importante quando na verdade para ele não havia o espaço para isso né não tinha permissão interna nem externa né para deixar uma doença uma resposta bem comum né então assim o projeto no outro a culpa de um filho a culpa de alguém posso culpar mulher que não cuidou posso culpar o médico posso culpar o cara que atropelou se foi um acidente então assim tem uma culpa externa né E essa não expressão isso vai vai para aquele Vai acumulando Vai acumulando esse lugar de tensão de insatisfação com a vida essa sensação de que a vida é
injusta né de que o universo me deve alguma coisa né e um dia esse cara arrebenta né já a gota d'água por isso que eu acho que a gente vê tanta tanta reação de violência extrema especialmente o feminicídio que cresceu tremendamente nos últimos meses inclusive no país e esse é uma expressão assim a culpa é sua Eu vi relatos recentes estava lendo um livro que a Raquel comprou assim assustador vê os depoimentos de homens que mataram mulher depois de filhos né que observaram o pai mata mãe o namorado matar a ex-namorado esse tipo de coisas
as razões são sempre as piores possíveis nós justificativa nenhum caso foi uma defesa da vida uma defesa pessoal não foi você me desonrou agora viu agora tô te mostrando como é que se comporta trata-se a sensação de dominação nesse exercer uma um controle Sombrio absolutamente Sombrio é aquilo que eu falei eu sou livre para fazer o que eu bem entender isso é uma frase que no masculino Sombrio gera resultado na guerra né guerra estupro morte essa essa devastação essa expressão do masculino Sombrio essa expressão pela qual a gente até entende hoje porque que é uma
exclusão tão grande do masculino porque a gente falar agora tá na hora do movimento feminino da liderança feminino porque o planeta não aguenta mais E é verdade assim o masculino levou a exaustão ambiental essa coisa dessa guerra desenfreada né a competição né o mundo capitalista tem essa competição desinfrada é um querendo dominar o outro destruiu o inimigo etc Olha onde a gente tá indo né o planeta tá muito bem talvez o ambiente o meio ambiente não seja compatível com a vida humana logo logo a gente não fizer alguma coisa rapidamente então a gente tá no
lugar de que assim a gente não tá num lugar que a gente precisa que os homens fiquem femininos não a gente precisa que os homens fiquem conscientes a gente precisa de mais homens conscientes demais masculino consciente Então não é excluir nem o feminino nem o masculino mas como é que a gente trabalha juntos com essa noção de pressão de tempo prioridade de urgência né de que a gente precisa uma colher as dores do outro as diferenças entre nós a semelhanças entre nós e como é que a gente estabelece um lugar de trabalho comum porque a
gente tem que se ajudar então enquanto eu tiver indo para esse lugar a culpa Ah minha mulher não sei o quê Ah meu marido não sei o que a gente não sai desse lugar de criação de opostos que é tão fácil de fazer hoje em dia como é que a gente saindo agora indo para o outro lado da moeda é fala um pouco para mim assim como é que você vê esse movimento de cura né do masculino as coisas boas desse encontro do masculino que o masculino provoca no feminino e vice-versa quando vítima um encontro
na luz né um corpo saudável Eu acho que o passo Inicial Eu costumo propor isso né E daí a importância da gente estar fazendo esse trabalho você trabalhou as mulheres durante tantos anos né Eu trabalho com os homens e acho que eles trabalham infinito né Eu acho que esse trabalho precisa ter esses dois momentos existe um momento existe uma razão para as mulheres fazerem um trabalho só entre mulheres e uma razão para os homens fazer um trabalho só entre homens né Você sabe que às vezes alguns homens comentam embaixo Ah mas é homem não pode
os homens são excluídos não os homens estão excluídos a gente tá criando um ambiente feminino onde a gente pode ir num lugar que as mulheres vão sozinhas na companhia de mulheres e vice-versa a gente precisa nos grupos de homens mas se eu tiver um grupo com 40 homens fazendo uma prática entrar uma mulher na sala muda completamente a dinâmica então a gente precisa preservar esse lugar onde é um lugar de prática o que que é prática é você são coisas que você vai fazer fisicamente para acessar o seu mundo emocional ganhar consciência sobre os seus
processos internos como você funciona corpo mental corpo emocional corpo físico e voltar para o mundo de forma mais Consciente e é importante fazer isso no ambiente segregado Então existe uma importância desse trabalho dos homens com os homens das mulheres com as mulheres para que esse encontro quando aconteça seja um encontro mais consciente seja um encontro de construção né E aí entra um tema que acho que é tema para um próximo capítulo nosso talvez aí que a gente fala da polaridade entre os dois porque do ponto de vista do dos princípios universaismos assim né quer dizer
todos nós independente do seu gênero do seu sexo biológico a sua orientação etc Todos nós temos masculino feminino masculino tá acontecendo o tempo todo em cada um de nós nesse exato instante né e existem situações nas quais eu quero afastar os outros eu quero polarizar Ou seja eu quero extremo do masculino para que você possa ir para o extremo do feminino e há razões para isso né E tem todo um yoga de como construir esse lugar né E aí eu acho que é o lugar da importância de você fazer o trabalho as mulheres trabalharem sobre
si em grupo Os homens trabalharem entre eles em grupo e aí a gente promoveu um encontro que é mais consciente mais amoroso mais compassivo e a gente tá olhando aquilo que nos aproxima como seres humanos aquilo que nos polariza como seres de essências masculina e feminino portanto diferentes e que a gente pode construir com isso Que lindo isso né bom vamos fechando por aqui mas fica então o convite já para a gente fazer o próximo sobre as polaridades né mas acho que esse foi uma cama muito boa para a gente poder a partir daí fazer
outras reflexões Então você tá convidada a voltar para a gente fazer outros episódios e também se você quiser depois informações eu e a Rancho Vamos fazer um Retiro e vamos falar do feminino masculino juntos vamos fazer exercícios Vamos fazer um diálogo práticas práticas meditativas constelação familiar e um montão de coisas Fica de olho que o podcast feminino continua novos episódios em breve nós estamos soltando toda segunda-feira às 19 horas aqui no canal do YouTube curte se isso fez sentido para você compartilha com homens e mulheres que você sente que serão beneficiados por essa conversa tão
fértil tão bonita tão valorosa para mim eu espero para você também que tenha feito diferença na sua vida e eu te agradeço profundamente meu querido de ter estado aqui eu te espero para as próximas para os próximos bate-papos Eu que agradeço o convite foi um prazer como sempre espero que vocês tenham gostado também e vamos para a próxima conversa e eu espero vocês no próximo episódio do curar o feminino
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