Olá amigos! Estamos, aqui, para mais um episódio do nosso estudo do livro Gênesisde Moisés. No episódio anterior, nós comentávamos as consequências daquele plano estabelecido pela serpente para cada um dos envolvidos, inclusive, para ela mesma.
Eva, Adão, a própria serpente e em que resultou a adoção daquele plano oferecido e a rejeição do plano divino, que era um plano de progresso e evolução espiritual calcados, na orientação divina, no acompanhamento divino e, sobretudo, na presença divina. Por que o jardim de Éden - é bom que a gente recorde isto - ele é uma expressão da presença de Deus. Basta recordar que Deus passeava pelo jardim de Delícias, pelo jardim de Éden, na brisa da manhã, revelando com imagens típicas de um povo pastoril, o que poderia representar a máxima intimidade com o Criador.
Então, esta é a imagem do jardim de Éden e da situação vivida por eles quando adotam um plano diferente. Aqui, nós vamos precisar, mais do que nunca, buscar as luzes do Consolador prometido para compreender o texto. As mentes espirituais que elaboraram esse texto estão marcadas por uma experiência decisiva.
Isto é importante que a gente registre. Embora o povo hebreu. tenha vivido na Babilônia, na Síria, na Pérsia, no Egito e, depois adiante, na Grécia, em Roma, mas, sobretudo, a experiência a Síria, Babilônica, os zoroastrismo, todas essas tradições mitológicas e simbólicas de um passado muito antigo que a História escrita sequer registra uma parte considerável, é preciso que a gente volte àquela lição de Emmanuel no livro A Caminho da Luz para considerar que nós estamos falando de capelinos.
Quatro grupos fundamentais: um grupo hindu, um grupo ariano, um grupo egípcio e um grupo hebreu. Claro que Emmanuel faz essa divisão mostrando o resultado final em que se dividiu esse agrupamento: alguns milhões de Espíritos - diz Emmanuel - vindos de Capela. Ao longo de sua trajetória de milhares de anos na Terra, eles acabaram se agrupando em quatro grandes frentes.
Mas, é preciso considerar que nenhum desses grupos tem uma experiência exclusiva. Esses grupos são compostos de Espíritos que reencarnaram em diversos ambientes no orbe de Capela, passaram por inúmeras civilizações que nós sequer conhecemos no orbe de Capela. E, ao chegarem à Terra, antes de se agruparem nessas quatro vertentes, também experimentaram diversas posições geográficas, culturais, emigraram, E migraram, migraram… se deslocaram.
É importante que a gente considere isso, para que a gente consiga perceber um traço de unidade na narrativa desses grupos. Se nós examinarmos, por exemplo, a China milenária, os povos asiáticos propriamente ditos, que não se integram nesse grupamento de Capela, receberam influências. É claro que receberam capelinos em seu meio, muitos capelinos encarnaram lá, passaram por lá, tiveram posição de destaque, porque há uma solidariedade entre as comunidades humanas.
O mundo espiritual sempre atua para que essas comunidades estejam interligadas, para que elas se relacionem. Mas a China milenar tem características que não são desse grupo aqui. Quando nós examinamos a história do povo assírio, do povo persa, do povo babilônico, do povo do Egito, da Índia, somamos tudo isto e vamos perceber primeiro: identidade de linguagem.
Uma língua mãe que originou, por exemplo, o sânscrito de onde saíram quase todas as línguas que nós conhecemos dessas civilizações, com exceção das línguas asiáticas. Essa língua comum já revela um pouco sobre o modo de pensar, sobre a maneira como eles estruturam o pensamento. Mas, o que nós queremos chamar a atenção, aqui, é para uma experiência espiritual vivida por esse grupo de Espíritos.
E a experiencia espiritual que vai ditar toda a cultura, toda a religião, toda a literatura, os monumentos, a arte e o modo de viver desses povos. Qual experiência é esta? A experiência do degredo.
Ter saído de um orbe, do sistema de Capela (Capela é um sol. Um sol binário, um conjunto de sóis) - Emmanuel não diz o nome do planeta um orbe que guardava semelhanças com a nossa Terra. Que tipo de semelhança?
Emmanuel também deixa na penumbra. Semelhanças estruturais? Corpos biológicos que lembram o nosso?
Semelhanças culturais? Então, isto significa que existem orbes, planetas que não guardam tanta afinidade com o nosso orbe? Sim, claro!
Pois que existem infinitos caminhos para a evolução, Porque que todos têm que seguir o padrão da Terra? Não ! Não!
Existe uma lei divina, existe um plano de unidade, mas dentro desse plano de unidade, infinitas possibilidades de variação. O primeiro ponto que chama a atenção é que esse orbe do sistema de Capela guardava uma afinidade com a Terra. Ora, mas quando esse orbe estava na transição planetária, a Terra era muito primitiva, as sociedades humanas, aqui, estavam próximas do homem das cavernas.
Então, que afinidade? Cultural não pode ser. Percebem?
Porque a Terra estava em um estágio muito aquém da tecnologia. Que tecnologia havia na Terra a não ser da pedra lascada e, talvez, do fogo? O homem, sequer, aprendera a agricultura e a pecuária.
Então, a gente vai apostando que essa afinidade é uma afinidade de ordem física, fluídica, Biológica, organismos similares. Mas, imaginem um Espírito que sai, hoje, ou nem hoje, que sai daqui trinta anos. Imaginem a Terra daqui a trinta anos: o que será a evolução tecnológica do Planeta Terra daqui trinta anos?
Trinta. Imaginemos que, daqui trinta anos, se consolide o degredo. As pessoas imaginam Que o degredo… No degredo tem que se transportar esses Espíritos por distâncias descomunais.
O degredo é um processo delicado Começa um planejamento, mas para que ele se concretize, você tem que reunir todos e transportá-los. Digamos que o degredo terreno, que não ocorreu ainda, haja vista os atentados nas grandes capitais, os grupos extremistas, porque são esses grupamentos de seres os fortíssimos candidatos a serem retirados do orbe: Espíritos que, ainda, se agarram com convicção, com dureza de coração ao fanatismo, à violência, ao terrorismo, à exploração das massas, são inteligências voltadas à violência - vai percebendo isto -, que fomentam a guerra, que fomentam o domínio e a exploração econômica, que fomentam o domínio e a exploração política, o fanatismo e o fundamentalismo religioso, o intelectualismo pervertido. Estes são os grupos que vão ser degredados.
Imaginem daqui a trinta anos, com uma alta tecnologia que teremos aqui, esses Espíritos saem daqui, com todo esse conforto de meios de transporte, de tecnologia, de automação e começam a encarnar em corpos de comunidades que vivem, ainda, na idade da pedra. Imaginem a marca psíquica que será gravada nesses Espíritos! Qual a marca psíquica?
Você tem, aqui, corpos já aperfeiçoados, hábito sofisticado de vida e você começa a viver nas cavernas, ficar encarnados em corpos brutos, Embrutecidos. Que experiência é esta? É uma experiência marcante, uma experiência profundamente marcante.
Essa experiência do degredo ela vai deixar rastros em toda a cultura, sobretudo, religião e literatura. Então, é preciso que a gente leia o relato do capítulo três, que é a perda do jardim de Éden, a expulsão do paraíso como um eco literário, uma evocação. Não é que isto esteja descrevendo o degredo - não sejamos tão ingênuos!
-, porque se isto fosse uma descrição do degredo, você teria que admitir que há três mil anos atrás, quatro mil anos atrás, quem escreveu isto tinha memória perfeita do que aconteceu no degredo- e não tinha! -, porque nós encarnamos sob um processo de esquecimento. Você tem sentimentos, Impressões, vagas lembranças, não uma memória perfeita.
Isto, aqui, não é uma descrição detalhada de um processo de degredo. Mas é a descrição do sentimento de um degredado. O que sente um degredado?
Qual é a experiência psicológica, afetiva, emocional de um degredado? Como que ele passa a enxergar a vida, qual é a lente que ele utiliza, agora, para ver o mundo? Nós observamos e aqueles que são da área da psicologia, da psicoterapia, podem dizer isto com mais segurança, com mais profundidade: quando alguém vive uma experiência muito traumática de uma separação afetiva, da perda de um ente querido ou de um acidente de alguma inabilitação física, é um grande trauma e isto como que separa a vida da pessoa em duas fases: antes do trauma e depois do trauma.
Então, depois do trauma, ele tende a ver a vida por essas lentes, pelas lentes da experiência traumática. Então aqui, o degredado enxerga o mundo, verá a vida e o mundo a partir dessas lentes. Embora ele não consiga detalhar, embora ele não consiga descrever em minúcias, ele sente Ele sente que perdeu.
Perdeu o quê? Uma situação invejosa de conforto, de estabilidade afetiva, de tecnologia, de facilidades e veio parar em um mundo absolutamente carente de tecnologia, carente de recursos, um mundo que mais se assemelha a uma selva a ser educada, uma selva a ser civilizada, hábitos primitivos. Mas, entendamos isto: tudo isso em sintonia Em sintonia com o seu estado emocional-espiritual, porque aquele Espírito capaz de, hoje, ir a Londres em uma grande ponte e, ao invés de ler um livro, apreciar a paisagem, encontrar com amigos, ele é capaz de munir-se de bombas para matar e para explodir, ele está em sintonia com o quê?
Está em sintonia com os habitantes dessa metrópole? Não está! O coração dele gravita em torno do primitivo.
Embora, intelectualmente, ele esteja acostumado ao conforto, Esteja acostumado às facilidades da vida civilizada, emocionalmente, ele está em sintonia com o que é primitivo. Então, o degredo não é uma punição. O degredo tem uma dupla função: primeiro proteger o orbe que está progredindo porque um orbe não pode ficar a mercê de um grupo que não quer progredir.
O progresso dos mundos é lei da natureza, os mundos vão progredir. A pergunta é: você quer estar em um mundo que está progredindo? É uma lei.
No Universo há parâmetros, há leis que expressam a vontade do Criador e a vontade do Criador é que os seres e as coisas progridem porque Ele cria coisas e seres perfectíveis que se aperfeiçoam ao longo do tempo. Então, a obra divina está em constante processo de aperfeiçoamento, é a lei de evolução. Então, os orbes vão seguir uma criatura não pode impedir ou um grupo de Espíritos não podem impedir a marcha evolutiva de um globo, de um orbe.
Mas, tem uma outra função o degredo:. adequar a escola ao aluno. Se eu ainda tenho necessidades de experiências primitivas, esse Espírito será conduzido a um ambiente onde ele possa dar vazão a esse emocional primitivo.
Lá ele vai poder ser primitivo, Primitivo, porque não haverá sociedades organizadas, não haverá leis e ele vai poder fazer de tudo. Acontece que lá, ele conviverá, estará em contato com seres primitivos. Daí, ele vai sentir, porque ele vai ver em todos aquilo que está nele.
A convivência com os Espíritos realmente primitivos será um espelho para que ele consiga enxergar dentro dele. a primitividade dentro dele. Então, a gente percebe pelo relato da perda do Paraíso que é um relato de saudade, de nostalgia, de angústia.
Perdeu! E, vai falar de uma Terra que produz espinho, vai falar de conquistar o pão com o suor. Imaginem, vamos pensar, assim, simples: não tem mais a padaria que você vai lá e compra o pão, não tem mais o supermercado que você vai lá e pega um quilo de feijão.
Não vai haver isto! O lugar que você senta e serve um café, porque o homem bomba que vai em Londres explode e mata pessoas, ele entra e até toma um café expresso. É engraçado, não é?
Ele se comporta como um primitivo, mas ele usufrui de tudo o que a civilização já conquistou. É justo isto? É justo?
Não é justo! Isto não é justo. Então, se eu tenho um comportamento primitivo, eu preciso ser conduzido a um ambiente primitivo em sintonia, em adequação com o que o tenho por dentro.
Para quê? Para que eu consiga fazer a catarse, o meu processo de purificação psicológico, espiritual. aí, quando eu fizer a catarse, quando eu cansar, quando eu estiver esgotado desse sentimento primitivo, eu começo a despertar valores mais sutis,começo a despertar o principal valor que é qual?
Gratidão. No Espírito exilado, o primeiro sentimento que ele vai desenvolver é o de gratidão ao que ele tinha, valorização daquilo que ele perdeu e, daí, o que se perde é visto como um Paraíso em comparação com o que se tem. Então nós podemos, hoje, colocar inúmeros defeitos no nosso planeta, mas vai para um primitivo, vai habitar um mundo primitivo.
. . aí, nós vamos começar a valorizar.
com todas as dificuldades, com todos os problemas Políticos, econômicos, de justiça, mas. . .
habita em um mundo primitivo. Não é? aí, nós vamos sentir e, aí, muda a lente.
Você começa a ver aquele mundo em que você colocava defeito, em que você não valorizava como um Paraíso, como um Éden em comparação ao local em que se vive. Então, se a gente não entende este aspecto, aqui, talvez a nossa leitura desses textos seja ingênua, porque esses textos eles foram motivados por um sentimento interior que nem quem escreveu sabia explicar. Ele era movido por lembranças, sonhos, saudades, nostalgias, uma memória que nem os autores, os escritores conseguiam definir.
Mas, hoje, com a informação espiritual que nós temos, Nós sabemos o que é. Eles eram exilados com saudade de casa Exilados com saudade de casa e todas as civilizações produziram mitos, histórias de um exílio, da perda, toda a literatura grega, a própria, Ilíada ou a Odisseia, melhor dizendo a Odisseia é a grande história de alguém que sai de casa e, depois, anseia o regressar ao lar. Isto está presente na mentalidade dos capelinos.
E, o que é bonito nisto aqui? Como é a misericórdia quem dirige o Universo, o Criador nunca faz atuar apenas a lei de ação e reação sem que o amor e a misericórdia estejam envolvidos no processo. Na verdade, nós podemos entender que a Justiça, estritamente falando, é um instrumento do amor, que é a Justiça em sentido amplo.
Então o capelino que vem, Ele passa por esse processo de perda do lar, de exílio. Mas ele, agora, prestará uma grande contribuição aos seus irmãos de evolução que estão mais atrás do que ele, porque são mais primitivos e ele vai prestar um grande concurso e vai ensinar o que sabe. É bonito isto porque?
porque o amor cobre a multidão de pecados. O capelino resgata não apenas com o degredo, com a ação e reação, mas também pelo trabalho de apoio aos seres primitivos, numa caridade, num auxílio. Este auxílio vai contar como amor, vai contar como bondade e isto vai enriquecer o patrimônio do capelino de elementos que possibilitarão que ele possa regressar ao seu orbe, ao ambiente de origem.
Então aqui, a gente percebe na leitura aqui No capítulo 3 versículos 14 até o versículo 19 as consequências que descrevem o que é um mundo primitivo, o que é um mundo extremamente físico: o parto doloroso, a alimentação, o trabalho rude, uma terra que dá espinhos e como que, agora, nessa transição nós estamos saindo de um mundo grosseiro, começando a nos encaminhar para os portais do mundo de regeneração, para a entrada, para os pórticos do mundo de regeneração, começando a nos ingressar lá e o mundo de regeneração implementado, Mundo de regeneração estabelecido, é um mundo em que várias agruras físicas, limitações físicas vão sendo solucionadas pela inteligência, pelos recursos, pela própria evolução. Então o nosso organismo vai mudando, nosso organismo físico, a tecnologia vai avançando assombrosamente e aquelas limitações vão deixar de existir. Nós podemos observar isto hoje: limitações de comunicação estão deixando de existir e se nós examinarmos daqui trinta anos, como será a comunicação pela internet, as tecnologias decomunicação daqui a trinta anos?
Não tem como prever. Não é Thiago? Pra chegar num limite, né?
exatamente E como outras coisas, né? Não só a capacidade de você colocar chips, de colocar transistor em um chip, mas também a nossa capacidade de produzir combustível fóssil e queimar. Então, o problema da energia, o problema da tecnologia estamos chegando em um limite.
Daí, você percebe que chegado nesse limite, para transpor esse limite, precisa de uma revolução moral, de uma transformação moral e, é aí, que surge o degredo onde é alijado do orbe todos os milhões de Espíritos que estão impedindo a marcha do progresso, então, Espíritos que estão na área econômica, na área política, na área religiosa, na área das Ciências, em todas as áreas. Quando eles saem, há uma… E também uma encarnação em massa de Espíritos avançados, muito avançados (isto está lá na Revista Espírita - março de 1868, Kardec tem um artigo lá fantástico sobre isto. eu aconselho a leitura.
Março de 1868) Então, há uma encarnação em massa desses Espíritos E aí o que que acontece? aí você muda o paradigma. Nós vamos entrar em uma outra tecnologia de energia, de informação, de computação, de tudo, de tudo!
E, daí, o que vai virar o orbe? Algo que … Assim, nós não temos condição de imaginar Nós não temos condição de imaginar o que vai se tornar: transporte, comunicação, medicina. medicina Imagina!
Na hora em que se descobrir o Espírito, os centros de força, como que trata: imaginem! Daí, falar de dor de parto, não vai. .
. começa a sair começa a sair dos horizontes das comunidades humanas, essas situações de dificuldades, a própria alimentação, o trabalho se altera, porque você não tem mais trabalho braçal, a tecnologia passa a eliminar o trabalho braçal até de levantar uma coisa. Daqui a um tempo isso vai ser uma coisa obsoleta, Levantar, transpor.
. . Não vai ter isso!
E, para o Espírito que vê a sua casa, o seu lar chegando nesse ponto e ele ter que sair, ver o seu lar chegando nesse patamar e ele ter que voltar para um mundo primitivo. . .
então, ele fica angustiado e essa nostalgia é positiva porque essa nostalgia no Espírito exilado Ela o leva a querer progredir, É ela que o estimula a voltar para casa. Ele quer voltar para casa e, mesmo no esforço dele mudar o mundo primitivo, incrementar para torná-lo mais próximo possível do que ele lembra, do que é a casa dele, Isso já é o que? já é uma valorização!
porque antes você estava aqui e não valorizava , agora,você está lá construindo algo que, aqui, já está pronto. Então, é - como tudo na lei divina - É de uma sabedoria, de uma beleza extraordinária. Nós não podemos perder de vista que nessa narrativa há um elemento psicológico espiritual por trás (nessa narrativa de Gênesis como na narrativa de todas as mitologias dos povos que nós conhecemos): a nostalgia do degredo.
Nostalgia do degredo. Isto, aqui, é capelino chorando de saudade. Chorando de saudade… E, como é que ele expressa o seu choro?
Aqui, no caso, com o texto do capítulo três do livro Gênesis. Isto, aqui, são lágrimas de quem perdeu o lar e, para que a gente tenha uma uma ideia de como é que fechou na memória espiritual do capelino esta experiência, está assim: depois que tudo aconteceu,né? "(.
. . ) ele produzirá para ti espinhos e cardos, e comerás a erva dos campos.
Com o suor de teu rosto comerás teu pão até que retornes ao solo, pois dele foste tirado. Pois tu és pó e ao pó tornarás. " Gen 3: 18-19.
A ideia da encarnação: você nasce, morre. Você encarna, desencarna. , Desencarnação.
Olha que interessante isto. E aí, "o homem chamou sua mulher 'Eva', por ser a mãe de todos os viventes. " aqui, tem um jogo porque o nome dela é 'chavah', que vem do verbo 'chayah', em hebraico, que é viver.
Então, a Eva é a vida, que dá a vida. "Senhor Deus fez para o homem e sua mulher túnicas de pele, e os vestiu. " Olha isto: túnicas de pele.
É bem simbólico! Pele de animal. Será que não é a experiência que eles sentiam de encarnar em corpos primitivos?
Porque o corpo não é uma túnica? "Depois disse o Senhor Deus:'Se o homem já é como um de nós, versado no bem e no mal, que agora ele não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma e viva para sempre! ' E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden para cultivar o solo de onde fora tirado.
" Olha só: 'cultivar o solo de onde fora tirado'. Olha que interessante isto: o homem sai do jardim de Éden e vai pro solo de onde ele foi tirado. Então, ele foi tirado de um solo que não estava no jardim.
Perceberam aqui? O que é o degredo? Você volta para o mundo primitivo de onde você saiu.
Você volta para cultivar um solo de onde você saiu. Olha a grande metáfora! Nós viemos de um mundo primitivo e o degredo volta para o mundo primitivo.
Isto é o degredo. "Ele baniu o homem e colocou, diante do jardim de Éden, os querubins - que são hierarquias. .
. celestes de anjos. Isso aqui vem da tradição dos babilônios, dos assírios, que é uma mitologia, que não é bem mitologia assim, as coisas tem uma razão de ser de seres com asas, seres alados.
Isto é interessante! A gente vê, por exemplo, Anik - a deusa da vitória - Anik… é uma mulher com asas e é curioso porque os anjos na Babilônia, na Grécia também, eram mulheres (a maioria são mulheres) e alados. Então, colocou lá os querubins - esses seres celestiais e a chama da espada fulgurante A chama da espada.
Vamos prestar a atenção aqui, porque tem muita gente que vê um querubim com a espada na mão. Não está falando de espada aqui Está falando. .
. Primeiro, que não tem mais de uma espada. Como é que a gente tem que ler o texto com atenção, não é?
Porque muita gente imagina os querubins cada um com uma espada não é isto que está falando aqui Está falando vários querubins, mas só tem uma espada e, mesmo assim, não tem a espada. A espada mesmo não está aqui. O que está aqui é ‘a chama da espada fulgurante’ para guardar o caminho da árvore da vida.
Então, estão lá os querubins e a irradiação de uma espada fulgurante: é um símbolo profundo. E, olha que interessante: Emmanuel tem duas mensagens. Em uma, em uma, a mensagem se chama A Espada Simbólica.
Porque simbólica? Onde que tem símbolo de espada? O primeiro é aqui, final do capítulo três A primeira espada simbólica do texto bíblico é esta aqui.
Mas, ela não aparece, aparece só a chama dela. E ela é uma espada. .
. Essa espada fulgurante, que é uma espada luminosa, é uma e a chama dela está ali guardando o jardim de Éden, ou seja, para voltar ao jardim de Éden, precisa passar pela espada e pelos querubins. E aí o Emmanuel tem três mensagens que nós vamos ler, aqui, que são fantásticas.
Em uma delas, chama A Espada Simbólica, em que ele vai falar da paz e vai dizer que a cruz é a espada simbólica. Então, qual é a espada fulgurante que está, aqui, guardando o jardim de Éden? É a cruz.
Isso que Emmanuel vai afirmar. Em uma outra mensagem, que é no livro Fonte Viva, capítulo 114, Emmanuel vai dizer assim: "A cruz do Mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo. Recordemos, assim, que, sacrificando-se sobre uma espada simbólica, sacrificando-se sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a bênção da paz, com felicidade e renovação.
" Profundo, hein? Por que que ele está 'sobre uma espada simbólica', comparando a cruz a uma espada simbólica? É esta espada, aqui, fulgurante que está diante do jardim de Éden, controlando a entrada.
É a mesma coisa que dizer: a cruz é o caminho da redenção. É a mesma coisa! A cruz é o caminho da redenção, tem que passar pela cruz.
Mas, há uma mensagem de Emmanuel, onde ele é mais explícito e vai fundo mesmo. Chama-se Perante o Divino Mestre, Perante o divino mestre é um comentário Vou pegar aqui. .
. qual capítulo que está ? está no livro Perante Jesus, da Editora Ideal, Capítulo 7 e na Revista Reformador de dezembro de 1968, pág.
267. Perante o divino Mestre, então. Ele está comentando Mateus 23 27 que diz assim: "E disse, no entanto: 'Que mal Ele fez' Eles gritavam ainda mais dizendo: 'Seja crucificado!
'". Daí, Emmanuel comenta, Perante o divino mestre, "Jesus Cristo! Condenado sem culpa, vencido e vencedor.
Profundamente amado, violentamente combatido! De todos os títulos, preferiu o de Mestre, conquanto devesse, nas Provas Supremas, reconhecer-se abandonado pelos discípulos. De todas as profissões praticou, um dia, a de carpinteiro, ciente de que não teria para a ministração de seus apelos e ensinamentos nem culminâncias de poder terrestre e nem galerias de ouro, mas, sim, pobres barcos talhados com a enxó e a golpes de formão.
Soberano da Eternidade, permitiu se lhe aplicassem a coroa de espinhos, deixando-se alçar num sólio constituído de dois lenhos justapostos, em dois traços distintos. Ele que se declarou enfeixando o Caminho, a Verdade e a Vida, deu-se na Extrema Renúncia, em penhor de semelhante revelação. suspenso nas horas derradeiras, sobre o traço vertical que simbolizava a Fé, a erigir-se em Caminho para o Céu e sobre o traço - Traço vertical, né, que é a fé - A erigir-se em caminho para o céu, E sobre o traço horizontal, que exprimia o Amor, alimentando a Vida, na direção de todas as criaturas, como a dizer-nos que Ele era, na Cruz, a Verdade torturada e silenciosa, entre a Fé e o Amor, a sustentar-se claramente erguida para a Justiça Divina, batida e supliciada pelos homens, mas de braços abertos.
" É maravilhoso! É um poema do Emmanuel. No traço vertical a fé, no traço horizontal a vida, Ele, a verdade silenciosa e torturada, mas deixando-nos a mensagem de que entre a fé - que é o vertical - e o amor - que é o horizontal -, a cruz se sustenta erguida para a Justiça Divina, por que ela foi batida pelos homens, mas está de braços abertos.
É a espada fulgurante, cujas chamas, protegem a entrada no jardim, ou seja, não tem regresso do degredo, não tem volta da Odisseia, não tem redenção espiritual sem passar pela cruz soberana do Cristo. É a cruz do Cristo, aqui, simbolizando mais uma vez - já tinha lá na mulher com a sua semente que venceria a serpente - e está, novamente, aparecendo aqui na cruz. Você vê que é o texto evocando a figura do Messias, que representaria a redenção.
É uma mensagem belíssima para gente guardar. Até o próximo episódio.