Olá sejam bem-vindos ao episódio 169 e o resto da história com os compadres Rui Ramos e João Miguel Tavares o episódio que gravamos há um mês sobre a independência do Brasil teve grande sucesso e muitas palavras de incentivo que chegaram do outro lado do Atlântico onde este programa também é ouvido o que é muito agradecemos e como conversa Puxa conversa esse episódio de Eu também origem a várias outras perguntas sobre o Brasil como ainda por cima este de mim tivemos as eleições presidenciais brasileiros achamos que este timing perfeito não é para regressar ao lado debaixo
do Equador e tentar responder algumas das perguntas que os nossos ouvintes nos enviaram já conhece o mel história arroba ou observador.t há uma dessas perguntas já agora sobre a guerra de Canudos no final do século 19 que nos foi colocada pelo João Batista Pará e que não vai ser respondida hoje já que o tema fica Prometida não é o tema é longe é faxinante e também deu origem a grandes livros é e acho que eu comprei quase todo o programa Portanto o tema da Guerra de Canudos fica prometido para um dia destes OK tá temos
a tua palavra que também não temos sim muito bem eh para hoje começamos com uma pergunta bem curiosa do José bonito diz assim sempre me fez confusão porque é que o Brasil autoclarar-se Independente se declarou um império e não um reino o Brasil independente também tinha vários reinos porque a designação de Império sabes responder a Isto foi Vamos tentar por coincidência Esse é o tema de um livro que mostrei aqui há uma semanas o livro do Rivaldo Cabral de Mel chama-se Um Imenso Portugal é uma coleção de ensaios um estranho aqui a parte de semanas
e as primeiras 50 páginas desse livro é precisamente Porque é que o Brasil é o império Ah porque é que em 1822 aquilo que era o reino do Brasil se torna o império do Brasil com o imperador o evolve Cabral de mel parte dessa questão mas depois o que interessa verdadeiramente é aquilo que ele explora até de uma maneira muito estranhamente interessante é aquilo que eles chama anti visões imperiais Isto é apressação que já existiria antes de 1822 e muitos anos de 1822 portanto antes da independência do Brasil era de que o Brasil podia ser
um império essas antevisões imperiais é aquilo que o interesse e o que é que o que é que o Evaldo Cabral de mel nota ele nota que basicamente que a ideia de que o Brasil poderia ser um império tinha a ver com a sua enorme dimensão que numa fonte que ele cita é expressa Pela expressão largos domínios os largos domínios do Brasil extensão territorial do Brasil e a ideia também das riquezas dos recursos naturais do Brasil e essa é uma ideia importante porquê Porque o Império no séculos 16 17 18 está associado não apenas a
um poder sobre unidades territoriais diversas portanto sobre por exemplo reinos como ao nosso ouvinte refere está associada a isso portanto uma uma um poder sobre outros poderes quase ou outros reinos quer dizer um um soberano que é soberante Príncipes de outras entidades importantes mas também uma outra coisa que é muito relevante neste caso que é a autossuficiência a ideia de que de uma entidade que pela sua vestidão se basta a si própria e autônoma portanto um império é um estado que se basta a si próprio porque contém contém Si tudo aquilo que é necessário para
ser independente para ser totalmente independente análise podia fechar fronteiras e tudo quanto é um mundo e há um mundo dentro do mundo esta ideia de Império estar associar também está Aliás o império e tal está muito associado na mesma idade média é este Total sobre ania total no sentido político mas também nesta sentido de não precisamos dos outros não Isto é basta se si próprio é um poder autossuficiente Ora bem desde o século 16 e isto é o que interessa ou é válvical portanto desde o início da colonização portuguesa do Brasil que o Evaldo Cabral
descobre com a ideia de que o Brasil poderia ser a base de um império deste mundo separado e essa ideia orienta a reflexão que ele descobre nestes textos por exemplo sobre os recursos naturais do Brasil e sobre o a exploração desses recursos sobre o tipo de agricultura que podia existir no Brasil sobre o tipo de indústria que o Brasil poderia sustentar a partir dos seus recursos ah em ter minérios essa essa e ele percebe que desde o século 16 os autores autores portugueses que escrevem sobre esses aspetos da colonização do Brasil e sobre o Brasil
tem esta ideia subjacente a ideia de que isto provavelmente é um território que permitirá a Constituição da humanidade política que não dependerá de outras não pode defender não é apenas um território de monoculturas que poderiam não é nada terno subjugado a uma metr neste caso de Portugal mas uma possível cabeça do império a base do império que podia tornar-se E aí está o título do livro do Evaldo Cabral de Melo um imenso Portugal Isto é por contraste com o Portugal europeu que é Pequenino Portanto o Brasil pode libertar Portugal da sua pequenina pequenice europeia e
se constituir este imenso Portugal este Portugal autónon este Portugal pode ser uma força Mundial como nunca poderá ser o Portugal que está na Europa sujeito à influência das outras grandes potências europeias as Espanha a França a Inglaterra que constantemente influenciam limitam determinam a política Portuguesa no Brasil Portugal pode se libertar disso tudo portanto dessa sua pequenininhas europeia e dessas suas limitações europeias e tornasse este Grande Portugal este Portugal Império quando se calhar foi de Janeiro esse sentimento ainda foi amplificada Isto é no princípio o século XIX quando acordo está de Lisboa passa para o Rio
de Janeiro com os invasões francesas a ideia de que Portugal pode ser a base de uma monarquia Portuguesa que finalmente pudesse libertar-se da influência das outras potências europeias que pudesse até e é uma comparação muito curiosa tornaste uma espécie de Império da China Isto é este este é esta China que é vista no fim do século 19 como este mundo autossuficiente à parte Isto é que não é influenciado do exterior que vive sobre si próprio quer dizer que os seus costumes Como a cultura suficiente como a economia ou tal suficiente impermeável às pressões externas Isto
é entra e sai quem o Imperador e os seus mandamentos esta ideia de repente pode haver uma China portuguesa ali na América quer dizer que poderia ser mas isso era mesmo China também com a ideia de que para completar há um problema ali no no Brasil que é a população que eles pensam que é suficiente como a do império chinês E tu também aparece a ideia de que poderem talvez importar a população das China portanto literalmente aquilo tornaste mesmo aí mais do que do que um um sentido e isto é expresso no entanto antes de
1822 pela elevação do Brasil não é Império mas arranho em a partir de 1815 torna-se um reino o reino do Brasil que faz parte do Reino Unido de Portugal do Brasil algarves agora como é que em 1822 quando se separa de Portugal de repente se torna um império ah convencer da sua própria Independência e portanto eu Vamos admitir que o Evaldo Cabral de mel tem razão nesta espécie de antevisão Imperial desenvolvido ao longo da história da colonização portuguesa do Brasil desde o século 16 Isto é divisão do império a antevisão do império possa ter influência
em 1822 na escolha dessa enfim na definição do novo estado independente como o império mas parece-me que há outras razões Talvez ele por acaso diria mais relevantes em 1822 para a opção pelo Império invés da opção do reino do Brasil de repente o Brasil ter se tornado uma um reino em vez de se tornar um império e a mais importante razão parece-me ser esta em 1822 o príncipe Dom Pedro que está o príncipe herdeiro da da coroa portuguesa que está no Brasil como reagente governador do Brasil e que protagoniza assume a liderança do processo de
separação do Brasil em relação a Portugal o príncipe Dom Pedro pode contar com alguma fidelidade dinástica no Brasil Isto é brasileiros que continuam a vê-lo com uma autoridade legítima como antiga representante da família real como representa da antiga família real portuguesa portanto pode contar com isso enquanto filho do Rei Dom João VI eh passar a voltar contra as cortes constituintes em Lisboa e acordos constituinte em Lisboa que estão a limitar o poder Dom João VI ao mesmo tempo que estão a tentar do ponto de vista dos do da população do Brasil Digamos que despromover o
Brasil da sua da autonomia da importância que tinha tido enquanto a corte a a lá estiver falamos aqui disso mas portanto podemos dizer que o príncipe Dom Pedro pode contar com esse com essa Boa Vontade digamos assim mas há uma parte dos ativistas políticos da elite brasileira que querem a separação e querem Independence e cuja principal inspiração é nitidamente a republicana a ideia de uma república que os animais não é apenas a independência mas a independência enquanto República E isso tem uma explicação não muito complicada independências das Américas estão a ser consumadas sobre a forma
de repúblicas certo os Estados Unidos no fim do século ah 18 ou a nossa Independentes da grã-bretanha enquanto república e as colônias espanholas a América Espanhola do México até a Argentina também está adicionar independente ou tendência o que está a ver volta de 1820 21 é a Constituição da repúblicas como presidentes enfim ou outras chefe de estado a republicanos e portanto As Américas estava a ficar de repúblicas parecem ser uma terra de repúblicas e nãoarquias esta é uma época em que a Europa se tornou mais um monárquica do que nunca depois do congresso de Viena
São os monarquias que são restauradas Ah e a Europa torna-se um conjunto de anarquista como nunca tinha sido até então na Idade Média tinha vida imensas repúblicas e na época Moderno agora só resta a Suíça a Confederação Suíça o resto são tudo anarquias e por contraste As Américas são se tornar uma terra de repúblicas novas repúblicas agora o Brasil vai ser uma monarquia portanto é uma exceção na América e é preciso portanto que essa monarquia tenha e esta é a minha não tem alguma ligação com estas repúblicas já não seja uma monarquia que pareça prolongar
na América as antigas monarquias da Europa tem que ser uma monarquia nova e um império está mais próximo disso e o império está mais próximo disso do que um reino por quê Porque o império é uma forma de governo monárquico portanto é uma forma de ver monárquico tal como um reino com um rei Mas é uma forma de governo monárquico que pode evoluir E que tinha evoluído na história em vários casos a partir de uma república e se tinha acontecido na Roma antiga que era uma república com um cenário e assembleias representativas e depois tinha
evoluído para um império quando Augusto Ah por volta do século primeiro antes de Cristo se torna aquilo que nós chamamos Imperador na época chama-lhe um príncipe num cenário isto é uma espécie de primos interpares o título de Imperador é sobretudo um título militar é uma espécie de título como Comandante eh portanto é um é um título também portanto Republicano no sentido em que na República havia imperadores chefes militares que eram aclamados pelas suas tropas devido às vitórias como imperadores e depois passa a ter um sentido ah político mas Portanto o império não é incompatível com
as instituições republicanas era essa a lição da Roma Antiga enfim a República Romana continua a aparentemente ainda sobre a forma de império e Augusto tem um grande cuidado em manter essas formas replicantes manter o Senado manter as eleições dos magistrados os cônsul os etc embora aquilo já se tenha tornar uma monarquia e ele de facto fosse um monarca de Roma mas não se intitula Rei e aquilo que os títulos que recebe são vários pai da Pátria príncipe do Senado Imperador Consul que vai sendo eleito etc Tribuna Plebe enfim Vai acumulando títulos mas portanto ah havia
esta tradição e esta Tradição essa tradição tinha se renovado na República francesa República francesa porque clamada envelhecer-se em 92 depois da revolução em França em 1689 a França passa a ser uma república e essa República tem este evolução Romana digamos assim começa a ter consolos no fim do século 18 em 1799 o primeiro conselho é Napoleão Bonaparte e Napoleão em determinado momento ao nosso monarca como Imperador Imperador dos Franceses torna-se sempre produtos francês mas mantém As instituições muitas das instituições da República demoníasenadas assembleias representativas essas coisas todas portanto não é um Rei antigo um rei
tradicional como era Dom João VI é um Imperador e Dom Pedro a Dom Pedro convém em 1822 numa América republicana e quanto em muitos republicanos entre a elite brasileiro simpatizantes com este modelo Republicano convém ao construir uma nova monarquia que essa monarquia não pareça por longo o porlongamento da antiga monarquia portuguesa Isto é que ele não apareça como um rei quando tinha sido Dom João VI apareça como Monark assim continuasse um marca mas como monarca de uma nova comunidade política do império que por sua vez enquanto nova comunidade Pública pode manter as instituições representativas de
um estado constitucional de tipo Republicano vai ter um Senado vai ter eleições vai ter uma assembleia verdade que algumas das monarquias da Europa também tem mas que ele marca a ideia de que não ele não é pura e simplesmente o filho de Dom João ou seja não tá a herdar o lugar do pai não está a ir dar o lugar do pai está a assumir o título de uma nova comunidade política é muito importante portanto isto isto marca como ele tendo se separado da do reino de Portugal não como um processo de decisão da Monarquia
e de repente ter constituído mas não com uma constituição do novo de um novo estado e acho que não é por acaso que as outras monarquia que existiu na América o Brasil não foi de facto a única há uma outra menor que na América do México portanto do México e o México é o quê também é um império é um império aliás duas vezes ao império entre 1821 e 1823 uma situação mais ou menos na poliódica um general que é o Agostinho e turbide é que enfim o herói da independência do México Primeiro eleito presidente
e depois aclamado Imperador a Clamar e Imperador e depois mais tarde em 18 em 1864 1867 Isso é uma história que não vamos contar aqui Ah o México volta a ser um império sobre direção do de um príncipe da família wisburgo marximiliano mas é um império nunca é um raio nunca é um império assim os dois Imperadores do acabaram os dois fuzilados curiosos curiosamente Hã agora há uma outra razão penso eu também para o Dom Pedro em 1822 preferir o o título imperial ele está a romper com as cores constituintes de Lisboa e esses é
que são o adversário dele em 1822 agora caso ele se tivesse intitulado raio eu disse aqui parecia que estava para alongar aqui na América mas parecia também uma outra coisa parecia que estava os urupar o bocado do pai Isto é parecia que estava a tomar o lugar do pai porque o pai é que era o Rei de Portugal errei também do Brasil do reino do Brasil Isto é se Dom Pedro se estivesse intitulado intitulado do Rei Aparecido nitidamente que a separação do brasileiro era um caso de usurpação aliás nas cortes em Lisboa já tratam Dom
Pedro como os usurpador já o acusam de ter os repado o lugar aqui mas isso ainda se tornaria mais Evidente se ele por acaso Se tivesse declarado Rei portanto o o império também é um título diferente que permita assinalar não apenas que é um narga de um país novo ah de um novo estado mas que não está a disputar a coroa ao pai visto tá a respeitar digamos o pai Aliás o pai depois em 1825 quando se reconhece a a a separação do Brasil de Dom João VI se torna-se também Imperador do Brasil quer dizer
assunto também ah o cargo Imperial para ele isto é Dom Pedro reconhece-o também como imperador do do Brasil portanto continua a ser rede de Portugal e Imperador do Brasil mas acho que também há era também importante para Dom Pedro dar esta nota de que não é ele não está por isso simplesmente a disputar o lugar do pai à cabeça dominar aqui a portuguesa está a fazer um estado ah diferente tá-se por à frente não está diferente e o título de Imperador e a natureza do império também é importante por isso muito bem o que há
não perguntava o senhor está mesmo muita coisa muitas coisas enviamos uma observação muito pertinente sobre o tal programa de há um mês diz ele no vosso programa sobre a independência do Brasil referiam que as Guerras pelo independência nas colônias das Américas hã foram essa Independência foi essencialmente conduzida por criou Ou seja eu por changente de europeus mais ou menos MX Nados que se fixaram nem esses países e desenvolvimento Correia gostava de saber as razões porque a colonização em África não teve o mesmo perfil exceto talvez na África do Sul mas em contexto totalmente diferente que
razões históricas pública de trás da colonização é África não permitiram que o mesmo acontecesse é uma ótima pergunta Rui até tenho inveja de não ter lembrado dela Ótima pergunta de facto independência da América no princípio do século XIX e as impedem aff que é nos meados do século 20 São de fato bastante diferente totalmente basicamente nas Américas são de facto Os Clones europeus ou os seus descendentes no caso da América espanhola os chamados criolos que é o o sentido que o termo tem na América Espanhola são eles que de que lideram e protagonizam a independência
e não as populações antigas mais antigas Ah o chamados índios como como foram chamados a partir do século dos séculos 15 16 Aliás está aí por exemplo no caso dos Estados Unidos só para ter só para terem noção disso ah o primeiro nativo americano vamos chamar Nativa americana que é assim que nos Estados Unidos chamam estas populações o primeiro nativo americano a série eleito para o Congresso dos Estados Unidos foi o em 1893 mais de 100 anos depois da independência [Música] dos Estados Unidos ah na África do século 20 milhares do século 20 depois da
segunda guerra mundial essencialmente pelo contrário As populações Digamos que lá estavam antes da chegada dos europeus que lideram e protagoniza os seus descendentes que lideram e protagonizam as independências as únicas exceções como o ouvinte notou é a África do Sul e também a rede o atual Zimbabwe chamado Rodésia dos anos 60 em que aí nesses dois casos Rodésia e a África de solução Os descendentes da europeus como nas Américas do século XIX que lideraram a independência em relação às experiências europeias nos anos 50 e 60 sobretudo os anos 60 e mas significativo significa que me
Entre esses novos países que era os embaba quero antiga redésia atualzinho baba que era a África do Sul foram acusado de ter quando estiveram com essas tendências dirigidas por descendentes Clones europeus foram acusadas ter regimes racistas Isto é como se e e partiu-se quase do princípio que a verdade pendência desses países é quando as maiorias eh negras nativas eh assumem o poder político no caso do da Rodésia zimbaba em 1980 E no caso da África do Sul nos anos 90 1994 enfim certo de alguma maneira quando Nelson Mandela se torna Presidente da África do Sul
Mas então mas porque é que isto aconteceu Isto é porque é que estes colonizações da América do século 19 e da África no século 20 são tão diferentes a resposta é bastante óbvia as as colonizações são diferentes porque as colonizações também tinham sido muito diferentes a colonização das Américas não é igual à colonização da África ou das áfricas que quiserem também porque também as áfricas também são muito africanos a América As Américas quanto chegam portanto estou a dizer as Américas América do do Norte América Central América do Sul As Américas quando chegam à ao momento
das independências fim do século 18 para a América britânica princípio século 19 para a América Espanhola essas Américas tem quase 300 anos de colonização europeia desde o século 16 estão lá e questão 16 grandes quantidades de população europeia atravessa o Atlântico e quer na América do Norte querem muitas regiões da América Central e do Sul portanto há uma há um a grandes massas de povoamento europeu e mais estas populações europeias são em geral muito mais numerosas do que as populações vamos chamar nativas ou indígenas e porque isso tem uma razão há várias razões para isso
não apenas quantidade enorme europeus que vão para as Américas mas atraídos por várias coisas para a possibilidade de começar aí de novo enfim aquelas grandes territórios da América do Norte mas também pelas descobertas sobretudo minérios na América do Sul no caso da América espanhola prata no caso do Brasil ouro no século 18 portanto trai grandes quantidades de gente não não apenas por ter vindo uma grande migração europeia mas também porque esse europeus uma das coisas que trouxeram foram doenças aqui as populações não estava não com as coisas populações indígenas não tinham contactado antes e que
ocasionaram mortandades enormes entre essas populações por exemplo avario dizimou uma grande parte da população das Américas no século 16 porque era uma doença que os europeus estavam digamos habituados era uma uma endemia na Europa e era uma doença nova na nas Américas enquanto tem na África este ano menos isolada do continente europeu e isso sentiamente no caso da da África é diferente no caso da África as doenças que lá existiu eu era muito mais estranhas para os europeus como por exemplo as malárias e faziam que ele que gosta da África até quase ao fim do
século xixi tivesse a reputação de uma Costa Mortífera certo não é o que tu estás a dizer na verdade é que foram os vídeos e as bactérias que decidiram as Diva colonização este por exemplo em 1800 1800 princípio século 19 os Estados Unidos estima-se Isto é tudo estimativas porque os recenseamentos somos aqueles que dizem respeito à população indígena obviamente não são muitos exatos mas estima-se que as populações nativas nos Estados Unidos enfim fossem à volta de 600.000 pessoas hum Estados Unidos nos Estados Unidos da América 600.000 pessoas Nativa americanos aparente cerca de quatro milhões europeus
e descendentes europeus já estava em minoria e mais quase 1 milhão de escravos negros trazidos da África portanto eram muito mais do que a população nativa e depois também mais uns 100 mil africanos Livres ah as nações aquilo que chamava as nações índias para usar as os termos americanos norte-americanos não só era uma minoria mas não também outra coisa viviam a parte dos Estados Unidos Isto é os Estados Unidos lidava com estas populações como se fossem países estrangeiros embora acidente dos Estados Unidos do território sobre o qual os Estados Unidos reclamava soberania em relação a
outras potência os Estados Unidos tratavas Portanto tinha tratados diplomáticos com estas Nações até 1871 portanto eles são tratados como Nações Independentes de legislação são referidos aliás como da firstinations quer dizer hoje Nações independentes e são tratados como isso e isso explica uma outra coisa até muito tarde eles não são cidadãos dos Estados Unidos só em 19 é só em 1924 é que os Estados Unidos decide dar cidadania Norte dos Estados Unidos a todas as a todas as populações dos nativos das populações nativas 1924 até 1924 eles estão estrangeiros que vivem dentro dos Estados Unidos exatamente
100 anos são estrangeiros que vivem dos Estados Unidos em territórios demarcados e com a qual os Estados Unidos têm tratados diplomáticos quer dizer para reconhecer os seus territórios têm as suas leis tem os seus costumes vivem suas línguas Enfim tudo tudo mais portanto eles vivem à parte portanto eles não fazem parte do processo da Independência ou antes eu eles participam não processo de independência porque tanto os britânicos como os americanos têm Aliados índios a combater com eles mas quer dizer mas são uma espécie de estrangeiros que estão ali eh intervir a intervir numa guerra entre
o Clones europeus e a potência europeia administrante os colonos europeus tentando fazer um país separado e neste restantes Américas também era assim mas questões americanos é é muito assim eu eu penso que há um bocadinho uma exceção talvez nas regiões dos antigos interna impérios Asteca e Inca Portanto vamos dizer o México no peru onde há populações urbanas índias isto havia cidades Astecas e Incas e portanto a população urbana aí mas mesmo assim no período por exemplo em 1800 Portanto o centro do antigo império no pru A 600 mil indígenas também meio milhão de indígenas tem
desconto dos Estados Unidos no território mais mais pequeno portanto a população é mais importante são indígena é mais importante no peru mas haviam um milhão de europeus e de escravos africanos europeus e os seus escravos africanos e sobretudo europeus no caso do peru mais do que escravos africanos era uma hereditários em relação muito mais a quando mais uma vez é uma estimativa mas calcula-se que por volta de 1500 no peru a população indígena tivesse tido número da voto dos quatro milhões está reduzido acerca 10% do que era em 1800 está reduzida a cerca de 10%
assim são doenças basicamente não os Ah não para os quais não tinha corpos Isto é as populações europeias e estas populações são populações também coragem mestiços bastante separadas Isto é os europeus preferem casar-se entre si e os indígenas também enfim os nativos também se enfim constituem família entre si e portanto são separados portanto não são estes indígenas que protagonizam as revoltas da Independência não quer dizer que não se revoltassem por exemplo no caso do peru no fim do século 18 e 681 há uma revolta indígena dirigida pelo Tupac Camargo contra os ah espanhóis e os
crioulos contra os cariolos isto Os descendentes espanhóis que dizem nas Américas mas não é a base da Independência é reprimida pelos próprios cariores e pelas autoridades espanhola há depois um ou outro exceção o caso do Haiti que já aqui falamos em que são os escravos negros mas mais uma vez não são os indígenas são os escravos negros aqueles que nos europeus lá colocaram que protagonizam em dependência do Haiti e é em 1804 e a África a situação é muito diferente portanto temos as epidemias que são muito graves lá e que limita a penetração europeia até
quase ao fim do século 19 até o inverso era o inverso eh portanto a colonização europeia no sentido do estabelecimento da administração europeia do da construção de infraestruturas por exemplo de comunicação portos caminhos de ferro que no século 19 é de forma dos europeus ocuparem um território a exploração dos recursos Minas ou outro tipo de recursos agrícolas por exemplo só começa de facto do ponto de vista europeu em grande escala existe esquematicamente no fim do século 19 portanto e as populações europeias são sempre muito pequenas em relação às populações indígenas só para ajudar dar um
exemplo aqui vou tomar o caso do Congo belga o quão belga é uma das maiores colônias europeias em África e é apenas uma das maiores mas também das mais antigas no fim do fim do século XIX mas é mais antiga do que outra enfim do que este tipo esta tentativa de explorar um território e não apenas como no caso português está ali na Costa e ter ali um esportes eh um esportes Ora bem em 1900 os europeus não são mais do que 1187 no com 1000 pessoas são 1687 pessoas a milhas e 187 europeus no
Congo quando passamos para 1950 anos depois portanto 50 anos de colonização da administração construção de infraestruturas exploração de recursos os europeus são 39.000 há 39.000 europeus no combo e os nativos 12 milhões de 1800 da portanto no momento em que conquistar a chegar à independência em 1960 temos números destes quer dizer temos os números deste isto é uma dezenas de milhares europeus para milhões de nativos não é a situação de maneira nenhuma das dicas e reparem quando nem nunca houve a imigração em massa eu há uma imigração sobretudo curiosamente uma imigração nos anos 50 é
quando em geral no século 20 Isto é depois da guerra portanto nas vésperas da Independência quando chega mais gente no combo belga e também nas colônias portuguesa nos anos 50 e 60 que a maior parte dos portugueses que residiam nas colônias quando eles se tornaram Independentes Ah se deslocaram para as colônias portanto é uma população recente que ainda não nasceu lá nasceu Isto é muito importante nasceu nas metrópoles portanto não é uma população que criolos como os americanos quer dizer uma população de pessoas que nasceram e que estão a dizer naquele momento ali mas que
ainda tem família e ainda tem muitos interesses na na na na metrópole de onde vieram à poucos anos a 20 30 anos e depois reparem eh estas colonias africanas chegam à Independência e depois de 50 anos colonização portanto ao menos se nós percebemos que no caso por exemplo da colonização portuguesa a intensificação da colonização se dá sobretudo depois da primeira guerra mundial quer dizer depois 30 ou 40 anos de colonização quer dizer verdadeiramente colonização portanto não temos uma população como uma população daqueles americanos que se revoltaram contra os europeus e que eram descendentes europeus mas
estavam já dezenas há sempre alguns até um século ou mais nas Américas portanto ao mesmo tempo construíam também as próprias elites negras eram muito poucos também o o mundo era muito diferente a colonização da África também é diferente da colonização das Américas no sentido da relação com as populações indígenas as potências europeias em África que querem sobretudo integrar As populações indígenas Porque a produção a maioria tem isto é sequer em ter quadros para governar se querem ter polícia se querem ter administradores não podem contar com um europeu com com gente que venha da Europa tem
que formar quadros locais e é isso que eles fazem em escala que temos de reconhecer às vezes aquelas críticas ou colonialismo não reconhecem por exemplo o trabalho educativo da Bélgica no Congo Que faz com que o em 1954 quase metade da das crianças e idade escolando com um Belgas estavam na escola e sabiam ler e escrever é uma coisa espantosa reparem que isso na Europa Demorou dezenas e dezenas a ser atingidos ali foi mais rápido Nem África a administração europeia conseguiu meter as pessoas Ah uma a população na escolarizar uma parte da população de uma
maneira mais rápida do que tinha acontecido na Europa mas isso O que quer dizer quer dizer que depois da Segunda Guerra Mundial há um elite local que pode proporcionar estes líderes nativos da Independência certo e portanto são estes são eles que assuma isso a exceção é a África do Sul e o que é que o que é que há excepcional na África do Sul O que há excecional não na África do Sul é que é um dos poucos territórios em África um dia há um povoamento europeu origem a holandesa desde o século XVI é muito
antigo e portanto há uma população dos pores quer dizer de população de origem holandesa que está europeia que está ali há muito tempo e que precisamente em uma ideia de já não portanto é uma população que ele tem uma relação com nenhuma Metrópole quer dizer com a Holanda com nada mas é uma população da África do Sul isto é uma população europeia Branca mas que está na África do Sul há muito tempo e suficientemente para fazer uma Independência quase à Americana para tentar uma intervenção Americana hoje em dia são 4,3 milhões Hã mas é muito
mais do que noutras no noutra qualquer território sobre o que tinha que tivesse estado sobre a administração eh mesmo assim só são menos 10% da população da África do Sul umas coisas comunidade sobreviveram a época Claro Além disso temos também Outro fator que é depois da segunda guerra mundial no quadro das Nações Unidas a independência está associada a uma ideia democrática de alto ou determinação de toda a população expressa através da referentes através de eleições e essa também é uma diferença em relação às Américas do fim do século ah 18 princípios do século XIX em
que há um movimento independente Isto é um bocado de aristocrata um militar é as grandes figuras locais que assumem e que consumam Independência no postos da Guerra Mundial Queres que seja as população e é por isso que a África do Sul também é e legítima isto a maioria da população não está em 1960 não está a assumir essa não está a participar não está integrada nessa nessa Independência muito bem eu agora passo a ler o mel do ouvinte João mouraga diz assim queria antes de mais dar-vos os programas pelo santo programa no geral e a
particular pelo episódio do Brasil e coloca a seguinte pergunta durante os eventos todos que relataram nem esse episódio já existiam diferenças linguísticas entre os portugueses residentes em Portugal e aqueles que residiam no Brasil Ora bem esta pergunta sobre o nascimento do sotaque brasileiro imagina que seja um pouco tramada não é ruim porque no século 19 a Globe ainda não porque dizia talhan velas e cagando ainda não gravava disto já a resposta para esta questão do sotaque a partir de fontes escritas ah de alguma maneira assim até porque há muito tempo que os linguistas os historiadores
da língua também aprenderam a partir das fontes escritas tentar não vou dizer adivinhar mas a tentar determinar qual seria a pronúncia da língua que está escrito e porquê Porque a escrita é afetada pela oralidade e inicialmente sobre a forma de lapsos e de erros mas que depois se acaba o tornar a norma e portanto é possível perceber como é que por exemplo ah os portugueses enfim algumas características da pronúncia portuguesa na Idade Média a partir da maneira como ela tinha por exemplo é escrito os erros que os escribas portugueses dão ao escreverem ali e que
tem a ver com a maneira como eles falavam já uma língua nova Latina uma uma língua derivada do latim isto e portanto é um conjunto enorme de ah como não falar de ti quer dizer portanto é o português é isso quer dizer é esse tinha errado e portanto há uma arte quer dizer há uma ciência de a partir do texto escrito perceber como é que uma língua pode ser pronunciada e depois há uma há uma há uma outra coisa quer dizer o quando chegamos a meados do século 19 eh já é notório enfim ah depois
os referências Claras a a diversidade das maneiras de falar de Portugal e o Brasil e obviamente elas não surgiram não surgindo na véspera portanto Já deviam existir no princípio do século 19 só aqui uma nota nós vamos falar agora a seguir de um sotaque brasileiro mas não há um sotaque brasileiros ah tal como não há um sotaque português mas há sotaques portugueses Isto é os brasileiros do rio não falam como os brasileiros de Salvador da Bahia tal como aos portugueses de Lisboa não falam como os portugueses do porto ou da Ilha de São Miguel Mas
vamos falar de sotaque brasileiro e sotaque português só porque comunidade e portanto vamos fixarmos apenas naqueles traços Gerais que se pararam os dois conjuntos de sotaques quer dizer que permitem alguém dizer ele é brasileiro ou ele é português ou ele é português desculpa está a ouvir em tem que acompanhar o resto da história do sotaque em podcast dispass-me dessas pessoas e até para a semana de resto quem está em podcast vai poder continuar a apreciar sua explicações força ruim Ora bem eh retomando o traço Digamos um ao um dos traços que mais separa a maneira
de falar português no Brasil da maneira de falar português em Portugal diz respeito como todos sabemos às vogais Isto é os brasileiros pronunciam muito mais vogais do que os portugueses certo é por isso que a palavra Setúbal é Setúbal em Portugal às vezes até uns estrangeiro quando tentar perceber como é que a palavra é escrita não percebe pensa que é ST quer dizer não é e nós achamos que é má vontade mas não ah estrangeiro não é temos aquele limitar nós percebemos os espanhóis e as varizes mas os brasileiros e os espanhóis não percebem nós
na verdade é essa explicação é porque comemos nós temos nós pronu os meninos legais O que torna a nossa o o nosso português falado mais por vezes difícil de perceber para um falante brasileiro e muito mais difícil perceber por exemplo para um falante Castelhano que percebe por vezes o português do Brasil português do Portugal Mas enfim isto não a questão aqui não é não vamos tratar aqui de questões linguísticas vamos tratar de questão de questão histórica Ora bem mas um ainda um uma pequena um um pequeno informação linguística que é relevante para a história é
que esta distinção esta distinção surgiu aparentemente entrar surgido E terá terciado desenvolvido a partir do século 18 e dizer e surge desenvolve como uma novidade do português europeu portanto A questão não é quando a maneira de falar do Brasil nasceu mas quando a maneira de falar de Portugal nasceu porque a maneira de falar de Portugal e queima é que é moderna é que é mais recente do que a maneira de falar é que o português do Brasil pode estar mais próximo de um português antigo do que o português de Portugal é isso é isso que
se bem interpreto Ah que dizem os linguistas Isto é o foste buscar agora ou Henrique e o troço é provável que ele como um castiliano também tivesse dificuldade em percebermos a nós e percebesse talvez melhor os os brasileiros Isto é é no Brasil fala-se um português de uma maneira mais antiga digamos assim não quer dizer que o português no Brasil não tenho evoluiu também mas é um português mais antigo e isto é uma situação digamos bastante normal numa grande área linguística os centro o centro dessa área tende a evoluir e as periferias tendem a ser
mais conservadoras a reter formas mais antigas eh e o Brasil no século 18 era uma periferia digamos em relação a Portugal e portanto teve essas maneiras de falar mais antigas de tal maneira que tem a maneira de falar de ah pelo menos no no que diz respeito a este aspeto das vogais é muito é provável que seja uma maneira de um português mais antigo do que o português que atualmente é falado em Portugal Ora bem a questão apesar do que eu queria que eu queria abordar diz respeito à Independência em 1822 não esquecer isso Isto
é se e portanto creio que o sentido da pergunta do ouvinte era também as maneiras de falar foram importantes para a independência social e cultural entre os dois digamos entre o país entre os dois enfim entre os dois países entre os dois países entre Portugal e o Brasil a minha resposta com algumas reservas porque nós tivemos a estudar isto com de ter como fazer investigação que devia mas a partir daquilo que li e é que talvez não tenha sido tão importante com isso e por esta razão é independência do Brasil é protagonizado por meio Elite
o meu Elite que está associada à administração portuguesa uma elite educada são esses que protagoniza [Música] verdade verdadeiramente do fundador do Brasil até por uma tradição republicana às vezes não gosto de Dom Pedro e portanto fixas no José Bonifácio agora o José Bonifácio bem os é Bonifácio nasceu no Brasil nasceu em Santos em 1763 eh o o pai dele já tinha nascido no Brasil o avô tinha nascido em Portugal Portanto ele era Neto de um de um português nascido em Portugal mas portanto tinha nasceu no Brasil em 1663 mas o que é que acontece ó
aos débito fácil o José Bonifácio disse aos 20 anos em 1683 sai do Brasil previsto estudar para a universidade de Coimbra onde Aliás mais tarde se vai tornar professor e o José Bonifácio de André e Silva vai ficar em Portugal até 1819 portanto eu regresso ao Brasil Seu regresso ao Brasil quando tem 56 anos passou 36 anos em Portugal é muito provável portanto que a maneira de falar do pai da independência do brasileiro José Bonifácio não fosse muito diferente da maneira de falar de restante Elite Portuguesa de que ele tinha feito parte durante quase 40
anos o resto tinha feito parte no sentido até que tinha combatido nas invasões francesas Portanto o exército português e como bater contra os franceses portanto era um estar aqui um patriota português etc e depois em 189 vai para o Brasil e naqueles anos naqueles três anos se torna-se o pai da independência brasileira Portanto tem muito provável que esta Elite administrativa e política da monarquia tivesse a sua maneira de falar porrada nas escolas independentemente dos destaques que podia trazer de casa depois trabalhado Na escola da administração nos tribunais onde onde tinham os seus cargos eh e
parente a qual as maneiras de falar as outras maneiras de falar do Brasil e Portugal parecia sem maneiras de falar Popular província quer dizer não propriamente a maneira de falar de Portugal ou a maneira de falar do Brasil portanto no caso deste do José Bonifácio dizia ele devia perceber que havia sotaques da Bahia havia sotaques do Rio de Janeiro e o sotaques deles OK quer dizer ele tinha devia ter no seu sotaque devia ser um português provavelmente de uma maneira de falar muito parecida com a do ou senão igual à dos seus colegas portugueses com
que ele tinha trabalhado durante 30 e tal anos e portanto devia deveria olhar para aquelas estaques brasileiros como em Portugal em Lisboa se olhava para os destaques ali três Montana Isto é falar regionais E no caso da escrita tanto em jornais escrita para mim é um é uma das principais sinais disto é que o português que eu leio na imprensa brasileira no princípio eh dos anos 20 18223 e há uma eh e muitos desses jornais estão disponíveis eh na internet porque biblioteca do Rio de Janeiro e outras instituições têm feito um trabalho por essa imprensa
disponível online portanto estes jornais de 1822-23 tem um português que é igual ao português de Portugal quer dizer não Note ao contrário dos dias em que se percebe que um texto foi escrito no Brasil e Portugal não apenas pela ortografia mas também já por diferenças sintáticas de maneira expressões aquilo não notas diferentes e aliás jornalistas portanto autores hoje iríamos comunistas provavelmente que são importantes no Brasil e depois vêm escrever para Portugal e depois vão para o Brasil da Costa que é um grande jornalista português brasileiro do princípio do século 19 no Brasil vai e praticamente
não se percebes Isto é o jornais dele são livros em Portugal são lidos no Brasil estão escritos exatamente como a própria Rafael Pinheiro que ainda foi uma questão saiu humorista não é e executir no Brasil provavelmente um Brasil que nomeados do século 19 ainda no terceiro Cortella do século 19 quando o Rafael tinha lá está ainda é muito mais digamos português ainda é o império ainda não já começa a haver uma imigração não portuguesa para o Brasil está de espanhol italianos da alemães mas ainda em uma quantidade menor e portanto a grande imigração é portuguesa
a centenas portugueses no Brasil sobretudo nas cidades do Rio de Janeiro etc e portanto é possível a um escritor português e sentir-se em casa como em Lisboa já que dissemos depois de Lisboa a cidade com mais no fim do século xixi não é o porto é o Rio de Janeiro e portanto um português que fosse para lá tal como as companhias teatro iam escritores etc encontravam uma audiências eh portuguesas quer dizer com com uma grande presença social e provavelmente mas já existiam sotaques populares mas Já deviam Sim já existiam sotaques Ah que deviam vir já
de ah de mais enfim de tempos recuados quer dizer como como equivalente portanto os estragos lentes e que por vezes tinham também relações com com sotaques portugueses isto era no sentido que é as populações vindo deste Portugal não vem todas da mesma não vem todas na mesma região e portanto há zonas mais colonizadas por nenhum outros mais colonizadas e os linguistas às vezes descobrem de determinadas características da maneira como se fala biologia tem que dar ideia da origem dos das populações portuguesas em termos dialetos de falar português também não ainda ou talvez nunca eh agora
portanto há estas maneiras de falar Já deviam as sílabas talvez não tenham sido tão relevantes como isso para constituir o princípio de uma identidade brasileira oposta à identidade portuguesa até porque eram também muito variados tal como eram muito variados os destaques ah portugueses reparem que reparem nisto também é muito importante nós estamos a falar hoje de sociedades que estão muito uniformizadas pela escola e pela pelos meios de comunicação de massas portanto visão para rádio etc portanto nós temos mais de 100 anos ou mais muito mais 100 anos descolarização mais comunicação de massa 1ª rádio e
depois a televisão e portanto é provável que uma pessoa chega a Portugal e ouça poucos destaques quer dizer eu tenho a ideia de uma de uma certa uniformidade de tal maneira que essa maneira de falar possa ser identificar Isto é constitui a identidade de um português isso provavelmente não era assim há 200 ou 300 anos quer dizer quando devia haver as diferenças muito mais marcadas não são das maneiras de falar mas na nos vocabulários utilizados quer dizer nós vamos os colares Associados já à atividades rurais que não Valente 10 são diferentes do do Norte Isto
é com mais palavras origem árabe Ah e no norte com mais palavras de origem Latina portanto essas essas diferenças deviam ser muito maiores ah estão-me a lembrar por exemplo de uma fonte de alguém que vai de Lisboa para o norte do do país para trás dos montes e chega lá tinha Strada e depois escreve para Lisboa e e com este comentário diz as populações aqui desta parte de Portugal falam como os espanhóis quer dizer falam o português deles parece uma coisa não parece português portanto para alguém que vinha de Lisboa aquilo parecia uma coisa muito
estranha quer dizer a maneira como eles como eles falavam e portanto viessem uma diversidade muito maior de tal maneira que se determinar de maneira de falar não constituir a base do Bio identidade nacional Isto é para para ao todo porque o todo incluía maneiras de falar muito diferente isto devia ser verdade para Portugal e verdade para o Brasil sabes que estas coisas vão e vem só para uma curiosidade o facto da nossa jogação até por exemplo um contacto com as telas novelas da Globo que deixou de existir faz com por exemplo pela Jega são dos
meus filhos tenham uma uma vontade com o Brasil com sotaque brasileiro muito menor do que a nossa geração é muito curioso as coisas interessantes as coisas para os nossos filhos porque para os meus filhos porque eles já não já não compreendem bem a sotaque né E aí domina o vocabulário como todos nós somos uma última nota também Curio que vem de encontro a isto ainda em 19778 quando veio a Gabriella Salvador 1977 e depois os outros as outras telas brasileiras uma das coisas que era muito curiosa Nessa altura era populações em Portugal que ainda tinham
origem as rurais ou que ainda viviam no campo a ver aquelas aquela novelas e reconhecerem termos antigos que não eram usados nas cidades em Portugal mas eram usados nos campos quer dizer isto era a maneira de falar esta era a nossa maneira de falar a ouvir brasileiro a descobrir que isto era a nossa maneira de falar no campo quer dizer e portanto está aqui em vídeo ainda tem Então é eu trouxe aquele livro há uma semana atrás trouxe o livro do Evaldo Cabral um imenso Portugal recomendo imenso Mas quem tem a curiosidade sobre a história
do Brasil e não e não tenha tempo para ler muita coisa eh Recomendo um pequeno livro um pequeno grande livro de um grande Historiador um grande Historiador brasileiro é o José Murilo de Carvalho o livro chama-se cidadania no Brasil um longo caminho na prática é uma história da instituição da Cidadania dos direitos de cidadania no Brasil desde a independência em 1822 até hoje mas acaba por ser um ensaio sobre a história brasileira muito bem portanto em 2009 cidadida no Brasil longo caminho José Murilo de Carvalho é um é uma edição de uma editora brasileira mas
eu comprei em Portugal e portanto em Portugal estejam começaram a contar de Carvalho um grande Historiador brasileiro por acaso tenho um livro feito enfim fomos coordenadores com ele mas não é por causa disso ele é grande é um grande Historiador e este é um livro é um livro pequeno quer dizer relativamente pequeno mas é um e portanto ler rapidamente e dá uma ideia da história do através dos problemas dessa história do Brasil e portanto é muito interpretativo eh e acho que é uma boa introdução à história do Brasil que é uma história que aqui em
Portugal a partir de a partir do do momento da Independência é um bocadinho desconhecido conhecer a mesma bom nós vamos fazer no nosso trabalho nesse Campo até a próxima semana que esta ganhamos de novo com mais histórias até lá [Música]