[Música] eu Trabalho como professora de ensino fundamental em uma escola pública aqui no Brasil já estou nessa profissão há alguns anos e posso dizer que adoro o que faço trabalhar com crianças é sempre um desafio mas também é extremamente gratificante no entanto algo aconteceu há alguns meses que eu simplesmente não consigo esquecer era uma terça-feira como outra qualquer eu estava dando aula para uma turma de crianças de s a 8 anos uma turma animada mas que sabia a hora de se comportar estávamos no meio de uma atividade de leitura quando de repente Algumas crianças começaram
a chorar no início achei que era só Cansaço ou alguma briga entre eles o que era comum mas então mais crianças começaram a chorar e todas olhavam para o mesmo canto da sala perguntei o que estava acontecendo tentando manter a calma e uma das meninas com os olhos arregalados e a voz tremendo disse que havia uma mulher no canto da sala coberta de algodão minha primeira reação foi de incredulidade olhei para o canto que elas apontavam mas não vi nada mesmo assim tentei acalmá-las dizendo que não havia nada lá que era só a imaginação delas
porém no fundo comecei a sentir um descon forto que não sabia explicar mesmo após eu tentar tranquilizar a turma as crianças continuavam inquietas algumas ainda Chorando Baixinho e outras não tiravam os olhos do canto da sala decidi que era melhor encerrar a atividade de leitura mais cedo e passamos para uma brincadeira mais leve para distraí-las mas enquanto eu organizava o material comecei a sentir um calafrio percorrer minha espinha era como se o ar ao redor tivesse ficado mais frio de repente ignorei o sentimento e segui com a aula tentando manter a normalidade no entanto o
desconforto não passava toda vez que eu ficava de costas para o canto da sala sentia como se estivesse sendo observada era um sentimento que eu não conseguia explicar e que nunca tinha sentido antes em sala de aula quando finalmente chegou a hora do intervalo eu estava aliv por poder sair da sala por um tempo no entanto o pior aconteceu quando voltei para a sala sozinha para pegar meus pertences assim que entrei ouvi sussurros parecia que vinham de todas as direções mas ao mesmo tempo não pareciam estar dentro da sala meu coração disparou mas tentei me
convencer de que era minha imaginação que estava apenas sugestionada pela reação das Crianças Peguei minhas coisas rapidamente e saí dali sem olhar para trás no dia seguinte cheguei na escola com a esperança de que o que aconteceu fosse apenas um mal entendido algo que pudesse ser esquecido rapidamente mas logo percebi que as crianças não haviam esquecido quando os alunos começaram a chegar notei que eles estavam diferentes mais quietos do que o normal evitando olhar para o canto da sala onde No dia anterior disseram ter visto a mulher coberta de algodão as primeiras atividades da manhã
seguiram sem grandes problemas mas quando chegou a hora de voltarmos àquele canto da sala para uma atividade em grupo as crianças simplesmente se recusaram a ir elas começaram a se afastar algumas chegando a chorar de novo dizendo que não queriam ficar perto da mulher de algodão Fiquei preocupada mas não sabia o que fazer como eu poderia lidar com uma situação da qual eu mesma não tinha certeza tentei mais uma vez acalmar a turma dizendo que não havia ninguém ali e que tudo estava bem mas a resposta delas foi Clara elas não acreditavam em mim acabei
mudando a atividade para outra parte da sala mas aquilo começou a pesar na minha mente eu sempre fui muito racional mas ver as crianças tão assustadas a ponto de se recusarem a entrar na sala sozinhas começou a me fazer questionar o que realmente estava acontecendo depois daquela manhã difícil decidi ficar um pouco na sala após o fim das aulas organizando as atividades do dia seguinte e tentando encontrar uma explicação lógica para o que estava acontecendo Eu não queria acreditar em nada Sobrenatural mas a insistência das crianças e os meus próprios sentimentos de desconforto estavam começando
a me abalar enquanto estava ali sozinha começou novamente os sussurros eram quase inaudíveis como se alguém estivesse murmurando logo ao meu lado mas sem que eu pudesse entender o que diziam A sala estava vazia e o único som que eu deveria ouvir era o das Árvores balançando do lado de fora ou de algum colega passando pelo corredor mas os sussurros estavam lá nítidos embora indecifráveis tentei me concentrar no que estava fazendo mas o som parecia ficar cada mais PR o ar ficou frio de novo e eu comecei a sentir o mesmo calafrio que tinha sentido
no dia anterior olhei ao redor mas não havia nada ninguém Peguei minhas coisas rapidamente e saí da sala trancando a porta atrás de mim com mais força do que o necessário ao sair me dei conta de que estava suando frio mesmo com a temperatura amena do dia aquilo não fazia sentido eue fui uma pessoa cética meditava em superstições mas agora estava enfrentando algo que não conseguia explicar e o pior era que eu sabia que no dia seguinte teria que voltar àquela sala para enfrentar novamente aquilo que parecia estar cada vez mais presente os dias seguintes
foram os mais difíceis que já enfrentei na minha carreira de professora as crianças estavam cada vez mais assustadas e eu também não estava conseguindo manter a calma os sussurros na de aula se tornaram uma constante mas eu era a única que parecia ouvi-los toda vez que eu ficava sozinha na sala eles voltavam sempre no limite da audição como se fossem vozes de outra dimensão naquele dia específico algo mudou eu estava corrigindo alguns trabalhos enquanto os alunos faziam uma atividade em silêncio tudo estava relativamente calmo até que de repente todas as crianças Pararam o que estavam
fazendo e olharam para o canto da sala dessa vez não houve choro mas o silêncio foi ainda mais perturbador as crianças estavam completamente paralisadas olhando fixamente para o canto onde dias antes tinham visto a tal mulher coberta de algodão senti o pânico crescendo dentro de mim mas precisava Manter o controle perguntei o que estavam vendo Mas ninguém respondeu então me levantei e fui até o canto da sala Meu Coração batia tão rápido que parecia que ia explodir quando cheguei lá o ar ficou gelado de repente e eu senti um cheiro estranho algo que lembrava algodão
queimado uma das Crianças murmurou baixinho ela está bem aí professora mas mais uma vez eu não vi nada no entanto o frio e o cheiro ficaram mais intensos Eu sabia que havia algo ali mesmo que não pudesse ver o medo tomou conta de mim de uma maneira que nunca tinha sentido antes voltei rapidamente para minha mesa e decidi encerrar a aula mais cedo naquele dia as crianças saíram da sala em silêncio e eu fiquei ali sozinha tentando entender o que estava acontecendo após aquele último incidente Ficou claro para mim que não poderia continuar naquela sala
as crianças estavam com medo de entrar e eu não conseguia mais fingir que nada estava acontecendo naquele dia após todos irem embora fui até a diretoria e expliquei que precisávamos mudar de sala não entrei em detalhes Apenas disse que as crianças estavam muito desconfortáveis ali e que isso estava afetando as aulas a diretora que também notou a mudança de comportamento dos alunos concordou em transferir a turma para outra sala temporariamente enquanto verificavam se havia algum na sala antiga naquela noite voltei para casa Exausta mas aliviada por saber que não precisaria voltar para aquela sala novamente
no entanto a experiência me marcou profundamente por semanas continuei ouvindo sussurros mesmo fora da escola mas nunca contei para ninguém eu sabia que se falasse ninguém acreditaria em mim eventualmente os sussurros desapareceram mas o que senti naquela sala nunca realmente se foi as crianças também melhoraram depois que mudamos de sala elas nunca mais mencionaram a mulher de algodão e eu nunca mais toquei no assunto mas às vezes quando passo pelos corredores da escola e vejo a porta daquela sala fechada sinto um calafrio percorrer minha espinha e me lembro do que aconteceu ali aprendi a conviver
com o que vi e Ouvi mas nunca deixarei de o que realmente estava naquela sala algo que não pode ser explicado mas que certamente Deixou sua marca em todos nós eu e minha esposa Ana sempre gostamos de aproveitar os finais de semana para escapar da correria da cidade grande naquele fim de semana específico tínhamos passado uns dias na casa de uns amigos no interior de São Paulo foi um tempo tranquilo comida risadas e muita conversa jogada fora estávamos voltando para casa no domingo à tarde querendo pegar a estrada antes que o trânsito das estradas principais
ficasse insuportável Ana como sempre estava no banco do passageiro mexendo no celular e checando as últimas mensagens de nossos amigos eu estava dirigindo e aproveitando a calmaria do final de tarde com o sol se pondo devagarinho no horizonte depois de algumas horas de viagem estávamos começando a sentir o cansaço da estrada quando Ana sugeriu que pegássemos um atalho por uma estrada rural ela tinha lido sobre essa estrada em algum blog de viagem que recomendava rotas alternativas para evitar o trânsito pesado vamos por aqui disse ela mostrando o caminho no GPS é uma estrada mais tranquila
e a gente Evita o congestionamento eu olhei para o mapa e hesitei por um momento não conhecia muito bem aquela região mas a ideia de chegar em casa mais cedo era tentadora tudo bem concordei virando o volante para pegar a estrada sugerida a nova estrada era bem diferente da principal era Estreita rodeada por árvores altas que quase formavam um túnel natural sobre nós a luz do sol já alaranjada pelo fim do dia atravessava as folhas e criava sombras longas e um tanto sinistras na pista a a estrada era esburacada e não tinha muita sinalização mas
a tranquilidade do lugar nos deixou à vontade estávamos tranquilos conversando sobre a viagem Relembrando as histórias engraçadas do fim de semana e fazendo planos para a semana que estava por vir enquanto dirigia Ana e eu comentávamos sobre como era bom poder escapar de vez em quando só nós dois longe da confusão do dia a dia ela sugeriu que Devíamos fazer isso mais vezes talvez explorar outras cidades do interior que ainda não conhecíamos eu concordei gostava da ideia de explorar novos lugares mas naquele momento só queria chegar em casa e relaxar Foi então que enquanto passávamos
por uma curva vimos uma casa velha e abandonada à beira da estrada era uma daquelas casas antigas com o telhado inclinado janelas grandes e a pintura completamente cascada parecia que não via uma reforma há décadas as janelas estavam quebradas e a Madeira das paredes parecia estar podre de tão velha o mato havia tomado conta do que um dia poderia ter sido um jardim e agora crescia desordenado ao redor da casa Ana sempre curiosa com essas coisas comentou sobre como a casa parecia saída de um filme de terror Nossa que casa assustadora né Deve estar abandonada
a séculos dá até um arrepio só de olhar eu ri tentando aliviar o clima já está na hora de demolir em isso aí ou pelo menos reformarem quem é que deixa uma casa chegar a esse estado foi nesse momento que o carro começou a engasgar o motor que estava funcionando perfeitamente até então deu uns solavancos e de repente parou completamente fiquei surpreso Afinal o carro nunca tinha dado problema antes tentei ligar o motor várias vezes mas ele nem dava sinal estávamos exatamente em frente à casa abandonada e a situação começou a me deixar desconfortável Ana
percebendo a mudança no meu semblante sugeriu que eu saísse para dar uma olhada no motor enquanto ela ficava dentro do carro deve ser só alguma coisa simples vai lá ver o que é mesmo não estando muito certo do que poderia fazer saí do carro para ver se conseguia resolver o problema ao abrir o capô e começar a mexer no motor senti um arrepio subir pela minha espinha o lugar estava completamente deserto e o silêncio era quase opressor olhei ao redor E vi a casa ali parada com suas janelas escuras e a fachada decadente o desconforto
aumentou mas tentei me concentrar no motor tentando descobrir porque o carro tinha parado assim do nada enquanto eu mexia no motor tentando descobrir o que havia de errado a sensação de desconforto só aumentava não era normal o carro parar assim do nada e logo em frente a uma casa que parecia ter saído de um pesadelo a estrada estava Deserta aquele lugar todo tinha uma Vibe Estranha como se o tempo tivesse parado e nós estivéssemos ali presos em uma espécie de Limbo de repente ouvi a voz de Ana mas ela estava diferente um pouco trêmula amor
tem tem alguém na janela o Tom na voz dela fez meu coração acelerar larguei o que estava fazendo e me virei na direção que ela apontava a casa estava a uns bons metros de distância mas ainda dava para ver claramente o que ela estava indicando olhei para as janelas quebradas e por um segundo não vi nada mas então algo se mexeu lá na janela do segundo andar havia uma figura era difícil distinguir detalhes por causa da distância e da escuridão que já estava tomando conta do lugar mas a silhueta era claramente de uma pessoa a
figura parecia nos observar e aquilo me gelou o sangue não era possível que alguém estivesse morando naquela casa ela estava caindo aos pedaços Ana ainda no carro começou a ficar agitada vamos embora daqui agora ela quase gritou mas eu estava congelado alguma coisa naquela figura me impedia de desviar o olhar era como se uma força invisível me mantivesse ali preso olhando de volta para aquela sombra na janela Finalmente consegui me mexer voltei correndo para o carro e entrei trancando as portas com um movimento rápido tentei ligar o motor mais uma vez e para minha surpresa
ele Roncou para a vida como se nada tivesse acontecido a sensação de alívio foi imediata mas o medo ainda estava lá pulsando forte no meu peito vamos vai logo Ana implorava olhando nervosamente para casa sem esperar mais um segundo pisei fundo no acelerador e arrancamos o carro agora funcionando perfeitamente nos levou para longe da casa a uma velocidade que eu sabia ser arriscada para aquela Estrada esburacada mas eu não me importava só queria sair dali o mais rápido possível enquanto no afastamos dei uma última olhada pelo retrovisor a casa estava ficando para trás e a
figura na janela ainda estava lá imóvel nos observando mesmo a uma distância maior ainda dava para sentir aquele olhar como se estivesse gravado na minha mente Nenhum de Nós falou nada durante o restante do caminho o silêncio entre nós só reforçava o que havíamos acabado de vivenciar quando finalmente Voltamos para uma estrada onde havia outros carros e o movimento da cidade começava a aparecer começamos a nos sentir um pouco mais seguros mas a tensão ainda estava lá grudada em nós como uma sombra que não conseguimos sacudir chegando em casa o silêncio foi substituído por uma
avalanche de perguntas O que foi aquilo que vimos quem poderia estar naquela casa decidimos que não contar para ninguém no primeiro momento até porque a situação parecia surreal demais para ser verdadeira mas conforme os dias foram passando a inquietação em nós só crescia parecia que aquela figura aquela casa não saíam das nossas cabeças foi só no final da semana quando estávamos em um churrasco na casa de amigos que a história veio à tona estávamos sentados na varanda conversando e rindo quando um dos amigos comentou sobre uma estrada rural na região que tinha f de ser
esquisita eu e Ana trocamos um olhar e ela me deu um leve aceno com a cabeça como quem diz conta logo então contei contei sobre o atalho que pegamos sobre o carro que parou misteriosamente sobre a casa e a figura na janela enquanto eu falava percebi que todos na mesa estavam prestando atenção Mas em vez das risadas ou piadinhas que eu esperava eles pareciam preocupados um um dos amigos o Alexandre um caraa que cresceu na região ficou especialmente sério essa casa que vocês viram começou ele com a voz baixa não pode ser a casa que
fica na curva depois da Estrada Principal né aquela que tá abandonada há anos quando confirmamos ele Balançou a cabeça visivelmente tenso vocês sabem a história desse lugar e aí ele começou a contar segundo Alexandre aquela casa era famosa na região anos atrás uma tragédia tinha acontecido ali uma família inteira pai mãe e duas crianças tinha morrido em um incêndio Dizem que o fogo começou de repente no meio da noite e quando os vizinhos perceberam já era tarde demais a casa foi consumida pelas chamas e os corpos nunca foram encontrados desde então o lugar ficou conhecido
como Mal Assombrado muitas pessoas que passavam por ali relatavam coisas estranhas barulhos figuras nas janelas luzes inexplicáveis alguns até falavam de uma presença que parecia observar quem se aproximava eu e Ana ouvimos a história em silêncio cada detalhe tornando Nossa experiência ainda mais assustadora até aquele momento estávamos tentando racionalizar o que aconteceu mas depois de ouvir Alexandre Ficou claro que havia algo muito errado com aquele lugar naquela noite quando voltamos para casa o peso da história parecia nos acompanhar o medo que eu senti na estrada voltou com força total e pela primeira vez acreditei que
o que vimos não era só uma coincidência ou uma ilusão algo realmente estava naquela casa algo que ainda estava lá esperando por quem se atrevesse a passar viajo bastante a trabalho e isso me faz passar muito tempo em hotéis de todos os tipos já dormia em quartos de luxo e em quartos que mal tinham um ventilador decente mas nunca em todos esses anos de estrada algo me deixou tão desconfortável como o que aconteceu naquele hotel no interior de Minas Gerais eu tinha acabado de fechar um bom negócio em uma pequena cidade da região e precisava
de um lugar para passar a noite antes de seguir viagem na manhã seguinte acabei encontrando um hotel antigo bem no centro da cidade era uma daquelas construções históricas de fachada imponente mas que claramente já tinha visto dias melhores a pintura estava descascada e o letreiro do hotel estava quase apagado pelo tempo ainda assim Parecia um lugar tranquilo e eu estava cansado demais para procurar outro na recepção fui a atendido por um senhor simpático que me entregou a chave do quarto e me deu um aviso meio esquisito senhor Evite o quarto 22 por favor ele está
trancado e não é usado há muito tempo achei aquilo estranho mas não questionei agradeci e subi para o meu quarto que ficava no segundo andar quase no final do Corredor enquanto andava pelo corredor silencioso não conseguia evitar notar que a porta do quarto 22 estava bem no meio do caminho ela era igual a todas as outras mas havia Algo de diferente nela talvez pela forma como o recepcionista mencionou o quarto a curiosidade me picou mas continuei andando até o meu quarto depois de me instalar e tomar um banho fiquei pensando no que o recepcionista tinha
falado por que um quarto ficaria trancado e vazio em um hotel que pelo que vi não estava cheio decidi que daria uma mais de perto quando descesse para jantar Depois de jantar em um restaurante próximo voltei ao hotel o lugar estava quieto Quase vazio com uma atmosfera meio melancólica subi as escadas para o meu quarto e quando passei pelo 22 a curiosidade que estava me corroendo o dia todo finalmente venceu Parei em frente à porta olhei em volta para ter certeza de que ninguém estava vendo e toquei na maçaneta para min minha surpresa a porta
girou facilmente abri devagar apenas o suficiente para espiar dentro o quarto estava completamente escuro mas de alguma forma eu sentia um frio intenso vindo de dentro sabe aquele tipo de frio que não é só por causa da temperatura mas que parece vir de algo muito errado fiquei paralisado na porta tentando entender o que estava sentindo a sensação de estar sendo observado é era esmagadora mesmoo sem ver nada entrei no quarto hesitante e procurei o interruptor para acender a luz quando finalmente encontrei a luz revelou um quarto que parecia normal mas a sensação de desconforto não
foi embora ao contrário parecia piorar a cada segundo os móveis eram antigos cobertos de poeira como se ninguém tivesse pisado ali por anos não havia nada de visível que pudesse causar aquele malestar mas ele estava lá presente em cada canto de repente senti um vento gelado passar por mim como se alguém tivesse soprado na minha nuca meu coração disparou e a vontade de sair correndo dali foi imediata antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa fechei a porta com força e voltei correndo para o meu quarto sem olhar para trás tranquei a porta e me
joguei na cama tentando entender o que tinha acabado de acontecer naquela noite eu dormi mal acordava a cada hora sempre com a sensação de que tinha alguém no quarto comigo em um desses momentos senti como se alguém puxasse meu cobertor acordei sobressaltado mas claro não havia ninguém lá o quarto estava vazio só eu e o som do meu coração batendo forte mas a sensação de estar sendo observado não me deixava em paz tentei ignorar pensando que estava apenas impressionado por causa do que aconteceu mais cedo mas foi impossível voltar a dormir a noite parecia não
passar e cada minuto que eu passava ali Parecia um pesadelo acordado em certo momento pensei em descer até a recepção e pedir outro quarto mas estava tão apavorado que mal conseguia me levantar da cama decidi que ficaria ali quieto até o amanhecer Quando o Sol finalmente começou a iluminar o quarto me senti um pouco mais aliviado mas o medo que senti naquela noite não me deixava esquecer o que aconteceu Peguei minhas coisas rapidamente e desci para a recepção decidido a sair daquele lugar o mais rápido possível enquanto fazia o checkout o recepcionista o mesmo Senhor
da noite anterior percebeu que eu estava agitado dormiu bem Senhor ele perguntou com uma expressão que me fez pensar que ele já sabia a resposta respirei fundo e apesar do Medo decidi perguntar o que tem de errado com o quarto 22 ele suspirou parecendo pesaroso e me chamou para sentar em uma poltrona próxima eu sabia que sua curiosidade iria vencer ele começou acontece que anos atrás um hóspede tirou a própria vida naquele quarto desde então ninguém mais dormiu lá o aconteceu com você não foi a primeira vez queé naquele quarto Ele contou que após o
incidente o quarto foi trancado mas estranhos relatos começaram a surgir pessoas diziam ouvir barulhos de dentro do quarto mesmo estando vazio e outros como eu que espiam lá dentro relataram sensações de frio e uma presença observadora saí dali com um misto de alívio e desconforto alívio por finalmente entender o que aconteceu mas um desconforto que sabia que levaria comigo por muito tempo aquele hotel aquele quarto era um lugar que eu não queria ver nunca mais peguei a estrada logo em seguida e durante a viagem não conseguia parar de pensar na noite que passei ali não
sei se foi a história do hóspede ou se realmente havia algo naquele quarto mas uma coisa é certa aquele foi o pior lugar em que já fiquei na vida desde então evito hotéis antigos e principalmente partos que vê com avisos estranhos algumas coisas são melhor deixadas como estão trancadas e esquecidas