Unknown

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eh Olá a todos muito boa tarde boa tarde eu queria começar agradecendo demais pela presença de vocês aqui entre tantas atividades e tantas palestras bacanas vocês escolheram estar aqui comigo no final do dia Aos 45 de segundo tempo a gente tá aqui para finalizar o evento Então agradeço muito de coração a presença de vocês e em agradecimento eu trouxe para vocês um presente não tem como eu dar o presente para todo mundo mas eu vou sortear esse cardz inho aqui que faz muito sucesso o pessoal gosta desses cards São 50 perguntas sobre resiliência legal né
Eu vou sortear e eu bolei um jeito de sortear que é o seguinte tá escrito aqui o critério que eu vou usar para sortear vocês não sabem qual é mas para ninguém dizer que eu roubei inventei na hora o critério tá escrito aqui assim que a pessoa for sorteada eu revelo o critério para todo mundo tá bom então deixa aqui daqui a pouco alguém vai ganhar então representando todos vocês estão aqui me dando atenção muito obrigado né Essa palestra tristeza normal e depressão Ela poderia se resumir com bastante calma eu falando de forma bem calma
aqui não preciso nem falar como Eneias eu poderia resubir em 30 segundos talvez tristeza é um sentimento normal da vida e depressão é um quadro clínico pronto gente valeu era essa palestra cestou agora como eu falei eu poderia resumir dessa forma mas a gente tá aqui justamente para discutir a natureza e o papel da tristeza na nossa vida obviamente falando da tristeza normal depois a gente vai ver quando que a gente pode desconfiar que a tristeza já não tá normal já não tá cumprindo o papel dela e pode estar dentro de um quadro patológico e
eu finalizo definindo depressão para vocês então essa palestra aqui a gente vai fluir primeiro a gente vai falar da tristeza normal e antes de tudo Óbvio dos óbvios tristeza é um sentimento normal todos nós passamos por tristeza ao longo da vida diante de uma perda diante de uma decepção é normal todos nós vamos passar pela tristeza então a gente pontuar isso antes de tudo Eu lembro que eu tava falando nesses mesmos termos sobre ansiedade no meu canal ansiedade é um sentimento normal da vida aí uma moça deixou um comentário lá no no no comentário dos
dos inscritos né AFI que horror um médico falando que ansiedade é normal eu sofro tanto com ansiedade tô deixando de seguir agora fui sabe aí eu falei poxa a ansiedade a ansiedade tá muito grande eu queria que a ansiedade tivesse um pouco menor para ela continuar vendo porque eu ia complementar da seguinte forma ansiedade é um sentimento normal não há um dia da vida que a gente passa sem sentir ansiedade pelo menos em algum grau né então se a ansiedade dela desse Uma segurada um pouquinho ela podia esperar um pouco e ela ia ver explicando
Quando que a ansiedade ela pode tá num contexto patológico Eu não perderia uma seguidora e ela podia aprender um pouco a manejar ansiedade né a mesma coisa eu digo paraa tristeza a tristeza é uma coisa normal da vida e é bastante razoável se eu tô dizendo que a tristeza é algo normal é bastante razoável a gente tentar encontrar algum motivo da tristeza ser porque se alguma flutuação do nosso afeto eu tô falando que é normal caramba é bem razoável a gente pensar que essa flutuação do afeto pela qual a gente passa normalmente no nosso dia
a dia tem alguma função adaptativa pra gente no nosso desenvolvimento então isso aí deve ter sido importante e continua sendo importante mesmo as emoções com Valência negativa entre as emoções com Valência negativa talvez a ansiedade é aquela que é mais fácil a gente entender o motivo dela de ser a função dela da nossa vida e olha que eu escolho as palavras aqui com muito cuidado eu não estou falando emoções negativas eu estô falando emoções com Valência negativa são emoções desagradáveis Mas por que que eu gosto de falar Valência negativa porque elas sempre são incômodas e
desagradáveis Mas elas têm a sua função então quando a gente fala que algo é negativo é algo que é meio assim não tem função tá aí só para atrapalhar tá aí só para incomodar a gente se não existisse na nossa vida seria melhor e quando a gente fala da ansiedade tristeza e outras emoções normais com Valência negativa não é assim é certo que são desagradáveis É certo que a gente não quer sentir mas não é certo que a gente viveria melhor sem expressá-las então por isso que eu digo emoções com Valência negativa repito talvez a
ansiedade seja muito fácil da gente compreender talvez a tristeza não seja tão Óbvio de entender a função dela na nossa vida né não é à toa que a tristeza é uma palavra tão maldita e todo mundo quer fugir dela tudo bem Se querer fugir da tristeza Aliás a tristeza existe para nos alertar a tristeza Olha que paradoxal a tristeza existe pra gente fugir dela mas ela tem um papel na nossa vida então é normal normal Tudo bem se você se sentir dessa forma eu quero fugir da tristeza eu quero evitá-la eu só não acho legal
você julgá-la como maldita Porque a partir do momento que você tá sentindo tristeza é o psiquismo nosso nos avisando de alguma coisa a tristeza tem uma função e é o que eu queria ver para vocês eu aqui escolhi arbitrariamente quatro funções da tristeza e são funções que dialogam entre si você depois pode pensar outras e se viesse um outro palestrante em seguida a minim aqui poderia também elencar outras funções da tristeza vamos ver primeiro é um convite à reflexão ou não é quando a gente tá triste a gente normalmente tende a introspecção no máximo a
gente quer uma ou duas pessoas com as quais a gente se sente muito seguro e à vontade do lado é um convite a reflexão e a introspecção pra gente refletir sobre o que causou essa tristeza sobre a per sobre o erro que a gente cometeu sobre a decepção que a gente sofreu eu falei aqui Três Fontes né eu falei aqui três fontes de tristeza que são as mais comuns você pode pensar alguma outra aqui no final da palestra você até me diz mas eu acho que essas são as principais fontes de tristeza uma perda um
erro que a gente cometeu ou uma decepção a qual a gente foi submetido e a tristeza Elsa refletir sobre isso pra gente conseguir elaborar essa perda pra gente conseguir se desculpar desse erro pensar medidas para que esse erro não volte a acontecer pra gente conseguir examinar essa decepção que a gente teve o quanto que não foi papel nosso o quanto que a gente não errou o quanto que a gente não confiou muitas vezes de uma maneira inapropriada e assim por diante ou o quanto não o quanto numa traição por exemplo todo mundo é pego de
surpresa ninguém se livra traição em vários níveis essa decepção Ela é bem cabida por exemplo e a gente pode se perdoar por exemplo por ter confiado é um convite a introspecção e reflexão eu não tô falando uma solidão tá bom gente solidão no mau sentido mas um convite a uma introspecção reflexiva a tristeza pode cumprir esse papel muito bem eu diria que é o primeiro papel da tristeza segundo papel ela facilita o desapego e a aceitação por exemplo se nós tivermos uma perda irreparável não tem o que a gente fazer a gente tem que aceitar
Eu vou falar mais sobre isso daqui a pouco por exemplo quando a gente fala do luto né Agora se a gente teve uma perda reparável talvez a gente possa exercitar o apego essa perda é reparável deixa eu me desapegar dessa perda aqui e a vida vai dar conta do resto vou atrás Então olha só diante de uma perda reparável a gente pode com a tristeza alimentar o desapego diante de uma perda irreparável inevitavelmente a gente vai ter que trabalhar a aceitação diante da perda a gente muitas vezes tem que encontrar um ressignificado para aquilo muita
À vezes diante de uma perda sobretudo uma perda irreparável muitas vezes a gente tem que encontrar um senso de propósito nessa perda Vittor franio que na minha opinião se demais alguém aqui levanta a mão é o psiquiatra mais querido do século XX sem sombra de dúvida eu compartilho eh tem um especialista em logoterapia muito famoso Dr Fabiano que ele fala assim quando a gente conhece Franco a primeira vontade que você ten é de abraçá-lo né e ele falava que existe três grandes fontes de busca de propósito e que vocês hão de concordar comigo com as
duas primeiras certamente o amor o amor uma grande uma grande fonte de propósito para todos nós o trabalho é uma grande fonte de propósito também e ele falava o sofrimento o sofrimento também é uma grande fonte de propósito e eu falei que vocês iam concordar D muito fácil com as duas primeiras mas com a terceiras pessoal Levanta a sobrancelha Como assim o sofrimento é uma fonte de propósito houve um caso que o Frank tratou que ele relata no livro dele bastante interessante era um senhor idoso que havia acabado de perder a esposa o que não
deixa de ser algo absolutamente natural na vida os filhos perderem os pais fazerem os cuidados finais com os pais e um casal de idoso inevitavelmente alguém vai antes infelizmente né A vida é assim mas esse luto estava muito complicado estava muito difícil para esse senhor elaborar esse luto eu não eu eu não costumo usar a palavra superar pro luto né mas elaborar tava muito difícil para ele elaborar esse luto e o Frank junto com ele estavam encontrando dificuldade no quê na busca de propósito pela situação que ele tava passando aquele sofrimento que ele tava passando
até que o Frank teve uma ideia de jogar a seguinte questão para esse senhor olha dado que você viveu essa vida maravilhosa com a sua esposa e você não trocaria isso por nada qual seria a única alternativa para você não estar passando por esse sofrimento eu dou um segundo para vocês pensarem exatamente a única alternativa para ele não viver o luto seria esposa dele viver o luto e a partir desse momento ele encontrou um propósito no sofrimento e na tristeza dele é muito bonito e muito forte isso Então veja que mesmo na maior tristeza na
maior dor no maior sofrimento muitas vezes a gente consegue encontrar propósito tem horas que é difícil mas a gente consegue encontrar um propósito E a busca por esse propósito ajuda na aceitação da tristeza e do sofrio Às vezes isso é muito difícil eu vou citar para vocês um caso de um amigo meu o senhor Ivo Oliveira talvez alguns de vocês já tenham até visto ele o Senor Ivo é um pai em lotado a filhinha dele no final da adolescência e infelizmente resolveu partir desse mundo pelas próprias mãos imagina o luto paternal já é uma coisa
muito difícil eu tive uma paciente que perdeu a filha por um problema cardíaco muito difícil porque inverte aquela ordem natural muito mais comum da vida que eu citei a instantes atrás é normal os filhos fazerem os cuidados finais com os pais é normal num casal idoso infelizmente um vai ter que fazer o cuidado final com relação ao outro mas inverter Essa ordem natural que é mais comum é muito doloroso e recentemente eu gravei até um documentário com seu Liv nós dois participamos do mesmo documentário eu vi a gravação dele ele falando que o jeito que
ele encontrou para lidar com aquele sofrimento foi colocando todo o propósito da vida dele e até do ponto de vista material ele pode fazer isso porque ele já é aposentado el todo propósito Toda energia que ele tem é tentar ir a dor de pessoas que estão passando por uma situação semelhante e ele é um grande ativista na pós venção pós venção o que que é que são os cuidados com as pessoas em lotadas dessa mesma forma que eles que ele está em lutado e ele falou a dor ainda existe essa dor nunca vai passar mas
eu consigo lidar com o sofrimento dessa forma e até os fins dos meus dias será assim e olha a coisa quando se encontra um propósito Nobre desse jeito a coisa se multiplica Outro dia eu recebi de uma jornalista Fala Fernando dá uma olhada nessa entrevista aqui a mulher te citou também era uma mãe lutada da mesma maneira que o Ivo e lá pelas tantas da entrevista Ela falou um dia eu estava numa Live do Dr Fernando Fernandes e falei eu precisava falar para alguém e ela falou a minha equipe a minha equipe pegou a pergunta
dela e colocou para mim a minha equipe tá aqui na minha frente a minha esposa que me ajuda gente e era uma mãe enlutada dessa forma eu conversei com ela na Live Na verdade eu li a pergunta e eu falei mas eu considero uma conversa e falei olha procura o Ivo manda um Direct para mim eu vou te indicar alguém porque você compartilhar essa dor com outras pessoas Vai ser muito bom para você porque está vivendo uma situação muito singular e ela nessa Voltando à entrevista do jornalista ela falou o Dr Fernando me indicou Ivo
tô participando num grupo isso foi muito bom para mim então Olha só o Senor Ivo acabou encontrando propósito mesmo diante da pior dor que uma pessoa pode ter que é perder o filho sobretudo dessa forma então eu falei já então de duas coisas duas funções que a tristeza pode ter a primeira um convite a reflexão a introspecção reflexiva não a solidão Hein gente não a solidão só tomar cuidado com a solidão e a outra ela facilita o desapego facilita a aceitação e facilita catalisa a busca por propósito terceira função da tristeza com a tristeza a
gente consegue regular o nosso comportamento nesse sentido a tristeza ela é fonte de motivação cara eu não quero passar por essa perda que que eu vou fazer para não precisar passar por essa perda por essa vergonha novamente eu não quero passar por essa decepção E aí é preciso muito equilíbrio e cuidado muitas pessoas se fecham nisso de não querer passar por essa decepção novamente e isso vai mobilizar o nosso comportamento a nossa estratégia pra gente não passar mais por essa tristeza quarto quarto olha por mais que a gente exercite a empatia que Deus nos deu
porque é uma coisa inata Todos nós temos essa capacidade é uma coisa eu eu nas minhas palestras Eu costumo dizer que a capacidade de empatia é uma coisa inata e quase Sobrenatural do ser humano que que é empatia né empatia não é se colocar no lugar dos outros essa uma frase que não tem nem muito sentido Tá talvez se aproxime um pouco do que seja empatia mas empatia é compreender o estado emocional da outra pessoa compreender o estado mental dessa pessoa isso vai ter uma repercussão afetiva dentro da gente e quando eu falo isso é
quase Sobrenatural porque quando isso acontece a outra pessoa percebe a gente percebe a gente percebe alguém que tá só escutando ou alguém que tá ouvindo a gente percebe quando que a gente fala tem uma repercussão emocional na outra pessoa essa é a capacidade de empatia e para algumas circunstâncias a gente exercita isso ah mas mudar a dimensão quando a gente passa pelo problema por exemp eu tenho empatia pelo meu amigo Ivo eu tenho muito amor e empatia por ele por tudo que ele passou profundo respeito e profunda devoção eu tenho por ele pelo fato dele
ter encontrado um propósito tão nobre e ajudar pessoas como que eu contei aqui mas eu não tenho a real dimensão do que ele passou é por isso que ajuda entre pares é tão importante porque passaram a tristeza de mesma natureza eu vou contar um caso para vocês que é muito mais prosaico do que esse que eu falei do seor io Mas uma coisa que eu nunca tinha passado na vida era uma demissão vou contar para vocês essa eu nunca tinha passado por uma demissão Mas eu sabia o quanto que o desemprego era ruim o quanto
que ser demitido era ruim pela experiência do meu pai meu pai Perdeu o emprego numa determinada idade que na época eh era muito difícil encontrar uma recolocação e foi muito triste isso lá em casa né eu sofri consequências com relação a isso mas foi muito triste ver a tristeza do meu pai então todo mundo tem a vaga e noção de que demissão é um drama para muitas pessoas e para muitas famílias mas eu nunca tinha vivido isso né pessoalmente eu vou contar então para vocês como é que foi eu tinha uma profissão até pouco tempo
atrás que era professor de cursinho aliás alguém foi aluno aluna minha aqui aluno meu antigamente um monte de gente levantava a mão eu já não dou aula H algum tempo né um monte de gente levantava mão que eu dava aula nos no dei aula nos maiores cursinhos de São Paulo inclusive foi o que me me sustentou durante a faculdade foi o modo que eu conheci a minha esposa uma profissão que eu adoro adorava né não tenho mais essa profissão e eu fui mantendo por muito mais tempo do que eu deveria chegou uma hora que eu
dava aula numa manhãzinha eu já não tinha tempo para me dedicar a isso fora do horário ali da aula eh atendendo com o médico psiquiatra minha atividade aqui no hospital as minhas palestras minhas ações na internet já não cabia mais para mim aquela profissão mas eu mantinha por algum apego eu mantinha aquela profissão lá que foi tão boa para mim por muito muit tempo né e eu já tinha consciência de que aquilo lá não representava grande parte da minha renda eu já não não tinha mais como levar aquilo como eu levava antes com a mesma
dedicação que antes e eu cheguei até a falar paraa Minha esposa falou ah amor eu vou levar do jeito que dá uma hora vão desistir de mim eu já tinha até consciência disso mas não é que quando aconteceu doeu de verdade gente mesmo nessas circunstâncias que eu tô falando para vocês mesmo nessas circunstâncias porque sa Sabe por quê não doeu assim a a minha renda vai baixar porque já não tinha nem relevância perante a minha renda o salário que eu recebia do cursinho mas veio assim aquela finitude aquela coisa assim cara acabou essa profissão minha
essa minha carreira acabou aqui e acabou dessa forma aí eu comecei a pensar e si né Pô tinha que ter desistido Antes pelo menos saí que nem o Pelé por cima né não saia demitido né então rolou uma rejeição também rolou uma rejeição e eu confesso para vocês eu sou chorando até chorei eu não chorei copiosamente mas enchi os olhos de lágrima deve ter caído uma ou duas gotas pelo rosto assim porque acabou a profissão nesse momento eu tive a dimensão do que é a perda de emprego para um pai de família agora você potencializa
isso para alguém que vai perder 100% da renda que tem filho pequeno que vai ser difícil se recolocar então eu ter vivido essa tristeza gente é um exemplo muito prosaico muito bobinho mas que eu acho que explica muito bem eu ter vivido aquilo dá para eu ter um pouco da dimensão do que é dimensão real Apesar de que antes eu me esforçava eu tinha empatia por aquelas pessoas que perdi emprego mas agora tenho uma real dimensão e viver a situação e viver e elaborar essa tristeza a gente reverte isso no quê num maior capacidade de
empatia porque a gente tem real dimensão da perda e da dor do outro que o meu amigo Ivo faz então com tanta nobreza por exemplo nessa conversa Inicial aqui eu falei para vocês quatro funções que a tristeza normal tem E por que que a gente não deve amaldiçoar É lógico daqui a pouco eu vou falar quando foge do Normal né quando já tá num estado patológico e ainda falando da função da tristeza a tristeza ela faz parte de algumas emoções e sentimentos muito elaborados e nobres e pros objetivos aqui da palestra gente emoção e sentimento
não são a mesma coisa mas pros objetivos aqui não vai fazer diferença então eu vou encarar como sinônimo tá bom existem emoções elaboradas que a tristeza tem um papel Central quer saber uma emoção super elaborada Nobre é o arrependimento sabe o O arrependimento acho que é uma das das emoções elaboradas e compostas mais nobres que a gente tem e tem gente que estupidamente quando eu ouço essa frase é é uma frase tão estúpida gente assim eu não me arrependo de nada na vida é assim eu dou um desconto porque a pessoa que fala isso não
tem muita noção do que tá fazendo Na verdade é um chavão que as pessoas usam para dizer que são muito determinadas e decididas mas a verdade é que quem quem não se arrepende acaba não Aprendendo muito ao longo da vida quais são eu falei que o arrependimento é uma emoção muito elaborada Olha só quais são os componentes do arrependimento primeiro O arrependimento pressupõe uma avaliação cognitiva você tem que analisar a situação e fazer uma inferência elaborar hipóteses que podem ter se que poderiam ter ocorrido ao invés da realidade que aconteceu e se acontecesse dessa forma
e se acontecesse daquela outra forma as coisas poderiam ter sido diferente então sempre tem uma avaliação cognitiva sempre tem um senso de responsabilidade porque esse i si do arrependimento pressupõe que você teve algum grau de deliberação e que a tua decisão levou aquele desfecho por isso que você elabora ess eu tivesse feito de um jeito e se eu tivesse feito do outro jeito e é legal O arrependimento Justamente por isso porque você é obrigado a assumir a sua carga de responsabilidade pelo que aconteceu a não ser que nesse momento você percebe que não teve nada
a ver com uma decisão sua aí não tem por de C do arrependimento mas se o arrependimento permanece é porque você percebeu que tem tem a ver com uma deliberação sua então tem uma carga de responsabilidade e e é uma coisa principalmente pra geração atual é é uma coisa fenomenal quando eu vejo um jovem assumindo responsabilidade pelas coisas não é fundamental e grande do trabalho das minhas das minhas colegas de saúde mental psicólogas que estão aí a fazer as pessoas primeiro reconhecer a responsabilidad que eles têm sobre os próprios atos e muitas as perdas que
eles têm Então olha só tem uma elaboração cognitiva tem o senso de responsabilidade invariavelmente emoções com Valência negativa também vão acompanhar entre elas a tristeza tristeza tem papel fundamental no arrependimento arrependimento sempre tem um que de tristeza mas não apenas tristeza também frustração culpa vergonha Então quem vai dizer que nesse contexto essas emoções com Valência negativa elas não têm função e por fim O arrependimento pressupõe também uma motivação para mudança pode ser que a gente não consiga né fazer essa mudança às vezes Às vezes a gente não consegue mas no mínimo pressupõe uma motivação para
mudança porque se não houver motivação para mudança é mero remorço ou a pessoa tá triste por conta das consequências do erro mas não tem um verdadeiro arrependimento Então olha só o arrependimento é algo tão tão nobre que não tem um acho que não tem um grande sistema religioso no nosso mundo que não envolva O arrependimento como papel preponderante na doutrina né e a tristeza faz parte do arrependimento com isso eu dei para vocês aqui várias funções que a tristeza tem funções muito nobres no nosso desenvolvimento e no nosso psiquismo muito bem agora a gente vai
pra segunda parte tá bom Fernando e quando desconfiar que a tristeza já não está assumindo um papel bacana quando desconfiar que a tristeza já pode estar numa situação num contexto patológico ou na melhor das hipóteses A tristeza já não tá cumprindo a função dela eu vou citar aqui também cinco parâmetros e eu coloquei numa ordem arbitrária minha daqueles parâmetros que é assim olha a gente pode suspeitar a gente pode suspeitar que essa tristeza já tá anormal e patológica um pouquinho a gente pode suspeitar mais mais mais e mais ou seja está em ordem crescente do
que aproxima a tristeza de uma tristeza patológica mas ainda não é depressão seriam alguns fatores que fazem a gente desconfiar que há algo errado com essa tristeza ainda não é depressão depressão fala no final primeira coisa intensidade a intensidade da tristeza está muito grande e aí não tem jeito a gente tem que comparar a pessoa com ela mesma não dá para comparar pessoas diferentes Nisso porque o que me faz sofrer muito é diferente do que te faz sofrer muito né e o exercício da empatia que a gente tem que ter todos os dias é partir
desse princípio eu sinto o mesmo que você mas o que me faz sentir é diferente do que faz você sentir a mesma coisa então a gente tem que comparar um recurso que a gente usa é comparar a pessoa com ela mesma a pessoa já passou por situações semelhantes e não sofreu tanto e agora está sofrendo demais a gente tem que levar em conta o contexto cultural que a pessoa vive a geração atual sofre por coisas diferentes do que nós sofríamos e Eu não tenho tanta idade assim mas eu já tenho idade suficiente para ver algumas
coisas na cultura mudando e alguns de vocês vão reconhecer o que eu vou falar aqui por exemplo quando eu era criança e morria o cão da família O Cãozinho da família né é uma coisa que hoje em dia é até esquisito porque o cãozinho normalmente ele ficava no quintal dormia na casinha no quintal e comia resto do almoço e da janta era assim é uma coisa que os jovens até meio inconcebível para eles isso né muito bem Eu nem vou falar como lá lá em casa gente a cachorra tem três caminhas 20 cobertores e e
um brinquedo por dia e um brinquedo e mas eu não vou falar não vou falar não vou falar como é que é lá em casa quando eu era criança isso eu lembro quando eu era criança assim morri o cão da família para começar adulto era uma coisa extremamente esquisita um adulto sofrer por exemplo ah Fulano tá muito mal por morreu o cachorro meu era motivo até de falar meu qual o problema dele cara era uma coisa assim era admissível apenas as crianças chorarem não era assim não criança a gente até tinha cuidado para falar com
a criança que morreu entre os adultos o principal dilema naquele momento é tá o que que faz com o Cadáver agora não sei sabe era isso então a gente tem que levar em conta o contexto sempre o contexto cultural e eu acho que o principal Alerta aí é a diferença entre as gerações né na hora que a gente vai conversar com os com os filhos com pessoas de Outra Geração a gente tem que entrar primeiro no universo deles ouvir bastante entender a leitura da realidade que ele faz pra gente usar a mesma linguagem que ele
não dá pra gente se comparar não dá pra gente se comparar porque são idades diferentes maturidade diferente e não dá para também comparar você novo com seu filho também não dá que é um contexto cultural totalmente diferente então muito cuidado com relação a intensidade muito cuidado mas é um sinal já pessoa tá sof Principalmente quando ela própria conhece que tá sofrendo demais outra coisa a duração da tristeza e aí eu associo junto com a duração uma outra coisa que é a transformação da tristeza há de se convir que o normal é que diante da perda
da decepção e do erro a tristeza seja muito intensa no momento Inicial e depois essa tristeza vai diminuindo a se convir que isso é o mais natural e vai se transformando pelo menos há algumas circunstâncias em que essa transformação é muito difícil é mais complicada e requer aí um olho mais acurado que é no luto por exemplo luto há determinados lutos que nunca acabam nunca acabam um luto como do Senhor io nunca acaba um luto um luto parental nunca acaba uma vez substituindo o professor Ricardo moreno que deu essa palestra anterior à minha eu fui
num num simpósio na Argentina e encontrei um pesquisador canadense ele era muito velhinho na época não sei nem se ele tá vivo ainda o David Sheeran e ele comentando sobre luto ele falou ó eu perdi meu filho há 30 anos e não há um dia sequer da minha vida que eu não lembre com uma certa melancolia alguma tristeza dele o que que aconteceu com o luto do David Sheeran ele foi se transformando essa tristeza foi se transformando e a dor deixou de causar tanto sofrimento mas a dor existe então quando a gente fala de duração
muito cuidado muito cuidado duração é um parâmetro mas eu gosto de pensar mais na transformação essa tristeza está se transformando ao longo do tempo Ok É o que acontece é o que deve acontecer ou não essa tristeza não está se transformando em algo menos doloroso com menos sofrimento Pelo contrário tá aumentando aí a gente tem que tomar cuidado que a gente pode estar diante de uma tristeza patológica de uma tristeza melhor dizendo que está num contexto patológico angústia tá aumentando não é o natural e o que eu tô falando é algo muito lógico né quando
a gente quando a gente tenta colocar em termos lógicos Acho que fica mais fácil da gente entender é tristeza ela é mais aguda no primeiro momento e depois ela tende a ir se transformando então duração e transformação tem que ser essas duas coisas juntas só duração mostrei para vocês que não não resolve a questão então a transformação tem que ser considerada também um terceiro ponto funcionalidade essa tristeza está fazendo a pessoa ter prejuízos nos seus relacionamentos no seu estudo no seu trabalho a pessoa perdeu a funcionalidade social que ela tem eu não tô falando aqui
meramente de coisas laborais mas em tudo nos relacionamentos nos estudos nas atividades de lazer de socialização que ela tem isso é admissível no momento mais agudo da tristeza mas a gente percebe que que isso está se perpetuando pode haver alguma coisa normal quando eu perdi a minha mãe recentemente eh depois da família primeira pessoa que eu falei foi para uma pessoa enlutada tive vontade disso Fal vou falar com essa pessoa e ela fez as condolências dela demonstrou os sentimentos dela e a primeira coisa que ela me falou Fernando tira uma semana tira uma semana lógico
diante de uma perda de uma tristeza isso ok a gente pode até por opção até pra gente conseguir elaborar melhor essa tristeza a gente tira um tempo isso não quer dizer que a gente tá totalmente disfuncional é natural que isso aconteça no fundo daí no fim eu preferi nem isso mas seria natural agora se isso está se perpetuando essa disfuncionalidade tem alguma coisa assim no mínimo com alguma coisa errada merece uma abordagem Não tô dizendo que é necessariamente depressão mas no mínimo essa pessoa precisa de uma abordagem de uma ajuda e eu já diria até
que uma ajuda profissional é por que ela tá perdendo essa funcionalidade em função da tristeza e isso não está se transformando aos poucos ao longo do tempo então eu falei olha de intensidade duração e mudança e funcionalidade agora o que eu vou falar gente pouca pessoa aborda isso mas aí já tem uma maior sensibilidade para uma tristeza patológica a própria pessoa percebe que a qualidade da tristeza é diferente isso é bastante curioso bastante curioso quem tem transtorno do humor às vezes com o tempo e com o autoconhecimento e o conhecimento a respeito da doença começa
a perceber Doutor é seguinte ó eu tava triste porque o meu cachorro morreu eu vou dizer até mais eu tava mais triste do que eu tô agora mas agora a tristeza tá diferente é curioso isso né não tem a ver necessariamente com a intensidade mas a qualidade da tristeza é diferente esse é um negócio difícil de explicar difícil de entender mas que algumas pessoas trazem tem valor então se a tristeza mudou a qualidade fala assim olha quando eu passei por essa perda no passado eu fiquei triste Fiquei mesmo mas agora é a mesma perda e
tá diferente é o que a gente chama de qualidade da tristeza então isso pode indicar que essa tristeza tristeza já fugiu do normal e a próximo que eu vou falar aqui quinto item pra gente desconfiar que a tristeza é anormal que a tristeza tá num contexto patológico esse eu acho que todo mundo vai concordar que aí a gente já tá diante de uma tristeza que tá patológica é quando ela é imotivada pelo amor de Deus tristeza tem que ter motivo ansiedade tem que ter motivo se a tristeza não tem motivo a pessoa não encontra motivo
para estar triste aí a gente tá diante de uma tristeza patológica mas muito cuidado com a interpretação que as pessoas têm porque muita gente durona fala assim eu não tenho motivo para est triste mas na verdade ele tá fazendo uma uma elaboração intelectual de que os motivos que ele tem não justificam a tristeza não mas existe o motivo e tem gente durona que fala isso né Tem durona não tenho motivo para est triste mas no fundo ele tá passando sim por um monte de dificuldade às vezes não quer sumir guardar dessa situação uma tristeza sem
motivo certamente a gente está diante de uma tristeza patológica a gente tem que desconfiar disso então falei para vocês de cinco itens que a gente pode avaliar para desconfiar que a tristeza é uma tristeza patológica e a gente desconfiando disso aí a gente parte pro último passo dessa minha palestra aqui que é entender o quadro depressivo entender o quadro depressivo eh eu comecei falando para vocês né tristeza é um sentimento depressão é um quadro clínico Então vamos falar desse quadro clínico só que definir depois de tudo que eu falei a respeito da tristeza definir tristeza
como mero sentimento é muito pobre olha quanta coisa a gente pode aprender com a tristeza aliás aprender sobre a tristeza e aprender com a tristeza nas nossas vidas né mas depressão é um quadro clínico muito complexo sabe eu lembro uma vez que eu era a minha memória é muito boa para algumas coisas completamente inúteis assim felizmente para coisas úteis também mas algumas coisas completamente inúteis eu lembro uma vez que na na escolinha não lembro que série era professora perguntou qual a diferença entre montanha e serra né entre uma montanha e uma serra aí eu não
sabia responder a não ser dizendo que a serra é um conjunto de montanhas e eu respondi isso a serra é um conjunto de montanhas Pronto já tá a diferença entre um e outro fiquei torcendo pra professora dar certo e ela deu certo nisso né porque eu não sabia definir direito o que que é uma montanha comparar com a serra caramba Serra é um mon de montanha já tá a diferença tá aí sabe a tristeza é um sentimento depressão é um quadro clínico que pode ter uma série de sentimentos entre eles a tristeza e eu digo
até mais para vocês no quadro clínico da depressão a tristeza ela não é nem necessária Você sabia disso a tristeza é mais comummente associada à depressão e talvez seja de fato o sentimento mais comum na depressão Mas a tristeza não é nem necessária entre os dois sentimentos mais comuns na depressão está a tristeza ou o simples desprazer ausência de prazer perda da capacidade hedônica aquela pessoa que fala doutor eu não tô propriamente triste mas eu não vejo mais graça nas coisas Tá tudo meio sem graça Então essa pessoa tem o que a gente chama de
anedonia que é perda da capacidade hedônica esses dois é certo que são nucleares na depressão pelo menos um dos dois tem que estar presente mas veja só a pessoa pode ter depressão sem tristeza e quando eu comparo uma uma serra é o conjunto de montanhas os sintomas afetivos da depressão são como se fosse uma na serra e tem muitas montanhas lá ou seria assim né o a tristeza é uma árvore mas os sintomas afetivos na depressão são uma floresta pode haver Tristeza pode haver o desprazer Mas pode haver também ansiedade sentimentos de culpa baixa autoestima
sentimento de vazio apatia que a pessoa não sente prazer mas não sente nada também nem tristeza então entre os sintomas afetivos da depressão existe uma série de sentimentos e a tristeza é só um deles então por favor nunca mais associe diretamente depressão com tristeza depressão pode fazer a tristeza pode fazer parte da depressão uma parte bastante importante mas não é só isso outra coisa depressão é uma doença multissistêmica não há nenhuma Esfera do nosso psiquismo que não pode ser afetada pela depressão Então não é uma doença dos sentimentos e das emoções isso é parte da
depressão são sintomas afetivos há também por exemplo sintomas cognitivos que são muito sensíveis na depressão é difícil uma pessoa em depressão mesmo leve não ter os sintomas cognitivos começa pela dificuldade de atenção sustentada dificuldade de concentração aí a velocidade do do raciocínio fica diminuída a capacidade de aprendizado fica diminuída E aí todo o desempenho cognitivo e Acadêmico da pessoa está em algum grau pelo menos reduzido e se não está reduzido é porque a pessoa tem uma capacidade cognitiva muito boa que a apesar da dificuldade ela consegue cumprir as tarefas dela mas sintomas cognitivos Então seria
a segunda esfera de sintomas na depressão eu separo didaticamente o quadro depressivo em três esferas primeiro a esfera afetiva sentimentos e emoções que foi o que eu falei para vocês segundo esfera cognitiva tanto no modo com que funciona o nosso pensamento quanto no conteúdo quanto ao modo falei para vocês a concentração tá diminuída a tensão sustentada tá diminuída a velocidade do raciocínio tá diminuída a memória ente tá diminuída não tem como a pessoa ter o mesmo desempenho acadêmico que antes mesmo que ela consiga cumprir com as tarefas vai ser com muito mais esforço e a
terceira esfera de sintomas da depressão que eu separo por razões didáticas Hein gente na prática essas coisas não se separam são sintomas físicos e neurovegetativos alterações do Sono alterações do apetite sintomas Dolorosos e muita gente que tem síndromes dolorosas piora demais na depressão comoa sentir dor de cabeça lombalgia por exemplo existem até comorbidades dolorosas que são muito comuns por exemplo a cefaleia tensional a fibromialgia a lombalgia crônica muitas vezes se exacerbam na depressão o cansaço a falta de energia são sintomas físicos também Então olha só depressão é um quadro multissistêmico e complexo afeta todo o
psiquismo Então não é só o sentimento e mesmo que a gente tivesse fal falando só dos Sentimentos A tristeza seria um dos Sentimentos do do quadro depressivo Ficou claro então a dieren entre a e aesta ficou né só agora eu falei tudo Teoricamente chamar um Pou a gente realidade tem muito profissional de saú aqui e vocês Conar comig eu falei da teoria quando a gente separa uma tristeza normal da depressão na prática O que que a gente observa que as pessoas muitas vezes estão com quadros depressivos moderados a grave e ainda estão na dúvida se
aquilo é patológico as pessoas já estão passando por muito sofrimento já tão completamente disfuncionais pelo quadro depressivo relacionamentos estão sofrendo prejuízo trabalho tá sofrendo prejuízo vida acadêmica tá sofrendo prejuízo sofrimento intenso riscos desnecessários porque a pessoa não consegue perceber que Aquela tristeza que ela tem já passou sou de longe do normal e a pessoa na verdade tá vivendo um quadro clínico muito mais robusto né Eh eu eu sou psiquiatra há há no mínimo 15 anos 15 anos que eu tenho consultório no mínimo 15 anos eu exerço a clínica psiquiátrica e Só houve dois e eu
consigo lembrar dos dois casos que foram no consultório querendo saber se estavam em depressão e não estavam falei não não está Vai em paz não peques mais tá tranquilo dois casos dois mas eu recebo semanalmente casos doutor eu não sei se se se eu tô em depressão eu já tô sofrendo não sei que isso é direto pessoas que chegam com essa dúvida tanto que e quando eu dou entrevista Me Pergunta assim Fernando Qual que é o tratamento da depressão eu falo depende casos moderados agrave sempre o remédio é imperativo casos leves de curta duração medidas
de estilo de vida psicoterapia podem resolver só que eu sempre sou obrigado a falar mas a realidade é que 100% das pessoas que estão em dúvida se o quadro é patológico é um quadro patológico sim então a gente discute aqui foi uma discussão bastante bacana Pelo menos eu achei É lógico eu que tô falando né a gente discute toda a teoria a respeito disso mas a gente tem que se ligar na realidade como as pessoas compreendem o que a gente tá falando na verdade olha vocês que tão aqui comigo você que tá vendo aí pela
pela internet né se você tá em dúvida se teu quadro se a tua tristeza já tá num contexto patológico procure ajuda sabe Muito provavelmente eh já passou do do do tempo disso e com certeza tá num quadro patológico já há algum tempo olha agora a gente tem alguns minutos pra gente discutir responder alguma pergunta eh e eu abro para vocês pra gente fazer uma pergunta quem quem vai ser a primeira pessoa a fazer uma pergunta essa moça simpática que tá aqui qual que é o seu nome Nágela prazer prazer eh antes de você fazer a
sua pergunta posso falar uma coisa aqui tá bom an Nágela nela e ninguém tá até Até ficou ansiosa Nágela ó e ninguém ó ninguém pode dizer né já tava definido o critério antes você foi a contemplada esse cardinho aqui é bastante legal gente ele tem 50 perguntas abertas sobre resiliência então eu vejo psicólogo usar com paciente Professor usar na escola até uma paciente minha idosa usa com as colegas dela que toma chá para puxar papo a minha cunhada é professora ela usa na escola dela obrigada vi muito obrigada obrigado vai lá faz de lá ah
para vocês que não ganharam aqui sintam-se contemplados através dela mas eu vou sortear outra no @ Psiquiatra Fernand Fernandes Entra lá segue e no vídeo que eu fiz de Publicidade do ipq portas abertas deixa um comentário lá sorteio não precisa nem cerimônia não tá pode só escreve sorteio que eu vou sortear outro para todo mundo que tá aqui e para quem tá vendo em casa também então entra lá no @ Psiquiatra Fernando Fernandes me segue deixa lá no tem um vídeo que eu fiz de Publicidade do ipq portas abertas deixa lá sorteio que aí todo
mundo participa também passou o nervoso não mas vamos lá pergun mesmo assim a minão e essa daidade da você escreveu Então olha Eu repito o que eu falei é muito difícil de entender e é muito difícil de explicar a gente confia no relato da pessoa a pessoa ela fala assim eu não tô tão triste mas parece que tá doído de forma diferente e muitas vezes só para não ficar no váo total a a resposta muitas vezes associado com angústia é é a angústia eu acho que é um marcador aí não necessariamente mas muitas vezes acontece
que aquela sensação de aperto na boca de do estômago ou na garganta no peito normalmente o paciente cita angústia mas às vezes ele não cita nada ele fala assim Doutor eu já passei por isso no passado eu lembro lá não foi legal não foi legal mas agora parece simplesmente que está diferente e é muito difícil de entender é muito difícil de explicar a gente aceita isso e é descrito viu até nos critérios diagnósticos lá quando a gente vai ver a melancolia eles fala assim o paciente nota que a qualidade da tristeza é diferente e é
meio inexplicável mesmo Difícil de explicar Obrigado nela pela presença e pela pergunta mais alguém eu sou Nágela Oi tá E é uma pergunta sobre tratamento que não é motivo aqui mas a senhora que manda qual que o seu nomea são Campos cidade natal da minha esposa meus sogros estão lá vendo lá em São José dos Campos também Um abraço pessoal do do Vale do Paraíba tá eu tô tô tô falando igual candidato né Tá na época de eleição né tô falando igual candidato candidato sempre fala isso a pessoa fala eu sou de Osasco eu vou
muito para Osasco e v vou tem um parente lá é Então olha eh a erva de São João está está entre os poucos suplementos para o qual existe alguma evidência de eficácia na depressão tanto que as diretrizes trazem que nas depressões leves e principalmente como adjuvante pode ser usada a erva de São João que é o hipérico com perforatum eh essas perguntas são muito comuns no meu canal eu faço vídeo esclarecendo sobre isso existe muita má informação na internet sobre suplementos na depressão por exemplo coisa que certamente vocês já ouviram falar vitamina D por exemplo
TR da depressão não tem evidência alguma eh triptofano não tem evidência alguma esses dias atrás até um Jornalista do Estadão entrou em contato comigo e falou Doutor preciso da tua ajuda eu falei Fale meu amigo o que tá acontecendo falou não porque tem um cara falando aqui que banana verde cura depressão falei não não é verdade isso não você tá enganado você tá falando sério tô falei não não acredito banana verde se fosse madura ainda pelo menos mas verde não doutor É verdade vou mandar o link para você tinha um cara na TV aberta falando
que o melhor remédio para depressão era banana verde congelada é que fazia massa lá congelava para comer aos poucos né E que que ele falava que é porque tinha muito triptofano eu falei meu Deus mas já testaram até triptofano isolado e não não não tratou depressão aí o cara fala que banana verde por causa do triptofano trata depressão aí eu fiz um vídeo o jornalista do Estadão fez um texto e eu fiz um vídeo e aí ess esse conteúdo na internet se você olhar agora tem um selinho lá que foi refutado né Eu não lembro
o nome que diz lá que a notícia não haveria jurídica né mas mesmo assim no meu vídeo que eu fiz sobre isso meu vídeo era até assim banana verde não trata depressão um monte de gente embaixo eh falando Ah o doutor tá errado Doutor e eh tá enganado Doutor não quer ensinar as coisas naturais né E esse tipo de comentário acontece bastante mas você citou exatamente um dos Suplementos naturais não é suplemento né mas um tratamento natural que tem evidência de eficácia outros que tem né recentemente yoga por exemplo principalmente nas depressões ansiosas e o
principal de todos atividade física atividade física atividade física tá totalmente indicado quanto a alimentação já para que eu sei que pode ter surgido essa dúvida tá e alimentação tem alguma coisa que ajuda na depressão tem gente alimentação balanceada ponto final não existe nenhum alimento em específico que vai tratar a depressão Ah mas se a pessoa tiver em falta se ela tiver em falta ela vai no médico o médico vai prescrever O que que tá em falta de acordo com os exames alimento para depressão alimentação balanceada rotina para depressão respeitar o ciclo sono vigília manejar bem
o estresse tempo de trabalho tempo paraa família e atividade física é isso é o simples é o que funciona Placebo às vezes funciona também né como em toda a medicina às vezes funciona então a pessoa por exemplo Toma Lá banana verde lá daquele jeito né Teve gente que comentou embaixo do vídeo Doutor é ruim para caramba ti Fi que jogar jogar tudo fora gente e aí melhora mas o que acontece na na depressão o efeito placebo normalmente ele funciona rápido e não dura na depressão a minha dissertação de Mestrado tinha uma amostra com Placebo e
normalmente é isso o Placebo quando funciona funciona rápido alguns dias e a pessoa piora depois gente acho que o pessoal ali já tá olhando lá de cima já saiu ali então eu vou eu vou encerrar minha minha palestra e de novo agradeço de coração pela atenção de vocês um público excelente gente muito obrigado pela presença de vocês viu valeu valeu valeu obrigado você viu e quem quiser participar do sorteio
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