e eu peguei um tutorial na internet para aprender como é que coloca o hijab muçulmano e é mais difícil do que parece sabia olha para deixar firme Zinho assim é difícil mas eu acho que eu consegui E olha que silêncio ele é especial viu ele veio diretamente do Marrocos Eu ganhei de presente ele não é maravilhoso coloquei o Ricardo muçulmano aqui como uma homenagem a gente isso não é apropriação cultural nem nada disso é só porque mais de uma vez me disseram que eu tinha cara de árabe e eu quero estar vestida assim só para
apresentar a vocês o autor muçulmano mais lido do Brasil e eu vou falar algumas coisinhas sobre a vida dele vamos ver se vocês adivinham quem é ele nasceu em 1885 em mosalite que fica na península arábica bem perto da famosa cidade de e para um de todo muçulmano deve peregrinar pelo menos uma vez na vida Ele estudou não no Egito na Turquia e depois viajou o mundo recebeu uma herança do pai e viajou para a China Japão Rússia boa parte da Europa faleceu em 1921 e escreveu vários contos muitos deles voltados para o público jovem
e muitos deles trazendo desafios matemáticos esses contos foram publicados aqui no Brasil também traduzidos e publicados com imenso sucesso em vários jornais desde a década de 20 do século passado e depois reunidos em livro Já adivinhou quem é as coisas de Viana é o Malba taham hoje eu vou trazer o seu trabalho mais conhecido O Homem Que Calculava e o que se livro não é do mal botar eu vou explicar deu para dormir E aí E aí E aí [Música] e enquanto isso eu vou removendo aqui o meu véu bem pelo amor de Deus tá
eu tô vestindo eles Com todo o respeito do mundo tem puxa grande admiração pelo legado da cultura árabe nós até hoje usufruímos do conhecimento da ciência acumulada pelos estudiosos árvores sabe naquela época que a Europa chamava de idade das Trevas da idade média Pois foi um dos apogeus da civilização árabe e grande grande grande contribuição para a ciência diversos estudiosos árabes fizeram então eu acho que a gente deve respeitar da mesma forma como estudava respeitava e admirava o professor brasileiro natural do Rio de Janeiro Julio Cesar de Mello e Souza porque essa verdadeira identidade de
Malba Tahan muita gente não sabe disso muita gente passou a vida inteira é né nem que seja só de passagem este livro para muitos de nós ele chegou com essa capa antiga né só que agora ele está sendo relançado em edição comemorativa porque é a centésima edição sem edições o livro Nunca deixou de ser editado desde 1938 a publicação original ele fez parte das nossas infâncias das nossas adolescências eu conheci por exemplo nessa edição aqui e nunca achei essa capa lá de grande beleza não fiquei bastante mais impressionada com o bom gosto dessa nova edição
que é cheia de material Extra tem uma introdução muito interessante escrito pelo Professor Mamede jarouche que foi o responsável por traduzir as mil e uma noites para o português diretamente do Árabe se eu não me engano foi o único tradutor que fez a tradução direta para o Brasil e tem um monte de material Extra tem gostar you tem vários apêndices é uma edição maravilhosa toda Renovada do ponto de vista gráfico o corte das páginas é pintado meio de cobre é muito bonito realmente o professor Júlio César ele foi o responsável pelo Malba taham pelo fato
de que Malba taham é provavelmente o único escritor árabe que boa parte dos brasileiros já conheceu ele se dedicou durante quase toda a vida a aperfeiçoar esse personagem sua grande obra não foi O Homem Que Calculava sua grande obra foi o personagem Malba taham ele inventou detalhes da biografia de Malba taham ele se dedicou a aprender a língua árabe Ele lê o alcorão Ele foi estudar história foi estudar a cultura e ao longo de sua vida Ele publicou muitos livros de contos não foi só um Homem Que Calculava em vários outros livros de contos que
faziam muito sucesso eram muito lindos principalmente por crianças e adolescentes durante décadas ele teve uma história que eu não sei se é anedota ou se é verdadeira mas ele dizia os jornalistas e quando ele era bem jovem o Professor Julio Sergio já tinha uma carta ambição de escrever e tal nunca quis ser apenas um escritor e sempre teve uma carreira paralela como professor de matemática já falei sobre isso mas ele sempre teve também uma veia literária é uma vontade de escrever e não começo da sua carreira ele apresentou para o diretor de um jornal que
se chamava o imparcial um tal de Leônidas Rezende ele apresentou um dos seus contos para avaliação né para ver se podia ser publicado no jornal e o diretor não deu a menor Pelota por conta o deixou largado ali na escrivaninha um belo dia Júlio César conta não sei se é verdade ele representou para o dia o mesmíssimo conto só que ele assinou com o pseudônimo americano colocou um sobrenome ali em inglês chegou para o cara e falou assim olha eu acabei de traduzir esse altura tá fazendo maior sucesso lá em Nova York dá uma variada
aí para ver se o senhor gosta sabe o que aconteceu né no dia seguinte o conto estava na capa do jornal e depois o Júlio César percebeu né O que que ele tinha que fazer para ser publicado parece que nós aqui no Brasil temos uma certa resistência com alguns gêneros escritos por autores nacionais a gente aceita que brasileiros falem de brasilidades mas outros temas fantasia por exemplo ficção científica e outros gêneros parece que não combinam com a literatura Nacional pode dizer que não é o seu caso que tá me assistindo não eu leio qualquer coisa
mas existe uma tendência de mercado não existe a menor dúvida e Júlio César percebeu isso ele viu que para ser publicado as eu queria ter que se esconder atrás de um pseudônimo só que ele fez muito mais do que escolher um nome fictício simples que seudonimo ele fez como fazia o Fernando Pessoa ele inventou uma biografia para o seu pseudônimo ele deu uma personalidade para o seu autor e se transformou o autor em um personagem Ele foi estudar a literatura árabe foi estudar a cultura e acabou vindo com essa personagem Malba taham se foi 1925
no jornal do Rio de Janeiro chamado à noite e aqui em São Paulo no Folha da Noite esses dois jornais tinham uma circulação boa tal o Folha da Noite inclusive depois se fundiaria com folha da manhã e tal viraria a folha de São Paulo enquanto que o jornal a noite lá no rio era dirigido pelo Irineu Marinho né o famoso Irineu Marinho que depois fundaria o jornal O Globo tal todo mundo sabe quem é enfim foi um grande sucesso e com primeiro conto de Malba taham junto com uma biografia asinha dele do lado e com
o nome fictício de um tradutor que ele fez o serviço completo e todos os leitores acreditaram que se tratava de um escritor árabe e ele se Manteve escondido por trás dessa personagem por anos ninguém sabia que os contos de Malba taham eram escritos por um brasileiro ele foi publicando e publicando cada vez mais contos depois ele foi compilando esses contos publicando em forma de livro ao todo o professor Júlio César escreveu entre livros didáticos e de ficção foram 120 mais ou menos mas mais ou menos metade desses livros foram coleções de contas de Malba taham
que é muita coisa mesmo e o que mais me fascina nessa história toda é a vida dupla que o professor Júlio César levava eu fico imaginando como é que era lidar com isso porque ele tinha sua vida tradicional o professor que lecionava lá no Pedro Segundo um colégio super tradicional lá do Rio de Janeiro ele deu aula em várias disciplinas mas foi na matemática que ele se destacou ele propõe métodos novos revolucionários mas lúdicos a gente está na moda falar isso mas ele quebrou com aquele ensino chato enfadonho e repetitivo abstrato da matemática que ele
mesmo recebeu e propôs o ensino da matemática através de brincadeiras de histórias que faziam sentido de desafios ele conseguiu fazer os alunos se interessarem por matemática a tal ponto que ele passou a dar palestras no Brasil inteiro as suas propostas viraram livros que depois foram adotados como parâmetros pelo Ministério da Educação quer dizer ele deu uma grande contribuição para a educação brasileira teve uma carreira super sólida como educador e paralelamente é isso ele era um escritor de sucesso um homem árabe muçulmano e é como se fosse água e vinho é parece duas coisas que não
se misturam ele foi como Quincas Berro d'Água do Jorge Amado ele teve uma vida dupla e ao mesmo tempo que essas duas pessoas o professor Júlio César em uma batalha não eram tão diferentes eles também eram a mesma pessoa aos poucos um foi ganhando traços da personalidade do outro a ponto de que em determinado momento o próprio Júlio César recebeu autorização para adicionar Malba taham nos seus documentos ele incluiu esse nome fictício do seu próprio nome de batismo é muito louco isso né enfim mas falando sobre o Homem Que Calculava propriamente dito em seu livro
mais famoso dele e eu acho que se você convive com alguma criança se você professor na certa você já conhece mas se você tem crianças ao seu redor a quem você possa presentear é uma escolha muito acertada são histórias bem divertidas e é conduzida de maneira bem simples como se fossem as narrativas das Mil e Uma Noites mesmo a gente tem aqui um personagem principal que é um persa chamado Berenice que tem uma prodigiosa capacidade de fazer cálculos mentais ele enxerga o mundo poeticamente através dos números e em uma série de pequenas situações né cada
um dos Capítulos ele vai resolvendo grandes enigmas matemáticos que são bem tranquilos de entender eu sou uma negação e matemática e o suava para passar mas eu passava estudava muito muito muito muito máximo que eu conseguia para passar com nota 5 Esse era o meu nível e eu que sou essa unidade matemática entendi perfeitamente todos os desafios matemáticos aqui propostas porque eles são muito divertidos eles fazem parte de narrativas de conflitos entre personagens então uma coisa muito legal é deliciosa TAM a pesquisa histórica que Malba taham fez a maneira como ele foi incluindo pequenos personagens
históricos ele se situou a sua obra mais ou menos no século 14 uma época de grande efervescência e brilhantismo intelectual no mundo árabe ele foi atrás dos califas dos vizires do xeiques dos estudiosos dos matemáticos daquele tempo e foi colocando né referências a essas pessoas históricas aqui na história dele e de uma leitura bem tranquila que você vai fazer com muito prazer mesmo pode fazer inclusive ao lado de uma criança eu tenho certeza que vocês dois vão se divertir para caramba essa edição também nossa brilhante maravilhosa além da capa dura da ilustração bem mais bonita
ela cá entre nós isso daqui não era lá muito legal né e me incomodava também né a ilustração mostrar figuras humanas porque Até onde eu sei os árabes muçulmanos não fazem lustre o corpo humano nem de animais e tal é por isso que em geral né as obras de arte produzidos por artistas muçulmanos são abstratas são formas geométricas são aquelas caligrafias maravilhosas eu gostaria muito algum dia na minha vida de fazer aula de árabe porque eu acho lindo enfim mas representação de figura humana Até onde eu sei não existe na cultura muçulmana então não gosto
muito dessa capa prefiro essa daqui a nova que foi proposta Malba taham aqui escrito em árabe uma representação de um Ábaco que é uma calculadora primitiva caso você tem vontade de comprar uso o link que eu deixei aqui embaixo pela Amazon você ajuda o canal com uma parte da sua compra e você também ajuda esse canal se tornando um padrinho ou uma madrinha você me ajuda a continuar produzindo conteúdo um beijo grande a todos os meus padrinhos e madrinhas a gente se ver hein o próximo vídeo um beijo a todos e até mais E aí
E aí E aí