Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar - Crítica do Documentário sobre Toritama

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Vinte e Quadro
Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar captura o dia-a-dia de Toritama, cidade no Agreste ...
Video Transcript:
estamos mais uma vez aqui para falar de uma produção brasileira um documentário e eu já queria dizer que já identificou muito com o nome desse filme porque assim estou guardando para quando o carnaval chegar esse já que já sou eu basicamente eu neste momento de 2019 em julho de 2009 estão guardando para o carnaval que joãozinho e guarda com se preparar aqui há aqui eu já estou preparação total já toritama é uma cidade lado agreste de pernambuco sua principal fonte de renda é a confecção de jeans a cidade é totalmente voltada para o trabalho ea
única época do ano que as pessoas param para descansar para se divertir é quando chega o carnaval e elas viajam que lá pra praia prostitute descansar um pouco não é justo não é daí o nome do filme acho que sim um grande show do filme é do diretor marcelo gomes ele adota o documentário ensaístico então ele se coloca como mais um dos personagens aí que vai contar sua história ea lenda a gente conhecer essa toritama mais moderna com essas máquinas e tudo mas ele confronta isso com as memórias que ele tinha do passado da época
em que ele viajava com o pai para a região e tinha uma cidade muito mais calmo e tranquilo aí o filme que eu estava com vontade de assistir algumas pessoas já tinham visto inclusive este homem aqui diz estar do meu lado porque se me passou é tudo verdade foi inclusive o filme do feijão eu infelizmente não tinha conseguido assistir mas estava bastante curioso e minhas expectativas elas foram superadas porque o filme é muito bom é muito divertido traz várias discussões vão aí começar a falar da parte audiovisual senhor que não é exatamente porque eu acho
que você está pegando esse gancho por que o episódio tem lembrar também que edson e acho muito curioso que esse filme começa em uma tela preta sim em que a gente só ouve os relatos do marcelo gomes falando sobre a memória que ele tinha nesse espaço então faz bastante tempo o diretor passou por lá a gente pode entender que essas memórias são bastante difusas que somente um elemento de som do evento um som mais minimalista e não conhece mas essa região e justamente quando a gente tem a primeira imagem a gente já tem o primeiro
confronto do filme porque é justamente diferente do que imaginava aqueles autores unidos com pessoas brancas que eu acho mais interessante desse choque que apesar de não ser essa cidade que se vende por um artigo de moda supostamente traz jovialidade e também por conta desses outdoor nesses corpos mas modernas e tudo mais então por uma forma prevenir a passagem de tempo desses corpos o diretor está interessado naquilo que não atrai justamente nesses corpos que são marcados pelo trabalho marcado pelo sol marcados pelo tempo é muito louca essa questão dos outdoors nec que são as primeiras imagens
são mostradas no filme porque logo depois nós vemos aquelas pessoas aquelas cidades eles utilizam aqueles produtos as pessoas das cidades ao redor o tio aqueles produtos mas em nenhum momento eles se parecem com aqueles modelos que são mostrados né é claro que o filme chegasse uma obsessão dessas pessoas então um filme onde isso não traz isso não discutimos mesmo meio sim eu acho que talvez aquelas pessoas mesmo que no seu subconsciente elas querem se parecer com aqueles modelos brancos que não tem nada a ver com aquelas pessoas acho que talvez às vezes na cabeça de
nós consegue se elas estão sentindo bem utilizando se elas estão sentindo na moto elas estão sentindo os jovens relação sentindo antenadas eu acho que para nós elas conseguem até porque tem um personagem lá que ele representa 6 que o modelo vivo ele veste as roupas que quer vender então ele meio que se torna aquele outdoor né e apesar de ele ser uma pessoa física então ao mesmo tempo que não ele é o produto que vende o que produz então de certa forma o time que conseguiu ser aquela pessoa que estava querendo assim mais uma outra
coisa que eu acho muito muito maneiro e é o que a gente sempre discute aqui nos vídeos é que eu não conhecia toritama eu não sabia dessa produção de que eles tinham essa produção forte disse que a cidade vivia em decorrência de ts desse produto era eu fiquei fascinada tá vendo mais uma vez aí o documentário fazendo sua função não é porque ele me trouxe uma outra realidade ea gente consegue entender o quanto o brasil é grande o quanto o brasil é diverso eo quanto existem pessoas que são muito mas muito diferente dessas da nossa
bolha quilômetros da cidade de são paulo apesar delas quererem se parecer com a bolha de são paulo é porque ele está em meus olhos não saber que apesar da distância existem umas certas aproximações só que justamente esse o grande confronto do filme essa distensão e aproximação das coisas mas enfim acho que assim a gente está discutindo isso pra mim apesar do filme fala muito sobre o trabalho ele é muito mais sobre o tempo eu acho que é muito perspicaz a forma como marcelo gomes filme e deixa com que várias cenas se alonguem e que a
gente vê o ritmo das máquinas que a gente vê o ritmo dos trabalhadores até um ponto em que até mesmo aqueles que não se submetem a essa indústria do jeans acabam sendo regravado pelo tempo do dia então às vezes de uma forma mais literal por exemplo um bichinho como um gato e uma galinha que está parado em cima de um tecido só para descansar um minuto a pessoa já vai lá e puxa a pessoa eo gato tem que sair ou até mesmo uma forma mais poética a partir de como marcelo gomes montou o filme é
quando a gente tem por exemplo um senhor que ele prevê o regime de chuvas ou um outro senhor que o cuidador de rebanhos que justamente o que inserido entre duas cenas de jeans então a gente tem um respiro mas logo após a gente volta no dia eu acho que até mesmo pensar até no carnaval e carnaval ele não é justamente o momento você vai descansar ele o momento entre 365 dias em que você está trabalhando e 365 dias que você vai voltar a trabalhar não esquecem tudo todo esse trabalho das coisas mais banais as coisas
mais poéticas são regradas pelo tempo do dim mas na verdade o que me chamou a atenção não foi o tempo mas sim uma palavra chamada liberdade muitos personagens utilizando essa palavra eles diziam se não antes eu trabalhava pra outras empresas e eu tinha que trabalhar para ele a recebeu eu tinha o empregador eo minha produção meu dinheiro ia pra eles e agora eu consigo produzir menos próprias peças eu sou alto e eficiente só autônomo mas essas pessoas elas acabam trabalhando 12 14 horas elas basicamente trabalham domi trabalho glory é comendo ela sem comer algum momento
elas comem dormem e trabalha e elas vivem neste ciclo o ano inteiro e para elas aquilo é uma liberdade mas pra mim está muito mais ligado a uma prisão uma prisão que ela própria que elas não conseguem enxergar o que em si uma liberdade de ser e acho que tem justamente tudo a ver com o tempo porque a liberdade delas é a capacidade delas definirem como vão lidar com seu tempo está falando os personagens definir o próprio tempo eu acho muito interessante a posição de marcelo gomes e coloca interferindo muitas das situações muitas das conversas
quem ali que você vê que se ele levanta um questionamento e justamente corta com a rotina corta com o tempo que se que esse trabalhador tinha definido e como não tem a resposta você vê que ele fica meio que num limbo de um momento que ele não tem controle ele as pessoas têm controle tudo certo na rotina de acordar domingo lá você vê que é justamente nesses momentos que saem as coisas mais interessantes e é legal também que as pessoas às vezes engraçado é que elas estão falando em um momento que aqui uma senhora está
falando cara não quer gravar de novo e assim ele grava aqueles momentos isso dá muita oportunidade isso mostra um time ela tentando definir o tempo até mesmo do filme e é engraçado você enfrenta a gravar de novo não sei que não é isso que vai colocar no vídeo traz acho essas brincadeiras que ele faz é dar uma graça do filme traz aí mais verdade e mostra um pouco esse lado dessas pessoas também que de fato a ação daquele jeito aí falando de marcelo gomes acha que tem essa questão das nações são muito bem colocadas como
você está mesmo aqui em alguns momentos outros eu acho que faltou um pouco mais perspicácia nisso por exemplo tem uma cena em que está gravando o personagem está usando ele diz o seguinte silêncio somente na hora do almoço e silêncio eu lembro muito bem ele durar o dia inteiro então acontece pra mim essa é uma frase totalmente um acessório indispensável que o primeiro você tá falando do silêncio quando ele coloca na ação ele tá quebrando o silêncio em primeiro lugar e segundo logo que ele acaba de falar um negócio ele corta uma outra cena então
esse silêncio que durava o tempo todo só dura o tempo da fala dele ele tem alguns momentos que eu acho que faltou um pouco mais de perspicácia mas de modo geral acho que a nação nova ordem presente nesse ponto porque ele quer expor o quanto aquilo é importante talvez ele não colocasse isso nos off pareceria só mais uma cena em que não dialogar se tanto com aquela da clara no momento em que ele vivesse talvez essa fala não existisse às vezes isso é passar despercebido o pior talvez o primeiro passo deve cortar o silêncio a
fala dele ok mas o fato de ele falar que o silêncio do tempo inteiro na cena seguinte ele já corta quando acaba de falar que poderia ter segurado por exemplo nessa cena um pouco mais mas assim são momentos pontuais que emitiram um fim na razão dele e se incomodou zero assim 05 durante que eu acho que são poucos positivos e fala exatamente uma coisa está acontecendo na cena e eu também gosto daquelas imagens de produção seriada que eu tenho pelo inter ele coloca as pessoas trabalhando coloca a imagem reversa e tem um momento muito legal
também do som que ele que a pessoa trabalhando trabalhando trabalhando e falam eu tirei som porque esse som e da ansiedade ele vai tomar alguma música claro que fizemos se fossem morar melhor número mais se tivesse de balé além daquelas pessoas aquele ritmo constante e incessante eu acho aquilo faz isso e aquilo acho que sintetiza o filme como um todo se ele consegue amarrar todas as ideias que tinha apresentado anteriormente é justamente essas máquinas elas passaram a substituir silêncio estou provavelmente existiam na cidade elas começam a ditar o ritmo das cidades começa a ditar a
passagem de tempo é porque é um sonho e um presente muitas vezes tentam channel ficção científica ali me parece mesmo em uma coisa meio caótico e eu acho muito interessante inclusive como foi logo no começo do filme a primeira cena é um preto a última cena do filme quando então os jeans à rolando e da unifei de black que a gente acontece a gente permanece com o som então é justamente o som que antes era o som do vento em substituição do da natureza é o som das máquinas e esse é um novo elemento que
dita a passagem de tempo e uma outra coisa que eu acho muito virada também é porque quando chegar a época deles viajar no carnaval dessas pessoas enfim descansar e se divertir ele faz o que ele dá a câmera para essas próprias pessoas poderão gravar esses momentos que para ela são tão especiais então acho que pra mim é um outro ponto de virada do filme assim elas têm o controle que elas têm o controle e as pessoas lembravam que elas fazem no dia a dia delas elas que os momentos lá se divertindo os momentos mais especiais
então nada mais justo elas mesmo gravar aqui aquilo assim então acho que rolaria chocolate é importante para elas no tempo eu acho isso assim outro ponto muito sitbon e só pra encerrar o vídeo aqui eu queria me faz uma operação que não sei se você tem nas nossas aspirações é ter um corpo eu sempre tenha aspirações concordo e acho que até ver com o que estava falando sobre essa questão da natureza é substituída pela máquina nem quem dita a passagem de tempo porque você vê que a cidade muito azul em muitos aspectos tanto por conta
das calças jeans as paredes são muitas voadas as roupas que isso você percebeu se viu isso eu acho que é uma operação muito melhor que não força essa questão das cores é ele não eu não sei acho que é muito natural que basicamente tem um lugar que é um sertão é um lugar muito laranja muito muito marrom marrom ontem aí né e aí a gente pensa que é que você vê pontos de azul por exemplo quando os carros estão andando com as suas motos repleta daqueles jeans azuis quando eles entram nas fábricas essas fábricas têm
esses times as paredes eu não sei eu vi muito esse ajudas nas periferias e é justamente encontrar com esse marrom porque se está a pensar nessa idéia da natureza quem é sincero que fazia um respiro para si essa secura preci essa questão mais dura nesse marrom dessa terra seria o céu céu azul mar que é um desastre um a calma deles e acontece quem substituirá eles agora os jeans então o jeans mais uma vez substituiu natureza os elementos ali e george lopez da geórgia é um elemento muito inconsciente é que ele é violência surgiu assim
eu acho que ele é o resultado desse processo de transformação da cidade mas eu acho que faz sentido se essas coisas mas eu não acho que ela foi algo proposital isto é o que eu sempre digo né muitas vezes o diretor ele não pretendeu em fazer tal coisa mas se a gente como espectador consegue achar uma simulação ali argumentativa que faça sentido olhão está valendo então é isso gente eu espero que vocês tenham gostado desse vídeo tem uma novidade né esse filme eles na sessão vitrine é aquele que mais petrobras não é mais o centro
vai lá o que é você que é um filme brasileiro por nem sequer distribuidora vitrine sim por um preço bem acessível que dá pra todo mundo no cinema assistir também ele está nos serviços de streaming ou se você não quiser sair da sua casa para atravessar a cidade ou se você não estiver numa cidade em que civil está passando você pode assisti lo no conforto do seu lar porque por exemplo está disponível no youtube no google places de uma fuçada na internet devem repetir o filme vale muito a pena a justiça então essa é a
nossa dica espero que vocês tenham gostado e até a próxima valeu até o próximo carnaval até o próximo aqui eu estou preparadíssimo até mais [Música]
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