99% do reino animal, o humano pode se alimentar dele. E 99% do reino vegetal, o humano não pode se alimentar dele. É o que eu falo, né? O carro ele vai ficando velho, mas o que que a gente pode fazer? A gente pode mudar a estrada, porque um carro velho numa estrada boa, ele vai longe. Então a, se a gente não tem como mexer o carro, a gente muda o caminho, né? Bota numa estrada nova, porque o carro novo numa estrada ruim, uma hora ele vai quebrar. E um carro ruim, numa estrada detonada é o
pior negócio, né? Mas a gente pode colocar esse carro numa estrada boa que ele vai longe. O humano inventou açúcar, eh, isolado, né? Fazer suco de frutas, colher raízes, ralar e fazer farinácio. Agricultura, que é a única maneira da gente ter grãos em larga escala, né? Então, grão é um vegetal que tá lá na natureza, se ele tivesse soltinho na natureza, a gente jamais comeria. Mas depois que ele foi colocado em larga escala, que ele foi descascado, foi processado, feito farinha, adicionado água, sovado, fermentado e assado, aí a gente come, né? E é gostoso para
caramba. Só que continua sendo grão, né? E isso vai cobrar da gente. E gordura, principalmente a gordura de origem animal, ela é algo que que nos traz muitos e nutrientes e vitaminas, né? O humano ele é ele é bem indicado a consumir a gordura de origem animal. O humano é um animal onívoro, de viés carnívoro. A gente não é um animal onnívoro de viés vegetariano. essa questão do onívoro é porque a gente tem uma flexibilidade aí do do nosso organismo que consegue digerir muitas coisas, mas a nossa necessidade primeira mesmo seria uma dieta mais voltada
pra dieta carnívora, de onde a gente, por incrível que pareça, consegue retirar tudo aquilo que precisa pra manutenção do nosso organismo. Então, se eu consigo trazer um rótulo pra minha bisavó ler e ela não sabe o que que é aquilo que tá escrito ali, ela não identifica como comida, é um sinal pra gente tomar cuidado. Porque, por exemplo, eu pego manteiga. Manteiga, eu vou lá no rótulo, tenho o quê? Gordura do leite e sal. A minha bisavó sabe o que é isso, nata e sal. Agora, se eu pego margarina, tem 40 ingredientes, né? um monte
de numerozinho, nome, um monte de de coisa produzida em laboratório, que no resultado da aparência final vai ser muito parecido, mas um é comida e o outro não é. A gente vive em sociedade, uma sociedade doente, adoecida, e que, infelizmente e está normalizado isso. Infelizmente a gente não aprende sobre metabolismo na escola, que deveria aprender desde o primeiro momento que a gente entra na escola, né? a gente deveria entender um mínimo sobre o nosso funcionamento e aí a gente acaba fazendo as escolhas erradas, as escolhas mais prazerosas e que vão e em algum determinado momento
cobrar, né, aquele aquele preço eh daquele prazer momentâneo. Tem um ditado que diz assim: "Se o causador do problema é a comida, a solução também vai ser a comida. E muitas vezes a gente tem um problema ocasionado pela comida e quer resolver com remédio, quer resolver eh com outra com outro comportamento que não seja a comida. Quando você entende que não existem verdades absolutas na saúde, isso é um é um grande passo, porque amanhã pode surgir algo novo que vai destruir o que você tava pensando como certo antes. Olá a todos, bem-vindos a mais um
podcast e hoje com uma pessoa muito especial e muito experiente na área de nutrição, também na área de low cararb, cetogênica, páleo e carnívora, no qual eu tô muito curioso para fazer perguntas. Bem-vindo, Júlio. Muito obrigado por aceitar esse convite e por pelo por disponibilizar esse tempo aqui com a gente. Legal. Obrigado pelo convite, Rafael. Estou sempre à disposição. Quem estiver acompanhando a gente, tiver dúvidas também, pode interagir com o seu canal, pode interagir comigo também lá no Instagram, no @júliosantanutri. Deixa o direct lá, a gente consegue falar, né? Como você diz, sou nutricionista, entrei
pra faculdade de nutrição com 44 anos. Depois de uma várias outras eh empreitadas aí ao longo da vida, né? Eu escolhi estudar nutrição com 44 anos, me formei aos 48, né? Achava que era alguma coisa que podia eh representar uma profissão mais autônoma, né? O que é o que vem acontecendo. E eh acabei me interessando pela nutrição por ter feito uma espécie de dieta de baixo carboidrato, né? Na época, eh, pelo menos para mim, né? estava muito em alta assim tudo que chegava para mim, muita gente fazendo, era a dieta do CAN. Não sei se
você já ouviu falar da dieta do CAN. Ela era uma dieta que foi eh pensada, né, por um médico francês, Pierre Ducan, e ele fazia um um esquemazinho de retirar bastante os carboidratos, né, e fazia um dia que ele chamava PP, né, que era só proteína, então era um dia de carnívora, vamos dizer assim. E o outro dia de carnívora e mais eh fibras, né, que eh não tem acréscimo calórico, tal, as fibras a gente acaba não digerindo elas, ela faz volume fecal. Então fazia uma alternância, né, entre eh proteína e verduras e só proteínas,
né? O só proteína seria uma versão carnívora mesmo. E funcionou bem, né? Eu tinha, eu venho de uma história de sobrepeso, né? E aí com a dieta do cão, eu consegui perder 50 kg, 55 kg, né? De uma recuperação de de reganho de peso antes, depois de ter perdido mais de 60 kg também. Então, aquele efeito sanfona, quem tem eh esse esse problema da obesidade tem que aprender a conviver e tem que aprender as estratégias para não ficar refém do problema. E aí quando eu emagreci bastante, muita gente eh se interessou pela minha história. Então,
eu fiz um canal, né, na época, não existe mais, chamava Casa do Júlio, né, onde eu basicamente ensinava receitas. E aí aquele negócio tomou proporção. Eh, como eu sou também publicitário, tenho uma certa influência com o pessoal de mídia, né? O pessoal da mídia chamava para fazer uma matéria, fazer uma reportagem, uma entrevista na televisão e aquilo chamou atenção. Eu falei assim: "Ah, é um negócio interessante". E aí eu me interessei em estudar nutrição. E aí eu fui para para esse rumo e já começando a me pesquisar mais sobre dietas de baixo carboidrato, eh entender
eh fugir um pouco, né, daquela questão da pirâmide alimentar, da dos macronutrientes ali baseados em carboidrato. E trilhei esse caminho. Me formei em 90 eh em 2018, né? comecei a atuar especificamente em 2019, então tem eh um pouco mais de 5 anos, 6 anos que eu estou trabalhando com nutrição e sempre nesse viés da das dietas de baixo carboidrato, onde a modulação carnívora faz parte desse desse pô aí de possibilidades de baixo carboidrato. Muito interessante. E e legal que você já tinha um certo conhecimento, então, né, em dietas, nessa, principalmente nessa dieta do Canou, antes
de você fazer a a faculdade de nutrição, né, você já tinha superado, né, a o desafio com a obesidade e tinha perdido 50 kg, né, no caso. É mais de 60. Eu eu na verdade assim, eu eu sempre fui obeso, super obeso. Cheguei a pesar quase 190 kg. E aí em 2002 eu fiz cirurgia bariátrica, né? E aí eu emagreci nos cinco, se anos seguintes a gente perde de peso e eu pensei que tava resolvido. Só que aí eu comecei a engordar de novo. Foi quando eu recuperei, né, desse peso mais de 50 kg, né?
E depois eu fiz o trabalho. Eh, os médicos queriam fazer uma uma outra cirurgia, uma nova técnica, não, deixa eu ver se uma dieta aqui me ajuda, né? E desde 2014, né, que eu comecei a fazer a dieta, 2013 eu comecei a dieta e 2014 eu já tinha chegado num peso interessante, né? Nunca pesei menos que 100 kg, né? Isso não sou não sou alto e brigo com a com a obesidade até hoje, mas eh a gente vai aprendendo a ficar remediando com a dieta o tempo todo. Então eu perdi esse peso, né? 2013, 2014.
Em 2014 foi quando eu fui eh estudar efetivamente depois de ter perdido bastante peso, né? Então essa briga com peso, acho que muita gente passa por isso, muita gente desiste no caminho, muita gente acha que não tem jeito, mas eh eu eu vejo que a maneira que a pessoa se alimenta faz muita diferença. Muita gente pensa que a talvez a cirurgia seja uma solução definitiva, pode ser em um determinado momento, pode ser muito importante, dependendo da do grau de comprometimento da saúde que a pessoa tem, é que as medicações, né, que todo ano aparece uma
nova, vai ser a solução. E a gente se sempre vê que não é, mas quem muda o estilo de vida consegue eh manter, né, uma uma certa coerência com o meio ambiente e ter a resposta adequada pra saúde também. Maravilha. Nossa. E você começou então a cirurgia, você fez essa cirurgia logo no começo, né, da da bariátrica ali em 2002. É, na cidade onde eu moro, uma capital aqui em Teresina, no Piauí. Sou paulistano, mas eu moro aqui em Teresina. Eu fui um dos 100 primeiros. Um dos 100 primeiros, né? Tava tudo e eu fiz
a cirurgia com 32 anos, né? Hoje eu tenho 55 e eu não me arrependo de ter feito, mas eu não me eu me arrependo de não saber antes o que eu sei hoje, né? Isso que muitas vezes você pega a sua trajetória, tem alguma coisa ali que você fala: "Não devia ter feito isso, mas era a informação que eu tinha. Hoje com a informação que eu tenho, talvez o caminho fosse diferente." Sim. E e você acha que foi isso também que te levou a fazer a faculdade de nutrição ou o que que deu essa ideia?
em você. É, foi, foi a questão da dieta do cão, que eu nunca tinha ouvido falar, né? Eu ouvi alguém comentando e aí eu fui pesquisar, achei algum algumas coisas assim espalhadas e falei: "Ah, vou encarar isso daqui, vou fazer". E como eh tinha a questão do dia da proteína, só proteína, e eu gosto muito de cozinhar e gosto da eh de proteína animal, então isso foi foi tranquilo fazer. E aí o resultado foi aparecendo. Aí conforme o resultado apareceu, aquilo chamou atenção. Outras pessoas queriam saber como que era. E eu vislumbrei aquilo como uma
possibilidade de atividade autônoma, né? Porque eu tinha uma empresa, tinha muitos funcionários, era muita dor de cabeça. Vocês eh sabe que empreender, principalmente no Brasil, é um tanto quanto complexo, né? E eu queria trilhar um um caminho mais autônomo, mais adiante e foi acabou que que eu encontrei na nutrição esse caminho. Perfeito. E o que que você achou já, porque você já tinha um certo conhecimento até em nutrição. E o que que você achou da das informações que você já sabia, né, já tinha aplicadas na sua saúde, no seu corpo? O que que você achou
com aquilo que foi ensinado na faculdade? É legal. A sua pergunta é interessante, porque assim, ó, as disciplinas, né, eu eu não não é uma uma crítica aos meus mestres lá na faculdade, mas as disciplinas específicas de nutrição me ensinaram alguma coisa, mas muito pouco para o que eu tinha em mente. Mas as outras disciplinas, eh, Rafael, me ensinaram muita coisa, me ensinaram a entender muita coisa. Então, a parte de anatomia, de biofísica, bioquímica, bromatologia, eh estatística, bioestatística, eh a parte de epidemiologia, todo, todo o restante que tem no curso, né, que que se a
gente retirar apenas aquela questão de contar calorias e fazer um cálculo pra pessoa para ela ter ali um balanço calórico, né, que na minha opinião Pra maioria das pessoas isso não funciona, né? Muitos, muitos colegas atuam dessa maneira com o paciente que funciona dessa maneira, mas para muita gente não funciona, né? Nas aulas sobre metabolismo, tal, isso foi muito útil, né? Então, a pessoa fala assim: "Ah, você fez nutrição para fazer outra coisa?" Não, eu faço nutrição, tá? Eu não faço aquele padrão de nutrição que a maioria dos colegas faz, mas eh foi muito útil.
Aprendi muita coisa na faculdade, aprendeu para organizar muita coisa que eu pensava que sabia, né? E aí quando você começa a ter contato com a academia, você se torna mais questionador também e e conhece um caminho melhor para se chegar nas respostas que você tá procurando, né? Eh, impressionante que quando eu entrei na faculdade, eu eu pensava que sabia alguma coisa. E quando eu saí da faculdade, eu eu aprendi que eu tinha muita coisa para aprender, né? Que eu aprendo todo dia, inclusive até hoje acho que é uma coisa que nunca vai parar. Acho que
os profissionais que você já teve oportunidade de conversar, de fazer eh um de bate-papo aqui no seu canal, eh você percebe isso também, que é todo muito, todo mundo muito estudioso, né? E quando você entende que não existem verdades absolutas na saúde, isso é um é um grande passo, porque amanhã pode surgir algo novo que vai destruir o que você tava pensando como certo antes. E aí tem que ter a humidade, eu pelo menos penso assim, de mudar, né, que é, infelizmente ainda algo que a nutrição no Brasil ainda reluta. sempre que aparece algo novo,
né, vai se questionar, vai falar: "Ah, mas não tem evidência". Sem ter olhado se tem evidência. Ah, mas é muito diferente do que aprende na faculdade, como se o que aprende na faculdade é o é o suprassume, o 100% correto, né? Então, eh, eu acho que tem a humidade de, eh, mesclar o o conhecimentos e caminhar para as paraas novidades que estão sendo mostradas, trazidas novas evidências, acho que é importante e é isso que eu tento fazer no dia a dia. já fiz algumas coisas num passado recente, né, que eu não faria mais, né, mesmo
dentro e de uma filosofia de estudos que hoje ah os ensinamentos, né, os as evidências vão aparecendo e a gente vai moldando a conduta de de acordo com essas novas evidências. Entendi. Eh, e voltando um pouquinho só paraa bariátrica, né, quando você falou que tinha 32 anos ali, né, o que o que que te levou a a tomar essa decisão? Eh, eu tinha uma pressão arterial altíssima, fora de controle, né? Era medicado, né? Tomava eh medicamento de 320 mg, um balsartana, tomava eh o diurético, né? Não tinha outros problemas e, por exemplo, como diabetes, mas
eu já, como eu não fazia os os exames que eu que eu reputo como importantes hoje, né? Eu já tinha uma séria resistência a insulina, mas nunca tinha feito um exame de insulina. Minha glicose em jejum sempre dava normal. Hemoglobina glicada já foi uma novidade mais adiante também, né? Então, eh, eu, eu fui para esse caminho porque eu tentava emagrecer, emagrecia um pouco, engordava de novo, engordava mais, depois emagrecia de novo. Fiz várias consultas com vários médicos, né? passavam, então desde os 17 anos, desde o fen proprorex até a cibutramina, tudo que teve nesse meio
eu utilizei e toda vez aumentava mais o peso. E eu até digo, Rafael, que se eu não tivesse feito eh essa cirurgia na época que eu fiz, talvez a gente não estivesse conversando aqui hoje, devido ao comprometimento da saúde que eu tinha, tá? Eh, a pessoa fala assim: "Ah, então você recomenda?" Eu eu não recomendo nada. quem vai recomendar é um cirurgião que vai fazer uma namnese, vai ver como que é o estado da pessoa, histórico dela e muitas vezes é realmente eh é a linha de salvação da vida daquela pessoa. Eu trabalho em clínicas
que têm também o serviço de cirurgia bariátrica, né? E na maioria da das vezes que o paciente vai para esse caminho, ele tem um sucesso, né? pelo menos eh num primeiro momento, onde ele tem que usar esse sucesso para reaprender a sua relação com a comida. E aí eu faço parte desse processo também. Alguns pacientes no meio do caminho entendem que talvez não precisem da cirurgia, voltam atrás, mudam a percepção que tem com a relação com a comida e, né, desistem de fazer a cirurgia. Mas na grande maioria dos casos, a pessoa já vai decidindo
o que fazer. E aí, muitas vezes, o meu trabalho é preservar a saúde dessa pessoa antes da cirurgia e reeducá-la no pós cirúrgico, porque ela só vai ter uma limitação eh de volume, mas ela não vai ter limitação eh por mais eh alteração que tenha no intestino, não vai ter uma uma limitação metabólica que com o tempo o corpo reaprende e vai procurar aquele maior peso que já teve, que é o que acontece com todo mundo, né? Então, eh, e é muito importante também a questão da suplementação de vitaminas, principalmente em faz em quem faz
uma cirurgia de bypass, né, que a a absorção do intestino é alterada e eu eu chego a pegar pacientes com 10, 12, 6 anos de cirurgia que chegam extremamente desnutridos, né? eh na na sepsia da palavra, faltando nutrientes no organismo e muitas vezes um um desnutrido com reganho de peso, porque aumenta a a ingestão energética, o corpo armazena isso, mas sem nutrientes, né, que pode muitas vezes levar a uma confusão diagnóstica com, por exemplo, eh problemas eh neurológicos, né, que podem ser só por uma questão de desnutrição de algumas vitaminas e minerais. Eu realmente não
tenho muito conhecimento no assunto, né? Eu eu cheguei a conversar com uma moça que estava preste a fazer isso já faz alguns anos. Eu lembro que ela tava, né, numa numa época, acho que ela tava já faltando menos de uma semana para fazer, então ela tava já comendo bem menos, né? Porque acho que ela ia ia fazer a cirurgia, tudo, mas infelizmente eu não tive mais contato com ela depois que, né, foi realmente numa ocasião, mas eh interessante, né? É, são muitas coisas que acho que, né, às vezes quem tiver assistindo aqui, tiver alguma dúvida,
é sempre bom, né, saber e buscar todas as informações possíveis, né? Verdade. E assim, normalmente quem faz uma cirurgia bariátrica, ela vem de alterações metabólicas no organismo, né? entender do controle dessas alterações metabólicas é importante. Eh, tem um um ditado que diz assim: "Se o causador do problema é a comida, a solução também vai ser a comida, né? E muitas vezes a gente tem um problema ocasionado pela comida e quer resolver com remédio, quer resolver eh com outra com outro comportamento que não seja comida. E o metabolismo ele mexe todo o nosso organismo, né? mexe
não só com o físico, mexe com o mental, mexe com eh nosso funcionamento, nosso comportamento. Então, é muito importante a gente estar com o metabolismo em dia. E, infelizmente, a gente eh quem é leigo, né, que não até mesmo dentro da área da saúde existe ainda muita gente leiga com relação ao metabolismo. Infelizmente a gente não aprende sobre metabolismo na escola, que deveria aprender desde o primeiro momento que a gente entra na escola, né? A gente deveria entender um mínimo sobre o nosso funcionamento e aí a gente acaba fazendo as escolhas erradas, né? eh as
escolhas mais prazerosas e que vão eh em algum determinado momento cobrar, né, aquele aquele preço eh daquele prazer momentâneo. É, realmente muita gente não sabe, né, que a comida, né, e que o nosso metabolismo, no caso, ele afeta bastante as nossas emoções, os nossos sentimentos, às vezes até os nossos pensamentos também, né? Eu mesmo não não demorei para conectar, né, esses pontos. Achava que afetava mais a minha saúde física. tava ali, né? Mas hoje eu vejo que não, né? O buraco é mais embaixo. É, então, por exemplo, a ausência de eh a deficiência, né, de
vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B12, pode levar a uma percepção do paciente, né, que ele tenha eh algum distúrbio psiquiátrico, né? E se o psiquiatra dele não investiga isso, ele vai medicar a pessoa, um exemplo, né? Vai medicar essa pessoa, vai desligar ali algumas emoções dela e não vai resolver o problema, né? E quando aquele medicamento não tiver mais efeito, troca o medicamento, o que seria, né, simplificando aqui uma uma simples eh recondução da vitamina B12 dentro da alimentação ou dentro de uma suplementação. um exemplo, né, simples, mas que muita gente hoje tem
eh diagnósticos aí de bipolaridade, TDAH, de ansiedade, depressão, que pode ser simplesmente uma deficiência de B12, um exemplo, né, de como eh a falta de nutriente no organismo desestabiliza o de forma que a gente nem imagina. É, às vezes a gente gasta tanto tempo, né, tentando solucionar nossos nossos traumas ou as nossas, sei lá, os nossos problemas mentais, né, psíquicos, né, que a gente acha que tem às vezes com psicológico, né, o psiquiatra. E a a gente, né, a a gente não entende, né, que o nosso nosso metabolismo é como se fosse até o nosso
segundo cérebro ou às vezes até mais importante que o nosso próprio cérebro, né? É, o o metabolismo ele começa, né, com alguns hábitos, né, onde a alimentação está dentro desse hábito. Então, modifica o nosso metabolismo, a nossa dieta, a nossa eh relação com a natureza de pisar no chão, tomar um banho de praia, pegar sol, dormir bem, né, de de viver com pessoa, conviver com pessoas que pensem de forma positiva, tudo isso vai somando, né? E a questão da dieta é um dos dos quesitos que tem dentro desses componentes que vão mexer diretamente com o
nosso metabolismo. O nosso intestino ele é ligado diretamente, né, as eh a a transferência de nutrientes e de informações com o cérebro, mas o intestino para funcionar bem, ele tem que estar bem, né? E existem alimentos que vão atrapalhar o nosso intestino, funcion funcionar bem e por decorrência vão atrapalhar o nosso metabolismo. Mas eh é interessante que tem tem solução, né? Tem caminho para essa solução. E eu vi assim o o nome do seu canal bem bem interessante, o modo primal, né? Primal. modo primal, ele é interessante porque ele, em tese, né, resgata o que
a gente foi eh forjado, né? Então, a nossa genética foi forjada de uma maneira e hoje os nossos dias desvirtuam, né, o campo sobre o qual a nossa dieta foi forjada. a gente muda muita coisa e aí a resposta eh na média que a gente tem visto não é bom, né? A gente vive em sociedade, uma sociedade doente, adoecida, né? E que, infelizmente, eh, está normalizado isso, tá? Eh, eu queria dizer que o que é comum não é normal, né? Não é normal, todo mundo tá doente, mas isso aí foi normalizado. Seria interessante a gente
dar uma pausa e olhar como é que a gente consegue sair desse status, né, de uma sociedade doente na média. E eh a o modo de vida primal ele faz muito sentido quando a gente vai falar na questão da evolução humana e tentar ao máximo, né, trazer isso para os nossos dias atuais, assim, muita gente fala assim: "Ah, você quer então voltar a viver nas cavernas?" Não, não é isso. Mas é não facilitar, né, para eh os mecanismos do meu organismo que vão me adoecer. Se eu facilitar esses mecanismos, eu vou adoecer. O meu o
meu organismo, o meu corpo, ele só devolve aquilo que eu que eu eh exijo dele, né? Então, se eu não exigir, ele não vai ele não vai retornar. Se eu não fizer esforço físico, não vai retornar músculo. Se eu não fizer algum tipo de estímulo para ele, ele não vai voltar nada positivo. Ele vai ele vai buscar o maior conforto possível. E muitas vezes esse maior conforto possível, ele está eh nos gerando, né, uma uma condição mais frágil, né? Então a gente vai ficando fragilizado. A gente pensa que envelhece é natural do envelhecimento por conta
da idade, não é? É porque a gente vai ficando eh mais sedentário, menos exigente e aí o nosso organismo ele vai respondendo só aquilo que a gente tá pedindo para ele, né? Ninguém vai ficar eh com a com a herança muscular se ficar no sedentarismo, né? Então, se eu não exijo do meu organismo, ele não vai responder. Agora, se eu exigir, ele vai responder, né? Tem o médico brasileiro aqui, o Dr. o Ronaldo Zancão, que ele mostra, né, que eh a idade é aquela que o nosso corpo eh a idade que o nosso corpo tem
aquela que a gente demanda dele. Então ele com quase 80 anos fala que exige como se tivesse 30, então ele responde como se tivesse 30 ali ainda. Como chama esse doutor? Oro. Uronal Zanc lá do Rio Grande do Sul. Urona Zancam. OK, vou dar uma olhada. Isso. Interessante. Eu gostei que você falou dessa parte de, né, de pisar no chão, né, no caso, na natureza, na areia, tomar um banho de mar, tomar sol. Eh, eh, apesar de da gente saber que isso é importante, eu pelo menos eh não dava muita bola para isso. Até até
começar a dieta cardívara. Eu jamais imaginava que uma dieta ia começar a me fazer pensar nisso. E olha que eu já faço dieta há mais de 20 anos, todo tipo de dieta. E pela primeira vez na minha vida, a dieta carnívora eh tá me fazendo pensar também e até mudar aqui da onde eu moro. Por exemplo, eu tô eu nasci em São Paulo também, sou paulista e eu moro em Londres já há muitos anos, que é quase igual São Paulo, só que ainda pior porque quase nunca tem sol, né? Tá longe da praia. Então, e
eh pela primeira, eu gosto de morar aqui, mas pela primeira vez da vida, eu comecei a pensar em me mudar, em ir para um para um lugar com praia, com mais sol. É um lugar que tenha uma vida mais próxima da natureza, né? Por isso que o descanso de fim de semana é importante e andar a cavalo e jogar eh jogar conversa fora com os amigos, tudo isso faz diferença, né? Então, eh, eu penso que também é é um é algo muito mais complexo que vai além da dieta, mas uma dieta ruim, ela ela acaba
atrapalhando todo outro ganho também que teria com as suas ações aí. Totalmente. Eh, eh eu passei muitos anos, né, eh sempre fui muito curioso para tentar melhorar. Acho que eu tive muitos, né, eh, principalmente na na minha adolescência rebelde, né, eh, já um pouco mais maduro ali, depois dos 18 eu comecei a estudar eh livros de autoajuda para ver se eu melhorava, né? Minha mãe, meus pais nunca tiveram muito conhecimento para me levar em psicólogos para entender porque que eu era um um adolescente extremamente rebelde, né? tinha problema em todas as escolas, comia muito açúcar,
era viciado, comia escondido caixas e caixas de chocolate e, né, estudei mais de 10 escola ali, porque eu tinha problemas realmente ali de hiperatividade com, né, no, enfim. E e aí eu estud passei muitos anos estudando eh eh motivação, autoajuda, psicologia, né, neurociência, enfim. E e eu fui deixando o lado da nutrição de lado, né? Porque ali nos 20, né, até os 30, a nutrição ela ela ela você você até sabe que não não faz bem com É, é um carro novo, né? Exato. Carro novo. Exato. O carro não tá dando problema. Aham. É. E
a E aí eu consegui superar bastante coisas emocionais, né? Eh, psicológicas. E e aí, né, completando 35 agora, eu eu já vi depois dos 30, né, que eu que eu já não tava mais com a digestão normal, né? eh eh nunca tinha conseguido superar meu efeito sanfona, tava sempre com dieta, sempre emagrecia, voltava o peso, emagrecia, voltava o peso e ainda trabalhando com a indústria da alimentícia, né, tava sempre aumentando, né, a a os meus desejos, os meus prazeres e e a minha compulsão alimentar, né? E aí depois dos 30 eu vi que já não
não o meu sistema digestivo tava muito ruim e aí eu eu vi que, né, já não dava mais. Eu falei: "Nossa, se eu se eu continuar, eu gastei meus últimos 10 anos, né, dos 25 aos 35, trabalhando para pra indústria alimentícia e promovendo, né, esse monte de açúcares. Se eu gastar minha próxima década, vai dar problema, porque o carro já não tá mais novo." É, é o que eu falo, né? O carro ele vai ficando velho, mas o que que a gente pode fazer? A gente pode mudar a estrada, Rafael, porque um carro velho numa
estrada boa, ele vai longe. É verdade. Então, a, se a gente não tem como mexer o carro, a gente muda o caminho, né? Bota numa estrada nova, porque o carro novo numa estrada ruim, uma hora ele vai quebrar. E o carro ruim numa estrada detonada é o pior negócio. Maravilha, né? Mas a gente pode colocar esse carro numa estrada boa que ele vai longe. E muito longe. Adorei. Eu vou começar a usar ela também. Essa essa essa frase é eu gosto dessa metáfora. É bem interessante. Bem interessante. Boa. Muito boa. E aí sentido. Uma coisa
que é interessante, né? Que você tem uma habilidade muito muito legal que é transformar algo simples em algo delicioso, né? até comercialmente você fez isso e faz ainda talvez muito bem, mas tem como fazer algo extraordinário utilizando só ingredientes de verdade. Então esse resgate da comida de verdade que ele é legal, né? Você, eh, por exemplo, pega no YouTube, né, com esse advento das redes sociais, você pega aquele pessoal que mora no interior, né, nos Alpes, que mora no interior da Turquia, que mora lá num lugar longinco eh do Reino Unido, que mostra aquele estilo
de vida simples, a quantidade de visualização que tem, porque as pessoas se identificam com aquilo, né? Então ali estão vendo f, poxa, isso aqui pode ser uma possibilidade e aí você trazer aquilo, aquele estilo de vida paraa sua mesa dentro de Londres é possível, né? Isso é trabalhar com comida de verdade. Muitos colegas não gostam desse desse termo, inclusive é tudo é comida, não é, né? A comida se você pegar um rótulo e colocar paraa sua bisavó ler, se ela fosse viva, né? Eu não tenho mais bisavó, não tenho, não tenho mais avó, não tenho
mais mãe, mas eu quero ter, né, meus netos, meus bisnetos, né, isso vai fazer diferença na na hora que que a gente eh falar do estilo de vida. Então, se eu consigo trazer, né, eh um rótulo paraa minha bisavó ler e ela não sabe o que que é aquilo que tá escrito ali, ela não identifica como comida, é um sinal pra gente tomar cuidado, né? Porque, por exemplo, eu pego manteiga. Manteiga, eu vou lá no rótulo, tem o quê? Tem eh gordura do leite e sal. A minha bisavó sabe o que é isso, nata e
sal, né? Agora, se eu pego margarina, tem 40 ingredientes, né? um monte de númerozerozinho, nome, um monte de de coisa produzida em laboratório, que no resultado da aparência final vai ser muito parecido, mas um é comida e o outro não é. E o outro é barato, o outro estabiliza um monte de receita, o outro pode dar um sabor, o outro pode dar uma aparência melhor pro produto final, vai dar mais tempo de prateleira, tem um monte de argumento, mas não é comida. E aí vai cobrar da gente. Então, eh, se fosse falar para um leigo,
uma criança de 7 anos, se você for ler no rótulo e não souber o que é aquilo, não coma, porque não é comida. Aí seria o conceito da comida de verdade, tá? E eu até gosto de brincar, se fosse o Rafael das cavernas, iria comer o quê, né? Iria sair para caçar. Se não tivesse sucesso na caça, ia procurar alguma outra coisa do do reino vegetal, né? E se não tivesse, encontrasse nada também, ia dormir para no outro dia acordar e tentar caçar de novo, né? Então, eh, o nosso organismo ele é muito resiliente, né?
A gente pensa que precisa de comer todo dia, o dia todo, né? E e não é verdade isso. A gente eh tem reservas bem interessantes e eh essa essa questão do Rafael da das cavernas, né, bota a gente para será se realmente eu estou precisando disso que eu estou colocando para dentro do meu corpo, né? E a gente coloca por prazer, né? Mas não por necessidade fisiológica, né? da gente construir nosso organismo e manter o nosso organismo saudável. E aí a gente vai prestando atenção e e modificando o dia a dia para que tenha resposta
adequada para a nossa saúde. Claro que de vez em quando a pessoa vai fugir da eh do do estilo de vida, né? Tem gente que eh escolhe aí uma vez a cada 15 dias, uma vez por mês, fazer um enfiar o pé na jaca. Natural, né? Natural do ser humano procurar esse prazer. Mas no dia a dia acho que a gente deveria aprender mais, né? Começando lá na escola, né? Ter essa relação com a comida de verdade e ter essa percepção que o humano é um animal onívoro, de viés carnívoro, né? A gente não é
um animal onívoro de viés vegetariano. Então essa essa questão do onívoro é porque a gente tem uma flexibilidade aí do do nosso organismo que consegue digerir muitas coisas, mas a nossa necessidade primeira mesmo seria eh uma dieta mais voltada paraa dieta carnívora, de onde a gente, por incrível que pareça, consegue retirar tudo aquilo que precisa paraa manutenção do nosso organismo. Perfeitamente. Eh, eu eu fico impressionado quanto porque quanto mais eu eu estudo sobre o assunto, né, agora eu tô lendo um livro também que fala só sobre sobre gordura, né, sobre como que o sistema é
praticamente eh nos fez essa lavagem cerebral, né, já dos últimos dos últimos 100 anos, pra gente acreditar que a gordura faz mal, né, que a carne vermelha faz mal. Sim, como pode, né? Fico com raiva até, né? Qual Qual é o livro que você tá nele agora? É porque exato, eu não tô lembrando o nome dele em português. Gordura sem medo. Ah, esse daqui da Nina Tos. Muito bom. Esse é o novo dela. Tem o primeiro que é o gordura sem medo, né? É muito bom também. E Nina Ton para você ver, ela é nutricionista,
médica, tal, não, né? Jornalista, né? Jornalista investigativa. Eh, voto vencido, né? na comissão lá nos Estados Unidos, onde faz as diretrizes, né? Ela eh faz parte dessa comissão, mas ela é sempre voto vencido, mas é aquele voto eh que coloca uma puguinha atrás da orelha da gente pra gente pensar o que que tá falando, né? Fazendo. E gordura, principalmente a gordura de origem animal, ela é algo que que nos traz muita muitos eh nutrientes e vitaminas, né? O humano ele é ele é bem indicado a consumir a gordura de origem animal. Nossa, é realmente, né?
Apesar de já já ter estudado já bastante, já alguns meses já estudando muito sobre a dieta carnívora, né? Sobre sobre o quanto que a a carne e a gordura animal, ela faz bem pra gente. E aí? E aí, mas mesmo assim não não tô satisfeito. Comprei mais alguns livros como esse parecido, né? E e tô na página 100 aqui, mas são 350 páginas. muito bem explicado, mostrando claramente ali para qualquer um que quiser ver, mas mesmo assim as pessoas não acreditam ainda. Como que pode a maioria ainda em pleno, né, 2025 ainda tá com medo
da da gordura e da carne animal? e e nos colocaram com medo da gordura ali pelos anos 60, 70, né, com os estudos lá do Dr. Anel Kiss. Anel Kiss, ele traz toda eh ele faz o estudo dos sete países, né, onde vai endossar que a a gordura saturada talvez tenha uma relação com a doença cardiovascular. Só que ele não falava na época que ele tinha dispensado 15 países da pesquisa que não endossavam, né, o que ele tava querendo dizer. É, é aquela história, ele ele foi procurar os dados que respondiam à hipótese do que
do jeito que ele queria, né? E isso no meio acadêmico, né? Eh, gera gerou muita replicação desse trabalho dele, até porque a pessoa quando vai publicar alguma coisa, ela vai publicar de acordo com os orientadores, né? E aí se os orientadores foram orientados por outro que tinha o viés, aí é algo que vai se espalhando dentro da academia da pesquisa. E nessa mesma época, né, o Dr. Yudik, ele tinha eh já todos os estudos que refutavam o trabalho do Dr. Anâncio Kis e que colocava a gordura saturada como algo importante na dieta humana. Só que
o Dr. Yudkin, ele foi calado, né? Ele foi ridicularizado pelo Dr. Anquis, ele guardou as pesquisas dele, nunca mais mostrou nada. E depois numa numa investida póstuma, né, eh, pesquisadores encontraram a a base de dados dele guardada na casa de um filho, num num sótam e foram fazer o levantamento e viam que eh a gordura, a gordura vinda de grãos e sementes, a gordura puliaturada era extremamente prejudicial pro organismo humano, né? aí que a gordura saturada seria a nossa gordura, eh, a gordura natural, né, que a nossa genética foi forjada consumindo, né, e a gordura
saturada. Então, até hoje muitos colegas eh levam ele como um marcador, né, de falta de saúde, né, a ingestão de de gordura saturada, né, usa colesterol como marcador de saúde, é um marcador secundário. Então, tem várias coisas envolvidas. Esse livro aí, Big Fat Surprise, é muito bom, né? E a história do Dr. Ancio Kis e a Dr. Liutkin, ele, essa história deveria ser visitada aí por todo mundo que quer entender um pouquinho mais sobre a necessidade que a gente tem de comer gordura, especialmente a gordura saturada. Exatamente. Ele eles citam falam bastante eh aqui no
livro, né, sobre que que eles começaram, né, principalmente em 1940, 50, 60, né, 70 com com margarina, né, com e com até até até manteigas mesmo, queijos começaram a ter uma adição ali de óleos vegetais, né, para para ficar mais barato. E e e aí os queijos começaram a ser não ser mais queijo também, até o próprio queijo e as margarinas que parecia manteiga, era tão igual a manteiga que não dava nem para ver a diferença, né? O cérebro já associava como manteiga, né? Sim, sim. Que loucura, cara. É, é uma coisa de louco mesmo,
né? E aí só o que acontece que quando chega lá no intestino, nosso intestino sabe o que é manteiga e o que não é manteiga, né? O nosso paladar, ele pode ser eh adestrado, né, com com técnicas, né, com com engenharia de alimentos, mas o nosso intestino ele não é adestrado. A hora que chegar lá o os nutrientes eles vão ser separados como eles são realmente, não como a gente imagina ser, né? Então isso faz muita diferença. Então a a questão do da normalização de altas doses de carboidrato na dieta a partir dos anos 80
lá com as diretrizes, né? eh faz com que eh quando a gente traça gráficos epidemiológicos, na mesma na mesma eh velocidade em que aumenta a adesão às pessoas ao alto consumo de carboidrato, aumentam os a os casos, né, das doenças metabólicas. Então tem uma relação bem direta nesse momento, principalmente da ascensão dos óleos vegetais, das comidas processadas e dos carboidratos processados, né? Então, carboidrato é vilão para alguma parte da população, não. Carboidrato de verdade é é vilão também não, né? Mas eu separo o carboidrato entre o carboidrato verdadeiro e o carboidrato que o humano inventou.
O humano inventou açúcar eh eh isolado, né? O humano inventou fazer suco de frutas. O humano inventou eh colher raízes, ralar e fazer farinácio. Então o humano inventou isso. O humano inventou agricultura, que é a única maneira da gente ter grãos em larga escala, né? Então grão é um vegetal que tá lá na natureza, se ele estivesse soltinho na natureza, a gente jamais comeria. Mas depois que ele foi colocado em larga escala, que ele foi descascado, foi processado, feito farinha, adicionado água, sovado, eh, fermentado e assado, aí a gente come, né? E é gostoso para
caramba, só que continua sendo grão, né? E isso vai cobrar da gente. Então, se a gente tira quatro coisinhas da alimentação, a gente vai pro mais próximo da nossa alimentação original, que são a gente tirar açúcares, as gomas, né, os farinácios, os polvilhos feitos de raíz, as féculas, os grãos de forma geral e os óleos feitos de grãos e sementes. Se a gente tirar esses quatro, a gente vai para uma alimentação paleolítica, né? uma alimentação onde tem presença de raízes, tem presença de vegetais, tubérculos, tem eh legumes, eh castanhas da do reino vegetal, né? E
quando a gente enxuga esse vegetal, que por incrível que pareça, não faz falta, a gente chega numa dieta carnívora, né, onde vai ter eh essencialmente alimento de origem animal. Incrível. Eh, realmente como acho que eu tô no tô um pouco no começo ainda, apesar de, né, já ter feito dietas por muito tempo, mas acho que nunca na vida algo caiu tão profundamente comigo. Achei que ia ser só uma dieta ali para, né, para perder um pouco de peso, mas mexeu com o meu emocional, mental, espiritual e físico ao mesmo tempo, né? E aí é por
isso que eu, né, tô tô aqui batendo esse papo, porque realmente eu não consigo parar mais de pensar nisso e e e de o quanto eu quero agora reverter todo o dano que eu fiz na minha saúde e na saúde do do do pessoal que me segue aí já há muito tempo. É. E o e o impressionante, Rafael, é porque assim, a partir do momento que a ficha cai para você, né, a partir do momento que você entendeu o processo, né, ah, você tem assim o desejo de, com o devido uso da palavra, catequisar todo
mundo e é uma das atividades mais improdutivas que tem, porque as pessoas não querem te ouvir, né? É, é impressionante. Você vai encontrar muita gente no caminho que vai, vai pegar na sua mão, mas a maioria não vai levar em consideração porque você não vende prazer para ela, né? Eh, a vida para muita gente é o prazer de comer de manhã o melhor café mais gostoso, mais do melhor café da manhã do mundo, depois fazer um o melhor restaurante para fazer o almoço e trazer a comida mais prática na hora do jantar ali e tudo.
E aquilo eh envolve a pessoa no dia a dia. Cada momento que ela para para comer alguma coisa, é um momento de prazer, coisa que é também dentro de uma modulação de dieta carnívora também, por exemplo, né? Mas não é a mesma coisa, né? É outra, é outra relação que você tem com o alimento. Você sai de uma relação afetiva para uma relação funcional e essa relação funcional, ela traz muitos dividendos positivos pra saúde, né? Totalmente. A a comida, ela tá tão enraizada, né, no no no nas nossas emoções, né, nas nossas nas nossas memórias,
né, infantis e familiares, né, que realmente é um é um assunto muito delicado, né, realmente ninguém quer te ouvir, ninguém, né, quer nem pensar em sair dessa bolha, porque que isso jamais, né? O único, é o maior prazer de todo mundo, né? Ninguém vê a hora de terminar algo chato ali do trabalho para poder, né? sabe, comemorar, né, no barzinho ali comida ou ir pro restaurante, né? São os melhores momentos da vida quase, né, parece. Então você não, realmente ninguém quer tirar isso, né? Uhum. É verdade, né? E é e aí junto disso você vai
notando a a real influência da da comida na alimentação, né? E aí o então você parte, né, de uma dieta ocidental padrão, daí se você cria uma consciência, faz uma dieta de baixo carboidrato, aí você cria uma mais consciente, você em alguns momentos pode tentar tender para uma dieta cetogênica, aí entende sobre a dieta carnívora e depois começa a prestar atenção no jejum, né, que aí já é é muito legal também. Eu tenho grupos de jejum todo mês, né? Inclusive um tá no início agora, né? Já já o pessoal tá tá todo lá se adaptando,
né? Que eu utilizo uma uma técnica, não sei se você já ouvi falar nele, o Dr. Peteria, Peteria, né? Lá dos Estados Unidos, ele tem uma técnica chamada noffin burger. O nothing burger quer dizer o hambúrguer de nada. Então, eu tenho eh cco dias de dieta carnívora, que seria o primeiro pão aqui. Aí eu tenho cinco dias de jejum direto, que é o hambúrguer de nada, e depois cinco dias de dieta carnívora de novo. Isso daí, eh, Rafael, é impressionante o resultado e o aprendizado que as pessoas têm, tá? Eh, foi uma técnica que eu
que a gente fez um primeiro grupo que o que o Henrique Altran fez um grupo, né? E aí eu participei junto com lá, foi uma das pessoas que participava do grupo e depois ele, não sei porque ele não fez mais, mas eu entendi, né, que era uma uma técnica bem interessante e e hoje eu faço todo mês e as pessoas sempre relatam autoconhecimento, ganho de saúde, né, com essa técnica. He, a maioria das vezes a pessoa fala assim: "Ah, eu vou entrar, mas eu não consigo ficar cinco dias em jejum." E é muito legal, né?
Quando vai chegando ali no quinto dia de jejum. E geralmente eu faço as datas para que o jejum eh seja de segunda a sexta, né? Que a pessoa vai quebrar esse jejum no sábado no café da manhã. E os relatos são impressionantes da do aprendizado que as pessoas têm e muitas delas acabam mudando o estilo de vida, né? chamam outras pessoas para participar de outras outras edições. É muito legal. Então, acho que eh é um mundo, né, como você deve tá vivenciando isso, que você muda, né, a sua percepção. Você vai ver que existe um
outro mundo, né, e esse mundo ele tem muita informação e é um mundo legal que a gente fala muito de saúde, da busca da saúde. Incrível. Adorei. Eh eh, eh, eu, eu, eu entendo um pouco, né, bem bem pouco de jejum também, porque eu me interesso muito, sou bem curioso. Eh, já pratiquei alguns no passado, na minha última cetogênica, que talvez já tenha sido já uns dois anos, eu fiz uma cetogênica de, né, de um de um de uns dois meses. E aí eu eu fiz um jejum, né, com baixo conhecimento, mas eu consegui fazer
três dias, né? Comecei com 24 horas, vi que dava tudo bem, aí esperei um dia, mais um pouco, fiz 48, vi que deu tudo certo, aí eu fiz um de 72 horas, foi o máximo, né? Só com água. E aí acabei deixando, foi passando, mas agora e eu tenho mais interesse. E e eu até vi também no seu no seu podcast lá com o Henrique que você fez um jejum de 40 dias. É, foram, eu tinha planejado fazer um jejum de 40 dias, mas eu pensei assim, enquanto tiver confortável, eu vou. Confesso para você que
nunca tinha feito nada além de c dias, né? Quando eu cheguei ali pelo 10o dia, eu pensei em desistir, né? Eu falei: "Não, deixa eu, deixa eu me centrar aqui, organizar a cabeça, deixa eu seguir mais um pouquinho". Aí depois foi muito tranquilo, né? Porque o que acontece? A gente come para ter energia. Quando a gente come e tem o carboidrato, né, esse carboidrato gera glicose, a gente precisa de glicose, tá? Só que quando a gente come muito carboidrato e essa glicose acaba sobrando na circulação sanguínea, a gente aumenta a produção de insulina e a
insulina vai lá na circulação guardar essa glicose e transformar ela na forma de gordura. Então a gordura que a gente tem armazenada, ela já foi carboidrato um dia, já foi glicose um dia, tá? E quando a gente retira o carboidrato, né, isso é numa dieta carnívora, por exemplo, ou quando a gente não come, a gente não está trazendo energia através do carboidrato para virar glicose na nossa circulação sanguínea. O nosso corpo, ele diminui a produção de insulina e aí ele aumenta a produção de um hormônio chamado glucagon, ambos lá no pâncreas. Esse glucagon, ele faz
o quê? Ele abre a célula de gordura. Ele retira a gordura de lá, entrega pro fígado e o fígado processa essa gordura em glicose. Então aí a gente passa a ter energia de novo, né? Então você tá queimando gordura, fazendo glicose e como você não tem agora a queda da glicose, porque você está suprindo o seu organismo de glicose que o próprio corpo tá fazendo, né? numa uma atividade chamada chamada neoglicênese, você não tem fome. Por quê? Que que é interessante entender que fome na imensa maioria dos casos, não é falta de comida, é falta
de glicose. E por que que a gente tem fome comendo muito? Porque o corpo guarda a glicose que tá sobrando, virou gordura. Hora que virou gordura, a insulina ela não deixa a célula de gordura ser destravada. tá guardado, é meu investimento, eu vou atrás de uma glicose nova, então pede para eu comer mais. Então quando eu ligo, né, faço essa transição, essa setoadaptação, então eu passo a queimar a gordura para fabricar a glicose e aí minha glicose fica estabilizada e eu não sinto fome. E aí, eh, continuando a sua resposta, eu falei: "Vou fazer 40
dias". Quando eu tava perto dos 40 dias, eu fui fazer umas continhas, né? Eu falei assim: "Não, eu vou fazer 42 dias porque vai dar 1000 horas". Então, pra cabeça, 1000 horas é muito mais legal do que 40 dias, né? Então, eu alonguei um pouquinho mais. Quem faz 40 faz 42, né? O recorde mundial é 382 dias, se não me engano, né? E aí foi tranquilo, mas já vai fazer dois anos que eu fiz, já tô pensando em fazer de novo, tá? Uau! Não recomendo para ninguém, tá? Mas eu recomendaria fazer ciclos de 5 dias,
10 dias, né, colocando alimentação, até porque depois do 10o dia, se a intenção for perder peso, a perda de peso foi bem diferente, né? Com 5, 10 dias de jejum. É muito interessante. Tem até eh Dr. Jason Fung, né, ele explica muito bem, né? Tem eh Dr. Jason Fung lá do Canadá, né? uma das pessoas que melhor teoriza eh jejum, tem uma uma aluna dele no Brasil, Dra. Maira Soliani, né? Dra. Maira Soliane, ela lançou o livro dela agora, né? A ciência de desconforto, né? O meu tem até dedicatória dela aqui, ó. Tô fazendo um
momento de dedicatória. Muito legal. Tá bom. E aqui ela tem um pequeno capítulo sobre jejum. Ela fala da produção dos desconfortos, né, que a gente gera no organismo e isso vai gerando o que a gente chama de resultado antifrágil, tá? Quem quiser uma base sólida de um compêndio, né, de coisas eh que foram juntadas pelo Dr. eh, Solto, né, tem o livro do A dieta Além da Moda, né, do Dr. José Carlos Solto, né, que foi a minha primeira referência com relação às dietas de baixo carboidrato, foi a pessoa que eu me me serviu como
inspiração, que eu vi todos os podcasts dele, vi tudas publicações, todos os eh as publicações na internet e aí foi a precurs o precursor, vamos dizer assim, do do low carb no Brasil e das vertentes do low carb depois. Então, informação, eh, rapaz, tem em todo lugar tem muita informação hoje em dia, né? E para todo lado, né? Que endossam a carnívora, que refutam a carnívora. E aí a gente tem que ter uma uma base de discernimento para entender quando a gente está eh dentro de uma linha que considera interessante ou se tá só sendo
influenciado pela informação que tá chegando até na gente, que pode, a gente tem que aprender a fazer os filtros aí, né? Maravilha, Júlio. Nossa, muita informação positiva, né? muita, muita, muita gente vai vai aprender muito com esse vídeo, sem dúvida nenhuma. Mas me conta um pouco do seu trabalho hoje, por favor. Qual, qual que é o seu tipo de paciente hoje em dia? É, meu paciente geralmente é o paciente que tem distúrbio metabólico e tem algum distúrbio intestinal, tá? Então, dos distúrbios metabólicos, o que que a gente vai falar? eh hiper eh trigliceridemia, né, dislipidemia,
o diabetes tipo dois, é a resistência insulina, eh depois falando de intestino, tem síndrome do intestino irritável, eh a gente tem todo as doenças do intestino, né, as doenças autoimunes, né? Então é é interessante que quase tudo está relacionado ao estilo de vida. Eh, existe um tipo de doença que é a doença contagiosa, que você tem contato com outra pessoa, ou é vírus ou é bactéria. Essa doença, né, ela é uma doença que você transmite para outras pessoas e precisa medicar, precisa tratar e precisa eh expulgar ali a fonte. Agora, as doenças crônicas não transmissíveis,
que são a imensa maioria das doenças, elas são doenças do estilo de vida, onde a dieta tá bem eh inserida, né, nesse contexto, né? Então, a gente pode se dizer, a gente pode assim dizer que as doenças crônicas não transmissíveis, o tratamento delas passa pela dieta, né? Então você tem desde eh aumento da gordura do fígado, por exemplo, na esteatose hepática, até uma o Alzheimer, né? O Alzheimer, inclusive por alguns teóricos, é chamado de diabetes tipo 3, né? Por conta da da forma que que o corpo tá trabalhando ali com insulina e e glicose. Então,
eh tudo relacionado ao metabolismo eu consigo cuidar, né? Hoje eu trabalho pouco, né, com aquele paciente que vai fazer academia, que quer perder o peso, quer ganhar massa muscular, tal. Eu eu até atendo, mas muito pouco, mas eu atendo muito o paciente que tem os distúrbios metabólicos. E é impressionante, Rafael, a resposta, a velocidade da resposta que o corpo tem. Então, vamos supor, uma pessoa chega lá com uma deslipidemia, com triglicerídeos lá de 400, né? Com 15 dias, se ela fizer o exame de novo, adotando uma dieta, por exemplo, carnívora, ela vai ter um nível
normal, né? Ela já sai de um risco cardiovascular que estava expressado ali, né? pessoa tem esteatose hepática, ela mudando a dieta, uma dieta de baixo carboidrato, em poucos meses ela eh tira toda a parte de gordura que tem no fígado, né? A pessoa chega com uma confusão mental, uma certa apatia, aí a gente vai ver que é só eh a deficiência de algum mineral ou de alguma vitamina conserta, né? É muito legal por isso, porque a resposta é rápida, não é aquele negócio, ó, leva esse medicamento, daqui 3s meses volta pra gente ver se vai
mudar o medicamento ou se melhorou. Eh, resposta no outro mês já tá resolvido. Vamos continuar, quer continuar bem, vamos adotar esse estilo aqui, né? E tem aqueles pacientes que somem também quando aparece, não, eu fiz tudo certo durante um bom tempo, aí depois eu comecei a fazer errado, tô ruim de novo, vim aqui, vamos cuidar novamente. Aí repete, né, ali a a atuação e funciona. É muito legal. Eh, é muito simples, mas é muito complexo, né? Porque você vê, a gente tá num num bate-papo aqui bem rasinho, né? bem superficial, é como se fosse uma
piscina olímpica, mas a gente só tá dando braçada aqui na superfície, né? Tem toda a profundidade aí e e nuances variadas, né? Tem comportamentos variados, tem eh expectativas diferentes, tem eh gosto diferente. Então, tudo isso vai sendo lapidado de cada um, a gente junta e consegue normalmente ter sucesso, né? Uma das coisas que eu mais gosto de ouvir, né, do paciente, é que ele voltou ao médico e o medicamento foi retirado. A desmedicação é um objetivo bem interessante. Perfeito, Júlio. Nossa, eh, eu até gosto de citar às vezes, né, que um dos motivos de eu
tá fazendo isso agora é porque, né, eu eu a minha mãe teve um AVC aos 40 anos de idade, né, por exemplo. E e o pai dela também, que era o meu avô, teve também aos 41 anos de idade, não sobreviveu, né? Já já enfartou na hora. É, enfartou não, desculpa, já morreu na hora, né, no caso. Eh, e e a minha mãe, né, eu com os 40 anos, hoje ela tá com 63, né, desde que ela teve o AVC, ela nunca mais voltou ao normal, né? Eh, eh, eu tinha na época ali 16 anos,
então eu já sofri bastante na adolescência ali por conta disso, né? Porque minha mãe praticamente já não não era a mesma pessoa, né? Demorou um pouco para ela voltar um pouco à consciência e nunca voltou 100%, né? Claro. Mas eh eh resumindo, né? Recentemente eu eu eu vim para Londres e aí eu trouxe ela porque não tinha com quem deixar ela, né? Meu pai também já era falecido e aí eu passei alguns anos aqui em Londres cuidando dela, né? E minha mãe que nunca saiu do país e eu também chegando num país novo. Então foi
algo assim que foi muito difícil, né? Então, eu sofri bastante e acho que hoje eu eu tento e eh já que eu não não tinha informação nenhuma para poder ajudar ela, ela tinha 16 anos quando ela teve, já era muito tarde, já não tinha como reverter mais aquilo. Mas pelo menos durante o processo que eu cuidei dela, né? Tudo bem, no Brasil tinha outras outros familiares também ajudando, mas eh eu poderia ter ajudado muito mais se eu soubesse o tipo de dieta que eu dava para ela, né? porque ela continuou tendo por muitos anos eh
convunções. Eh eh e hoje, infelizmente, ela já desenvolveu uma demência eh barra Alzheimer, né, pelo consumo excessivo de carboidratos ainda. Hoje e eh eu tive que levar ela ali em janeiro agora de 2025 de volta pro Brasil para uma casa uma casa de cuidados que eu realmente estava no limite já depois de se anos aqui em Londres eu não tinha mais condições, né, mentais e e e físicas para cuidar dela. E ela também não. Ela precisava agora realmente de um cuidador de verdade, né? Não só do filho ali que trabalha o dia inteiro, né? E
aí agora ela tem, né, uma assistência médica, tem, né, atividades, tem alimentação, assim espero, né? Não sei porque eu não tô lá para ver, mas eh eh então esse acho que é um dos meus dos meus motivos também. É, e aí você se projeta, tô chegando nos 40, né? Tem que cuidar. Ou seja, é mudar o carro de estrada, né? Botar na estrada boa e continuar na que estava ruim, né? Eu também. A minha mãe faleceu relativamente jovem, com pouco mais de 70 anos, com mal de Parkson, né, Parkson, que é uma doença cerebral que
pode ter um um atenuante na dieta, pode ter um certo conforto também. E aí eu hoje, né, eu falo assim, ó, naquela época, se eu tivesse tido tal comportamento, tal ação, poderia ter eh adiado mais a a partida, né? Mas são coisas que a gente vai aprendendo. Acho que eh passar isso adiante é importante, né? E hoje eu consigo falar com principalmente brasileiros, né, no mundo inteiro. Essa questão da eh da consulta eh virtual online, né? Eh, a distância facilita muita coisa também. Então, além da da atuação que eu tenho aqui na cidade, né, onde
eu onde eu estou, em Teresina, trabalho em três clínicas, eh também atendo em domicílio aqui, atendo muita gente eh online, né, no Brasil inteiro, alguns lugares do mundo, inclusive de Londres. Muito, muito bacana. E, eh, qual que é a maior dificuldade dos pacientes que você atende assim, né, normalmente? Eh, talvez, talvez seja entender que algo tão simples que é proposto possa trazer um resultado na saúde. É como se fosse assim: "Não, não, não deve ser só isso, porque eu já fui em tantos lugares, já consultei com tantos profissionais e sempre tem sempre tem alguma complicação."
Isso que você tá falando é muito simples. E se fosse só isso, todo mundo faria. E não, pessoas não fazem. Apesar da simplicidade. Você quer coisa mais simples do que uma dieta carnívora? Que hora que você tá que hora que você fala que está fazendo, vem um monte de especialistas falar que você vai se dar mal, que é que não faz bem pra saúde, que você precisa comer pão, né? Então é complicado. Talvez a maior dificuldade seja essa, mas em contrapartida também, a hora que a pessoa começa a ter resultados, ela vai querer mostrar para
todo mundo, trazer todo mundo e vai ouvir também de todo mundo que não funciona, que não adianta, que não vai fazer, né? Ela sente na pele aquela incredulidade que ela tinha no primeiro momento. Incrível. Eh, maravilha. né? Me me passou pela cabeça aqui, por exemplo, né, que apesar de eu entender que existem outros fatores, né, e que, óbvio que as doenças não vêm apenas da comida, né, tem outros fatores emocionais, né, psicológicos. Eh, eh, mas a minha mãe, por curiosidade, ela ela comia pouquíssima carne vermelha e todas as vezes que ela comia, ela removia sempre
a gordura. Eu cresci vendo isso, né, e porque fazia mal, né, então ela ela sempre nunca gostou de gordura, nunca nunca. né? E uma vez aí aos 40 anos, tudo bem, tem outras coisas envolvidas também, acredito, mas acho que a a comida ela ela ela afeta muito também. É 60% do nosso cérebro é gordura, né? Então, se não tem a matériapra para ele, ele vai perdendo função. Eu preciso ter a matéria-pra de construção dele, né? Colesterol é importante pro cérebro, né? Gordura saturada é importante pro cérebro, né? E muita gente, pelo senso comum, pelo que
a gente ouve no dia a dia, fica meio que question isso, né? Mas será gordura saturada mesmo, né? Porque parece que o nome já é nocivel, né? Gordura saturada. saturado, é porque tem uma saturação de um carbono lá na molécula, pronto, não tem que tá estragada, que foi queimada, não é nada disso. E muita gente acaba eh tendo medo, né, de fazer o padrão de dieta assim, porque desconhece realmente o o que que pode acontecer. Exatamente. E e hoje eh qual que é a sua alimentação? Se é é mais carnívora, é mais cetogênica, low carb?
A minha alimentação é mais low carb, mais llow carb. Em alguns momentos eu faço eh carnívora, não tem aquele aquele negócio assim, ah, sou carnívoro tem tantos anos, não. Eu faço ali do tr meses carnívoro, depois eu dou uma flexibilizada, faço um pouco mais low card, né? De vez em quando eu fico ali mais eh carne, ovo, queijo. Tem vez que eu gosto mais de colocar legumes, verduras, mas assim, sempre evitando aqueles quatro que eu falei, né? Esses quatro a gente a gente retirando ele do nosso dia a dia, né? Já vai ser um ganho
enorme, né? Ó, pra gente ter ideia, grande parte das calorias médias que o mundo consome é em quatro itens, né? trigo, milho, arroz e soja, como é que pode, né, de uma natureza vastíssima, né, a gente fazer maior parte da alimentação com quatro itens. E tem um uma informação interessante que 99% do reino animal o humano pode se alimentar dele e 99% do reino vegetal o humano não pode se alimentar dele. Perfeito. Ó, isso é uma isso é um indicativo, não é? Não, Rafael já podia parar aí já. Não precisaria ter livro nenhum, né? Eu,
você vê quando alguém eh por alguma desventura, né, fica perdido numa floresta, ele não pode comer nada porque tudo pode envenená-lo, né? Não tem nada que assim, ah, vou comer isso aqui que eu vou sobreviver, não vai, né? Ele vai atrás de quê? Lá no eh largados e pelados lá, o pessoal vai atrás de proteína animal para querer sobreviver, né? E qualquer coisa animal que encontrar, formiga, gafanhoto, jacaré, passarinho, dá certo. Ele come e não e vai sobreviver naquele ambiente ali, né? Totalmente. Eh, eh, a minha curiosidade é é porque, por exemplo, agora eu tô
às 42 dias, né, só na carnívora, né? Eh, no começo até incluía mais ovos, eh, mais laticínios, né? mais na primeira semana, mas agora já na com 42 dias eu percebo que o meu corpo quer carne vermelha com gordura mais do que qualquer outra coisa. Coloca coloca víceras também. Sim, sim, sim. Caldo de ossos também quase todo dia, né? Então algo que é pregado, né, pela dieta carnívora, né, pela comunidade, fala que é para comer do focinho ao rabo, né? Sim. É, porque a gente fica pensando só em trecô, né? Eh, picanha ali, não sei
quê. Mas acho que tem que comer cérebro. Eu tenho posts, né, de eu comendo cérebro de carneiro, fazendo sarapatel com as víceras. Maravilha. Eu gosto dessas dessas brincadeiras também. Total. E aí, eh, aquele jejum longo que eu fiz já tá com vai fazer dois anos agora, né? Então eu acredito que agora até o final do ano eu devo entrar em um ciclo de uns quatro, cinco jejuns de 15 dias, né? Aí no final do ano eu tenho uma historinha para contar para ver como é que foi. Ô, adoraria saber. E e além da perda de
peso, eu esqueci quantos quantos quilos que você perdeu nesse jejum? Em 42 dias, 21 kg. E teve mais algum benefício que você notou? Sim, né? intestino funcionando perfeitamente, regulação do sono, disposição, a disposição física, né? Então, é a qualidade da pele também. Aí o que acontece? Muita gente a gente guarda toxinas com a gordura. Aí num primeiro momento a pessoa vai liberar essas toxinas. Então, pela adoção da dieta carnívora pode dar algum tipo de dermatite, mas não é pela dieta, mas é sim liberação das toxinas que estavam guardadas no tecidor de poso. Então isso é
importante a pessoa saber também para ela entender que faz parte do processo, né? Então nos primeiros dias do jejum, eu cheguei a ter ferimento assim na pele de toxina sendo liberada do tecido adiposo, né? Mas eh vai cuidando, vai dando certo. É, na verdade era o corpo tava se regenerando ali, né? Tava colocando as toxinas. Tem um um alimento, né, que dá para colocar dentro do jejum também, que ele é rico em nutrientes e palpérrimo em calorias, que é o caldo de ossos. O caldo de ossos, ele é um importante aliado em um jejum mais
longo também. Legal, legal. Mas eu eu vi que você falou que tem que tirar um pouco a gordura, né? No caso, tem que limpar ele. É, quando você faz o caldo de ossos e coloca ele para esfriar, a gordura vai boiar ali, né? A hora que que você pode até tirar aquela gordura para usar oportunamente, mas como você está fazendo um jejum, a gordura tem calorias, né? Então, se você tá fazendo um jejum calórico, não é interessante colocar essa gordura na alimentação. Agora, você pode estar fazendo um jejum metabólico. O jejum metabólico, ele tem eh
acréscimo de energia, né, na forma de gordura, que a gordura ela não altera o padrão de insulina do organismo. Então você continua no estado de jejum, mas colocando alguma energia no organismo, né? Então tem diferenças aí de padrões de jejum. Entendi. Eu lembro que você falou de sal também. sal importantíssimo, né? Porque a gente aumenta muito a diurese, então vai depletar sódio do organismo e quando depleta sódio, sobra potássio, né? A gente funciona com bombas de sódio e potássio, nossas células. E aí quando eu depleto o sódio na urina, vai sobrar potássio e tende a
ter câimbras, né? Então eh aí com sódio baixo também você fica um pouco apático, pode dar uma confusão mental. Então, a suplementação do sal, ela é importante ela 5, 6 g dia, né, do sal integral, sal mineral, eh, ou sal marinho integral, eh, 5, 6 g por dia, vai manter essa essa estabilidade do do das bombas de sódio e potássio no organismo e não vai ter câmeras e vai deixar você bem disposto também. Lembrando que é possível fazer atividade física, né, até porque você tem energia, porque você tá queimando gordura para poder fazer glicose, né?
Eh, então é a hora que você vai sentindo ali como tá funcionando, vai ficando melhor. Sais minerais, alguma coisa? Não, só o sal. É só sal, né? Agora, se você vai começar fazer um quer fazer um jejum mais longo, é importante fazer um checkup, ver se tem alguma deficiência, repor essas deficiências e mais eh, vamos dizer, preparado para poder fazer um jejum mais longo, tá? Mas eh eu acredito que 10 dias é suficiente. Não precisa além disso, faz um ciclo com carnívora, depois volta pro jejum. A resposta é muito interessante. O cafezinho. Café, sim, normal.
Café, caldo de ósseos, né? Eu continuei fazendo suplementação de vitamina B12, tomava magnésio, né? Até porque ajuda o sono, ajuda a motividade intestinal, né? Então lá pelo sétimo, oitavº 10º dia ainda tem conteúdo intestinal, sai aí os mucos, vai dando uma limpeza. É bem é bem legal. É. Intenso, intenso. O cafezinho foi a única coisa que eu retomei, né? Depois de duas, três semanas ali de carnívora, eu resolvi retomar só pelo conforto ali de uma bebida quente. Às vezes é bem, mas pode incluir o caldo de ossos também. É gostoso. Ah, o caldo de ossos.
Ah, sim. Isso no jejum, né? Com certeza. Ah, muito bom. Eu vou, eu vou, eu um dia eu vou vou na carnívora também, né? Sim, sim. Na carnívora também. Ah, ah, com certeza. Na carnívora eu, eu como eu gosto de cozinhar, então facilita. Assim como você também que gosta de cozinhar, que eu sei, eu agora tô explorando tudo. Cortes que eu nunca nem tinha sonhado em fazer. Eu tô fazendo, né, caldo de ossos todo dia também, sem dúvida. É assim, é o principal, né, animal que a gente teria seria o ruminante. Então aí entra também
o carneiro, a ovelha, né? São carnes interessantes para colocar também que a gente sempre fica ali meio que bitolado na carne bovina, né? Mas acho que a carne do ruminante seria o mais adequado de todos eles pra gente ter eh presença. Ruminante, desculpa a ignorância, ruminante seria carne vermelha. Ruminante é um animal que tem mais que um estômago, né? Por exemplo, o porco ele só tem um estômago, tá? Agora, o carneiro, o cavalo, eh, o boi, ele tem vários estômagos. Então ele come a a o alimento dele, né, lá, a fibra, e aí ele vai
produzir algo que chama rumen, ele vai voltar, vai remastigar isso aí, vai para um outro estômago, aí vai produzir uma proteína, tal. Então, é diferente o processamento do alimento nesse animal, né? Diferente de de um de uma galinha que tem um único amoela, que é o estômago dela, é um único, né? Então isso faz diferença também na qualidade da carne que você tá colocando para fazer ingestão. A primeira, né, dentro de uma dieta carnívora, deveria ser a do animal ruminante. Muito interessante. Não, não tinha escutado essa palavra antes. Eh, eh, você você tem alguma opinião
sobre porque muita gente fala sobre o grassfed, né, e ou grown, né? Você você acha que enfim, eu acho que faz sentido, faz bem sentido, até mesmo porque, né, a gente dentro de uma cadeia alimentar a gente vai transferindo o que comeu pro topo. Se o animal ele foi alimentado com grãos ricos em ômega6, né, ali confinado, provavelmente aquilo que fez parte da alimentação dele vai ser sub vai ser incorporado no animal de certa forma. O animal alimentado a pasto, né, ele vai ter sim uma uma qualidade nutricional superior, né? Eh, no Brasil isso não
é problema, que 90 e mais de 90% do animal é criado a pasta, né? Mas em alguns outros países isso faz muita diferença, porque em muitos lugares é basicamente confinado o animal, né? Aí tem que ser ver se ele é confinado comendo feno ou se é comendo grãos, né? Se ele come grãos, faz muita diferença. É, aqui aqui provavelmente não tem a mesma quantidade de pasto como no Brasil. Então, uma boa maioria aí eh eh come grãos, né? Então, eh os que são eh que comem pasto custa quase dobro. É, mas tem uma máxima que
diz o seguinte, que a pior carne do animal criado, confinado, é melhor do que o melhor pão integral. Faz sentido, Júlio. Não queroar mais tempo. Tem toda a razão. Eu eu eu acho que eu tinha escutado isso daí também e tô levando comigo. De vez em quando eu compro a Grass Feds, né? Mas ela custa quase o dobro, mas na maioria das vezes eu tô comprando a do grão mesmo, que é mais barata. Sim, né? É melhor melhor do que eh não comer a carne, né? E carne vegetal deleta, viu? Não tem carne. Carne. Carne
de de mentira. Você fala carne carne de mentira. Aham. Nossa, é engraçado você ter falado isso porque eu eu aqui como eu trabalho com neno na indústria da comida, eu eu frequento todas as feiras, eventos, né, expos aqui em Londres. E aí eh recentemente teve a vegana, né? E aí eu não, apesar de não nunca ter sido vegano, mas eu fui por curiosidade, eu quero sempre estar por dentro do que tá acontecendo, né? E nessas feiras elas mostram meio que o futuro ali praticamente, né? você sabe. E aí, eh, nessa vegana foi muito grande. Eh,
tinha bastante gente brasileira até, por incrível que pareça. Quase eu quase nunca vejo. Tinha muita gente do Brasil vindo apresentar diversos produtos da Amazônia, sabe? Cacau, eh, eh, nuts, né? São as, enfim, eh, tinha, só que tinha muitos alemães, muitos holandeses, muitos eh suecos, né? O pessoal ali mais nórdico com várias carnes eh de mentira, né? No caso é, fazendo carnes tipo toma mesmo, sabe? Aquelas picanha mesmo, uns bifão gigante totalmente de mentira. Eu fiquei assustado com aquilo, sabe? Porque era, tinham todos os mesmos gostoso. E assim, era muita gente mesmo, sabe? fazendo tipo todo
tipo de carne, todo tipo de peixe, todo tipo de frango e desfiado, inteiro, steak, [Música] moído, sai de lá assustado. É, mas a a já tem uma máquina, né, que transforma a grama em carne, chama vaca, né? Então é é a melhor, na minha opinião. Sem dúvida nenhuma, hein? Engraçado, Rafael, você já viu alguém alguém eh tentando desenvolver uma tecnologia para desconstruir a carne e montá-la com sabor de alface? O contrário é tentado o tempo todo, né? Pô, a gente já tá lá na frente, para que que complicar o negócio? Como é que pode, né,
cara? Parece, ah, não sei, mas não precisa tocar muito nesse assunto, né? Mas Aham. É complicado. Espero ter essa máquina da, né, que faz a a vaca original pro resto da vida, né, pras novas gerações também em abundância. E uma vaca, ela alimenta uma família um ano inteiro, né? Uma única vaca, se ela, quando ela chegou, chegar a ser abatida, ela é alimento para uma família para o ano todo. Sim, né? E para produzir grãos, né? soja, ervilha, lentilha para fazer carne vegetal, você mata muito os animais na colheita, né? Então o conceito aí que
é para salvar a vida dos animais não bate muito, né? Mas isso é um outro tema. Com certeza, Júlio. Eh, demais esse papo com você, muito enriquecedor. Eu espero bater um papo desse de novo com você aí depois do seu segundo jejum. E oportunamente a gente faz é mais pro fim do ano. Beleza. Nossa, porque como você falou que a gente, né, a gente deu várias braçadas aí, mas ficou no raso, né? Quem sabe um dia a gente se aprofunda, quando eu tiver mais conhecimento também. Não, mas você já começou fazendo certo, né? Que é
que é e buscar informação, né? Buscar informação e eh compartilhar essa informação que é muito nobre também. Bom, obrigado. Maravilha. Júlio, eh, como é que o pessoal pode te encontrar? Bom, eu basicamente fico no Instagram, é o @júliosantanautre, né? No Instagram tem eh acesso direto a mim, né? Tanto no WhatsApp quanto no direct. E, eh, as coisas que eu gosto de publicar ficam lá. Eu não tô muito disseminado na rede, não. Fico mais no Instagram, mas me encontra por ali e dá certo. Perfeito. Eu vou deixar aqui na descrição desse vídeo todos os contatos do
Júlio. Eh, Júlio, mais uma vez muito obrigado de coração pelo seu tempo e por todo o seu conhecimento aí. Obrigado. Eu te agradeço. Estamos junto aí. Só me chamar que na próxima a gente fala mais coisas interessantes, dá uma mergulhada um pouquinho mais fundo. Maravilha. Tamos junto. Obrigado, Júlio.