Pacto da Branquitude - Cida Bento - Resumo guiado

4.5k views8949 WordsCopy TextShare
Celis Ensino
A profa. Ariana Celis realiza um resumo guiado do livro Pacto da Branquitude. Índice 00:00 Introduçã...
Video Transcript:
Imagina você ter um excelente currículo e mesmo assim não ser chamada para as vagas de trabalho e você vê pessoas com currículo iguais ou até mesmo inferior ocupando essas vagas e detalhe seus irmãos também passam por essa situação é a partir dessa situação que causou indignação em Sid Bento que ela dedicou os seus estudos de mestrado e doutorado para falar sobre essa situação e com isso nos brinda com livro o pacto da branquitude que vamos discutir a seguir diante de dezenas de recusas em processo seletivo a cident identificou um padrão por mais qualificada que ela
fosse com diploma de Magistério e de Psicologia ela nunca era escolhida para as vagas de trabalho o mesmo ocorria com seus irmãos que também tinham ensino superior completo por outro lado pessoas brancas com currículos equivalentes quando não inferiores eram contratadas em suas pesquisas tanto de Mestrado como dr dado ela se dedicou a investigar esse modelo que se repetia nas diversas esferas corporativas e ela também desmistifica a falácia do discurso meritocrático o que encontrou Foi um acordo não verbalizado de autopreservação que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas a esse
fenômeno Sid Bento deu nome de pacto narcisistico da branquitude para além do diagnóstico teórico A autora procurou encontrar as melhores estratégias para analisar e confrontar as diferenças de oportunidade entre pessoas negras e brancas no mercado de trabalho com esse objetivo ela cofund em 1991 o centro de estudo de relações de trabalhos e desigualdade o Cert essa instituição que se tornou referência na promoção da diversidade no interior de Grandes Empresas e também de organizações do terceiro setor o pacto da branquitude porém ele não se revela apenas no ambiente de trabalho ele é um produto de um
passado colonial e escravocrata e uma das principais engrenagens do sistema capitalista é a partir da hegemonia que a séculos domina a sociedade neste livro A Cid Bento reúne sua experiência profissional e pessoal para apresentar evidências desse acordo Tácito e nos convida a nos deslocar nosso olhar para aqueles que hã Aim de se manter no centro impele todos os outros à margem quem é Cid Bento essa maravilhosa Maria Aparecida da Silva Bento ou Silva Bento nasceu na casa verde na zona norte de São Paulo Ela é filha do Seu João e da dona rut o seu
João ele é um motorista e a dona rut é uma servente de um posto de saúde ela foi a primeira pessoa da família a concluir o ensino superior e a fazer mestrado e doutorado ela cursou o magistério e por 5 anos trabalhou como professora ela se graduou em ela se graduou em psicologia e ela passou a se dedicar à área de recursos humanos ela foi recrutadora chefe de seleção e executiva de RH e ela construiu uma carreira como especialista em processo de seleção ao lado do Ivair Augusto e do o édio Silva Júnior ela fundou
em 1990 o CT que é o centro de estudo das relações de trabalho e desigualdade do qual ela é conselheira em 2002 ela defendeu a tese de doutorado intitulada pacto narcisistico no racismo branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público nessa tese ela investiga a diferença de tratamento entre os candidatos brancos e candidatos negros no mercado de trabalho e seus desdobramentos sociais ela foi professora visitante no Texas né nos Estados Unidos e em 2005 ela foi Eleita pela revista britânica uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade o pacto
da branquitude é seu primeiro livro pela companhia das letras e a edição essa primeira edição é de 2022 tá e a versão impressa conta com 148 páginas a Sid Bento ela estruturou o seu livro em 10 itens em 10 partes mais um epílogo nós vamos iniciar da primeira parte do pacto narcísico mas se você quiser ir para algum item específico basta clicar na descrição do vídeo que todos os itens estarão separados você pode ir para algum item específico ou você pode assistir na sequência o primeiro item que abre o livro A primeira parte é o
pacto narcísico que nós vamos discutir bom quando a SIDA Bento ela Traz essa noção de pacto ela coloque que muitas vezes as pessoas pensam falar ah quando fala de pacto dá impressão que as os brancos estão fazendo reuniões secreta às 5 da manhã antes de entrar no trabalho para definir eh como eles vão manter seu privilégio ou como vão excluir os negros e não é algo tão eh tão descarado assim muitas vezes é algo um pouco mais zelado mas se analisarmos os dados nós vamos ver que temos essa diferença então muitas vezes as organizações Elas
têm um discurso de diversidade e de Equidade né mas você observar eh a maioria das lideranças esse discurso de Equidade e de diversidade não está nas lideranças muitas vezes também não estão eh não está não contempla o grupo de funcionários então é necessário a gente reconhecer pra gente explicitar e transformar Essa realidade né para não cairmos no no mito da da meritocracia e a gente falar que as pessoas as pessoas brancas estão naquele naquele espaço porque elas são mais qualificada ou porque elas mereceram né E que a ausência de pessoas negras e negros né ou
de outros grupos deve-se ao fato de eh deles não estarem devidamente preparados então aqui a gente vem pro pro conceito comum de meritocracia e eu quis trazer esse conceito na íntegra porque é um conceito importante e que abre esse livro que abre essa primeira parte então eu trouxe aqui pra gente fazer essa leitura bom o conceito comum de meritocracia é de de um conjunto de habilidades intrínsecas intrínsecas a uma pessoa que dispende esforço individual e não estabelece nenhuma relação dessas habilidades com a história social do grupo A que ela pertence e com o contexto na
qual ela está inserida Ou seja a meritocracia defende que cada pessoa é a única responsável por seu lugar na sociedade seu desempenho escolar e profissional parte de uma ideia falsa para chegar a uma conclusão igualmente falsa nesse nesse conceito falso de meritocracia eh é desconsidera-se totalmente que muitas pessoas essas competência que ela exige que a pessoa precisa ter para chegar em determinado cargo de liderança ou para estar em um determinado lugar depende muito de códigos de Cultura eh que a pessoa teve no decorrer da vida muitas vezes ela não teve acesso a equipamento de internet
não teve acesso a um um capital cultural viagens internacionais não teve acesso muitas vezes a Sistema de Saúde saneamento básico nem moradia adequada né e e isso muitas vezes não é levado em consideração para entender eh o lugar que essa pessoa oculpa então é importante que ela traz o conceito de meritocracia e desmistifica essa falácia né E para além dessa desse conceito de meritocracia ela também traz a questão da herança histórica fala-se muito na herança da escravidão e nos seus impactos negativos paraa população negra mas quase nunca se fala na herança escravocrata e nos seus
impactos positivos para as pessoas brancas então entendam que fala-se muito dos do do ponto negativo mas e as pessoas as brancas que usufruíram de tudo isso durante tanto tempo então quando ela traz o conceito de pacto da da branquitude ela se inspira no também nos pactos narcísicos que são textos da psicanálise que tratavam da transmissão geracional de conteúdos negativos então é importante ressaltar Qual é a base dela tá e a gente também precisa falar dessa herança escravocrata e dos impactos positivos paraas pessoas brancas porque a gente precisa eh auxiliar as novas gerações a reconhecer o
que elas herdaram o que que elas estão vivendo na atualidade e debater e resolver o que ficou no passado para então né só então a gente conseguir avançar e construir uma outra história para outros pactos civilizatório uma sociedade que não dialoga e que não aprende com os seus erros do passado dificilmente ela terá um bom futuro pela frente no segundo item ou seja na segunda parte a Sid Bento traz a branquitude e a colonização europeia ela vai falar que é no bojo da colonização que se constrói a branquitude né que o olhar europeu acabou ã
transformando o outro quem não era semelhante a ele passou a ser o outro tá mas é importante também a gente colocar que essa relação é ela é desigual porque os brancos eh disseminou o o significado de si e do outro através de projeções de exclusões de negação e atos de repressão tá quem é que Conta essa história nós vamos ver ela coloca que foram 18 milhões de Africanos escravizados pelo mundo 18 milhões é a quase a população do Chile então entre 1500 e 1900 a colonização europeia movimentou essa quantidade absurda de pessoas escravizadas pelo mundo
e também ela destaca que os europeus brancos e pobres também se beneficiaram desse sistema porque esse sistema era o motor da economia ela chega a falar Eh quantas vezes eh uma pessoa escravizada equivalia o trabalho de outra pessoa não escravizada Então ela fala que tanto a Metrópole como a colônia também se beneficiou tá e que essa exploração do trabalho eh enriqueceu diversos ciclos econômicos no país e não dá para falar de Capitalismo né sem que a escravidão ela foi também o motor do capitalismo ela sustentou o capitalismo nesse período e aí ela também traz as
questões sobre narrativas que perduram até os tempos atuais o por exemplo o estigma do negro preguiçoso e a gente sabe também que é uma outra falácia ela também vem desmistificar esse esse essa essa mentira né vamos dizer assim que ela coloca trás dados estatísticos para confirmar que já mostram que a popula Negra trabalha em média Du horas a mais do que a população branca em qualquer parte do Brasil e que também traz pesquisas falando que a população negra além de trabalhar mais ela ganha menos em todos os estados do Brasil em média 30% a menos
comparado com as pessoas não negras e e e essa questão recai ainda sobre as mulheres né que acaba um grupo mais afetado visto que trabalha quase o dobro do tempo para obter o salário de um homem branco e aí a gente tá falando de ela fala de todo esse período de da colonização esse período que precisava de reparação E aí quando se trata de reparação ela coloca que são quase quatro séculos e e nenhuma reparação né Eh em razão desses atos ocorridos no Nunca teve e isso é um traço muito marcante na a história do
Brasil eh o abolicionista Luiz Gama ele chegou a fazer um cálculo eh num período que esse valor que eh se fosse reverter em salário para as pessoas da hoje estaria em média mais de mais de um trilhão de reais de dívida com essas pessoas né em 2001 a a conferência Mundial contra o racismo discriminação racial xenofobia e intolerância reconheceu a esc idão e o comércio de escravizados como um crime contra a humanidade porém os estados europeus eles se recusam a debater o tema eh nessa conferência quando foi falar sobre a reparação eles se retiraram da
conferência E se negam a debater esse esse tema terceiro item capitalismo racial neste item a SIDA Bento ela coloca as formas de oposição e de resistência frente às relações Coloniais de dominação que se perpetuaram mesmo após os processos de de independência formais das Nações vocês percebam aqui que ela tem uma sequência que ela traz uma sequência muito coerente né Primeiro ela fala da colonização e agora ela Traz essa história e Quilombos o território de memória e e de de resistência né esses ela destaca nesse processo os autores tanto o Fran fanon como Alberto memi né
esses autores eles têm como ponto comum que eles criticam o eurocentrismo né eles fazem a revisão da narrativa histórica colonial e fazem a defesa de uma emergência eh de outras eh entre aspas né bem entre aspas outras vozes e saberes advindos do Sul Global então percebam que há um um confronto com esse saber eurocentral e traz paraa perspectiva do Sul da do coni su do do Globo eh e e quando eh falando nessa nessa questão de vozes ela relembra que a história dos quilombos assim como a de outros levantes ou revoltas importantes que ocorreram antes
da Revolução ela é omitida na historiografia oficial E aí a gente retoma lá o que a gente acabou de falar do último item né sobre sobre quem Conta essa história né ela justifica que que isso pode ter ocorrido tanto para não ferir a imagem de um país que é que tem supostamente que tinha né supostamente uma democracia racial e ou que ainda não reconhece o protagonismo da população negra na história nacional e aí ela vai falar que é uma submissão da da da Resistência tanto Negra como indígena na história oficial e mostra que a gente
precisa entender tanto sobre memória coletiva mas que a gente também precisa aprender sobre amnésia coletiva e que muitas vezes essa mésia ela é intencional e a gente muitas vezes também precisa reafirmar o Óbvio tá trabalhar o o o território da memória é reafirmar que não é apenas uma recordação ou uma interpretação que Memória também é uma construção simbólica construída por um coletivo que revela e atribui valores às experiências passadas e reforça os vínculos da comunidade memória ela também pode ser uma revisão de narrativas narrativas de um passado vitorioso de um povo mas revelando os atos
antium que cometeram e que muitas elites querem apagar ou querem esquecer por isso que é importante apoiar os movimentos que tem a semente dos quilombos e que trazem o conceito de Quilombo como território de memória de resistência e de fortalecimento de fortalecimento cultural e que esses eh essas iniciativas precisa ser apoiadas por políticas públicas e programas de diversidade ela no livro ela cita alguns exemplos mas eu quero destacar aqui é a colisão Negra por direitos né que é uma forma é um uma entidade que congrega mais de 200 organizações negras espalhada por todo o Brasil
e é um exemplo de ação coletiva que combate o racismo e luta por um país mais justo esses movimentos eles acabam construindo contra narrativas que para além de trazer a denúncia ela também eh eles também trazem novas perspectivas e paradigmas e procuram protagonismo da política e luta contra a a a a as apropriações de riqueza e a brutalidade que sustenta a sociedade e o regime político na qual vivemos voltando aqui para capitalismo racial vamos trazer o conceito que ela coloca no livro né a autor ela destaca que uma sociedade que se alimenta do lucro e
do preconceito de raça vendida como liberalismo meritocrático na verdade está impondo o capitalismo racial essa expressão capitalismo racial é uma expressão que nasceu entre os sul-africanos que lutavam contra o regime do aparthaid na década de 70 né na década de 70 essa expressão ela é muito usada hoje pelo movimentos dos vida negras importa a partir da ia do Robson que 83 ele focalizou as formas Como o racismo ele ele descreveu as formas Como o racismo permeia a organização e o desenvolvimento do capitalismo o capitalismo racial ele é um regime que congrega classe e supremacia branca
e esse tipo o capitalismo racial ele ilu eh eh ele elucida como o capitalismo funciona por meio de uma lógica de exploração do trabalho a salariado ao mesmo tempo em que ele se baseia uma lógica de raça e de etnia E de gênero para a apropriação que vai desde tomada de terra a tomada de terras indígenas e quilombolas até o chamamento de trabalho escravizado ou trabalho reprodutivo de de gênero então fica aqui a definição do capitalismo racial que ela coloca como muito importante paraa análise nesse livro e no quarto item personalidade autoritária masculinidade branca e
nacionalismo a Cid Bento se apoia eh em Michel Foucault eh principal do conceito da sua obra de vigiar e punir que é dessa forma que forma emcar and e assassinando que se lida com as pessoas tidas como inimigas do Estado né a noção de biopoder e de biopolítica fala de técnicas da hierarquia que vigia ã as técnicas de sanção e que normaliza as formas e os tratamentos e que decidem quem pode viver e quem pode morrer é bem um uma forma de controle moralizante né né uma vigilância que permite qualificar classificar e principalmente punir tá
esse conceito alinhado às discussões que o filósofos eh que o filósofo camaronês achil membe fala sobre necropolítica eh que trata do Poder não apenas nos contextos de colonização mas que ainda se manifestam com força nesse nosso contexto brasileiro tendo como eixo central as questões raciais contemporâneas tá E então Eh o racismo ele permite o exercício desse biopoder né este velho direito soberano de matar na economia do biopoder a função do racismo é regular a distribuição da Morte né e tornar possível as funções Assassinas do estado e tudo com muita conveniência tá segundo Foucault eh que
aí ela se apoia nele muito né Essa é a condição de aceitabilidade para fazer as outras pessoas morrer Então ela Traz esse conceito de biopolítica e biopoder e necropolítica para fazer essa discussão da personalidade autoritária da masculinidade branca e do nacionalismo falando em masculinidade Branca né Eh essa masculinidade branca ela sempre tá muito alinhada a o homem branco forte viril e vencedor geralmente tido como uma pessoa do bem né um homem uma família do bem e em geral esse esse sujeito eles têm permissões né para ser grosseiro para ser violento e para ser antidemocrático e
não é à toa que as lideranças que assumem essa masculinidade branca ela acaba tendo apoiadores que se identificam com esse tipo ã de de ação principalmente a gente vê aqui o trismo né que tem um amor incondicional à Pátria mas tem um desprezo pelos diferentes e um apelo ao patriotismo né E e aí a gente entra numa questão do nacionalismo antidemocrático que prega uma supremacia Branca um conservadorismo social e também um conservadorismo religioso tá partindo aí então pra gente entrar nessa personalidade autoritária quando ela fala da personalidade autoritária Ela traz muito o o conceito do
etnocentrismo né que é a convicção de que a visão do mundo do seu próprio grupo é o centro de tudo e os demais são compreendidos a partir do seu modelo ou seja Esse é o etnocentrismo eles vão muito numa lógica de de inimigos tipo nós e eles o bem e o mal sempre precisa ter esse discurso tá essa abordagem nós e ele você percebe ã na forma que a os pobres são abordados pela polícia na periferia e como Como os ricos são abordados pela polícia no Jardim Ela traz esse exemplo de um de uma pessoa
da polícia falando que a agem deveria ser diferente também como os crimes de colarinho branco são julgados por homens brancos e e que esses intérpretes das lei os juízes os advogados os policiais Eles produzem verdade e favorece a criação de prova e aumento do encarceramento em massa dos dito dito né bem entre aspas suspeito E aí quem são esses ditos suspeitos nós já sabemos e nessa perspectiva eu trago uma citação direta da autora em que ela fala que é preciso monitorar exercer o controle social e transformar o contexto institucional que possibilita que uma parcela de
profissionais dos do Judiciário proteja os seus iguais quando a gente fala que quem tá julgando Quem são brancos julgando brancos né e fortaleça lidera que pregam a violência sempre contra os considerados não iguais Essa é uma das grandes características do pacto narcísico ou seja esse pacto continua eh entre os seus e protege quem são seus iguais e age com prega violência age com violência sempre com com as pessoas que são consideradas não iguais então aqui eh uma característica do pacto narcisistico que eu quis destacar porque tem uma citação na íntegra né e o que ela
também indica que nós precisamos ampliar a compreensão sobre o contexto de desigualdades raciais no campo de organizações do Judiciário e tornar mais plural o perfil dos operadores de direito pode também contribuir para que a justiça racial se torne efetiva como que nos Vamos tornar mais plural o perfil dos operadores de direito cotas em concursos tendo cotas em concursos para os magistrados para que nós consigamos aumentar o número de operadores de direito eh que tenham esse letramento que tenha o que no mínimo compreenda a questão das desigualdades raciais a parte cinco Sid Bento traz o campo
de estudos sobre a branquitude tá vários estudiosos eles destacam três ondas para delimitar o contexto de estudo sobre a branquitude essa primeira onda que é do século X e vai até a primeira metade do século XX os intelectuais negros eles questionam as estruturas da supremacia branca e aqui ela traz no livro Ela traz o o do Boys Eh que que foi um autor que questiona eh a base da sociedade dos Estados Unidos e ele coloca essa base em três principais itens e um preconceito racial no racismo institucional e na supremacia Branca isso faz com que
a classe trabalhadora acabasse por se identificar com o Patronato branco e não se identificasse com a classe trabalhadores da da classe trabalhadora Negra por eh a branquitude ela tinha os seus prazeres né ela tem um salário público ela tem prestígio ela pode frequentar lugares que os negros até então não poderiam frequentar ainda havia uma questão da segregação então o ainda que a classe trabalhadora pobre também desfrutava desse salário público e psicológico que eram os prazeres que a branquitude e aqui eu coloquei uma citação né os policiais eram extraídos de suas fileiras e os tribunais tratavam
noos com brandura então Eh é importante questionar esse primeiro movimento da primeira onda que ã tem o posicionamento que olha tem alguma coisa errada aqui já na segunda onda os estudos eles migram do foco individual paraa análise de prática de discurso que tornava a branquitude invisível os pesquisadores eles analisaram como as instituições legais definem quem é branco e quem não é e assim distribui os seus acessos porque a pessoa que era branca ela tinha alguns determinados acessos né uma determin uma propriedade um bem e que as instituições que determinavam quem era branco ou não e
quem poderia ter esse acesso em 1988 foquem nessa data 88 eh uma autora ela elencou 46 privilégios de pessoas brancas e pode ser que você pense que é ã em 2024 mas não é em 1988 aqui eh destacamos alguns se verem amplamente representadas em programas de TV e revista falar em público para um grupo de homem poderosos sem que a raça seja posta em julgamento e escolher uma maquiagem facilmente e ainda não precisar se posicionar em nome de toda uma raça vocês perceberam que tá bem parecido com 2000 ainda com 2024 apesar da PEG ter
colocado isso em 1988 indo para a terceira onda a branquitude ela parece sempre muito ligada às reações brancas diante do aumento da presença de negros e negros em lugares Anes só frequentados por Branco tá então a ampliação das vozes negras elas passam a denunciar e clamar por justiça e reparação foquem nessa palavra toda vez que vem a palavra lei reparação é ameaça de privilégios e reparação eh isso ameaça a supremacia branca e sempre provoca uma reação e uma das reações é o uso do nacionalismo né que é o forte a forte reação e medo de
perder os privilégios E aí a masculinidade Branca aquela que a gente falou no no item anterior ela se sente ameaçada e novamente ela responde com violência por isso a conexão muito grande entre nacionalismo e masculinidade nessas novas abordagens da terceira onda né os estudos eh sobre a branquitude eles acabam se distinguir por utilizar novos métodos de pesquisa incluindo a internet biografias raciais músicas e imagens ã os estudos passam ter interesse em práticas para reconstruir e reforçar a identidade e supremacia branca no mundo pós aparta pós-industrial pós Imperial e pós direitos civis e nós temos os
os estudos do nacionalismo representado por figuras como o Jair bolsonaro e por Donald trump tá essa é uma terceira a terceira onda para caminhar nesse nesse quinto item nesse quinto capítulo ã ela também faz uma ela também coloca uma parte sobre a branquitude E racialidade então muitas pessoas podem se perguntar branquitude é uma denominação racial então não gente isso é importante vocês entenderem branquitude é um conjunto de práticas culturais é um posicionamento de vantagem estruturais ou seja branquitude ela é um ela se iguala com opressão mas ela não é de maneira alguma uma identidade racial
E aí eu coloquei uma citação na íntegra né no mesmo período começou-se a produzir estudos em que a branquitude surgia como um lugar de privilégio de poder construído historicamente eh David roder e muitos outros estudiosos afirmam então que a branquitude é sinônimo de opressão e e Dominação e que não é identidade racial então ficou bem eh especificado aqui que branquitude não se trata de identidade racial mas mas sim de um conjunto de práticas culturais de posicionamento de vantagens que tem o privilégio do Poder mas que não e que mas que não é uma identidade racial
seguindo no quinto item ela também aborda que é importante quando eh quando temos estudos sobre a questão do da branquitude ou sobre racismo a gente Identificar qual linha biológicas né Nós temos duas linhas de estudo sobre as relações raciais de um Brasil de um lado nós temos pensadores né de meados do do século XIX que afirmavam que os negros eram inferiores biologicamente e por isso eles foram escravizado de outro Quase Um século depois nós temos os estudiosos mais progressistas né que defendiam que os negros Eles não eram inferiores biologicamente Mas eles por eles terem sido
escravizados eles acabaram ficando psicologicamente deformados então nós temos a linha do estudo da linha da biológica que achava que os negros eram inferiores biologicamente e a linha que o negro ele era deformado psicologicamente por conta da e da dos do do sistema de escravidão por ter sido escravizado então outra outra citação que eu coloco aqui é interessante destacar que nenhum desses dois grupos de estudiosos apontou a existência de uma formação na personalidade do escravizador Isto é do Branco a deformidade Só estava nos negros no branco ninguém viu nenhum tipo de deformidade Então ela chama atenção
também para esse detalhe caminhando para finalizar esse quinto item ã ela vai falar sobre privilégio branco e diversas formas de branquitude que aqui ela entende o privilégio Branco ele é entendido como um estado passivo uma estrutura de facilidade que os brancos têm queira eles ou não então querendo ou não você tem essa essa facilidade Ou seja a herança está presente na vida de todos os brancos né sejam eles pobres ou antirracistas Há um Lugar simbólico e concreto de Privilégio construído socialmente para o grupo branco aqui também ela distingue da prerrogativa Branca tá a prerrogativa branca
ela diz respeito uma posição ativa na qual brancos buscam exercitam e aproveitam a dominação racial e os privilégios da branquitude então nós temos aqui o privilégio branco e a prerrogativa branca é quando você se desfruta desses privilégios da branquitude e nós temos dois tipos de branquitude que ela coloca a branquitude acrítica e a branquitude crítica a branquitude acrítica é aquela expressa por supremacista Branco Isto é aquelas pessoas que que acham que o branco tem superioridade a superioridade que prega a superioridade Branca já a branquitude crítica diz respeito às pessoas que condena publicamente o racismo e
que estaria disposto a abrir mão de seus privilégios combatendo o racismo estrutural que o sustenta ou seja uma pessoa que é branca que tem noção dos seus privilégios e que luta com as pessoas ao lado das pessoas eh negras para que esses eh para que essa situação seja superada então Aqui nós temos a branquitude crítica chegamos ao sexto item a sexta parte em que Cid Bento trata sobre o racismo institucional antes de falar sobre o racismo institucional eh propriamente dito ela demarca sobre o racismo eh a discriminação individual e a discriminação institucional a discriminação individual
é muito fácil Aquele branco eh os brancos terroristas como por exemplo que tem uma situação muito muito Evidente já na parte de discriminação institucional Ela traz como exemplo por exemplo a mortalidade de crianças negras por falta de habitação ou alimentação inadequada ou inexistente então nós vemos aqui o que pode ser uma discriminação individual de uma discriminação institucional então ela chega nas organiza para falar sobre as organizações e e a difícil inserção de negros e empresas e principalmente em posições de comando que aqui foi o estudo dela tanto do mestrado como do do doutorado ela faz
algumas reflexões sobre neutralidade e objetividade ela fala sobre lacuna que que é o marcador das relações de dominação e da branquitude enquanto uma consciência da usurpação que está na base da vivência do privilégio mas que não altera o posicionamento do usurpador que seria isso aqui ela deu um exemplo de que uma pessoa tá num cargo de liderança falando olha eu não posso ir para tal reunião porque é você que sabe das coisas então ele tem noção de que é aquela pessoa negra que sabe mas ela também não não não cede esse cargo de liderança ela
não deixa esse cargo de liderança para que outra pessoa então ela tem noção dos privilégios que ela possui mas ela também não altera esse o posicionamento de usurpador que é essa parte da lacuna moral que ela coloca já e na questão do racismo institucional ela fala que essa herança tem também sua dimensão simbólica fazendo com que o perfil daqueles que lideram aos organizações que é majoritariamente masculino e branco esteja sempre bem representado onde nos meios de comunicação isso é muito importante você lembra lá que a Peg em 88 falava sobre não ter representatividade no meio
nos meios de comunicação ou na TV aqui não eles sempre são muito bem representados e esses processos e mecanismo caracterizam o que chamamos de racismo institucional pois são ações em nível organizacional que independe da intenção de discriminar eh e acaba tendo Impacto diferencial e negativos em membros de um determinado grupo então muitas vezes aquela pessoa que tá ali ela fala mas eu não tenho a intenção de discriminar ninguém mas a estrutura da empresa já tá eh alicerçada de um modo que isso já acontece então aí nós temos a questão do racismo institucional e como nós
podemos reconhecer Então não é apenas com aquele atos de discriminação individual nós falamos do Branco terrorista que nós conseguimos verificar se uma instituição é racista ou não nós podemos identificar através de taxas de números de profissionais de prestadores de serviço liderança em parceiros com perfil monolítico em que não se vê a diversidade então se nós observarmos os dados se observarmos os números nós vamos saber reconhecer se realmente tem ali uma diversidade nessa empresa nas escolas por exemplo professoras e gestoras brancas se a escola tem eh brinquedos e livros didáticos que dialogam somente com a branquitude
ou dialogam também com as nossas raízes afro então aqui a gente também pode identificar em algumas alguns livros didático planos de aula projeto político pedag lógico se tá contemplada eh e na organização da instituição ao longo da história que se constitui a estrutura racista é na escolha exclusiva de perspectivas teóricas e metodológicas eurocêntricas que se manifesta a branquitude em universidades por exemplo como é como é dada a bibliografia você tem Você estuda somente autores brancos e europeus Ou você tem outros autores também nesse referencial teórico E metodológico então são algumas pistas que ela dá para
reconhecer o racismo institucional no item sete A autora vai jogar luzes para o caso das mulheres tá E aí ela já inicia falando que o universo das trabalhadoras domésticas é o que mais concentra mulheres negras no Brasil e que infelizmente essas mulheres acabam muitas vezes ela elas acabam recebendo tratamento muito similar ao que as suas ancestrais escravizadas receberam e aí ela coloca ela faz uma traz a música do Gilberto Gil A Mão da Limpeza para poder falar sobre eh que essa Mão da Limpeza ela é fundamental para que a sociedade continue funcionando e marca a
trajetória de muitas famílias negras mas que eh esse não é um lugar social e aí ela coloca com com dados que 68 por das mulheres que estão no processo de limpeza são mulheres negras tá ao contrário do que eh mulheres negra ocupam em cargos de executivo ou seja só 0 4% de mulheres que ocupam cargos eh de liderança em grande instituições percebam a discrepância né e eh muitas vezes esse lugar de na relação com a trabalhadora doméstica a a a branquitude ela se coloca né como um lugar diferenciado e de fruto de Privilégio muitas vezes
ela parece sem nenhum tipo de disfarce como a gente observou na fala do então ministro da época de 2020 que ele falou que estava uma festa danada que empregadas domésticas estavam indo para a Disneylândia essa foi uma fala do ministro da economia então em 2020 o Guedes de bolsonaro né e e a gente percebe que somente em 2015 quando a gente vai falar e ainda também que houve uma grande resistência pra PEC das empregadas domésticas que foi uma legislação que equiparou os direitos das empregadas domésticas aos demais trabalhadores então que também teve resistência então a
gente percebe aqui eh que isso muitas vezes é bem descarado eh tanto na fala de um ministro como na resistência para que as empregadas domésticas alcançassem direitos trabalhista dando a continuidade ela também vai trazer um pouco sobre o o feminismo negro e ela traz eh e aqui eu destaquei três grandes mulheres que ela cita que é a lélia Gonzales que iniciou as discussões sobre a mulher negra Nas questões referentes ao mercado de trabalho educação e saúde a Sueli Carneiro que ou a expressão enegrecendo o feminismo para discutir a emergência de um movimento com um olhar
feminista e antirracista e a de Jamila que relaciona o termo lugar de fala a quebra do silêncio para aqueles que foram historicamente subalternizado ou silenciado ela também ela esboça um pouco o o pacto do do Bem Viver né Di Na verdade o conceito de de Bem Viver ela trás que pleiteia relações mais respeitosa com a natureza e mais solidárias justas e cooperativa entre os diferentes grupos que compõem a a a sociedade eh só assim será possível criar condições para estancar a violência que vem crescendo e se alastrando pelo nosso país Então ela também traz esse
conceito de Bem Viver que é um conceito que dialoga com o conceito que mulheres negras feministas negras também eh elas estudam e elas colocam nas suas ã em suas literaturas para falar sobre os desafios enfrentados A autora traz o protagonismo do sert que é o centro de estudo das relações de trabalho e desigualdade no oitavo item o sert ela inicia falando sobre as formações que eles eh ofertavam eh formações junto com o movimento sindical e geralmente a realiza eles faziam algumas dinâmicas de grupo para discutir as desigualdades raciais brasileiras E numa dessas dinâmica eles costumavam
perguntar paraas pessoas o que significa ser uma pessoa negra ou branca no Brasil as pessoas negras geralmente Falavam sobre a diferença no tratamento que a sociedade ã lhe colocavam lhe dispensavam já as pessoas brancas fal falavam frases do tipo ah Ser branco significa ser uma pessoa como outra qualquer significa ser humano Então você percebe aqui que pelas respostas a gente era possível perceber que que as brancas elas não se pensavam enquanto Branca mas como um ser humano Universal né que era esse ser Universal então Eh e infelizmente durante muito tempo uma parcela expressiva da esquerda
brasileira né presente em movimentos sindicais eh passou muito tempo sem debater as Relações raciais no país né E essa omissão ainda se perdurou durante muito tempo principalmente na metade do do século passado mas ainda assim eh passado esse esse momento tem-se a importância do movimento sindical para pautar o debate racial falando ainda do do movimentação do CT o CT também ajudou em algumas denúncias junto com as centrais sindicais com a Cut com outros movimentos sociais a denunciar o Brasil eh em Genebra que não estava cumprindo a convenção 111 da oit né que o Brasil é
signatário então é que é a Equidade na ocupação e no emprego o Cert então ele teve o Centro de Estudos ele tem um papel importante na luta também pelos dados né E essa ação ela acaba influenciando também porque por exemplo lá na marcha de 300 anos da imortalidade do zumbi foi entregue um um documento ao presidente da república que reivindicava políticas de igualdade racial né e tivemos algumas conquistas nesse período né e o uma das principais conquistas foi a inclusão do quesito raça barra Cor na na ris né que é a relação anual de informações
sociais e no no CAGED que é o cadastro Geral de Empregados e desempregados então esses dados são muito importantes para a gente pensar uma política racial nas instituições e nas questões do Pleno emprego aqui ela também resgata nessa parte nesse item a questão do mito da democracia porque eh na falácia né que o Brasil era um era um país né que havia democracia racial não aqui ninguém é racista aqui não existe isso isso já acabou né ah e parece que as oportunidades eram iguais para todas né e dessa forma h aqueles que não conseguiam êxito
eram incompetentes ou despreparados então Eh então um problema em si residiria na pessoa ou não nas instituições e não na sociedade e a gente já falou um pouco sobre eh a democracia racial né então a perspectiva da democracia racial ela foi muito confortável né falar que a pessoa ela não era preparada para isso porque ela acaba que inventa a sociedade branca da responsabilidade sobre a discriminação racial né eh e aí a culpa fica toda na na na população negra que ela não é preparada né então o mito da democracia racial ela foi muito foi eh
confortável para a a branquitude falando um pouco sobre a conferência da África do Sul n que foi a conferência Mundial de combate ao racismo discriminação racial xenofobia intolerância correlata que ocorreu em 2001 na África do Sul foi importante esse período porque o Brasil teve a maior delegação nessa conferência E essa conferência foi uma um Marco nessa conferência porque debateu ã as Reparações que a Europa deveria fazer aos países que ela colonizou mas como a gente já deu spoiler lá atrás a gente já falou que os países eurus simplesmente levantaram-se retiraram-se e não quiseram falar sobre
o tema mas ainda assim nessa conferência eh foi definido entre tantas outras eh situações essa conferência ela é um Marco que a obrigatoriedade da coleta do dado raça cor nos sistemas de informações públicos E privad então foi uma importante ganho lá da conferência mundial em 2001 na África do Sul Porque é importante a gente trazer esses dados a importância do quesito Race cor a importância dos dados né a gente precisa eh propiciar a realização de diagnóstico da Equidade dentro das instituições públicas ou privadas e é a partir dele que a gente vai elaborar plano de
ações que incida no ambiente de trabalho que vai tornar ele mais equin né o CT ele passou a ser uma referência no senso da Equidade né só que ela traz uma situação bem desagradável que aconteceu mas que ela fala que que sabe que teria resistência com no projeto BH que elas fizeram com as a as lideranças médicas elas viajaram de São Paulo para Belo Horizonte chegaram na sala eh que ia ser feita a reunião elas sentaram aguardaram simplesmente veio uma secretária fala olha os médicos já decidiram que eles vão continuar usando a categoria lá causa
eh caucasoide e negroide e que isso era o suficiente que não precisaria mais conversar com elas e eles não se deram nem o trabalho de falar com a SIDA e com uma outra eh psicóloga que tava com ela para fazer essa reunião de um projeto que tinha com as com o projeto de BH de para pensar em Equidade então elas ficaram bem pensativas com isso né para poder finalizar elas a a Sid Benta ela fala que não se tratava apenas da da inclusão do do item raça cor nos cadastros mas que as perspectivas conceituais metodológicas
e também econômicas e sociais das organizações poderiam ser alter com o aprofundamento da análise dos dados sobre Equidade na saúde então aqui Ela traz a importância dos dados e como Cert foi Pioneiro nesse senso da Equidade A autora trouxe a perspectiva histórica trouxe os desafios e agora Ela traz no capítulo 9 os projetos de transformação ela fala que a que conquistar a Equidade racial nas instituições é um pouco difícil porque até Poucos Anos Atrás era que tinha mais resistência de transformações porque ela não considerava a dimensão estrutural da desigualdade racial principalmente na questão da intersecção
do com o gênero né por isso que ela trouxe um item só para falar sobre o caso das mulheres e E aí ela ela chama atenção que políticas de diversidade em orações públicas ou privada que seja ou da sociedade civil não faz sentido quando aparece apenas como diferenças apenas como Ah é só visão de mundo diferente Ou só ideia diferente aparência né então uma ideia de diversidade que não eh que está desarticulada da desigualdade social tá então quando ela traz a questão eh da diversidade ela chama atenção para não correr o risco da relativização tá
a diversidade não pode servir para relativizar aí você pode eh pode escutar ou muitas pessoas podem falar assim ah todo mundo sofre algum tipo de discriminação Então vamos combater todas as formas disso hã bom eh a gente sabe que nós temos que diferenciar aquelas violências que está na base de um verdadeiro genocídio como que nós observamos cotidianamente referente a população negra todos sofrem mais eh quem ficou quase quatro século como vivenciando um período como pessoas escravizadas quem hoje é a pessoa as pessoas que mais morrem as pessoas que mais estão em cargos da mão que
a Mão da Limpeza então é importante olhar para esses dados para não cair nessa fal relativização e falar que todos sofrem não nós precisamos olhar eh essa questão estrutural que carrega junto com as relações eh raciais e que e que busca a Equidade racial nas instituições quando ela traz sobre a política de diversidade e equidad nas instituições eu quis trazer aqui uma citação direta também que de fato falar em políticas de diversidade e idades é abordar algo que vai além da variedade de aparências histórias e cultura trata--se de valores atribuídos aos diferentes grupos a sua
cultura e história gerando estigma preconceito racismo e discriminação ou seja estamos falando de julgamento de valor o diverso o diferente é definido a partir da comparação com quem com o branco que é considerado a referência que é considerado Universal tudo que se afasta dessa referência ou desse modelo padrão né pode ser considerado inapropriado E provoca exclusão e discriminação seja na educação no trabalho ou em outras esferas da vida ela também vai trazer a situação da mulher negra ou da questão da boa aparência que é utilizada para justificar muitas vezes a pessoa não acessar determinados ela
conta a história de uma garota de uma mulher né uma mulher negra qualificada né que tinha dificuldade de encontrar colocação eh profissional e um dos feedbacks que ela teve de entrevista eh o pessoal deu como feedback para ela falando que o perfil dela nas redes sociais era muito descolado o cabelo crespo dela era muito volumoso ela usava a roupa colorida e que o cabelo liso e roupas mais sóbrias poderiam ser mais apropriado e que iriam favorecer que ela encontrasse uma oportunidade qualificada de trabalho sim temos isso ainda hoje eh e aí essa em nome dessa
boa aparência eles querem colocar uma estética padrão que é a estética Ah o que é normal o cabelo liso a roupa sóbria né e a gente sabe a questão do cabelo da mulher negra como é importante e que permanecer com os seus cabelos naturais também é um ato de de resistência né então Eh muitas vezes precisa identificar esses sinais porque eles não aparecem como crimes como atos em si porque é crime né a a eh o racismo a discriminação são crimes então precisa ter ã um diagnóstico a gente precisa de dados e aqui a gente
a gente já falou a importância dos dados é importante a gente realizar diagnóstico que permitam analisar e comparar trajetórias ocupacionais a partir das Diferenças de cargos de salários de oportunidades de desenvolvimento de Promoção e mentoria quem é que acessa ã as promoções quem tá tendo mentoria então é fundamental elencar as ações afirmativas que estão emur nas empresas outra citação que eu quero trazer aqui eh que esse essa política ela deve observar ainda como a diversidade se reflete no quadro de fornecedores das das organizações Como se manifesta nos serviços e no produto que ela oferece e
na relação com o cliente e com a comunidade de entor a partir do diagnóstico se podem realizar debates sobre os resultados obtidos h de forma a construir um plano de ação com metas Passos concretos a serem atingidos e monitorados periodicamente pelas diferentes áreas de organização mais uma citação que eu quero trazer para vocês que são as situações que causam reações de autodefesa nas pessoas brancas em organização que estão utilizando ações afirmativas Você lembra que a gente falou um pouco que Normalmente quando vai ter ações afirmativas vem uma autodefesa de uma de uma parcela das pessoas
brancas então aqui ela coloca Ela traz algumas reações que isso pode causar tá dificuldade das pessoas brancas reconhecerem que o acesso a oportunidades e recursos é diferente para vários grupos raciais ou seja não querem questionar O Mito Da mérito OC racia se eu tô aqui é porque eu mereci tá então é também comum a gente se deparar com pessoas negras que em posições de liderança que desafia a autoridade branca e participar de atividade em que pessoas negras falam de racismo de maneira direta desnudando os códigos da branquitude isso causa incômodo também tá e serem racializadas
Já que as pessoas brancas se vê são vistas como os universais quando a gente trata a pessoa branca na Perspectiva racializada isso também causa incômodo porque não porque eles são padrão eles são universais isso é importante a gente colocar que ã também causa incômodo e esse processo para gerar essas mudanças exige que liderança que que gestores e todo quadro de trabalhadores sejam envolvidos em programas de treinamentos ã e e projetos que estão discutindo a desigualdade na na na sociedade brasileira é necessário lembrar também que resistências sempre vão surgir e alguma eh se apoiam naquela mesma
lógica Ah se a gente vai ter que flexibilizar o critério a gente vai ter que baixar a régua esse baixar a régua foi muito debatido nos vestibulares mas a gente já vários estudos já falaram que não não baixou a régua que as pessoas que entraram por cotas na Universidade ao final tem o mesmo desempenho dos não cotistas e principalmente também os prounistas e elas e ela traz a s damento Ela traz esse esses estudos no nos livros delas que esses argumentos foram derrubados então Eh aqui a gente precisa saber que vai ter resistência saber quais
são os argumentos e refutar com dados ã uma uma hoje o que tá o que tá muito em voga nas empresas eh é o sistema esg que que ele envolve fatores sociais ambientais e de governância que vem da sigla de inglês mas a A autora ela já fala sobre o senso de diversidade e Equidade muito antes do sgc modinha por aqui no seu último item a Sid Bento deixa para falar sobre o momento presente em que o livro foi escrito no item 10 o momento que foi escrito o livro em 2021 Foi um momento de
extrema polarização política no país hã nós passamos pelo governo bolsonaro e foi nesse momento que ela escrevi o livro então nós tivemos um esvaziamento dos órgãos públicos Ah Como por exemplo o total sucateamento do Ministério do Trabalho nós tivemos a PEC do fim do mundo com o congelamento dos gastos públicos que que essa PEC já vem desde do temer né mas que se perpetua o congelamento de gastos públicos com o bolsonaro nesse momento nós tivemos a pandemia né Que várias mortes poderiam ter sido evitadas e ela mostra que a questão da uberização só que a
uberização ela também acontece diferente para paraas diversas pessoas eh quem tem uma moto e quem tem uma bike para entregar as pessoas as pessoas que utiliz a bike como um meio de de Uber para transportar os uberizado 71 São negros Ou seja a grande maioria dos uberizado da bike são jovens negros que se restam apenas essa opção muitas vezes como solução de emprego para falar também sobre o pacto da o pacto narcis os pactos Narcisos e branquitude eh Ela traz isso como acordo ela reafirma ela fecha o livro reafirmando que ela entende como acordo acordos
tácitos né como pactos não verbalizados não formalizados pactos feitos para se manterem situações de Privilégio higienizados da usurpação que os constituiu e que se estruturam nas relações de dominação que podem ser de classe de gênero de raça e etnia e de identidade de gênero dentre outras nem todos os privilegiados se reconhecem como parte de um grupo que traz em sua história a expropriação de outros grupos e para finalizar trago aqui mais uma citação que os pactos narcísicos exigem a complicidade silenciosa do conjunto dos membros do grupo racial dominante E que sejam apagados e e esquecidos
os atos antih humanitários que seus antepassados praticavam devem reconstruir a história positivamente e assim usufruir da herança aumentar os ativos dela e transmitir para as próximas gerações As instituições são constituidoras regulamentadoras e transmissoras desses pactos que em sua essência são coletivos os movimentos sociais igualmente marcados pela coletividade são ameaçadores pois os identificam denunciam e exigem reparação vocês percebam que nós falamos bastante por aqui da reparação histórica e o quanto isso eh ameaça essa o privilégios brancos também eh ameaça O Privilégio e ameaça a o estatus e pra gente falar sobre para poder finalizar mesmo ela
fala sobre brancos antirracistas e que é preciso paltar o debate e que dessa forma o debate sobre ess igualdade se encontra cada vez mais visível gerando indignação em segmentos que não se manifestavam como os brancos antes racista e que hoje se perguntam o que podemos fazer para destruir esse sistema tão desigual e perverso Qual é o nosso lugar de brancos e brancas antirracistas é para dialogar um pouco mais com esse debate de brancos e brancas antirracista a A autora ela tem um último item que é o epílogo no epílogo ela fala sobre exercitando a mudança
vidas negras importam que quando ela fala que vidas negras importa a gente não tá querendo dizer que outras vidas não importa Parece que só a vida da negra importa não todas as vidas importam mas apenas indica que a conversa precisa focalizar essa essa situação particular tratando das injustiças e desigualdade que os negros sofreram e sofrem ao longo dos séculos por fim é importante destacar que a Equidade ela encontra-se no território da construção de organizaç melhores para trabalhar de mundos melhores para viver de ambientes mais Democráticos e justos mas para que isso aconteça a gente precisa
reconhecer ao mesmo tempo o outro e o que somos aprender nossos lugares recíprocos situar os nossos papéis identificar na estrutura de nossas organizações os elementos que fomentam a supremacia e a história que gerou ônus para um um e bônus para outros e seguir realizando as mudanças institucionais imprescindíveis Esse foi o livro o pacto da branquitude de Silva Bento uma leitura que nos convida a refletir que nos convida a pensar no outro não como uma perspectiva eurocentrada mas em uma perspectiva de pensar ações eu convido vocês a lerem O livro é que a gente quis fazer
uma síntese mas não ficou tão síntese assim porque todas as partes eram importantes principalmente para quem tá fazendo essa leitura para vestibular ou para concurso público tem conceitos que foram importante a gente trazer na íntegra e eu Convido você a se deliciar com essa leitura até mais
Related Videos
#98 - Cida Bento e o Pacto da Branquitude | PRETOTECA
32:40
#98 - Cida Bento e o Pacto da Branquitude ...
Rádio BandNews FM
8,091 views
Djamila Ribeiro explica o lugar de fala, racismo e representatividade | Lugar de Escuta #01
1:02:15
Djamila Ribeiro explica o lugar de fala, r...
Adriana Carranca
10,997 views
Café Filosófico | DIFERENÇA E PRIVILÉGIO: ANATOMIA DE UM DEBATE - Leandro Karnal e Djamila Ribeiro
51:47
Café Filosófico | DIFERENÇA E PRIVILÉGIO: ...
Café Filosófico CPFL
32,726 views
Roda Viva | Cida Bento | 02/05/2022
1:34:18
Roda Viva | Cida Bento | 02/05/2022
Roda Viva
54,123 views
Lançamento do Caderno Iyaleta Vol. 6 - Semiárido em Perspectiva de Gênero
1:44:31
Lançamento do Caderno Iyaleta Vol. 6 - Sem...
Iyaleta - Pesquisa, Ciências e Humanidades
176 views
AP.02 - Psicologia é Ciência? Com Felipe Novaes
1:35:59
AP.02 - Psicologia é Ciência? Com Felipe N...
Tapa da Mão Invisível
896 views
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE RACISMO - AULA COM SILVIO ALMEIDA!
49:04
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE RACISM...
Gabriela Prioli
412,311 views
Passou em Medicina na USP Estudando e Trabalhando | Joyce Marinho
46:21
Passou em Medicina na USP Estudando e Trab...
Podcast Resumov com Susane Ribeiro
31,728 views
NAÇÃO DOPAMINA, de ANNA LEMBKE (#79)
13:14
NAÇÃO DOPAMINA, de ANNA LEMBKE (#79)
Quem Lê Ganha Mais
5,232 views
Currículo da Cidade Educação Antirracista - Orientações Pedagógicas povos afro-brasileiros.
59:27
Currículo da Cidade Educação Antirracista ...
Professor Fabio Inacio
26,388 views
Lilia Moritz Schwarcz com Reinaldo e Walfrido: A branquitude, a negritude e o racismo. Episódio 63
1:52:14
Lilia Moritz Schwarcz com Reinaldo e Walfr...
Reinaldo Azevedo
106,601 views
Café Filosófico | Somos a nossa diversidade - Cida Bento | 04/12/2022
49:10
Café Filosófico | Somos a nossa diversidad...
Café Filosófico CPFL
10,363 views
Você já ouviu falar em PACTO DE BRANQUITUDE? | Pensando Alto
12:25
Você já ouviu falar em PACTO DE BRANQUITUD...
ADJUNIOR
10,748 views
Djamila Ribeiro: direção, envelhecimento, racismo, términos e maternidade | Bom Dia, Obvious #205
56:06
Djamila Ribeiro: direção, envelhecimento, ...
Obvious
37,887 views
Marcio Atalla : O Brasil  é o país mais sedentário da América Latina. Bora mudar isto?
1:00:45
Marcio Atalla : O Brasil é o país mais se...
Leda Nagle
27,366 views
AUDIOBOOK O PACTO DA BRANQUITUDE - Introdução
12:16
AUDIOBOOK O PACTO DA BRANQUITUDE - Introdução
Pretinhosidade
2,927 views
Psicanálise e Racismo - Parte 1: a metapsicologia do sujeito negro
1:29:48
Psicanálise e Racismo - Parte 1: a metapsi...
Psiquiatria - EPM
4,556 views
RACISMO ESTRUTURAL NÃO EXISTE!
13:46
RACISMO ESTRUTURAL NÃO EXISTE!
Revista Valete
21,253 views
Simon Sinek & Trevor Noah on Friendship, Loneliness, Vulnerability, and More | Full Conversation
24:00
Simon Sinek & Trevor Noah on Friendship, L...
Simon Sinek
1,455,584 views
ÉDIPO NEGRO
23:32
ÉDIPO NEGRO
Tempero Drag
303,642 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com